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Slides de Aula Unidade I TEORIA POLÍTICA

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Prof. Dr. Vanderlei da Silva
UNIDADE I
Teoria Política
 Vamos analisar as formas de governo mais conhecidas entre os grupamentos sociais ao 
longo da História: a Monarquia, a Aristocracia e a Democracia.
 Estudaremos o sentido de República em suas diversas formas históricas.
 Também trataremos dos principais aspectos da história do poder na Idade Média, período 
marcado pela subordinação da política à religião, pela ausência de um Estado soberano e 
pela preponderância de poderes locais.
 Estudaremos o Pensamento Político Moderno e o Estado 
Moderno, a partir das ideias de Maquiavel sobre a autonomia 
política e sobre a moral própria daqueles que ocupam o poder. 
 E refletiremos sobre a contribuição do pensamento de Thomas 
Hobbes e o papel do Estado, que ele chamou 
de Leviatã.
Apresentação da disciplina
 O profissional de Serviço Social, ao longo de sua carreira, estabelece diálogo permanente 
com a sociedade e com os gestores públicos.
 Assim, o conhecimento sobre política ajuda o profissional de Serviço Social a compreender, 
analisar e tomar decisões corretas. 
 Dessa forma, é fundamental estar preparado para o exercício da cidadania ativa, aquela que 
não se esgota no voto obrigatório para escolha de cargos eletivos.
 Nesse sentido, é necessário a obtenção de visão crítica.
 Visão crítica é aquela que se pode obter a partir da análise de 
conceitos, de fatos históricos, de impactos sociais de decisões 
adotadas por lideranças políticas em diversos momentos da 
história, de ideias e teorias que formam a herança política 
da Humanidade.
Introdução dos estudos
 O Homem sempre viveu em grupos mais ou menos organizados e isso se deu por uma razão 
de grande importância: a sobrevivência. 
 Só em grupo o Homem conseguia dar conta de todos os muitos tipos de ameaças naturais.
 Ocorre que a organização de poder nesses grupos é um problema nas diversas sociedades 
organizadas que temos em todo o planeta, pois não existe uma forma de sistematização de 
poder que agrade a todos e que não suscite críticas.
 Vários estudiosos de política se dedicaram a tentar 
sistematizar as diversas formas de governo que o mundo 
já vivenciou e aprofundar o conhecimento sobre como 
elas se desenvolveram. 
 Por esse motivo, vamos estudar a classificação de governo 
construída por três célebres estudiosos: Aristóteles, 
Maquiavel e Montesquieu.
A sociedade humana e o exercício do poder
 Aristóteles nasceu na Grécia.
 Foi discípulo de Platão, tutor de Alexandre, o Grande, e é considerado o pai da Ciência 
Política Ocidental.
 Também foi o fundador, em Atenas, de uma escola que desenvolveu pesquisas em várias 
áreas do conhecimento. 
 Contudo, o grande destaque de Aristóteles foram os estudos de política e de filosofia.
 Para Aristóteles, a sociedade é o eixo do indivíduo e o Homem só desenvolverá plenamente 
seu potencial se inserido em uma sociedade.
 Como Platão, Aristóteles acreditava que todas as coisas 
tinham uma finalidade, e que a do ser humano era ser bom. 
 Assim, pretendia organizar a sociedade de maneira que as 
pessoas fossem capazes de realizar com sucesso seu 
pleno potencial.
A sociedade segundo o pensamento de Aristóteles
 Em sua obra “Política”, Aristóteles distingue regimes políticos e formas ou modos 
de governo. 
 O primeiro termo refere-se ao critério que separa quem governa e o número de governantes, 
no qual teremos três regimes políticos: a monarquia (poder de um só), a oligarquia (poder de 
alguns poucos) e a democracia (poder de todos). 
 O segundo termo trata das formas de governo, ou seja, refere-se a em vista de quê eles 
governam, ou seja, com qual finalidade. 
 Para ele, a tirania era a monarquia voltada para a utilidade do 
monarca, a oligarquia para a utilidade dos ricos e a 
democracia para a utilidade dos pobres.
