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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
NUTRICIONAL DO PACIENTE
HOSPITALIZADO: Materno Infantil
Goiânia 2016
Volume 1 – Paciente Gestante, Nutriz, Criança e Adolescente 
9 788549 500236
ISBN 978-85-495-0023-6
FUNDAÇÃO DE APOIO
AO HOSPITAL DAS 
CLÍNIC AS DA UFG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA
PROTOCOLO
DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL DO
PACIENTE HOSPITALIZADO: Materno-infantil
Goiânia 
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES 
HOSPITAL DAS CLÍNICAS 
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA
PROTOCOLO 
DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL DO 
PACIENTE HOSPITALIZADO: Materno-infantil
 Volume 1 – Paciente Gestante, Nutriz, 
 Criança e Adolescente
Goiânia 
2016
Hospital Universitário da Universidade de Federal de Goiás/ Empresa Brasileira de Serviços 
Hospitalares - 1ª Avenida, s/n - Setor Leste Universitário CEP- 74.605-020 - Goiânia - Goiás 
(62) 3269.8497. 
Diagramação:
João Gratão
Revisão:
Letícia Lima
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Seção de Normalização CEGRAF/ UFG
C331p Carvalho, Ana Paula Perillo Ferreira
Protocolo de atendimento nutricional do paciente hospitalizado : materno-infantil 
[Recurso eletrônico] / Ana Paula Perillo Ferreira Carvalho [et al.]. – Goiânia : Gráfica 
UFG, 2016.
111 p. : il. – (Paciente gestante, nutriz, criança e adolescente ; v. 1)
Inclui referências
ISBN 978-85-495-0023-6
 
1. Saúde infantil. 2. Medicina nutricional. 3. Atendimento
ao paciente. 4. Gestantes. I. Título. 
CDU 369.223.22:64.044.26
Catalogação na fonte: Natalia Rocha CRB1 3054
Apresentação
Protocolos são as rotinas dos cuidados e das ações de gestão de um determinado serviço, equipe ou depar-
tamento, elaboradas a partir do conhecimento científico atual, respaldados em evidências científicas, por pro-
fissionais experientes e especialistas em uma área e que servem para orientar fluxos, condutas e procedimentos 
clínicos dos trabalhadores dos serviços de saúde (Werneck et al., 2009).
O presente protocolo faz parte de um projeto da equipe de Nutrição Clínica do Hospital das Clínicas da 
Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH) e tem como objetivo sistematizar o cuidado de nutrição 
na área clínica para o paciente hospitalizado, oferecendo ao profissional nutricionista uma direção no planeja-
mento e tratamento dietético ao padronizar ações e otimizar recursos. Nos 53 anos da existência do Serviço de 
Nutrição do HC/UFG/EBSERH, surge sua primeira versão que será disponibilizada à comunidade científica.
 Didaticamente o protocolo de atendimento nutricional do paciente hospitalizado está dividido em dois 
volumes: primeiro, atendimento nutricional da gestante, nutriz, criança e adolescente e segundo, atendimen-
to nutricional do adulto e idoso. Abrangem o atendimento nutricional com início na descrição da avaliação 
nutricional, incluindo a triagem nutricional como método de abordagem inicial ao paciente, em seguida es-
tratégias de como implantar e monitorar o plano de cuidado nutricional ao paciente. Por fim, abordam-se os 
indicadores de qualidade utilizados na prática clínica.
Agradecemos a toda equipe de colaboradores nutricionistas, atuantes neste hospital, que disponibilizaram 
seu tempo, conhecimento prático, teórico e que acreditaram na viabilidade desse protocolo.
Ana Paula Perillo Ferreira Carvalho
Chefe da Unidade de Nutrição Clínica-HC/EBSERH-UFG
Liana Lima Vieira
Nutricionista do Hospital das Clínicas- HC/EBSERH-UFG
AUTORAS
ANA PAULA PERILLO FERREIRA CARVALHO
Nutricionista. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Mestre em Ciências da 
Saúde pela Universidade de Brasília. Chefe da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital das Clínicas/UFG/
EBSERH. Nutricionista e membro da Comissão de Suporte Nutricional do Hospital das Clínicas/UFG/
EBSERH. Tutora, preceptora e docente do eixo específico de Nutrição do Programa de Residência Multipro-
fissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
INAIANA MARQUES FILIZOLA VAZ
Nutricionista. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Nutricionista e membro 
da Comissão de Suporte Nutricional do Hospital das Clínicas/UFG/EBSERH. Preceptora e docente do eixo 
específico de Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade 
Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
RENATA GOMES DE CASTRO ABADIO (Organizadora)
Nutricionista. Especialista em Nutrição clínica e esportiva pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 
Especialista em Nutrição em Urgência e Emergência pela Universidade Federal de Goiás. Gerente da Seção 
Clínica da Coordenação de Nutrição do HC/UFG/EBSERH. Preceptora e docente do eixo específico de 
Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Goiás (HC/UFG/EBSERH). 
CELMA DIAS BORGES
Nutricionista. Mestre em Saúde Coletiva pelo Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) da Pró-Reitoria 
de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás (PRPPG/UFG). Membro da equipe de nutri-
cionistas da Coordenação de Nutrição do Hospital das Clínicas/UFG. Nutricionista apoiadora da Gerência 
de Atenção Secundária e Terciária/Diretoria de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.
GEISA JULIANA GOMES MARQUES FORTUNATO
Nutricionista. Mestre em Nutrição Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Docente do eixo específico de 
Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Goiás (HC/UFG/EBSERH).
IZABELA ZIBETTI DE ALBUQUERQUE
Nutricionista. Mestre em Nutrição e Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Preceptora e docente do eixo 
específico de Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade 
Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH). Nutricionista da Clínica Pediátrica e Maternidade do Hospital das 
Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
LIANA LIMA VIEIRA
Nutricionista. Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Nutricionista e membro da 
Comissão de Suporte Nutricional do Hospital das Clínicas/UFG. Preceptora e Docente do eixo específico de 
Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Goiás (HC/UFG/EBSERH).
MALAINE MORAIS ALVES MACHADO 
Nutricionista. Mestre em Nutrição e Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG, Especialista em Nutrição em 
Hematologia e Hemoterapia pela Universidade Federal de Goiás. Preceptora e Docente do eixo específico de 
Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Goiás (HC/UFG/EBSERH). Nutricionista da Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade Fe-
deral de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
MARIA IZABEL DE SOUZA TABOADA
Nutricionista. Mestre em Nutrição Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Docente do eixo específico de 
Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de 
Goiás (HC/UFG/EBSERH).
