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Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 RÉLATORIO – PÊNDULO SIMPLES1 Oscilações 1. INTRODUÇÃO A análise e o controle das oscilações são de extrema importância para engenharia e para a física, pois muitas coisas ao nosso redor podem ser explicadas por esse conceito. Porém seu estudo é extremamente complexo, com isso para introduzi-lo se estuda primeiro o seu tipo mais básico que seria o movimento harmônico simples. (HALLIDAY, 2009). Uma aplicação da teoria de oscilação de acordo com o Halliday é no fato de que todas as estruturas mecânicas possuem frequências angulares naturais e se por acaso uma força externa é submetida com a mesma frequência angular que é a da estrutura, ela desmorona. Essa teoria é uma explicação para o que ocorre com a Ponte de Takoma nos EUA em 1940, quando ventos de aproximadamente 65 km/h alcançaram a mesma frequência da ponte e ela se quebrou. Figura 1: Ponte de Takoma Desabando Fonte: Engenharia 360 1 Dupla na realização dos experimentos: Matheus Réus Vieira Nome: Maria Luisa Dias Paiva Unidade Curricular: Física II Docente: Paulo Sérgio Gai Montedo Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Data: 14/04/2020 Nº: Relatório II Conteúdo: Oscilações Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 2. OBJETIVOS Esse relatório tem como proposito a análise e demonstração do Experimento referente ao Pêndulo Simples. Buscando compreender as suas propriedades e sua teoria que foi visto em sala de aula. 3. EQUIPAMENTOS Para que esse experimento foi utilizado os seguintes equipamentos: • 2 Fios de nylon de comprimentos distintos • 3 blocos de massas distintas • Suporte 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E ANALISE DE DADOS Esse ensaio foi dividido em 3 etapas. 4.1 Primeira Etapa Os procedimentos seguidos para realizar essa etapa foram: a) Construa um pêndulo, usando uma linha de NYLON e o peso; b) Meça o comprimento do fio de Nylon; c) A partir de um ângulo menor ou igual a 15º, deixe o pêndulo oscilar, anotando o tempo necessário para que ele complete 10 oscilações; d) Determine o tempo médio para cada oscilação dividindo por dez o valor encontrado no item 3 e) Repita 3 vezes os procedimentos c) e d), anotando os respectivos dados; f) Determine os erros associados as medidas de comprimento (L) e período (T); g) A partir da 2ª lei de Newton, deduza a equação para o pêndulo simples, a qual te permite calcular a aceleração gravitacional. Discuta porquê os ângulos de oscilação devem ser menores ou iguais a 15º; h) Calcule a aceleração da gravidade para o pêndulo 1 com seus respectivos erros; Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 Os itens do b) até o f) foram feitos e colocados em uma tabela para que se tenha uma maior facilidade na visualização dos dados. Além disso para se ter uma maior confiabilidade na hora de realizar os cálculos, foi retirado 4 medidas e não 3 como indicado no item e). Logo abaixo está a tabela com os dados coletados: Tabela 1: Coleta de Dados etapa 1 Fonte: Autor Com os dados devidamente apresentados, é possível iniciar o item g). Para que possamos deduzir a equação do período antes é necessário ter alguns conceitos em mente. O primeiro é as forças que atuam no pêndulo simples, na imagem a seguir conseguimos ter uma noção de quais são elas: Figura 2 – Forças que Atuam Em um Pêndulo Simples Fonte: Scielo – Scientific Electronic Library Online A partir da figura é possível notar que as forças que estão presentes são a Força da Gravidade e a Força da tração. Após isso entra outra ideia que seria a força restauradora, que nesse caso é a componente em x da força peso, pois é ela que tenta fazer com que a partícula volte para o seu ponto de equilíbrio. Essa força restauradora causa um torque restaurador que é a partir das suas equações que conseguimos a equação que permite com que calculamos a aceleração gravitacional. As Equações do Torque são: Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 𝜏 = −𝐹𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃𝐿 (I) 𝜏 = 𝐼𝛼 (II) Juntando a equação I e II temos: 𝐼𝛼(𝑡) = −𝑀𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃𝐿(𝑡) → 𝐼(−𝜔2𝜃(𝑡)) = −𝑀𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃𝐿(𝑡) (III) Para continuar é necessário usar um conceito do pêndulo simples, que fala que quando o 𝜃 ≤ 15º é possível usar a seguinte relação: sen 𝜃 ≈ 𝜃 Essa relação é possível pois se pegarmos valores de ângulos pequenos em radiano e dividirmos pelo seu seno percebermos que o valor da sua divisão se aproxima de 1, possuindo um erro extremamente baixo. Podemos usar o 𝜃 = 0,08 𝑟𝑑 como exemplo pois seu seno é 0,0799 sendo assim ele tem um erro menor que 0,1%. Porem essa aproximação não funciona quando os 𝜃 se tornam grandes, por exemplo no caso de quando 𝜃 = 20º pois o erro fica em 2,1% e com isso se torna inviável a sua utilização. Com isso explicado podemos prosseguir com o cálculo, que ficara da seguinte forma após cortarmos os 𝜃(𝑡). 