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CALLADO, A N - Projeto de pesquisa - OUTRO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
Faculdade de Direito – FDA
Programa de Pós-Graduação em Direito
Curso de Mestrado em Direito Público
ACESSO À JUSTIÇA COMO INSTRUMENTO DE EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE IMIGRANTES
ALLAN NUNES CALLADO
MACEIÓ/AL
2021
ALLAN NUNES CALLADO
ACESSO À JUSTIÇA COMO INSTRUMENTO DE EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE IMIGRANTES
Anteprojeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Alagoas, como pré-requisito para o ingresso no Curso de Mestrado em Direito.
Linha de Pesquisa 1: Direitos humanos fundamentais: análise crítica do(s) constitucionalismo(s), de suas manifestações sociais e de sua interpretação/aplicação na pós-modernidade.
MACEIÓ/AL
2021
1. APRESENTAÇÃO
Como efetivar direitos fundamentais? Essa é uma das questões que têm tomado a atenção de acadêmicos ou leigos que vivenciam cotidianamente a violação desses direitos, seja pela ação de indivíduos, grupos ou instituições, seja pela omissão de quem deveria ser garantidor desses direitos.
No caso do presente estudo, a questão se torna mais específica, problematizando as formas de efetivação do direito fundamental ao meio ambiente equilibrado, previsto em diversos instrumentos internacionais e positivado no âmbito interno pelo artigo 225, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Sem prejuízo de outras alternativas, busca-se defender que o acesso à justiça, entendido por uma perspectiva complexa e plural, revela-se como instrumento de ampla efetivação do direito ao meio ambiente equilibrado. Essa perspectiva envolve levar em conta, sobretudo, as evidências práticas da hipossuficiência de muitos infratores ambientais, e realizar um cotejo dessa realidade com as finalidades políticas e principiológicas da legislação ambiental brasileira.
Com base nessas premissas, o estudo busca eleger a mediação como mecanismo de acesso à justiça por esses sujeitos de direitos e deveres, afirmando a cooperação e a solidariedade como valores a serem integrados para a máxima efetividade e harmonização da norma constitucional.
Com efeito, compreende-se como crucial o papel de outros atores na efetivação do direito fundamental ambiental através da mediação. Em termos práticos, o estudo pretende concluir pela possibilidade de que associações sem fins lucrativos possam mediar conflitos ambientais em prol de soluções consensuais e de acordo com realidades certamente distantes dos foros e repartições judiciais, sobretudo a inviabilidade técnica de que os infratores cumpram com certas exigências legais, como a elaboração de Projeto de Recuperação da Área Degradada – PRAD.
De forma mais ousada, propõe que a previsão legal de conversão de multas ambientais em prestação de serviços ambientais (nos termos do Decreto n.º 6.514/2008) seja considerada como opção prioritária nas execuções fiscais suspensas pela ausência de bens de infratores hipossuficientes, processos esses que têm como destino, na maioria das vezes, a extinção por uma prescrição infrutífera para os cofres do Estado ou para a recuperação do bem ambiental.
Para não resumir as conclusões como decorrências de mera revisão bibliográfica sobre o assunto, o projeto inclui a análise do convênio piloto firmado entre a Subseção Judiciária da Justiça Federal em Cruzeiro do Sul/AC, a Procuradoria da União no Estado do Acre e o Instituto Fronteiras para a mediação das execuções fiscais de multas ambientais, sem prejuízo de outros cases envolvendo a mediação por órgãos e entidades públicas e privadas em conflitos ambientais.
Certamente, não há a pretensão de se esgotar um assunto tão pertinente e cheio de nuances como o da efetivação dos direitos fundamentais, mas há, sim, pretensão em dar ao assunto um enfoque inclusivo das perspectivas práticas que se considera necessárias ao próprio avanço teórico, ainda mais quando advindas do contexto sociojurídico dos remotos habitantes da Amazônia Ocidental Brasileira.
2. OBJETO
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
· Estabelecer a mediação, vista como forma de acesso à justiça, como instrumento cooperativo de efetivação do direito fundamental ao meio ambiente equilibrado.
3.2 Objetivos específicos
· Analisar se as soluções alternativas de conflito, sobretudo a mediação, podem ser consideradas formas de acesso à justiça.