MARIANNE DE OLIVEIRA FALCO
Nutricionista. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Mestre em Ciências da 
Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). Diretora 
do Departamento de Nutrição da Sociedade Goiana de Terapia Intensiva-SOTIEGO/AMIB. Preceptora e 
Docente do eixo específico de Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas 
da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH). Nutricionista das Unidades de Terapia Intensiva 
Médica e Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
MARINA BRITO CAMPOS
Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica. Especialista em Nutrição e Hematologia /Hemoterapia.Pre-
ceptora e Docente do eixo específico de Nutrição do Programa de Residência Multiprofissional do Hospital 
das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH). Nutricionista das Unidades de Pronto-
socorro Adulto e Pediátrico do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH),
PAULLA GUIMARÃES MELO
Nutricionista. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Mestre em Nutrição e 
Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Especialista em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica pelo GANEP 
Nutrição Humana. Nutricionista da Clínica HONCORD – Hematologia e Oncologia, e Colégio Degraus 
em Goiânia, GO. 
RAQUEL MACHADO SCHINCAGLIA
Nutricionista. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina/UFG. Mestre em Nutrição e 
Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Preceptora e Docente do eixo específico de Nutrição do Programa 
de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EB-
SERH). Nutricionista da Clínica Médica, Ortopédica e Unidades de Terapia Renal Substitutiva do Hospital 
das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
RENATA COSTA FERNANDES
Nutricionista. Mestranda em Nutrição e Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG. Especialista em Nutri-
ção Clínica. Preceptora e Docente do eixo específico de Nutrição do Programa de Residência Multipro-
fissional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH). Nutricionista 
da Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG/EBSERH).
COLABORADORAS
Daniela de A. Medeiros Dias, Andreia Rodrigues do Carmo Brasil, Marta Isabel Valente Augusto Moraes 
Campos, Ana Clara Martins e Silva Carvalho, Thaísa Anders Carvalho Souza, Ana Firme Borges do Lago, Bár-
barah Gregório de Araújo Souza, Camila Moura Batista, Genice Oliveira de Souza, Vanessa Gonçalves e Silva.
SÚMARIO
Seção 1 – GESTANTES E NUTRIZES 17
Capítulo 1 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES E NUTRIZES 18
1 Triagem Nutricional 18
2 Avaliação do Estado Nutricional 18
2.1 Cálculo da Idade Gestacional 19
2.2 Dados Antropométricos Pré-Gestacionais 19
2.3 Avaliação do Ganho de Peso Gestacional 19
2.4 Avaliação Antropométrica Atual 20
2.5 Avaliação Antropométrica de Gestantes Adolescentes 21
2.6 Exame Físico 21
2.7 Exames Bioquímicos 22
Referências 23
Anexo 24
Capítulo 2 - NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA GESTAÇÃO 25
1 Cálculo das Necessidades Energéticas Gestantes Adultas 25
1.1 Cálculo do Adicional Energético Individualizado Pacientes Adultas 26
1.2 Fórmula de Bolso 26
2 Cálculo das Necessidades Energéticas Gestante Adolescente 26
2.1 Cálculo do Adicional Energético Paciente Gestante Adolescente 27
2.2 Cálculo das necessidades nutricionais de nutrizes 27
Referências 30
Capítulo 3 - SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO 31
1 Terapia Nutricional 31
1.1 Recomendações Nutricionais 31
Referência 31
Capítulo 4 - INFECÇÃO PELO HIV NA GESTAÇÃO 32
1 Terapia Nutricional 32
Referência 33
Capítulo 5 - DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 34
1 Terapia Nutricional 34
Referência 34
Capítulo 6 - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DURANTE A GESTAÇÃO 35
Referências 35
Seção 2 – CRIANÇAS E ADOLESCENTES 36
Capítulo 7 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 37
1 Triagem Nutricional 37
2 Avaliação Nutricional 37
2.1 Avaliação Antropométrica 38
2.1.1 Recém-Nascidos (RN) e Lactentes 38
2.1.1.1 PC, PT e Relação entre PC e PT (PC/PT) para Crianças de até 1 Ano de Idade 38
2.1.1.2 Circunferência do Braço (CB) 39
2.1.2 Pré-Escolares 39
2.1.2.1 Circunferência do Braço (CB) 40
2.1.2.2 Prega Cutânea Triciptal (PCT) 40
2.1.2.3 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 41
2.1.3 Escolares 41
2.1.4 Adolescentes 42
2.2 Investigação Dietética 43
2.2.1 Recém-Nascido (RN) e Lactentes 43
2.2.2 Pré-Escolar, Escolar e Adolescentes 44
2.3 Exames Bioquímicos 44
2.4 Exame Físico 45
Referências 46
Anexos 47
Capítulo 8 - NECESSIDADES NUTRICIONAIS 76
1 Necessidades para Crianças e Adolescentes 76
2 Necessidades para Crianças em Estado Grave em Terapia Nutricional Enteral ou Parenteral 78
2.1 Recém-Nascidos (RN) 78
2.2 Lactentes, Pré-Escolares, Escolares e Adolescentes 79
2.3 Pacientes Graves em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 82
Referências 82
Capítulo 9 - FIBROSE CÍSTICA 83
1 Terapia Nutricional 83
1.1 Objetivos 83
1.2 Recomendações Nutricionais 83
Referência 84
Capítulo 10 - INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 85
1 Terapia Nutricional 85
1.1 Recomendações Nutricionais 85
Referências 87
Capítulo 11 – SÍNDROME NEFRÓTICA 88
1 Terapia Nutricional 88
1.1 Objetivos 88
1.2 Recomendações Nutricionais 88
Referência 88
Capítulo 12 – DIABETES MELLITUS 89
1 Terapia Nutricional 89
1.1 Recomendações Nutricionais 89
1.1.1 Crianças e Adolescentes 89
Referência 89
Capítulo 13 - DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA 90
1 Terapia Nutricional 90
1.1 Objetivos 90
1.2 Recomendações Nutricionais 90
Referência 91
Capítulo 14- DISFUNÇÕES CARDÍACAS 92
1 Terapia Nutricional 92
Referência 92
Capítulo 15 - ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA - APLV 93
1 Terapia Nutricional 93
Referência 93
Capítulo 16 – DOENÇA CELÍACA 94
