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EXAMES COMPLEMENTARES - Estágio Hospitalar

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RELATÓRIO ESTÁGIO HOSPITALAR 
Temas: Exames Complementares - Hemograma/ Exames de Imagens
10º Semestre - Fisioterapia/ Matutino
EXAMES COMPLEMENTARES
HEMOGRAMA
Hemograma é o exame utilizado para avaliar as três principais linhagens de células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Ele é utilizado para o diagnóstico de várias doenças, incluindo anemia, infecções e leucemia.
Apesar de ser extremamente comum, esse é um exame que ainda causa muita confusão na população e até nos meios de comunicação. Algumas pessoas acham que todo exame de sangue é um hemograma, como se ambos os termos fossem sinônimos. Isto é um equívoco.
O exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz automaticamente um rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado. Quando o médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que pretende que seja analisado na amostra. No sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, tais como proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio, etc.), colesterol, hormônios, drogas e até bactérias ou vírus, em caso de infecção.
Se o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever no pedido que deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a glicose do sangue anda controlada, ele solicita a dosagem da glicose sanguínea. O hemograma é solicitado quando o objetivo é ter informações sobre as células do sangue.
Portanto, em um hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de glicose, pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc.
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células produzidas na medula óssea. São estas células que estudamos através do hemograma:
· Hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos).
· Leucócitos (glóbulos brancos).
· Plaquetas.
Chamamos de hemograma completo o hemograma que contém resultados das três linhagens de células. Na verdade, o termo hemograma completo é apenas um preciosismo, uma vez que não existe hemograma incompleto. A palavra hemograma já engloba a dosagem das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Se por algum motivo o médico desejar apenas o resultado da contagem de hemácias, ele deve solicitar um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos leucócitos, o exame a ser pedido é o leucograma. Caso ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar um plaquetograma.
Quando o médico pede um hemograma, está implícito que ele quer o resultado completo, com a avaliação das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960, após observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade, os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima).
Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior é a chance disso verdadeiramente representar alguma patologia.
Não me vou ater muito a valores específicos, uma vez que os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência vêm sempre impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral, são todos muito semelhantes.
ERITROGRAMA
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos eritrócitos, que também podem ser chamados de hemácias, glóbulos vermelhos ou células vermelhas. É através da avaliação do eritrograma que podemos saber se um paciente tem anemi. 
HEMATÓCRITO E HEMOGLOBINA
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.
O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do nosso sangue é composto por células vermelhas.
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia.
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias.
Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído. Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia.
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.
Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.
O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.
O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.
Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muitas, são hipercrômicas.
Assim como o VCM, o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de anemia.
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.
Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina, que são de fácil entendimento, os outros índices do eritrograma são mais complexos, e pessoas sem formação médica dificilmente conseguirão interpretá-los de forma correta. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia para que esses dados possam ser úteis.
LEUCOGRAMA
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, conhecidos também como células brancas ou glóbulos brancos.
Os leucócitos são as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores. Na verdade, os leucócitos não são um tipo único de célula, mas sim um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos e alguns apenas fazem a identificação do microrganismo invasor.
O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro (ou milímetros cúbicos).
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão diminuídos chamamos de leucopenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver qual das seis linhagens descritas mais abaixo é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.
Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000 células/mm3, na leucemia, esses valores ultrapassam facilmente as 50.000 cel/mm3.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser porquimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-organismos.
Existem seis tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:
1. NEUTRÓFILOS
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos diante de um provável quadro infeccioso bacteriano.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
· Neutrofilia: é o termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos.
· Neutropenia:  é o termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos.
2. SEGMENTADOS E BASTÕES
Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.
Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões. A presença de um percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.
No meio médico, quando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de “desvio à esquerda”. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz que há um desvio para a esquerda no hemograma.
Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de neutrófilos jovens.
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou seja, células maduras.
3. LINFÓCITOS
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.
Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo, as células que iniciam o processo de rejeição nos transplantes de órgãos.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS (SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
· Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.
· Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver com câncer.
4. MONÓCITOS
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe, o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de “comer” micro-organismos invasores.
Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como a tuberculose.
5. EOSINÓFILOS
Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.
O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal por parasitas.
· Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.
· Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos.
6. BASÓFILOS
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.
PLAQUETAS
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.
· Trombocitopenia: redução, abaixo dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue.