· Verificar se essa forma de acesso à justiça pode dar efetividade ao direito fundamental ao meio ambiente equilibrado e seus princípios corolários.
· Mapear os resultados e consequências das execuções fiscais de multas ambientais na Subseção Judiciária da Justiça Federal em Cruzeiro do Sul/AC.
· Propor a possibilidade de mediação por associações sem fins lucrativos como forma de efetivar o acesso à justiça por infratores do meio ambiente que sejam hipossuficientes, de forma a permitir-lhes a conversão das multas em prestação de serviços ambientais nos termos do Decreto n.º 6.514/2008.
4. JUSTIFICATIVA
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Assim como o fenômeno jurídico mais geral, os direitos humanos são frutos da história de conflitos do homem em sociedade. Em sua “invenção” (Revolução Francesa), o panorama histórico revelava a necessidade de freios ao Estado Absoluto. Por sua vez, na sua reconstrução, no século XX, os direitos humanos tiveram como função dar uma resposta aos abusos dos Estados Totalitários (nazistas) que fomentaram a descartabilidade do ser humanos.
É nesse contexto que, por meio da argumentação racional, houve a reinvenção dos direitos humanos a partir da elevação moral do valor da dignidade humana, o qual destituído de qualquer preexistência metafísica ou transcendental (não obstante a relevância da lógica kantiana para essa construção), foi construído argumentativamente no seio da comunidade internacional, sobretudo a partir de respostas às violências já cometidas contra a própria sociedade.
Nesse mesmo sentido, Flávia Piovesan discorre acerca da concepção contemporânea de direitos humanos:
“Na condição de reivindicações morais, os direitos humanos nascem quando devem e podem nascer. Como realça Norberto Bobbio, os direitos humanos não nascem todos de uma vez, nem de uma vez por todas. Para Hannah Arendt, os direitos humanos não são um dado, mas um construído, uma invenção humana, em constante processo de construção e reconstrução. Refletem um construído axiológico, a partir de um espaço simbólico de luta e
ação social.” (PIOVESAN, 2019, n.p.)
Percebe-se, a princípio, dessas premissas, que a argumentação racional[footnoteRef:1] é uma das condições de possibilidade e legitimidade do Direito (e dos Direitos Humanos), embora não seja a única. [1: A “verdade” da argumentação racional está na capacidade de articulação política – não só a partir do convencimento da maioria, mas no convencimento dos mais fortes, dos mais influentes, das instituições e da sociedade, no geral. E trata-se de uma verdade relativa que, mesmo com acertos e erros (os erros podem custar sempre muito caro), é o modo racional de funcionamento da vida na sociedade linguístico-comunicacional. DESENVOLVER ISSO (PENSAR SOBRE COMO ACONTECEU O TRIBUNAL DE NUREMBERG, SE ELE FOI UM ACERTO OU ERRO, BEM COMO FAZER ESSA REFLEXÃO SOBRE OUTROS EXEMPLOS).] 
A PARTIR DISSO, DEFENDER UM UNIVERSALISMO CONTINGENTE. UM UNIVERSALISMO FUNDAMENTADO RACIONALMENTE PELA ARGUMENTAÇÃO. UM UNIVERSALISMO QUE INICIA SUAS TRATATIVAS PELO DIÁLOGO, MAS QUE, CASO NÃO CONSIGA, TENDE AO USO DA FORÇA NECESSÁRIA (DESDE QUE ARTICULADA RACIONALMENTE PARA O CONVENCIMENTO DE QUEM DETÉM O PODER) PARA MANUTENÇÃO DA PAZ E DA DIGNIDADE HUMANAS.
VER LACLAU E MOUFFE.
VER UNIVERSALISMO DE CONFLUÊNCIA (HERRERA FLORES).
Hoje, nos termos de sua evolução teórica e prática, os direitos humanos são, sobretudo, “uma plataforma emancipatória voltada para a proteção da dignidade humana”. O direito é um limite a um recurso para todos, não se constituindo, por isso mesmo, num monopólio dos poderosos, nem no seu conteúdo nem nos seus usos (PIOVESAN, 2019,
prefácio).
TERMINAR DE LER FLÁVIA PIOVESAN (CAPÍTULO II TODO).
ESPERANDO CHEGAR O LIVRO DO SARMENTO SOBRE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. LER TAMBÉM ANA PAULA BARCELLOS E INGO SARLET.
