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Aula 02 Auditoria p/ ISS Cuiabá Professor: Claudenir Brito Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 74 AULA 02: Planejamento da auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 2 2. Planejamento da Auditoria 3 3. Materialidade e relevância na auditoria 19 Lista das questões comentadas durante a aula 55 Referências bibliográficas 74 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá, pessoal. Nossa aula de hoje vai tratar de um tema muito importante para nossa disciplina, que é o “Planejamento da Auditoria”, disposto na Resolução CFC nº 1.211/09, que aprovou a NBC TA 300 – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis. As questões de prova sobre Planejamento em Auditoria não costumam ser complexas, sendo que em muitos casos possível resolvê-las com uma leitura atenta e bom senso. A fim de tornar nosso cronograma mais lógico, estamos adiantando, na aula de hoje, o tema “Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria”, que é um assunto bastante simples. Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo, podem ainda me enviar uma mensagem: Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 74 (61) 8104-2123 Uma boa aula para todos nós. 1. Introdução Planejamento, execução e relatórios de Auditoria nada mais são do que as etapasfases pelas quais passa um processo de auditoria. Para efeito didático, vamos a algumas considerações. Após ter ciência de que realizará uma auditoria, a equipe designada (pública ou privada) vai iniciar o planejamento sobre como pretende conduzir a tarefa, a fim de aproveitar ao máximo os meios (tempo, recursos financeiros, pessoal) de que dispõe para alcançar seus objetivos. Embora denominemos o planejamento como a “primeira fase” da auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois ao longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a alterar o que foi planejado, adaptando-se à novas realidade. “Finalizado” o planejamento, inicia-se a execução dos trabalhos. Essa segunda fase se caracteriza pelas atividades “de campo”, nas quais a equipe vai aplicar os testes de auditoria necessários para que a equipe chegue a uma conclusão sobre o objeto auditado. Por fim, a equipe vai materializar o que foi levantado, emitindo sua opinião de maneira formal, por meio de um documento a que denominamos, em regra, “Relatório de Auditoria”. Essas fases não são estanques, pois a equipe pode adiantar o início da elaboração do relatório durante os trabalhos de campo, sem falar no fato de que o planejamento é contínuo, como já vimos. Mas didaticamente, temos as fases de um processo de Auditoria: Planejamento, Execução e Relatórios. Na presente aula, vamos estudar apenas a primeira faseetapa: o Planejamento da Auditoria, tendo em vista que a “Execução” será estudada na aula 3 e os “Relatórios” na aula 4. Há alguns anos, em minhas aulas presenciais, eu explicava para meus alunos que planejamento não é um “bicho de sete cabeças”, pois todos nós costumamos planejar nossas atividades diariamente, ainda que de forma superficial. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 74 Vocês, por exemplo: de posse do edital do concurso, verificaram quais matérias foram cobradas, em quais delas precisariam de materiais novos, em quais cursos iriam se matricular, e por aí vai. Ah, e quanto dinheiro teriam disponível para tudo isso, que faz parte do planejamento. Isso sem falar nas viagens a passeio, finais de semana, férias, momento no qual todos nós nos mostramos exímios planejadores, deixando para trás os mais cascudos Generais do Pentágono. Ou seja, qual seria a dificuldade em se planejar uma auditoria? Garanto que, na prática, com os conhecimentos necessários e alguma experiência no órgão, todos vocês terão condições de participar de um planejamento de forma bastante eficaz. Mas como a prática, por enquanto, não nos interessa tanto, vamos à teoria. Ajeitem-se na cadeira, peguem um copo d’água, e aproveitem a aula. Planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de se alcançar os objetivos definidos para o trabalho. 2. Planejamento da auditoria O objetivo desta aula é explicar essa primeira fase da auditoria. Entretanto, conforme vimos, o planejamento não é uma fase isolada e estará presente ao longo de todo o processo de auditoria. As principais normas que tratam do tema “Planejamento da auditoria” são a NBC TA 240, a NBC TA 300, a NBC TA 320 e a NBC TI 01, que estou relacionando a título de conhecimento, pois não entendo como produtiva a leitura de “leis secas” para o nosso concurso. Por estarmos em busca de poucas questões de Auditoria, acho pouco provável que a banca cobre conhecimentos aprofundados da disciplina. Além disso, eu já estudei essas normas e seus aspectos principais estão sendo consideradas na elaboração das nossas aulas. Assim, o custo x benefício da leitura de tanto material, a meu ver, não é positivo. Portanto, foco nas aulas! Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 74 Planejamento, segundo Attie (2010), é “uma metodologia de preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas e os processos de avaliação de que se atingiram as metas programadas”. De acordo com Franco e Marra (2011), “ao se iniciar qualquer trabalho de auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu objetivo”, afirmando, ainda, que “o planejamento adequado pressupõe a formulação do programa de auditoria”. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Ele define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em problemas na execução da fiscalização, que poderão provocar acréscimo no tempo total de realização, além de repercussões negativas em sua qualidade. Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que for possível, de acordo com o tempo disponível e com o objetivo determinado. Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas operacionais e administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, que diversas atividades poderiam ter sido realizadas na sede, em vez de ocuparem o precioso tempo de campo da equipe. Ou seja, planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria,de acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de se alcançarem os objetivos definidos para o trabalho. Funciona mais ou menos assim: – você me diz o que você quer (o chefe, no caso, determina que seja realizado o trabalho); – eu realizo meu planejamento e digo o que é necessário para realizá- lo (trabalho em equipe, sobre o qual trataremos em seguida); – você me diz, daquilo que pedi, o que tem para fornecer; – com base no que você tem, eu te digo o que poderá ser feito. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 74 A partir daí, devem ser feitos diversos ajustes (o planejamento deve ser flexível), inclusive dos objetivos da auditoria, caso a empresa de auditoria não disponha dos meios necessários para a execução. Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar os seguintes procedimentos: - obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao princípio do custo-benefício; - obter o máximo de informações sobre a empresa a ser fiscalizada; - discutir o escopo, os procedimentos e as técnicas; - testar a documentação a ser utilizada. Não se pode fiscalizar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer o objeto da auditoria é um dos passos mais importantes do processo, a fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a serem utilizados. Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe, pois se cada auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances de sucesso serão sempre maiores. Algumas considerações iniciais sobre planejamento: 1 – é a primeira fase de um trabalho de auditoria; 2 – não se encerra com o início dos trabalhos de campo; 3 – é flexível. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. (CESPESTF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Informação muito importante. O planejamento deve ser flexível, Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 74 e que, sempre que novos fatos o recomendarem, deve ser alterado para se adequar à nova realidade surgida. Gabarito: C 2. (CESPE/TCU/2007) Acerca das normas de auditoria do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item subsequente. Não é obrigatória a evidenciação de atualizações no planejamento e nos programas de auditoria em papéis de trabalho correspondentes. O auditor possui autonomia para modificar a estrutura de acordo com o andamento dos trabalhos. Comentários: É verdade que o pode (e deve) atualizar seu planejamento e os programas de auditoria, mas essas alterações devem ser evidenciadas nos papéis de trabalho, pois do contrário essa documentação perderia seu propósito, que é o de evidenciar a maneira exata como a auditoria foi conduzida. Gabarito: E 2.1 Atividades preliminares Na fase de planejamento, as atividades preliminares auxiliam o auditor na identificação e na avaliação de eventos ou situações que possam afetar sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras, das seguintes fontes de informação: - sistemas informatizados; - cadastros a que se vincula a empresa fiscalizada; - legislação e normas específicas; - demonstrações dos últimos exercícios; - fiscalizações anteriores, incluindo papéis de trabalho; - auditores que tenham participado de trabalhos recentes na empresa; - controle interno; - notícias veiculadas na mídia; - trabalhos acadêmicos publicados; - possíveis ações judiciais concernentes à empresa fiscalizada; - levantamentos anteriores. A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão da empresa a ser fiscalizada, bem como do ambiente organizacional em que está inserida. Em geral, é composta das seguintes informações: - descrição da empresa fiscalizada, com as características Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 74 necessárias à sua compreensão; - legislação aplicável; - objetivos institucionais da empresa fiscalizada, se for o caso; - setores responsáveis, competências e atribuições; - riscos e deficiências em controles internos. Podemos definir essa análise preliminar como sendo o levantamento de informações relevantes sobre a empresa auditada, para se adquirir o conhecimento necessário à formulação das questões que serão examinadas pela auditoria. A compreensão permite identificar riscos e pontos críticos existentes e é indispensável à definição do objetivo e do escopo da auditoria. É importante assegurar que os aspectos centrais do objeto auditado tenham sido investigados, documentados e compreendidos. A extensão e o nível de detalhamento dos dados que serão coletados devem levar em consideração a natureza do objeto investigado, o tempo e os recursos disponíveis pela equipe. A equipe deve realizar investigação preliminar dos controles internos e dos sistemas de informação, assim como dos aspectos legais considerados significativos no contexto da auditoria. Nas auditorias operacionais, o exame da confiabilidade da base informativa e dos controles internos deve enfatizar os aspectos que possam comprometer a efetividade e/ou a eficiência das operações. A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3. (CESPE/TCE-AC/2008) A elaborac̃ࡤo do trabalho de auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a extens̃o e a profundidade dos procedimentos que nele ser̃o empregados, sendo dispenśveis os exames preliminares. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Na fase de planejamento, as atividades preliminares servem para auxiliar o auditor na identificac ão de eventos ouࡤão e na avaliacࡤ situac es̃ࡤ que possam afetar sua capacidade de planejar e Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 74 realizar o trabalho. Como sabemos, só é posśvel auditar com eficiência aquilo que conhecemos, o que nos faz entender pela obrigatoriedade da realização de exames preliminares. Gabarito: E 4. (CESPE/SECONT-ES/2009) De modo a dar consistência ao processo de auditoria, os critérios empregados para avaliação devem ser fixos, independentemente da entidade auditada, embora possam ser adaptados à realidade da cada caso na fase da elaboração da visão geral da entidade auditada. