Buscar

1ANO-FILOSOFIA-TEXTO-02(0)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1º ANO
EEEFM ARISTÓBULO BARBOSA LEÃO
Avenida Desembargador Mário da Silva Nunes,1000 - Jardim Limoeiro - Serra - ES - 29164-044
escolaaristobulo@sedu.es.gov.br - 027 3328-3613
1º ANO
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSOR: SERGIO NASCIMENTO
TURMAS MATUTINO: 1M01; 1M02; 1M03; 1M04; 1M05; 1M06
SÉRIE/TURMA:
NOME: 
1º ANO – FILOSOFIA – TEXTO 02
Página 1 de 1
A ORIGEM DA FILOSOFIA
A invenção da palavra FILOSOFIA é atribuída a Pitágoras de Samos que viveu no século V antes de Cristo (570-495 a.C.). É uma palavra grega composta de duas outras: PHILO + SOPHIA. PHILO deriva de Philia que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. SOPHIA quer dizer sabedoria e dela deriva a palavra Sophos (sábio). Assim, FILOSOFIA indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isso é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. 
Pitágoras teria dito que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, cabendo aos homens apenas desejá-la, amá-la, ser seus amantes ou seus amigos, isto é, filósofos, sábios (sophos).
Afirmam os historiadores da Filosofia que ela possui data e local de nascimento: Nasceu entre o final do século VII a.C. e no início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor – particularmente as que formavam a Jônica – e o primeiro filósofo, Tales era natural de Mileto.
Alguns historiadores afirmam que a Filosofia NÃO nasceu na Grécia, mas sim no Oriente (Egito, Babilônia, Pérsia, etc.). Contudo, essa tese não possui uma base sólida. Tudo indica que realmente foram os gregos que criaram a Filosofia. 
Assim, fala-se em “milagre grego” devido a originalidade e exclusividade do pensamento grego antigo, pois nada nas culturas vizinhas e contemporâneas se assemelha a ele. A Filosofia, entendida como conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem, causas e transformações do mundo, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego.
CONDIÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE FAVORECEREM O NASCIMENTO DA FILOSOFIA ENTRE OS GREGOS:
- Posição de liberdade: os povos do Oriente estavam presos a uma cega obediência ao poder religioso e ao poder político.
- A invenção da escrita: a tradição oral foi substituída pela escrita, desligada da influência religiosa. A escrita passou a ser utilizada para formas mais democráticas de exercício de poder. Os escritos passaram a ser divulgados em praça pública, sujeitos à discussão e a críticas.
 
