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Parasitologia 2 - Parasitoses intestinais (geral)

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PARASITOLOGIA 
 
Módulo 2 – Parasitoses intestinais 
✓ Parasitoses intestinais (O que são, ocorrência, transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e 
profilaxia) 
✓ Tipos de parasitas intestinais 
✓ Descrição breve das parasitoses 
 
 
1. Parasitoses intestinais 
 
• Oque são? 
As parasitoses intestinais são infecções (também denominadas infestações) causadas por parasitas que habitam 
o trato intestinal (intestino delgado, grosso, etc.). As parasitoses representam a doença mais comum do mundo, 
atingindo cerca de 25% da população mundial (1 em cada 4 pessoas), atingem principalmente crianças, e podem 
levar ao déficit no desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição. 
 
• Ocorrência 
As parasitoses intestinais constituem importante problema de saúde pública no Brasil, em função da alta 
prevalência encontrada em determinadas regiões. Sua ocorrência na população reflete as desigualdades no 
padrão de desenvolvimento socioeconômico e as diferenças nas condições de vida. Predomina em zonas rurais 
e periferias das grandes cidades, onde habitam populações de baixa renda. A ausência de saneamento básico e 
as precárias condições de habitação dificultam as boas condições de higiene e a conservação adequada de 
alimentos, viabilizando a ocorrência das parasitoses. 
 
• Transmissão 
Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades. A maioria dos parasitas de 
intestino são adquiridos por contato acidental com fezes de pessoas infectadas que contaminam água, comida 
ou objetos. 
 
• Sintomas 
Em quadros assintomáticos à leves: anorexia, irritabilidade, distúrbio de sono, náuseas, vômitos ocasionais, dor 
abdominal e diarreia. Quadros graves e até letais ocorrem em pacientes com maior carga parasitária, 
imunodeprimidos e/ou desnutridos. 
 
• Diagnóstico 
O exame parasitológico das fezes é o método mais simples, específico e de menor custo. Tem por objetivo 
demonstrar a presença, na matéria fecal de ovos ou larvas de helmintos e de formas trofozoíticas ou císticas de 
protozoários. 
 
• Tratamento e profilaxia 
 
O tratamento das parasitoses consiste no emprego de antiparasitários, saneamento básico e na adoção de 
medidas de educação preventiva, como lavar, cozinhar ou assar bem os alimentos; ferver e filtrar a água; lavar 
bem as mãos com sabonete antes de comer; andar sempre calçado(a); evitar o contato com terra ou lama. 
2. Tipos de parasitas intestinais 
Os parasitas intestinais são divididos em dois grupos: helmintos e protozoários. 
Helmintos 
Os helmintos constituem um grupo muito numeroso de animais, incluindo espécies de vida livre e vida 
parasitária, sendo classificados em dois grandes filos: Platyhelminthes (vermes de corpo achatado) e 
Nemathelminthes (vermes de corpo cilíndrico). 
- Nematelmintos 
Composto por vermes de corpo arredondado, sistema digestivo completo com presença de boca e ânus. 
Além disso são exclusivamente dióicos, ou seja, os vermes adultos possuem sexos separados de modo que o 
macho é menor que a fêmea. 
Ascaridíase: Ascaris lumbricoides; 
Enterobíase: Enterobius vermiculares; 
Estrongiloidíase: Strongilóides vermiculares; 
Ancilostomíase: Ancylostoma duodenale e Necator americanus; 
Tricuríase: Trichuris trichiura. 
 
- Platelmintos 
Composto por vermes que apresentam corpo achatado. Podem ser de vida livre, ectoparasitos ou 
endoparasitos. Estes vermes possuem algumas características gerais: presença de sistema digestivo incompleto. 
Os representantes deste filo são divididos em duas classes: a classe Cestoda e a classe Trematoda. 
 