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: Cada empresa, entidade ou objeto a ser auditado é único, não importando quantas semelhanças tenham com outras empresas. Dizer que os critérios de avaliação devem ser fixos nos remete a desconsiderar as particularidades dos auditados, o que faria com que os diversos planejamentos se apresentassem bastante inflexíveis. E como já vimos, uma das características mais importantes do planejamento de auditoria é sua flexibilidade. Gabarito: E 2.2 Determinação de escopo Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos recursos humanose materiais disponíveis. A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do objeto de auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão investigadas. O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido previamente definidos na deliberação que determinou a realização da auditoria. Para determinar a extensão e o alcance da auditoria que será proposta, a empresa de auditoria deve dispor de informações relativas aos objetivos relacionados ao objeto que será auditado e aos riscos relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos controles adotados para tratar esses riscos. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 74 O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho, e envolve a definição das questões de auditoria, a profundidade e o detalhamento dos procedimentos, a delimitação do universo auditável (abrangência), a configuração da amostra (extensão) e a oportunidade dos exames. Durante a execução, os auditores podem se deparar com fatos que fogem ao escopo ou ao objetivo estabelecido para o trabalho ou que sejam incompatíveis com a natureza da fiscalização, mas que, dada a sua importância, mereçam a atenção da equipe. Nesses casos, as seguintes opções devem ser consideradas: – Nas situações em que os fatos se relacionem de forma clara e lógica com o objetivo da auditoria, o planejamento é passível de mudanças durante a realização dos trabalhos pela própria equipe de auditoria, as quais deverão ser submetidas ao supervisor, para aprovação. – Nas situações em que, mesmo relacionados ao objetivo da auditoria, os fatos fogem ao escopo estabelecido, mas a consistência das evidências encontradas recomenda sua abordagem, a equipe, em conjunto com o supervisor e o titular da unidade técnica coordenadora, deve avaliar a oportunidade e a conveniência de realizar exames para desenvolver achados no trabalho em curso, levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados. – Nas situações em que os fatos sejam incompatíveis com o objetivo ou com a natureza da fiscalização, caberá ao titular da unidade técnica avaliar a conveniência e a oportunidade de aprofundar os exames acerca das constatações, a fim de que estas sejam devidamente fundamentadas, levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados, ou propor a realização de outra ação de controle com vistas a concluir os exames dos fatos identificados. ESCOPO é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis. O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 74 2.3 Programa de Auditoria De acordo com Peter e Machado (2008), Programa de Auditoria: “Constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado previamente aos trabalhos de campo, embasado em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas o recomendarem.” (Grifei) Os autores afirmam que o programa de auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: 1) Específico: um plano para cada trabalho. 2) Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações. Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para cada trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver programas de auditoria que alcancem os objetivos de auditoria, e tais programas, e seus eventuais ajustes, devem ser registrados e aprovados antes do início da execução. Por constituir-se etapa de expressiva importância no resultado que se pretende alcançar com a auditoria, é imprescindível que se disponibilize o tempo necessário à fase planejamento, bem como que o planejamento elaborado atenda aos seguintes aspectos básicos: I. vise à consecução dos objetivos da auditoria mediante execução econômica, eficiente e oportuna dos trabalhos; II. considere, necessariamente, elementos de conhecimento prévio sobre a empresa auditada, seus sistemas mais importantes, seus objetivos e riscos e a eficácia de seus controles internos; III. explicite a natureza, a extensão e a profundidade dos exames a serem realizados e seja suficientemente detalhado de forma a não permitir equívocos na sua execução; IV. permita a atribuição, na fase de execução dos trabalhos, de tarefas e respectivos prazos compatíveis com a complexidade da tarefa e importância da informação buscada; V. seja objeto de supervisão por pessoa com perfil e competência profissional adequados e envolva suficiente discussão pela equipe; VI. seja adequadamente testado quanto à viabilidade de sua aplicação, quando necessário, e seja revisado, sempre que isso se revelar Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 74 necessário, de forma a permitir a supervisão da execução e, a qualquer tempo, a avaliação das atividades desenvolvidas pelo auditor. Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimentos para identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser executados de modo suficiente para alcançar os objetivos da auditoria. Limitações de escopo em função de restrições de acesso a registros oficiais ou de outras condições específicas necessárias para planejar e conduzir a auditoria devem ser registradas para declaração no relatório de como isso afetou ou pode ter afetado os resultados do trabalho. O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve evidenciar: I. o objetivo e o escopo da auditoria; II. o universo e a amostra a serem examinados; III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. O programa de auditoria deverá ser estruturado de forma que possa ser: - específico: um plano para cada trabalho; - padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5. (CESPE/FUB-DF/2013) Os procedimentos de auditoria s̃o definidos no pŕprio programa. Nessa ocasĩo, descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 74 exames. As averiguaces̃ࡤ e verificac es̃ࡤ devem permitir que os auditores formem uma opinĩo que fundamente sua manifestac .