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INFECÇÃO RELACIONADA A ASSISTÊNCIA A SAÚDE (IRAS) INFECÇÃO É uma ação exercida no organismo decorrente da presença de agentes patogênicos, podendo ser por bactérias, vírus, fungos ou protozoários INFECÇÃO RELACIONADA Á ASSISTÊNCIA Á SAÚDE (IRAS) É infecção adquirida durante a internação do paciente-cliente.Pode se manifestar durante a internação ou mesmo após alta hospitalar . A infecção hospitalar está associada com a hospitalização ou com procedimentos hospitalares. Infecção Relacionada À Assistência À Saúde- (IRAS) São diagnosticada, em geral, a partir de 48 horas após a internação. As infecções hospitalares são consideradas as principais causas da morbidade e de mortalidade, além de aumentarem o tempo de hospitalização do paciente, elevando o custo do tratamento Pneumonia Infecção da Corrente Sanguínea Infecção do Sitio Cirúrgico Infecção do Trato Urinário Tempo de Hospitalização (dias) 7-30 7-21 7-8,2 1-4 Mortalidade 14-71% 24-50% ------------- ------------ Custo $ 4.497,00 3- 40.000,00 2.734,00 593,00 CURIOSIDADE: A infecção hospitalar atinge o mundo todo e representa uma das causas de morte em pacientes hospitalizados. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa média de infecção hospitalar é de cerca 15% ao passo que EUA e na Europa é de 10%. Cabe lembrar, no entanto, que índice da infecção hospitalar varia significativamente, pois está diretamente relacionado com o nível de atendimento e complexidade de cada hospital. Fatores de risco para a Infecção Esterilização deficiente de instrumental cirúrgico. Técnicas incorretas e procedimentos invasivos. Limpeza deficiente de ambientes, materiais e roupas Alimentos trazidos de fora do hospital. Flores e objetos trazidos de fora do hospital. Idade Doenças de Base. 5 Desnutrição Uso prolongado de medicamentos Tempo de hospitalização Procedimentos invasivos, transplantados Técnica de uso e processamento de materiais inadequados 7 9 10 11 Fontes ou reservatórios de Microorganismos Os microrganismos apresentam muitas fontes ou reservatórios para desenvolver-se, entre eles: *o próprio organismo * insetos *animais *objetos inanimados *alimentos Tipos de Infecções a) Endógena : É um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Exemplo : candidíase vaginal. b) Exógena : resulta de microrganismos externos ao indivíduo que não fazem parte da flora natural . Exemplo : bactérias, vírus, fungos, entre outros Tipos de Infecções c) Infecção cruzada: É a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado. Modos de transmissão a ) Contato : Exemplos de doenças que necessitam isolamento de contato: Ex: Infecções por bactérias multirresistentes, Difteria cutânea, Enterovirus, Hepatite A, Herpes simples, herpes zoster, Impetigo, abcessos, ou úlceras de decúbito, ou outras infecções por Staphylococcus aureus cutâneo. Contato A transmissão por contato pode ser : #Direta : transferência física direta de um indivíduo infectado e um hospedeiro susceptível. Exemplo : manusear um paciente infectado e logo em seguida manipular outro sem lavar as mãos ( infecção cruzada ) #Indireta : contato pessoal do hospedeiro susceptível com objetos inanimados contaminados. Exemplo: agulhas, roupas de camas ,(comadres, papagaios), entre outros. Modos de transmissão b) Gotículas : o agente infeccioso entra em contato com mucosas nasal ou oral do hospedeiro susceptível, através de tosse ou espirro . Exemplo : Adenovírus, Difteria faríngea, Haemophilus influenza tipo b ( meningite tipo b ), Influenza ( gripe ), Parotidite, Mycoplasma pneumoniae, Rubéola, Faringite ou pneumonia estreptocócica . Modos de transmissão c) Pelo ar : núcleos secos de gotículas, ou seja, resíduos de gotículas evaporadas que permanecem suspensas no ar, quando o indivíduo infectado espirra, fala, tosse, etc . Exemplo : tuberculose, sarampo e varicela Modos de transmissão d) Por vetores : insetos, mosquitos, pulgas, carrapatos, piolhos e ) Por veículos : itens contaminados Exemplo : sangue, secreções, soluções, entre outros Áreas e Artigos hospitalares Áreas hospitalares a) Área crítica : são aquelas que oferecem risco potencial para aquisição de infecções em decorrência á procedimentos invasivos frequentes, manejo de substâncias infectantes e por admitirem pacientes susceptíveis á infecções . Áreas Hospitalares b ) Área semi-crítica : são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento . Exemplo : enfermarias, pronto atendimento, ambulatórios. Áreas Hospitalares C) Área não crítica : são áreas que não são ocupadas por pacientes Exemplo : almoxarifado, copa, farmácia Artigos hospitalares a) Artigos críticos : são os artigos que penetram o sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema . Exemplo : cateteres vasculares ( scalp, jelcos, equipos, torneirinhas). Artigos hospitalares b) Artigos Semi-Críticos : entram em contato com mucosas íntegras ou pele não intacta . Exemplo : materiais de terapias respiratórias ( cânula endotraqueal, sondas de aspiração, cateteres de O2 ), endoscópios e sondas em geral. Artigos Hospitalares c) Artigos Não críticos : são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra Exemplo: termômetros, esfigmomanômetro, estetoscópios,comadre,entre outros . TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR LIMPEZA CONCORRENTE É aquela realizada enquanto o paciente encontra-se no apartamento, nas dependências do hospital. 