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Aula 02
Auditoria p/ SEFAZ-CE
Professor: Claudenir Brito
Auditoria e Perícia p/SEFAZ-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 103 
AULA 02: Desenvolvimento do Plano de Auditoria. 
Estratégia de auditoria, Sistema de informações, 
Controle interno, Risco de auditoria. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Introdução 2 
2. Planejamento da Auditoria – Plano de Auditoria 3 
3. Materialidade, risco e relevância na auditoria 19 
4. Plano de auditoria baseado no risco 28 
5. Sistema de informações e controle interno 31 
Lista das questões comentadas durante a aula 77 
Referências bibliográficas 103 
 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos 
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos 
autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores 
que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 
Olá, pessoal. 
 
Nossa aula de hoje vai tratar de um tema muito importante para nossa 
disciplina, que é o “Planejamento da Auditoria”, disposto na Resolução 
CFC nº 1.211/09, que aprovou a NBC TA 300 – Planejamento da Auditoria 
de Demonstrações Contábeis. 
 
Além desse tema, vamos abordar “Risco de Auditoria” e “Controle 
Interno”, o que deve aumentar consideravelmente o número de páginas. 
Como sempre, vou tentar ser o mais objetivo possível. 
 
As questões de prova sobre esses temas não costumam ser complexas, 
sendo que em muitos casos possível resolvê-las com uma leitura atenta e 
bom senso. 
 
Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas 
voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo, 
podem ainda me enviar uma mensagem: 
 
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Auditoria e Perícia p/SEFAZ-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 02 
 
Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 103 
 
(61) 8104-2123 
 
Uma boa aula para todos nós. 
 
 
1. Introdução 
 
Planejamento, execução e relatórios de Auditoria nada mais são do 
que as etapasfases pelas quais passa um processo de auditoria. Para 
efeito didático, vamos a algumas considerações. 
 
Após ter ciência de que realizará uma auditoria, a equipe designada 
(pública ou privada) vai iniciar o planejamento sobre como pretende 
conduzir a tarefa, a fim de aproveitar ao máximo os meios (tempo, 
recursos financeiros, pessoal) de que dispõe para alcançar seus objetivos. 
 
Embora denominemos o planejamento como a “primeira fase” da 
auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois ao 
longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a 
alterar o que foi planejado, adaptando-se à novas realidade. 
 
“Finalizado” o planejamento, inicia-se a execução dos trabalhos. Essa 
segunda fase se caracteriza pelas atividades “de campo”, nas quais a 
equipe vai aplicar os testes de auditoria necessários para que a equipe 
chegue a uma conclusão sobre o objeto auditado. 
 
Por fim, a equipe vai materializar o que foi levantado, emitindo sua 
opinião de maneira formal, por meio de um documento a que 
denominamos, em regra, “Relatório de Auditoria”. 
 
Essas fases não são estanques, pois a equipe pode adiantar o início da 
elaboração do relatório durante os trabalhos de campo, sem falar no fato 
de que o planejamento é contínuo, como já vimos. Mas didaticamente, 
temos as fases de um processo de Auditoria: Planejamento, Execução e 
Relatórios. Na presente aula, vamos estudar apenas a primeira 
faseetapa: o Planejamento da Auditoria. 
 
Há alguns anos, em minhas aulas presenciais, eu explicava para meus 
alunos que planejamento não é um “bicho de sete cabeças”, pois todos 
nós costumamos planejar nossas atividades diariamente, ainda que de 
forma superficial. 
 
Vocês, por exemplo: de posse do edital do concurso, verificaram quais 
matérias foram cobradas, em quais delas precisariam de materiais novos, 
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em quais cursos iriam se matricular, e por aí vai. Ah, e quanto dinheiro 
teriam disponível para tudo isso, que faz parte do planejamento. 
 
Isso sem falar nas viagens a passeio, finais de semana, férias, momento 
no qual todos nós nos mostramos exímios planejadores, deixando para 
trás os mais cascudos Generais do Pentágono. 
 
Ou seja, qual seria a dificuldade em se planejar uma auditoria? Garanto 
que, na prática, com os conhecimentos necessários e alguma experiência 
no órgão, todos vocês terão condições de participar de um planejamento 
de forma bastante eficaz. 
 
Mas como a prática, por enquanto, não nos interessa tanto, vamos à 
teoria. Ajeitem-se na cadeira, peguem um copo d’água, e aproveitem a 
aula. 
 
 
Planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com 
os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de 
se alcançar os objetivos definidos para o trabalho. 
 
 
 
2. Planejamento da auditoria – Plano de Auditoria 
 
O objetivo desta aula é explicar essa primeira fase da auditoria. 
Entretanto, conforme vimos, o planejamento não é uma fase isolada e 
estará presente ao longo de todo o processo de auditoria. 
 
As principais normas que tratam do tema “Planejamento da auditoria” são 
a NBC TA 240, a NBC TA 300, a NBC TA 320 e a NBC TI 01, que estou 
relacionando a título de conhecimento, pois não entendo como produtiva 
a leitura de “leis secas” para o nosso concurso. 
 
Por estarmos em busca de poucas questões de Auditoria, acho pouco 
provável que a banca cobre conhecimentos aprofundados da disciplina. 
Além disso, eu já estudei essas normas e seus aspectos principais estão 
sendo consideradas na elaboração das nossas aulas. Assim, o custo x 
benefício da leitura de tanto material, a meu ver, não é positivo. Portanto, 
foco nas aulas! 
 
Planejamento, segundo Attie (2010), é “uma metodologia de 
preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o 
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roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas 
e os processos de avaliação de que se atingiram as metas programadas”. 
 
De acordo com Franco e Marra (2011), “ao se iniciar qualquer trabalho de 
auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu 
objetivo”, afirmando, ainda, que “o planejamento adequado pressupõe a 
formulação do programa de auditoria”. 
 
O planejamento é a função administrativa que determina 
antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e como se deve 
fazer para alcançá-los. Ele define onde se pretende chegar, o que deve 
ser feito, quando, como e em que sequência. 
 
É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo 
imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A 
tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes 
redunda em problemas na execução da fiscalização, que poderão 
provocar acréscimo no tempo total de realização, além de 
repercussões negativas em sua qualidade. 
 
Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que 
for possível, de acordo com o tempo disponível e com o objetivo 
determinado. 
 
Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do 
trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas operacionais e 
administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, 
que diversas atividades poderiam ter sido realizadas na sede, em vez deocuparem o precioso tempo de campo da equipe. 
 
Ou seja, planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de 
acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos 
financeiros, a fim de se alcançarem os objetivos definidos para o trabalho. 
 