õࡤ Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve evidenciar: I. o objetivo e o escopo da auditoria; II. o universo e a amostra a serem examinados; III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. A questão está de acordo com o que estudamos. Gabarito: C 6. (CESPE/UNIPAMPA/2009) O programa de auditoria deve ser estruturado de forma que possa ser espećfico ou padronizado. O programa espećfico ́ mais apropriado para atividades que ño se alterem ao longo do tempo ou para situac es̃ࡤ que contenham dados e informac es̃ࡤ similares. Julgue CERTO ou ERRADO. Comentários: De acordo com Peter e Machado (2008), o programa de auditoria deverá contemplar todas as informac ões dispońveis e necessárias aoࡤ desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser espećfico (um plano para cada trabalho) e padronizado (destinado ̀ aplicac ão em trabalhos locaisࡤ ou em épocas diferentes, com pequenas alteracࡤões). A questão inseriu a definic ão de programa padronizado comoࡤ sendo a de programa espećfico. Gabarito: E 2.4 NBC TA 300 A principal Norma de Auditoria que trata do Planejamento é a NBC TA 300, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que dispõe que a natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 74 De acordo com a NBC TA 300, o Planejamento é um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de procedimentos adicionais. Por exemplo, o planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como: a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco; b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à entidade e como esta cumpre com os requerimentos dessa estrutura; c) a determinação da materialidade; d) o envolvimento de especialistas; e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da entidade). Atenção: Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo de responsabilidade do auditor. Na discussão de temas incluídos na estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente previsíveis (o auditado vai ficar sabendo com antecedência quais procedimentos serão aplicados). O envolvimento do sócio do trabalho (auditor responsável) e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a eficácia e a eficiência do processo de planejamento. 2.4.1 Atividades preliminares do trabalho de auditoria Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 74 A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar o trabalho; b) não há problemas de integridade da administração que possam afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho. A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o cliente e de requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo do trabalho de auditoria à medida que mudam as circunstâncias e as condições. A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cliente e a avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do trabalho de auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos antes da realização de outras atividades importantes para esse trabalho. No caso de trabalhos de auditoria recorrentes, esses procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior. 2.4.2 Atividades de planejamento De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Prosseguindo no estudo da norma, vemos que o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco; Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 74 (b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria, pois, como vimos, a atividade de planejamento é um processo contínuo e flexível. O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão da supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitasvezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 2.4.3 Estratégia global de auditoria O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como: (a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialistas em temas complexos; (b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco; (c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base de corte; (d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 74 revisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle de qualidade do trabalho. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro. 2.4.4 Considerações específicas para entidades de pequeno porte Em entidades de pequeno porte, toda a auditoria pode ser conduzida por uma equipe pequena. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte envolvem o sócio trabalhando com um membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas. A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado, variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da auditoria e o tamanho da equipe. Quando a auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não se colocam questões de direção e supervisão dos membros da equipe de trabalho e de revisão do seu trabalho. Nesses casos, o sócio do trabalho, tendo dirigido todos os aspectos do trabalho, estará ciente de todos os assuntos relevantes. A formação de uma visão objetiva da adequação dos julgamentos feitos no decurso da auditoria pode gerar problemas práticos quando a mesma pessoa também executa toda a auditoria. Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a auditoria é realizada por um único profissional, pode ser recomendável a consulta a outros auditores com experiência adequada ou à entidade profissional dos auditores. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 74 2.4.5 Plano de auditoria O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria, visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. O auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais para alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação antes de planejar todos os procedimentos. 2.4.6 Mudança nas decisões de planejamento durante o processo de auditoria (NBC TA 300) Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos, o auditor pode ter de modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, considerando a revisão dos riscos avaliados. Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere significativamente da informação disponível quando o auditor planejou os procedimentos de auditoria. Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de controle (sobre os controles internos). Falaremos mais desses testes nas próximas aulas. 