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ESTUDO DIRIGIDO I - PARASITOLOGIA

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DISCIPLINA: PARASITOLOGIA VI 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. O que são geohelmintos e geohelmintoses? Cite exemplos. 
Geohelmintos são grupos numerosos de espécies de animais de vida parasitária, 
cujo ciclo evolutivo, em parte, pode ocorrer no solo (que é a fonte de infecção, 
contendo larvas infectantes ou ovos), prescindindo de outro hospedeiro além do 
homem. E geohelmintoses são as doenças causadas por esses parasitas. 
Exemplos de geohelmintos e doenças causadas por esses parasitas: Ascaris 
lumbricoides (Ascaridíase); Necator americanus, Ancylostoma duodenale, A. 
braziliensis e A. canimum (Ancilostomíase); Taenia solium e T. saginata 
(Teníase), Cistercesose; Enterobius vermicularis (Enterobíase); Trichuris 
trichiura (Tricuríase); Larva Migrans Cutânea e Visceral; Schistosoma mansoni 
(Esquistossomose), etc. 
2. Desenhe o ciclo biológico do Ascaris lumbricoides. Infocando no 
mecanismo de transmissão e patogenia. 
 
 
 
 
 
3. O Enterobius vermicularis é um geohelminto? Explique a sua resposta. 
Sim. Enterobius vermiculares é um geohelminto, pois os ovos, necessariamente, 
precisam sair do hospedeiro e amadurecer em temperatura e umidade ambiente, 
mas não exclusivamente no solo. 
 
4. Quais os medicamentos mais indicados no tratamento da Ascaridíase? 
O potencial do tratamento das helmintoses intestinais aumentou em muito com 
a descoberta dos benzimidazóis. Estas drogas são altamente efetivas contra o 
A. lumbricoides e outras helmintoses intestinais. A Organização Munidal da 
Saúde recomenda quatro drogas - albendazol, mebendazol, levamisol e 
pamoato de pirantel - para o tratamento e controle de helmintos transmitidos pelo 
solo. 
 
5. O Trichuris trichiura causa o sintoma do prolapso retal no homem. Explique 
como isso ocorre. Existe semelhança no seu ciclo biológico com o do Ascaris 
lumbricoides? Justifique a sua resposta. 
Em infecções intensas e crônicas, o parasito Trichiuris trichiura se distribui por 
todo o intestino grosso, atingindo também a porção distal do íleo e reto. Desta 
maneira, os sintomas relatados estão associados a distúrbios locais, como dor 
abdominal, disenteria, sangramento e prolapso retal (ânus aumentado). O 
prolapso retal, é um sinal típico, geralmente presente em crianças com 
contaminação maciça, uma protusão de parte do reto através do ânus. Nestes 
casos, é comum ver vermes aderidos à muscosa do reto que está exteriorizada. 
Devido ao fato do Trichuris trichiura viver em ambientes com características 
semelhantes aos do parasito Ascaris lumbricoides, é muito comum a co-infecção 
por ambos nematódeos. O Trichuris trichiura é um verme morfologicamente 
parecido com o Ascaris lumbricoides, porém, ele é bem menor. 
No ciclo biológico do Trichuris trichiura os ovos são expelidos com as fezes e 
permanecem viáveis durante vários meses ou anos em solo úmido e quente, e 
são infecciosos assim que se desenvolve a larva no seu interior, o que demora 
algumas semanas. Se ingeridas, as larvas saem dos ovos no lúmen do intestino, 
migram para o ceco e penetram na mucosa intestinal. Aí se desenvolvem, 
maturando em formas adultas depois de alguns meses, que permanecem com a 
cauda no lúmen do intestino e a cabeça penetrando a mucosa. Se houver um 
macho e uma fêmea, pelo menos, no mesmo indivíduo, acasalam e a fêmea põe 
mais de 2000 ovos por dia, excretados nas fezes. As formas adultas podem 
sobreviver durante vários anos. Alimentam-se do bolo intestinal mas também de 
sangue. 
O ciclo biológico é semelhante ao do Ascaris lumbricoides onde a contaminação 
por ele também se dá pela ingestão de seus ovos. No intestino delgado, liberam 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
larvas que atravessam as paredes dete órgão e se direcionam aos vasos 
sanguíneos e linfáticos, se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, 
estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem 
deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se 
sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil 
ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas. 
6. Quais os vermes responsáveis pela Ancilostomíase Intestinal e a Larva 
Migrans Cutânea? 
Dentre maias de 100 espécies de Ancylostomidae descritas, apenas três são 
agentes etiológicos da ancilostomíase instestinal humana: Ancylostoma 
duodenale, Necator americanus e Ancylostoma ceylanicum. As duas primeiras 
espécies são os principais ancilostomatídeos de humanos, enquanto A. 
ceylanicum, embora possa ocorrer em hospodeiros humanos, tem os canídeos 
e felídeos domésticos e silvestres como hospedeiro definitivos. 
Larva migrans Cutânea (LMC), conhecida popularmente por bicho geográfico, é 
uma infecção causada por estágios larvais de parasitas que vivem no intestino 
delgado de cães e gatos, como os helmintos Ancylostoma braziliense e A. 
caninum. Menos frequentemente, a LMC pode ser causada por larva de 
Uncinaria stenocephala, A. tubaeforme, Gnathostoma spinigerum (também 
parasitas de cães e gatos), cepas de Strongyloides stercoralis adaptadas a cães 
e gatos, Bunostomum phlebotomum (parasito de bovinos), Strongyloides 
myopotami (de roedores) e Strongloides procyone (canídeos silvestres). Larvas 
de moscas do gênero Gasterophilus e Hipoderma, assim como formigas da 
espécie Salenopis germinata, também podem provocar o mesmo conjunto de 
manifestações patológicas. 
 
