Buscar

Introdução a Ultrassonografia e Ressonância Magnética

Prévia do material em texto

OMF I Imagem Lucas Silva 
 
• É um método de imagem que utiliza ondas 
sonoras em alta tensão, além da faixa sonora 
humana, para refletir estruturas dentro do corpo 
humano. 
• É uma onda mecânica produzida por qualquer 
fonte vibratória, resultado do aparecimento de 
zonas de compressão e rarefação no meio em 
que se propaga. 
• Os sons se propagam melhor em ambientes 
líquidos. 
• A ultrassonografia é um método de menor custo 
em relação a TC e RM 
• Possui alta capacidade de demonstrar estruturas 
baseando-se no contraste entre elas, como a RM. 
• Pela facilidade de realização e não utilização da 
radiação ionizante, é muito utilizado em crianças 
e gestantes. 
• Componentes da máquina de ultrassonografia 
o Transdutor; Disco; Teclado; Monitor; 
Impressora. 
 
➔ 
• Transforma sinais elétricos em ondas sonoras, 
realizando também o processo inverso. 
• O transdutor, sob influência da corrente elétrica, 
vibra e emite ondas sonoras que penetram o 
corpo. 
• Ao atingir uma interface entre 2 tecidos, parte da 
onda volta ao transdutor que o transforma em 
sinal elétrico que é enviado ao sistema de 
computação. 
• O sistema de computação faz os cálculos e com 
esses dados monta uma imagem. 
 
• Cristais com efeito piezoeletrico – tanto 
conseguem mandar ondas sonoras quanto 
receber os ecos dessas ondas sonoras. Esses ecos 
são transformados em sinais elétricos no 
transdutor e no computador os dados são 
convertidos em imagem. 
 
• Transdutor convexo – baixas frequências – 
estudo de região mais profundas (ex. fígado) 
• Transdutor linear – altas frequências – estudo de 
região mais superficial (ex. tireoide) 
 
 
 
 
• O médico com o exame de ultrassom faz 
varreduras pelo corpo do paciente. 
 
Obs.: A escolha do transdutor é muito importante 
para se obter um diagnóstico correto. 
 
OMF I Imagem Lucas Silva 
➔ 
• As ondas sonoras, em contato com outras as 
estruturas/barreiras, podem prosseguir o 
caminho ou retornar (sofrem reflexão). 
• O som apresenta baixa propagação em gases 
(intestino é o vilão da US). 
• O GEL é usado para facilitar a propagação das 
ondas sonoras. 
 
 
Impedância acústica = capacidade de um material 
em facilitar ou atrapalhar a propagação do som. 
 
➔ 
• Descreve o quanto que um tecido, órgão ou 
líquido deixa passar ou reflete as ondas sonoras 
do ultrassom (US), comparado com tecidos e 
órgão próximos. 
 
 Anecoico – Líquidos – o som consegue passar 
com muita facilidade. 
 Hiperecoico – Ossos – o som é barrado e não 
consegue avançar sobre o tecido. 
 
• A interação do som com os tecidos deve ser 
uniforme para que a imagem formada seja o mais 
fidedigna possível. 
• A qualidade da imagem depende de ecos 
recebidos pelo transdutor e se traduz em 
gradações do preto ao branco. 
• Cada tecido apresenta características próprias 
quanto a interação com o som 
 
 
 
 [4] Reforço acústico posterior – ocorre quando o 
som passa por uma estrutura [3] Anecoica 
(preta) e gera uma sombra Hiperecoica (branco) 
na parte posterior devido aos diversos ecos 
gerados pela facilidade de propagação. É gerado 
por estruturas líquidas, e sinaliza uma lesão 
cística, por exemplo. 
 [8] Sombra acústica posterior – ocorre quando 
se tem uma barreira [7] hiperecoica (branca) que 
barra a passagem do som, gerando uma sombra 
posterior anecoica (preta). É gerando por 
estruturas cálcicas como osso. 
 [5] Exceção. Apesar de sinalizar uma estrutura 
hiperecoica (branca) ele não gera uma sombra 
acústica como o outro exemplo, o que indica a 
presença de um hemangioma (tumor de 
microvasos sanguíneos), por exemplo. 
 
Obs.: No ultrassom não há avaliação da capacidade 
funcional da estrutura observada. 
 
Pela imagem dos US os rins dos dois pacientes não 
apresentam nenhuma diferença morfológica, porém 
um dos pacientes apresentava insuficiência renal e 
pela morfologia renal mostrada na US o rim estava 
normal. 
 
Posterior 
Anterior 
C
ab
eç
a 
P
ar
te
 p
ro
xi
m
al
 
P
és
 
P
ar
te
 d
is
ta
l 
Analise em decúbito dorsal e corte longitudinal. 
 
OMF I Imagem Lucas Silva 
Obs.: o US com doppler é usado para avaliar 
estruturas em movimentos, conseguindo avaliar a 
vascularização da região estudada, por exemplo. 
 
