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47-Oratória

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ORATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 02 
 
Cap. 01 — A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO ............................................................................... 02 
 
Cap. 02 — COMO PREPARAR SERMÕES BÍBLICOS................................................................... 08 
 
Cap. 03 — PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA MELHORAR SUA PREGAÇÃO ................................. 11 
 
Cap. 04 — COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR ................................... 13 
 
Cap. 05 — COMO PREPARAR BONS SERMÕES ........................................................................... 17 
 
Cap. 06 — A METODOLOGIA NA PREGAÇÃO ............................................................................. 19 
 
Cap. 07 — COMO PREGAR A PALAVRA ...................................................................................... 24 
 
Cap. 08 — O PREPARO DO PREGADOR ........................................................................................ 27 
 
Cap. 09 — O EQUILÍBRIO NA PREGAÇÃO ................................................................................... 30 
 
Cap. 10 — FALANDO EM PÚBLICO SEM TRAUMAS ................................................................. 34 
 
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 35 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 
Sermonologia ou homilética é arte de pregar sermões. O termo sermonologia é um termo híbrido, 
resultado da junção do latino sermone, ―conversa ou sermão‖ com o termo grego logia, ―estudo‖. Significa, 
literalmente, o estudo do sermão. Já o termo homilética é derivado do grego homilos o que significa, 
multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, homilia ou pequeno discurso do verbo omileu, 
―conversar‖. Etikos, por sua vez, significa ―arte‖. Portanto, homilética pode ser definida como ―a arte de 
pregar sermões". 
A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a 
usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de homilética. 
Vejamos algumas definições que envolvem essa matéria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I 
A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO 
Jones Ross 
 
ORATÓRIA é a expressão pública das idéias por meio de palavras com um fim de caráter prático. 
 
I - DAS POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR: 
―Qualquer pessoa, física e mentalmente capacitada para falar, pode tornar-se orador eficiente sem que 
para isso, necessite de dotes de eloquência. Basta aprender, pelo estudo e pela prática, a desenvolver suas 
qualidades naturais e os recursos de saber e experiência.‖ — Oratória Eficiente de Hoje, pág. 24. 
―O orador eficiente não é o que exibe qualidades de boa voz, facilidade de expressão e simpatia pessoal, 
apenas. O orador eficiente é o que tendo em vista determinado objetivo, seja informar, persuadir ou deleitar, 
plenamente o consegue pela influência que exerce no auditório.‖ 
 
II - DO APERFEIÇOAMENTO PESSOAL: 
―O homem é um ser que se aperfeiçoa. Pela instrução conhece a vida; pela educação adapta-se à vida; 
pela cultura, eleva-se na vida... E é a leitura, principalmente a leitura que oferece ao homem a preciosa 
oportunidade de se aprimorar: física, intelectual e moralmente.‖ — Oratória Sacra, pág. 24. 
 
QUALIDADES DE UM BOM PREGADOR 
1. CARÁTER 
2. SATISFAÇÃO 
3. CORAGEM 
 
Discurso - Conjunto de frases ordenada faladas em público. 
Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão. 
Oratória - Arte de falar ao público. 
Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia. 
Retórica - Conjunto de regras relativas a eloquência; arte de falar bem. 
Sermão - Discurso cristão falado no púlpito. 
 
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4. SAÚDE 
5. CONHECIMENTO DE: 
a) Jesus 
b) Bíblia 
c) Natureza Humana 
 
O QUE O PREGADOR NÃO DEVE FAZER 
1. Não deve colocar as mãos ou a mão nos bolsos das calças ou paletó. 
2. Não deve ficar o tempo todo com o dedo indicador em forma acusadora. 
3. Não deve dar socos na mesa. 
4. Não deve ficar abotoando e desabotoando o paletó. 
5. Não deve ficar arrumando a gravata. 
6. Não deve alisar os cabelos a todo instante. 
7. Não deve brincar nervosamente com a gola do paletó. 
8. Não deve ficar pondo e tirando o relógio. 
9. Não jogar a Bíblia sobre o púlpito depois de lida. 
 
A ESTRUTURA E DIVISÃO DO SERMÃO 
As três divisões de um sermão são: 
1. Introdução ou Exórdio 
2. Corpo ou Exposição 
3. Conclusão ou Epílogo 
 
I - A INTRODUÇÃO 
―Cícero definiu a introdução como sendo a oração que prepara o ânimo do ouvinte para bem receber o 
restante do discurso. É o cartão de visitas do orador. Apresenta-o ao público, dizendo da sua competência e 
pretensões.‖ — Oratória sacra, pág. 115. 
Na introdução o pregador prepara e desperta a mente dos ouvintes para o assunto a ser abordado e 
introduz o assunto. 
 
Tipos de Introdução: 
a) Direta 
b) Indireta 
c) Improviso 
 
Evitar na Introdução: 
a) Desculpas 
b) Sensacionalismo 
c) Excesso de Humor 
d) Excesso de Humildade 
e) Expressões Rotineiras 
 
TIPOS DE SERMÕES 
Os três tipos são: 
a) Sermão Temático 
b) Sermão Textual 
c) Sermão Expositivo 
 
a) Sermão Temático: 
1. É aquele cuja divisão das idéias é extraída do tema. Ou aquele cuja forma ou estrutura resulta das 
palavras ou idéias contidas no assunto. 
2. É o tipo de sermão mais usado por ser o de mais fácil divisão e mais fácil de ser preparado. 
3. É muito apropriado para a evangelização, o ensino das doutrinas, o estudo bíblico, discussão de temas 
éticos, etc. 
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4. A divisão está independente do texto. 
a) Uma vez usado o texto, não tem que usar-se mais. A não ser que contenha a idéia central. 
5. É o de mais lógica. O sermão temático é o que mais se presta à observação da ordem e harmonia das 
partes. 
6. É o mais apropriado para os que estão iniciando no púlpito. 
7. Escolhe-se o tema e busca-se em qualquer pane da Bíblia, textos que apoiem as idéias selecionadas. 
8. Exemplos de sermões temáticos: 
 Não podemos nos esconder de Deus: 
 a) Jó 34:21- Seus olhos estão sobre os caminhos dos homens. 
 b) l Samuel 16:7 - Deus olha o coração. 
 c) ll Crônicas 16;9 - Jeová contempla para fortalecer. 
 
As quatro ressurreições por Jesus: 
 a) Ressurreição logo após a morte - Marcos 5:21-23 e 35-43 
 b) Ressurreição após 24 horas - Lucas 7:11-17 
 c) Ressurreição após 4 dias - João 11;17; 38-45 
 d) Ressurreição após vários séculos - João 5:28-29; Apoc. 20: 6 
 
 Jesus chorou: 
 a) Por causa do homem - João 11:32.36 
 b) Por causa de uma cidade - Lucas 19:28; 41-44 
 c) Por causa do mundo - Mateus 26:36-38; Lucas 22:44 
 
b) Sermão Textual: 
1. É aquelecuja divisão(idéias principais)é tirada do texto bíblico. 
a) As idéias secundárias podem ser buscadas em outros textos bíblicos. 
2. Este gênero de trabalho para o púlpito faz fixar a atenção numa parte das Escrituras. 
3. É profundamente bíblico e ajuda a levar o ouvinte mais perto do coração da Bíblia. 
4. Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia. 
5. É muito apropriado para as pregações sistemáticas e consecutivas de livros da Bíblia e de textos 
isolados. 
6. Geralmente usa-se um ou dois versos. 
7. Exemplos de sermões textuais: 
 Seleção das idéias apenas: 
 O que Deus espera do cristão: Miquéias 6:8 
 a) Que pratique a justiça. 
 b) Que ame a beneficência. 
 c) Que ande humildemente com o Senhor. 
 
 Passos para Deus nos ouvir: II Crônicas 7:18 
 a) Conversão. 
 b) Buscá-lo. 
 c) Humildade. 
 d) Oração. 
 
 Segredo para vitória: Filipenses 3:13 e 14 
a) Uma coisa faço. 
b) Esqueço-me do que para trás fica. 
c) Prossigo para o alvo. 
d) Busco o prêmio em Jesus. 
 
 Reverência para com Deus: Apocalipse 14:7 
a) Temei a Deus. 
b) Dai-lhe glória. 
c) Adorai-o. 
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c. Sermão Expositivo 
1. ―É aquele que surge de uma passagem bíblica com mais de dois ou três 
versículos.Teoricamente este tipo de sermão difere do sermão textual, principalmente pela extensão da 
passagem bíblica em que se baseia; na prática ambos se sobrepõem (A Pregação de Sermões, pág. 70). 
2. É o que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um texto, frases 
ou palavra das Escrituras. 
3. A palavra chave é ―exposição‖, que dá uma idéia de ―explicar‖, ―por diante de‖. 
4. O pensamento bíblico ou do escritor bíblico que determina a essência da pregação expositiva. 
5. A pregação expositiva seria a forma mais autêntica da pregação e segue a prática dos grandes 
pregadores do passado, como: Santo Agostinho, Lutero, Calvino,etc. 
6. A mensagem expositiva faz mais das Escrituras, contribuindo para um maior conhecimento bíblico, 
criando maior interesse na Bíblia e não nos assuntos. Isto honra as Escrituras e alimente os ouvintes. 
7. ―Nos quatro Evangelhos quase todos os parágrafos contêm material para um sermão expositivo, que 
pode não ser difícil de preparar. Especialmente as parábolas se prestam a isso, pois todas elas evidenciam a 
imaginação inspirada operando como os fatos da vida.‖ — A Pregação de Sermões, pág. 74. 
8. Exemplos de sermões expositivos: 
 Apenas sugerimos as idéias que deverão ser desenvolvidas pelos alunos do curso. 
 A importância do cristão para o mundo: 
 a) Vós sois o sal da terra - v.13 
 b) Vós sois a luz do mundo – v. 14 
 c) Resplandeça a vossa luz- Em boas obras - v. 16 
 