7. Desenhe o ciclo biológico dos vermes citados na questão de número 6. 
 
Ciclo biológico - Ancilostomíase Intestinal 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ascaris_lumbricoides
 
Ciclo biológico - Larva Migrans Cutânes (LMC) 
 
8. Explique o mecanismo de transmissão da Teníase e da Cisticercose 
Humana. 
Teníase e Cisticercose Humana são doenças diferentes causadas pelo mesmo 
agente. Na teníase o hospedeiro definitivo (humanos) infecta-se ao ingerir carne 
suína (Taenia solium) ou bovina (Taenia saginata), crua ou malcozida, infectada, 
respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. 
A Cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis de T. 
solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase. Os 
mecanismos possíveis de infecção humana são: 
• Auto-infecção externa: ocorre em portadores de T. solium quando eliminam 
proglotes e ovos de sua própria tênia levado-os à boca pelas mãos 
contaminadas ou pela coprofagia (observado principalmente em condições 
precárias de higiene e em pacientes com distúrbios psiquiátricos). 
• Auto-infecção interna: poderá ocorrer durante vômitos ou movimentos 
retroperistálticos do intestino, possibilitando presenla de proglotes grávidas ou 
ovos de T. solium no estômago. Estes depois da ação do suco gástrico e 
posterior ativação das oncosferas voltariam ao intestino delgado, desenvolvendo 
o ciclo auto-infectante. 
• Heteroinfecção: ocorre quando os humanos ingerem alimentos ou água 
contaminados com ovos da T. solium disseminados no ambiente através das 
dejeções de outro paciente. 
9. Desenhe o ciclo biológico dos vermes citados na questão de número 8. 
Ciclo biológico - Teníase/Cisticercose 
 