➔ 
• As janelas acústicas são estruturas ou órgãos que 
serão facilitadores da propagação do som, para 
que se possa atingir órgãos mais profundos 
durante a US. 
o Ex. Fígado como janela acústica para o rim 
direito, baço como janela para o rim 
esquerdo e o estomago como janela para o 
baço. Bexiga como janela para o útero) 
 
 
o Bexiga servindo de janela para a análise do 
útero. 
 
 
o US do útero sem o uso de janela acústica 
(bexiga cheia). 
 
 
o Fígado sendo usado como janela para o rim 
direito. 
 
 
o Rim de um paciente visto sem o uso de janela 
acústica. 
 
 
o Parte central do rim (seio renal) – é mais 
Hiperecoica devido a presença de muitas 
estruturas em seu interior como gordura, vasos 
sanguíneos e todo o sistema coletor. 
OMF I Imagem Lucas Silva 
➔ 
 
 
o Estrutura Anecoica homogênea na parte superior 
(proximal) do rim direito que está gerando um 
reforço acústico posterior (hiperecoico). Pode-
se afirmar que é um cisto, pois tem liquido em 
seu interior. 
 
APESAR DAS ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS NAS 
IMAGENS EU NÃO POSSO AFIRMAR NO US QUE SE 
TRATA DE UM RIM COM A ESTRUTURA FUNCIONAL 
COMPROMETIDA, UMA VEZ QUE O US NÃO 
CONSEGUE AVALIAR A FUNÇÃO DA ESTRUTURA. 
 
 
o Estrutura Hiperecoica em um rim, que está 
gerando uma sombra acústica posterior 
(anecoico). Isso nos afirma a presença de um 
cálculo renal. 
 
o A imagem sinaliza um rim com nefrocalcinose 
que apesar de ser uma estrutura hiperecoica não 
está gerando uma sombra acústica bem definida. 
 
o Vesícula biliar contendo uma estrutura 
hiperecoica, gerando uma sombra anecoica. 
 
➔ 
• Método não-invasivo ou minimamente invasivo 
• Imagens seccionais – qualquer orientação 
espacial 
• Sem efeitos nocivos significativos. 
• Não utiliza radiação ionizante 
• Estudo não-invasivo da hemodinâmica corporal 
• Realizada em tempo real – movimento 
 
➔ 
• Método operador dependente, ou seja, é 
realizado apenas por médicos 
• Resolução espacial inferior ao de outros 
métodos 
• Não se dispõe, até o momento, de bons 
contrastes 
OMF I Imagem Lucas Silva 
• Método de imagem que se baseia no 
comportamento dos prótons de Hidrogênio (H+), 
o átomo mais abundante no corpo humano, visto 
que este é composto por cerca de 70% de água 
(H2O). 
• Os átomos de H+ estão desalinhados no corpo 
humano e quando colocados dentro de um 
campo magnético intenso, os prótons alinham-se 
ao longo do eixo deste campo magnético e 
retornam a posição de equilíbrio logo que cessa 
a força que os fez alinharem-se. 
• Quando a excitação acaba, a energia liberada 
pelos prótons de H+ é captada e emite um sinal 
ao equipamento de RM que irá formar uma 
imagem. 
➔ 
• O aparelho é um grande imã formado por campo 
magnético originado pela corrente elétrica que 
passa por uma bobina de fios metálicos. 
• Sistema de bobinas de gradiente 
• Sistema de bobina de radiofrequência 
• Sistema de informatização 
• Magneto – Super condutor. É o principal 
instrumento para a realização do método. E ele 
precisa de um ambiente muito frio, com 
temperaturas negativas e por isso ele é 
embebido por hélio liquido ou hidrogênio (-
269°C). 
• O aparelho de RM supercondutor nunca é 
desligado. 
➔ 
• Os gradientes são pequenos irmãs capazes de 
criar pequenos campos magnéticos variáveis, 3 
gradientes lineares, para que se possa obter a 
reconstrução tridimensional de cada plano. 
 
 
 
 
(D) Reconstrução coronal 
(E) Reconstrução sagital de angioressonância 
 
• As bobinas ou antenas emitem e captam a 
radiofrequência emitida pelos prótons da área 
estudada existindo um tipo de bobina para cada 
região. 
• RM Aberta: Apresenta um campo magnético 
muito mais leve (0,1 – 0,3T) em relação a RM 
tradicional (3T).São usados para pacientes 
claustrofóbicos, por exemplo. 
• Os aparelhos produzem campos magnéticos de 
várias intensidades. Imãs de 1 tesla ou mais são 
considerados campos de alta intensidade e 
geram sinais maiores e geralmente imagens mais 
atraentes do que os campos de baixa 
intensidade. 
o Tesla = Unidade de medida de campo 
magnético (sistema metro/kg/seg). 
OZ: Corte transversal 
(axial) 
OX: Corte coronal 
(frontal) 
OY: Corte sagital 
 
OMF I Imagem Lucas Silva 
Obs.: O campo de alta voltagem deve ser usado 
preferencialmente, sempre que possível, visto que a 
riqueza de detalhes das imagens é muito maior. 
 
