Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Asma bronquica Doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, potencialmente reversível, que acarreta hiperreatividade da árvore traqueobrônquica a formas diversas de estímulos, como alérgenos inalados, micro-organismos, frio e exercício físico, manifestando-se, portanto, como doença episódica, marcada por recorrência de dispneia, tosse, desconforto torácico e sibilos. A asma afeta principalmente as crianças, sendo mais comum em meninos do que meninas. Embora o pico de incidência ocorra aos três anos de idade e a maioria dos casos se inicie antes dos 25 anos, a asma pode surgir em qualquer idade. Fatores de risco: Predisposição genética; Atopia; Moradia em grandes cidades; Condições socioeconômicas desfavoráveis; Exposição ao tabagismo (ativo ou passivo); Exposição ocupacional a agentes sensibilizantes; Exposição à alérgenos; Algumas infecções virais; Obesidade. O infiltrado inflamatório na asma é predominantemente eosinofílico e linfocítico, diferente da DPOC, que é neurofílico e monocitário. Asma extrínseca atópica ou alérgica - > 90% das crianças e até 50% dos adultos. - É o tipo mais frequente da asma. Asma criptogênica - É o principal tipo de asma que se inicia na fase adulta e parece ter alguma relação com viroses respiratórias e exposição a poluentes. Asma extrínseca não alérgica - 10% dos casos de asma. - A substância mais incriminada é o isocianato (tintas, vernizes, plásticos, etc.). - O diagnóstico é suspeitado quando os sintomas de asma aparecem nos dias de trabalho e se resolvem nos fins de semana, feriados ou períodos de férias. Asma induzida por aspirina - Cerca de 10% dos casos de asma em adultos são induzidos por AAS ou AINEs. O mecanismo parece ser o bloqueio preferencial da via da ciclo-oxigenase, desviando todo o metabolismo do ácido aracdônico para a via lipoxigenase, com produção exagerada de cisteinil-leucotrienos. Asma Atópica/Alérgica Atopia é uma reação exacerbada a antígenos, mediada pela produção de IgE, ou seja, uma reação de hipersensibilidade tipo I. Existem várias formas de manifestação da atopia, sendo a mais comum a rinite alérgica, seguida pela asma, dermatite atópica e febre do feno. Desenvolvimento da resposta asmática atópica: 1. Sensibilização A pessoa é exposta diversas vezes a um determinado antígeno. Ocorre a diferenciação de linfócito B em plasmócitos produtores de IgE e em células de memória, além de estímulo à proliferação de mastócitos. O resultado é a secreção de uma quantidade absurda de IgE, com especificidade antigênica. As moléculas de IgE chegam à mucosa brônquica e se ligam à membrana plasmática dos mastócitos locais. O resultado final é a presença de um “exército” de mastócitos ligados à IgE, prontos para disparar uma resposta inflamatória assim que ocorra um novo contato com o antígeno. Neste momento, as vias aéreas encontram-se sensibilizadas a diversos antígenos com os quais a criança ou o adulto entraram em contato previamente. 2. Resposta antigênica Fase imediata: os mastócitos irão reagir de maneira imediata a um novo contato antigênico. A ligação antígeno-IgE na membrana do mastócito faz essa célula degranular, liberando uma série de mediadores inflamatórios previamente armazenados, que provocam imediata reação de broncoconstricção, edema e produção de muco, causando sintomas minutos após a inalação do aeroalérgeno. Fase tardia: as citocinas produzidas na fase imediata atraem eosinófilos, linfócitos e outros leucócitos que perpetuam a reação inflamatória, que então se torna crônica. Esta fase também é responsável por manutenção ou recidiva dos sintomas 6-12h após a inalação do aeroalérgeno. Sintomas episódicos ou flutuantes de tosse, sibilância, dispneia e aperto no peito. A sibilância, embora seja tipicamente um sinal detectado pela ausculta respiratória, também pode ser frequentemente