 E nenhuma delas agradava o filósofo, porque a finalidade 
essencial deveria ser o interesse público.
As formas de governo segundo Aristóteles
 Para o filósofo, os governos devem governar em vista do que é justo, de interesse geral, o 
bem comum.
 Sendo assim, são classificadas seis formas de governo: aquele que é um só para todos 
(realeza), de alguns para todos (aristocracia) e de todos para todos (regime constitucional). 
 Os outros três modos (tirania, oligarquia e democracia) são, para Aristóteles, deturpações, 
degenerações dos anteriores, ou seja, não governam em vista do bem comum.
 Para Aristóteles, o governo somente será considerado 
soberano quando tiver em vista exclusivamente o 
interesse comum. 
 O contrário disso é considerado governo impuro, no qual 
prevalece o interesse pessoal contra o interesse geral da 
coletividade.
As finalidades dos governos segundo Aristóteles
 As ideias de Aristóteles devem ser compreendidas no contexto da realidade de sua época.
 Ele entendia que a relação entre senhor e escravo era uma relação privada, o que permitia 
ao senhor o exercício despótico do poder.
 Tinha a convicção de que a justiça devia ser realizada entre os cidadãos e, como os 
escravos não eram cidadãos e não participavam da política, então para eles não valeriam as 
mesmas regras. 
 Ele considerava natural que o escravo que nascera nessa condição assim se mantivesse, o 
que impediria qualquer reflexão sobre a transformação dessa condição.
 Além de não inserir escravos e mulheres entre aqueles que 
podiam participar da política, também não deveriam ser 
incluídos os artesãos, ou seja, aqueles que vivessem 
do seu trabalho.
As ideias de Aristóteles sobre a escravidão
 A noção de interesse público no pensamento aristotélico é infinitamente menor do que 
aquela que temos na atualidade. 
 Contudo, é possível reconhecer que muitas das preocupações do filósofo sobre as práticas 
políticas nas formas de governo são preocupações que temos até os dias de hoje, como 
governos demagógicos que parecem querer agradar a todos quando, na verdade, visam 
exclusivamente ao interesse pessoal do próprio governante.
 Ou, ainda, governos tirânicos que fazem aprovar apenas leis que interessam aos objetivos 
dos próprios governantes. 
 Dessa forma, conhecer o pensamento de Aristóteles nos 
auxilia na formação do conhecimento crítico, capaz de pensar 
em ideias para mudanças na sociedade em que vivemos.
A noção de interesse político para Aristóteles
 É importante destacar que temos três ideias fundamentais quando se trata de entender 
formas de governo: monarquia, aristocracia e democracia. 
 Aristocracia significa nobreza. É a classe social superior. 
 O termo aristocracia tem origem no grego “aristokrateia”, que significa 
“governo dos melhores”.
 Aristocracia é uma forma de organização social e política em que o governo é monopolizado 
por uma classe privilegiada.
 Para Aristóteles, a aristocracia era o governo de poucos, dos melhores cidadãos no sentido 
de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo.
A definição de aristocracia
 Entende-se comumente por monarquia aquele sistema de dirigir a res publica, que se 
centraliza estavelmente numa só pessoa investida de poderes especialíssimos, exatamente 
monárquicos, que a colocam claramente em todo o conjunto dos governados.
 É um sistema político que tem um monarca como líder do Estado.
 A monarquia hereditária é o sistema mais comum de escolha de um monarca.
 Segundo a tradição aristotélica, monarquia é a forma política em que o poder supremo do 
estado se concentra na vontade de uma só pessoa.
 Quando a legitimidade era considerada como provinda de um direito divino sobrenatural, a 
soberania era exercida como um direito próprio.
A definição de monarquia
 A monarquia quase sempre possui três características fundamentais:
 Vitaliciedade: o monarca não governa por um tempo certo e limitado, podendo governar 
enquanto viver ou enquanto tiver condições para continuar governando.
 Hereditariedade: aescolha do monarca se faz pela simples verificação da linha de sucessão. 