- O surgimento da moeda: veio facilitar os negócios e impulsionar o comércio. A moeda representa uma convenção humana, com caráter racional.
- A lei escrita: A justiça, até então dependente da interpretação da vontade divina ou da arbitrariedade dos reis, tornou-se codificada numa legislação escrita. Regra comum a todos, norma racional, sujeita à discussão e a modificação, a lei escrita passou a encarnar uma dimensão propriamente humana.
- O nascimento da polis (por volta dos séculos VIII e VII a.C): é um acontecimento decisivo que marca um começo, uma verdadeira invenção por ter provocado grandes alterações na vida social e nas relações humanas. A originalidade da pólis é que ela estava centralizada na ágora (praça pública), espaço onde se debatiam os problemas de interesse comum.
- A consolidação da democracia: o apogeu da democracia ateniense ocorreu no séc. V a.C., quando Péricles governava. Os cidadãos tinham acesso à assembleia (ekklésia). Tratava-se da democracia direta, em que não eram escolhidos representantes, mas cada cidadão participava ele mesmo das decisões de interesse comum. O hábito da discussão pública, na ágora, estimulava o pensamento racional, argumentativo, distanciado das antigas tradições míticas. A pólis grega buscava garantir a isonomia do mesmo modo que a isegoria e a isocracia.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA NASCENTE:
1) Tendência à racionalidade, isto é, a razão e somente a razão, com seus princípios e regras, é critério da explicação de alguma coisa.
2) Tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas, isto é, colocado um problema, sua solução é submetida à análise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo aceita como verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira.
3) Exigência de que o pensamento apresente suas regras de funcionamento, isto é, o filósofo é aquele que justifica suas ideias provando que se segue regras universais do pensamento. Para os gregos, é uma ideia universal do pensamento que a contradição indica erro ou falsidade. Assim, quando uma contradição aparecer numa exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa.
4) Recusa de explicações preestabelecidas e, portanto, exigência de que, para cada problema, seja investigada e encontrada a solução própria exigida para ele.
5) Tendência a generalização, isto é, mostrar que uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes porque, sob a variação percebida pelos órgãos de nossos sentidos, o pensamento descobre semelhanças e identidades.
A CONSCIÊNCIA MÍTICA
Costumamos dizer que a Filosofia é grega, por ter nascido nas colônias gregas no século VI a.C. E antes da Filosofia, que tipos de pensamentos ocupavam a mente das pessoas? Podemos afirmar que o MITO era o modo de consciência que predomina nas sociedades tribais e que nas civilizações da Antiguidade ainda exerceu significativa influência.
MITO vem do grego Mythos que significa “palavra proferida”, “o que se diz”, “discurso”, “narrativa”. A consciência mítica é predominante em culturas de tradição oral, quando ainda não há escrita.
Platão e Aristóteles (sec. V a.C.) empregam a palavra mythos para referir-se a narrativas ou relatos fabulosos, com o sentido de fábula, lenda. De forma geral, o mito nos leva a compreendê-lo como uma maneira fantasiosa de explicar a realidade, quando esta ainda não foi justificada pela razão.
Nessa ótica, os mitos seriam lendas, fábulas, crendices e, portanto, um tipo inferior de conhecimento, a ser superado por explicações mais racionais. Tanto é que, na linguagem comum, costuma-se identificar o mito à mentira. Porém, não é bem assim...
Como processo de compreensão da realidade, o mito NÃO é lenda, pura fantasia, mas verdade. Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. 
O narrador dos mitos na Grécia antiga: Quem narra o mito? O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade? A autoridade do narrador vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados.
Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e todas as coisas para transmitir aos ouvintes.
Sua palavra (o mito) é sagrada porque vem de uma revelação divina. Assim, o mito é incontestável e inquestionável.
O que narra o mito?
A origem das coisas a partir da ação ordenada de um deus ou de um rei mago. A vitória do deus ou rei mago sobre outras forças. É uma narrativa mágica ou maravilhosa, que não se define apenas pelo tema ou objeto da narrativa, mas pelo modo (mágico) de narrar, por analogias, metáforas e parábolas.
A função do mito é resolver, num plano imaginário, tensões, conflitos e antagonismos sociais que não têm como ser resolvidos no plano da realidade. Tudo isso para que a sociedade possa continuar vivendo com essas tensões sem destruir a si mesma.
Graças ao encantamento do mundo – cheio de deuses e heróis, de objetos mágicos e efeitos extraordinários – o mito conserva a realidade social dando-lhe um instrumento imaginário para conviver com suas contradições e dificuldades.
O MITO narra a origem das coisas por meio de lutas, alianças e relações sexuais entre forças sobrenaturais que governam o mundo e o destino dos homens.
Os mitos são GENEALOGIAS por buscarema origem do mundo. Devemos ficar atentos para as diferenças entre teogonia, cosmogonia e cosmologia:
- TEOGONIA: narra por meio das relações sexuais entre os deuses, o nascimento de todos os deuses, titãs, heróis, homens e coisas no mundo natural.
- COSMOGONIA: narra a geração da ordem do mundo pela ação e pelas relações sexuais entre forças vitais que são entidades concretas e divinas.
- COSMOLOGIA: é a forma inicial da Filosofia nascente. É a explicação da ordem do mundo, do universo, pela determinação de um princípio originário e racional que é origem e causa das coisas e de sua ordenação. 
A Filosofia, ao nascer como COSMOLOGIA, procura ser a palavra racional, a explicação racional, a fundamentação pelo discurso e pelo pensamento da origem e ordem do mundo, isto é, do todo, da realidade, do SER.
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE FILOSOFIA E MITO?
1) O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são.
2) O mito narrava a origem através de genealogias, rivalidades e alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas. A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais. O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelo casamento de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos – úmido, seco, quente e frio ou então água, terra, fogo e ar.
3) O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulações e coisas incompreensíveis. Diferente do mito, a Filosofia exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
Texto reproduzido (com pequenas adaptações):
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2001.
Página 
1
 
de 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ORIGEM DA FILOSOFIA
 
 
A invenção da palavra
 
FILOSOFIA
 
é atribuída a
 
Pitágoras 
de Samos 
que
 
viveu no século V antes de
 
Cristo (570
-
495 
a.C.)
. 
 