considerada um sintoma, pois a maioria dos asmáticos refere um “chiado no peito”, podendo ser inclusive a queixa principal de muitos pacientes. Nem tudo que causa sibilância é asma! Bronquiolite por VSR, Vasculite pulmonar, DPOC, BOOP, TEP, Bronquiectasias, Fibrose cística, Doença da traqueia, Insuficiência cardíaca (“asma cardíaca”) e Doença da laringe. É importante ressaltar que a sintomatologia da asma possui uma característica própria: É EPISÓDICA OU FLUTUANTE. Os sintomas da asma predominam pela manhã, logo após o despertar, e no fim da noite. Nos casos de asma moderada ou grave, o paciente pode relatar o despertar noturno com sintomas de asma. Quando o quadro clínico é típico, o diagnóstico da asma pode ser confirmado por critérios clínicos. Em casos de dúvida, a espirometria é o exame de escolha para a confirmação diagnóstica. Para confirmar o diagnóstico de asma: 1. Presença de sintomas compatíveis; 2. Hiper-reatividade brônquica comprovada objetivamente; Como comprovar a hiper-reatividade brônquica de forma objetiva? 1. Espirometria com prova broncodilatadora OMS: Padrão obstrutivo (VEF1/CVF < 75-80% em adultos e < 90% em crianças) + prova broncodilatadora positiva (aumento do VEF1 > 200 ml e > 12%, em relação ao valor pré-broncodilatador em adultos ou aumento do VEF1 > 12% do valor previsto em crianças). SBPT: Padrão obstrutivo (redução da relação VEF1/CVF) + prova broncodilatadora positiva (aumento do VEF1 em 200 ml ou mais e 12% ou mais, em relação ao valor pré- broncodilatador, ou aumento do VEF1 ≥ 200 ml e ≥ 7% do valor previsto). Para aumentar a sensibilidade do teste, o ideal é que o paciente se abstenha de qualquer beta-agonista de ação curta pelo período de 4 horas (ou 15 horas no caso dos beta-agonistas de ação longa). Uma prova broncodilatadora negativa não exclui o diagnóstico de asma, particularmente se o paciente já estiver em uso de broncodilatador (reduz a sensibilidade do exame). Recomenda-se que, frente a forte suspeita de asma, esses pacientes sejam submetidos a outros exames para comprovação da hiper-reatividade brônquica, ou que a espirometria com prova broncodilatadora seja repetida posteriormente! 2. Teste de broncoprovocação (com agentes broncoconstrictores ou exercício) OMS: queda do VEF1 ≥ 20% após dose baixa de metacolina, histamina ou carbacol. Ou queda do VEF1 ≥ 15% após hiperventilação, salina hipertônica ou manitol. Outra opção: queda do VEF1 > 200 ml e > 10% após exercício físico (em crianças queda do VEF1 > 12%). Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma: queda do VEF1 > 20%, após dose baixa de metacolina, histamina ou carbacol. Ou queda do VEF1 > 10 a 15% após exercício físico. 3. Variabilidade do pico de fluxo expiratório (PFE) OMS: aumento do PFE em 20% ou mais após broncodilatador ou variação diurna do PFE maior do que 10% (> 13% em crianças). Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma: Variação diurna do PFE > 20%. Informações extras Estão em curso estudos a respeito da fração exalada de óxido nítrico (FeNO) e de monóxido de carbono (FeCO) como marcadores não invasivos de inflamação das vias aéreas. Nenhum deles vale como critério diagnóstico de asma brônquica, porém existe potencial de se tornarem úteis na avaliação do tratamento de manutenção. Alterações sugestivas de asma no exame de escarro: - Cristais de Charcot-Leiden, que são precipitados cristalinos, contendo eosinófilos degenerados; - Espirais de Curshmann, que são cilindros de muco formados nos bronquíolos, envoltos por fibrilas em forma de espiral; - Corpúsculos de Creola, que são aglomerados de células epiteliais descamadas do epitélio respiratório. Classificação quanto ao controle clínico da asma Nova classificação de gravidade da asma Enquanto o controle da asma expressa a intensidade comque as manifestações da asma estão suprimidas pelo tratamento, a gravidade refere-se