1 Terapia Nutricional 94
1.1 Objetivo 94
1.2 Recomendações Nutricionais 94
Referência 94
Capítulo 17 - INTOLERÂNCIA À LACTOSE 95
1 Terapia Nutricional 95
1.1 Objetivo 95
1.2 Recomendações Nutricionais 95
Referência 95
Capítulo 18 - REFLUXO GASTROESOFÁFICO - RGE 96
1 Terapia Nutricional 96
1.1 Objetivos 96
1.2 Recomendações Nutricionais 96
1.3 Orientações Nutricionais 96
Referência 97
Capítulo 19 - DIARREIA 98
1 Terapia Nutricional 98
2 Orientações Nutricionais 100
Referências 100
Capítulo 20 - CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 101
1 Terapia Nutricional 101
1.1 Recomendações Nutricionais 101
1.2 Orientações Nutricionais 101
Referências 101
Capítulo 21 – OBESIDADE 103
1 Necessidades Nutricionais 103
2 Terapia Nutricional 104
2.1 Recomendações Nutricionais 104
3 Manejo Nutricional das Complicações Associadas à Obesidade 105
3.1 Hipertensão Arterial 105
3.2 Alterações no Metabolismo Glicídico 105
3.3 Doença Gordurosa no Fígado Não-Alcoólica 105
3.4 Dislipidemias 105
Referências 105
Capítulo 22 - DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL – DII 106
1 Recomendação de Energia 106
2 Terapia Nutricional 106
2.1 Objetivos 106
2.2 Recomendações Nutricionais 106
2.2.1 Doença de Crohn (DC) 107
2.2.2 Colite Ulcerativa (CU) 108
Referências 108
Capítulo 23 - DOENÇA FALCIFORME - DF 110
1 Avaliação Nutricional 110
2 Terapia Nutricional 110
Referências 111
 LISTA DE SIGLAS
A Adequado
AF Atividade física
AFR Atividade física de rotina
AI Ingestão adequada
AIDS Acquired immunodeficiency syndrome 
AIG Adequado para idade gestacional
AJ Altura do joelho
ALT Alanina aminotransferase
ANSG Avaliação Nutricional Subjetiva Global
APLV Alergia à proteína do leite de vaca
AST Aspartato aminotransferase
BP Baixo peso
CB Circunferência braquial
CHCM Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
CHO Carboidrato
CMB Circunferência muscular do braço
CU Colite ulcerativa
DC Doença de Crohn
DEP Desnutrição energético-proteica
DF Doença falciforme
DHA Ácido docosahexaenóico
DHEG Doença Hipertensiva Específica da Gravidez
DII Doença inflamatória intestinal
DM1 Diabetes mellitus tipo 1
DM2 Diabetes mellitus tipo 2
DMG Diabetes mellitus gestacional
DP Desvio padrão
DRC Doença renal crônica
DRI Ingestão Dietética de Referência
DUM Data da última menstruação
E Estatura
EAR Estimated Average Requirements
E/I Estatura para a idade
ENE Estimativa das necessidades energéticas
ENPtn Estimativa das necessidades proteicas
EPA Ácido eicosapentaenóico
ETC Energia total consumida
GE Gasto energético
GEB Gasto energético basal
GET Gasto energético total
GIG Grande para idade gestacional
HbC Hemoglobina C
HbD Hemoglobina D
HbS Hemoglobina S
HCM Hemoglobina corpuscular média
HIV Human immunodeficiency virus
I Idade 
IG Idade gestacional
IMC Índice de massa corporal
IMC/I Índice de massa corporal para a idade
LIP Lipídeo
kcal Quilocalorias
kg Quilogramas
MS Ministério da Saúde 
NAF Nível de atividade física
ND Nãodeterminado
NE Necessidade energética
NEE Nutrição enteral exclusiva
NEP Nutrição enteral parcial
NPT Nutrição parenteral total
NRS Nutritional risk screening 
O Obesidade
OMS Organização Mundial de Saúde
P Peso
P/E Peso para a estatura
P/I Peso para a idade
PC Perímetro cefálico
PC/PT Relação perímetro cefálico e torácico
PCT Prega cutânea triciptal
PIG Pequeno para idade gestacional
PPG Peso pré-gestacional
PT Perímetro torácico
PTN Proteína
RDA Recommended Dietary Allowance
RGE Refluxo gastroesofágico
RN Recém - nascido
RNPT Recém-nascido pré-termo
S Sobrepeso
SEM Semana 
SRO Solução de Reidratação Oral
SNE Sonda naso-entérica
SNG Sonda nasogátrica
STRONG kids Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status and Growth
TGO Transaminase glutâmico oxaloacética
TGP Transaminase glutâmico pirúvica
TMB Taxa metabólica basal
TNE Terapia nutricional enteral
TNP Terapia nutricional parenteral
VCM Volume corpuscular médio
VET Valor energético total
UL Tolerable upper intake levels
LISTA DE FIGURAS
Seção 1
Capítulo 1
Figura 1.1 Algoritmo para avaliação nutricional da paciente gestante ou nutriz hospitalizada 
no HC/UFG/EBSERH. 18
Figura 1.2 Algoritmo com tópicos da avaliação nutricional da paciente gestante ou nutriz 
hospitalizada no HC/UFG/EBSERH. 18
Figura 1.3 Algoritmo com dados antropométricos pré-gestacionais da avaliação nutricional da 
paciente gestante ou nutriz hospitalizada no HC/UFG/EBSERH. 19
Figura 1.4 Determinação da avaliação antropométrica atual. 20
Seção 2
Capítulo 7
Figura 7.1 Algoritmo para determinação do risco nutricional em crianças e adolescentes. 37
Figura 7.2 Algoritmo com tópicos da avaliação nutricional de crianças ou adolescentes hospi-
talizados no HC-UFG/EBSERH. 37
Figura 7.3 Situações de risco nutricional de pacientes pediátricos. 40
Figura 7.4 Algoritmo para determinação do uso de CB na impossibilidade do uso de peso e 
altura em crianças de 5 a 10 anos e adolescentes. 42
Capítulo 9
Figura 9.1 Algoritmo para determinação da terapia nutricional de pacientes com fibrose 
cística. 83
Capítulo 15
Figura 15.1 Algoritmo para a determinação da terapia nutricional do Consenso Brasileiro 
sobre alergia alimentar. 93
Capítulo 21
Figura 21.1 Algoritmo para determinação do uso de tratamento dietoterápico em pacientes 
pediátricos. 104
LISTA DE QUADROS
Seção 1
Capítulo 1
Quadro 1.1 Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação segundo o estado nutricio-
nal inicial. 19
Quadro 1.2 Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação gemelar segundo o estado 
nutricional inicial após a 20º semana. 20
Quadro 1.3 Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação gemelar segundo o estado 
nutricional inicial durante toda a gestação. 20
Quadro 1.4 Classificação do estado nutricional de gestantes adolescentes segundo o IMC 
pré-gestacional. 21
Quadro 1.5 Sinais clínicos de carências nutricionais que devem ser avaliados durante a gestação. 22