 Atos gigantes em direção a Cristo: Marcos 10:46-52 
 a) Assentado junto do caminho (ato de humildade) - v.46 
 b) Começou a clamar (ato de coragem) - v. 47 
 c) Levantou-se (ato de fé) - v.50 
 d) Seguiu a Jesus (ato de perseverança) - v.52 
 
 Subamos a Betel: 
 a) Tirai os deuses estranhos do meio de vós - v.2 
 b) Purificai-vos - v.2 
 c) Mudai os vossos vestidos - v.2 
 d) E levantemo-nos - v.3 
 
 Quando um jovem vai à igreja: Isaias 6:1-8 
 a) Tem ampla visão de Deus - v. 1-14 
 b) Reconhece o seu pecado - v. 5 
 c) Sente necessidade de purificação - v.7 
 d) Alista-se para o serviço - v.8 
 
 
PREPARO E APRESENTAÇÃO DO SERMÃO 
1. SERMÃO só é sermão, quando sai do coração, vai para a mente do pregador e dela para a mente do 
ouvinte e depois para o seu coração. 
a) Sermão é o extravasar do coração. 
2. Não pregue sobre a volta de Cristo se você não está de todo coração querendo que Ele volte, 
3. Por isso, desde o preparo do sermão até a sua apresentação, temos de ter absoluta consciência da 
presença do Espírito Santo e de uma comunhão com Cristo. 
I. A escolha do assunto: 
1. Quatro fatores devem ser levados em consideração para a escolha do assunto: 
 a) O interesse de pregador pelo assunto; 
 b) A competência do pregador para desenvolvê-lo; 
 c) O interesse do auditório pelo assunto; 
 d) A oportunidade do fato (condição da época). 
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2. Verificar a freqüência com que o assunto tem sido pregado naquela congregação; ou que ângulos do 
assunto têm sido abordados. 
3. Buscar a aprovação de Deus para o assunto através da oração. 
4. Defina o tema ou assunto. 
 
O PREPARO DO SERMÃO 
1. Ore e medite para que haja desenvoltura na pregação do sermão. 
2. A primeira preocupação na estrutura do sermão é em preparar o corpo, depois a conclusão e por 
último a introdução. 
3. Defina a idéia central do sermão. 
4. Depois de definida a idéia central, responda para você mesmo as seguintes perguntas: 
 a) O que o autor quer dizer com este texto? 
 b) Que aplicação o autor queria dar ao povo dos seus dias? 
 c) Que aplicação tem o texto para a minha vida? 
 d) Que aplicação tem o texto para a congregação onde vou pregá-lo? 
5. Estabelecer as divisões principais do sermão, que chamamos de ―o esqueleto do sermão.‖ 
6. Fazer um rascunho. 
7. Descobrir um grupo de pensamentos que sejam úteis no desenvolvimento do tema. 
8. Acrescente as idéias complementares que serão ―a carne no esqueleto‖, e que servirão de apoio as 
idéias principais. Faça uso de uma chave bíblica para facilitar a desenvoltura do corpo. 
9. Veja algumas ilustrações que contribuam para a beleza do conteúdo. 
a) Um sermão sem ilustrações é como um edifício sem janelas. 
b) Deve-se evitar ilustrações longas, sarcásticas, histórias que ridicularizam ou piadas. 
―Os pregadores não se devem habituar a relatar anedotas importunas em conexão com seus sermões, 
pois isso redunda em detrimento da força da verdade presente.A verdade deve ser revestida de linguagem 
casta e digna e as ilustrações empregadas precisam ser do mesmo caráter.‖ — Obreiros Evangélicos, pág. 
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―...De seus lábios não sairá palavra alguma leviana, frívola, pois não é ele embaixador de Cristo, 
podador de uma mensagem divina para as almas que perecem? Toda pilhéria e gracejo, toda leviandade e 
frivolidade é dolorosa para o discípulo que carrega a cruz de Cristo. Atendei à ordem: ―Sede santos como Eu 
também Sou santo.‖ — Evangelismo, págs. 206, 207. 
 
1. As ilustrações explicam e iluminam: 
2. Despertam e aumentam o interesse. 
3. Ajudam a relembrar a pane prática do sermão. 
4. Fortalecem a idéia central do sermão. 
5. Provêm descanso mental. 
6. Deleitam. 
7. Comovem os sentimentos. 
 
 
A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO 
 
O PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO 
a) Suba à plataforma bem preparado, mas dependente do Espírito Santo. 
b) Comece com calma. 
c) Prossiga de modo modesto. 
d) Não trema. 
e) Fale com clareza, sem declamar. 
f) Empregue frases curtas e bem claras. 
g) Evite monotonia. 
h) Seja sempre senhor da situação. 
i) Não empregue sarcasmos, expressões maliciosas, nem provoque risos, pois o pregador é 
representante de Deus e não de um circo. 
j) Não ataque hostilmente. 
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k) Ande na plataforma com a devida dignidade. 
l) Não ilustre com narrações longas. 
m) Não se elogie a si mesmo. 
n) Não se afaste do texto ou do tema. 
o) Não canse os ouvintes com discursos extensos. 
p) Procure suscitar interesse. 
q) Fale com autoridade, mas não em tom de mando. 
r) Fixe oolhar nos ouvintes. 
s) Não crave os olhos nem no chão, nem no teto, nem tampouco em algum ouvinte particular. 
t) Quando for citar um texto bíblico, cite primeiro o livro, depois o capítulo e por último o verso. 
u) Exalte a Cristo. 
 
―As pessoas não vêm à igreja para ouvir um sermão. Vêm à igreja esperando que o sermão chegue ao 
coração, satisfaça as suas necessidades e modifique a sua vida. As pessoas querem ser mudadas. Estão 
cansadas, tão cansadas da vida de fracassos que vivem. Não querem somente pregação, mas ajuda e se 
alguém pode dar-lhes esta ajuda o povo vem‖. — Para Você Que Quer Ser Líder, pág. 206 
―Não se trata de alguém que ―toma a hora‖ ou ―ocupa o púlpito‖. Isto não é o que o povo quer. 
Necessitam de ajuda para viver vitoriosamente. 
Necessitam de ajuda para a difícil viagem da vida. Necessitam de reprovação, encorajamento, 
advertência e amor. Necessitam disto urgentemente, porque a hora é avançada e suas necessidades são 
grandes.‖. 
―O pregador que o povo mais ama é aquele que lhes dá ajuda para sua vida diária.‖ — Idem, pág. 207. 
 
 
 
Capitulo II 
COMO PREPARAR SERMÕES BÍBLICOS 
Jones Ross 
 
 
I. O QUE VOCÊ PRECISA SABER 
1. Sobre o Preparo do Sermão: 
1.1.É indispensável possuir os seguintes materiais: uma Bíblia, uma Concordância (Chave Bíblica) e um 
Dicionário Bíblico. 
1.2. O estudo principal deve ser feito na Bíblia, mas há um importante material de apoio nos 
livros do Espírito de Profecia e Comentários Bíblicos em geral. 
1.3.O ideal é montar seu próprio esboço evitando mensagens prontas; é mais difícil, mas é a mensagem 
de maior poder. 
1.4. O sermão deve ser simples e claro para que todos compreendam a mensagem de Deus. 
 
2. Sobre o Preparo Pessoal: 
2.1. O fator mais importante no preparo do sertão é o preparo do pregador. 
2.2. Conhecimento, técnicas ou talentos naturais não podem substituir um coração fervoroso, 
humilde, consagrado e entregue à direção de Cristo. 
2.3. Só quem está em comunhão com Deus pode influenciar e inspirar os ouvintes e levá-los ao 
crescimento espiritual. 
2.4. O Pregador deve ser uma pessoa de oração. O sermão deve ser resultado da influência de 
Deus na mente do pregador em resposta às suas orações. 
2.5. Deve ser um habitual estudante da Bíblia e não apenas usá-la para preparar o sermão. 
 
3. Sobre os Ouvintes: 
3.1. A mensagem deve suprir a necessidade pessoal do ouvinte. 
3.2. As pessoas esperam que a mensagem traga solução para seus problemas. 
3.3. Todos tem dificuldades, a mensagem deve trazer alento e sugerir soluções. Eis alguns dos 
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problemas que as pessoas enfrentam: 
a. Solidão. 
b. Sentimento de Culpa. 
c. Dificuldades Financeiras. 
d. Medo do Futuro. 
e. Problemas Familiares . 
 
II. A ESTRUTURA DO SERMÃO 
1. Introdução 
Seu objetivo é despertar o interesse no assunto do sermão e esclarecer o propósito da mensagem. 
2. Desenvolvimento do Assunto (Divisões do Tema) 
São as seções principais do sermão. É a distribuição ordenada do assunto. 
As divisões: 
2.1. Tomam as idéias claras. 
2.2. Promovem a unidade do assunto. 
2.3. Enfatizam os ponto principais. 
3. Aplicação 
É um dos elementos mais importantes do sermão, é a apresentação prática da mensagem e a explanação 
de como torná-la parte do modo de vida pessoal. 
4. Conclusão (Apelo) 
É o momento de falar ao coração, solicitando que o ouvinte aceite a mensagem e decida colocar sua 
vida em conformidade com a mesma. 
4.1. Partes da Conclusão: 
a. Recapitulação - Ressalta as idéias principais. 
b. Ilustração - Alcança o coração do ouvinte. 
c. Apelo - Convite para mudar. 
d. Motivação - É o―como‖ obter a mudança que o apelo sugere. 
 
5. O que é ? 
5.1. Título do sermão - É a expressão do assunto que será pregado. 
5.2. Propósito do Sermão - É a frase que resume toda a idéia que o sermão vai apresentar. 
5.3. Ilustração - É um recurso que toma a mensagem mais clara e o ouvinte mais suscetível ao 
sermão. Ela está para o sermão assim como a janela está para casa. 
A janela permite a entrada de luz, a ilustração possibilita o esclarecimento da mensagem. 
Ilustrar significa ―lançar luz‖. 
 
III. PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO 
 
1 . Temático 
É aquele que apresenta um assunto, doutrina ou verdade Bíblica independente dos textos usados.Seu 
conteúdo é totalmente bíblico um assunto Bíblico apoiado por várias passagens da Bíblia. 
 
 Exemplo de Sermão Temático: 
Causas das Orações não Respondidas 
 I. Pedir Mal - Tiago4:3. 
 II. Pecado no Coração - Salmo 66:18. 
III. Duvidar da Palavra de Deus - Tiago 1:6, 7. 
 IV. Vãs Repetições - Mateus 6:7. 
 V. Desobediência - Provérbios 28:9. 
 
2. Textual 
É aquele que apresenta um texto ou pequena porção da Bíblia. Cada frase oferece um argumento que 
aponta para o assunto principal do texto. 
 
 Exemplo de Sermão Textual: 
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Dando Prioridade às Coisas Importantes 
Texto: Esdras 7:10. 
Assunto: O propósito do coração de um homem de Deus. 
 
l. Disposição de Conhecer a Palavra de Deus. 
“Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor”. 
1. Numa corte pagã. 
2. De maneira completa, 
 
II. Disposição de Obedecer a Palavra de Deus. 
“e para a cumprir”. 
1. Prestar obediência imediata. 
2. Prestar obediência completa. 
3. Prestar obediência contínua. 
 
III. Disposição para Ensinar a Palavra de Deus. 
“e para ensinar em Israel os Seus estatutos e os seus juízos”. 
1. Com Clareza. 
2. Ao Povo de Deus. 
 
Observação - As subdivisões foram extraídas do contexto do livro de Esdras e de passagens que ele 
conhecia como escriba: Esdras 7:6,11,12,14,21 e 25; Esdras cap. 9 e 10; Josué 1:8; Provérbios 8:34,35; 
Jeremias 29:13 e Neemias 8:5-12. 
 
3. Expositivo 
É aquele que apresenta o assunto de uma porção maior da Bíblia. A maior parte do conteúdo provém 
diretamente da passagem. O esboço consiste em uma série de idéias que giram em tomo do assunto principal. 
 
 Exemplo de Sermão Expositivo: 
A Luta da Fé e a Condição para a Vitória 
Texto: Efésios 6: 10-18. 
Assunto: Aspectos relacionados com a batalha espiritual do cristão. 
 
l. A Moral do Cristão. v 10 -14a. 
1. Deve ser elevada. v 10. 
2. Deve ser time. v 11-14a. 
ll. A Armadura do Cristão. v 14-17 
1. Armas de defesa. v 14-17a. 
2. Armas de ataque. v 17b. 
lll. A Vida de oração do Cristão. v 18. 
1. Deve ser persistente. v 18. 
2. Deve ser intercessora. v 18b. 
 
IV. PREPARANDO O ESBOÇO 
 
1. Escolher a Passagem Bíblica. 
Ao escolher a passagem tenha em mente as necessidades espirituais e temporais da congregação, 
dificuldades, tensões ou ocasiões especiais. 
O texto deve ser apropriado para a ocasião e precisa-se confiar na direção do Espírito Santo. 
2. Estudar o Assunto. 
Pesquisar a passagem para não aplica-la fora do contexto. 
3. Descobrir o Ponto Principal da Mensagem. 
Descobrir o princípio bíblico da mensagem que se aplique a todas as épocas e a todas as pessoas. 
Estabelecer o relacionamento da mensagem com a vida dos ouvintes. 
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4. Construir do Esboço. 
Depois do estudo do assunto, estabelecer as divisões do tema de forma progressiva, do mais simples 
para o mais amplo esclarecimento da verdade bíblica. 
5. Preencher o Esboço. 
Acrescentarsubdivisões para que o assunto seja bem esclarecido. Onde for próprio ilustrar o assunto, 
usar a ilustração de forma apropriada para ajudar no esclarecimento do tema. 
 6. Preparar a Conclusão, Introdução e Título. 
Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros na mente, preparar a conclusão. A conclusão não 
deve ser longa, pois a atenção da maioria dos ouvintes é limitada. 
A introdução e o título são feitos por último. Depois de tudo pronto a visão do assunto é mais clara e é 
mais fácil preparar estas partes que despertam o interesse no sermão. 
 
V. CUIDADOS A TOMAR 
1. Não Usar Títulos Impróprios. 
O título deve estar de acordo com a dignidade do púlpito, não deve ser sensacionalista ou extravagante. 
2. Não Usar Textos fora do Contexto. 
Não fazer uma aplicação indevida do texto bíblico, dizendo o que a Bíblia não diz. 
3. Não Preparar Sermões Longos. 
4. Não Fugir do Assunto. 
5. Não Usar Passagens Bíblicas em Excesso. 
6. Não Usar Temos Impróprios para o Púlpito. 
O púlpito não é um lugar para contar anedotas. 
 
 
Capítulo III 
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA MELHORAR SUA PREGAÇÃO 
Alejandro Bullón 
 
Esta parte do módulo será apresentada em forma de avaliação. Coloque sua opinião e depois 
analisaremos a opção correta. 
 
1. Para que seu sermão seja compreendido em público, em primeiro lugar: 
[ ] A mensagem deve estar clara para você. 
[ ] O sermão deve estar bem esboçado. 
[ ] O sermão deve ter boas ilustrações. 
2. O que o povo pensa quando você está pregando? 
[ ] O que mais gosto neste pregador? 
[ ] O que há nesta mensagem para mim? 
[ ] Preciso aprender alguma coisa deste sermão? 
3. Qual deve ser seu primeiro objetivo ao pregar? 
[ ] Convencer e persuadir as pessoas. 
[ ] Provar que a mensagem está baseada na Bíblia. 
[ ] Ser Compreendido. 
4. O que motiva as pessoas ao ouvirem o sermão? 
[ ] Você as convenceu com seus argumentos. 
[ ] Elas serem beneficiadas. 
[ ] O fato de ouvirem um pregador eloqüente. 
5. A Diferença entre o discurso e o sermão é: 
[ ] O Discurso é a exposição de um tema, enquanto o sermão persuade e leva pessoas à ação. 
[ ] O discurso é mais didático, o sermão é espiritual. 
[ ] O sermão usa ilustrações, o discurso não. 
6. Quando você cresce como pregador? 
[ ] Quando grava o sermão em vídeo para assisti-lo. 
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[ ] Quando observa a reação do povo ao pregar. 
[ ] Quando grava o sermão para observar o tom de voz que usou para apresentar o tema. 
7. Como pregar com esboço? 
[ ] Usar só palavras chaves que destaquem os pontos principais. 
[ ] Escrever todo o sermão e sublinhar as bases chaves. 
[ ] Digitar o esboço no computador e ter uma cópia impressa para facilitar a leitura. 
8. Como envolver o auditório? 
[ ] Fazer muitas perguntas. 
[ ] Usar ilustrações visuais envolvendo o público. (Segurando faixas, cartazes, etc.) 
[ ] Usar palavras que tornem a mensagem pessoal. (Técnica você e Eu―) 
9. As melhores ilustrações são adquiridas: 
[ ] Nos livros. 
[ ] Na observação da vida das pessoas e das circunstâncias. 
[ ] Nos jornais, revistas e noticiários. 
10. A Música é importante para: 
[ ] Que o público tenha a oportunidade de ouvir um canto sacro. 
[ ] Reforçar a mensagem do sermão. 
[ ] Alcançar partes do coração onde a palavra falada não consegue atingir. 
11. O apelo eficaz é o que apela: 
[ ] Só para a razão. 
[ ] Só para a emoção. 
[ ] Para ambas. 
DICAS 
1. Movimento das mãos 
1.1 Abertas: Convite. 
1.2 Fechadas: Poder. 
1.3. Indicador em riste: Toque ao coração, endereçar. 
2. Naturalidade 
O público o aceitará mais se for natural, desta forma você passará credibilidade às pessoas. 
3. Avaliação 
Peça para sua esposa criticar sua pregação. 
4. Estilo 
Use seu próprio estilo, não tente imitar alguém. 
5. Preparo 
Pregar sem esboço não significa pregar sem estudo e preparo. 
6. Diversas informações importantes 
6.1.Leve a pessoa a comprometer-se com o tema. 
6.2.Observe o brilho dos olhos. 
6.3.Se uma criança de 6 a 9 anos entender o sermão, todos entenderão. 
6.4.Nenhum sermão deve ser terminado sem um apelo. 
 