LER TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (ALEXY) E A MONOGRAFIA DO THIAGO LIED.
No contexto das diferenças, da pluralidade e, consequentemente, do conflito, há duas alternativas possível: o diálogo e a violência. O diálogo pode gerar consenso, soma, chegada a um denominador comum; a violência pode se manifestar pelo uso da força ou simplesmente pelo afastamento. O que queremos para a humanidade? Conflitos inacabáveis? União da pluralidade em torno de uma dignidade comum?
[12:39, 12/02/2021] Allan Callado: Pessoal, vocês já refletiram sobre universalismo x relativismo dos direitos humanos?
[12:52, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Sim, mas ainda há muito o que refletir, haha. Esse tema é muito interessante, e nos leva a alguns dilemas. Evitar um certo etnocentrismo sem "passar pano" para posturas ou práticas indefensáveis de outros povos
[12:53, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Estou lendo livro que não tem esse tema, mas que trata do assunto de uma forma interessante. "Justificação e crítica - perspectivas de uma teoria crítica da política", de Rainer Forst
[12:59, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: O autor defende que os direitos humanos não são reivindicações por "bens", e sim reivindicações por posições políticas e sociais. Forst baseia toda sua teoria na ideia de um direito à justificação. Toda ação ou norma deve poder ser justificada
[12:59, 12/02/2021] Allan Callado: Que maravilha! Comecei esse livro para o TCC da pós, mas não finalizei, acabei desviando pra Seyla Benhabib.
[13:00, 12/02/2021] Allan Callado: Eu concordo com ele. Esses dias pedi (o caríssimo) Contextos da Justiça em um sebo. Tô esperando chegar.
[13:00, 12/02/2021] Allan Callado: Tô lendo a Flávia Piovesan pra poder formar opinião sobre o assunto. Ela cita muita gente (Joaquin Herrera Flores, Boaventura de Sousa Santos).
[13:01, 12/02/2021] Allan Callado: Mas como bom branco, hetero, cis, privilegiado, burguês, tô tendente ao universalismo kkkkk
[13:01, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Eu tô avançado na leitura, mas tb não terminei. Os argumentos dele são bem sedutores. Diminuiu um pouco meu preconceito com Habermas (e com o próprio Forst, por consequência, hehe)
[13:03, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Lembrando que Forst é discípulo de Habermas
[13:04, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Aí você precisa esclarecer o que está considerando como "universalismo"
[13:05, 12/02/2021] Allan Callado: Depois que eu li o Dworkin tô querendo aplicar o método dele pra tudo kkkk
[13:05, 12/02/2021] Allan Callado: Então meio que comecei uma analítica dessa questão.
[13:05, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Uma discussão interessante, que o próprio Forst traz no livro, é se existiria um direito humano à democracia
[13:05, 12/02/2021] Allan Callado: Vou copiar o que falei pra um colega aqui e aposto que tu tem boas contribuições pra gente discutir.
[13:06, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Eu também sou muito influenciado pelo Dworkin. Embora leituras do Habermas (e agora do Forst) estejam me deixando mais balançado
[13:06, 12/02/2021] Allan Callado: [12:46, 12/02/2021] Allan Callado: Eu vou pegar de um tópico mais fundamental.
[12:46, 12/02/2021] Allan Callado: Pra chegar na conclusão.
[12:47, 12/02/2021] Allan Callado: A autopreservação é talvez o instinto mais humano que nós temos.
[12:47, 12/02/2021] Allan Callado: Pra autopreservação, a regulação social é essencial, pois evita o conflito, a guerra.
[12:47, 12/02/2021] Allan Callado: Se a regulação social é boa em nível local, não seria diferente em nível internacional.
[12:48, 12/02/2021] Allan Callado: O que legitima/fundamenta essa regulação social?
[12:48, 12/02/2021] Allan Callado: E quando falo em regulação social, falo tbm em uso da força no caso de sua violação.
[12:48, 12/02/2021] Allan Callado: Então, o que legitima/fundamenta a regulação s…
[13:07, 12/02/2021] Allan Callado: [12:55, 12/02/2021] Hycaro Mattos: Se tem uma lei não sei onde que diz que a pena pra quem rouba é cortar a mão, e isso veio culturalmente, como outro país poderia dizer que é errado? E pq o primeiro país aceitaria um acordo que não pudesse mais colocar em prática aspectos da sua cultura? E como dizer que os signatários é que são os justos e têm direito de intervir, né... Essa é a questão
[12:57, 12/02/2021] Allan Callado: Essa é a questão.