Quadro 1.6 Exames bioquímicos que devem ser analisados durante a gestação. 22
Capítulo 2
Quadro 2.1 Fórmula para cálculo de taxa metabólica basal para gestantes adultas. 25
Quadro 2.2 Valores de nível de atividade física para pacientes adultas. 25
Quadro 2.3 Categorias dos valores de nível de atividade física. 25
Quadro 2.4 Adicional energético por trimestre de gestação pacientes adultas. 26
Quadro 2.5 Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica de paciente gestante. 26
Quadro 2.6 Fórmula para cálculo de taxa metabólica basal para gestantes com idade entre 10 
e 18 anos. 26
Quadro 2.7 Valores de nível de atividade física para pacientes gestantes, segundo a idade mater-
na. 27
Quadro 2.8 Adicional energético por trimestre de gestação para pacientes gestantes adolescen-
tes. 27
Quadro 2.9 Ingestão dietética de macronutrientes para o período gestacional. 27
Quadro 2.10 Ingestão dietética de referência (DRI) para o período gestacional segundo a faixa 
etária. 28
Quadro 2.11 Taxa metabólica basal de adultos do sexo feminino. 29
Quadro 2.12 Nível de atividade física de adultos do sexo feminino. 29
Quadro 2.13 Cálculo da taxa metabólica basal de adolescentes do sexo feminino. 29
Capítulo 6
Quadro 6.1 Recomendação energética durante gestação em terapia nutricional enteral. 35
Quadro 6.2 Recomendação de proteína durante gestação em terapia nutricional enteral. 35
Quadro 6.3 Recomendação de micronutrientes importantes durante gestação em terapia 
nutricional enteral. 35
Seção 2
Capítulo 7
Quadro 7.1 Classificação do RN conforme peso. 38
Quadro 7.2 Classificação do RN conforme peso e idade gestacional. 38
Quadro 7.3 Valores adequados de PC e PT para crianças de até um ano de vida. 38
Quadro 7.4 Valores adequados de relação PC/PT para crianças de até um ano de vida. 38
Quadro 7.5 Percentis da CB (cm) para crianças menores de dois anos segundo idade e gênero. 39
Quadro 7.6 Percentis da CB (cm) para crianças de dois a menores de seis anos segundo idade 
e gênero. 40
Quadro 7.7 Percentis da PCT (cm) de lactentes e pré-escolares do sexo masculino. 40
Quadro 7.8 Percentis da PCT (cm) de lactentes e pré-escolares do sexo feminino. 41
Quadro 7.9 Percentis da CMB (cm) para crianças de um a menores de seis anos segundo 
idade e gênero. 41
Quadro 7.10 Classificação dos índices antropométricos para crianças de zero a cinco anos, 
segundo recomendações do SISVAN (2008). 41
Quadro 7.11 Valores de referência para a avaliação do estado nutricional de crianças menores de 
10 anos de idade, de acordo com o escore Z, considerando-se os índices E/I e P/I. 42
Quadro 7.12 Valores de referência para avaliação do estado nutricional segundo IMC para 
idade de crianças de 5 a 10 anos. 42
Quadro 7.13 Valores de referência para a avaliação do estado nutricional de crianças adolescen-
tes de acordo com o escore Z, considerando-se os índices E/I e IMC/I. 42
Quadro 7.14 Parâmetros bioquímicos utilizados em pediatria. 44
Quadro 7.15 Parâmetros bioquímicos utilizados em pediatria de acordo com faixa etária. 45
Quadro 7.16 Parâmetros nutricionais do exame físico de escolares e adolescentes. 45
Capítulo 8
Quadro 8.1 Estimativa da necessidade calórica em pacientes pediátricos (cálculo direto). 76
Quadro 8.2 Fórmulas para cálculo da necessidade energética de pacientes de 0 a 18 anos. 76
Quadro 8.3 Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes em pediatria. 77
Quadro 8.4 Estimativa da necessidade proteica em pediatria. 77
Quadro 8.5 Faixa de distribuição aceitável de carboidratos em pediatria. 78
Quadro 8.6 Recomendações nutricionais de lipídios em pediatria. 78
Quadro 8.7 Recomendações das necessidades calóricas por via parenteral para RNPT. 78
Quadro 8.8 Fórmulas para o cálculo do gasto energético basal (GEB). 79
Quadro 8.9 Fatores de correção do GEB para situações de estresse. 79
Quadro 8.10 Cálculo das necessidades hídricas no período neonatal. 79
Quadro 8.11 Fórmula de Holliday-Segar, para o cálculo das necessidades hídricas do paciente 
pediátrico. 79
Quadro 8.12 Valores de ingestão adequada de água e eletrólitos em pediatria. 79
Quadro 8.13 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para sódio e cloro em pediatria. 80
Quadro 8.14 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para água, vitamina D, fósforo, 
magnésio e flúor em pediatria. 80
Quadro 8.15 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para tiamina, riboflavina, niaci-
na, vitamina B6 e foltato em pediatria. 80
Quadro 8.16 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para vitamina C, vitamina B12, 
ácido pantotênico, biotina e colina em pediatria. 81
Quadro 8.17 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para vitamina A, vitamina E, 
vitamina K, cobre e iodo em pediatria. 81
Quadro 8.18 Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para manganês, molibidênio, 
zinco e selênio em pediatria. 82
Capítulo 9
Quadro 9.1 Suplementação vitamínica nos pacientes fibrocísticos pediátricos. 83
Quadro 9.2 Tratamento nutricional em pacientes pediátricos com fibrose cística. 84
Capítulo 10
Quadro 10.1 Equações para estimar asnecessidades energéticas totais de crianças e adolescen-
tes. 85
Quadro 10.2 Equações para estimar as necessidades energéticas de crianças de 3 a 18 anos de 
idade com excesso de peso. 85
Quadro 10.3 Distribuição de macronutrientes recomendada para crianças e adolescentes, de 
acordo com a faixa etária. 85
Quadro 10.4 Coeficiente de atividade física para determinação das necessidades energéticas de 
crianças entre 3 e 18 anos de idade. 85
Quadro 10.5 Recomendações diárias para a ingestão proteica em crianças com DRC nos está-
gios 3 ao 5, inclusive em diálise, de acordo com as DRIs. 86
Quadro 10.6 Variação recomendada de cálcio e fósforo séricos, de acordo com a idade. 86
Quadro 10.7 Recomendações diárias de minerais para crianças com DRC de acordo com as 
DRIs 86