Funciona mais ou menos assim: 
– você me diz o que você quer (o chefe, no caso, determina que seja 
realizado o trabalho); 
– eu realizo meu planejamento e digo o que é necessário para realizá-
lo (trabalho em equipe, sobre o qual trataremos em seguida); 
– você me diz, daquilo que pedi, o que tem para fornecer; 
– com base no que você tem, eu te digo o que poderá ser feito. 
 
A partir daí, devem ser feitos diversos ajustes (o planejamento deve ser 
flexível), inclusive dos objetivos da auditoria, caso a empresa de auditoria 
não disponha dos meios necessários para a execução. 
 
Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar 
os seguintes procedimentos: 
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- obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao princípio do 
custo-benefício; 
- obter o máximo de informações sobre a empresa a ser fiscalizada; 
- discutir o escopo, os procedimentos e as técnicas; 
- testar a documentação a ser utilizada. 
 
Não se pode fiscalizar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer 
o objeto da auditoria é um dos passos mais importantes do processo, a 
fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a 
serem utilizados. 
 
Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e 
com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe, pois se cada 
auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances 
de sucesso serão sempre maiores. 
 
 
Algumas considerações iniciais sobre planejamento: 
1 – é a primeira fase de um trabalho de auditoria; 
2 – não se encerra com o início dos trabalhos de campo; 
3 – é flexível. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. (CESPESTF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, 
o planejamento e os programas de trabalho devem ser 
revisados e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Informação muito importante. O planejamento deve ser flexível, 
e que, sempre que novos fatos o recomendarem, deve ser alterado 
para se adequar à nova realidade surgida. 
Gabarito: C 
 
2. (CESPE/TCU/2007) Acerca das normas de auditoria do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item 
subsequente. Não é obrigatória a evidenciação de 
atualizações no planejamento e nos programas de auditoria 
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em papéis de trabalho correspondentes. O auditor possui 
autonomia para modificar a estrutura de acordo com o 
andamento dos trabalhos. 
 Comentários: 
 É verdade que o pode (e deve) atualizar seu planejamento e os 
programas de auditoria, mas essas alterações devem ser evidenciadas 
nos papéis de trabalho, pois do contrário essa documentação perderia 
seu propósito, que é o de evidenciar a maneira exata como a auditoria 
foi conduzida. 
 Gabarito: E 
 
2.1 Atividades preliminares 
 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares auxiliam o auditor 
na identificação e na avaliação de eventos ou situações que possam 
afetar sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. 
 
A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral 
do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras, das 
seguintes fontes de informação: 
 
- sistemas informatizados; 
- cadastros a que se vincula a empresa fiscalizada; 
- legislação e normas específicas; 
- demonstrações dos últimos exercícios; 
- fiscalizações anteriores, incluindo papéis de trabalho; 
- auditores que tenham participado de trabalhos recentes na empresa; 
- controle interno; 
- notícias veiculadas na mídia; 
- trabalhos acadêmicos publicados; 
- possíveis ações judiciais concernentes à empresa fiscalizada; 
- levantamentos anteriores. 
 
A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão da empresa 
a ser fiscalizada, bem como do ambiente organizacional em que está 
inserida. Em geral, é composta das seguintes informações: 
- descrição da empresa fiscalizada, com as características 
necessárias à sua compreensão; 
- legislação aplicável; 
- objetivos institucionais da empresa fiscalizada, se for o caso; 
- setores responsáveis, competências e atribuições; 
- riscos e deficiências em controles internos. 
 
Podemos definir essa análise preliminar como sendo o levantamento 
de informações relevantes sobre a empresa auditada, para se adquirir o 
conhecimento necessário à formulação das questões que serão 
examinadas pela auditoria. 
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A compreensão permite identificar riscos e pontos críticos existentes e 
é indispensável à definição do objetivo e do escopo da auditoria. É 
importante assegurar que os aspectos centrais do objeto auditado tenham 
sido investigados, documentados e compreendidos. 
 
A extensão e o nível de detalhamento dos dados que serão coletados 
devem levar em consideração a natureza do objeto investigado, o tempo 
e os recursos disponíveis pela equipe. 
 
A equipe deve realizar investigação preliminar dos controles 
internos e dos sistemas de informação, assim como dos aspectos legais 
considerados significativos no contexto da auditoria. Nas auditorias 
operacionais, o exame da confiabilidade da base informativa e dos 
controles internos deve enfatizar os aspectos que possam comprometer a 
efetividade e/ou a eficiência das operações. 
 
A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa 
do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a 
conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o 
resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
3. (CESPE/TCE-AC/2008) A elaborac̃ࡤo do trabalho de 
auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a 
extens̃o e a profundidade dos procedimentos que nele 
ser̃o empregados, sendo dispenśveis os exames 
preliminares. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares servem 
para auxiliar o auditor na identificac ão de eventos ouࡤão e na avaliacࡤ
situac es que possam afetar sua capacidade de planejar ẽࡤ
realizar o trabalho. 
Como sabemos, só é posśvel auditar com eficiência aquilo que 
conhecemos, o que nos faz entender pela obrigatoriedade da 
realização de exames preliminares. 
Gabarito: E 
 
4. (CESPE/SECONT-ES/2009) De modo a dar consistência ao 
processo de auditoria, os critérios empregados para 
avaliação devem ser fixos, independentemente da entidade 
auditada, embora possam ser adaptados à realidade da cada 
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caso na fase da elaboração da visão geral da entidade 
auditada. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Cada empresa, entidade ou objeto a ser auditado é único, não 
importando quantas semelhanças tenham com outras empresas. Dizer 
que os critérios de avaliação devem ser fixos nos remete a 
desconsiderar as particularidades dos auditados, o que faria com que 
os diversos planejamentos se apresentassem bastante inflexíveis. E 
como já vimos, uma das características mais importantes do 
planejamento de auditoria é sua flexibilidade. 
Gabarito: E2.2 Determinação de escopo 
 
Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
 
A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do 
objeto de auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por 
meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão 
investigadas. 
 
O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a 
sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido 
previamente definidos na deliberação que determinou a realização da 
auditoria. 
 
Para determinar a extensão e o alcance da auditoria que será 
proposta, a empresa de auditoria deve dispor de informações relativas 
aos objetivos relacionados ao objeto que será auditado e aos riscos 
relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos 
controles adotados para tratar esses riscos. 
 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho, e envolve a definição das 
questões de auditoria, a profundidade e o detalhamento dos 
procedimentos, a delimitação do universo auditável (abrangência), a 
configuração da amostra (extensão) e a oportunidade dos exames. 
 
