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Monitorização Hemodinâmica Avançada Swan Ganz Cleydson Rodrigues de Oliveira Especialista em Terapia Intensiva Mestre em Enfermagem 3/5/2021 CATETER DE SWAN GANZ • A partir de 1970, Swan e Ganz realizaram um estudo que permitia introduzir um cateter para registrar os parâmetros hemodinâmicos na artéria pulmonar . Após alguns anos, com a utilização de transdutores eletrônicos, associado ao uso da heparina e da revolução eletrônica, e com o cateter de balão-fluxo dirigido, foi possível aferirem as medidas de pressões intravasculares com maior segurança. 3/5/2021 CATETER DE SWAN GANZ • A partir de 1980, este procedimento se tornou mais rotineiro nas UTIs do mundo, onde o uso do catéter de Swan-Ganz cresceu rapidamente de 400 mil para 2 milhões de unidades vendidas anualmente no mundo. 3/5/2021 INDICAÇÕES • Infarto agudo do miocárdio complicado (ICC, ruptura do septo interventricular, disfunção do músculo papilar e infarto do VD; • ICC crônica descompensada e refratária; • Disfunção valvar aguda; • Monitorização intra e pós operatória em cirurgia de revascularização do miocárdio; • Cirurgias de grande porte em pacientes com cardiopatia importante. MONITORIZAÇÃO COM SWAN GANZ SERVE PARA DIRIGIR: •Uso de inotrópicos; •Reposição volêmica; •Uso de drogas vasopressoras; •Pressões de enchimento; • Função miocárdica; •Adequação da oxigenação tecidual. (CONSENSO BRASILEIRO DE MONITORIZAÇÃO E SUPORTE HEMODINÂMICO, 2006) MONITORIZAÇÃO COM SWAN GANZ Informações obtidas de maneira cuidadosa e corretas são a base para a apropriada avaliação hemodinâmica que habitualmente afeta a decisão terapêutica inicial. (CONSENSO BRASILEIRO DE MONITORIZAÇÃO E SUPORTE HEMODINÂMICO, 2006) 3/5/2021 ANATOMIA PEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃO 3/5/2021 CONHECENDO O CATETER 3/5/2021 CONHECENDO O CATETER PERCURSO DO CATETER 3/5/2021 MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA COM O CATETER DE SWAN GANZ 2 PERCURSO DO CATETER 3/5/2021 MATERIAIS NECESSÁRIOS 3 3/5/2021 PASSOS PARA O PROCEDIMENTO DE IMPLANTE DO CATETER 4 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • Abrir o material com técnica asséptica 5 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • Punção do acesso 6 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • Preenchimento do sistema 7 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • Teste do balonete. 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • Introdução do cateter. TRANSDUTORES DE PRESSÃO PIA/PVC/SWAN GANZ CALIBRAÇÃO O sistema é calibrado contra a pressão atmosférica com a coluna de água do transdutor colocada na altura da linha axilar média do paciente ao nível do quarto espaço intercostal. As medidas hemodinâmicas devem ser obtidas na posição em que o sistema foi zerado. (KNOBEL, 2012) SWAN GANZ CALIBRAÇÃO • A morfologia da curva obtida com o flush deve ser do tipo raiz quadrada, sem reverberação excesiva ou amortecimento do traçado. (PITTMAN et al, 2003; KNOBEL 2012) SWAN GANZ 3/5/2021 CALIBRAÇÃO • CALIBRAÇÃO DO SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO - O DOME DEVE SER POSICIONADO A NÍVEL DO EIXO FLEBOSTATICO DO PACIENTE, (LINHA AXILAR MÉDIA AO NÍVEL DO 4º ESPAÇO INTERCOSTAL. 