 Irresponsabilidade: o monarca não tem responsabilidade política, isto é, não deve 
explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa 
posição política.
Características da Monarquia
Quando desvirtuada de seu significado essencial de governo que respeita as leis, a monarquia 
se converte numa forma de governo de um só, que vota o desprezo da ordem jurídica. Como é 
denominada essa forma de governo?
a) República.
b) Democracia.
c) Tirania.
d) Anarquia.
e) Teocracia.
Interatividade 
Quando desvirtuada de seu significado essencial de governo que respeita as leis, a monarquia 
se converte numa forma de governo de um só, que vota o desprezo da ordem jurídica. Como é 
denominada essa forma de governo?
a) República.
b) Democracia.
c) Tirania.
d) Anarquia.
e) Teocracia.
Resposta
 Democracia é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo. 
 Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal. 
 É um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista, no qual o presidente é 
o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, no qual existe o presidente 
eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas.
 A democracia é invenção porque, longe de ser mera conservação de direitos, é a criação 
ininterrupta de novos direitos, a subversão contínua dos estabelecidos, a reinstituição 
permanente do social e do político.
 Assim, uma sociedade justa não é uma sociedade que adotou, 
de uma vez para sempre, as leis justas. 
 Uma sociedade justa é uma sociedade na qual a questão da 
justiça permanece constantemente aberta.
A definição de democracia 
 Existe a ideia de que democracia é um conceito em construção, que não está pronta e 
acabada e que deve ser sistematicamente repensada e pesquisada, de forma que possamos 
ter a melhor democracia possível em cada diferente época da história de uma nação.
 Assim, os autores nos convidam a pensar de que forma podemos contribuir para 
que a democracia não se torne ultrapassada para os valores e objetivos de uma 
determinada sociedade.
 Nas sociedades democráticas, indivíduos e grupos organizam-se criando um contrapoder 
social que, direta ou indiretamente, limita o poder do Estado.
 Dessa forma, a democracia é a sociedade verdadeiramente 
histórica, isto é, aberta ao tempo, ao possível, às 
transformações e ao novo.
Democracia, um conceito em construção
 Democracia, portanto, não é uma forma de governo em que todos pensam da mesma 
maneira, mas em que os conflitos são tratados de maneira organizada, em locais próprios, 
como o Poder Judiciário e o Poder Legislativo, ou seja, e uma forma de governo na qual a 
sociedade tem amplo direito de se manifestar.
 Assim, na democracia, o conflito não apenas é bem-vindo, como também é parte integrante 
do sistema, porque, depois de certo tempo, pode transformar-se em direito; e a democracia 
agrega o novo e as transformações como essenciais, ou seja, não pode recusar as novas 
ideias e propostas sob alegação de que causariam instabilidade.
 Porém, na atualidade, o conceito de democracia está mais 
próximo da ideia de liberdade para escolher os representantes 
que vão decidir o que é bom para a sociedade.
Estado democrático de direito
 Para os gregos, democracia era a participação direta dos cidadãos, que opinavam sobre os 
problemas e destinos da sociedade. 
 Na atualidade a democracia é classificada em democracia direta, semidireta e representativa.
 A democracia direta é aquela exercida pelos cidadãos por meio de manifestações diretas em 
uma assembleia. 
 Evidentemente, isso só seria possível em lugares com pequeno número de habitantes, o que 
na atualidade é inviável, em especial em países como o Brasil.
 No futuro, contudo, podemos pensar que a participação 
política dos cidadãos poderá ser ampliada em razão dos 
recursos tecnológicos existentes.
A democracia direta
 A democracia semidireta tem características semelhantes à democracia que vivemos no 
Brasil na atualidade.
 Nela, o povo se manifesta pelo voto direto para todos os cargos do Legislativo, do Executivo 
e também por instrumentos criados pela lei para opinar em situações específicas.
 Nesse tipo de democracia o povo participa diretamente, propondo, aprovando ou autorizando 
a elaboração de uma lei ou a tomada de uma decisão relevante pelo Estado. 