 
 
Capítulo IV 
COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR VIDAS 
 
O sermão não deve ser pregado apenas para informar, mas também para mudar. Mudança é o inicio do 
crescimento em todos os níveis.Tiago, inspirado pelo poder do Espírito Santo, escreveu: ―E lembrem-se: esta 
mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir.‖Tiago 1:22.BV. O pregador tem de ter em mente que 
seu sermão deve levar os seus ouvintes a mudarem de atitudes, precisam obedecer não somente ouvir a 
Palavra do Senhor. 
Salomão também tinha isto em mente quando escreveu: ―As palavras do homem sábio nos forçam a 
tomar uma atitude. Elas explicam claramente verdades muito importantes. Os Alunos que aprendem bem o 
que os professores ensinam serão sábios.‖ EM. 12:11 BV. Tomar atitude de mudar, de permitir ser 
transformado pelo poder da Palavra de Deus. 
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DUAS PERGUNTAS QUANTO AO 
CONTEÚDO DO SERMÃO 
 
1. A quem vamos estar pregando? 
Há muita sabedoria no que o Apóstolo Paulo diz:―Quando estou com aqueles cuja consciência 
facilmente os inquieta,não ajo como se eu soubesse tudo e não digo que eles são tolos; o resultado é que 
assim eles estão dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o tipo de pessoa, eu procuro achar 
um terreno comum com ela, para que me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isto 
para levar o Evangelho a eles e também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir a Cristo‖. I Cr. 
9:22-23. BV. 
Precisamos perguntar antes de preparar o sermão:Quais são as necessidades de meu auditório? Quais 
suas preocupações? Quais são suas feridas emocionais? Então procurar apresentar a Cristo como solução 
para suas necessidades. Paulo orienta: ―... Digam só o que é bom e útil àqueles com quem vocês estiverem 
falando, e o que resulte em bênçãos para eles.‖ Ef. 4:29. BV. 
Na base de nosso cérebro há uma glândula denominada de RAS (Sistema Ativante Reticular), que faz 
com que focalizemos uma coisa por vez. Ou seja, prestamos atenção em uma coisa por vez. Quando 
pregamos, é bom entendermos que as pessoas que estão nos ouvindo, prestam atenção em um assunto por 
vez. Então, se falamos aquilo que as interessam faz com que focalizem sua atenção para o assunto e o 
entenda; pois sabem que iremos falar aquilo que preencherá suas necessidades. 
Os cientistas dizem que a pessoa focaliza três coisas: 
1. Coisas que possuam valor - Aquilo que é de valor para ela. 
2. Coisas fora do comum - Aquilo que é extraordinário, espetacular. 
3. Coisas que ameaçam - Aquilo que ameaça sua vida. 
O sermão tem de iniciar onde o povo está, para levá-lo onde deveriam estar. Deus sabe as necessidades 
do povo e Ele dará ao pregador a mensagem para suprir as necessidades do povo. A necessidade do povo é 
freqüentemente a chave, para o que Deus quer que falemos. 
 
2. O que a Bíblia diz sobre suas necessidades? 
Jesus, estando em uma sinagoga em Nazaré, deixou claro a missão do Messias ao ler estas palavras: ―O 
Espírito do Senhor está sobre Mim; Ele Me nomeou para pregar a Boa Nova aos pobres; mandou-me 
anunciar que os presos serão libertados e os cegos verão; que os oprimidos serão libertados de seus 
opressores, e que Deus está pronto a abençoar todos aqueles que vêm a Ele.‖ Luc. 4:18-19 BV. Não seria 
também nossa missão? Não somos embaixadores de Cristo para pregarmos Sua mensagem ao povo? Quetipo de necessidades Jesus quer atender através de nossa voz? Que necessidades nossos sermões têm 
suprido? 
Paulo ao escrever ao ministro da Palavra, Timóteo, diz: ―A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração 
de Deus,e é útil para ensinar o que é verdadeiro,e nos fazer compreender o que está errado em nossas 
vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto.‖ II Tm. 3:16 BV. 
Se aproveitássemos mais as riquezas contidas na Palavra de Deus para instruirmos e mostramos ao povo 
o caminho a seguir, teríamos mais sucesso em ver pessoas rendidas aos pés de Jesus e serem transformadas 
pelo poder da Palavra. ―A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos 
corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção 
particularmente para esses princípios‖. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, Vol. III, pág. 31. 
O propósito da vida é transformar o caráter, não ensinar doutrinas. É urgente a necessidade de 
pregarmos de forma que coloquemos diante do povo, o que a Palavra de Deus diz a respeito de seus 
problemas. Como ele pode encontrar em Deus e na Sua Palavra, conforto, esperança, luz e soluções para suas 
apreensões e insegurança. Como pregadores, ensinamos as pessoas que elas precisam melhorar seu 
relacionamento com Deus. Que precisam confiar nEle. Mas o grande dilema é: como? Esta é a pergunta que 
vai na mente de nossos ouvintes. Como posso ser melhor? Como posso encontrar soluções para meus 
problemas? Como ser fiel a Deus? Como conduzir minha família nos caminhos do Senhor? Sim, ser bom 
cristão, mas como? Precisamos responder estas perguntas com o ―Assim diz o Senhor‖. 
 
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CINCO PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO 
I - Qual a maneira mais prática de apresenta-lo? 
Se o alvo da pregação é transformar vidas, a primeira preocupação do pregador deve ser com a 
aplicação. 
a) Um sermão sem aplicação, é um aborto. Paulo ao escrever à Tito, diz: ―Mas quanto a você, defenda a 
vida decente que acompanha (ensina viver) o verdadeiro cristianismo‖. Tito 2:1, BV. 
A Bíblia é um conjunto de aplicações para a vida. O livro de Tiago é 100% aplicação. Romanos 50% é 
aplicação. Efésios também contém 50% de seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação prática. O que 
dizer do sermão da montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária do cristão? E a sua conclusão apela 
para que o homem sábio construa sua casa sobre a rocha e não sobre a areia. 
a) Como tomar o sermão prático? 
1. Sempre tenha como alvo uma ação específica. Nada se torna dinâmico antes que se torne específico. 
O que queremos que a congregação se torne? 
2. Sempre dizer-lhes por quê? Explicar-lhes porque precisam fazer mudança. Quais os benefícios para 
eles, para suas famílias, para a igreja, para a sociedade, em fazer a mudança. As pessoas secularizadas 
querem saber como que a mensagem poderá ajudá-las a mudar a vida para melhor. 
3. Mostre para eles, como? Sim, ser um bom cristão, mas como? Como eles devem fazer para colocar 
em prática aqueles conceitos que estão ouvindo? Não podemos dar só o diagnóstico, mas temos que ministrar 
o medicamento. 
 
II - Qual a maneira mais positiva de apresentá-lo? 
O sábio Salomão inspirado pelo Senhor, diz: ―O homem sábio se toma famoso pelo seu bom senso; um 
professor que fala com delicadeza e interesse ensina muito melhor que qualquer outro,‖ Pv.16:21 BV. 
Devemos pregar de modo agradável e não com raiva. O sermão não pode dar a idéia de negativismo. 
Devemos dar uma mensagem positiva, que possa ajudar o membro a adorar. Não condenar mas mostrar o 
caminho da salvação. 
Devemos fazer duas perguntas ao prepararmos um sermão: 
1. É esta mensagem Boas Novas? 
2. O título do meu sermão sugere Boas Novas? 
Efésios 4:19, diz: ―....transmita graça aos que ouvem‖. Ao pregarmos sobre o 7° mandamento, a ênfase 
deve ser a fidelidade conjugal e não o adultério.A bênção da fidelidade para o lar, etc. 
 
II - Qual a maneira mais encorajadora de apresentá-lo? 
Vejamos o que a Palavra do Senhor nos diz: ―Um coração ansioso deixa o homem frustrado e derrotado 
mas uma palavra amiga de ânimo e simpatia renova as forças. ”Prov. 12:25 BV. ―Estas coisas que foram 
registradas nas Escrituras há tanto tempo servem para nos ensinar a paciência e para nos animar, a fim de que 
aguardemos esperançosamente o tempo em que Deus vencerá o pecado e a morte.‖ Rom. 15:4 BV. 
As pessoas que vão a igreja têm três necessidades básicas: 
1. Renovar a fé. 
2. Renovar a esperança. 
3. Restaurar o amor. 
Se queremos transformar a vida de pessoas que estão com problemas, precisamos dizer como podem 
fazer isto. Mostrar o lado positivo. Dar ânimo e esperança para seus problemas. As pessoas precisam saber 
que Jesus pode ajudá-las; que não estão longe demais que Deus não as possa alcançar. 
―Há mais pessoas do que pensamos ansiando por encontrar o carinho para Cristo. Os que pregam a 
derradeira mensagem de misericórdia, devem ter em mente que Cristo tem de ser exaltado como refúgio do 
pecador‖. Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pág. 158. 
As pessoas vivem na expectativa de auto realização (efeito Rozental). Nossa função como pregadores é 
cumprir as orientações contidas na Palavra do Senhor: ―Entretanto, aquele que profetiza, pregando as 
mensagens de Deus, está ajudando os outros a crescer no Senhor, animando-os e confortando-os‖. I Cr. 14:3 
BV. 
 
IV - Qual a maneira mais simples de apresentá-lo? 
O Apóstolo Paulo sabia o que era pregar com simplicidade, ele escreveu:―Queridos irmãos, mesmo 
quando estive com vocês pela primeira vez, não usei palavras empoladas nem idéias pomposas para lhes 
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apresentar a mensagem de Deus. Decidi-me a falar só de Jesus Cristo e de Sua morte na cruz. Fui até a vocês 
em fraqueza - temeroso e trêmulo,e a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória e 
sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo estava em minhas palavras, provando a todos 
quantos as ouviram que a mensagem vinha de Deus. Fiz isso, porque desejava que vocês tivessem uma fé 
firmemente baseada em Deus, e não em grandes idéias de algum homem‖. l Cr. 2:1-5 BV. O mesmo Paulo ao 
escrever à Tito, diz: ―Sua linguagem deve ser tão sensata e equilibrada que alguém que quiser questionar, 
sinta vergonha de si mesmo, porque não haverá nada a censurar em tudo o que você diz‖. Tito 2:8 BV. 
Como tomar o sermão simples? Temos algumas formas de tomar nossos sermões simples, de tal forma 
que as pessoas possam entendê-lo sem perder o conteúdo. 
1. Condensar a mensagem em uma única sentença. 
2. Evite os termos teológicos. Ex: soteriologia, hamartiologia, natureza teantrópica etc. 
3. Conserve simples o esboço. 
4. Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão. 
Aqui está a chave para pregar de forma que se transforme vidas. O que mais uma pessoa se lembra de 
um sermão, são suas principais divisões. Torne-as passos para a ação. 
 