Quadro 10.8 Recomendações diárias de vitaminas para crianças com DRC de acordo com as 
DRIs. 86
Capítulo 11
Quadro 11.1 Recomendações nutricionais específicas para pacientes pediátricos com síndrome 
nefrótica. 88
Capítulo 12
Quadro 12.1 Composição nutricional do plano alimentar indicado para portadores de diabetes 
mellitus. 89
Capítulo 13
Quadro 13.1 Recomendações nutricionais para a fase de estabilização de pacientes pediátricos 
desnutridos. 90
Quadro 13.2 Recomendações nutricionais para a fase de recuperação de pacientes pediátricos 
desnutridos. 90
Quadro 13.3 Recomendações nutricionais para a fase de acompanhamento ambulatorial de 
pacientes pediátricos desnutridos. 91
Capítulo 18
Quadro 18.1 Recomendações nutricionais de macronutrientes pediátricos com refluxo gastro-
esofágico. 96
Quadro 18.2 Cuidados nutricionais específicos com os lactentes pediátricos com refluxo gas-
troesofágico. 96
Capítulo 19
Quadro 19.1 Avaliação da hidratação do paciente com diarreia aguda pelo Ministério da Saúde 
(2005). 98
Capítulo 21
Quadro 21.1 Cálculo de necessidades energéticas para pacientes obesos pediátricos. 103
ANEXOS
Seção 1
Capítulo 1
Anexo A Gráfico de acompanhamento nutricional durante a gestação. 24
Seção 2
Capítulo 7
Anexo A Formulário STRONG kids (Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status 
and Growth) 47
Anexo B Anamnese clínica e nutricional para recém-nascidos, lactentes e pré-escolares. 48
Anexo C Anamnese clínica e nutricional para escolares e adolescentes. 51
Anexo D Questionário de Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) em pediatria 54
Anexo E Curva de escore-Z de peso para idade para crianças até seis meses de idade, sexo 
feminino. 56
Anexo F Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de até seis meses, sexo mas-
culino. 57
Anexo G Curva de escore-Z de comprimento para idade de crianças até seis meses, sexo 
feminino. 58
Anexo H Curva de escore-Z de comprimento para idade de crianças até seis meses, sexo 
masculino. 59
Anexo I Curva de escore-Z de peso para comprimento de crianças até dois anos, sexo 
feminino. 60
Anexo J Curva de escore-Z de peso para comprimento de crianças até dois anos, sexo 
masculino. 61
Anexo K Curva de escore-Z de comprimento para idade para crianças até dois anos, sexo 
feminino. 62
Anexo L Curva de escore-Z de comprimento para idade para crianças até dois anos, sexo 
masculino. 63
Anexo M Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo feminino. 64
Anexo N Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculi-
no. 65
Anexo O Curva de escore-Z de altura para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo femini-
no. 66
Anexo P Curva de escore-Z de altura para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculi-
no. 67
Anexo Q Curva de escore-Z de peso para altura para crianças de 2 a 5 anos, sexo feminino. 68
Anexo R Curva de escore-Z de peso para altura para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculi-
no. 69
Anexo S Curva de escore-Z de peso por idade para crianças de 5 a 10 anos, sexo feminino. 70
Anexo T Curva de escore-Z de peso por idade para crianças de 5 a 10 anos, sexo masculi-
no. 71
Anexo U Curva de escore-Z de estatura por idade de crianças de 5 a 19 anos, sexo femini-
no. 72
Anexo V Curva de escore-Z de estatura por idade de crianças de 5 a 19 anos, sexo mascu-
lino. 73
Anexo X Curva de escore-Z de IMC por idade para crianças de 5 a 19 anos, sexo femini-
no. 74
Anexo Z Curva de escore-Z de IMC por idade de criança de 5 a 19 anos, sexo masculino. 75
17
 Seção 1 
Gestantes e Nutrizes
18
1
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE 
GESTANTES E NUTRIZES
1 TRIAGEM NUTRICIONAL
 Na figura 1.1 apresenta-se o algoritmo para orientação da realização da triagem nutricional utilizando 
a Nutritional Risk Screening (NRS-2002) para pacientes gestantes e nutrizes.
.
Em até 48h
Retriar o paciente em 7 dias
Aplicar o instrumento de triagem nutricional Nutritional Risk Screening 
(NRS-2002) para todas as gestantes e nutrizes
Risco nutricional Sem Risco nutricional
Registrar o resultado da 
triagem nutricional na 
papeleta
Realizar atendimento 
nutricional completo
Registrar o resultado da 
triagem nutricional na 
papeleta
realizar atendimento 
nutricional sucinto
- Investigar alergia, intolerância e sintoma-
tologia alimentares (adequar a dieta por 
meio dos esquemas alimentares);
- Investigar o funcionamento intestinal e 
adaptar a dieta caso exista queixa de 
obstipação intestinal;
Para as gestantes com 
DM1, DM2, DMG e 
DHEG deverão ser 
realizadas a avaliação 
nutricional completa e o 
acompanhamento diário, 
independente de ter ou 
não risco nutricional, 
com registro na papeleta. 
Figura 1.1. Algoritmo para avaliação nutricional da paciente gestante ou nutriz hospitalizada no HC/UFG/EBSERH.
OBSERVAÇÃO: Em todas as papeletas deverão constar o resultado da triagem nutricional.
2 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Avaliação 
Nutricional
Cálculo da 
idade 
gestacional
Exames 
bioquímicos
Investigação
dietética
Dados 
antropométricos 
pré-gestacionais
Avaliação 
antropométrica
atual
Exame 
físico
Figura 1.2. Algoritmo com tópicos da avaliação nutricional da paciente gestante ou nutriz hospitalizada no HC/UFG/EBSERH.
19
2.1 CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
O cálculo da idade gestacional deve ser feito pela data da última menstruação (DUM).
OBSERVAÇÃO: Para arredondar a semana gestacional incompleta, faça da seguinte forma: de 1 a 3 dias = 
considere o número de semanas completas; de 4 a 6 dias = considere a semana seguinte (MS, 2004). 
Exemplo: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas
 Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas
2.2 DADOS ANTROPOMÉTRICOS PRÉ-GESTACIONAIS
OBSERVAÇÃO: Se não for possível obter informação sobre o peso pré-gestacional, considerar o encontrado 
nas primeiras 12 semanas de gestação.