 A atuação do povo não é exclusiva, pois age em conjunto 
com os representantes eleitos, que vão discutir, elaborar ou 
aprovar a lei. 
 É utilizada atualmente em combinação com a democracia 
representativa, que ainda prevalece. 
A democracia semidireta
 Plebiscito: é um instituto que tem suas raízes na Roma Antiga.
 É uma consulta ao povo pelo qual este aprova ou não a elaboração de uma lei, uma emenda 
constitucional ou uma decisão governamental. 
 Se houver aprovação, cabe ao poder competente a elaboração da medida. 
 Portanto, é anterior à decisão governamental.
 Referendo: é uma consulta feita ao povo sobre uma lei, emenda constitucional ou decisão 
governamental já elaborada pelo poder competente, mas ainda não vigente.
 Se houver aprovação, a medida entra em vigor. 
 Dessa forma, é posterior à elaboração da medida.
Instrumentos da democracia semidireta 
 Iniciativa popular, veto popular e recall são outros instrumentos que a Constituição dos 
países inclui para permitir a participação semidireta do povo. 
 Iniciativa popular: é a possibilidade dos cidadãos de apresentarem propostas legislativas 
para serem votadas no Congresso Nacional.
 Veto popular: é uma consulta à população sobre um texto de lei já aprovado no Legislativo 
para saber se os cidadãos aprovam a lei que não entrará em vigor antes da consulta.
 Recall: é uma criação norte-americana que permite revogar a eleição de um legislador ou 
funcionário eletivo ou reformar a decisão judicial sobre a constitucionalidade de uma lei.
 Em todos esses casos, a democracia será classificada 
como semidireta porque situações específicas são 
levadas ao cidadão para que ele manifeste sua 
aprovação ou discordância.
Instrumentos da democracia semidireta 
 Na democracia representativa, o povo vota para escolher representantes que governarão 
durante um determinado período de tempo obedecendo a regras prefixadas pela lei. 
 Assim, o povo concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de 
representantes, externarem a vontade popular e tomarem decisões em seu nome, como se o 
próprio povo estivesse governando.
 Porém, o representante do povo não faz o que deseja, mas apenas aquilo que a lei permite 
que ele faça e também não fica no poder durante o tempo que desejar, mas somente durante 
um intervalo de tempo.
 No Brasil, a democracia tem sido muito mais representativa
do que direta, até porque a ausência de maior interesse da 
população por política contribui para que não haja pressão 
popular no sentido de que sejam criadas situações de 
maior participação.
A democracia representativa
 Todo cidadão possui direitos políticos garantidos na CF/88.
 O principal direito político e o mais exercido por todos é o direito de votar e ser votado. 
 Mas a participação da população não se limita ao voto para a escolha de seus 
representantes no Poder Executivo e no Poder Legislativo.
 Estão previstos no artigo 14 da Constituição Federal o plebiscito, o referendo e a iniciativa 
popular, também como direitos políticos.
 Dessa forma, a maturidade política brasileira poderá, no futuro, 
contribuir para que sejam utilizados com maior frequência os 
espaços de participação que já existem na legislação e que 
precisam apenas ser colocados em prática.
A Democracia participativa na Constituição Federal do Brasil
 A CF/88 institui o Estado Democrático de Direito assegurando o exercício dosdireitos sociais 
e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a 
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, 
fundada na harmonia social. 
 Estabelece a união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, declara seus 
princípios fundamentais, a soberania popular e a democracia participativa.
 Assim, com a premissa de que todo o poder emana do povo prevista na Constituição Federal 
de 1988, a nação brasileira enquadra-se na categoria de Estado Democrático de Direito. 
 Suas principais características são soberania popular; da 
democracia representativa e participativa; um Estado 
Constitucional, ou seja, que possui uma constituição que 
emanou da vontade do povo; e um sistema de garantia dos 
direitos humanos.
A democracia na Constituição Federal de 1988
Como é denominado o instrumento da democracia semidireta, representado por uma consulta 
feita ao povo sobre uma lei, emenda constitucional ou decisão governamental já elaborada pelo 
poder competente, mas ainda não vigente? Se houver aprovação, a medida entra em vigor.
a) Plebiscito.
b) Referendo.
c) Iniciativa popular.
d) Veto popular.
e) Recall.