2.4.7 Direcionamento, supervisão e revisão (NBC TA 300) A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo: (a) o porte e a complexidade da entidade; (b) a área da auditoria; (c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no risco de distorções para uma dada área de auditoria costuma exigir um correspondente aumento na extensão e no direcionamento e supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma revisão mais detalhada do seu trabalho); (d) a capacidade e a competência dos membros da equipe de auditoria. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 74 2.4.8 Documentação A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões-chave consideradas necessárias para planejar adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe. Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia global de auditoria na forma de memorando contendo as decisões-chave relativas a alcance global, época e condução da auditoria. A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, em resposta aos riscos avaliados. Também serve para registrar o apropriado planejamento dos procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes da sua aplicação. O registro das mudanças significativas na estratégia global e no plano de auditoria, e respectivas mudanças na natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria explicam o motivo das mudanças significativas, a estratégia global e o plano de auditoria adotado para a auditoria, e também reflete a resposta apropriada a mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria. 2.4.9 Considerações adicionais em auditoria inicial A finalidade e o objetivo do planejamento não mudam caso a auditoria seja inicial (primeira vez na entidade) ou em trabalho recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da experiência anterior que é normalmente utilizada durante o planejamento. Nesse caso, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia e do plano: - manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; - quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de princípios contábeis ou de auditoria e normas de elaboração de relatórios) discutidos com a administração e relacionados à escolha do auditor, à comunicação dessestemas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria; - os procedimentos de auditoria necessários para obter Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 74 evidência relativa aos saldos iniciais (NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais); - outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial (por exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio ou profissional experiente). O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. 3. Materialidade e Relevância em auditoria As principais normas relacionadas ao tema são a NBC TA 200, a NBC TA 315, a NBC TA 320 e a NBC TA 330, e estão valendo as mesmas considerações que fiz no tópico anterior, ou seja, que não recomendo a leitura da “lei seca” para nosso concurso em especial. 3.1 Relevância em auditoria De acordo com a Resolução CFC nº 1.213/09, que aprovou a NBC TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria - as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 74 A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. Distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. 3.2 Materialidade em Auditoria Como já vimos no decorrer do curso, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. Em outras palavras, a materialidade na auditoria está diretamente ligada à relevância de um fato em relação ao objeto do exame, ou seja, o quanto aquele fato poderá distorcer a materialidade das demonstrações contábeis verificadas. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 74 Podemos observar a materialidade em auditoria sob dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. O primeiro caso normalmente é evidenciado pelo valor das contas envolvidas nas Demonstrações Contábeis, e as distorções identificadas podem ser detectados através de testes substantivos, que vamos estudar em outra aula. Sob o aspecto qualitativo, o auditor deve se preocupar com a veracidade das informações transmitidas aos usuários da informação contábil. A estrutura de relatórios financeiros, ao discutir o tema materialidade, costuma resumir que: - distorções são consideradas relevantes quando puderem influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis; - julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos; e - julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Atenção: A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção das necessidades de informações financeiras dos usuários. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 74 Comentários: No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da auditoria. Gabarito: E 3.2.1 Materialidade no planejamento e para a execução da auditoria Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se houver uma ou mais classes de transações ou saldos contábeis para as quais as distorções de valores menores que a materialidade influenciem as decisões econômicas dos usuários, o auditor deve determinar, também, o nível de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações, e não somente para as demonstrações como um todo. O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: Ativo circulante 30.000 Passivo circulante e não circulante 50.000 Ativo não circulante 70.000 PL 50.000 Ativo Total 100.000 Passivo Total 100.000 Fonte: Brito e Fontenelle (2015). A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 1%do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$1.000,00 serão considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade de que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas demonstrações como um todo. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 74 3.2.2 Revisão no decorrer da auditoria Como já vimos no decorrer da aula, o planejamento de auditoria é uma atividade mutável e contínua, o que inclui a determinação da materialidade. Assim, o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que o teriam levado a determinar um valor (ou valores) diferente no início do planejamento. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa do que inicialmente determinado, deve determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam apropriados. 