[12:57, 12/02/2021] Allan Callado: Mas se a gente usa a linha de base da dignidade, a gente consegue concluir que mutilar as mãos seria cruel.
[12:58, 12/02/2021] Allan Callado: Qual finalidade das penas mostraria a regulação social e o uso da força sob sua melhor luz (a luz da autopreservação)?
[13:02, 12/02/2021] Allan …
[13:10, 12/02/2021] Allan Callado: [13:08, 12/02/2021] Allan Callado: Qual o ponto comum do direito coletivo e do direito individual?
[13:08, 12/02/2021] Allan Callado: Será que não é esse o ponto crucial?
[13:10, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Esse "mínimo" seria, para Forst, o direito de a pessoa ser "levada em conta" nos processos de participação social e política (produção de normas que lhe atingem). Mas o próprio Forst parece reconhecer que esse direito à justificação traz consigo outros direitos. Por exemplo, a pessoa não é considerada, não é levada em conta, se for produzida uma norma que lhe proíba a liberdade religiosa (ele diz isso). Aí começa a complicar, porque ele mesmo sem querer parte para a "definição" de direitos (humanos) mínimos
[13:12, 12/02/2021] Allan Callado: Como diz o Dworkin, não tô dizendo que a dignidade seja o melhor "mínimo existencial", mas tô dizendo que não consegui até agora achar um melhor que esse (mais adequado e justificador).
[13:13, 12/02/2021] Allan Callado: *mínimo moral
[13:13, 12/02/2021] Allan Callado: (não gosto muito dessas nomenclaturas "melhor", "pior", to usando mais pra facilitar a conversa.
[13:14, 12/02/2021] Allan Callado: Aí já vem a Martha Nussbaum falar da dignidade da vida animal tbm e a gente tem que alargar esse mínimo não só pra vida humana..
[13:16, 12/02/2021] Allan Callado: E daqui a pouco vão ter os robôs humanóides (já tem aquela com cidadania saudita)..
[13:16, 12/02/2021] Allan Callado: Mas pra não viajar muito, no nosso contexto, a base mais adequada e justificadora dos direitos (humanos) é mesmo a dignidade.
[13:17, 12/02/2021] Allan Callado: Ela é, portanto, universalizável.
[13:18, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Segundo Forst, as lutas históricas por dignidade buscam formar uma estrutura social em que os indivíduos possam se reconhecer como sujeitos autônomos e cocriadores das instituições que os vinculam
[13:18, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: "Assim se formula uma concepção de dignidade que tem como impulso político e moral a crítica ao poder, que é justamente o impulso originário do discurso da dignidade humana e dos direitos humanos"
[13:18, 12/02/2021] Allan Callado: Show
[13:19, 12/02/2021] Allan Callado: Pensei agora aqui que as filosofias morais e políticas é que podem dar as nuances do conteúdo da dignidade.
[13:19, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Ele afirma que a reciprocidade e a universalidade são critérios decisivos sempre que se trata da justificação de ações moralmente relevantes em um contexto social. Diz que não devem ser excluídas as objeções de nenhuma pessoa concernida. As razões que devem legitimar uma norma devem poder ser partilhadas por todas as pessoas, sendo esse o sentido da universalidade. Por isso falei que é preciso esclarecer a "universalidade"
[13:19, 12/02/2021] Allan Callado: Os liberais extraindo os direitos individuais, os multiculturalistas extraindo os direitos sociais e coletivos.
[13:20, 12/02/2021] Allan Callado: Ele condiciona a universalidade à ampla participação dialógica, então.
[13:21, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: O mérito do Forst, a meu ver, é justamente
propor uma concepção abrangente a ponto de poder ser considerada "universalista"
[13:21, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Exatamente!
[13:21, 12/02/2021] Allan Callado: É mais ou menos a mesma linguagem da Seyla Benhabib. Eles são discípulos do Habermas. Teoria crítica.
[13:21, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Isso
[13:21, 12/02/2021] Allan Callado: Complexo, oh.