Interatividade 
Como é denominado o instrumento da democracia semidireta, representado por uma consulta 
feita ao povo sobre uma lei, emenda constitucional ou decisão governamental já elaborada pelo 
poder competente, mas ainda não vigente? Se houver aprovação, a medida entra em vigor.
a) Plebiscito.
b) Referendo.
c) Iniciativa popular.
d) Veto popular.
e) Recall.
Resposta 
 A palavra tem origem no latim e significa “aquilo que pertence ao povo”.
 Em sentido lato, significa exatamente “coisa (res) pública”.
 O sentido mais completo, portanto, é “tudo o que é próprio da sociedade, que interessa a
ela”, ou ainda, “interesse público”.
 A república é a forma de governo típica da coletividade, em que o poder e o exercício da
soberania são atribuídos não mais à uma pessoa física, mas ao povo.
 A palavra está presente no nome do Brasil, que é República Federativa do Brasil.
 Portanto, compreender o conceito e o sentido de República é fundamental.
República
 A república, que é a forma de governo que se opõe à monarquia, tem um sentido muito 
próximo do significado de democracia, uma vez que indica a possibilidade de participação do 
povo no governo.
 O desenvolvimento da ideia republicana se deu através das lutas contra a monarquia 
absoluta e pela afirmação da soberania popular.
 A república surge, portanto, como proposta de governo em contraposição à monarquia.
 Dessa forma, a república, no entendimento significa uma 
comunidade política, isto é, uma unidade coletiva de indivíduos 
que se autodetermina politicamente através da criação e da 
manutenção de instituições políticas próprias, legitimadas na 
tomada de decisões e na participação dos cidadãos 
no governo.
República e monarquia
 Segundo a teoria republicana, a política é uma dimensão constitutiva da formação da 
vontade democrática e por isso:
 assume a forma de um compromisso ético-político, referente a uma identidade coletiva no 
seio da comunidade;
 não existe espaço social fora do espaço político, ao traduzir-se a política numa forma de 
reflexão de interesse público;
 a democracia é, desta forma, a auto-organização política da comunidade no seu conjunto.
 Dessa forma, República é uma ideia que se sustenta na 
coletividade, na expressão da vontade do conjunto de pessoas 
que reside em um determinado território e possui objetivos 
comuns a serem alcançados.
A teoria republicana
 Temporariedade: os governantes são eleitos por um determinado período de tempo, 
denominado mandato. 
 Eletividade: O chefe do governo é eleito pelo povo, sem qualquer chance de hereditariedade 
ou alguma outra forma que suplante a escolha pelo povo.
 Responsabilidade: o chefe de governo é responsável por seus atos, seja no âmbito político, 
seja no âmbito econômico. 
 Ele deverá prestar contas de suas decisões e poderá ser fiscalizado sistematicamente.
 Essas características são essenciais para garantir que o 
governo republicano seja confiável no sentido de colocar 
sempre em primeiro lugar o interesse público.
Características do modelo republicano de governo
 A Idade Média teve início na Europa com o esfacelamento do Império Romano, após as 
invasões dos bárbaros, no século V. 
 Esse período é comumente caracterizado pela ausência de um poder central, pela economia 
ruralizada, pela supremacia do pensamento da Igreja Católica e pelo enfraquecimento da 
atividade comercial.
 A expressão Idade Média foi usada pelos humanistas no século XV e XVI para designar o 
período compreendido entre a Antiguidade Clássica e a época de profundas modificações 
que foi o Renascimento.
 Nesse período histórico o poder político tinha uma ligação 
estreita com a religião e as organizações religiosas.
 E o Estado estava atrelado ao poder da Igreja, deixando de ser 
soberano, sendo exercido em prol dos interesses próprios 
dos governantes.
O poder na Idade Média
 O regime feudal era um sistema de suserania e vassalagem baseado na concessão e posse 
de feudos.