Durante a execução, os auditores podem se deparar com fatos que 
fogem ao escopo ou ao objetivo estabelecido para o trabalho ou que 
sejam incompatíveis com a natureza da fiscalização, mas que, dada a sua 
importância, mereçam a atenção da equipe. Nesses casos, as seguintes 
opções devem ser consideradas: 
 
– Nas situações em que os fatos se relacionem de forma clara e 
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lógica com o objetivo da auditoria, o planejamento é passível de 
mudanças durante a realização dos trabalhos pela própria equipe de 
auditoria, as quais deverão ser submetidas ao supervisor, para 
aprovação. 
– Nas situações em que, mesmo relacionados ao objetivo da auditoria, 
os fatos fogem ao escopo estabelecido, mas a consistência das 
evidências encontradas recomenda sua abordagem, a equipe, 
em conjunto com o supervisor e o titular da unidade técnica 
coordenadora, deve avaliar a oportunidade e a conveniência de 
realizar exames para desenvolver achados no trabalho em curso, 
levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial 
em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames 
planejados. 
– Nas situações em que os fatos sejam incompatíveis com o 
objetivo ou com a natureza da fiscalização, caberá ao titular da 
unidade técnica avaliar a conveniência e a oportunidade de 
aprofundar os exames acerca das constatações, a fim de que 
estas sejam devidamente fundamentadas, levando em conta que não 
haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de 
comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados, ou propor a 
realização de outra ação de controle com vistas a concluir os exames 
dos fatos identificados. 
 
 
ESCOPO é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho. 
 
 
 
2.3 Programa de Auditoria 
 
De acordo com Peter e Machado (2008), Programa de Auditoria: 
 
“Constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, 
executado previamente aos trabalhos de campo, embasado 
em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as 
atividades da entidade auditada. É o plano de ação 
detalhado, destinado a orientar adequadamente o trabalho 
do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando 
circunstâncias imprevistas o recomendarem.” (Grifei) 
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Os autores afirmam que o programa de auditoria deverá contemplar 
todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de 
cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a 
profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: 
 
1) Específico: um plano para cada trabalho. 
2) Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em 
épocas diferentes, com pequenas alterações. 
 
Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para cada 
trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo 
e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver programas de 
auditoria que alcancem os objetivos de auditoria, e tais programas, e seus 
eventuais ajustes, devem ser registrados e aprovados antes do início da 
execução. 
 
Por constituir-se etapa de expressiva importância no resultado que se 
pretende alcançar com a auditoria, é imprescindível que se disponibilize o 
tempo necessário à fase planejamento, bem como que o planejamento 
elaborado atenda aos seguintes aspectos básicos: 
 
I. vise à consecução dos objetivos da auditoria mediante execução 
econômica, eficiente e oportuna dos trabalhos; 
II. considere, necessariamente, elementos de conhecimento prévio 
sobre a empresa auditada, seus sistemas mais importantes, seus 
objetivos e riscos e a eficácia de seus controles internos; 
III. explicite a natureza, a extensão e a profundidade dos exames a 
serem realizados e seja suficientemente detalhado de forma a não 
permitir equívocos na sua execução; 
IV. permita a atribuição, na fase de execução dos trabalhos, de tarefas 
e respectivos prazos compatíveis com a complexidade da tarefa e 
importância da informação buscada; 
V. seja objeto de supervisão por pessoa com perfil e competência 
profissional adequados e envolva suficiente discussão pela equipe; 
VI. seja adequadamente testado quanto à viabilidade de sua aplicação, 
quando necessário, e seja revisado, sempre que isso se revelar 
necessário, de forma a permitir a supervisão da execução e, a 
qualquer tempo, a avaliação das atividades desenvolvidas pelo 
auditor. 
 
Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimentos para 
identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante o 
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser executados de 
modo suficiente para alcançar os objetivos da auditoria. 
 
Limitações de escopo em função de restrições de acesso a registros 
oficiais ou de outras condições específicas necessárias para planejar e 
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conduzir a auditoria devem ser registradas para declaração no relatório 
de como isso afetou ou pode ter afetado os resultados do trabalho. 
 
O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos 
na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição 
precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve 
evidenciar: 
I. o objetivo e o escopo da auditoria; 
II. o universo e a amostra a serem examinados; 
III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de 
auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a 
serem cumpridas com respectivos cronogramas; 
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. 
 
 
O programa de auditoria deverá ser estruturado de forma que possa 
ser: 
- específico: um plano para cada trabalho; 
- padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em 
épocas diferentes, com pequenas alterações. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
5. (CESPE/FUB-DF/2013) Os procedimentos de auditoria s̃o 
definidos no pŕprio programa. Nessa ocasĩo, descreve-se 
o que deve ser feito e comodevem ser realizados os 
exames. As averiguac es e verificac̃ࡤ es devem permitir quẽࡤ
os auditores formem uma opinĩo que fundamente sua 
manifestac .o. Julgue CERTO ou ERRADÕࡤ
Comentários: 
O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos 
obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da 
definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e 
deve evidenciar: 
I. o objetivo e o escopo da auditoria; 
II. o universo e a amostra a serem examinados; 
III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os 
critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as 
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etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; 
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do 
trabalho. 
 A questão está de acordo com o que estudamos. 
 Gabarito: C 
 
6. (CESPE/UNIPAMPA/2009) O programa de auditoria deve 
ser estruturado de forma que possa ser espećfico ou 
padronizado. O programa espećfico ́ mais apropriado para 
atividades que ño se alterem ao longo do tempo ou para 
situac es que contenham dados e informac̃ࡤ .es similares̃ࡤ
Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
De acordo com Peter e Machado (2008), o programa de 
auditoria 
deverá contemplar todas as informac ões dispońveis e necessárias aoࡤ
desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a 
determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser 
estruturado de forma que possa ser espećfico (um plano para cada 
trabalho) e padronizado (destinado ̀ aplicac ão em trabalhos locaisࡤ
ou em épocas diferentes, com pequenas alteracࡤões). 
A questão inseriu a definic ão de programa padronizado comoࡤ
sendo a de programa espećfico. 
Gabarito: E 
 
 
2.4 NBC TA 300 
 
A principal Norma de Auditoria que trata do Planejamento é a NBC TA 
300, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que dispõe que a 
natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme 
o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos 
membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas 
circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. 
 
De acordo com a NBC TA 300, o Planejamento é um processo 
contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em 
conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a 
conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas 
atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes 
da realização de procedimentos adicionais. Por exemplo, o planejamento 
inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação 
pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como: 
 
a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como 
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procedimentos de avaliação de risco; 
b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o 
ambiente regulatório aplicável à entidade e como esta cumpre com 
os requerimentos dessa estrutura; 
c) a determinação da materialidade; 
d) o envolvimento de especialistas; 
e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. 
 
O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a 
administração da entidade, de forma a facilitar a condução e o 
gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns 
dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da 
entidade). 
 
Atenção: Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a 
estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo 
de responsabilidade do auditor. 
 
Na discussão de temas incluídos na estratégia global de auditoria ou no 
plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa 
auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da 
época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a 
eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente 
previsíveis (o auditado vai ficar sabendo com antecedência quais 
procedimentos serão aplicados). 
 