· Trombocitose: aumento, acima dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não se encontra sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
A redução do número de hemácias é chamada de anemia, a redução do número de leucócitos é chamada de leucopenia e a redução do número de plaquetas é chamada de trombocitopenia.
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, como no caso do paciente com anemia e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia. Já o paciente com as três linhagens de células do sangue abaixo dos valores de referência é dito como portador de pancitopenia.
Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum problema na médula óssea. De um modo geral, a redução de mais de uma linhagem das células do sangue pode ser causada por um ou mais dos seguintes mecanismos:
· Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas (por exemplo: leucemia, linfoma, mieloma múltiplo ou síndrome mielodisplásica), câncer metastático, mielofibrose e doenças infecciosas (por exemplo: tuberculose ou infecções fúngicas) podem invadir a medula óssea e ocupar o local de produção das células sanguíneas.
· Aplasia da medula óssea: carências nutricionais (por exemplo: deficiência de vitamina B12 ou folato), anemia aplástica, doenças infecciosas (por exemplo: HIV, hepatite viral, parvovírus B19), doenças autoimunes e certos tipos de medicamentos podem afetar as células tronco da medula óssea, impedindo a produção de novas células sanguíneas.
· Destruição das células sanguíneas circulantes: a destruição antes do tempo das células sanguíneas circulantes também pode causar bi ou pancitopenia. As principais causas são: coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopênica trombótica, síndromes mielodisplásicas, distúrbios megaloblásticos e hiperesplenismo (destruição excessiva de células no baço, que pode ocorrer nos casosde cirrose hepática, linfoma ou doenças autoimunes).
Não é necessário fazer nenhum preparo para coleta de sangue do hemograma.
Alguns laboratórios sugerem jejum de pelo menos 4 horas antes do hemograma, mas, na prática, comer antes da coleta influencia muito poucos nos resultados. Portanto, se você puder fazer jejum, melhor, se não puder, não vale a pena atrasar ou remarcar a coleta só por conta disso.
Se você tomar medicamentos de manhã, pode tomá-los normalmente antes do exame. Não é preciso suspender nenhum fármaco antes do hemograma.
EXAMES DE IMAGENS
Os avanços tecnológicos permitem continuamente um melhor cuidado com a saúde. A realização de exames complementares, por exemplo, permite ao médico maior conhecimento laboratorial e anatomopatológico, além de poder realizar o diagnóstico por imagem.
Sendo assim, os exames de imagem podem ser determinantes para confirmar, refutar ou mesmo acrescentar novas hipóteses. Embora a avaliação clínica seja determinante, quando associada aos exames, há maior riqueza de informações e assertividade nas condutas.
Nessa perspectiva, existe uma grande variedade de exames de imagem possíveis, cada qual com sua metodologia e uso mais adequado. Veja abaixo alguns deles!
1. ULTRASSONOGRAFIA
O ultrassom é um tipo de exame que não utiliza radiação. Na verdade, seu princípio de funcionamento se baseia na emissão de ondas sonoras de alta frequência. Quando atingem as estruturas do corpo, elas podem refletir ou não, e é isso que determina as formas e imagens obtidas.
PARA QUE SERVE?
A ultrassonografia serve para avaliar as estruturas corporais em tempo real. Por tanto, o examinador percorre com um equipamento chamado transdutor pela extensão corporal que deseja avaliar, como abdome, pelve, dentre outras.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES?
O uso do ultrassom é amplo, sendo que é mais conhecido para avaliação na gravidez. Então, uma das indicações é para acompanhar o desenvolvimento fetal. Além disso, também é indicado em suspeitas de traumas ou doenças no abdome. Complementado, é o exame ideal para avaliar anatomicamente a tireoide.
COMO É FEITO?
A realização requer, basicamente, que a área avaliada esteja despida. Nela, o examinador aplicará um tipo de gel e, acima dele, vai percorrer com o transdutor a fim de obter imagens. Alguns tipos de ultrassom exigem preparo, como bexiga cheia, uso prévio de medicações. Portanto, confira no momento do agendamento se há algum preparo específico.
2. ECOCARDIOGRAMA BIDIMENSIONAL COM DOPPLER
O ecocardiograma funciona com os mesmos princípios do ultrassom. Contudo, seu uso é mais voltado para a cardiologia, sendo fundamental para avaliar patologias cardíacas.