É uma palavra grega composta de duas outras:
 
PHILO
 
+
 
SOPHIA
.
 
PHILO
 
deriva de 
Philia
 
que significa 
amizade
, 
amor
 
fraterno
, 
respeito
 
entre os iguais.
 
SOPHIA
 
quer dizer 
sabedoria
 
e dela deriva a palavra 
Sophos
 
(
sábio
)
.
 
Assim, 
FILOSOFIA
 
indica um estado de 
espírito, o da pessoa que ama, isso é, 
deseja o
 
conhecimento
, o 
estima, o procura e o respeita.
 
 
 
Pitágoras
 
teria dito que a
 
sabedoria plena e completa
 
pertence aos 
deuses
,
 
cabendo aos 
homens
 
apenas 
desejá
-
la, amá
-
la,
 
ser seus amantes ou seus
 
amigos, isto 
é, 
filósofos
,
 
sábios
 
(soph
o
s)
.
 
 
Afirmam os historiadores da 
Filo
sofia
 
que ela 
possui data 
e local de nascimento
:
 
Nasceu entre o final do 
século VII 
a.C. 
e no início do 
século VI a.C., 
nas colônias gregas
 
da 
Ásia Menor 
–
 
particularmente as que formavam a Jônica 
–
 
e o 
primeiro filósofo
,
 
Tales
 
era natural de Mileto.
 
 
Algu
ns historiadores afirmam que a 
Filosofia 
NÃO nasceu 
na 
Grécia
, mas sim no 
Oriente 
(Egito, Babilônia, Pérsia, 
etc.).
 
Contudo, essa tese 
não possui uma base sólida
.
 
T
udo indica que realmente foram os 
gregos
 
que 
criaram
 
a 
Filosofia
.
 
 
 
Assim, fala
-
se em “
milagre grego
” devido a 
originalidade
 
e 
exclusividade
 
do pensamento grego antigo
, pois nada 
nas culturas vizinhas e contemporâneas se assemelha a 
el
e
.
 
A Filosofia, entendida como 
conhecimento racional
, 
lógico
 
e 
sistemático
 
da realidade natural e humana, da
 
origem, causas e transformações do 
mundo
, da origem e 
causas das 
ações humanas 
e do próprio 
pensamento
, é 
um fato tipicamente 
grego
.
 
 
CONDIÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS E ECONÔMICAS 
QUE FAVORECEREM O NASCIMENTO DA FILOSOFIA 
ENTRE OS GREGOS:
 
 
-
 
Posição de 
liberdade
: os povos do Oriente estavam 
presos a uma cega obediência ao poder religioso e ao 
poder político.
 
 
-
 
A invenção da escrita
: a tradição oral foi substituída pela 
escrita, desligada da
 
influência religiosa.
 
A escrita passou a 
ser
 
utilizada para for
mas
 
mais democráticas de
 
exercício 
de poder.
 
Os escritos passaram
 
a ser divulgados em
 
praça 
pública, sujeitos
 
à discussão e a críticas.
 
 
 
-
 
O surgimento da moeda
: veio facilitar os negócios e 
impulsionar o comércio. A moeda representa uma 
convenção humana,
 
com caráter racional.
 
 
-
 
A lei escrita
: A justiça, até então dependente da 
interpretação da vontade divina ou da arbitrariedade dos 
reis, tornou
-
se codificada numa legislação escrita.
 
Regra 
comum a todos, norma racional, sujeita à discussão e a 
modificaçã
o, a lei escrita passou a encarnar uma dimensão 
propriamente humana.
 
 
-
 
O nascimento da 
polis
 
(por volta dos séculos VIII e VII 
a.C): é um acontecimento decisivo que marca um começo, 
uma verdadeira invenção por ter provocado grandes 
alterações na vida 
social e nas relações humanas.
 
A 
originalidade da 
pólis
 
é que ela estava centralizada na 
ágora
 
(praça pública), espaço onde se debatiam os 
problemas de interesse comum.
 
