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Avaliação de pesquisa 01 - Cultura Luso-brasileira

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Cultura Luso-brasileira - CT
Aluno (a): miau
Data: 2020
Avaliação de Pesquisa 01
NOTA:
INSTRUÇÕES:
· Esta Avaliação de pesquisa contém 06 questões, totalizando 10 (dez) pontos.
· Você deve preencher dos dados no Cabeçalho para sua identificação
· Nome / Data de entrega
· Utilize o espaço abaixo destinado para realizar a atividade.
· Ao terminar grave o arquivo com o nome Avaliação de Pesquisa 01 (nome do aluno).
· Envie o arquivo pelo sistema.
Observação: Todas as questões possuem um gabarito que poderá ser consultado no livro disponbilizado para servir como referêncial. Não serão aceitas respostas iguais aos do gabarito!
Boa atividade!!!
1) O dístico “ordem e progresso” escrito em nossa bandeira tem origem no slogan positivista que influencia a Primeira República. Explique.
O dístico “ordem e progresso” de nossa bandeira remete ao ideal positivista que visa ao amor por 
princípio, à ordem por base e ao progresso por fim”, assumindo papel de destaque na vida brasileira na Primeira República. De fato, com o fim da monarquia, ou mesmo anos antes, tem início o que por décadas figura como ideologia. O Positivismo reina absoluto ganhando uma feição brasileira, ao romper com sua matriz francesa. Ocorre que, no Brasil, as contradições desse princípio filosófico discrepam, na medida em que, antes da abolição, alguns adeptos do Positivismo eram senhores de escravos. O que contraria sua essência. O antiescravismo combina então o Positivismo ao regime republicano, estabelecendo aí a crítica à monarquia apoiada no trabalho escravo. A nova sociedade exige uma forte presença do trabalho livre como apoio à sociedade industrial, onde não se arrimam mais os militares nem os senhores feudais, necessitando, portanto, de uma forte presença do regime republicano na direção do sistema.
2) A publicação de O Guarani, de José de Alencar, em 1857, busca no índio a representação do homem brasileiro, ainda que ao modelo de uma sociedade europeia e idealizada. Desenvolva essa afirmação.
A publicação do romance O Guarani3, de José de Alencar, marca o início de uma tentativa de re-
conhecimento do homem brasileiro pela literatura. Essa obra coloca em evidência a necessidade do debate sobre nossa origem. Numa espécie de nacionalismo levado ao entendimento do público leitor da época, a obra busca a adequação do homem brasileiro a uma ordem institucional que precisa reconhecê-lo com vistas a superar um estado adverso de coisas. Como e onde reconhecê-lo é o grande problema. Identificar o homem brasileiro nos entrecruzamentos raciais que se confirmam com a colonização torna-se tarefa difícil. Não é, portanto, o negro, tornado prisioneiro em sua terra e vendido como escravo, subjugado à condição de uma sub-raça, que nos representa como ideal de povo.
José de Alencar, em O Guarani, apresenta-se de modo a conciliar os interesses da elite ao processo de afirmação de uma cultura postiça, decalcada do modelo do bon sauvage encontrado na obra do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau. O índio Peri, personagem que nomeia a narrativa, representa a vassalagem servil de um amor cortês medieval trazido para o Brasil e ambientado no período da colonização. José de Alencar habilmente destaca a figura do nobre português D. Antônio de Mariz da corja de maus elementos, mercenários que gravitam em torno da família. Peri também destoa dos demais selvagens, por seus gestos de nobreza, querendo parecer nas palavras de D. Antônio de Mariz – mais um civilizado cavaleiro que um selvagem ambientado à natureza brasileira.
3) A vinda da família real para o Brasil interfere diretamente na vida cultural da colônia. Por quê?
A vida cultural brasileira é incrementada, o que viabiliza o prenúncio de uma atividade artística e 
literária que se consolida mais tarde com o Romantismo. Com o impacto causado pelo deslocamento da família real para o Brasil, se vive um momento de transição mas letras. Não obs-
tante, com grande dose de entusiasmo na atividade cultural se configura com o século XIX. Esta é, 
portanto, a Época das Luzes brasileira, quando a literatura pontifica e para a qual surge um público consumidor. Na prática, há um tipo de entendimento da parte dos intelectuais sobre o papel ideológico representado pela corte no Rio de Janeiro. Do lado português, a metrópole, equiparada à colônia com a abertura dos portos, preserva um sentido de desigualdade. De certo modo, no Brasil, há um entusiasmo, que contamina a produção literária, baseado nas promessas e esperanças contidas na vinda da família real.
4) Tomás Antônio Gonzaga, no poema “Marília de Dirceu”, adapta à paisagem brasileira a concepção de um mundo ideal. De que forma?
A paisagem mineira é idealizada nos moldes de uma simplicidade que remete à Antiguidade atra-
vés de um locus amoenus que vê na existência humana um estado de perfeição adequado à natureza.
5) O sebastianismo manteve-se por longo tempo presente na memória afetiva do povo português. Além disso, a literatura serve para confirmar o lugar do mito, como no caso do livro Mensagem, de Fernando Pessoa, no qual o poema “D. Sebastião, rei de Portugal” nos oferece uma leitura específica sobre o tema. Discorra sobre o assunto.
O corpo insepulto do rei transcende a realidade e transforma-se em mito. D. Sebastião agora vive em uma ilha encoberto por uma névoa espessa e sua nau deve voltar, singrando as águas do porto e trazendo de volta o sonho de grandeza e opulência. O mito tem grande repercussão popular, constituindo o imaginário de um povo que passa a ver no fracasso de Alcácer Quibir a idolatria a D. Sebastião como grande herói. O trono vago passa às mãos do cardeal D. Henrique. Velho e doente, o cardeal-rei morre em janeiro de 1580. Desse modo, Felipe II, da Espanha, na condição de herdeiro legítimo, comanda um exército que entra em Portugal, assumindo o trono e dando início ao que se denominou domínio espanhol.
6) A colonização portuguesa no Brasil enfrenta o problema da adaptação entre culturas e interesses diferentes. De um lado, a cultura europeia, representada pela escassez e pela repressão; de outro, a do selvagem, representada pela abundância e pela liberdade. Dito isso, discorra sobre o que representou o encontro entre colonos, índios e religiosos no Brasil
Os colonos não tinha nenhum tipo de apego ao que não seja o lucro decorrente da exploração da terra e da escravidão do índio; enquanto os jesuítas e seu ideal de evangelização, instâncias do poder econômico e religioso em disputa.
Pode se afirmar que, tanto a sanha devastadora e predatória dos colonos quanto o intento religioso e evangelizador dos jesuítas têm por objetivo apagar por completo os resíduos de uma cultura local, impedindo a manifestação dos ciclos da vida do índio na terra e impondo novas regras, o que culmina no embotamento de uma em favor de outra.
Avaliação de Pesquisa 01: Cultura Luso-brasileira - CT

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