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PROF. LEANDRO RAVYELLE PROVA COMENTADA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA - AFO PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE CAPÍTULO 1 (ORÇAMENTO PÚBLICO) Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária -AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Gestão Pública, pela UNINASSAU. Atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado na Diretoria de Programação e Orçamento – DPO-, ou seja, estou diariamente trabalhando com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Sou concurseiro, assim como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: SEDUC-CE (Professor do Estado) – 2013 Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 (Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses). Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista Judiciário 2017 (Área Administrativa) – 34º lugar Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista Judiciário (Área Administrativa) – 6º lugar Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico Judiciário (Área Administrativa) – 92º lugar Adquira já o meu curso modular completo em http://leandroravyelle.com.br/afodepontaaponta Grupo VIP “GABARITANDO AFO 2021” https://materiais.leaderdigital.net/inscricaoafo Youtube https://www.youtube.com/c/ProfessorLeandroRavyelle http://leandroravyelle.com.br/afodepontaaponta AFO (PARTE BÁSICA) Com relação ao orçamento público, julgue os itens seguintes. 27. Orçamento público é um mecanismo de controle político dos órgãos de representação sobre o Poder Executivo, independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado. Comentários: Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. Já de acordo com Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas. O foco central da questão está no fato de trazer a definição de orçamento em uma concepção do orçamento tradicional, o que a torna errada, uma vez que utilizamos modelos modernos de orçamento público. Assim, além da clássica função de controle político, o orçamento apresenta outras funções mais contemporâneas, do ponto de vista administrativo, gerencial, contábil e financeiro. No Brasil, a função incorporada mais recentemente foi a função de planejamento, que está ligada à técnica de orçamento por programas. De acordo com essa ideia, o orçamento deve espelhar as políticas públicas, propiciando sua análise pela finalidade dos gastos. Atualmente, o orçamento deixou de ser mera peça orçamentária e tornou-se um poderoso instrumento de intervenção na economia e na sociedade. Outro deslize da questão ocorre ao se desconsiderar as mudanças ocorridas no Estado, uma vez que hoje trabalham-se outras funções, controles e enfoques sob o ponto de vista de finanças públicas. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 28. A definição prévia e clara dos objetivos governamentais é condição para a adoção de um orçamento- programa. Comentários: O Orçamento Programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial - planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar. A ênfase do orçamento-programa é nas realizações, e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade (análise do impacto final das ações). É a única técnica que integra planejamento e orçamento e, como o planejamento começa pela definição de objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. GABARITO DEFINITIVO: CERTO 29. O princípio orçamentário da universalidade consiste em integrar, em um único documento legal, todas as receitas e todas as despesas fixadas para cada esfera de poder e em cada exercício financeiro. Comentários: Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, o princípio da UNIDADE/TOTALIDADE determina existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA). O que configura esse princípio é a esfera de Governo/ Unidade da Federação (que deve ter apenas um único orçamento anual), e não órgão/Unidade Orçamentária. Luiz Rosa Junior (2005) explica que "a concepção tradicional do princípio da unidade significava que todas as despesas e receitas do Estado deveriam estar reunidas em um só documento". Essa é a definição do princípio no próprio MCASP 8ª edição. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO Com relação ao orçamento público no Brasil, julgue os itens subsequentes. 30. Vigente por um período de quatro anos, o plano plurianual deve estabelecer, em âmbito nacional, as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e os programas de duração continuada. Comentários: PPA não é lei de âmbito nacional, mas sim, um PPA para cada ente federativo (1 para a União, 1 para cada estado e DF e 1 para cada município). O Plano Plurianual à PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal (CONSTITUIÇÃO FEDERAL) para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado, durante sua vigência, por meio de inclusão, exclusão ou alteração de programas. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 31. O orçamento da seguridade social dos fundos e das fundações mantidos pelo Poder Executivo integram a lei orçamentária anual. Comentários: O orçamento da seguridade social abrange todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (e não só os do Poder Executivo – o que não torna o item incorreto). Esse orçamento compreende as despesas relativas à Saúde, à Previdência e à Assistência Social. Embora pertençam a esferas orçamentárias diferentes, o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social integram um mesmo conjunto de programas e ações orçamentárias, denominado Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Esse orçamento compreende as despesas relativas à saúde, previdência e assistência social de todos os órgãos, entidades e fundos a ela vinculados, e não apenas as despesas daqueles que fazem parte da seguridade social. Assim, os órgãos, entidades,fundos e empresas dependentes estarão recebendo dotação do orçamento da Seguridade Social para as despesas com saúde, previdência e assistência; e dotações do orçamento fiscal para as demais despesas. Por outro lado, o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse caso, apenas as despesas típicas desses órgãos estarão no orçamento da Seguridade Social. GABARITO DEFINITIVO: CERTO 32. A lei de diretrizes orçamentárias deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas públicas. Comentários: A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aumentou consideravelmente o conteúdo da LDO, atribuindo-lhe a responsabilidade de tratar de outras matérias. Segundo o Art. 4º. a lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e: I- disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso 11 deste artigo, no art. 9º e no inciso lI do§ 1º do art. 31 ("Art. 9º. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais"; "Art. 31, § 1º, 11- obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outros medidos, limitação de empenho, no forma do art.9º"). c) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas; ou seja, além de cumprir as exigências impostas pela LRF para realizar transferências voluntárias, deve-se também atender a outras determinações específicas para cada ano estabelecidas pela LDO. GABARITO DEFINITIVO: CERTO No que se refere à receita e à despesa públicas, julgue os itens que se seguem. 33. Os restos a pagar, assim como os depósitos e os débitos de tesouraria, constituem a dívida flutuante, enquanto os passivos financeiros, inclusive os serviços da dívida a pagar, constituem a dívida fundada. Comentários: Conforme Giovanni Pacelli (2018), os restos a pagar constituem item específico da dívida flutuante no passivo financeiro. O serviço da dívida a pagar são os restos a pagar dos juros e amortização da dívida, conforme esquema abaixo: RESTOS A PAGAR REFERENTES A Pessoal e encargos sociais No âmbito da dívida flutuante denominam-se (art. 92 - Lei nº 4.320/64) Restos a pagar Juros e Encargos da dívida Serviços da dívida a pagar Outras despesas correntes Restos a pagar Investimentos Restos a pagar Inversões financeiras Restos a pagar Amortização da dívida Serviços da dívida a pagar Conforme ensinamentos de Paludo, os serviços da dívida a pagar incluem os valores referentes à amortização do principal, juros e correção monetária (se houver), bem como outros encargos oriundos da dívida pública de longo prazo. Essas despesas também correspondem a uma 'ESPÉCIE DE RESTOS A PAGAR', visto que a Nota de Empenho para seu pagamento foi emitida em exercício anterior. "Vejamos o que traz o texto da Lei nº 4.320/64: Art. 92. A dívida flutuante compreende: I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; II - os serviços da dívida a pagar; III - os depósitos; IV - os débitos de tesouraria. Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Logo os serviços da dívida a pagar são dívida flutuante, e não fundada como afirma a questão. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 34. A estrutura de alocação dos créditos orçamentários é identificada pela classificação institucional. Comentários: A classificação institucional (também chamada de DEPARTAMENTAL) é provavelmente a mais antiga classificação: reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos (duas categorias): órgão orçamentário e unidade orçamentária. Assim, a estrutura de alocação dos créditos orçamentários é identificada na classificação institucional. Sua principal finalidade é evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela execução das despesas, os órgãos e unidades que gastam o dinheiro público conforme a programação orçamentária. Os órgãos orçamentários têm sentido de órgãos do governo ou unidades administrativas, isto é, podem corresponder a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações, enquanto as unidades orçamentárias compreendem repartições dos órgãos ou agrupamento de serviços que se subordinam a determinado órgão. GABARITO DEFINITIVO: CERTO 35. Para fins orçamentários, todo ingresso de recursos nos cofres públicos, ainda que não efetivo, constitui uma receita pública. Comentários: Em sentido restrito, receitas são as entradas que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e positivo; em sentido lato, são todas quantias recebidas pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou ingressos. Nem todo ingresso constitui receita pública; o produto de uma operação de crédito, por exemplo, é um ingresso, mas não é receita nessa concepção porque, em contraposição à entrada de recursos financeiros, cria uma obrigação no passivo da entidade pública. Conforme o próprio MCASP: Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias (por aqui entende-se que não se consideram as entradas não efetivas, mas a questão não definiu se sentido amplo ou stricu). Em suma, portanto, podemos sintetizar dizendo que o mero ingresso é receita não- efetiva, porque gera contrapartida no passivo, enquanto a receita pública pode ser receita efetiva ou não-efetiva, conforme resulte, respectivamente, em alteração ou não do patrimônio estatal. Em outros termos, apesar de toda receita efetiva ser receita pública, o inverso não ocorre, isto é, nem toda receita pública é receita efetiva. É o caso, por exemplo, da alienação de bens, quando, nesse caso, haverá receita pública, por ser entrada definitiva e não gerar contrapartida no passivo, contudo, a receita originada com a operação, em tese, não irá representar alteração patrimonial, pois trata-se de mera conversão em espécie do valor que antes estava imobilizado, sendo fato contábil meramente permutativo, constituindo-se em receita não-efetiva. Ou seja, haverá receita pública, porque os recursos advindos da alienação do bem entram em caráter definitivo, sem gerar obrigação de devolução posterior, mas não haverá receita efetiva, já que se trata de mera troca de ativos que não repercutem em acréscimo patrimonial. É um assunto cheio de pegadinhas e a banco pode querer se desorientar neste ponto, com um enunciado incompleto, como tivemos aqui! GABARITO DEFINITIVO: CERTO Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A respeito desse assunto, julgue os próximos itens. 101. Em situações em que o governo reconheça o estado de calamidade pública, como ocorreu em 2020 devido á pandemiade covid-19, para alocar recursos adicionais ao orçamento com o objetivo de atender municípios atingidos, deve-se utilizar o mecanismo retificador do orçamento denominado crédito especial. Comentários: Os Créditos extraordinários são aqueles destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública (art. 41, III, da Lei nº 4.320/1964). O art. 167, § 3º, da CF/1988 especifica: A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62 (medida provisória). Esse tipo de despesa não comporta previsão, são despesas urgentes e decorrentes de calamidade pública. Tem como meio de atendimento os créditos extraordinários porque decorrem de situação extraordinária. O correto são despesas imprevisíveis, mas por força do conteúdo literal da Lei nº 4.320/1964, também é aceito “imprevistas”. Logo, incorreto o enunciado ao trazer crédito especial. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 102. A lei orçamentária anual é o orçamento anual propriamente dito: prevê os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais, o que inclui o orçamento de investimentos da CODEVASF. Comentários: A LOA é um instrumento que expressa à alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É o orçamento propriamente dito. A Lei Orçamentária Anual (LOA) estabelece os Orçamentos da União, por intermédio dos quais são estimadas as receitas e fixadas as despesas do governo federal. A Constituição Federal de 1988, art. 165, determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá o Orçamento Fiscal, o de Investimento das Empresas Estatais e o da Seguridade Social. Mas um pequeno detalhe tornou a questão incorreta: a Codevasf - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba é uma ESTATAL DEPENDENTE, pertencendo, portanto, ao Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. GABARITO DEFINITIVO: ANULADA JUSTIFICATIVA DA BANCA: A redação do item possibilita mais de uma interpretação, o que acabou por prejudicar seu julgamento objetivo. 