3/5/2021 CALIBRAÇÃO calibração 3/5/2021 CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO DO SISTEMA • O sistema é calibrado contra a pressão atmosférica com a coluna de água do transdutor colocada na altura do eixo flebostático. • A variação de pressão para cada 2,54cm abaixo ou acima é de (+-)2mmHg. (AMIB, 2004; EDWARDS, 2014; KNOBEL, 2012; RATTON, 2005; SANTANA 2013) 3/5/2021 CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO DO SISTEMA • Se o paciente for colocado em decúbito diferente de 0º, a torneira em que foi realizada a calibragem deve ser colocada na mesma altura do eixo flebostático (EDWARDS, 2014; KNOBEL, 2012; RATTON, 2005; SANTANA 2013) 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • POSICIONAMENTO NO ÁTRIO DIREITO E SUA RESPECTIVA CURVA 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • POSICIONAMENTO NO ÁTRIO DIREITO E SUA RESPECTIVA CURVA (EDWARDS, 2014) 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • POSICIONAMENTO NO VERTRÍCULO DIREITO E SUA RESPECTIVA CURVA 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • POSICIONAMENTO NA ARTÉRIA PULMONAR E SUA RESPECTIVA CURVA 3/5/2021 IMPLANTANDO O CATETER • CATÉTER IMPACTADO NUM RAMO DA ARTÉRIA PULMONAR E A CURVA RESPECTIVA DE CAPILAR PULMONAR MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS 3/5/2021 POSICIONAMENTO DO CATETER • A aferição da localização do cateter, além dos valores e morfologia das curva de PCP, é realizada por radiografia de tórax, e a ponta do cateter deverá estar na zona 3 de west. 3/5/2021 COMPLICAÇÕES • PUNÇÃO INADVERTIDA DA ARTÉRIA • ARRITMIAS VENTRICULARES • APARECIMENTO TRANSITÓRIO DE BRD OU BAV • A PRESENÇA DO CATETER NA CIRCULAÇÃO PREDISPÕE O PACIENTE A INFARTO PULMONAR, TROMBOSE VENOSA E COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Monitorização contínua do paciente para controle eletrocardiográfico • Posicionar o paciente em decúbito dorsal • Deixar o material de emergência a mão • Montar o sistema e transdutor de pressão com técnica asséptica • Auxiliar a passagem do cateter, observando o aparecimento das curvas • Fazer curativo dando atenção especial á fixação do cateter (SANTANA 2013) 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Manter o sistema pressurizado com infusão contínua de solução salina heparinizada (3mL/h)com uso de bolsa pressórica 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Calibrar o sistema com ar atmosférico antes de proceder as medidas 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Certificar-se de que não existe bolhas de ar ou coágulos no sistema 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Manipular o paciente de forma a não tracionar o cateter, evitando assim o seu desposicionamento. • Inflar o balão apenas no momento de verificar a PCP, ou no momento de progressão do cateter. Desinsuflar logo que possível 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM 3/5/2021 CUIDADOS DE ENFERMAGEM 3/5/2021 DÉBITO CARDIACO • O débito cardíaco é a quantidade de sangue que o coração bombeia na unidade de tempo (expressa se em litros/min). Em condições normais o volume sanguíneo bombeado pelo ventrículo direito é igual ao bombeado pelo ventrículo esquerdo. (EDWARDS, 2014; KNOBEL, 2012; RATTON, 2005; SANTANA 2013) 3/5/2021 DÉBITO CARDÍACO • Débito cardíaco é o produto do volume ejetado a cada sístole pela frequência cardíaca. DC=VS X FC (EDWARDS, 2014; KNOBEL, 2012; RATTON, 2005; SANTANA 2013) 3/5/2021 DÉBITO CARDÍACO O débito cardíaco é obtido, tradicionalmente mediante ao princípio da termodiluição, em que um volume definido de soro (geralmente 10 ml) é injetado rapidamente na via proximal do cateter a uma temperatura constante e conhecida (menor que a temperatura do paciente). A variação na temperatura do sangue é registrada por um termostato localizado na extremidade distal do cateter e é igual ao débito cardíaco. (EDWARDS, 2014; SANTANA 2013) 3/5/2021 DÉBITO CARDÍACO COMO AFERIR A POAP? • A PCP deve ser obtida no final da expiração em condições de ventilação expontânea ou mecânica; • Deve ser utilizada a POAPd. (RATTON, 2005; CONSENSO BRASILEIRO DE MONITORIZAÇÃO E SUPORTE HEMODINÂMICO, 2006; KNOBEL, 2012) ) INTERFERÊNCIA DA PEEP (KNOBEL, 2012) Em casos de utilização de PEEP acima de 10cmH20, a POAP deve ser subtraída de um terço a 50% do valor da