Buscar

Aula 04 - SÉRIE CFC - Slides (1 por pagina)

Prévia do material em texto

CUSTEIO POR ABSORÇÃO
- O QUE É CUSTEIO?
Custeio significa apropriação de custos.
Desta forma, os métodos de custeio determinam a forma de valoração dos custos.
Existem diversos métodos de custeio e depende do objetivo visado pela empresa.
Tipos de custeio
✓ Custeio por absorção
✓ Custeio variável
✓ Custo-padrão
✓ Custeio RKW
✓ Custeio por ordem de produção
✓ Custeio por processo
✓ Custeio ABC
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
É o método resultando da aplicação dos Princípios de Contabilidade, por esse motivo, é aceito pelo fisco.
Consiste na apropriação de todos os custos incorridos, sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos
fabricados.
No Brasil, o custeio por Absorção está contemplado no Pronunciamento Técnico CPC 16, que trata da valoração
de estoques, nos itens 12 e 14.
12. Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades
produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a
alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os
materiais em produtos acabados. (...)
14. (...) Quando os custos de transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser
atribuídos aos produtos em base racional e consistente. (...)
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Regras básicas:
▪ Separação dos custos e despesas (estas últimas lançadas na Demonstração do Resultado do Exercício); e
▪ Separação dos custos entre diretos e indiretos (estes serão apropriados conforme critério informado).
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Exemplo: Considere que a empresa Faz de Tudo S.A. produz os produtos A, B e C e possui os seguintes custos, em
reais:
1. Aproprie o custo de seguros, conforme a distribuição de matéria-prima.
2. Aproprie o custo de materiais diversos, conforme a distribuição de mão de obra direta.
Matéria-prima
Mão de obra 
direta
Seguros
Materiais 
diversos
Produto A 75.000 22.000 - - -
Produto B 135.000 47.000 - - -
Produto C 140.000 21.000 - - -
Total 350.000 90.000 110.000 150.000 700.000
Custos
Total
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
1. Aproprie o custo de seguros, conforme a distribuição de matéria-prima.
O 1° Passo é calcular a proporção de matéria-prima consumida por cada produto:
• Produto A = 75.000 / 350.000 = 0,2143 = 21,43%
• Produto B = 135.000 / 350.000 = 0,3857 = 38,57%
• Produto C = 140.000 / 350.000 = 0,4 = 40%
Matéria-prima Proporção Custo de 
Seguros
Produto A 75.000
Produto B 135.000
Produto C 140.000
Total 350.000 100% 110.000
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
1. Aproprie o custo de seguros, conforme a distribuição de matéria-prima.
Dado que o custo de seguros é de R$ 110.000 e a apropriação é feita conforme o consumo de matéria-prima:
• Produto A: 21,43% de R$ 110.000 = R$ 23.573
• Produto B: 38,57% de R$ 110.000 = R$ 42.427
• Produto C: 40% de R$ 110.000 = R$ 44.000
Matéria-prima Proporção Custo de 
Seguros
Produto A 75.000 21,43%
Produto B 135.000 38,57%
Produto C 140.000 40%
Total 350.000 100% 110.000
23.573
42.427
44.000
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
2. Aproprie o custo de materiais diversos, conforme a distribuição de mão de obra direta.
Dado que o custo de materiais diversos é de R$ 150.000 e a apropriação é feita conforme mão de obra direta:
Produto A = 22.000 / 90.000 = 0,2445 = 24,45%
24,45% de 150.000 = 36.675
Produto B = 47.000 / 90.000 = 0,5222 = 52,22%
52,22% de 150.000 = 78.330
Produto C = 21.000 / 90.000 = 0,2333 = 23,33%
23,33% de 150.000 = 34.995
Mão de obra direta Proporção Custo de 
Materiais diversos
Produto A 22.000
Produto B 47.000
Produto C 21.000
Total 90.000 100% 150.000
24,45%
52,22%
23,33%
36.675
78.330
34.995
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Assim, a apropriação fica da seguinte forma:
Matéria-prima
Mão de obra 
direta
Seguros
Materiais 
diversos
Produto A 75.000 22.000 23.573 36.675 157.248
Produto B 135.000 47.000 42.427 78.330 302.757
Produto C 140.000 21.000 44.000 34.995 239.995
Total 350.000 90.000 110.000 150.000 700.000
Custos
Total
- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(Consulplan/Exame CFC/2018.2) O departamento Alfa de produção possui um Custo Indireto total de R$ 
17.000,00 e precisa distribui-lo a três produtos: X, Y e Z. Os seguintes dados foram disponibilizados: 
As horas-máquina (H/M) utilizadas para a fabricação dos produtos X, Y e Z foram de 1.500, 2.000 e 2.500, 
respectivamente. Verifica-se, portanto, um total de horas máquina utilizadas de 6.000. 
O custo total do produto X considerando o rateio com base na (MP), o custo total do produto Y utilizando o rateio 
com base no (CD) e o custo total do produto Z usando o rateio baseado em (H/M) têm, respectivamente, os 
valores: 
a) R$ 16.594,59, R$ 19.534,88 e R$ 24.083,33. 
b) R$ 16.744,19, R$ 19.513,51 e R$ 23.083,33. 
c) R$ 16.594,59, R$ 19.534,88 e R$ 23.083,33. 
d) R$ 16.744,19, R$ 19.513,51 e R$ 24.083,33. 
CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
- CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Neste método de custeio apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos.
Os custos fixos são tratados como despesas do período, sendo lançados diretamente na Demonstração de
Resultado do Exercício, sem a necessidade de rateio.
É utilizado para gins gerenciais, mas não na contabilidade oficial, pois fere o princípio da Competência,
especialmente no que tange á confrontação das receitas e despesas.
- CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
IMAGINEM:
Determinada empresa fabrica seus produtos e incorre em custos variáveis e custos fixos.
Digamos que parte da produção vá para estoque, para ser vendida posteriormente.
Para obedecer ao confronto das receitas e despesas correlatas, os custos (fixos e variáveis) referentes às unidades
estocadas deveriam ficar também no estoque, até que ocorra a venda.
Mas, pelo custeio variável, apenas o custo variável fica apropriado ao produto. O custo fixo do período é
descarregado no resultado, mesmo que os produtos a que se refere não tenham sido vendidos.
- CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Exemplo: A Companhia Ômega produziu 30.000 unidades de blusas ao preço unitário de R$ 45,00 em abril de
2016.
Os custos variáveis do período estão listados abaixo:
- Matéria prima Direta: R$ 16,00/unidade
- Mão de obra Direta: R$ 8,00/unidade
Custos fixos totais do mês:
- Mão de obra da fábrica R$ 80.000,00
- Depreciação dos equipamentos industriais R$ 36.000,00
- Outros gastos de fabricação R$ 100.000,00
Calcule o custo da blusa, sabendo que a Companhia Ômega utiliza custeio variável.
- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(FBC/Exame de Suficiência/2015 – 1) No mês de janeiro de 2015, uma indústria produziu 1.100 unidades de seu único
produto. Nesse mês, não havia estoque inicial e ficaram 110 unidades acabadas e não vendidas até o dia 31.
Os custos do mês de janeiro foram:
. Mão de Obra Variável R$ 63.800,00
. Matéria-Prima R$ 55.000,00
. Outros Custos Variáveis R$ 28.600,00
. Custos Fixos R$ 33.000,00
Os valores totais do Estoque Final pelo Custeio por Absorção e pelo Custeio Variável são respectivamente:
A) R$ 18.040,00 e R$ 14.740,00
B) R$ 15.180,00 e R$ 11.880,00
C) R$ 14.740,00 e R$ 18.040,00
D) R$ 11.880,00 e R$ 15.180,00
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
- Margem de Contribuição
Montante que resta da venda de um produto depois da dedução de seus custos e despesas variáveis:
MCu = PVu – CVu – DVu
Onde:
MCu – Margem de contribuição unitária
PVu – Preço de Venda Unitário
CVu – Custos variáveis unitários
DVu – Despesas variáveis unitárias
OU
Margem de contribuição total = Receita de vendas – Custo variável total - Despesa variável total
- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(FBC/Exame Suficiência/CFC/2017.1) Uma Indústria adota como Método de Custeamento o Custeio Variável. No mês
de fevereiro, produziu e vendeu 5.000 unidades de determinado produto, de acordo as seguintes informações:
Preço de venda unitário: R$25,00
Alíquota de tributos incidentes sobre as vendas: 17%
Custo variável unitário: R$11,00
Percentual de comissão sobre vendas: 5%
Custo fixo mensal: R$30.000,00
Considerando-se apenasas informações apresentadas, a Margem de Contribuição Unitária desse produto é de:
A) R$2,50.