O envolvimento do sócio do trabalho (auditor responsável) e de outros 
membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria 
incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a 
eficácia e a eficiência do processo de planejamento. 
 
 
2.4.1 Atividades preliminares do trabalho de auditoria 
 
Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e 
avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente 
a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. 
 
A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o 
trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: 
 
a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para 
realizar o trabalho; 
b) não há problemas de integridade da administração que possam 
afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; 
c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do 
trabalho. 
 
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A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o 
cliente e de requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo 
do trabalho de auditoria à medida que mudam as circunstâncias e as 
condições. 
 
A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cliente e a 
avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do 
trabalho de auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos 
antes da realização de outras atividades importantes para esse trabalho. 
 
No caso de trabalhos de auditoria recorrentes, esses procedimentos 
iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão 
da auditoria anterior. 
 
 
2.4.2 Atividades de planejamento 
 
De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de 
planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de 
auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para 
orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
Ao definir a estratégia global, o auditor deve: 
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar 
a época da auditoria e as comunicações necessárias; 
(c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, 
são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; 
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria; 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
 
Prosseguindo no estudo da norma, vemos que o auditor deve 
desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: 
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
planejados de avaliação de risco; 
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de 
auditoria planejados no nível de afirmação; 
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para 
que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. 
 
O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o 
plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria, pois, 
como vimos, a atividade de planejamento é um processo contínuo e 
flexível. 
 
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O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão da supervisão 
da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. 
 
 
 
O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um 
processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou 
em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a 
conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
 
 
2.4.3 Estratégia global de auditoria 
 
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a 
determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação de 
risco, temas como: 
 
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, 
tais como membros da equipe com experiência adequada para 
áreas de alto risco ou o envolvimento de especialistas em temas 
complexos; 
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o 
número de membros da equipe alocados para observar as 
contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do 
trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de 
empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem alocadas 
nas áreas de alto risco; 
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se 
em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base 
de corte; 
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e 
supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as 
reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as 
revisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo 
ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle de 
qualidade do trabalho. 
 
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser 
desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas 
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta 
a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso 
eficiente dos recursos do auditor. 
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A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria 
detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, 
estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um 
podem resultar em mudanças no outro. 
 
 
2.4.4 Considerações específicas para entidades de pequeno 
porte 
 
Em entidades de pequeno porte, toda a auditoria pode ser conduzida 
por uma equipe pequena. Muitas auditorias de entidades de pequeno 
porte envolvem o sócio trabalhando com um membro da equipe de 
trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a 
comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas. 
 
A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de 
pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado, 
variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da 
auditoria e o tamanho da equipe. 
 
Quando a auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não 
se colocam questões de direção e supervisão dos membros da equipe de 
trabalho e de revisão do seu trabalho. 
 
Nesses casos, o sócio do trabalho, tendo dirigido todos os aspectos do 
trabalho, estará ciente de todos os assuntos relevantes. A formação de 
uma visão objetiva da adequação dos julgamentos feitos no decurso da 
auditoria pode gerar problemas práticos quando a mesma pessoa também 
executa toda a auditoria. 
 
Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a 
auditoria é realizada por um único profissional, pode ser recomendável a 
consulta a outros auditores com experiência adequada ou à entidade 
profissional dos auditores. 
 
 
2.4.5 Plano de auditoria 
 
O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de 
auditoria, visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da 
equipe de trabalho. 
 
O planejamento desses procedimentos ocorre no decurso da auditoria, à 
medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. 
 
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O auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais para 
alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação antes de planejar 
todos os procedimentos. 
 
 
2.4.6 Mudança nas decisões de planejamento durante o processo 
de auditoria (NBC TA 300) 
 
Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência 
de auditoria obtida na aplicação de procedimentos, o auditor pode ter 
de modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, 
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, considerando a 
revisão dos riscos avaliados. 
 
Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere 
significativamente da informação disponível quando o auditor planejou os 
procedimentos de auditoria. 
 
Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de 
procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser 
contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de 
controle (sobre os controles internos). Falaremos mais desses testes nas 
próximas aulas. 
 
 
2.4.7 Direcionamento, supervisão e revisão (NBC TA 300) 
 
A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos 
membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo 
de diversos fatores, incluindo: 
 
(a) o porte e a complexidade da entidade; 
(b) a área da auditoria; 
(c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no 
risco de distorções para uma dada área de auditoria costuma exigir 
um correspondente aumento na extensão e no direcionamento e 
supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma 
revisão mais detalhada do seu trabalho); 
(d) a capacidade e a competência dos membros da equipe de auditoria. 
 
 
2.4.8 Documentação 
 
A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das 
decisões-chave consideradas necessárias para planejar 
adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe. 
 
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Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia global de auditoria na 
forma de memorando contendo as decisões-chave relativas a alcance 
global, época e condução da auditoria. 
 
A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e 
extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos 
procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, em resposta 
aos riscos avaliados. 
 
Também serve para registrar o apropriado planejamento dos 
procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes 
da sua aplicação. 
 
O registro das mudanças significativas na estratégia global e no 
plano de auditoria, e respectivas mudanças na natureza, época e 
extensão dos procedimentos de auditoria explicam o motivo das 
mudanças significativas, a estratégia global e o plano de auditoria 
adotado para a auditoria, e também reflete a resposta apropriada a 
mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria. 
 
2.4.9 Considerações adicionais em auditoria inicial 
 
A finalidade e o objetivo do planejamento não mudam caso a auditoria 
seja inicial (primeira vez na entidade) ou em trabalho recorrente. 
 
Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a 
necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da 
experiência anterior que é normalmente utilizada durante o 
planejamento. 
 
Nesse caso, o auditor podeconsiderar os seguintes temas adicionais 
na definição da estratégia e do plano: 
 
- manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para 
conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; 
- quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de 
princípios contábeis ou de auditoria e normas de elaboração de 
relatórios) discutidos com a administração e relacionados à 
escolha do auditor, à comunicação desses temas aos responsáveis 
pela governança e como eles afetam a estratégia global de 
auditoria e o plano de auditoria; 
- os procedimentos de auditoria necessários para obter 
evidência relativa aos saldos iniciais (NBC TA 510 – Trabalhos 
Iniciais – Saldos Iniciais); 
- outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de 
qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial (por 
exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio 
ou profissional experiente). 
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O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que 
defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o 
desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser 
desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas 
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em 
conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do 
uso eficiente dos recursos do auditor. 
 
 
 
3. Materialidade, Risco e Relevância em auditoria 
 
Os atributos de materialidade, risco e relevância estão inseridos no 
conceito de significância. 
 