PARA QUE SERVE?
O ecocardiograma permite uma avaliação efetiva da estrutura do coração e também do seu funcionamento. Isso acontece, pois, associado ao doppler, é possível identificar como está o fluxo sanguíneo no interior, além de visualizar a anatomia do órgão.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES?
Diante da efetividade na avaliação, são diversas as indicações para o exame. Portanto, é solicitado se há suspeita de: valvopatias, formação de coágulos, estrutura cardíaca acometida, estreitamento na passagem de sangue, dentre outros
.
COMO É FEITO?
O exame requer que o paciente esteja com o tórax descoberto. Assim como na ultrassonografia, o transdutor percorre a área avaliada em contato com um gel. É ideal que o paciente permaneça deitado de costas e, em alguns momentos, solicita-se que mude a posição, como deitar-se lateralmente.
3. RAIO X CONTRASTADO
O raio X é um exame que funciona baseado na emissão de feixes de raios. As imagens são formadas a partir da capacidade de absorver ou não o feixe emitido, variando de acordo com a densidade do órgão.
PARA QUE SERVE?
Vimos acima como é funcionamento do raio X. Entretanto, quando o contraste é adicionado, permite a melhor visualização das estruturas por onde ele percorre.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES?
As maiores indicações para o raio X contrastado estão associadas ao sistema urinário e digestório. Temos como exemplo a nefrolitíase, conhecida popularmente como pedra nos rins. Se a pedra interrompe o fluxo da urina para a bexiga, o contraste também não consegue percorrer os ureteres que ligam os rins à bexiga.
COMO É FEITO?
Para realizar um raio X contrastado, é preciso que o contraste esteja dentro do organismo antes da captura das imagens. Então, ele pode ser administrado por diferentes vias, como oral e intravenosa.
4. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Assim como o exame anterior, a tomografia computadorizada se baseia na emissão de feixes de raio X. Contudo, sua realização permite uma abrangência mais ampla, de modo a permitir a visualização em múltiplos planos e viabilizar uma análise em diferentes dimensões.
PARA QUE SERVE?
A tomografia serve para permitir uma visualização mais precisa das estruturas corporais, pois possibilita que cada região seja a analisada em “fatias”. Mais importante que isso são os múltiplos planos que atua, ou seja, é como se você avaliasse cada plano de frente, de lado ou mesmo de cima.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES?
Uma das indicações mais importantes está vinculada à oncologia, pois permite detecção e estadiamento dos tumores. Entretanto, não está restrito à abordagem de cânceres, visto que é determinante na identificação de traumatismos cranianos.
COMO É FEITO?
Para realização, a pessoa deve permanecer deitado e imóvel na mesa de exame. Para captação das imagens, é como se a pessoa passasse dentro de um túnel, que emite e detecta os feixes de raio X. Feito isso, há o processamento das imagens que chega ao médico para o laudo.
5. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Ao contrário do raio X e da tomografia, o funcionamento da ressonância magnética não exige uso de radiação. Na verdade, ela detecta a movimentação de moléculas de água presentes em cada tecido do corpo. É a quantidade de água em cada um que vai determinar as diferentes densidades observadas na imagem.
PARA QUE SERVE?
A ressonância serve para avaliar, com qualidade superior à da tomografia, determinados segmentos do corpo. Sua efetividade na geração de imagens permite boa avaliação de ossos, articulações, músculos, vasos e outros tipos de tecido. Na área neurológica a ressonância tem papel decisivo na detecção de patologias.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES?
As principais indicações estão associadas à ortopedia e à neurologia. Como visto, ossos e articulações são melhores avaliados por meio desse exame. Na neurologia, há grande importância não só para visualização de estruturas cerebrais, mas também da medula e da coluna vertebral.
COMO É FEITO?
A realização é semelhante à tomografia, pois requer que a pessoa permaneça deitada enquanto passa por uma espécie de túnel. Por outro lado, aqui não há emissão de feixes de radiação, mas sim uma detecção de campos magnéticos e movimento de partículas.
Concluí que o diagnóstico por imagem é uma área que conta com importantes avanços tecnológicos. Continuamente, são estudadas metodologias e técnicas de fabricação que melhoram a qualidade das imagens obtidas e, consequentemente, possibilitam maior precisão no diagnóstico.

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