[13:21, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: E é uma forma de avaliar e criticar o que vem depois, as discussões sobre os direitos substantivos mesmo
[13:22, 12/02/2021] Allan Callado: Vou colar um questionamento que fiz ao meu colega que acabou não vindo com as mensagens anteiores.
[13:24, 12/02/2021] Allan Callado: Se o Brasil decide queimar a Amazônia pra fazer pasto (realidade não muito distante kkkk) e não aceita o diálogo, isso legitima a intervenção por violação de direitos humanos? Qual a fundamentação dessa intervenção: o caráter difuso do direito ao meio ambiente?
[13:24, 12/02/2021] Allan Callado: O ponto desse questionamento é justamente pra quando não há diálogo.
[13:25, 12/02/2021] Allan Callado: Quando não há diálogo, a melhor postura é a violência (uso da força) ou o afastamento?
[13:25, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Mas quem decide? "O Brasil" é vago
[13:26, 12/02/2021] Allan Callado: Se aceitarmos o uso da força, estaremos aceitando um universalismo da nossa fundamentação para a intervenção nas queimadas da Amazônia? Essa fundamentação seria a dignidade?
[13:26, 12/02/2021] Allan Callado: Governo Federal brasileiro implementa política nesse sentido.
[13:26, 12/02/2021] Allan Callado: Embora não possa pela Constituição, né?
[13:27, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Então está pressuposto aí algum conjunto de atos ilegais e autoritários, não é?
[13:27, 12/02/2021] Allan Callado: Logo seriam acionadas as instituições.
[13:27, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Sim
[13:29, 12/02/2021] Allan Callado: Mas vamos superar essa contingência e supor que a Constituição permita.
[13:29, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: A violência é último recurso, mas às vezes é necessária. Se não há espaço para diálogo, se as instituições não respondem ou foram cooptadas, ou elas mesmo é que estão produzindo os atos agressivos...
[13:29, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Não é possível superar isso assim
[13:29, 12/02/2021] Allan Callado: Isso!
[13:30, 12/02/2021] Allan Callado: Tu não acha que isso é aceitar um universalismo?
[13:30, 12/02/2021] Allan Callado: Um universalismo do que é mais fundamental nos nossos direitos morais?
[13:30, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Estou supondo em princípio a luta interna, a luta dos atingidos para restabelecer seus direitos
[13:31, 12/02/2021] Allan Callado: Entendi
[13:31, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Mas a intervenção externa é algo muito mais complicado, aí entram vários elementos em jogo e precisaríamos esticar mais o debate
[13:32, 12/02/2021] Allan Callado: Pra finalizar. Pelo que tu viu até agora, tu aposta em alguma forma de cosmopolitismo?
[13:33, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Tipo uma ordem mundial?
[13:33, 12/02/2021] Allan Callado: Sim
[13:34, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Institucionalmente temos algum esboço nas normas internacionais, mas o fator "uso da força" é e continuará sendo precário
[13:35, 12/02/2021] Allan Callado: Massa! Valeu pela conversa, George!
[13:35, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Agora, de um ponto de vista não normativo, já temos: o poder econômico dita a organização social, política e econômica do mundo
[13:35, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Valeu!
[13:36, 12/02/2021] Allan Callado: A Seyla Benhabib propõe um cosmopolitismo jurídico (normativo e democrático).
[13:36, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Precisaria de muito sangue derramado pra que algo assim fosse posto em prática
[13:37, 12/02/2021] Allan Callado: Confesso que não consegui entender tão bem as bases desse cosmopolitismo, porque a obra tratava mais a respeito dos refugiados (The right of the others) e ela trata disso melhor em outro livro (Another cosmopolitanism).
[13:37, 12/02/2021] Allan Callado: Ela fala em uma dialética do local para o global, surgimento de novos espaços democráticos supranacionais, regionais..
[13:38, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Acho que as normas internacionais procuram dispor sobre os "mínimos" de que falávamos
[13:38, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Sim
[13:38, 12/02/2021] Allan Callado: Nada muito concreto. kkkk
[13:38, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Temos a experiência da União Europeia
[13:39, 12/02/2021] Allan Callado: Tem uma autora brasileira muito boa também sobre o assunto: Rossana Rocha Reis.
[13:39, 12/02/2021] Allan Callado: Ela fala dessa experiência no livro. Fala do caso do véu na França.