Como se faz isto? 
Inclua um verbo nas divisões. Procure mostrar o que as pessoas devem fazer para melhorar ou mudar de 
vida. 
Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18. 
Idéia Textual: Sabedoria. 
Idéia do Sermão: Relacionando-se sabiamente com os outros. 
Interrogativa: Como relacionar-se sabiamente com os outros? 
Idéia Central: O cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os outros seguindo os passos da 
sabedoria. 
I - Se eu sou sábio- não comprometo minha integridade. v 17. 
II - Seeu sou sábio - sou pacificador, não vou provocar sua ira. v 17. 
III - Se eu sou sábio - não serei indulgente, não vou minimizar seus sentimentos. v 17. 
IV - Se eu sou sábio- eu não vou criticar suas sugestões. v 17. 
V - Se eu sou sábio - eu não darei ênfase ao seus erros. v 17. 
VI - Se eu sou sábio - eu não vou encobrir minhas fraquezas. v 17. 
VIl - Seu eu sou sábio - em Jesus encontro toda fonte de sabedoria. Col.2:3 
 
Outro exemplo: 
Texto: Mt 4 :1.1 1. 
Idéia Textual: Tentação. 
Idéia do Sermão: A tentação para pecar é nossa sorte comum. 
Sentença: A tentação, que se resiste vitoriosamente, pode ser um meio para bênção espiritual. 
Tese: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação. 
Interrogativa : Como pode-se resistir a tentação? 
Transição: À semelhança de Cristo, devemos preencher certas condições. (palavra chave: 
“Condições”) 
I - Temos que conhecer a Palavra de Deus. (―Está Escrito‖) 
II - Temos que crer na Palavra de Deus. ( ―Está Escrito‖) 
III - Temos de obedecer a Palavra de Deus. ( ―Está Escrito‖) 
Conclusão: Se nós, como Cristo no deserto, conhecermos.., crermos... obedecermos..., também nos 
ergueremos em triunfo. 
 
V - Qual a maneira mais pessoal de apresentá-lo? 
As idéias precisam ser pessoais para que se tornem em ação. É muito importante sabermos como 
transmiti uma mensagem na qual estamos comprometidos com nossos ouvintes. 
 
Temos três classes de pregadores: 
1. Pregadores que manipulam por meio de monólogo. 
2. Pregadores que transmitem informações. 
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3. Pregadores que comunicam relacionamento. 
 
Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz deve ser a voz de Deus comunicando o 
relacionamento que Deus deseja ter com o pecador, Somos portadores de Boas Novas de salvação, e as 
pessoas esperam ver qual o caminho pelo qual se salvar. Ao transmitirmos a mensagem de Deus, não 
podemos deixar dúvidas na mente de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que alguém poderá 
estar ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos amar os ouvintes. 
 
 
Capítulo V 
COMO PREPARAR BONS SERMÕES 
 
1. Junte dados. A fonte de pesquisa é a Bíblia. Mas é necessário uma Bíblia com referências e notas 
marginais. Ter uma boa concordância, Dicionário da Bíblia, Atlas bíblico e Comentário. Anote tudo o que 
encontrar sobre o assunto que está sendo pesquisado. 
2. Faça uma breve, mas inteligente análise do texto. Isto dará segurança ao pregador ao transmitir sua 
mensagem. 
3.Faça um esboço procurando responder as seguintes perguntas: 
Que lições estão contidas no texto? Qual a palavra chave? Sobre o que o autor está falando? Qual era o 
contexto histórico? Em que este sermão ajudará meus membros? 
4. Ore pedindo ao Espírito Santo iluminação para entender a passagem escolhida e que a mensagem 
possa ser transmitida de tal forma, que as necessidades dos ouvintes sejam atendidas. 
―Um sermão sem propósito e progressão reconhecível pode levar à confusão, e não à convicção e 
decisão‖. Charles W. Koller, Pregação Expositiva Sem Anotações, pág.71. 
Um sermão para que possa ser entendido deve ter bem definido os seguintes passos: 
1. Título ou Tema. 
a) Este Título ou Tema deve ser breve. A brevidade tem a capacidade de prender a atenção. 
b) Deve ser atraente. O título de um livro quando é sugestivo, atrai o leitor levando-o a comprá-lo e se 
interessar de lê-lo. 
c) Deve estar em harmonia com todo o sermão. 
d) Deve ser reverente e sacro. 
e) Deve estar relacionado com as necessidades da congregação. 
 
2. A introdução. 
a) Deve preparar a congregação para ouvir a Palavra do Senhor e deixar claro a importância desta 
mensagem. Se quiser-mos atenção durante todo o sermão, precisamos criar interesse já na introdução. 
b) Deve se deixar claro a idéia central do sermão. Qual o objetivo do sermão? 
3. O Pontos Principais ou Corpo do Sermão (em algarismos romanos). 
a) Deve ser em forma de uma sentença. 
b) Deve ser tirado da idéia central do sermão. 
c) Deve ter uma seqüência lógica. 
d) Deve ter um crescimento de idéias para chegar a um final glorioso. 
e) Deve ter como base e ser fortalecidos pela Palavra de Deus. 
4. Subdvisões. (em algarismos arábicos). 
5. Ilustrações. 
As ilustrações são consideradas as janelas do sermão. Mas cuidado para que seus ouvintes não saiam 
por estas janelas e não voltem mais. Cuidados que devemos ter com as ilustrações: 
a) As ilustrações devem estar de acordo com o assunto do sermão. 
b) Devem ser verídicas. 
c) Que sejam razoáveis. 
d) De bom gosto. 
6. Conclusão. 
A conclusão deve responder a pergunta da congregação: Que faremos? Esta pergunta deve ser 
provocada pelo sermão. Os nossos ouvintes precisam saber como mudar de vida. E agora perguntam: Sim, 
mas como? Que faremos para colocar estes conceitos bíblicos em prática? 
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A conclusão deve refletir a nossa proposta para o sermão. Devemos levar a mente de nossos ouvintes 
para o objetivo, o alvo proposto durante o sermão. A conclusão precisa levar as pessoas a um compromisso 
de mudança de atitude, de comportamento, de vida. 
 
ESBOÇOS PARA IDÉIAS DE SERMÕES 
Estes esboços são apenas esqueletos que precisarão ser completados, enxertados com conteúdo e isto 
deixaremos que cada um faça conforme sua criatividade e entendimento do texto. 
 
Esboço I 
Texto: I Cr. 10:13 
Idéia do Sermão: Deus é Fiel Quando Você é Tentado 
Pergunta: Como Deus é fiel quando você é tentado? 
Divisões: 
I - Deus é fiel tomando a tentação previsível. 
II - Deus é fiel em manter a tentação dentro de limites. 
III - Deus é fiel em prover uma maneira para sairmos da tentação. 
 
Esboço II 
Texto: Lc 1 8:1.8 
Idéia do Sermão: O Poder da Oração 
Divisões: 
I . A oração poderosa é perseverante (v 3-5) 
II - A oração poderosa é pública (v 3-6) 
III A oração poderosa é oportuna (v 3) 
IV - A oração poderosa é comovente (v 3-7) 
V - A oração poderosa é persistente (v 5.8) 
 
Esboço III 
Texto: I Jo 4:1 1 
Idéia do Sermão: A Verdade Sobre o Amor 
Divisões: 
I - Fonte do Amor 
II - Manifestação do Amor 
III - Reprodução do Amor 
VI - Aperfeiçoamento do Amor 
 
Esboço IV 
Texto: 1Co 13 
Idéia do Sermão: A Excelência do Amor 
Divisões: 
I - O Amor Toma os Dons da Vida Úteis 
II - O Amor Toma as Relações da Vida Bela 
III - O Amor Toma as Contribuições da Vida Eterna 
 
Esboço V 
Texto: Col 1 :9-13 
Idéia do Sermão: Crescimento na Graça 
Divisões: 
I - Conhecendo a Vontade de Deus 
II - Na Obediência aos Seus Mandamentos 
lll - Alegria de Sua Presença 
lV - Submissão a Sua Dispensação 
V - Gratidão por Suas Misericórdias 
 
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CONCLUSÃO 
Como pregadores, somos os porta-vozes de Deus diante dos homens. E como tais, devemos ter a 
preocupação de representar a Voz Original, ou seja, a Voz de Deus. Devemos pregar apenas aquilo que o 
Senhor disse. Nossa pregação não pode possuir aquilo que o Senhor não disse. 
Fomos chamados como pregadores, para ajudarmos as pessoas a mudarem de vida. Era isto que Jesus 
procurava fazer. Via em cada pessoa um potencial, alguém que poderia ser uma bênção. As palavras de Jesus 
davam alento às pessoas, mostrando-lhes que Deus as amava. 
Ao nos preocuparmos em preparar e pregarsermões capazes de transformar vidas, passaremos a amar 
as pessoas e nos identificar com seus problemas. Este tipo de mensagem só pode sair de uma mente em 
comunhão constante com Deus e Sua Palavra. Se quisermos ajudar as pessoas a mudarem de vida, primeiro 
teremos que ir à Fonte das soluções dos problemas da vida - Jesus Cristo. A Sua Palavra é vida. Nela 
encontramos o lenitivo para as almas que clamam por um Deus real e que atende suas necessidades. 
Que sejamos homens de oração em busca de poder, homens da Palavra, para podermos representar bem 
a Deus e seu caráter diante de nossos ouvintes. 
 
Capítulo VI 
A METODOLOGIA NA PREGAÇÃO 
Bryan Aalborg 
 
"Jesus, aproximando-Se, falhou-lhes, dizendo: Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, 
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; 
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à 
consumação do século." (Mat. 28:18-20). 
Embora a grande comissão evangélica enunciada por Cristo, no texto acima, não identifique como o 
evangelho deveria ser pregado, ela estabelece muito claramente o objetivo último do ministério cristão: fazer 
discípulos através da efetiva proclamação da mensagem de Cristo. Assim, toda pregação deve apontar para a 
conquista do objetivo de fazer discípulos cristãos. 
A pregação evangelística é a porta de entrada para essa qualidade de discipulado. A pregação pastoral 
busca amadurecer os ouvintes na "justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente 
habilitado para toda boa obra" (II Tim. 3:16 e 17). Nos dois casos, a pregação deve convidar os ouvintes a 
experimentar vida em toda a sua plenitude: "O ladrão vem somente para roubar, matar, e destruir; Eu vim 
para que tenham vida e a tenham em abundância." (João 10:10); "Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao 
povo todas as palavras desta Vida." (Atos 5:20). 
Indubitavelmente, esse deve ser o desejo e objetivo de todo pregador cristão autêntico. Mas somente 
desejar não alcança o propósito. A metodologia a respeito de como construir o sermão, como executar a 
pregação, desempenha um papel vital na apresentação de uma mensagem efetiva. O pregador deve ter um 
domínio dos elementos metodológicos vitais envolvidos no desenvolvimento e apresentação de um sermão. 
Esses elementos incluem tanto componentes objetivos como subjetivos. Os componentes objetivos são o 
alvo homilético, o fundamento bíblico e cristocêntrico do sermão, e um balanceado cardápio de sermões 
durante determinado período, seis meses, um ano, ou mais, por exemplo. A dimensão subjetiva inclui a 
experiência do pregador. 
 