PEEP. AFERIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO • A diferença entre a temperatura corporal e a do injetado deve ser de pelo menos 12 ºC; • A velocidade de ejeção não deve ultrapassar 4 segundos; • Para reduzir a influência da VM com pressão positiva, o termodiluidordeve ser injetado durante a expiração; • Deve-se informar ao monitor de débito o volume de solução injetado (5 ou 10 mL), a temperatura da solução (0-24 ºC) e a constante de termodiluição do cateter; • Fazer no mínimo três medidas sem diferença acima de 10% entre as mesmas. (CINTRA, 2003; CONSENSO BRASILEIRO DE MONITORIZAÇÃO E SUPORTE HEMODINÂMICO, 2006) 3/5/2021 DÉBITO CARDÍACO CONTÍNUO O Funcionamento do sistema baseia-se na presença de um filamento térmico nos 30 cm distais do cateter, que é aquecido a cada 30 a 60 segundos. O sangue em contato com o termistor é aquecido até um máximo de 0,05ºC da temperatura de base, o que não causa dano ao paciente. A variação de temperatura do sangue, captada no termistor distal, é analisada pelo aparelho, que fornece o valor do débito correspondente . (EDWARDS, 2014) MONITORIZAÇÃO DO BDC POR CAP Grupo / Valores hemodinâmicos Alterações na pré-carga Choque Cardiogenico Alterações na pós-carga Doença IC: L/min/kg PAD: mmhg PCP: mmhg RVP:d.s.m2/cm Hipovolemia Falência VD Tamponamento < 2 < 2 < 2 < 8 > 10 > 15 < 15 < 15 > 15 > 1.200 > 1.000 > 1.000 Falência VE < 2,2 > 10 >15 > 1.000 Vasodilatação > 2,2 < 10 < 15 < 1.000 (KNOBEL, 2016; 201MORTON, 2009 ) OBRIGADO. • AMIB, Curso de imersão em terapia intensiva neurológica, 5ª edição, 2005. • GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. • KUMAR, Vinay, FAUSTO, Nelson, ABBAS, Abull K. Bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2010 • PELLICO, L.H; Enfermagem médico cirúrgica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015 • PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. • RATTON, J.L.A; et al. Emergências Médicas e Terapia Intensiva. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. • SANTANA, J.C.B; MELO, C.L; DUTRA, B.S. Monitorização Invasiva e Não Invasiva – Fundamentos para o cuidado. São Paulo: Atheneu, 2013. • ANDREWS, P.J.D, CITERIO,G. Historical Overview and Basic Concepts. Intensive Care Med, 30:1730-1733, 2004. • CONSENSO BRASILEIRO DE MONITORIZAÇÃO E SUPORTE HEMODINÂMICO. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 18 - Número 1 - Janeiro/Março 2006 • DAVID, C.M, DIAS,F.S. Monitorização Hemodinâmica. AMIB. Rio de janeiro Editora Revinter, 2004. 184p. • KNOBEL, Elias. Condutas no Paciente Grave. 3ªed. São Paulo: Editora Atheneu 2006. • KUMAR, Vinay, FAUSTO, Nelson, ABBAS, Abull K. Bases patológicas das doenças. 7. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005. REFERÊNCIAS Slide 1 CATETER DE SWAN GANZ CATETER DE SWAN GANZ INDICAÇÕES MONITORIZAÇÃO COM SWAN GANZ MONITORIZAÇÃO COM SWAN GANZ ANATOMIA CONHECENDO O CATETER CONHECENDO O CATETER PERCURSO DO CATETER MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA COM O CATETER DE SWAN GANZ MATERIAIS NECESSÁRIOS PASSOS PARA O PROCEDIMENTO DE IMPLANTE DO CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER TRANSDUTORES DE PRESSÃO CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO CALIBRAÇÃO IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER IMPLANTANDO O CATETER MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS MONITORIZAÇÃO DAS CURVAS POSICIONAMENTO DO CATETER Slide 36 Slide 37 COMPLICAÇÕES CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM DÉBITO CARDIACO DÉBITO CARDÍACO DÉBITO CARDÍACO DÉBITO CARDÍACO COMO AFERIR A POAP? INTERFERÊNCIA DA PEEP AFERIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO DÉBITO CARDÍACO CONTÍNUO MONITORIZAÇÃO DO BDC POR CAP Slide 55 REFERÊNCIAS Slide 57
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