Quanto à materialidade, é um critério que indica que o processo de 
seleção deve levar em consideração os valores envolvidos no 
objeto de auditoria, pois a auditoria deve produzir benefícios 
significativos. Nem sempre os benefícios das auditorias operacionais serão 
financeiros, mas o aperfeiçoamento de processos em objetos de auditoria 
com alta materialidade tem grande possibilidade de gerar economia ou 
eliminar desperdícios. 
 
Relevância, segundo o manual, indica que as auditorias selecionadas 
devem procurar responder questões de interesse da sociedade, que 
estão em debate público e são valorizadas. 
 
As principais normas relacionadas ao tema são a NBC TA 200, a NBC TA 
315, a NBC TA 320 e a NBC TA 330, e estão valendo as mesmas 
considerações que fiz no tópico anterior, ou seja, que não recomendo a 
leitura da “lei seca” para nosso concurso em especial. 
 
 
3.1 Relevância em auditoria 
 
De acordo com a Resolução CFC nº 1.213/09, que aprovou a NBC TA 
320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria - as 
distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for 
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razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas 
influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base 
nas demonstrações contábeis. 
 
Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em 
consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção 
que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações 
contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma 
combinação de ambos. 
 
A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um todo 
e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que 
não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. 
 
 
Distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se 
for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem 
as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas 
demonstrações contábeis. 
 
 
3.2 Materialidade em Auditoria 
 
Como já vimos no decorrer do curso, ao conduzir a auditoria de 
demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um 
todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. 
 
Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se 
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da 
auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores 
ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um 
todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções 
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade 
para as demonstrações contábeis como um todo. 
 
Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, 
também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou 
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níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos 
contábeis e divulgações. 
 
Em outras palavras, a materialidade na auditoria está diretamente 
ligada à relevância de um fato em relação ao objeto do exame, ou seja, 
o quanto aquele fato poderá distorcer a materialidade das demonstrações 
contábeis verificadas. 
 
Podemos observar a materialidade em auditoria sob dois aspectos: o 
quantitativo e o qualitativo. 
 
O primeiro caso normalmente é evidenciado pelo valor das contas 
envolvidas nas Demonstrações Contábeis, e as distorções identificadas 
podem ser detectados através de testes substantivos, que vamos estudar 
em outra aula. 
 
Sob o aspecto qualitativo, o auditor deve se preocupar com a veracidade 
das informações transmitidas aos usuários da informação contábil. 
 
A estrutura de relatórios financeiros, ao discutir o tema 
materialidade, costuma resumir que: 
 
- distorções são consideradas relevantes quando puderem influenciar 
as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas 
demonstrações contábeis; 
 
- julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias 
envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou 
a combinação de ambos; e 
 
- julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das 
demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as 
necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um 
grupo. 
 
Atenção: A determinação de materialidade pelo auditor é uma 
questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção das 
necessidades de informações financeiras dos usuários. 
 
 
 
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7. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos trabalhos 
de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, 
das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue 
os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de auditoria 
a ser realizada na DPU, além da observância das normas de 
auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas 
relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não 
sejam consideradas na avaliação da materialidade de 
distorções encontradas. 
 Comentários: 
 No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas 
de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, 
mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou 
seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da 
materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da 
auditoria.Gabarito: E 
 
3.2.1 Materialidade no planejamento e para a execução da 
auditoria 
 
Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve 
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. Se houver uma ou mais classes de transações ou saldos contábeis 
para as quais as distorções de valores menores que a materialidade 
influenciem as decisões econômicas dos usuários, o auditor deve 
determinar, também, o nível de materialidade a serem aplicados a essas 
classes específicas de transações, e não somente para as demonstrações 
como um todo. 
 
O auditor deve determinar a materialidade para execução da 
auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções 
relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de 
procedimentos adicionais de auditoria. 
 
Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: 
 
 
Ativo 
circulante 
30.000 
Passivo circulante e 
não circulante 
50.000 
Ativo não 
circulante 
70.000 PL 50.000 
Ativo 
Total 
100.000 Passivo Total 100.000 
Fonte: Brito e Fontenelle (2015). 
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A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por 
exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 
1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$1.000,00 serão 
considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade 
de que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas 
demonstrações como um todo. 
 
3.2.2 Revisão no decorrer da auditoria 
 
Como já vimos no decorrer da aula, o planejamento de auditoria é uma 
atividade mutável e contínua, o que inclui a determinação da 
materialidade. 
 
Assim, o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações 
contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de 
materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou 
divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a 
auditoria que o teriam levado a determinar um valor (ou valores) 
diferente no início do planejamento. 
 
Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa do que 
inicialmente determinado, deve determinar se é necessário revisar a 
materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a época e a 
extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam 
apropriados. 
 
3.2.3 Documentação 
 
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes 
valores e fatores considerados em sua determinação: 
 
(a) materialidade para as demonstrações como um todo; 
(b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes 
específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; 
(c) materialidade para execução da auditoria; 
(d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
8. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos 
trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, 
dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em 
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auditoria, julgue os próximos itens. No planejamento dos 
trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da 
observância das normas de auditoria, o auditor deve 
considerar as normas específicas relativas ao objeto da 
auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na 
avaliação da materialidade de distorções encontradas. 
 Comentários: 
 No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as 
normas de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser 
auditado, mas apenas aquelas consideradas na avaliação da 
materialidade. Ou seja, se as normas não foram consideradas na 
avaliação da materialidade, também não serão consideradas no 
desenvolvimento da auditoria. 
 Gabarito: E 
 
9. (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de 
fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue o 
item seguinte. O planejamento e a execução de uma 
auditoria devem ser realizados com base no conceito de 
materialidade, a fim de que se avaliem o efeito das 
distorções identificadas em relação às demonstrações 
contábeis e à formação da opinião expressa no relatório do 
auditor. 
 Comentários: 
 Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os 
objetivos globais do auditor são obter segurança razoável de 
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de 
distorções relevantes, devido a fraude ou erro. 
Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma 
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, 
em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável. 
 Gabarito: C 
 
3.3 Risco de Distorção Relevante (Risco Inerente e Risco de 
Controle) e Risco de Detecção 
 
Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um trabalho 
complexo, que envolve a aplicação de sofisticados procedimentos, o que 
torna inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou 
irregularidades existentes possam não ser detectados durante o processo. 
 
O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes 
nas atividades auditadas, mesmo porque sabemos que seu trabalho sofre 
limitações quanto aos recursos disponíveis, em comparação com a gama 
de atribuições a que é submetido. Nunca é demais lembrar que o auditor 
trabalha por amostragem, razão pela qual terá sempre uma segurança 
razoável, e não absoluta, acerca do objeto auditado. 
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Quando os erros não são significativos, não há tanto problema. 
Entretanto, quando forem relevantes e não tenham sido descobertos, 
esse fato pode prejudicar a confiabilidade em seu trabalho. Assim, 
faz-se necessário o conhecimento das diversas variáveis envolvidas no 
risco de auditoria, para que se possa minimizar seus efeitos. 
 