 
Dados antropométricos pré-gestacionais
Peso 
pré-gestacional
IMC 
pré-gestacional
Ganho de peso 
recomendado segundo IMC 
pré-gestacional
Altura 
Figura 1.3. Algoritmo com dados antropométricos pré-gestacionais da avaliação nutricional da paciente gestante ou nutriz 
hospitalizada no HC/UFG/EBSERH.
2.3 AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO GESTACIONAL (RASMUSSEN; CATALANO; 
YAKTINE, 2009)
• Calcular o ganho de peso gestacional até a data da avaliação e observar a adequação segundo 
recomendação de ganho de peso de acordo com idade gestacional, para as categorias de IMC pré-
gestacional (Quadro 1.1);
• Estabelecer o ganho de peso semanal e total recomendado, até a 40ª semana de gestação;
• Durante as internações hospitalares, a avaliação nutricional inicial da gestante deverá ocorrer no 
primeiro atendimento após a internação e as demais avaliações para acompanhamento do estado 
nutricional deverão ser realizadas semanalmente.
Quadro 1.1. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação segundo o estado nutricional inicial. 
IMC* PRÉ-
GESTACIONAL
(Kg/m2)
ESTADO 
NUTRICIONAL 
PRÉ-GESTACIONAL
GANHO 
PONDERAL (Kg) 
TOTAL NO 1O 
TRIMESTRE (IG*<14 
SEMANAS)
GANHO 
PONDERAL 
SEMANAL (Kg/
SEM) NO 2O E 3O 
TRIMESTRE (IG* ≥ 
14 SEMANAS)
GANHO 
PONDERAL TOTAL 
(Kg)
GANHO DE PESO 
MÍNIMO (Kg/MÊS)
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 12,5 - 18,0 Não determinado18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 11,5 - 16,0 1,0
25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 a 11,5 Não determinado
> 30,0 Obesidade - 0,3 5,0 a 9,0 (adulta)
7,0 - 9,1 (adolescente)
0,5
* IG - Idade gestacional; IMC – Índice de massa corporal; 
Fonte: MS, 2004; Saunders; Bessa, 2005; Rasmussen; Catalano; Yaktine, 2009. 
20
OBSERVAÇÕES
• Gestantes com estatura < 1,57 m devem ganhar o limite mínimo da faixa de ganho de peso recomendado, 
segundo o IMC pré-gestacional.
• O ganho de peso acima de 3 kg por mês merece avaliação detalhada, especialmente após a 20a semana 
de gestação. Nesse caso, avaliar os níveis de pressão arterial, proteinúria e presença de edema.
• Gestantes obesas, cujo IMC>29,0 Kg/m2, devem ser avaliadas individualmente.
Para gestantes gemelares de dois fetos é recomendado o ganho de peso total de 18 a 20,5kg, pois isto asso-
cia-se ao peso ao nascer ≥ 2,5kg. O ganho de peso menor ou igual a 380g/semana até a 24ª semana gestacional 
está associado a retardo do crescimento intra-uterino e maior morbidade entre os conceptos.
Quadro 1.2. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação gemelar segundo o estado nutricional inicial após a 20º semana.
IMC PRÉ-GESTACIONAL
(Kg/m2)
ESTADO NUTRICIONAL 
PRÉ-GESTACIONAL GANHO PONDERAL APÓS 20ª SEMANA
< 18,5 Baixo peso 790 g/semana
18,5 – 24,9 Normal 680 g/semana
Fonte: Saunders; Bessa, 2005 (Adaptado).
Quadro 1.3. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação gemelar segundo o estado nutricional inicial durante toda a gestação.
IMC PRÉ-GESTACIONAL
(Kg/m2)
ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-
GESTACIONAL GANHO PONDERAL TOTAL (Kg)
<18,5 Baixo peso Não determinado
18,5 – 24,9 Normal 17,0 – 24,5
25,0 – 29,9 Sobrepeso 14,0 – 22,7
≥ 30,0 Obesidade 11,0 – 19,0
Fonte: Rasmussen; Catalano; Yaktine, 2009.
2.4 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ATUAL
Medidas utilizadas
Peso
(kg)
Altura
(m)
IMC
(kg/m2)
Observar se o ganho ponderal está de 
acordo com o recomendado pelo IMC 
pré-gestacional (Quadro 1.1)
Preencher o grá co de acompanha-
mento nutricional durante a gestação 
(Figura 1.5)
Preenchimento semanal durante o 
período de internação hospitalar.
Figura 1.4. Determinação da avaliação antropométrica atual.
Para a análise do ganho ponderal, deverá ser analisado se o ganho de peso está conforme o recomendado 
no quadro 1.1 e o seguimento da curva de IMC, segundo a semana gestacional, apresentada no gráfico de 
acompanhamento nutricional durante a gestação (Anexo A) (MS, 2004).
O gráfico é dividido em quatro faixas de acordo com a classificação do estado nutricional pelo IMC: 
Baixo Peso (BP), Adequado (A), Sobrepeso (S) e Obesidade (O). À medida que forem sendo registrados os 
pesos nesse gráfico, uma curva será traçada e a inclinação desta proporcionará a interpretação sobre o estado 
nutricional da gestante (MS, 2004).
21
• Gestantes classificadas como BP é recomendada uma inclinação da curva ascendente e que esta 
permaneça na faixa BP ou alcance a classificação de A.
• Gestantes classificadas como A, recomenda-se que permaneça nessa classificação até o final da gestação, 
apresentando uma curva ascendente e de inclinação paralela às linhas que delimitam essa faixa. 
• Gestantes classificadas como S, recomenda-se que a curva seja ascendente e próxima à linha que delimita 
a parte inferior da faixa S ou à linha que delimita a parte superior dessa classificação. 
• Gestantes classificadas como O, deverão apresentar inclinação da curva semelhante ou inferior, desde 
que ascendente, à curva que delimita a parte inferior da faixa de O. Desta forma, as gestantes não 
deverão apresentar perda ponderal durante a gestação, independente do seu estado nutricional pré-
gestacional (MS, 2004; Saunders; Bessa, 2005). 
2.5 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE GESTANTES ADOLESCENTES
Quadro 1.4. Classificação do estado nutricional de gestantes adolescentes segundo o IMC pré gestacional.