26 TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR LIMPEZA DE MANUTENÇÃO Tem como objetivo, manter o padrão de limpeza nas dependências, nos intervalos entre as limpezas concorrentes ou terminais, repondo materiais de higiene, recolhimento de resíduos e manutenção das superfícies. 27 TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR LIMPEZA TERMINAL: É realizada após a saída do paciente, seja por alta, óbito ou transferência. 28 Infecções Relacionadas aos Procedimentos Cirúrgicos Infecções Relacionadas Aos Procedimentos Cirúrgicos CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DA INSTITUIÇÃO FATORES DE RISCO PARA ISC FATORES DE RISCO PARA ISC • Classificação da cirurgia de acordo com o potencial de contaminação fator clássico de risco ! • LIMPA • POTENCIALMENTE CONTAMINADA • CONTAMINADA • INFECTADA Relacionados ao procedimento cirúrgico FATORES DE RISCO PARA ISC CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO • Eletivas, primariamente fechadas e sem drenos • Feridas não traumáticas e não infectadas, sem sinais inflamatórios • Não há quebra de técnica • Não há abordagem de vísceras ocas • Herniorrafia / Safenectomia Cirurgias limpas • Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, genitourinário e orofaringe sob situações controladas, sem sinais de processo inflamatório • Pequena quebra de técnica ou implantação de dreno Cirurgias potencialmente contaminadas Nefrectomia Gastrectomia • Feridas traumáticas recentes (menos de 04 horas), abertas • Contaminação grosseira durante cirurgia do trato digestivo • Manipulação de via biliar ou genitourinária na presença de bile ou urina infectadas • Quebras maiores de técnica • Inflamação, mas não secreção purulenta Cirurgias Contaminadas Fratura exposta recenteColecistectomia com inflamação •Presença de secreção purulenta •Tecidos desvitalizados •Corpos estranhos •Contaminação fecal •Trauma penetrante há mais de 04 horas Cirurgias infectadas Ceco perfurado / fratura exposta há mais de 04 horas FATORES DE RISCO PARA ISC Relacionados ao procedimento cirúrgico duração do procedimento cirúrgico • Maior exposição ao ambiente externo • Maior complexidade • Pior estado clínico • Menor experiência da equipe• Desorganização da sala cirúrgica FATORES DE RISCO PARA ISC Infecção Sítio Cirúrgico Sitio Cirúrgico Incisional Superficial Incisional Profunda Órgão/ Espaço Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC Incisional Superficial Infecção dentro de 30 dias após o ato operatório e envolve somente pele ou tecido celular sub-cutâneo da incisão e pelo menos um dos seguintes: O itens seguinte não estão relacionado como IFC incisional superficial: a) Abscesso do ponto: inflamação mínima ou drenagem confinada aos pontos de penetração da sutura; b) Infecção de episiotomia ou de circuncisão do neonato; c) Queimaduras infectadas; d) Infecção incisional que se estende aos planos da fascia e músculos. IFC - Incisional Superficial IFC - Incisional profunda Infecção dentro de 30 dias após o ato cirúrgico se não for deixado implante local ou dentro de 1 ano se for deixado implante local e a infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório e Infecção envolve tecidos moles profundos (planos musculares/fascia) da incisão e um dos seguintes: IFC - Incisional Profunda 1.Drenagem purulenta da incisão profunda não de órgão/espaço componente do sítio cirúrgico 2.Deiscência espontânea de incisão profunda OU esta é deliberadamente aberta pelo cirurgião quando o paciente apresenta pelo menos 1 dos seguintes: febre>38°C, dor localizada (ou aumento da sensibilidade), mesmo que a cultura da incisão seja negativa 3.Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda é encontrado no exame direto, durante re-operação ou por exame radiológico ou histopatológico; OU 4.Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo cirurgião ou médico-assistente. IFC órgão/Espaço Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato operatório se não há colocação de implante OU dentro de 1 ANO se há colocação de implante E a infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório; Infecção envolve qualquer parte do corpo excluindo a incisão da pele, fáscia ou camada muscular que foi aberta OU manipulada durante o ato operatório; Pelo menos um dos seguintes: IFC órgão/espaço Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) Os hospitais devem contar com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para: Fazer o diagnóstico de casos de infecção hospitalar. Padronizar as técnicas de assepsia. Promover o treinamento de funcionários. Ajudar no planejamento do espaço físico do hospital. Controlar a utilização de antibióticos no trato das infecções (para impedir o uso abusivo), entre outras atribuições. Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos), diminuindo o risco do paciente adquirir infecção. Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital. ANO: 200_ HOSPITAL: CCIH realiza vigilância de infecções cirúrgicas pós-alta? Sim Não Em caso afirmativo, informar o método: MUNICÍPIO: DIR: RESPONSÁVEL NO MUNICÍPIO: RESPONSÁVEL NA DIR: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS - CCD CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC” – CVE busca telefônica: carta pré-selada para paciente dar retorno dos sintomas: ambulatório de egressos com acompanhamento de um membro da CCIH: DIVISÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR e.mail: planhosp@cve.saude.sp.gov.br telefone: (11) 3066-8261 e 3081-7526 FAX: (11) 3066-8261 e 3082-9395 REGISTRO DE INFECÇÕES HOSPITALARES PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DO HOSPITAL PRESIDENTE DA CCIH: Janeiro #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 0 #DIV/0!0Total NEUCI PLANILHA 1 - INFECÇÕES EM CIRURGIA LIMPA Indicação: indicado para preenchimento por hospitais e clínicas-dia que realizam cirurgias limpas. Indicador que será gerado: Incidência de infecção em ferida cirúrgica limpa. (IIFCL) IMPORTANTE: NÃO EDITAR AS PLANILHAS. Fórmula de cálculo: IFC / CL x 100 Número de infecções em ferida cirúrgica limpa (IFC) Número de cirurgias limpas realizadas (CL) IIFCLEspecialidade cirúrgica Preencher um quadro para cada mês do ano e enviar os dados mensalmente. CCARD CGERA CIRPE UROCI CIVAS ORTOP GINEC PLAST TORAX GASCI #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! EXERCÍCIO 1 IJW, 30 anos, masculino, deu entrada no hospital de referência com supuração de parede, 15 dias após hernioplastia realizada no hospital geral. O paciente foi internado apresentando drenagem de secreção purulenta da ferida cirúrgica com acometimento de tecidos profundos. Foi colhida cultura e instituída terapia antimicrobiana. O agente isolado foi E. coli. Perguntas Qual a síndrome infecciosa apresentada pelo paciente? É infecção hospitalar? Justifique. EXERCÍCIO 2 TAN, sexo masculino, 68anos, admitido na Unidade de Cirurgia Geral em 07/03/03 com diagnóstico de fratura de colo de femur. Submetido a correção cirúrgica com colocação de prótese em 07/03/03. Após 2 meses iniciou quadro de febre diária (>°38C) e dor no local da incisão cirúrgica. Exame radiológico mostrou evidências de osteomielite. Não foram realizadas culturas Perguntas Qual o potencial de contaminação da cirurgia realizada? Qual a síndrome infecciosa que o paciente apresenta? Justifique. Preenche o critério de Infecção Hospitalar? Justifique. 56 Baseando-se nesses fatores devem ser elaboradas ações preventivas, tais como: Não tossir, espirrar, e nem mesmo falar sobre material esterilizado; O ato de lavar as mãos; Uso de papel toalha para as mãos; Não sentar nas camas dos pacientes; Não colocar materiais no chão (comadre, bacia); Remoção das bactérias da pele (banho, limpeza). São medidas importantes para a prevenção. Uso racional de antimicrobiano; Controle de esterilização; Desinfecção e limpeza,; Bloqueio de transmissão pelos profissionais de saúde; 57 58 66 67 Pode X Não pode 68 Pode X Não pode 69 70 LAVAGEM DAS MÃOS Finalidade eliminar microorganismos, conseqüentemente evitar propagação de infecções eliminar da pele substâncias tóxicas e medicamentosas proteger-se contra agressões do meio Errado Certo 72 74 75 76 Luvas de procedimentos Luvas Cirúrgica 79 Errado Certo 80 Precaução Padrão É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde para atendimento de todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico. 82 PROTOCOLO DO USO CORRETO DOS EPI’s Seqüência de Paramentação 1. Lavar as mãos 2. Colocar o avental ou capote 3. Colocar a máscara 4. Colocar o óculos 5. Colocar toca ou gorro 6. Colocar as luvas 1. Retirar Luva 2. Retirar o avental ou capote 3. Retirar óculos 4. Retirar a toca ou gorro 5. Retirar máscara 6. Lavar as mãos 83 84 Dúvidas??
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