 
-
 
A consolidação da democracia
: o apogeu da 
democracia ateniense ocorreu no séc. V a.C
., quando 
Péricles governava.
 
Os cidadãos tinham acesso à 
assembleia (
ekklésia
). Tratava
-
se da democracia direta, em 
que não eram escolhidos representantes, mas cada 
cidadão participava ele mesmo das decisões de interesse 
comum.
 
O hábito da discussão públi
ca, na ágora, 
estimulava o pensamento racional, argumentativo, 
distanciado das antigas tradições míticas.
 
A 
pólis
 
grega 
buscava garantir a 
isonomia
 
do mesmo modo que a 
isegoria 
e a
 
isocracia
.
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA 
NASCENTE
:
 
 
1) Tendência
 
à racionalidade
, isto é, a razão e somente a 
razão, com seus princípios e regras, é critério da 
explicação de alguma coisa.
 
 
2) Tendência a oferecer respostas conclusivas para os 
problemas
, isto é, colocado um problema, sua solução é 
submetida à análise, 
à crítica, à discussão e à 
demonstração, nunca sendo aceita como verdade, se não 
for provado racionalmente que é verdadeira.
 
 
3) Exigência de que o pensamento apresente suas 
regras de funcionamento
, isto é, o filósofo é aquele que 
justifica suas ideias pro
vando que se segue regras 
universais do pensamento. Para os gregos, é uma ideia 
universal do pensamento que a contradição indica erro ou 
falsidade. Assim, quando uma contradição aparecer numa 
exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa.
 
 
4) Recus
a de explicações preestabelecidas
 
e, portanto, 
exigência de que, para cada problema, seja investigada e 
encontrada a solução própria exigida para ele.
 
 
5) Tendência a generalização
, isto é, mostrar que uma 
explicação tem validade para muitas coisas diferen
tes 
porque, sob a variação percebida pelos órgãos de nossos 
T
URMAS 
MATUTINO
: 
1M01; 1M02; 1M03; 1M04; 1M05; 1M06
 
 
1º ANO 
–
 
FILOSOFIA 
–
 
TEXTO 0
2
 
 
 
1º ANOSÉRIE/
TURMA
:
 
PROFE
SSOR: 
SERGIO NASCIMENTO
 
 
EEEFM ARISTÓBULO BARBOSA LEÃO
 
Avenida Desembargador Mário da Silva Nunes,1000 
-
 
Jardim Limoeiro 
-
 
Serra 
-
 
ES 
-
 
29164
-
044
 
escolaaristobulo@sedu.es.gov.br 
-
 
027 3328
-
3613
 
 
NOME:
 
 
DISCIPLINA: FILOSOFIA
 
 
1º ANO
 
Página 1 de 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ORIGEM DA FILOSOFIA 
 
A invenção da palavra FILOSOFIA é atribuída a Pitágoras 
de Samos que viveu no século V antes de Cristo (570-495 
a.C.). É uma palavra grega composta de duas outras: 
PHILO + SOPHIA. PHILO deriva de Philia que significa 
amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. 
SOPHIA quer dizer sabedoria e dela deriva a palavra 
Sophos (sábio). Assim, FILOSOFIA indica um estado de 
espírito, o da pessoa que ama, isso é, deseja o 
conhecimento, o estima, o procura e o respeita. 
 
Pitágoras teria dito que a sabedoria plena e completa 
pertence aos deuses, cabendo aos homens apenas 
desejá-la, amá-la, ser seus amantes ou seus amigos, isto 
é, filósofos, sábios (sophos). 
 
Afirmam os historiadores da Filosofia que ela possui data 
e local de nascimento: Nasceu entre o final do século VII 
a.C. e no início do século VI a.C., nas colônias gregas da 
Ásia Menor – particularmente as que formavam a Jônica – 
e o primeiro filósofo, Tales era natural de Mileto. 
 
Alguns historiadores afirmam que a Filosofia NÃO nasceu 
na Grécia, mas sim no Oriente (Egito, Babilônia, Pérsia, 
etc.). Contudo, essa tese não possui uma base sólida. 
Tudo indica que realmente foram os gregos que criaram a 
Filosofia. 
 