A NBC TA 200 define Risco de Auditoria como sendo o “risco de que o 
auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de 
auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de 
detecç̃o”. (Grifei) 
 
Trouxemos a definição literal da norma, porque veremos na resolução das 
questões que várias delas cobram do candidato apenas esse 
conhecimento. 
 
Em relação à definição anterior, atenção! O risco de o auditor considerar 
que há distorções relevantes nas demonstrações contábeis quando na 
verdade elas não existem é, segundo a mesma norma, insignificante. 
 
3.3 Tipos de Risco 
 
Risco de detecção: 
 
É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o 
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma 
distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em 
conjunto com outras distorções. 
 
Risco de distorção relevante: 
 
É o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção 
relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a 
seguir no nível das afirmações: 
 
Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de 
uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que 
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras 
distorções, antes da consideração de quaisquer controles 
relacionados. 
 
Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer 
em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil 
ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em 
conjunto com outras distorções, não seja prevenida,detectada 
e corrigida tempestivamente pelo controle interno da 
entidade. 
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Em outras palavras, o risco inerente não depende da atuação do 
controle interno ou da auditoria. Ele vai existir pela simples existência do 
processo ou entidade a ser auditado. Nesse ponto, não se consideram a 
existência dos controles ou do trabalho do auditor, ou seja, não estamos 
falando em controle e auditoria. 
O risco de controle diz respeito ao trabalho do controle interno. É o 
risco de que, mesmo que os controles sejam efetivos, não consigam 
evitar ou detectar um erro ou fraude no processo. Como exemplo, vamos 
citar um processo de compra no qual, ainda que haja a devida segregação 
de funções entre os responsáveis (um dos princípios do controle interno), 
pode envolver fraude não detectada, elaborada por meio de conluio entre 
dois ou mais funcionários. 
 
Por fim, o risco de detecção está diretamente relacionado ao trabalho 
do auditor. Como já vimos, haja vista as limitações naturais a que um 
trabalho de auditoria está submetido, é possível que o auditor não detecte 
erros e fraudes no processo, ainda que pareçam graves. 
 
Risco de Auditoria = Risco de Distorção Relevante x Risco de Detecção 
 
A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada e 
avaliada por ocasião do planejamento da auditoria, para que sejam 
incluídos, nos programas, procedimentos específicos a fim de 
detectá-los. 
 
Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos 
administrativos, menor será a vulnerabilidade dos riscos inerentes à 
gestão propriamente dita. 
 
Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos de distorção 
relevante (inerente e controle). Quanto maior o risco de distorção 
relevante, menores os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor: 
 
 
 A avaliação do risco de controle 
pelo auditor é: 
 Alto (2) Médio Baixo 
A avaliação do 
risco inerente 
pelo auditor é: 
Alto (3) Menor (1) Menor Médio 
Médio Menor Médio Maior 
Baixo Médio Maior Maior 
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- RISCO INERENTE: o erro ou irregularidade ocorreu nos registros ou 
nas demonstrações contábeis. 
- RISCO DE CONTROLE: o erro ou irregularidade não foi detectado 
pelo sistema de controle interno da entidade auditada. 
- RISCO DE DETECÇÃO: ao aplicar os procedimentos de auditoria, o 
auditor também não detecta os erros. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
10. (CESPE/TCU/2015) O risco de auditoria ́ a possibilidade 
de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir a 
emitir uma opinĩo tecnicamente inadequada sobre 
demonstracȫ̃es cont́beis significativamente incorretas. 
Para fins de ańlise, o risco de auditoria divide-se em três 
componentes: risco inerente, risco de controle e risco de 
detecc ȫ̃o. Julgue CERTO ou ERRADO. 
Comentários: 
Como vimos no decorrer da aula, A NBC TA 200 define Risco de 
Auditoria como sendo o “risco de que o auditor expresse uma opinião 
de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis 
contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos 
riscos de distorção relevante e do risco de detecç̃o”. (Grifei). 
Vimos ainda que Risco de Distorção Relevante é o risco de 
que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes 
da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no 
nível das afirmações: Risco Inerente e Risco de Controle. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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4. Plano de Auditoria baseado no risco 
 
De acordo com Castro (2009), a Auditoria baseada no risco busca 
direcionar o foco do trabalho, a fim de avaliar as tendências e as 
condições que a entidade possui para atingir seus resultados. 
 
Para estabelecer o grau de priorização dos trabalhos da auditoria, 
utilizando a filosofia do risco, devemos analisar os seguintes fatores: a 
materialidade, a relevância e a criticidade. 
 
A materialidade está relacionada ao montante de recursos financeiros 
envolvidos em determinada operação da entidade. 
 
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por 
uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado 
contexto, e deve ser considerada pelo auditor quando determinar a 
natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria. 
 
Sobre criticidade, trata de certa fragilidade identificada nos controles 
internos, que podem ser consideradas como risco. Os demais conceitos 
serão tratados em tópico específico. 
 
Após a relação e classificação dos fatores de risco, deve ser estabelecido 
o grau de impacto e a probabilidade da ocorrência, elaborando-se 
uma matriz de probabilidade e impacto, que é um dos instrumentos 
mais utilizados em gestão de riscos, na análise qualitativa, priorizando os 
riscos. 
 
 
Seguem dois exemplos de matriz de probabilidade e impacto: 
 
1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) 
 
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Nesse ponto, alguns de você poderiam pensar: mas avaliar a 
probabilidade e o impacto de um risco não é uma tarefa muito subjetiva? 
 
Concordo. Entretanto, lembrem-se de que risco é evento negativo, 
futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai 
mesmo ocorrer). Assim, fica difícil estabelecer uma forma mais objetiva 
de se priorizar as atividades de auditoria baseada no risco. Tem que ser 
por estimativa mesmo. 
 
 
 
RISCO é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu 
e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Se na questão constar um 
evento que já tenha ocorrido, não estamos mais falando de risco. 
 
 
 
Isso tudo serve para priorizar os riscos mais significativos, possibilitando 
o foco nas áreas a serem auditadas. 
 
Há um ponto que deve ser ressaltado: a identificação dos riscos é 
responsabilidade da administração da entidade, e não dos auditores 
internos. O papel da auditoria interna, nesse caso, é garantir que os 
riscos identificados estejam sendo adequadamente controlados. 
 
De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e avaliação dos riscos de 
distorção relevante –, o auditor deve identificar e avaliar os riscos de 
distorção relevante: 
 
(a) no nível das demonstrações contábeis; e 
 
(b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos 
de conta e divulgações, para fornecer uma base para a 
concepção e a execução de procedimentos adicionais de 
auditoria. 
 