PROPÓSITO HOMILÉTICO 
Um professor de homilética poderia dizer que "a exegese enfatiza uma porção, às vezes muito pequena, 
selecionada do texto; a teologia traça os fios de pensamento através de toda a Escritura; e a homilética busca 
fabricar, tal como faz um alfaiate, as roupa e os adornos que caibam particularmente em cada ouvinte, no 
tempo e no cenário onde vivem." 
O modo como Deus procurou tornar-Se conhecido, nas Escrituras Sagradas, mostra que Ele Se revelou 
geralmente de um modo homilético, ao contrário da maneira exegética ou teológica, muito embora o 
significado teológico jamais estivesse ausente. Em outras palavras, Deus revelou informações a respeito de 
Si mesmo que foram mais necessárias naquele tempo particular. Por exemplo, o Senhor não enviou a mesma 
mensagem de Amós para Adão e Eva; Ele revelou apenas aquela dimensão de Sua natureza e Seu caráter que 
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era pertinente ao primeiro casal em seu ambiente. O livro de Êxodo não contém a mesma ênfase de Jeremias. 
O ponto a ser destacado é o seguinte: através da História, Deus tem sido sensível aos Seus ouvintes. 
O pregador cristão de hoje tem recebido séculos de revelação divina com vantagens e desafios. A 
vantagem é que ele possui um vasto cabedal de instrumentos exegéticos e teológicos. O desafio reside em 
tomar esse material e confeccionar uma mensagem que caiba no ouvinte. Dessa forma, os propósitos 
homiléticos afetam vitalmente a metodologia do pregador e a efetividade de sua pregação. 
Entretanto, nada disso nega a importância crucial da exegese e da teologia. A homilética sem exegese e 
sem teologia falhará no cumprimento do seu objetivo último que, como já vimos, é o de fazer discípulos. 
Para compreender a ligação íntima existente entre exegese, teologia e homilética, podemos considerar o 
exemplo do preparo de uma receita culinária e o oferecimento da comida dela resultante. O preparo começa 
com a escolha, a lavagem, o ato de descascar, o corte de todos os ingredientes necessários para se fazer o 
respectivo prato. Esse é o trabalho do exegeta. 
O homilético é o garçom que considera a individualidade do freguês e diz: "experimente este prato; é 
muito gostoso, nutritivo, e apropriado para você." A homilética serve o que foi preparado anteriormente. 
Desse modo, o ministro deve ser um exegeta e um teólogo; mas, como um homilético, seu objetivo deve ser 
avaliar a situação dos ouvintes e então partilhar os recursos, provisões e propósitos de Deus para eles, da 
maneira mais apropriada possível. 
 
MENSAGEM BÍBLICA 
Embora a homilética necessite ser sensível aos ouvintes, o pregador cristão sempre deve estar 
fundamentado na Bíblia. Isso quer dizer que um sermão sempre deve ter sua ênfase derivada das Escrituras. 
Essa ênfase demanda que todo o sermão harmonize com a compreensiva revelação do caráter e natureza de 
Deus, como evidenciados na Bíblia. Uma coleção de textos sem que estejam em conexão mútua não 
compreende necessariamente um sermão. As três conhecidas frases: "E Judas foi e enforcou-se"; "vai tu e 
faze o mesmo"; e "o que tens para fazer, faze-o depressa"; arranjadas dessa maneira contradizem o intento da 
mensagem do evangelho, embora as três compartilhem a mesma origem bíblica. 
Assim, a mensagem bíblica deve ser apropriadamente enraizada no texto imediato e no contexto mais 
amplo das Escrituras, desenvolvendo uma ênfase que represente autenticamente as qualidades de Deus. 
Uma mensagem bíblica, entretanto, pode não requerer referências repetidas e explícitas à sua fonte 
escriturística. A pregação de Jesus Cristo, particularmente Suas parábolas, é um bom exemplo disso. Jesus 
foi contemporâneo e sensível aos Seus ouvintes. Quando Ele pregava, Seus ouvintes não tinham cópias das 
Escrituras em suas mãos. O Mestre simplesmente contava histórias para iluminar os princípios do caráter de 
Deus e Seus propósitos para a vida daquelas pessoas. Nessa prática, encontramos uma ilustração de pregação 
bíblica que pode não utilizar diretamente uma relação de textos bíblicos. 
Assim sendo, enquanto os pregadores consideram o propósito e o contexto do evento da pregação, eles 
devem enfrentar a seguinte questão: "O que é necessário nesta ocasião, para alcançar os ouvintes com a 
mensagem de Deus, que biblicamente e autenticamente represente Seu caráter e propósito para suas vidas?" 
Freqüentemente, os pregadores consideram, em primeiro lugar, a dimensão instrutiva de uma passagem 
ou de um tópico. Mas a melhor maneira de alcançar um objetivo instrutivo é uma aproximação indireta que 
focalize mais sobre os elementos afetivos dos ouvintes do que sobre os seus elementos cognitivos. Em outras 
palavras, permita que o sermão seja uma oportunidade na qual o pregador ajuda o ouvinte não apenas a 
conhecer o que Deus lhe diz, cognitivamente, mas também a experimentar emocionalmente a presença e o 
poder de Deus.1 
Tal sermão pode ter elementos instrutivos (repreensão, encorajamento, celebração, etc.), mas o principalobjetivo deveria ser facilitar um aspecto do Ser divino apropriado à ocasião. 
Uma mensagem relevante, biblicamente fundamentada, dirige a mentalidade homilética a ter em mente 
seus ouvintes, durante o processo de desenvolvimento do sermão. Bryan Chapell oferece um valioso 
instrumento homilético ao qual ele chama de "foco induzido". Esse instrumento consiste de três perguntas 
que o pregador apresenta ao texto e à pregação: 1) O que este texto está dizendo? 2) Que preocupações ou 
inquietações ele está abordando em seu contexto? 3) O que têm em comum os ouvintes atuais com aqueles 
ouvintes para quem, a respeito de quem, ou por quem o texto foi escrito?2 
O "foco induzido" livra o pregador de tornar-se excessivamente focalizado sobre a exegese e a teologia. 
Assim, quando o pregador fala, estará inclinado a apresentar um sermão em lugar de uma coleção de notas 
de comentários ou uma leitura de alguns aspectos de teologia sistemática. 
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Relacionado com o "foco induzido" está o paradigma de como a passagem bíblica, ou o tema, apresenta 
o status ou condição do ouvinte original e do contemporâneo. O contexto da situação bíblica pode olhar o 
ouvinte original como um rebelde, uma vítima, um ignorante, um inalcançável, um desiludido, ou como 
afetado por outros aspectos da condição humana. O sermão bíblico, dessa forma, aborda o ouvinte não 
apenas com informação apropriada à sua condição, mas de modo e tons harmoniosos com caráter e 
propósitos de Deus num contexto antigo e contemporâneo.3 
 
MENSAGEM CRISTOCÊNTRICA 
Os comentários de Chapell concernentes à estrutura cristocêntrica e ao foco do sermão são dignos de 
nota: "Entretanto, por mais bem-intencionado e biblicamente fundamentado que possa ser um sermão 
instrutivo, se sua mensagem não incorpora a motivação e capacitação inerente numa peculiar percepção da 
obra de Cristo, o pregador proclama mero farisaísmo."4 
Novamente, é indispensável lembrar que assim como uma coleção de textos estanques não 
necessariamente compreende uma mensagem bíblica, uma coleção de palavras isoladas de Jesus, ou retalhos 
de Sua vida e ministério, não faz necessariamente uma mensagem cristocêntrica. O conteúdo e o tom daquilo 
que focaliza sobre Jesus Cristo deve harmonizar com o Seu caráter manifestado em aceitação, perdão, fé, 
capacitação, compromisso, paciência, serviço e amor. 
Chapell nota que toda passagem bíblica deve ser vista de pelo menos quatro perspectivas redentoras, 
relacionadas à pessoa e/ou à provisão de Cristo. Nesse sentido, a passagem bíblica deve ser: 1) profética, 2) 
preparatória, 3) reflexiva, ou 4) resultante da pessoa e do ministério de Cristo.5 Com essas perspectivas 
redentoras e contextuais em mente, o pregador pode desenvolver mensagens que são bíblicas e 
cristocêntricas, as quais finalmente focalizarão sobre a graça perdoadora e restauradora de Deus. 
 