𝐼(−𝜔2) = −𝑀𝑔𝐿 → 𝜔 = √ 𝑀𝑔𝐿 𝐼 Após encontrarmos essa equação usamos a relação abaixo substituindo os valores de 𝜔 e de I: 𝑇 = 2𝜋 𝜔 → 𝑇 = 2𝜋√ 𝐼 𝐿𝑀𝑔 → 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 Reorganizando a Equação temos: 𝑇2 = (2𝜋√ 𝐿 𝑔 ) 2 → 𝑇2 = 4𝜋2𝐿 𝑔 → 𝑔 = 4𝜋2𝐿 𝑇2 Com isso se abrirmos a equação para um formato de equação que contenha erro temos: 𝑔 = 4𝜋2(𝐿 ± ∆L) (�̅� ± ∆T)2 → 𝑔 = 4𝜋2𝐿 ± 4𝜋2∆L (�̅�)2 ± (2�̅�∆T) Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 𝑔 = 4𝜋2𝐿 (�̅�)2 ± [ 1 (�̅�)4 ((�̅�24𝜋2∆L ) + (4𝜋2𝐿2�̅�∆T))] Substituindo os valores nessa equação genérica da aceleração da gravidade com erro, encontramos que g = 10,192 ± 0,283 4.2 Segunda Etapa Nessa Etapa foi feito os seguintes passos: a) Construa um segundo pêndulo com um fio de nylon de comprimento maior; b) Repita os procedimentos da parte 1 e encontre o valor da aceleração gravitacional; c) Compare e discuta os resultados obtidos nas partes 1 e 2; d) Discuta possíveis erros, além dos que já levaste em conta, associados a medida da gravidade; Para continuar foi organizado os dados coletados nessa etapa na tabela abaixo, assim como foi feito na etapa 1. Tabela 2: Coleta de Dados Etapa 2 Fonte: Autor Como na primeira etapa encontramos uma equação genérica da aceleração da gravidade com erro, podemos usa-la novamente aqui e apenas substituir os valores. 𝑔 = 4𝜋20,50 (1,385)2 ± [ 1 (1,385̅̅ ̅̅ ̅̅ ̅)4 ((1,3852 ∗ 4𝜋2 ∗ 0,005 ) + (4𝜋2 ∗ 0,5 ∗ 2 ∗ 1,385 ∗ 0,007))] Encontrando assim g = 10,290 ± 0,207. Comparando os resultados obtidos na primeira e na segunda etapa, nota-se que foram valores próximo, sendo assim da de concluir que a aceleração da gravidade vai ser um valor que vai ser constante independe do comprimento do fio, pois a partir do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 momento que o comprimento mudar, ele vai modificar o tempo de oscilação do penduloe com isso equilibra a equação, fazendo com que o g permaneça o mesmo. Os erros que podemos consideras são os erros humanos, na hora de medir o comprimento dos fios e a falha motoro na hora de medir o tempo no cronômetro. Assim como também a incerteza dos equipamentos de medição disponíveis tanto para medir o tamanho do fio como para medir o tempo. 4.3 Terceira Etapa Por último foi realizado: a) Utilizando um dos pêndulos construídos, analise o período médio das oscilações utilizando ao menos três diferentes massas para o bloco suspenso; b) O que podemos observar? Abaixo está a tabela para observar os períodos médios das oscilações dos 3 objetos. Tabela 3: Coleta de dados Parte 3 Fonte: Autor Analisando os dados acima podemos dizer que o período médio das oscilações não depende da massa do objeto, pois mesmo o objeto 1 e o objeto 3 possuindo massas extremamente diferente entre si, sendo o último quase sete vezes maior, o tempo não teve tanta mudança. Isso pode ser confirmado pela formula que foi encontrado na etapa 1 que diz que o período depende apenas do comprimento e da aceleração da gravidade. 5. CONCLUSÃO Pode ser tirado algumas conclusões após esse ensaio. A primeira delas, é que o pêndulo simples só pode ser representado como um movimento harmônico simples quando seu ângulo é menor ou igual a 15º, do contrário é necessária uma outra forma de análise. Outra conclusão que tiramos é que quando temos o pêndulo sendo um MHS Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Criciúma Rodovia SC 443, 845, Km 1 | Vila Rica | Criciúma / SC | CEP: 88813-600 Fone: (48) 3462-5000 | www.criciuma.ifsc.edu.br | CNPJ 11.402.887/0009-18 apenas o comprimento do fio e a aceleração da gravidade é que influencia no seu período médio de oscilação Além disso também foi notado, que se teve alguns erros humanos e de medição, como explicado anteriormente no item 2, que fizeram com que o resultado encontrado da aceleração da gravidade tanto na primeira etapa como na segunda fosse diferente do que conhecemos como aceleração padrão da gravidade que de acordo com a Revista Pesquisa Fapesp é 9,8m/s2. REFERÊNCIAS FIORAVANTI, Carlos. A Terra moldada pela gravidade. 2011. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2011/03/16/a-terra-moldada-pela-gravidade/. Acesso em: 13 abr. 2020. HALLIDAY, RESNICK e WALKER. Fundamentos de Física - Gravitação, Termodinâmica e Ondas. 9ªed. Rio de Janeiro: LTC, 2012 – ISBN: 9788521619048; ZAMBOTTO, Iuri. Ponte Tacoma Narrows: Aeroelasticidade ou Ressonância? 2015. Disponível em: https://engenharia360.com/ponte-tacoma-narrows-aeroelasticidade-ou- ressonancia/. Acesso em: 12 abr. 2020. ARNOLD, Francisco José et al. Estudo do amortecimento do pêndulo simples: uma proposta para aplicação em laboratório de ensino. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 33, n. 4, p. 4311-4311, 2011.
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