 Todo o poder político, jurídico, econômico e social se concentrava nos senhores feudais, que 
eram donos das propriedades de terra onde moravam os vassalos, terras onde eram 
produzidos os alimentos e produtos necessários à subsistência. 
 O direito de governar era um privilégio pertencente a todo proprietário de um feudo.
 O feudo era um benefício que se tornava hereditário e que 
normalmente era materializado em terras, mas poderia se 
consubstanciar em algum outro benefício, por exemplo, o 
direito de cobrar tributos em uma ponte, de cunhar moedas, de 
criar um mercado de troca de mercadorias ou de obter algum 
outro tipo de forma de subsistência.
O feudalismo na Idade Média
 As leis adotadas eram humanas e divinas e deveriam ser cumpridas com justiça e rigor.
 A igreja tinha enorme poder porque a ela cabia dizer o que era a vontade de Deus.
 O governo feudal tinha traços de um governo de lei e não de homens, ou seja, era uma 
soberania limitada que se opunha à autoridade absoluta. 
 Nenhum governante podia impor sua vontade.
 A concessão de imunidades aos nobres também foi característica do feudalismo.
 O feudalismo não foi igual em todos os países da Europa ocidental. 
 As características universais foram próprias da França; em países como a Itália e a 
Alemanha, foram outras as formas de feudalismo.
As leis no período feudal
 Vários fatores contribuíram para o fim desse sistema, entre eles: 
 A volta do comércio com o Oriente próximo, o desenvolvimento das cidades pela procura de 
produtos agrícolas, a expansão do comércio e da indústria.
 O surgimento de empregos, a abertura de novas terras para trabalho de cultivo (em troca do 
qual os camponeses teriam liberdade).
 O surgimento de exércitos profissionais e o fortalecimento das monarquias nacionais.
 Uma característica desse período histórico foi a ausência de 
um poder central, caracterizado como temos atualmente no 
Estado, a irradiar suas determinações para serem 
cumpridas por todos.
O final do feudalismo 
 Era um dominicano italiano, nascido em 1225 e falecido em 1274.
 Escreveu a importante obra denominada Do Governo dos Príncipes, na qual defendia que a 
monarquia era a melhor forma de governo, desde que não fosse absolutista como a dos 
césares romanos e sim limitada pelo poder da Igreja, da corte dos nobres, das universidades 
e também das corporações de ofícios dos artesãos.
 Defendia que as leis para limitar o poder do rei deveriam ser leis emanadas do poder 
legislativo do Estado, do poder natural, ou seja, da razão dos homens e também 
das leis divinas. 
 Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito 
da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimentoou 
oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, 
metafísica e teoria política.
O pensamento político de São Tomas de Aquino
 Nasceu na Inglaterra entre 1115 e 1120 e faleceu na França, em 1180. 
 Este pensador ocupou importantes cargos na hierarquia da Igreja Católica ao 
longo de sua vida.
 Destacou-se pelo pensamento construído em sua obra Policraticus, na qual defendeu a 
limitação de poderes do rei, por meio de leis.
 Foram as ideias de John de Salisbury que serviram de 
inspiração para a elaboração do documento denominado 
Magna Carta, datado de 1215, que, até a atualidade, é 
considerado o precursor dos direitos humanos de primeira 
dimensão, aqueles direitos que restringem o poder do rei e o 
obrigam a respeitar a vida e a liberdade dos súditos.
O pensamento político de John de Salisbury
Como foi denominado o regime em que todo o poder político, jurídico, econômico e social se 
concentrava nos donos das propriedades de terra onde moravam os vassalos, terras onde 
eram produzidos os alimentos e produtos necessários à subsistência? 
a) Comunismo.
b) Socialismo.
c) Materialismo.
d) Marxismo.
e) Feudalismo.
Interatividade 
Como foi denominado o regime em que todo o poder político, jurídico, econômico e social se 
concentrava nos donos das propriedades de terra onde moravam os vassalos, terras onde 
eram produzidos os alimentos e produtos necessários à subsistência?
a) Comunismo.
b) Socialismo.
c) Materialismo.
d) Marxismo.
e) Feudalismo.