PERCENTIL ESCORE - Z DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
< 3 < - 2 Baixo Peso (BP)
≥ 3 e < 85 ≥ - 2 e < + 1 Adequado (A)
≥ 85 e < 97 ≥ + 1 e < + 2 Sobrepeso (S)
≥ 97 ≥ + 2 Obesidade (O)
Fonte: SISVAN, 2008.
• Para as adolescentes que engravidaram dois anos após a menarca (em geral maiores de 15 anos de idade), 
a interpretação do IMC pré-gestacional e a recomendação do ganho ponderal podem ser equivalente a 
das adultas, com variação apenas para aquelas com obesidade pré-gestacional (Quadro 1.1) (Saunders 
et al., 2012). 
• Para as adolescentes que engravidaram menos de dois anos após a menarca, é provável que a maioria destas 
seja classificada como BP. Deve-se mensurar a estatura destas em todas as avaliações antropométricas, já 
que ainda encontram-se em fase de crescimento. Também é importante acompanhar o traçado da curva 
do IMC gestacional, que deverá ser ascendente. OBS: mensurar estatura mensal (Saunders et al., 2012). 
• Para avaliar a evolução do estado nutricional, preencher e analisar o traçado da curva no gráfico de 
acompanhamento nutricional durante a gestação. Considerar como estado nutricional adequado as 
curvas com traçados ascendentes e estado nutricional inadequado ou gestante em risco, para traçados 
horizontais ou descendentes (Saunders et al., 2012).
• Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco nutricional, sugere-se reforço na abordagem 
nutricional e maior número de consultas no pré-natal (Saunders et al., 2012).
2.6 EXAME FÍSICO
Devem ser investigados sinais e sintomas comuns durante a gestação que podem comprometer o consu-
mo alimentar e o ganho ponderal adequado. Analisar ainda, funcionamento intestinal, presença de doenças 
crônicas, surgimento de intercorrências gestacionais e a presença de sinais sugestivos de carências nutricionais 
(Saunders; Bessa, 2005). 
22
Quadro 1.5. Sinais clínicos de carências nutricionais que devem ser avaliados durante a gestação.
SINAIS CLÍNICOS INDICATIVO
Olhos:
Palidez conjuntival
Vermelhidão e fissuras nos epicantos
Xantelasma (pequenas bolsas amareladas ao redor dos olhos)
Anemia
Carência de Riboflavina e Piridoxina
Hiperlipidemia
Face:
Seborreia nasolabial Carência de Riboflavina
Lábios e língua:
Estomatite angular 
Língua magenta
Carência de Riboflavina
Glândulas:
Bócio – aumento da tireóide Carência de Iodo
Palidez cutâneo-mucosa, fraqueza, fadiga ao menor esforço físico, susceti-
bilidade aumentada aos processos infecciosos Anemia ferropriva
Gengivas esponjosas, que sangram com facilidade e pequenas hemorragias 
cutâneas. Carência de vitamina C
Fonte: Saunders; Bessa, 2005 (Adaptado).
2.7 EXAMES BIOQUÍMICOS
Devem ser investigados os resultados de exames bioquímicos específicos e de rotina para auxiliar na de-
terminação do estado nutricional materno e estado geral de saúde da gestante.
Quadro 1.6. Exames bioquímicos que devem ser analisados durante a gestação.
Medidas Parâmetros normais na gestação
Albumina 2,5 g/dL
Ácido úrico 2,0 – 5,0 mg/dL
Colesterol total 200 – 325 mg/100mL
Creatinina 0,5 – 1,0 mg/mL
Glicemia de jejum < 90 mg/dL (na primeira consulta)
Hemoglobina
Ausência de anemia
Anemia leve ou moderada
Anemia grave
≥ 11 g/dL
≥ 8 < 11 g/dL
< 8 g/dL
Hemoglobina glicosilada ≤ 8 g/dL
Hematócrito
0 a 12ª semana
13ª a 28ª semana
29ª a 40ª semana
≥ 33%
≥ 31,5%
≥ 33%
Hemácias
CHCM
HCM
VCM
3,6 – 4,4 milhões/mm3
32 – 55 g/dL
23 – 31 pg
70 – 90 mm3
Teste de tolerância oral com 75 g de glicose – 2 horas < 140 mg/dL (após a 20ª semana)
TGO ou AST (mU/ml) 4 – 18
TGP ou ALT (mU/ml) Até 22
Proteínas totais 6 – 7 g/dl
Triglicerídeos 30 – 200 mg/dl
Ureia 10 – 40 mg/dl
(continua)
23
Plaquetas 150.000 – 450.000 mil/mm
3 
É esperado trombocitopenia no 3º trimestre
Urina
Bactérias (por campo)
Corpos cetônicos
Glicose
Hemácias (por campo)
Proteínas
Ausentes
Ausentes
Ausentes ou traços
Até 5
Traços: repetir em 15 dias; Traços + hipertensão e/ou edema: pré-natal de 
alto risco; Maciça: referir pré-natal de alto risco
Fonte: Saunders; Bessa, 2005 (Adaptado).
REFERÊNCIAS
MS - Ministério Da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Coordena-
ção Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Vigilância alimentar e nutricional - SISVAN: orientações básicas 
para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 
2004.119 p.
Rasmussen KM; Catalano PM; Yaktine AL. New guidelines for weight gain during pregnancy: what obstetrician/
gynecologists should know. Current Opinion in Obstetrics and Gynecology. v. 21, n. 6, p. 521–526. 2009. 
Saunders C; Accioly E; Costa RSS; Lacerda EMA; Santos MMAS. Gestante adolescente. In: Accioly E; Saunders 
C; Lacerda EMA. Nutrição em obstetrícia e pediatria. p. 151 – 174. 2. ed, 2012.
Saunders C; Bessa TCAA. A assistência nutricional pré-natal. In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria. p.119–146. 2005.
24
Anexo A – Gráfico de acompanhamento nutricional durante a gestação.
Legenda: 
Fonte: MS, 2004.
25
2
NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA GESTAÇÃO
O aporte energético e de nutrientes deve ser individualizado e baseado na avaliação atual e anterior, na 
composição corporal e funcional, e na condição clínica do paciente (SBNPE; ASBRAN, 2011).
1 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS GESTANTES ADULTAS 
(FAO/WHO 2004; Accioly; Saunders; Lacerda, 2012)
VET = GE + adicional energético
Sendo GE = TMB x NAF
VET: valor energético total; GE: gasto energético; TMB: taxa metabólica basal; NAF: Nível de atividade física.
Quadro 2.1. Fórmula para cálculo de taxa metabólica basal para gestantes adultas.