103. Considere que boa parte da receita operacional da CODEVASF se deve ao recebimento de receita de serviços oriundos de atividades decorrentes de titulação, tarifa de água, lotes urbanos e outros títulos a receber. Nesse caso, de acordo com a Lei nº 4.320/1964, a receita arrecadada com a prestação desses serviços pela CODEVASF deverá ser classificada como receita corrente. Comentários: Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. Classificam-se como correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores, nem no conceito de receita de capital (Outras Receitas Correntes). As RECEITAS DE SERVIÇOS decorrem da prestação de serviços por parte do ente público, tais como comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. São também receitas de serviços o recebimento de juros associados aos empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração do capital. CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO) 1. RECEITAS CORRENTES 7. RECEITAS CORRENTES INTRAORÇAMENTÁRIAS 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Antes era "Tributárias" e ainda permanece conforme a Lei nº 4.320/64 2. CONTRIBUIÇÕES 3.PATRIMONIAIS 4. AGROPECUÁRIA 5. INDUSTRIAL 6. SERVIÇOS 7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL 8. RECEITAS DE CAPITAL INTRAORÇAMENTÁRIAS 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 2. ALIENAÇÃO DE BENS 3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL GABARITO: CERTO 104. Sabendo-se que o orçamento do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP), criado em 1938, caracterizava-se, assim como o orçamento de outros órgãos públicos, por ser um simples quadro demonstrativo das receitas e despesas públicas, é correto afirmar que o orçamento do DASP é um exemplo da utilização da técnica do orçamento base-zero. Comentários: O DASP - Órgão previsto pela Constituição de 1937 e criado em 30 de julho de 1938, diretamente subordinado à Presidência da República, com o objetivo de aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e a racionalizar o serviço público no país, iniciada anos antes por Getúlio Vargas. Função elementar e, ao mesmo tempo, fundamental, a própria elaboração orçamentária nunca se ultimou nos prazos regimentais, com o cuidado que era de exigir. Todos os esforços realizados pelo governo no sentido de estabelecer o equilíbrio orçamentário se tornavam inúteis, desde que os representantes da nação agravavam sempre o montante das despesas, muitas vezes, em benefício de iniciativas ou de interesse que nada tinham a ver com o interesse público, ou seja, temos aqui uma clara visão de que na época ainda caminhávamos a passos lentos em relação ao orçamento, sem vinculação nenhuma e sem objetivos claros e definidos (típico do orçamento tradicional). O conceito tradicional/clássico de orçamento destaca a lei orçamentária como a lei que abrange a previsão da receita e a fixação de despesa para determinado período de tempo. Nesse conceito, não há preocupação com o planejamento, com a intervenção na economia ou com as necessidades da população - o orçamento é apenas um ato que aprova previamente as receitas e despesas públicas. O Orçamento Tradicional era um documento de previsão de receitas e autorização de despesas com ênfase no gasto, no que se comprava. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 105. O plano plurianual é o documento que traz as diretrizes, os objetivos e as metas de médio prazo da administração pública, no qual são previstas, por exemplo, as grandes obras públicas a serem realizadas, nos quatro anos seguintes à elaboração do plano. Comentários: O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, deforma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. O PPA possui duração de quatro anos e nesse período serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, de forma que sejam consoantes compatíveis e coerentes com o PPA a que se referem. Comentários: Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim, as grandes obras públicas a serem realizadas, nos quatro anos seguintes à elaboração do plano (uma vez que o ano de elaboração é o ano que antecede o início da vigência do PPA), portanto, tais investimentos deverão estar previstos no PPA em questão. GABARITO DEFINITIVO: CERTO 106. A lei de Diretrizes Orçamentárias serve como um ajuste anual das metas colocadas pelo plano plurianual, prevendo aspectos como o reajuste de salário do presidente da República e estabelecendo a meta de superávit primário do governo para aquele ano e ajustes nascobranças de tributos. Comentários: A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento mais próximo do estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos existentes antes da CF/1988. Ela seleciona os programas