[13:39, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Legal, não conheço
[13:39, 12/02/2021] Allan Callado: E como isso alterou a própria cultura francesa após o julgamento do caso.
[13:41, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: Caso delicado mesmo. Interessantíssimo
[13:49, 12/02/2021] Allan Callado: http://www.biblioteca.pucpr.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1897
[13:49, 12/02/2021] Allan Callado: A leitura que tô agora é essa aí.. Vê se te interessa depois.. =)
[13:54, 12/02/2021] Allan Callado: Ahhhhh, muuuuuito legal também a construção da Hannah Arendt no Origens do totalitarismo.
[13:54, 12/02/2021] Allan Callado: Que diz que o direito a ter direitos é o direito humano mais fundamental!!!!
[13:54, 12/02/2021] Allan Callado: A Benhabib aposta forte nessa ideia aí pra construir a tese dela..
[13:59, 12/02/2021] Allan Callado: https://www.youtube.com/watch?v=5NjVT4DxK_o
[14:00, 12/02/2021] Filo Ling - George Rumiatto: ✌️
A teoria do reconhecimento serve de fundamentação mais ampla aos direitos fundamentais, pois considera as variabilidades subjetivas e culturais da sociedade pós-moderna e a complexidade que isso causa na dimensão procedimental dos direitos fundamentais, qual seja, a sua efetivação (CATÃO, 2017). 
“Para Boaventura de Souza Santos o multiculturalismo vê os direitos humanos como uma ‘constelação de ideias distintas de dignidade humana’. Essas visões distintas deveriam ser tornadas inteligíveis por meio de um diálogo intercultural. A esse diálogo, o autor dá o nome de ‘hermenêutica diatópica’.” (CATÃO, 2017, p. 54).
O próprio contexto da pesquisa de campo intui essa conclusão.
LEMBRAR DA TEORIA DE DIREITOS HUMANOS LOCAL/GLOBAL DESENVOLVIDA NA TESE SOBRE IMIGRANTES, QUE REAFIRMAM A VALIDADE DESSA TEORIA.
EXPRESSAR A PREOCUPAÇÃO PARA QUE ESSE TIPO DE FUNDAMENTAÇÃO NÃO SE TORNE UM CASUALISMO. HÁ QUE SE FOMENTAR UMA BASE TEÓRICA FORTE, SOBRETUDO EM TERMOS DE TEORIA DA DECISÃO JUDICIAL (DWORKIN), PARA QUE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS SEJAM AO MESMO TEMPO PLURAIS E EQUITATIVOS.
O QUE O MERCADO TEM A VER COM O RIBEIRINHO? O QUE O MERCADO TEM A VER COM O PEQUENO PRODUTOR RURAL NOS CONFINS DA AMAZÔNIA? ELE PRODUZ PARA VENDER, MAS O MERCADO CONHECE A NECESSIDADE DELE?
Formas de efetivação dos direitos fundamentais
- Participação na sua formulação
- Revisão periódica e participativa de políticas nacionais e locais (p. ex.,, política ambiental)
- Cooperação individual e institucional
- Responsabilização internacional pela violação dos direitos fundamentais
6. METODOLOGIA
7. PROPOSTA DE SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1. DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS
1.1 Noções introdutórias: concepção contemporânea e terminologia
1.2 Panorama atual da teoria geral de Direitos Humanos
1.3 Diretos humanos fundamentais na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
CAPÍTULO 2. ACESSO À JUSTIÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL
2.1 O direito fundamental de acesso à justiça: âmbito de proteção e restrições
2.2 Acesso à justiça em matéria ambiental
2.3 
CAPÍTULO 3. EFETIVAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA AMBIENTAL E SOLUÇÕES ALTERNATIVAS DE CONFLITOS
3.1 Constitucionalismo dialógico, participação popular e efetivação de direitos
fundamentais
3.2 Participação popular e soluções alternativas de conflitos
3.3 Soluções alternativas de conflito: conciliação, mediação e arbitragem
3.4 Soluções alternativas de conflito em matéria ambiental: estudo de casos
CAPÍTULO 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS PELA MEDIAÇÃO DAS EXECUÇÕES FISCAIS DE MULTAS AMBIENTAIS NA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA JUSTIÇA FEDERAL EM CRUZEIRO DO SUL/AC