NUTRIÇÃO EQUILIBRADA 
O apóstolo Paulo escreveu que "toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a 
repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (II Tim. 3:16). Por sua vez, Tiago afirmou que a 
Palavra de Deus "é poderosa para salvar as vossas almas" (Tia. 1:21). Essas declarações sublinham os 
múltiplos propósitos da Escritura, complementando a grande comissão que nos ordena ir e fazer discípulos. 
A tarefa do pregador é servir um bem equilibrado cardápio escriturístico, providenciando repetidos 
convites para aceitação do senhorio de Jesus e contínuos encorajamento, instrução e celebração de um 
discipulado amadurecido. Isso requer que o pregador considere o imediato e longo alcance sentido e as 
necessidades educacionais da congregação. Também significa que o pregador deveria buscar uma ênfase 
equilibrada através de um calendário homilético. Por exemplo, o pregador poderia apresentar uma exposição 
progressiva de um determinado livro da Bíblia, balanceando-a com uma abordagem temática ou de tópico. 
Outra forma de aproximação é considerar como as Escrituras referem-se aos temas contemporâneos. Ao 
apresentar uma dieta de sermões que abrange todo o conselho de Deus, o pregador pode buscar a 
colaboração de um grupo apropriado (representando uma parte da congregação) que possa ajudá-lo a avaliar 
as necessidades e tendências comuns da sua comunidade. Reuniões periódicas com esse grupo para troca de 
experiências e planejamento ajudam o pregador a permanecer em sintonia com as carências dos seus 
ouvintes e como elas podem ser satisfeitas através do evento da pregação. 
Ser sensível aos ouvintes é vital à tarefa de proclamação cristã. 
Embora a Bíblia deva ser sempre o fundamento do sermão, isso não exclui o pregador do trabalho de ler 
muito. A percepção e experiência de outros, em seu estudo e trabalho de proclamação da Palavra de Deus, 
pode ajudar a conhecer quantas mentalidades diferentes têm lutado com a compreensão dos propósitos de 
Deus. No entanto, os pregadores devem experimentar, primeiramente, a concepção da idéia central, planejar, 
esboçar, analisar e viver com o texto bíblico, com fervente oração, antes de se dar ao trabalho de consultar 
outros autores e obras. 
O pregador deveria também estar desperto para os acontecimentos e tendências correntes, e ser capaz de 
mencioná-los direta ou indiretamente, de um modo relevante, conforme a demanda do tópico e da ocasião. 
Muito embora, freqüentemente, as melhores ilustrações sejam aquelas tiradas da própria experiência e da 
observação da vida, ilustrações efetivas também podem ainda ser captadas de histórias e da experiência de 
outras pessoas. Aqui, o equilíbrio também é muito importante. 
A apresentação do sermão deveria também ter como alvo conservar o ouvinte no propósito ou alvo 
último da mensagem. Essa é uma tarefa que requer sabedoria e prudência. Porque embora o pregador deva 
reconhecer as contribuições alheias à sua mensagem, a pregação não é a oportunidade para engrandecer a 
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inteligência inata, a escolaridade ou a habilidade de pesquisador de alguém. Deixe o sermão ser autêntico em 
seu fundamento bíblico. 
 
TINTA E SANGUE 
As estratégias metodológicas que até aqui foram consideradas têm focalizado primariamente sobre os 
elementos objetivos da preparação do sermão. Mas a pregação efetiva também possui uma dimensão 
subjetiva: a experiência do pregador. T. S. Eliot uma vez falou de algo como "transformar sangue em tinta" e 
"tinta em sangue".6 A Bíblia é um relatório de Deus causando impacto na experiência humana. É sangue 
registrado em tinta. O pregador é chamado para fazer com que a tinta, o relatório dos atos de Deus, seja 
transformada em sangue na vida dos ouvintes, de tal maneira que eles experimentem o impacto da presença 
divina e uma ação renovada. 
Para que isso aconteça, a tinta do texto tem de ser primeiro transformada em sangue na vida do 
pregador, a fim de que ele possa ser um agente para a renovação da vida, através do sangue, para os ouvintes. 
Warren Wiersbe comenta: "Nós partilhamos o que é pessoal e real para nós. O mensageiro é parte da 
mensagem porque ele é uma testemunha."7 Para mim, essa experiência transformadora ocorre mais 
freqüentemente quando eu priorizo e mantenho inalterada a hora da leitura devocional pessoal, reflexão, 
oração e preparação de sermão. Em minha compreensão, a tinta torna-se sangue quando as duas coisas são 
vistas como separadas, todavia relacionadas. O focus distinto de cada um pode nutrir e elevar a outra. 
A tinta torna-se sanguequando ao Espírito Santo é permitido acender o fogo do coração, como disse 
Jeremias: "Quem pensei: não me lembrarei dEle e não falarei no Seu nome, então isso me foi no coração 
como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, já desfaleço de sofrer, e não posso mais." (Jer. 20:9). Isso 
pode ocorrer em todos os estágios do processo de um sermão - concepção da sua idéia, desenvolvimento do 
sermão, cristalização de uma ilustração, ato de escrever o sermão, e por todos os meios durante a 
apresentação da mensagem como um ato de louvor e ministério. 
Mas a transformação da tinta em sangue requer mais que uma moldura de tempo. Demanda atitude. 
Paulo aconselhou Timóteo a dar-se inteiramente ao chamado, à fonte, à tarefa e às habilidades do ministério: 
"Medita estas coisas, e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto." (I Tim. 4:15). A 
fim de que a tinta das Escrituras seja transformada em sangue através de nossa vida e ministério, temos de 
dar muito mais do que aquilo que temos oferecido, na pregação da Palavra. 
Além disso, a transformação ocorre através do ministério do Espírito Santo na vida do pregador, no 
estudo, preparação e apresentação do sermão. Jesus declarou que a presença e capacitação do Espírito Santo 
é um dom (Luc. 11:13). O Espírito Santo capacita a proclamação a respeito de Jesus (Atos 2). O Espírito 
Santo produz convicção e conversão na vida do pregador e seus ouvintes (João 16:8). Sem a capacitação do 
Espírito Santo, a metodologia pode ser perfeitamente amoldada pela excelência humana, mas resultará pouco 
ou nada na tarefa de fazer ou amadurecer discípulos. 
 
EXCELÊNCIA NO ESPÍRITO 
Através da história cristã, o efetivo cumprimento da grande comissão tem sido acompanhado pela 
pregação poderosa. E, em muitos daqueles notáveis períodos, o impacto do evangelho foi percebido porque 
os pregadores, sob a direção e na capacitação do Espírito Santo, perseguiram a excelência em sua prática 
(metodologia) de apresentação da palavra de Deus à correspondente geração. 
Ao identificar objetivos homiléticos e fundamentar sua mensagem na Bíblia; através de um ministério 
orientado pela graça de Cristo, por usar efetivamente a erudição e experiência de outros, e por depender 
humildemente da liderança do Espírito Santo na vida pessoal, pastoral e no púlpito, os pregadores de hoje 
podem experimentar a plenitude da realização vocacional, sabendo que foram chamados por Jesus e estão 
envolvidos na sagrada tarefa de fazer e amadurecer discípulos. 
 
Referências: 
1 Henry Mitchell, Celebration and Experience in Preaching, Nashville; Abingdon Press, 1991. 
2 Bryan Chapell, Christ-Centered Preaching: Redeeming the Expository Sermon, Grand Rapids; Baker 
Book House, 1994, pág. 43. 
3 Mike Grave, The Sermon as Symphony: Preaching the Literary Forms of the New Testment, Valey 
Forge, Penn; The Judson Press, 1997. 
4 Bryan Chapell, Op. Cit., pág. 12. 
5 Ibidem, pág. 275. 
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6 Charles Bartow, God's Human Speech, Grand Rapids; Eerdmans Publishing, 1997, págs. 63 e 64. 
7 Warren Wiersbe, "Your preacing is unique", in Changing Lives Through Preaching and Worship, 
editado por Marshall Shelley, Nashville; Leadership/Christianity Today, Random House, Inc. 1995, pág. 7. 
 
 
Capítulo VII 
COMO PREGAR A PALAVRA 
George R. Knight 
 
"Se o protestantismo morrer um dia com um punhal nas costas, esse punhal será o sermão." Nessa 
afirmação meio jocosa, Donald Miller coloca o dedo num desafiante problema para o protestantismo em 
geral e o adventismo em particular. Muitos pregadores aparentemente têm agido como se o conselho de Jesus 
aos discípulos em Mateus 10:23 fosse nos seguintes termos: "Quando perseguidos por um texto, fujam para o 
próximo." 
Na maioria dos púlpitos, há muita fuga de um texto para outro ou fuga total do texto bíblico. Lembro-
me de um pastor que pregava para a mesma congregação quase todas as semanas, mas tinha apenas três 
sermões. Quero dizer, ele tinha três tópicos e trabalhava com um deles durante um mês. Produzia variações e 
mutações em seu limitado repertório de assuntos, mas tudo era a mesma coisa para nós que estávamos nos 
bancos da igreja. Era tudo muito previsível, exceto algumas vezes quando, aparentemente em frustração, ele 
acrescentava um pequeno tempero à sua receita homilética para dar uma sova na congregação. 
Seus três sermões, quanto eu me recorde, focalizavam sobre a segunda vinda de Cristo, o sábado e a 
mordomia. Assim, você pode ver que ele era um bom adventista, mesmo que seu rebanho recebesse alimento 
espiritual pobre. 
 