à quantidade de medicamento necessária para atingir o controle. A classificação da gravidade da asma deve ser feita após a exclusão de causas importantes de descontrole, tais como comorbidades não tratadas, uso incorreto do dispositivo inalatório e não adesão ao tratamento. Asma leve é aquela que, para ser bem controlada, necessita de baixa intensidade de tratamento (etapa 2); asma moderada é aquela que necessita de intensidade intermediária (etapa 3); e asma grave, de alta intensidade de tratamento (etapas 4 e 5). As bases da terapêutica da asma brônquica são as drogas com efeito anti-inflamatório sobre as vias aéreas, com maior destaque para os corticosteroides inalatórios. Terapia de manutenção • Corticoide inalatório (droga de escolha) • β2-agonista inalatório de longa ação (segunda droga) • Metilxantinas (teofilina) – em desuso • Antileucotrienos • Tiotrópio – introduzido no GINA 2015 • Cromonas – em desuso • Corticoide sistêmico • Anti-IgE Além das drogas para uso regular, o paciente asmático precisa dispor de fármacos para alívio imediato dos sintomas. Nesse caso, a droga de escolha é o β2-agonista inalatório de curta ação (fenoterol/berotec, salbutamol/aerolin e terbutalina). Essas drogas têm ação imediata (em 1 a 2 minutos) e duração de efeito em torno de 4 horas. São os broncodilatadores de maior potência e rapidez de ação do mercado! Contudo, os β2-agonistas de curta ação NÃO devem ser utilizados regularmente na terapia de manutenção, pois nesse caso causam mais malefício do que benefício. Entre os malefícios temos: tolerância ao efeito broncodilatador, tolerância ao efeito anti-inflamatório do corticoide, aumento do risco de crise asmática grave e até aumento da mortalidade. Outra classe importante no tratamento da asma é o β2-agonistas de longa duração, que tem duração em torno de 12 horas. São eles: formoterol e salmeterol. Os β2-agonistas de longa ação são benéficos na terapia de manutenção, devendo ser sempre associados ao corticoide inalatório, para que também ocorra o combate à inflamação das vias aéreas, o objetivo mais importante do tratamento da asma. Agem reduzindo o tônus da musculatura lisa brônquica de forma persistente, mantendo os brônquios relaxados. O tratamento requer também um efetivo controle ambiental, com remoção de qualquer fonte aeroalergênica ou irritante para as vias aéreas. Podem ser necessárias modificações no domicílio, como limpeza minuciosa e remoção de tapetes, ou remanejamento para outra atividade no trabalho, por exemplo. Observações 1. Em pacientes que irão iniciar o tratamento, deve-se fazê-lo na etapa ou step 2 ou, se o paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa ou step 3. 2. Independentemente da etapa de tratamento, uma medicação de resgate deve ser prescrita para o alívio dos sintomas conforme a necessidade. Etapa/Step 1 Neste grupo de pacientes, a terapia de manutenção não está indicada. A estratégia é apenas prescrever β2-agonista de curta inalatório para alívio imediato dos sintomas eventuais. Apenas β2-agonista inalatório de curta ação para alívio sintomático. Etapa/Step 2 Neste grupo, a terapia de manutenção está indicada. A estratégia preconizada é o corticoide inalatório em baixa dose. Opções de corticoide inalatório: beclometasona, budesonida, fluticasona, triancinolona e ciclesonida. A opção é o antileucotrieno oral, para pacientes que não toleram o corticoide inalatório (devido a efeitos adversos) ou que não conseguem utilizar a via inalatória. Efeitos adversos mais comuns dos corticoides inalatórios: candidíase oral, disfonia (rouquidão) e tosse. Os efeitos sistêmicos são raros e relatados apenas em altas doses. O β2-agonista inalatório de curta ação é usado para o alívio imediato dos sintomas. Doses da beclometasona Crianças > 12 anos Baixa 50-100 mcg/dia 100-200 mcg/dia Intermediária > 100-200 mcg/dia > 200-400 mcg/dia Alta > 200 mcg/dia > 400 mcg/dia Etapa/Step 3 Reservada aos pacientes refratários ao esquema da etapa 2. Também pode ser utilizada como tratamento inicial, nos pacientes muito sintomáticos. A estratégia de escolha é o corticoide inalatório em baixa dose, associado a um β2-agonista inalatório de longa ação. Outras opções para associação com o corticoide são um antileucotrieno ou uma metilxantina, como a teofilina de liberação lenta. Se quisermos manter o paciente apenas com corticoide, devemos aumentar a dose. O β2-agonista de curta ação é reservado para o alívio imediato dos sintomas. Em crianças de até 11 anos, o corticoide em dose média é o tratamento de escolha. Etapa/Step 4 Estes pacientes apresentam refratariedade aos esquemas da etapa 3. A terapia inclui corticoide inalatório em dose média ou alta associada ao β2-agonista inalatório de longa ação, sendo por vezes necessária uma terceira droga, que podem ser um antileucotrieno ou uma metilxantina (teofilina de liberação lenta). Na edição de 2015 do GINA, o tiotrópio foi incluído como opção de 3ª droga, apenas em maiores de 18 anos com exacerbações frequentes. A partir de 2016, a droga foi liberada para pacientes com 12 anos ou mais. O β2-agonista de curta ação é reservado para o alívio imediato dos sintomas. Etapa/Step 5 Estes pacientes apresentam refratariedade aos esquemas da etapa 4. As crises asmáticas costumam ser muito frequentes, como limitação das atividades diárias. A terapia inclui a etapa 4 com três drogas (corticoide inalatório + beta-agonista de longa ação + antileucotrieno, tiotrípio ou teofilina de liberação lenta), associada a corticoide sistêmico oral (prednisona), ao anticorpo anti-IgE (omalizumab) ou ao anticorpo anti-IL5 (mepolizumab). O β2-agonista de curta ação é reservado para o alívio imediato dos sintomas. Quando é necessário utilizar corticoide sistêmico, o ideal é manter a dose alta de corticoide inalatório e tentar fazer a mínima dose necessária de prednisona (5-10 mg) em dias alternados. Os pacientes devem ser questionados exaustivamente sobre a adesão ao tratamento antes de passarmos à etapa 5. A dose de corticoide oral deve ser a mínima possível que traga alívio às queixas do paciente. O omalizumab deve ser reservado para pacientes com asma alérgica moderada-grave. O mepolizumab é recomendado para pacientes com 12 anos ou mais e asma eosinofílica grave. O anti-IgE deve ser prescrito aos pacientes atópicos (vide quadro a seguir). Na prática clínica: O paciente que evoluir com melhora dos sintomas durante três meses de tratamento, pode passar a empregar o esquema de um Step abaixo (Step down). Aquele que mantiver os sintomas ou apresentar piora, apesar da terapia, deve empregar um Step acima (Step up). O objetivo é sempre “baixar” até a etapa 1, quando o indivíduo será mantido apenas com beta-agonista de ação curta “SOS”. Métodos de terapia inalatória Aerossol dosimetrado (“bombinha”) O ideal é que se use acoplado ao espaçador. Atualmente, é a forma preferida de terapia inalatória pela maioria dos pacientes. O frasco-tubo contém a substância em conjunto com gases propelentes. O disparo libera esses gases, soltando uma dose conhecida da substância. O espaçador aumenta a quantidade de droga que chega aos brônquios (cerca de 20%). Inaladores de pó Dispositivos contendo a substância em pó (liofilizada), mas que é imediatamente volatilizada pela pressão negativa da sucção do paciente. Existem três subtipos muito usados: turbuhaler, diskus e aerolizer. Nebulização O aparelho de nebulização deve formar gotículas de tamanho adequado para atingirem a árvore brônquicaproximal e distal. “Crise asmática”, “asma aguda” ou “exacerbação da asma” é o estado de piora aguda e sustentada dos sintomas da asma. A maioria das crises ocorre de forma gradual, com deterioração clínica progressiva em período de 5-7 dias. As causas mais comuns são