Resposta 
 O final da Idade Média marcou o surgimento gradual dos estados dinásticos 
de governo absoluto. 
 Para alguns historiadores, no entanto, o fator mais relevante foi a chamada 
Revolução Comercial.
 A Revolução Comercial ocorreu por volta de 1400 e teve várias causas.
 O monopólio comercial do Mediterrâneo pelas cidades italianas;
 O desenvolvimento de um comércio lucrativo entre as cidades italianas e Liga Hanseática do 
norte da Europa;
 A introdução de moedas de circulação geral e a acumulação de 
capitais excedentes, fruto de especulação comercial, marítima 
e de mineração; 
 O estímulo dos novos monarcas ao comércio para criar mais 
riquezas tributáveis e as viagens ultramarinas.
Causas da Revolução Comercial (1400)
 Com o fim do sistema de corporações de ofício, a prática de atividades pelos artesãos 
passava a ser livre.
 As grandes casas comerciais italianas deram impulso ao surgimento dos bancos, que eram 
utilizados para empréstimo de dinheiro a juros.
 Foram criados os títulos de crédito, que viabilizaram o comércio entre cidades distantes 
porque não se corria mais o risco de assalto, já que os valores eram representados por 
papéis emitidos pelos bancos, como as letras de câmbio.
 As viagens marítimas também deram ao comércio proporções 
de empreendimento globalizado, porque o centro comercial do 
mundo se deslocou de Gênova, Pisa e Veneza para Lisboa, 
Liverpool, Bristol e Amsterdã.
A revolução comercial e a expansão dos negócios
 As consequências da Revolução Comercial foram: o afluxo de metais para a Europa; alta nos 
preços europeus; ascensão da burguesia; retomada da escravidão e a mudança do eixo 
comercial do Mediterrâneo para o Atlântico.
 A Revolução Comercial permitiu a expansão dos negócios de uma forma tão expressiva que, 
em consequência, passou a exigir um governo forte que apoiasse os mercadores, os 
banqueiros e os industriais em suas atividades. 
 Só um governo forte teria condições de garantir a segurança 
dos comerciantes contra ataques de piratas e bandidos, que 
se avolumaram com o aumento das riquezas em circulação. 
 Assim, seriam mais seguras as relações comerciais e, por 
isso, foi uma ideia apoiada pelo poder econômico da época.
A Revolução Comercial e a necessidade de um Governo forte
 O absolutismo utiliza a ideia de que o poder humano é derivado do poder divino. 
 Essa teoria, que já tinha servido de fundamento para o poder feudal, é retomada para servir 
de base para o poder dos reis.
 Dessa forma, a autoridade do monarca vem de Deus e a obrigação suprema do povo é 
obedecer de forma passiva.
 O soberano tem autoridade perpétua e ilimitada para fazer leis e impô-las aos seus súditos.
 Nesse sentido, qualquer rebelião do povo deve ser evitada 
porque contraria a paz, que é fundamental para a estabilidade 
e o progresso social.
O absolutismo como fundamento do Governo forte
 Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469 e faleceu em 1527.
 Na obra “O príncipe” (1513), o pensamento político de Maquiavel teve como marco 
fundamental a separação entre a virtude política e a virtude moral. 
 Ela é lida e estudada até os dias atuais e é obrigatória em cursos de 
Ciências Sociais e Direito.
 Ele é o principal responsável pela ruptura com as ideias da ação política orientada pelo 
sentido divino e, consequentemente, por trazer a política para o campo exclusivo 
da ação humana.
 Essa ruptura com o poder oriundo da Igreja custou caro para 
Maquiavel, porque foi da Igreja o uso do termo maquiavélico 
associado a tudo que é ruim ou perverso.
O pensamento político de Nicolau Maquiavel 
 Uma das ideias centrais no pensamento de Maquiavel é a virtú.
 A “virtú”, termo empregado para indicar um conjunto de qualidades e a coragem de 
desprender-se da moralidade vigente, se for necessário, e aptidão para se adaptar às 
diferentes situações. 