10. A Esquistossomose Mansônica é causada por um verme da classe 
Trematoda. Explique o seu ciclo biológico focando na patogenia das formas 
aguda e crônica. 
O agente causador da esquistossomose humana é o Schistosoma mansoni. A 
manutenção de seu ciclo biológico exige as formas de: verme, adulto-macho e 
fêmea, ovo, miracídio, esporocisto, cercária e esquistossômulo. 
O parasito S. mansoni tem umciclo de vida complexo que envolve um 
hospedeiro intermediário, o molusco aquático do gênero Biomphalaria, e um 
hospedeiro definitivo vertebrado (homem, podendo parasitar outros mamíferos). 
Essa espécie desenvolve sua fase adulta parasitando a luz dos vasos 
sanguíneos de seus hospedeiros mamíferos, onde habita preferencialmente as 
vênulas do plexo hemorroidário superior e nas ramificações mais finas das veias 
mesentéricas, principalmente a inferior, local de oviposição das fêmeas. A 
produção de ovos, cerca de 150 a 300 ovos por dia, tem início 4 a 6 semanas 
após a infecção e continua por toda a vida do verme, que pode ser até mais de 
15 anos no hospedeiro definitivo. 
Após atravessarem a mucosa intestinal, cerca de metade dos ovos são 
eliminados com as fezes atingindo o meio externo e os outros 50% são carreados 
pela circulação portal e ficam retidos nos mais diversos tecidos do hospedeiro, 
podendo induzir a formação de granulomas hepáticos e intestinais, 
hepatoesplenomegalia e fibrose peritportal. O trajeto dos ovos entre a oviposição 
e a eliminação nas fezes demora cerca de uma semana. 
Os ovos que conseguem ser eliminados pelas fezes e contém os miracídios 
desenvolvidos e em sua forma viável, ao entrarem em contato com a água e sob 
luminoso intenso, temperaturas mais altas e oxigenação, sofrem ruptura 
transversal e liberam suas larvas. Os miracídios, após a eclosão, nadam em 
círculos por algumas horas até encontrar moluscos aquáticos do 
gênero Biomphalaria. Nos hospedeiros intermediários, ocorre a multiplicação 
destas formas do parasito, resultando em uma forte sintonia entre o metabolismo 
do hospedeiro invertebrado e do parasito. 
Na fase aguda (a mais comum), aparece em torno de 50 dias e dura até cerca 
de 120 dias após a infecção. Nessa fase ocorre uma disseminação miliar de 
ovos, principalmente na parede do intestino, com áreas de necrose, levando a 
uma enterocolite aguda no fígado, a doença se manifesta por meio de 
vermelhidão e coceira cutâneas, febre, fraqueza, náuseas e vômito. O indivíduo 
pode, também, ter diarréias, alternadas ou não por constipações 
intestinais. Na fase crônica, pode apresentar grandes variações clínicas 
dependendo de serem as alterações predominantemente intestinais, 
hepatointestinais ou hepatoesplênicas (fígado e baço podem aumentar de 
tamanho). Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes, e 
aumento do abdome (barriga d’água) são outras manifestações possíveis. 
11. Baseado (a) no texto discutido em sala de aula reflita sob os fatores 
sociais, econômicos, ambientais e biológicos que favorecem a transmissão da 
doenças parasitárias no mundo. 
Os fatores sociais, econômicos, ambientais e biológicos estão diretamente 
ligados à transmissão de doenças parasitárias no mundo. O saneamento é um 
dos principais fatores para a contaminação de pessoas por essas doenças e é 
inegável a sua importância na prevenção dessas. É necessário uma ligação 
entre todos esses fatores, de tal forma que as necessidades básicas de cada 
indivíduo possam ser atendidas, e que todos tenham oportunidades iguais de 
desenvolvimento e condições favoráveis de vida e além de tudo tenham 
consciência de sua co-responsabilidade na prevenção desses tipos de doenças. 
12. Qual a importância do Nutricionista na prevenção das doenças parasitárias 
intestinais. 
A atuação do Nutricionista na prevenção das doenças parasitárias intestinais é 
de extrema importância, já que muitas dessas doenças geohelmintícas são 
adquiridas atráves da má manipulação de alimentos e água que muitas vezes 
encontram-se contaminados por larvas de diversos parasitas, e é nesse âmbito 
que o profissional da nutrição tem total domínio para orientar as pessoas sobre 
as maneiras profiláticas adequadas a serem adotadas, podendo assim, ministrar 
campanhas de educação em saúde e alimentação a fim de esclarecer dúvidas a 
respeito dessas doenças deixando implícito como ocorre a contaminação e 
transmissão e não menos importante o modo de evitá-las.

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