Cestoda (cestóides) 
São endoparasitos desprovidos de epiderme e sistema digestório, e com corpo segmentado. 
Teníase: Taenia solium, Taenia saginata; 
Himenolepíase: Hymenolepsis nana, Hymenolepsis diminuta 
 
Trematoda (trematóides) 
Não apresentam segmentação no corpo e apresentam sistema digestório incompleto (ausência de ânus). 
Esquistossomose: Schistosoma mansoni 
 
Protozoários 
Os protozoários são seres eucariontes e unicelulares, geralmente heterotróficos. A classificação pode ser feita 
através do seu meio de locomoção: 
Pseudópodes: a locomoção se dá por meio de projeções da célula que se deforma para que a movimentação 
aconteça. Exemplo: amebas – amebíase. 
Flagelados: possuem flagelos, que podem ser únicos ou aos pares, e tem como função principal a rápida 
locomoção destes organismos no ambiente. Exemplo: Trypanosoma cruzi. 
Ciliados: são considerados um dos organismos mais complexos entre os seres unicelulares e eucariontes. O 
nome dado ao grupo indica a presença de inúmeros cílios em algum estágio da vida destes organismos. Os cílios 
 
são responsáveis pela locomoção, bem mais rápida que em amebas e flagelados e também auxiliam no processo 
de nutrição. Exemplo: Paramecium caudatum. 
Esporozoários ou Apicomplexos: não possuem qualquer estrutura de locomoção e formam esporos, estruturas 
celulares especializadas e responsáveis pelas infecções em hospedeiros. Exemplo: Plasmodium sp. 
 
Giardíase: Giardia lamblia; 
Amebíase: Entamoeba histolytica; 
Balantidíase: Balantidium coli; 
Criptosporidíase: Cryptosporidium 
 
3. Parasitoses intestinais 
 
Nematelmintos 
 
Ascaridíase: Ascaris lumbricoides 
O áscaris é também conhecido como lombriga e também fica no intestino do homem, mas também passa pelo 
pulmão. Por isso, em casos mais graves, ocorre a saída de vermes pela boca ou pelo nariz das pessoas, além de 
obstrução do intestino, tendo às vezes até que operar o intestino para retirar os vermes. 
 
Enterobíase: Enterobius vermiculares 
A Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose/Oxiuríase é causada por oxiúros (Enterobius vermicularis), vermes 
nematódeos com menos de 15mm de comprimento e que parasitam o intestino humano. É uma das doenças 
parasitárias mais comuns do mundo. Após deglutição dos ovos, as formas adultas formam-se no intestino, onde 
o macho e a fêmea acasalam. O macho morre após a cópula e é expulso junto com as fezes. A fêmea então migra 
para o cólon distal e para o reto. De noite, a fêmea sai do reto passando pelo esfíncter e deposita os ovos na 
mucosa anal e região perianal. 
 
Estrongiloidíase: Strongilóides vermiculares 
Ao contrário de outros parasitas, estes nemátodes podem viver indefinidamente no solo como formas livres. 
Seu ciclo é muito semelhante ao do Ascaris, no entanto, suas larvas possuem a capacidade de maturação mais 
rápida, eclodindo o ovo ainda dentro da luz intestinal (antes da eliminação para o ambiente). Após a eliminação 
para o ambiente, a larva é capaz de penetrar a pele humana ativamente, ganhando a circulação venosa e 
atingindo os pulmões (Síndrome de Löffler). Devido a sua capacidade de maturação muito rápida, algumas larvas 
de Strongyloides evoluem para a forma infectante ainda dentro da luz intestinal, havendo penetração ativa da 
mucosa levando a auto-infecção que aumenta consideravelmente a carga parasitária do indivíduo. 
 
Ancilostomíase: Ancylostoma duodenale e Necator americanos 
O ancilóstomo ou também amarelão entra pela pele das pessoas, podendo causar irritação, até chegar no 
intestino, passando também pelo pulmão. Ele suga o sangue pela parede do intestino, podendo causar diarreia 
pela inflamação e também anemia. 
 
Tricuríase: Trichuris trichiura 
As formas sexuadas liberam os ovos nas fezes do hospedeiro. Após serem liberadas no ambiente, as larvas 
evoluem dentro dos ovos, que são posteriormente ingeridos por um novo hospedeiro. Ao atingir o trato 
gastrointestinal, as enzimas gástricas destroem a parede do ovo e as larvas alcançam a luz intestinal onde 
concluem o seu ciclo. 
 
 
 
Platelmintos - Cestódes: 
 
Teníase: Taenia solium, Taenia saginata 
A tênia é o maior parasita do homem, podendo ocupar todo o intestino, ou seja, chegar a medir até 12 metros. 
A principal complicação da teníase é a neurocisticercose, que é quando os cistos da tênia vão até o cérebro das 
pessoas, podendo causar epilepsia em pessoas que nunca tiveramantes. Esse quadro também é conhecido 
pela sua transmissão pela carne do porco, quando mal passada. 
 