 Esse conjunto de virtudes é que fariam de um homem um grande governante, com 
capacidade de se impor e realizar seus objetivos. 
 A virtú está associada com a capacidade, qualidade e 
empreendimentos que determinam o encaminhamento da 
sociedade, ou seja, a ação política.
Ideias centrais no pensamento de Maquiavel
 Pela virtú e com as próprias armas, quando o príncipe afirma suas qualidades pessoais 
e seu valor;
 Pela fortuna (sorte) e com as armas alheias, quando o príncipe chega ao poder por acaso; 
 Pelo crime, quando o príncipe alcança o poder com o uso de grande violência, 
desrespeitando as leis humanas e divinas; e
 Pelo consentimento, quando um cidadão torna-se príncipe com o consentimento 
de seus conterrâneos.
 Para Maquiavel, quem possuir sorte ou proteção divina nem 
sempre estará habilitado para o exercício do poder, mas aquele 
que possuir virtú conseguirá dominar o indeterminado e 
construir um governo ancorado em suas qualidades.
Formas de conquistar o poder segundo Maquiavel
 Para Maquiavel, o conjunto de virtudes do príncipe que haviam sido respeitadas até aquele 
momento histórico, tais como honestidade, bondade e piedade, entre outras, não eram 
adequadas para o campo da ação política.
 Para ele a capacidade fundamental do príncipe é manter o poder.
 Assim, o príncipe deve ser um bom simulador, aparentando possuir as qualidades que seus 
súditos consideram adequadas e, ao mesmo tempo, disfarçar as práticas não adequadas.
 Dessa forma, as principais bases que os Estados têm são as boas leis e as boas armas. 
 E para Maquiavel, a segurança do Estado depende da 
formação de um exército próprio, constituído de cidadãos 
que lutem por amor à pátria.
Maquiavel e as virtudes do príncipe
 Thomas Hobbes era inglês, nasceu em 1588 e faleceu em 1679.
 Sua principal obra é “Leviatã”, escrita em 1651. 
 Hobbes contesta o pensamento de Aristóteles porque entende que é necessário rever o 
princípio político vigente até aquele momento histórico.
 Para ele, o Homem não nasce apto a viver em sociedade, mas pode tornar-se pela disciplina, 
ou seja, a vida social é uma forma de viver adquirida e não natural.
 A sociedade, então, é produto artificial da vontade humana, é fruto de uma escolha e não 
obra da natureza. 
 Um conceito fundamental para compreender o pensamento de 
Hobbes é o de estado de natureza.
 Para Hobbes, no estado de natureza, todo homem 
tem direito a tudo.
O pensamento político de Thomas Hobbes
 Para Hobbes o Estado é constituído para exercerpoder coercitivo, para punir os que 
infringirem as leis. 
 O Estado fará com que as leis da razão, aquelas que motivaram os homens a viver em 
sociedade para se protegerem, se tornem leis civis que deverão ser cumpridas por todos.
 Ele propõe um poder soberano como vontade única da sociedade. 
 Hobbes é adepto do absolutismo que existia na sociedade de sua época. 
 Mas inova quando afirma que a origem do poder absoluto não 
é divina, mas um contrato social. 
 Os homens se submetem voluntariamente ao poder do Estado 
porque, sem ele, a vida seria de medo e conflito.
Hobbes e a instituição de um poder comum
Qual o nome do pensador político, principal responsável pela ruptura com as ideias da ação
política orientada pelo sentido divino e, consequentemente, por trazer a política para o campo
exclusivo da ação humana?
a) São Tomas de Aquino.
b) Maquiavel.
c) Thomas Hobbes.
d) John de Salisbury.
e) Aristóteles.
Interatividade 
Qual o nome do pensador político, principal responsável pela ruptura com as ideias da ação
política orientada pelo sentido divino e, consequentemente, por trazer a política para o campo
exclusivo da ação humana?
a) São Tomas de Aquino.
b) Maquiavel.
c) Thomas Hobbes.
d) John de Salisbury.
e) Aristóteles.
Resposta 
ATÉ A PRÓXIMA!

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