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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Resenha Crítica de Caso: Fraude Contábil na WorldCom Trabalho da disciplina Governança Corporativa e Ética Empresarial Tutor: Prof. Alexsandre de Castro Praia Grande - SP 2021 FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM Referência: KAPLAN, Robert S. KIRON, David. Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School, 110 – P02, 2007. O texto fala sobre a WorldCom, uma empresa de telecomunicação na qual houve uma das maiores fraudes contábeis, e que entrou com pedido de falência em julho de 2002, deixando milhares de pessoas desempregadas e prejudicando os serviços prestados pela mesma. A WorldCom teve origem remota à divisão da AT&T em 1983, surgiu quando empresas pequenas e regionais passaram a ter acesso a linhas telefônicas de longa distância com grandes taxas de descontos. A LDDS começou a operar em 1984 oferecendo seus serviços a consumidores locais de varejo comerciais, e seu capital inicial era de $65.000,00, mas logo acumulou $1.5 milhões em débitos, uma vez que não tinha conhecimento técnico para lidar com contas de grandes empresas que tinham sistemas de comutação complexos. Bernard J. Ebbers um dos investidores originais assumiu a direção da empresa e em menos de um ano a tornou lucrativa, focou no crescimento interno adquirindo pequenas empresas de longas distâncias com áreas de serviço limitada e incorporou operadoras de longa distância de terceiro nível com maior participação no mercado, essa estratégia aumentou a capacidade de fluxo e no ano de 1989 tornou-se uma empresa aberta através da fusão com Advantage Companies e quatro anos após era a quarta maior operadora de longa distância nos EUA alterando seu nome para WorldCom em 1995. A WorldCom foi evoluindo e se expandido com o passar do tempo e comprou diversas empresas e ao tentar comprar a Sprint o Departamento de Justiça bloqueou a fusão e foi quando perceberam que fusões em grande escala não era viável para expandir os negócios e se sentiram sem estratégia. As coisas começaram a fugir do controle e as mais de 60 companhias adquiridas tinham informações de sistemas de contabilidade incompatíveis. A descentralização, falta de comunicação e de políticas internas não eram considerados problemas para Ebbers. Focada no crescimento, a empresa voltou sua atenção para a receita financeira, a fim de ser a número um em Wall Street e acabou incentivando o investimento absurdo com custo a longo prazo e contratos fechados com taxas fixas. Foi então que começou a surgir as complicações e Sullivan resolveu fazer reversão de provisionamento e capitalização das despesas, tais manobras perduraram por quase dois anos e Sullivan e Myers não adiantava os responsáveis não aceitar as manobras porque davam um jeito de acontecer. Em agosto de 2001, Cooper chefe da auditoria interna deu início a auditoria operacional de rotina nos gastos de capital da WorldCom e após diversas análises constatou diversas fraudes em vários segmentos, inclusive gastos excessivos em alguns setores. Sullivan ainda solicitou a Myers para restringir o escopo da investigação de Cooper, ele manipulava as informações relativas a gastos, adulterou documentos e além de omitir informações transferiu milhões de dólares das contas. Cooper, desconfiada do posicionamento e das atitudes de Sullivan, sem informá-lo, expandiu o escopo de auditoria interna para uma auditoria financeira e solicitou ajuda a Morse, que detinha informações confidenciais dos lançamentos contábeis. Andersen era auditor externo, uma das pessoas que poderia ter descoberto as fraudes, mas não analisava o que realmente era necessário e foi privado de ter acesso a diversas informações e para piorar preparavam relatórios mentirosos omitindo informações de materiais requisitados e a transferência de milhões de dólares de saldo em contas, para enganá-lo. Nem o Conselho de administração foi privado da apresentação de informações falsas, porém não ficaram contentes com os atrasos de Ebbers e sua reputação estava decadente em Wall Street, então votaram para que ele renunciasse. Em 2002, Cooper e sua equipe tinham descoberto $3 bilhões em despesas questionáveis, incluindo $500 milhões em despesas com computadores não documentadas, atrás de respostas encaminhar ela para falar com Myers que admitiu que não havia nenhum padrão contábil para embasá-los e alegou que os lançamentos não deveriam ter sido feitos, mas, após o início era difícil de parar. Logo em seguida Cooper divulgou seus resultados sobre gastos de capital improprios, Sulliavan estava sem saída, não pode explicar tais resultados, então o Conselho solicitou que Myers e Sullivan renunciassem, Myers concordou mas Sullivan não e assim foi demitido. Em junho de 2002 a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom e os advogados do Departamento de Justiça dos EUA iniciaram investigações criminais sobre as atividades de Ebbers, Sullivan, Myers, Yates, Vinson e Normand. Após seis semanas de julgamento e 10 dias de deliberações, os jurados condenaram Arthur Andersen por obstruir a justiça e pela destruição de documentos, logo após, David Myers assumiu a culpa por três crimes: fraude de segurança, conspiração para cometer a fraude e apresentação de documentos falsos a SEC, Yates, Vinson e Normad se declaram culpados por cometer fraude em ações e por conspiração para cometer fraudes em ações, e a pena máxima era de 15 anos de prisão, mas Vinson foi liberado após pagamento de fiança. Em 2004 Sullivan declarou-se culpado por fraude federal e acusações de conspiração que enganou o público. O júri declarou Ebbers culpado por fraude de conspiração e de apresentação de documentos falsos às autoridades e foi sentenciado a 25 anos de prisão.
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