Para este propósito, o auditor deve: 
 
- identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do 
entendimento da entidade e do seu ambiente; 
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- avaliar os riscos identificados e avaliar se eles se relacionam de forma 
generalizada às demonstrações contábeis como um todo; 
- relacionar os riscos identificados aos controles relevantes que o auditor 
pretende testar; e 
- considerar a probabilidade de distorção e se a distorção potencial é de 
magnitude que possa resultar em distorção relevante. 
 
 
3.5 Risco que exige consideração especial da auditoria 
 
Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer 
um dos riscos identificadosé, no seu julgamento, um risco significativo. 
Ao exercer esse julgamento, o auditor deve excluir os efeitos dos 
controles identificados relacionados ao risco. 
 
Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor 
deve considerar pelo menos o seguinte: 
 
(a) se o risco é um risco de fraude; 
(b) se o risco está relacionado com desenvolvimentos 
significativos recentes, econômicos, contábeis ou de outro tipo, 
e que, portanto, exijam atenção específica; 
(c) a complexidade das transações; 
(d) se o risco envolve transações significativas com partes 
relacionadas; 
(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações 
contábeis relacionadas ao risco, especialmente as mensurações 
que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e 
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do 
curso normal do negócio para a entidade ou que de outra 
forma pareçam não usual. 
 
Se o auditor determinou que existe risco significativo, deve obter 
entendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de 
controle, relevantes para esse risco. 
 
Existem riscos para o qual os procedimentos substantivos (sobre o 
sistema contábil) sozinhos não fornecem evidências de auditoria 
suficientes e apropriadas. 
 
Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de 
classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas 
características frequentemente permitem processamento altamente 
automatizado, com pouca ou nenhuma intervenção manual. 
 
Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes 
para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles. 
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3.6 Revisão da avaliação de risco 
 
A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante pode mudar 
durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de 
auditoria são obtidas. 
 
Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria 
executando procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas 
informações, incompatíveis com as evidências de auditoria em que o 
auditor originalmente baseou a avaliação, o auditor deve revisar a 
avaliação e, portanto, modificar os procedimentos adicionais de auditoria 
planejados. 
 
 
5. Sistema de informações e Controle Interno 
 
Os sistemas de informações que mais interessam aos auditores são os 
relacionados aos aspectos contábeis e de controles internos da empresa, 
o que se convencionou denominar “Sistemas Contábeis e de Controles 
Internos” ou simplesmente SCCI. 
 
Em regra, durante a fase de planejamento, a verificação do sistema de 
controle interno dá uma ideia para o auditor de como estão os controles 
da entidade, e dependendo do resultado, se serão necessários mais testes 
de auditoria para se chegar a certa conclusão sobre as demonstrações 
contábeis. 
 
O sistema contábil costume ser verificado durante a aplicação dos 
procedimentos de auditoria, a fim de possibilitar ao auditor a emissão de 
uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura 
de Relatório Financeiro Aplicável – RFA. 
 
Segundo Almeida (2010), o auditor está interessado em valores 
significativos, referentes a erros ou irregularidades, que afetam as 
demonstrações financeiras, podendo conduzir os leitores a terem um 
entendimento errôneo sobre estas demonstrações. Um bom sistema de 
controle interno funciona como uma “peneira” na detecção desses erros 
ou irregularidades. 
 
Portanto, segundo o autor, o auditor pode reduzir o volume de testes de 
auditoria na hipótese de a empresa ter um sistema de controle interno 
forte; caso contrário, o auditor deve aumentá-lo (o número de testes). 
 
A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa 
do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a 
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conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o 
resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. 
 
Mas o que é Controle Interno ? 
 
Conforme a NBC TA 315, Controle interno: 
 
“É o processo planejado, implementado e mantido pelos 
responsáveis da governança, administração e outros funcionários 
para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos 
da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios 
financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade 
com leis e regulamentos aplicáveis.” 
 
Ou seja, é um processo conduzido por todos os integrantes da empresa, 
para fornecer razoável segurança de que os objetivos da entidade estão 
sendo alcançados, com relação às seguintes categorias: 
1 – eficácia e eficiência das operações; 
2 – confiabilidade dos relatórios financeiros; 
3 – conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis. 
 
O termo “controles” refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais dos 
componentes do controle interno. 
 
Ainda segundo a norma, o auditor deve obter entendimento do 
seguinte: 
 
(a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros fatores 
externos relevantes, incluindo a estrutura de relatório financeiro 
aplicável; 
(b) a natureza da entidade, incluindo: 
(i) suas operações; 
(ii) sua estrutura societária e de governança; 
(iii) os tipos de investimento que a entidade está fazendo e planeja 
fazer, incluindo investimentos em entidades de propósito específico; 
(iv) a maneira como a entidade é estruturada e como é financiada, 
para possibilitar ao auditor entender as classes de transações, 
saldos de contas e divulgações esperadas nas demonstrações 
contábeis; 
(c) a seleção e aplicação pela entidade de políticas contábeis, inclusive 
as razões para mudanças nessas políticas. O auditor deve avaliar se as 
políticas contábeis da entidade são apropriadas para o negócio e 
compatíveis com a estrutura de relatório financeiro aplicável e políticas 
usadas no setor de atividade pertinente; 
(d) os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negócio 
relacionados que possam resultar em risco de distorção relevante; 
(e) a mensuração e revisão do desempenho das operações da entidade. 
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Controle Interno é um processo conduzido por todos os integrantes da 
empresa, para fornecer razoável segurança de que os objetivos da 
entidade estão sendo alcançados, com relação às seguintes 
categorias: operações, relatórios financeiros e conformidade. 
 
 
 
5.1. Controle interno da entidade 
 
O auditor deve obter entendimento do controle interno que seja relevante 
para a auditoria. Embora seja mais provável que a maioria desses 
controles esteja relacionada com demonstrações contábeis, nem todos 
são relevantes. É uma questão de julgamento profissional do auditor. 
 
 
5.2. Natureza e extensão do entendimento dos controles 
relevantes 
 
Na obtenção do entendimento dos controles relevantes, o auditor deve 
avaliar o desenho desses controles e determinar se eles foram 
implementados, por meio da execução de procedimentos, além de 
indagações junto aos funcionários da entidade. 
 
 
5.3. Divisões do Controle Interno 
 
Os Controles podem ser divididos em contábeis e administrativos, 
assim como em preventivos ou detectivos. 
 