B) R$3,75.
C) R$8,50.
D) R$9,75.
PONTOS DE EQUILÍBRIO
- Ponto de Equilíbrio
É o nº de unidades que devem ser vendidas para que a empresa não incorra em
ganhos/lucros nem perdas/prejuízos.
PE =
Custos Fixos + Despesas Fixas
Margem de Contribuição Unitária
- Ponto de Equilíbrio Contábil: quando a soma das Margens de Contribuição totalizar o
montante suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixos (incluindo o valor da
depreciação).
- Ponto de Equilíbrio Econômico: Considera o Custo de oportunidade.
PEE = CF + DF + C. Oport.
MC unit.
- Ponto de Equilíbrio Financeiro: Considera apenas os desembolsos, não levado em conta a 
depreciação.
PEF = CF + DF – Depreciação
MC Unit.
CUSTO DE OPORTUNIDADE:
- Conceito chamado de “econômico” e “não contábil”;
- Representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado
seus recursos numa alternativa ao invés de em outra.
- Esse tipo de comparação tende a ser difícil, em função principalmente do problema do
risco. Por isso, duas alternativas poderíamos analisar:
1. entendemos o custo de oportunidade com relação a outro investimento de igual
risco; ou
2. Tomamos como base o investimento de risco zero, que seria, no caso brasileiro, em
títulos do Governo Federal ou a Caderneta de Poupança.
- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(CONSULPLAN/CFC/EXAME/2018 – 2) As seguintes informações são referentes a uma indústria que produz apenas um produto; analise-as.
Preço de venda do produto: R$ 250,00/unidade.
Custos e despesas variáveis: R$ 150,00/unidade.
Custos e despesas fixos: R$ 12.000/mês.
Amortização do principal (empréstimos): R$ 2.000/mês.
Remuneração do capital próprio: R$ 3.000/mês.
A indústria compra e vende somente à vista. Com base apenas nas informações disponíveis e desconsiderando depreciação e tributos, assinale a
alternativa correta que indica, respectivamente, as quantidades mínimas do produto (em unidades) que deveriam ser vendidas mensalmente
suficientes para:
1) a indústria atingir o ponto de equilíbrio contábil;
2) a indústria remunerar o capital próprio; e
3) a indústria amortizar o principal de suas dívidas e remunerar o capital próprio.
A) 48, 52 e 60.
B) 48, 60 e 68.
C) 120, 150 e 170.
D) 120, 150 e 270.
MARGEM DE SEGURANÇA
MARGEM DE SEGURANÇA
Os gerentes se preocupam em ter um nível de vendas superior às vendas referentes ao ponto
de equilíbrio.
A margem de segurança é a diferença entre o nível esperado de vendas e as vendas
referentes ao ponto de equilíbrio.
- EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(CONSULPLAN/EXAME CFC/2018- 1) Considere os seguintes dados da empresa Liberati S/A:
. Quantidade vendida = 258 u.
. Custos e despesas variáveis = R$ 350,00/u.
. Custos e despesas fixos = R$ 56.000,00/mês.
. Preço de venda = R$ 600,00/u.
A margem de segurança operacional, em unidades, é de:
A) 34 unidades.
B) 38 unidades.
C) 224 unidades.
D) 258 unidades.

Continue navegando