3.2.3 Documentação O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados em sua determinação: (a) materialidade para as demonstrações como um todo; (b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; (c) materialidade para execução da auditoria; (d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 8. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 74 Comentários: No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da auditoria. Gabarito: E 9. (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue o item seguinte. O planejamento e a execução de uma auditoria devem ser realizados com base no conceito de materialidade, a fim de que se avaliem o efeito das distorções identificadas em relação às demonstrações contábeis e à formação da opinião expressa no relatório do auditor. Comentários: Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Gabarito: C EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 10. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever: A) a avaliac ão da conformidade com os requisitos éticos, inclusiveࡤ independe .ncia, conforme exigido pela NBC TA 220ࡂ B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no ńvel de afirmac ão, conforme previsto na NBC TAࡤ 330. C) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA 210. D) os processos para auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 74 E) as medidas para facilitar a direc ão e a supervisão dos membros daࡤ equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. Comentários: De acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever “a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no ńvel de afirmac .”ãoࡤ As demais alternativas estão incorretas, tendo que vista que: A – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao planejamento. B – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao planejamento. D – apresenta consequências do planejamento, não item a ser descrito no plano de auditoria. E – apresenta consequências do planejamento, não item a ser descrito no plano de auditoria. Gabarito: B 11. (FGV/ISS-Recife/2014) Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estrat́gia global que defina seu alcance, sua ́poca e sua direc ,õࡤ a fim de orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Os procedimentos a serem adotados est̃o listados a seguir, ̀ excec̃ࡤo de um. Assinale-o. A) Identificar as caracteŕsticas do trabalho para definir o seu alcance. B) Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicac .ões requeridasࡤ C) Considerar, para orientar os esforcࡤos da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são irrelevantes. D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria. E) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Comentários: Segundo vimos em aula, ao definir a estratégia global, de acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Gabarito: C Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 74 12. (FGV/ISS-Recife/2014) Um planejamento adequado ́ benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada ̀s ́reas importantes da auditoria. II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente. III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz e eficiente. IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com ńveis apropriados de capacidade e competência para responderem ̀s evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos. Assinale: A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. E)se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: Segundo o item 2 da NBC TA 300, “O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho; auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.” Assim, podemos concluir que apenas os itens I, II e III estão corretos. Gabarito: B 13. (FGV/INEA-RJ/2013) O objetivo de auditoria de “padronizar os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma organizac֚̃o” referese: A) ao papel de trabalho. B) ao teste de procedimentos. C) ao programa de auditoria. D) ̀ interpretacࡤão de informacࡤões auditadas. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 74 E) ao procedimento de auditoria em áreas espećficas. Comentários: De acordo com o item A 17 da NBC TA 300, “O auditor pode utilizar programas de auditoria padrão ou listas de verificação de conclusão da auditoria, adaptados de forma a refletirem as circunstâncias particulares do trabalho”. Ou seja, uma firma de auditoria pode utilizar programas-padrão para “padronizar os procedimentos de auditoria” de seus profissionais. Gabarito: C 14. (FGV/Sefaz-RJ/2011-Adaptada) O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. Quando da auditoria pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados, tais como os listados a seguir, À EXCEÇÃO DE UM. Assinale-o. a) Leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada). b) Uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro presumido para real, por exemplo). c) Valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta. d) Identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não. e) Levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno. Comentários: A realização de uma primeira auditoria numa entidade pode ocorrer em três situações básicas: a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção do auditor independente, visto que ela não tem experiência anterior de um trabalho de auditoria; b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por outro auditor independente, situação que permite uma orientação sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente; e c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente anterior, situação que requer atenção do auditor independente, porquanto as Demonstrações Contábeis que servirão como base de comparação não foram auditadas. Quando da realização da primeira auditoria, o auditor independente deve incluir no planejamento de auditoria: análise dos saldos de abertura, Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 74 procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos procedimentos contábeis, identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior e revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. Além disso, é essencial que o auditor avalie o sistema de controle interno da empresa. Dessa forma, a única opção não prevista na norma é a verificação do valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta. Gabarito: C 15. (FGV/ISS-Cuiab́/2014) Sobre a materialidade no contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta. A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator entre a magnitude ou a natureza das distorc .