Himenolepíase: Hymenolepsis nana, Hymenolepsis diminuta 
Parasita cosmopolita, mais frequente em regiões de clima quente. No organismo, o Hymenolepis causa diversos 
sintomas no indivíduo, que varia em relação ao número de parasitas e a idade em que este indivíduo se encontra. 
São mais evidentes em crianças e se caracterizam principalmente por diarréias, dor abdominal, agitação, insônia, 
irritabilidade, raramente ocorrendo sintomas nervosos, dos quais os mais penosos são ataques epilépticos em 
formas variadas, incluindo cianos, perda de consciência e convulsões. Além disto, o verme pode causar extensas 
lesões na mucosa intestinal com pequenas ulcerações e perda de peso. O habitat principal do verme adulto é 
no intestino delgado, principalmente no íleo e jejuno do homem. 
 
 
Platelmintos - Trematóides: 
 
Esquistossomose: Schistosoma mansoni 
A esquistossomose, também conhecida como barriga d’água e febre do caramujo é uma doença causada pelos 
platelmintos do gênero Schistosoma. O hospedeiro humano libera em suas fezes ovos que, ao entrarem em 
contato com a água de lagoas ou rios, eclodem liberando uma larva (miracídio) e infecta o hospedeiro 
intermediário (caramújo do gênero Biomphalaria). O caramujo infectado passa a eliminar larvas (cercárias) 
capazes de penetrar ativamente a pele humana. 
 
Protozoários 
 
Giardíase: Giardia lamblia 
A giardíase é causada principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes contendo 
cistos de Giardia lamblia. A exposição deste protozoário ao ph alcalino do duodeno ocasiona a transformação 
dos cistos em trofozoítas, que aderem à parede do intestino delgado, onde pode se juntar e cobrir toda a parede 
do intestino, impedindo a absorção dos alimentos e causando diarreia, chegando até a dar perda de peso e 
anemia. 
 
Amebíase: Entamoeba histolytica 
A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se aloja causando diarreia. Ela pode invadir a parede do 
intestino e causar diarreia com sangue, o que já é um caso grave. Também pode ir até o fígado, pulmão ou 
cérebro, causando doença nesses locais. 
 
Balantidíase: Balantidium coli 
O Balantidium vive no intestino grosso humano, possui cílios e é o maior protozoário que pode parasitar o 
homem, mede 60 a 90 µm de comprimento. Além do fato de ser grande, possui dois núcleos, que são chamados 
 
de micronúcleo e macronúcleo. O parasito causa a balantidíase, uma infecção que acomete o intestino grosso 
humano. Os casos humanos se relacionam, em geral, com a presença de porcos infectados. 
 
Criptosporidíase: Cryptosporidium 
Protozoário coccídio, sem organelas de locomoção por ser intracelular. É o parasito causador da 
criptosporidíase, que constitui uma das principais causas de diarréia em crianças pré-escolares e pacientes com 
imunodeficiência por vírus HIV. A criptosporidíase é uma zoonose que tem sua fonte de infecção no gado, nos 
animais domésticos e nos de laboratório. Em pessoas saudáveis, a patogenia provoca enterocolite aguda e 
autolimitada, ou seja, que se cura espontaneamente e em imunocomprometidos. 
 
 
Referências 
https://www.efdeportes.com/efd191/parasitoses-intestinais-principais-etiologias.htm 
http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html#:~:text=Parasitoses%20intestinais%20s%C3%A3o%20infec%C3%A7%C3%B5es%20(tamb%C3%A9m,em%20pa%C3%AD
ses%20de%20terceiro%20mundo. 
https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/ 
https://www.infoescola.com/biologia/helmintos/ 
https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios/ 
https://blog.jaleko.com.br/parasitoses-intestinais/ 
 
https://www.efdeportes.com/efd191/parasitoses-intestinais-principais-etiologias.htm
http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html#:~:text=Parasitoses%20intestinais%20s%C3%A3o%20infec%C3%A7%C3%B5es%20(tamb%C3%A9m,em%20pa%C3%ADses%20de%20terceiro%20mundo
http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a6.html#:~:text=Parasitoses%20intestinais%20s%C3%A3o%20infec%C3%A7%C3%B5es%20(tamb%C3%A9m,em%20pa%C3%ADses%20de%20terceiro%20mundo
https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/
https://www.infoescola.com/biologia/helmintos/
https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios/
https://blog.jaleko.com.br/parasitoses-intestinais/

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