do Plano Plurianual que deverão ser contemplados com dotações na LOA correspondente. Ela antecipa e orienta a direção e o sentido dos gastos públicos, bem como os parâmetros que devem nortear a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária para o exercício subsequente, além, é claro, de selecionar, entre os programas do Plano Plurianual, quais terão prioridade na programação e execução do orçamento anual subsequente. O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o art. 165, § 2º, "a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento". De fato, a LDO de cada ano estabelece a meta de superávit primário. Superavit primário é uma poupança que o governo faz para controlar a expansão da dívida pública federal. O indicador é acompanhado pelos agentes do mercado (empresários e investidores) para avaliar a saúde fiscal do País. Com relação ao reajuste de salário do Presidente da República, a Constituição elenca que “A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: I- Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - Se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista." Assim, pode-se dizer que a LDO serve como um ajuste anual das metas colocadas pelo PPA. Algumas das disposições da LDO são: reajuste do salário mínimo, quanto deve ser o superávit primário do governo para aquele ano, e ajustes nas cobranças de tributos. É também a LDO que define a política de investimento das agências oficiais de fomento, como o BNDES. GABARITO DEFINITIVO: ANULADA JUSTIFICATIVA DA BANCA: A redação do item possibilita mais de uma interpretação, o que acabou por prejudicar seu julgamento objetivo. Considerando que a CODEVASF necessite realizar a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara – BA, obra orçada em R$ 729.250,59, julgue os itens a seguir. 107. Para viabilizar a contratação da revitalização das margens do rio São Francisco, a CODEVASF poderá utilizar-se do mecanismo do suprimento de fundos. Comentários: O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas. Segundo Paludo (2018), também conhecido como “adiantamento”, o Suprimento de Fundos corresponde a um regime especial de execução da despesa, mas que deve cumprir os estágios de empenho, liquidação e pagamento. A Lei nº 4.320/1964 e o Decreto nº 93.872/1986 mencionam três tipos de despesas ou tipos de suprimento de fundos: Despesas eventuais inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento Caráter sigiloso quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento Despesas de pequeno vulto assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do ministro da Fazenda Como vimos o enunciado, a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara – BA, obra orçada em R$ 729.250,59 não se encontra dentre os casos previstos para a utilização de suprimento de fundos. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 108. Sabendo que o 4º. Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro pode realizar a referida revitalização, a CODEVASF poderá utilizar o mecanismo da descentralização orçamentária externa, utilizando o Termo de Execução Descentralizada (TED). Comentários: As descentralizações internas de créditos orçamentários são denominadas “provisão”, enquanto as externas são conhecidas como “destaque”. Tratando-se de recursos financeiros, as descentralizações internas recebem o nome de “sub-repasse”, enquanto as externas são chamadas “repasse”. A TED - instrumento por meio do qual a descentralização de créditos entre órgãos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União é ajustada, com vistas à execução de programas, de projetos e de atividades, nos termos estabelecidos no plano de trabalho e respeitada fielmente a classificação funcional programática. O TED pode ser efetuado para a execução de programações orçamentárias de interesse recíproco, em regime de mútua colaboração entre órgãos e entidades ou para a execução de atividades específicas em benefício da unidade descentralizadora dos recursos. Pode ser efetuado, também, para rateio ou ressarcimento de despesas. Além disso, para a União, a descentralização de crédito externa dependerá de termo de execução descentralizada, ficando vedada a celebração de convênio para esse efeito. (Decreto nº 6.170/2007 – art. 1º, $1º, III c/c Art. 2º, III). GABARITO DEFINITIVO: CERTO 109. Tendo decidido a empresa ou o órgão a ser contratado para realizar a revitalização, a CODEVASF deverá efetuar o empenho da despesa, que é o primeiro estágio da execução da despesa pública. Comentários: Vejamos o que compõe o PLANEJAMENTO DA DESPESA F IN A L ID A D E S D A S D E SC E N T R A L IZ A Ç Õ E S P O R T E D execução de programas, de projetos e de atividades de interesse recíproco, em regime de