õesࡤ B) O julgamento sobre relevância deve considerar o posśvel efeito de distorc .ões sobre usuários individuaisࡤ C) A determinac ão de materialidade pelo auditor não deve ser afetada porࡤ suas percepcࡤões pessoais. D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorc ões podem levar oࡤ auditor a avaliá-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria. Comentários: De acordo com o disposto na NBC TA 320, item 6, “A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.” Gabarito: D 16. (FGV/ISS-Recife/2014) A respeito da materialidade, assinale a afirmativa incorreta. A) A determinac ão de materialidade pelo auditor é uma questão deࡤ apurac ão do auditor dasࡤão cient́fica e é afetada pela percepcࡤ necessidades de informacࡤões financeiras dos usuários das demonstracࡤões contábeis. B) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execucࡤão da auditoria, bem como na avaliacࡤão do efeito de distorcࡤões identificadas na auditoria e de distorc ões não corrigidas, se houver, sobreࡤ as demonstrac .ões contábeisࡤ C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorc ões que são consideradas relevantes paraࡤ determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 74 D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorc ões nãoࡤ corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. E) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstracࡤões contábeis como um todo. Comentários: Segundo o disposto na NBC TA 320, “A determinac ão deࡤ materialidade para execuc ão de testes não é um cálculo mecânico simplesࡤ e envolve o exerćcio de julgamento profissional”. ́ afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execucࡤão dos procedimentos de avaliac ão de risco, eࡤ pela natureza e extensão de distorcࡤões identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relac ão aࡤ distorc .ões no peŕodo correnteࡤ Gabarito: A 17. (FGV/CGE-MA/2014) O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a magnitude das distorc es̃ࡤ que s̃o consideradas relevantes.Esses julgamentos fornecem a base para: A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliac .ão de riscoࡤ B) identificar e avaliar os riscos de distorc .ão irrelevanteࡤ C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos operacionais de releva .nciaࡂ D) tomar decisões econoࡂmicas razoáveis com base nas informacࡤões das demonstracࡤões contábeis. E) entender que as demonstrac ,ões contábeis são elaboradasࡤ apresentadas e auditadas considerando ńveis de materialidade. Comentários: Nessa questão a FGV denomina materialidade como “magnitude das distorções, e pede a resposta correta sobre um dos objetivos do julgamento de materialidade realizado pelo auditor. Essa análise é feita na fase de planejamento, e tem como objetivo a determinação da natureza, da época e da extensão de procedimentos de avaliac .ão de risco a serem executadosࡤ Gabarito: A 18. (FGV/CGE-MA/2014) A determinac õࡤ da materialidade para o planejamento envolve o exerćcio de julgamento profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as demonstrac es̃ࡤ cont́beis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificac õࡤ de referencial apropriado incluem: Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 74 A) os elementos das notas explicativas. B) os itens que tendem a inibir a atenc õesࡤão dos usuários das demonstracࡤ contábeis da entidade espećfica. C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua. D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada. E) a volatilidade relativa do capital. Comentários: De acordo com o disposto no item A3 da NBC TA 320, “os fatores que podem afetar a identificac :ão de referencial apropriado incluemࡤ (a) os elementos das demonstrac es̃ࡤ cont́beis (por exemplo, ativo, passivo, patrimo ;(nio ĺquido, receita, despesaࡂ (b) se há itens que tendem a atrair a atenc õࡤ dos usuários das demonstrac ões contábeis da entidade espećfica (porࡤ exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operacࡤões, os usuários tendem a focar sua atencࡤão em lucro, receita ou patrimo ;(nio ĺquidoࡂ (c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua; (d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada somente por d́vida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informacࡤões sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e (e) a volatilidade relativa do referencial.” (Grifamos) Gabarito: C 19. (FGV/AL-BA-Auditoria/2014) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho são elementos que fazem parte a) do processo de auditoria. b) da estratégia global de auditoria. c) da gestão da auditoria. d) da avaliação preliminar da auditoria. e) do plano da auditoria. Comentários: De acordo com a NBC TA 300, o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco; (b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. Gabarito: E Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 74 20. (FGV/SEFAZ-RJ/2009) Assinale a alternativa que não compreenda um objetivo do planejamento de auditoria. a) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e especialistas. b) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. c) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. d) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho. e) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações irrelevantes que afetem as demonstrações contábeis. Comentários: Embora a questão tenha sido elaborada com base nas normas de auditoria antigas, fica fácil observar que a alternativa E não faz sentido, em vista do que já estudamos. Um dos objetivos do planejamento de auditoria é a obtenção do conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem as demonstrações contábeis. Eventos e transações irrelevantes não são considerados no planejamento. Gabarito: E 21. (FGV/SEFAZ-RJ/2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a direção para o desenvolvimento do plano de auditoria. A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta. a) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. b) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. c) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos. d) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. e) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho. Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 74 Comentários: De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (alternativa A) (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (alternativa A) (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (alternativa B) (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (alternativa C) (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. (alternativa D) Assim, podemos concluir que a única alternativa não apontada pela norma é a de letra E, gabarito da questão. Além disso, não é objetivo da alteração da estratégia global e do plano de auditoria a definição do tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho, mas sim para adaptar o planejamento a uma nova realidade. Gabarito: E 22. (FGV/SEFAZ-RJ/2010) Com relação ao planejamento e execuçãoda auditoria de demonstrações contábeis, analise as afirmativas a seguir. I. O auditor deve adotar julgamento profissional quanto à natureza, à época e à extensão dos procedimentos aplicados para o cumprimento das exigências das normas e a coleta de evidências. II. O auditor deve avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das normas e, com isso, os objetivos gerais do auditor. III. O auditor deve extrair conclusões baseadas nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: I e II – CERTAS. Vimos que o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 74 (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco; (b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. II – CERTA. III – CERTA. Embora não tenha sido tema da aula, é verdade que o auditor deve avaliar a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração. Assim, todas as assertivas estão corretas. Gabarito: E 23. (FGV/SEAD-AP/2010) O auditor deve definir uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção do seu trabalho e oriente o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao estabelecer essa estratégia global, o auditor deve adotar os procedimentos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o. a) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. b) Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. c) Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. d) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria, sendo indispensável o conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade. e) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Comentários: Ao definir a estratégia global, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (alternativa A) (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; (alternativa B) (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (alternativa C) (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. (alternativa E) Assim, podemos concluir que a única alternativa não apontada pela norma é a de letra D, gabarito da questão, tendo em vista que o conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade só será levado em consideração se for relevante para a auditoria. Gabarito: D Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 74 24. (FGV/SEAD-AP/2010) A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta. a) é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. b) trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. c) deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco. d) deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria. e) deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado. Comentários: O plano de auditoria faz parte do planejamento de auditoria, que, conforme vimos, é a fase inicial do processo de auditoria. Assim, a alternativa E está incorreta, ao inverter a ordem lógica do planejamento. Gabarito: E 25. (FCC/TCE-GO/2014) Nas atividades de planejamento de auditoria independente, deve o auditor estabelecer uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção da auditoria. Assim, ao definir a estratégia global, deve o auditor, entre outros, nos termos da NBC TA 300: I. elaborar o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão de seu trabalho. II. definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. III. identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. IV. considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. V. determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Está correto o que consta APENAS em: A) I e III B) I, II e III C) IV e V D) III, IV e V E) II, III, IV e V Comentários: Segundo vimos em aula, ao definir a estratégia global, de acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor deve: (a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e as comunicações necessárias; Auditoria p/ISS-Cuiabá Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 74 (c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria; (e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Assim, podemos concluir que os itens II, III, IV e V estão corretos, tendo sido cobrada a literalidade da norma. Quanto ao item I, observem que está incorreto, tendo em vista que o Plano de Auditoria deve ser elaborado após a definição da Estratégia Global de auditoria. Gabarito: E 26. (FCC/Sefaz-PE/2014) A empresa BDA do Brasil S/A admitiu, em seu quadro de pessoal, um auditor interno, para preparação e planejamento das auditorias a serem realizadas na empresa. Entre outros, são considerados fatores relevantes no planejamento dos trabalhos de auditoria interna: I. o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade; II. o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; III. o conhecimento detalhado das transações efetuadas pela empresa em exercícios anteriores; IV. o levantamento dos ativos e passivos da empresa relativo ao exercício anterior; V. o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade. Está correto o que consta APENAS em: a) II e IV; b) I, II e V; c) II, III
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