4.1 Princípios aplicáveis às execuções fiscais de multas ambientais
4.2 Qual a finalidade das multas ambientais?
4.3 A conversão das multas em serviços ambientais: fundamentação teórica e prática
4.4 A conversão de multas em serviços ambientais: análise dos resultados obtidos pela mediação das execuções fiscais suspensas de multas ambientais na Subseção Judiciária da Justiça Federal em Cruzeiro do Sul/AC
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
8. CRONOGRAMA
	
	Direito Brasileiro 
	Direito Português
	Funções atribuídas às Cortes constitucionais na Constituição
	
	
	Fundamento constitucional da medida cautelar geral
	
	
	Fundamento infraconstitucional da medida cautelar geral
	
	
	Medida Cautelar nas ações de controle de constitucionalidade
	
	
	Problemas trazidos pela presença da jurisdição cautelar nos Tribunais Constitucionais
	
	
	Problemas trazidos pela ausência da jurisdição cautelar nos Tribunais Constitucionais
	
	
	A justiça cautelar na jurisdição constitucional e a ofensa ao princípio da separação de poderes e da segurança jurídica 
	
	
9. BIBLIOGRAFIA INICIAL
ALEXANDRINO, José de Melo. A estruturação do sistema de direitos, liberdades e garantias na Constituição Portuguesa. A construção dogmática. Almedina, 2006, vol. II. 
ALEXANDRINO, José de Melo. Estudos sobre o constitucionalismo no mundo da língua portuguesa. Lisboa: AAFDL, 2015, vol. I.
ALMEIDA, Kellyne Laís Laburú Alencar de. O paradoxo dos direitos fundamentais. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2014. 
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1 TÍTULO DO PROJETO
A pertinência dos provimentos jurisdicionais de natureza cautelar nos Tribunais Constitucionais: uma análise comparada entre Brasil e Portugal. 
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Os fundamentos e a (in)adequação da utilização da medida cautelar pelos tribunais constitucionais. 
3 FORMULAÇÃO DOS PROBLEMAS CIENTÍFICOS
· Conceder aos Tribunais Constitucionais a possibilidade de utilizar provimentos jurisdicionais de natureza cautelar nas ações de sua competência é adequado e está em conformidade com uma jurisdição constitucional de um Estado Democrático de Direito? 
· Se a finalidade da tutela jurisdicional declaratória é conferir certeza e estabilidade a uma relação jurídica controvertida como podemos admitir que essa finalidade seja alcançada por meio de um provimento precário e de cognição superficial.
· a preservação dos direitos constitucionais dos que são atingidos e pelos que são beneficiados por uma decisão em sede cautelar. 
· O problema do crescente número de ações do Tribunal Constitucional decididas em cautelar monocraticamente em detrimento do princípio da colegialidade e da separação de poderes.
· É compatível com o princípio da segurança jurídica que se tenham decisões interpretativas e atribuição de efeitos aditivos em medica cautelar? 
4 OBJETIVO
Pesquisar as razões teóricas e as consequências práticas que levam os Tribunais Constitucionais a adotarem ou não a utilização de medidas cautelares nas ações de sua competência e a implicação disso no contexto do papel do Tribunal Constitucional inserido em um Estado Democrático de Direito.
5 ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DO OBJETO
a) Fazer um breve estudo da aplicação da jurisdição constitucional
cautelar dos Tribunais Constitucionais nos dois países, analisando como cada ordenamento trata a medida cautelar na legislação infraconstitucional e nas Constituições;
b) Estudar a medida cautelar, abordando a jurisprudência sobre o regime, o fundamento das cautelares e os aspectos da sua possível adequação ao sistema de uma jurisdição constitucional coerente com o Estado democrático de Direito brasileiro e português;
c) Esclarecer as condições da tutela jurisdicional cautelar como tutela efetiva e a sua necessidade ou dispensabilidade no contexto dos processos objetivos na jurisdição constitucional;
d) Analisar a evolução da prática recente da jurisdição cautelar em sede constitucional e as suas implicações dentro de um contexto de ativismo judicial.
6 DISCIPLINAS CIENTÍFICAS 
As disciplinas científicas em que o trabalho se desenvolverá são Direito Constitucional, Direito Comparado, Justiça Constitucional e Direitos Fundamentais. 
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