A utilização de calmantes e remédios para auxiliar 
nos exames não é sempre recomendável, devido a 
possibilidade de complicações que o paciente pode 
apresentar. Nesses casos é preciso ter sempre uma 
equipe medica de prontidão para agir em situações 
de complicações. 
 
➔ 
• Utiliza radiação (ondas) eletromagnética na 
formação da imagem. 
• Utiliza os núcleos de hidrogênio nos tecidos, pois 
este possui apenas um núcleo e um SPIN. 
• A formação da imagem ocorre pela Influência de 
um campo magnético e de estímulos de 
radiofrequência do aparelho. 
• O aparelho só reconhece números. A formação 
das imagens ocorre a partir dos valores 
numéricos do Voxel (volume do pixel). 
• O alinhamento dos prótons de hidrogênio pelo 
seu spin ocorre dentro do aparelho. 
 
• Na ausência de um campo magnético eterno a 
orientação dos spins é aleatória no corpo. 
• A energia emitida pelos prótons de H+, quando 
são desmagnetizados, vai ser captado pelo 
aparelho e transformado em imagem. 
• Quanto maior a concentração de prótons de 
hidrogênio em um segmento estimulado mais 
intenso vai ser a energia e melhor vai ser a 
imagem. 
 
➔ 
• Os tempos T1 e T2 são características individuais 
de cada tecido, ou seja, cada tecido apresenta os 
seus tempos. Correspondendo a fenômenos 
individuais e sucessivos. 
 Recuperação T1 – Liberação de energia ao 
ambiente 
 Declínio T2 – Troca de energia entre os núcleos 
 Densidade de prótons: número de prótons por 
unidade de volume de tecido. 
 
Imagem ponderada em T1 
• T1 é o tempo utilizado pelos spins para se 
realinharem de acordo com o eixo magnético, 
ou tempo de relaxamento longitudinal. Ele 
depende da transferência de energia para o 
meio. Ou seja, é o tempo para os prótons 
atingirem a orientação do campo magnético do 
aparelho. 
 T1 é usado para estudar a Anatomia 
 
 
Imagem ponderada em T2 
• Os prótons interagem entre si devido aos 
diferentes spins. Desta forma, alguns spins 
atingem o repouso em tempo mais curto que os 
outros. Este grau de defasagem é medido pelo 
tempo de relaxamento transverso ou T2. 
Corresponde, portanto, a medida de troca de 
energia entre os prótons. 
 T2 é usado para Patologias em geral 
 
São dois momentos no mesmo exame para obter os 
tempos T1 e T2. E a ordem vai depender da região 
que está sendo estudado. 
Gordura 
Vaso contrastado 
Subst. Branca 
Subst. Cinzenta 
Líquor 
Osso cortical 
Ar 
Líquor 
Subst. Cinzenta 
Gordura 
Subst. Branca 
Osso cortical 
Ar 
OMF I Imagem Lucas Silva 
➔ 
 Hiperintenso – Imagem branca 
 Hipointenso – Imagem cinza (claro/escuro) 
 Ausência de sinal – sinal do vazio – Imagem 
preta e decorre da falta de prótons de 
hidrogênio no tecido. 
 Tempo de aquisição – tempo utilizado na 
captação dos sinais emitidos pelos tecidos. 
 
 Imagem em T1: 
 
 
 Imagem em T2: 
 
o A gordura será hiperintensa, tanto em T1 
quanto em T2 
 
OBS.: NÃO EXISTE UM TIPO DE IMAGEM QUE 
RESPONDE 100% TODAS AS PERGUNTAS. As imagens 
devem ser usadas em conjunto. Existem patologias 
que não são apresentadas na ressonância, como 
calcificações por exemplo. 
 
 
 
 
 
➔ 
• Maior resolução e contraste entre os tecidos 
(gordura, sangue, água) 
• Imagens em vários planos 
• Sem radiação ionizante 
• Sem artefatos de ar e osso 
• Utilização de contraste hipoalérgico 
➔ 
• Preço 
• Pacientes graves 
• Tempo prolongado do exame 
• Clipes metálicos, Marcapasso cardíaco, Próteses 
cocleares e Corpo estranho coclear 
 
➔ 
 Absolutas: 
• Marcapasso cardíaco 
• Clipes metálicos de aneurismas 
• Válvulas cardíacas ferromagnéticas 
• Implantes penianos de metal 
• Cirurgia de redução do estômago (anel metálico) 
• Próteses auriculares 
• Campo metálico ocular 
• Gestação (no primeiro trimestre) 
 Relativas: 
• Material de osteossíntese 
• Projétil de arma de fogo 
• Aparelho ortodônticos 
• Gestação

Continue navegando