Assim, fala-se em “milagre grego” devido a originalidade 
e exclusividade do pensamento grego antigo, pois nada 
nas culturas vizinhas e contemporâneas se assemelha a 
ele. A Filosofia, entendida como conhecimento racional, 
lógico e sistemático da realidade natural e humana, da 
origem, causas e transformações do mundo, da origem e 
causas das ações humanas e do próprio pensamento, é 
um fato tipicamente grego. 
 
CONDIÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS E ECONÔMICAS 
QUE FAVORECEREM O NASCIMENTO DA FILOSOFIA 
ENTRE OS GREGOS: 
 
- Posição de liberdade: os povos do Oriente estavam 
presos a uma cega obediência ao poder religioso e ao 
poder político. 
 
- A invenção da escrita: a tradição oral foi substituída pela 
escrita, desligada da influência religiosa. A escrita passou a 
ser utilizada para formas mais democráticas de exercício 
de poder. Os escritos passaram a ser divulgados em praça 
pública, sujeitos à discussão e a críticas. 
 
- O surgimento da moeda: veio facilitar os negócios e 
impulsionar o comércio. A moeda representa uma 
convenção humana, com caráter racional. 
 
- A lei escrita: A justiça, até então dependente da 
interpretação da vontade divina ou da arbitrariedade dos 
reis, tornou-se codificada numa legislação escrita. Regra 
comum a todos, norma racional, sujeita à discussão e a 
modificação, a lei escrita passou a encarnar uma dimensão 
propriamente humana. 
 
- O nascimento da polis (por volta dos séculos VIII e VII 
a.C): é um acontecimento decisivo que marca um começo, 
uma verdadeira invenção por ter provocado grandes 
alterações na vida social e nas relações humanas. A 
originalidade da pólis é que ela estava centralizada na 
ágora (praça pública), espaço onde se debatiam os 
problemas de interesse comum. 
 
- A consolidação da democracia: o apogeu da 
democracia ateniense ocorreu no séc. V a.C., quando 
Péricles governava. Os cidadãos tinham acesso à 
assembleia (ekklésia). Tratava-se da democracia direta, em 
que não eram escolhidos representantes, mas cada 
cidadão participava ele mesmo das decisões de interesse 
comum. O hábito da discussão pública, na ágora, 
estimulava o pensamento racional, argumentativo, 
distanciado das antigas tradições míticas. A pólis grega 
buscava garantir a isonomia do mesmo modo que a 
isegoria e a isocracia. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA 
NASCENTE: 
 
1) Tendência à racionalidade, isto é, a razão e somente a 
razão, com seus princípios e regras, é critério da 
explicação de alguma coisa. 
 
2) Tendência a oferecer respostas conclusivas para os 
problemas, isto é, colocado um problema, sua solução é 
submetida à análise, à crítica, à discussão e à 
demonstração, nunca sendo aceita como verdade, se não 
for provado racionalmente que é verdadeira. 
 
3) Exigência de que o pensamento apresente suas 
regras de funcionamento, isto é, o filósofo é aquele que 
justifica suas ideias provando que se segue regras 
universais do pensamento. Para os gregos, é uma ideia 
universal do pensamento que a contradição indica erro ou 
falsidade. Assim, quando uma contradição aparecer numa 
exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa. 
 
4) Recusa de explicações preestabelecidas e, portanto, 
exigência de que, para cada problema, seja investigada e 
encontrada a solução própria exigida para ele. 
 
5) Tendência a generalização, isto é, mostrar que uma 
explicação tem validade para muitas coisas diferentes 
porque, sob a variação percebida pelos órgãos de nossos 
TURMAS MATUTINO: 1M01; 1M02; 1M03; 1M04; 1M05; 1M06 
 
1º ANO – FILOSOFIA – TEXTO 02 
 
 
1º ANO 
 
SÉRIE/TURMA: 
PROFESSOR: SERGIO NASCIMENTO 
 
EEEFM ARISTÓBULO BARBOSA LEÃO 
Avenida Desembargador Mário da Silva Nunes,1000 - Jardim Limoeiro - Serra - ES - 29164-044 
escolaaristobulo@sedu.es.gov.br - 027 3328-3613 
 
NOME: 
DISCIPLINA: FILOSOFIA 
 
1º ANO

Continue navegando