A PALAVRA E O PREGADOR 
Inúmeras vezes nós os ouvintes estivemos esperando que nosso obviamente sincero pregador seguisse a 
injunção de Paulo no sentido de pregar a Palavra, "a tempo e fora de tempo (II Tim. 4:2), em vez de ficar 
pulando de um texto para outro, nas poucas passagens que usava para provar suas idéias. Porventura, não nos 
deu o Senhor alguma palavra? 
É claro que a pregação de tópico ou assunto ocasionalmente tem o seu lugar; porém, muito 
freqüentemente ela tem pouco a fazer como a pregação da Palavra. Muitos de nós pregamos para nós 
mesmos; pregamos sobre os problemas que nós tememos ou os assuntos que nos desafiam. Na verdade, 
coçamos onde está coçando em nós. Nesse processo, a congregação inteira fica contagiada pela coceira do 
pastor, quando sua real necessidade é ser alimentada com uma bem equilibrada dieta bíblica, fornecida pela 
pregação expositiva. 
A solução para a doença homilética é pregar a Palavra. Necessitamos mudar do que queremos que o 
povo ouça, para o que Deus quer dizer-lhe. Isso significa pregação bíblica no sentido expositivo. A grande 
necessidade é deixarmos que Deus fale como Ele o faz em Suas mensagens através dos vários livros da 
Bíblia. As Escrituras apresentam uma vasta disposição de tópicos em vários formatos. Quando nós pregamos 
de forma expositiva, da Bíblia, livramo-nos das nossas predileções pessoais e, mais positivamente, pregamos 
todos os assuntos sobre os quais Deus quer que falemos. Não nos preocuparemos sobre temas como 
mordomia, justificação, fé e obras, ou guarda do sábado. Eles estão todos embutidos repetidamente em 
passagens que estão esperando para ser expostas. 
Infelizmente, não há muitos modelos disponíveis de apoio à pregação expositiva. As lições da Escola 
Sabatina geralmente seguem o costume de fugir de um texto para o próximo, dando a idéia de que seu 
propósito é servir aos leitores uma agenda extra-bíblica, em lugar de prover uma compreensão do que Deus 
tem a dizer a Seu povo. 
Essa tendência está presente mesmo quando o tema da lição é um livro da Bíblia. Poucos anos atrás, 
encontramos o conceito de obras sendo inserido numa lição sobre Romanos 4, onde ele era muito estranho e 
não se encaixava. Paulo, de fato, expõe energicamente o assunto, começando no capítulo seis e chegando ao 
clímax nos capítulos 13 e 14. Na realidade, todo o livro aos Romanos é calcado na afirmação de que Paulo 
foi capacitado para levar "a obediência por fé" aos gentios (Rom. 1:5; 16:26). Há equilíbrio na totalidade do 
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livro. Se deixarmos Deus falar em Seu próprio tempo através de Sua palavra, Ele dirá o que deseja que 
conheçamos em seu contexto. 
Se você nunca pensou nisto até agora, é tempo de buscar o crescimento na pregação bíblica, expositiva, 
e menos fuga de um texto para o outro. 
 
PRIORIDADES 
Mas, você pode estar pensando: "como posso pregar a Palavraa tempo e fora de tempo, quando tenho 
tão pouco tempo para um estudo mais aprofundado das Escrituras?" É uma boa pergunta. Por um pouco, 
cheguei a pensar que não chegaríamos a ela. Lembre-se de que estamos tratando com um assunto que 
envolve prioridades. Necessitamos perguntar-nos qual é a função primária de um pastor. Essa é a mais 
importante questão a respeito do nosso chamado. Desafortunadamente, muitos de nós temos nossa 
compreensão errada sobre esse ponto, e a pregação bíblica acaba sendo uma casualidade. 
Eu não me lembro onde colhi este conceito, mas de certa forma, no início do meu ministério, captei a 
idéia de que a essência de um pastorado bem-sucedido deveria ser batizar um certo número de pessoas, o 
máximo possível, e alcançar os alvos financeiros, novamente o máximo possível. Com tal agenda, eu não 
conseguia encontrar muito tempo para a pregação bíblica, e descobri que o trabalho pastoral era menos que 
gratificante. Na verdade, tornei-me um pouco desiludido, embora eu alcançasse a maior parte dos alvos. 
Só depois cheguei à conclusão de que o aborrecimento na vida de muitas denominações, congregações, 
e na de muitos pastores, começa quando eles aprendem a contar. Contabilizamos batismos, número de 
membros, contribuições, instituições, como se tudo isso fosse o objetivo primordial. Eu não estou dizendo 
que Deus seja contra alvos, número de membros, ou mesmo o ato de contabilizar conquistas, desde que tudo 
isso seja colocado em seu verdadeiro lugar. Parte do problema é que essas coisas acabam se tornando o 
centro e objetivo da vida de muitos indivíduos, pastores e líderes. Em tais casos, os alvos tornam-se o centro 
do ministério, que, em conseqüência, tende a se tornar uma máquina empresarial. 
Cheguei à conclusão de que muitos de nós temos de dar meia-volta no rumo seguido até então. 
Necessitamos "esquecer" os alvos e movimentar-nos em direção ao ministério. Um pastor tem duas funções 
primárias: amar o povo de Deus e alimentar as ovelhas de Deus. Há muito tempo temos visto pessoas 
interessadas na igreja, primariamente como potenciais candidatas ao batismo (números, estatísticas). Os 
membros antigos são vistos apenas como "vacas evangélicas" que precisam ser ordenhadas regularmente. 
Assim, visitamos o povo com uma agenda. De certo modo, o sermão torna-se um instrumento para cumpri-
la. 
Necessitamos rever nossas prioridades. Pastores são chamados para amar o povo e pregar a Palavra. 
Noutras palavras, são pagos para amar o povo, estudar a Bíblia e apresentar a mensagem de Deus para Seus 
filhos. Que privilégio! Que deleite! 
Estou firmemente seguro de que quando estabelecemos as prioridades corretas, os alvos e números 
serão naturalmente alcançados e cumpridos. Muitos membros estão cansados de ser tratados como "vacas 
evangélicas" na leiteria eclesiástica, e estão frustrados com uma pregação que não é essencialmente bíblica. 
E a maioria dos que se sentem dessa maneira certamente não tem o desejo ardente de expor a seus amigos e 
vizinhos algo que lhes é menos que satisfatório. O povo está faminto por genuína pregação bíblica e genuíno 
cuidado interpessoal. Os membros levarão seus amigos à igreja se eles ouvirem consistentemente a Palavra 
de Deus habilidosamente proclamada, e se eles tiverem a certeza de que, juntamente com seus familiares e 
amigos, serão tratados como pessoas e não simplesmente como alvos ou números. 
Isso significa que os pastores necessitam visitar membros e interessados, motivados pelo senso de 
cuidado pastoral, não porque tenham de cumprir algum item de agenda. Para cumprir bem essa tarefa, os 
pastores também necessitam tornar-se não apenas amantes do povo, mas também da Bíblia a fim de que 
possam ajudar as pessoas a alegrar-se na jornada através da palavra de Deus. As pessoas virão à igreja onde 
se sentem genuinamente cuidadas. Apoiarão os programas, levarão os amigos para ouvirem a palavra de 
Deus e partilhar Sua bondade. 
Pregação expositiva envolve estudo bíblico sério e regular. Mas mesmo no estudo, eu temo que muitos 
de nós muito freqüentemente pulemos de um texto para outro, e nos acomodemos com alguma coisa menos 
que uma profunda compreensão contextual do texto bíblico. Essa fuga e sua resultante superficialidade serão 
vistas no púlpito. 
A verdade é que, sem um estudo exegético profundo, é impossível apresentar de maneira consistente 
uma exposição bíblica em nossos sermões. E acabamos correndo "nos cascos". Quando perseguidos por um 
texto, não temos escolha senão fugir para o próximo. Em suma, não podemos pregar a Palavra se não a 
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conhecemos. Embora o processo de conhecer a Palavra tome tempo e esforço, ele é o coração do genuíno 
ministério. 
 
MEU ESTUDO 
Nossa grande necessidade é fugir para a Palavra; pois somente assim poderemos ser pregadores mais 
efetivos. Alguns anos atrás, eu tomei essa decisão em meu coração, para o bem da minha própria vida 
espiritual e de meu trabalho. Em 1980, iniciei um estudo intensivo da Bíblia, verso por verso, que imaginei 
levaria 30 anos para completar. Meu primeiro objetivo foi o Evangelho de Mateus, ao qual devotei uma hora 
por dia, durante um ano completo. Então, seguiram-se onze meses com Gênesis, quatro com Eclesiastes, e 
assim por diante. 
Meu método era muito simples. Não apenas tinha às mãos várias traduções e material auxiliar ao estudo 
do texto, mas também selecionei três excelentes comentários para cada livro da Bíblia. Eu consultava cada 
um daqueles comentários, diariamente, durante o estudo, não porque eles tivessem a verdade completa, mas 
porque a competência e sabedoria de seus autores ajudavam-me a desembrulhar o texto de uma maneira 
sistemática. Eles ajudavam-me a ver coisas que eu freqüentemente passava por alto quando estudava à minha 
própria maneira. Era algo como sentar com três amigos bem articulados que tinham opiniões diferentes. 
Alguns dias manejei o trabalho através de quatro ou cinco versos, mas com outros versos eu gastava 
dois ou três dias, sempre estudando o contexto e em relação a cada propósito do livro da Bíblia. Enquanto eu 
fugi "para", em vez de fugir "de", o texto, os meses passaram, e eu comecei a pensar sobre a Bíblia de novas 
maneiras. Meu caminhar diário com Deus no texto começou a afetar minha pregação e meus escritos. 
Nesta altura, eu poderia dizer que meu método é apenas uma das muitas maneiras de procurar 
compreender a Bíblia. Todavia, não é tanto o método que conta, mas quão fiel e consistentemente damos 
uma porção de nosso tempo ao estudo sistemático das Escrituras. 
Em meu estudo, selecionei cuidadosamente obras que eram altamente recomendáveis por seu 
aprofundamento textual. Assim, eu levantava algumas questões, pesquisava um pouco sobre elas, enquanto 
movimentava-me de um livro para outro. Procurei volumes que eram compreensíveis, geralmente fiéis ao 
texto, de leitura agradável, e não excessivamente grandes (muitos comentários atualmente têm dois ou três 
grandes volumes por livro bíblico). Pois eu fui atrás do mais individual que pudesse encontrar. E achei 
vários; alguns me fizeram ver aplicações práticas que muitas obras eruditas nunca exploraram. 
Em um nível mais homilético, encontrei várias obras expositivas que trabalham o texto a partir de um 
ponto de vista mais pastoral. 
 
O DEVER DE ESTUDAR 
Não importa qual seja o nosso método, estudo consistente da Bíblia é um dever pessoal e pastoral. É 
algo essencial e não apenas um luxo. Em meu caso particular, essa prática literalmente transformou minha 
pregação. Quer tenha resultado em uma série de sermões sobre as parábolas de Cristo ou noutra série de 14 
semanas sobre o livro de Mateus, tenho desfrutado uma alegria intensa em

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