colaboração mútua execução de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício da unidade descentralizadora ressarcimento de despesas Processo de licitação compreende um conjunto de procedimentos administrativos que objetiva adquirir materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, bem como fazer concessões de serviços públicos com as melhores condições para o Estado, observando os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e de outros que lhe são correlatos. O procedimento licitatório destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, atendido o princípio constitucional da isonomia. Seguindo, temos as fases da EXECUÇÃO DA DESPESA: PLANEJAMENTO EXECUÇÃO CONTROLE E AVALIAÇÃO ESTÁGIOS FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO) PLANEJAMENTO FIXAÇÃO DOUTRINAS E MANUAIS DESCENTRALIZAÇÃO/MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA PROCESSO DE LICITAÇÃO EMPENHO PREVISTAS NA LEI Nº 4320 /64 EXECUÇÃO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO Assim, tendo sido decidido a empresa ou o órgão a ser contratado para realizar a revitalização (após o processo de licitação), a CODEVASF deverá efetuar o empenho da despesa, que é o primeiro estágio da execução da despesa pública. GABARITO DEFINITIVO: CERTO Quadro das receitas e despesas CODEVASF 20XX DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Receita de Alienação de bens imóveis em Juazeiro 500.000 Receita de remuneração de depósitos bancários 4.500.000 Receita proveniente de serviços de fornecimento de água para o perímetroirrigado 12.500.000 Receita de alienação de bens imóveis em Petrolina 1.500.000 Despesa com locação de mão de obra 1.000.000 Despesa com obras e instalações (implantação, ampliação ou melhoria de sistemas de esgotamento sanitário na área de atuação em Petrolina) 3.000.000 Despesa com vencimentos e vantagens fixas – pessoal civil 12.000.000 Considerando o quadro hipotético apresentado, julgue os itens que se seguem. 110 . O valor das despesas correntes é de R$ 13.000.000. Vamos esquematizar o quadro fornecido Quadro das receitas e despesas CODEVASF 20XX DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Receita de Alienação de bens imóveis em Juazeiro 500.000 RECEITA DE CAPITAL Receita de remuneração de depósitos bancários 4.500.000 RECEITA CORRENTE PATRIMONIAL Receita proveniente de serviços de fornecimento de água para o perímetro irrigado 12.500.000 RECEITA CORRENTE DE SERVIÇOS Receita de alienação de bens imóveis em Petrolina 1.500.000 RECEITA DE CAPITAL Despesa com locação de mão de obra 1.000.000 DESPESA CORRENTE Despesa com obras e instalações (implantação, ampliação ou melhoria de sistemas de esgotamento sanitário na área de atuação em Petrolina) 3.000.000 DESPESA DE CAPITAL Despesa com vencimentos e vantagens fixas – pessoal civil 12.000.000 DESPESA CORRENTE – PESSOAL E ENCARGOS Assim o somatório das despesas correntes é Quadro das receitas e despesas CODEVASF 20XX DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Despesa com locação de mão de obra 1.000.000 DESPESA CORRENTE Despesa com vencimentos e vantagens fixas – pessoal civil 12.000.000 DESPESA CORRENTE – PESSOAL E ENCARGOS TOTAL 13.000.000 GABARITO DEFINITIVO: CERTO 111. O valor das despesas de capital é de R$ 4.500.000. Usando o quadro acima temos: Quadro das receitas e despesas CODEVASF 20XX DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Despesa com obras e instalações (implantação, ampliação ou melhoria de sistemas de esgotamento sanitário na área de atuação em Petrolina) 3.000.000 DESPESA DE CAPITAL GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 112. O valor das receitas correntes é de R$ 17.000.000. Quadro das receitas e despesas CODEVASF 20XX DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Receita de remuneração de depósitos bancários 4.500.000 RECEITA CORRENTE PATRIMONIAL Receita proveniente de serviços de fornecimento de água para o perímetro irrigado 12.500.000 RECEITA CORRENTE DE SERVIÇOS TOTAL 17.000.000 GABARITO DEFINITIVO: CERTO No mês de janeiro de 20X1, o município de Petrolina efetuou na emissão dos boletos de pagamento do IPTU municipal com vencimento para março, abril e maio de 20X1. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes. 113. Esgotado o prazo fixado para o pagamento de IPTU, o município deverá fazer a inscrição no cadastro de dívida ativa daqueles que não tiveram recolhido o imposto municipal, para viabilizar a cobrança judicial do IPTU. Comentários: Para que uma dívida se torne "dívida ativa" é essencial que o crédito seja líquido e certo e esteja vencido. Embora sejam admitidos recurso e prova em contrário (PRESUNÇÃO RELATIVA), a certidão de dívida ativa possui caráter líquido e certo. A dívida ativa abrange todos os créditos da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido pagos nas datas em que venceram. GABARITO DEFINITIVO: CERTO 114. Em janeiro de 20X1, a receita de IPTU de Petrolina se encontra na fase de previsão. Comentários: Segundo os Manuais da Receita Nacional, e de Contabilidade, STN/ SOF, a etapa de planejamento compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual (LOA), resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Diz-se que a receita é prevista, estimada ou orçada, e isso não se dá no início do exercício financeiro, como elencou a questão. Em regra, em janeiro, já deveríamos estar executando o orçamento planejado e aprovado mediando Lei no exercício anterior, logo, errada a assertiva. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 115. Ocorrida a arrecadação do IPTU, pela prefeitura de Petrolina, durante o exercício de 20X1, a referida receita será classificada como receita patrimonial. Comentários: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: são decorrentes da arrecadação dos tributos previstos no art. 145 da Constituição Federal. É, deste modo, privativa dos entes investidos com o poder de tributar: União, Estados, DF e Municípios. Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, o qual não recebe contraprestação direta ou imediata pelo pagamento. Logo, não são receitas patrimoniais! GABARITO DEFINITIVO: ERRADO RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS VALOR (em milhões de reais) Previsão inicial 100 Receitas Realizadas 105 DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Dotação inicial 100 Despesas empenhadas 80 Despesas liquidadas 70 Despesas pagas 60 Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 20X0 10 Com base nas informações da tabela apresentada, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0 da contabilidade de determinado ente público, julgue os próximos itens. 116. O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$ 10.000.000. Comentários: Os Restos a Pagar processados equivalem às despesas liquidadas, ou seja, às despesas em que o credor já cumpriu sua obrigação, já entregou o material ou já prestou o serviço – tendo, portanto, direito líquido e certo ao pagamento correspondente. Os Restos a Pagar não processados equivalem às despesas não liquidadas, ou seja, são aquelas em que o fornecedor ainda não entregou o material ou não prestou o serviço. Restos a pagar processados = (despesas LIQUIDADAS) – (despesas PAGAS) Restos a pagar NÃO processados = (despesas EMPENHADAS) – (despesas LIQUIDADAS) RAP PROCESSADOS DE 20X0 = 70 – 60 = R$ 10.000.000 GABARITO DEFINITIVO: CERTO 117. O ente público apurou as despesas de exercícios anteriores no valor de R$ 20.000.000. Comentários: Despesas de Exercícios Anteriores – DEA são despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. O art. 37 da Lei nº 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Na questão, temos Despesas empenhadas, liquidadas e pagas em 20X1 relativas a 20X0 no valor de R$ 10.000.000,00. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 118. O ente público apurou o valor de superávit orçamentário de R$ 10.000.000. Comentários: Superávit orçamentário é quando a soma de todas as receitas estimadas no orçamento é maior do que a soma de todas as despesas orçamentárias previstas. Tivemos receita estimada de 100 (e realizada 105) e despesa fixada de 100, logo incorreta a assertiva. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 119. O referido ente público apurou o valor de excesso de arrecadação de R$ 5.000.000. Comentários: Entende-se por excesso de arrecadação como sendo o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. RECEITA REALIZADA – RECEITA ESTIMADA = 105 – 100 = R$ 5.000.000 GABARITO DEFINITIVO: CERTO 120. Nesse caso, o valor disponível para a abertura de créditosadicionais é de R$ 25.000.000. Comentários: Vejamos abaixo as possíveis fontes para abertura de crédito adicional FONTE DEDUÇÃO A SER FEITA NA FONTE o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas os provenientes de excesso de arrecadação considerando-se, ainda, a tendência do exercício e deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las reserva de contingência os recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual somente para créditos suplementares e especiais, mediante prévia autorização legislativa Só tivemos excesso de arrecadação de R$ 5.000.000,00. Superávit orçamentário nem é fonte para a abertura de crédito adicional! GABARITO DEFINITIVO: ANULADA JUSTIFICATIVA DA BANCA: O fato de ter sido mencionado superávit orçamentário em vez de financeiro prejudicou o julgamento objetivo do item.
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