infecções virais e a exposição a alérgenos ambientais, seguidas por poluição ambiental e exposição ocupacional ou a drogas, sendo as mais comuns os AINEs. Classificação da gravidade A Crise Asmática pode ser LEVE/MODERADA, GRAVE OU MUITO GRAVE. Não existe um número definido de critérios para estimar a gravidade. A presença de vários critérios para uma crise muito grave, por exemplo, já é suficiente, não sendo obrigatória a presença de todos eles. Parâmetros que indicam fadiga respiratória iminente: confusão mental ou sonolência acentuada, movimentos torácicos paradoxais, ausência de sibilos por broncoespasmo severo e redução da ventilação, bradicardia acentuada e desaparecimento do pulso paradoxal. Abordagem de um paciente com crise asmática Sempre que estiver disponível, o peakflowmeter deve ser utilizado na abordagem inicial e também na reavaliação após o tratamento, a fim de estimar o PFE. 1º: iniciar β2-agonista inalatório de curta ação (fenoterol, salbutamol ou terbutalina) • Define-se como “uma dose” de β2-agonista inalatório de curta ação um dos seguintes: - Aerossol dosimetrado: 4-8 jatos de 100 mcg, com espaçador, para adultos, ou 1 jato/2-3 kg de peso, para crianças (dose máxima 10 jatos). - Nebulização: Cada gota contem 0,25 mg da droga. Em adultos, utilizamos 10-20 gotas (2,5-5 mg) do β2- agonista de curta ação (geralmente fenoterol – Berotec®) + 3 a 5 ml de soro fisiológico. Em crianças, usamos 0,1 mg/kg de peso do β2-agonista – para facilitar, foi criada a regra do “1 gota para cada 3 kg de peso” (na prática isso equivale a um arredondamento da dose para 0,083 mg/kg de peso). A dose máxima é de 20 gotas (ou 5 mg) por dose. 2º: Brometo de Ipratrópio – Atrovent • Deve ser acrescentado ao β2-agonista de curta ação em caso de não resposta depois dos primeiros 30 minutos de tratamento, pois possui efeito aditivo ao β2- agonista. • Nas crianças com crise grave ou muito grave, ele pode ser utilizado desde o início do quadro. 3º: Corticoide Sistêmico (oral ou venoso) • É fundamental para a estabilização do quadro, contudo seu efeito só tem início após 4-6 horas. • A princípio, o corticoide venoso na crise asmática está indicado apenas para os pacientes mais graves, em insuficiência respiratória aguda, e para os que não toleram o corticoide oral. 4º: Crise asmática = β2-agonista de curta ação e o corticoide sistêmico. 5º: Aminofilina • É raramente indicada. • É reservada para os casos refratários à associação de β2- agonista de curta ação + brometo de ipratrópio. • É prescrita em dose de ataque de 6 mg/kg, mantendo depois dose de manutenção de 0,6 a 0,9 mg/kg/h (de acordo com os níveis séricos). 6º: Adrenalina • Na dose de 0,5 mg subcutânea (ou o salbutamol venoso) pode ser medida salvadora nas crises graves que não respondem ao β2-agonista de curta ação. • O Sulfato de Magnésio venoso (25-75 mg/kg, no máximo 2 g, IV infundidos em 20-30 minutos) é um outro recurso que pode contribuir para a broncodilatação, nos casos refratários às medidas iniciais. 7º: Oxigenoterapia a fluxo • Está sempre indicada na crise grave, ou com SpO2 < 92% (95% em crianças). 8º: Intubação endotraqueal e ventilação mecânica invasiva • É necessário na crise asmática muito grave (caracterizada por rebaixamento do nível de consciência, esforço ventilatório franco, bradipneia e bradicardia). 9º: Gasometria arterial • É importante na crise asmática moderada e na crise grave ou quando houver sinais de fadiga respiratória. • Os achados mais comuns são hipoxemia e alcalose respiratória, que se deve à hiperventilação. • Quando a PaCO2 atinge em torno de 45 mmHg, temos um sinal de fadiga respiratória com retenção de CO2, exigindo vigilância máxima quanto à necessidade de intubação endotraqueal. 10º: Alta • Os pacientes devem ser orientados a manter o beta- agonista regular durante 48 horas e a prednisona oral durante 3-10 dias.
Compartilhar