5.3.1. Controles Contábeis: 
 
São procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a 
propriedade dos itens que o compõem. Relacionam-se à veracidade e à 
fidedignidade dos registros contábeis. Exemplos: 
 
• Inventáriosperiódicos 
• Segregação de funções 
• Controle f́sico sobre ativos 
• Conciliação bancária 
• Sistemas de conferência, aprovação e autorização 
 
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5.3.2. Controles Administrativos: 
 
São procedimentos que visam proporcionar eficiência e efetividade às 
operações e negócios da empresa. Relacionam-se às ações ligadas ao 
alcance dos objetivos da entidade. Exemplos: 
 
• Controle de qualidade 
• Treinamento de pessoal 
• Análise de lucratividade segmentada 
• Desenvolvimento de estudos para aumento de eficiência produtiva 
 
5.3.3. Controles Preventivos: 
 
Visam a identificar um erro ou irregularidade antes que isto aconteça. 
Exemplos: 
 
• Segregação de funções 
• Limites e alçadas 
• Autorizações 
 
5.3.4. Controles Detectivos: 
 
Visam a identificar um erro ou irregularidade depois que este tenha 
ocorrido. Exemplos: Conciliações e Revisões de desempenho. 
 
 
5.4. Princípios do Controle Interno 
 
Cada autor considera uma lista de princípios que devem ser seguidos na 
implementação do controle interno de uma entidade. Trouxemos a seguir 
os principais e mais cobrados em prova. 
 
5.4.1. Atribuição de responsabilidades: 
 
As atribuições dos funcionários, setores e departamentos internos da 
empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por 
escrito, mediante o estabelecimento de manuais internos de organização. 
 
Há duas atividades de controles relacionadas à atribuição de 
responsabilidades: alçadas e autorizações. 
 
5.4.2. Segregação de funções: 
 
É o princípio mais exigido em concursos. Também chamada de Princípio 
de Oposição de Interesse, consiste em estabelecer que uma mesma 
pessoa não possa ter funções incompatíveis, que gerem conflito de 
interesses. Por exemplo, não é recomendável que o mesmo funcionário 
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tenha acesso aos ativos e aos registros contábeis. Outros exemplos de 
transações que devem ser segregadas: 
 
• Contratação e pagamento 
• Custódia e inventário 
• Normatização e fiscalização 
 
5.4.3. Custo x Benefício do controle: 
 
O custo do controle interno não deve exceder aos benefícios por ele 
gerados. Dessa forma, devem ser estabelecidos controles mais 
sofisticados para transações de valores relevantes e controles mais 
simples para transações de menor materialidade e importância. 
 
Por exemplo, não valeria a pena, em relação a esse princípio, empregar 
R$10.000,00 em recursos da empresa para a aplicação de procedimentos 
de auditoria que tivessem por objetivo avaliar a regularidade de uma 
compra no montante de R$2.000,00. 
 
5.4.4. Definição de rotinas internas: 
 
A empresa deve definir seus procedimentos, processos e rotinas internas, 
preferencialmente no manual da organização. Essa normatização visa 
estabelecer, de maneira formal, as regras internas necessárias ao bom 
funcionamento da empresa. Exemplos: 
• Formulários internos e externos 
• Procedimentos internos dos diversos setores da empresa 
 
5.4.5. Limitação do acesso aos ativos: 
 
A empresa deve limitar o acesso dos funcionários a seus ativos e 
estabelecer controles físicos sobre estes. Ressalta-se que essa limitação 
não se restringe apenas a ativos tangíveis, mas também aos 
intangíveis, como, por exemplo, informações e dados confidenciais da 
organização. Exemplos de controles físicos: 
 
• Utilização de cofres para guarda de numerários 
• Revista de funcionários ao deixar o local de trabalho 
• Utilização de senhas para acessar pastas e sistemas corporativos 
 
5.4.6. Auditoria Interna: 
 
É o controle do controle. Não adianta a empresa implantar um excelente 
sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se 
os funcionários estão cumprindo as determinações impostas pelo sistema. 
 
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Essa verificação realizada pela auditoria interna permite adaptações nas 
normas existentes ou criação de novas. 
 
A Instrução Normativa 01/01 trata do assunto da seguinte forma: 
 
Avaliação dos controles internos administrativos – quando ficar 
identificado na ordem de serviço a necessidade de avaliação dos controles 
internos administrativos, o auditor deve efetuar um adequado exame com 
vistas à avaliação da capacidade e da efetividade dos sistemas de 
controles internos administrativos – contábil, financeiro, patrimonial, de 
pessoal, de suprimento de bens e serviços e operacional - das unidades a 
serem auditadas. 
I. Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo - 
avaliar os controles, com o objetivo de constatar se estes 
proporcionam razoável segurança de que as atividades e operações 
se realizam, de forma a possibilitar o atingimento das metas, em termos 
satisfatórios de economia, eficiência e eficácia. 
II. Efetividade - realizar exame das operações que se processam 
nos sistemas de controle interno administrativo, com o propósito de 
verificar se os procedimentos, políticas, mecanismos, registros e outros 
dados relevantes, funcionam de acordo com o previsto e se os 
objetivos de controle estão sendo atendidos, de forma permanente, sem 
desvios. 
III. Exame dos objetivos de controle – as unidades e entidades 
adotam sistemas de controle interno administrativo que compreendem 
um plano de organização e de todos os métodos e procedimentos, de 
forma ordenada, para: proteger seus recursos; obter informações 
oportunas e confiáveis; e promover a eficiência operacional, assegurar a 
observância das leis, normas e políticas vigentes, com o intuito de 
alcançar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. Deverá, 
ainda: 
a) certificar a existência e propriedade dos procedimentos e 
mecanismos de salvaguarda dos recursos humanos, financeiros e 
materiais, assim como do devido uso e funcionamento dos mesmos; 
b) constatar se os sistemas de registros incluem a totalidade 
das operações realizadas e se os métodos e procedimentos utilizados 
permitem confiar se as informações, financeira e operacional, oriundas 
daqueles, refletem, adequadamente, a boa e regular utilização dos 
recursos, bem como o cumprimento das metas e dos objetivos dos 
programas; 
c) certificar a existência e a idoneidade dos critérios, para 
identificar, classificar e mensurar dados relevantes das operações, 
verificando, igualmente, se estão sendo adotados parâmetros adequados 
para avaliação da efetividade, eficiência, eficácia e economicidade dessas 
operações; e 
d) comprovar se os procedimentos estabelecidos asseguram, 
razoavelmente, o cumprimento das diretrizes governamentais, das 
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leis, regulamentos, normas e outras disposições de observância 
obrigatória. 
IV. Prevenção de impropriedades e irregularidades - os 
sistemas de controle interno administrativo, instituídos em uma unidade 
ou entidade, devem conter procedimentos, mecanismos e diretrizes que 
prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou 
irregularidades. Um bom sistema de controle interno administrativo 
reduz a probabilidade de ocorrer tais impropriedades ou 
irregularidades, ainda que não possa evitá-las totalmente. 
 
O exame e avaliação do controle interno são utilizados para que os 
auditores tenham uma ideia da dificuldade do trabalho ao qual estão se 
preparando. Quanto mais efetivos forem os controles

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