FAIXA ETÁRIA (ANOS) TMB (KCAL/DIA)*
18 – 30 (14,81 x peso [kg] + 486,6)
30 – 60 (8,126 x peso [kg] + 845,6)
* Utilizar o peso pré-gestacional para gestantes com PPG eutrófico, para gestantes com baixo peso utilizar o peso ideal (IMC= 21,0 kg/m²) 
e para aquelas com sobrepeso ou obesas utilizar o PPG e evitar a perda de peso (NRC, 1989).
Quadro 2.2. Valores de nível de atividade física para pacientes adultas.
CATEGORIA NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA MÉDIO (NAF)
Sedentário ou leve 1,40 – 1,69 (1,53)
Ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99 (1,76)
Intenso ou moderadamente intenso 2,00 – 2,40 (2,25)
Fonte: NRC, 1989.
Quadro 2.3. Categorias dos valores de nível de atividade física.
CATEGORIA NAF – NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
Estilo de vida sedentário ou leve
Indivíduos que não caminham longas distâncias, geralmente usam veículo 
para transporte, não praticam exercício ou esportes regularmente e gastam a 
maior parte do tempo de lazer sentados ou parados, com pouco desloca-
mento.
Estilo de vida ativo ou moderadamente ativo
Indivíduos com ocupação que envolve mais gasto energético que os descri-
tos para estilos sedentários. 
Pessoas com atividade ocupacional sedentária e que praticam regularmente 
atividades físicas moderadas a vigorosas, durante parte da rotina diária. Por 
exemplo, indivíduos que praticam diariamente 1 h de exercício moderado, 
tais como corrida, ciclismo ou atividade aeróbica.
Estilo de vida vigoroso ou moderadamente vigoroso
Indivíduos que realizam trabalhos intensos ou atividade de lazer intensa 
por várias horas. Mulheres com ocupação não-sedentária que dançam ou 
nadam uma média de 2 horas por dia, ou trabalhadores rurais que usam 
equipamentos manuais por várias horas ao dia e caminham longas distân-
cias, muitas vezes carregando peso.
Fonte: NRC, 1989.
26
Quadro 2.4. Adicional energético por trimestre de gestação pacientes adultas.
DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA DIÁRIA (KCAL/DIA)
1º trimestre (< 14 semanas) 85
2º trimestre (14 < 28 semanas) 285
3º trimestre (> 28 semanas) 475
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012
1.1 CÁLCULO DO ADICIONAL ENERGÉTICO INDIVIDUALIZADO PACIENTES ADULTAS
Estimar o total de energia adicional: considerando que para cada 1 kg são necessárias 6.417kcal, calcula-
se quantas quilocalorias serão necessárias para os quilogramas restantes. Dividir o adicional energético estima-
do pelo número de semanas que faltam até completar 40 semanas de gestação e, posteriormente, por 7 para 
obter o adicional energético diário.
1.2 FÓRMULA DE BOLSO (Vitolo, 2003)
Quadro 2.5. Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica de paciente gestante.
ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE FÓRMULA DE BOLSO
Eutrófica 30 – 35 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/dia (a partir do 2º trimestre)
Excesso de Peso 24 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/dia (a partir do 2º trimestre)
Baixo Peso 40 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/dia (a partir do 1º trimestre)
* Utilizar peso pré-gestacional.
Fonte: Vitolo, 2003. 
OBSERVAÇÃO: Para gestantes gemelares, adicionar conteúdo proteico de 50 g/dia a partir da 20ª semana 
gestacional e um adicional energético de 1.000 kcal/dia, além das recomendações previstas para as mulheres de 
gestação de feto único (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2012).
2 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS GESTANTE ADOLESCENTE 
(Accioly; Saunders; Lacerda, 2012)
VET = GE + adicional energético
Sendo GE = TMB x NAF
VET: valor energético total; GE: gasto energético; TMB: taxa metabólica basal; NAF: Nível de atividade física.
Quadro 2.6. Fórmula para cálculo de taxa metabólica basal para gestantes com idade entre 10 e 18 anos.
TMB (kcal/dia) = 13,384 x peso (kg) + 692,6
• IMC pré-gestacional normal
 Peso = peso desejável ou pré-gestacional
• Baixo IMC pré-gestacional
 Peso = peso desejável
• Sobrepeso ou obesidade pré-gestacional
 Peso = peso pré-gestacional
Fonte: FAO/WHO 2004.
27
Para o cálculo do peso desejável de gestantes adolescentes, pode-se utilizar a fórmula a seguir, adotando-se 
o valor de IMC correspondente ao Escore–z igual a zero (0) para a idade de meninas adolescentes, sugerido 
pela WHO (2007).
P (kg) = IMC x E2 (m)
 P: peso desejável; IMC: Índice de Massa Corporal; E: estatura
2.1 CÁLCULO DO ADICIONAL ENERGÉTICO PACIENTE GESTANTE ADOLESCENTE
Quadro 2.7. Valores de nível de atividade física para pacientes gestantes, segundo a idade materna.
IDADE (ANOS) ATIVIDADE LEVE ATIVIDADE MODERADA ATIVIDADE PESADA
10 – 11 1,45 1,70 1,95
11 – 12 1,50 1,75 2,00
12 – 13 1,50 1,75 2,00
13 – 14 1,50 1,75 2,00
14 – 15 1,50 1,75 2,00
15 – 16 1,50 1,75 2,00
16 – 17 1,50 1,75 2,00
17 – 18 1,45 1,70 1,95
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012.
Quadro 2.8. Adicional energético por trimestre de gestação para pacientes gestantes adolescentes.
DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA DIÁRIA (KCAL/DIA)
1º trimestre (< 14 semanas) 85
2º trimestre (14 < 28 semanas) 285
3º trimestre (> 28 semanas) 475
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012.
Quando o início do pré-natal ocorre no 2º e 3º trimestres de gestação, para as mulheres não obesas, suge-
re-se que as 85 kcal adicionais requeridas no 1º trimestre sejam somadas às 285 kcal requeridas no 2º trimestre. 
A recomendação, então, passa a ser:
• 2º trimestre – 360 kcal/dia
• 3º trimestre – 475 kcal/dia
• MACRONUTRIENTES PARA O PERÍODO GESTACIONAL
Quadro 2.9. Ingestão dietética de macronutrientes para o período gestacional.
Proteína (PTN) 1g/Kg/dia sobre o peso pré-gestacional ou peso aceitável e adicionar:
+ 1 g/dia no 1º trimestre
+ 9 g/dia no 2º trimestre
+ 31 g/dia no 3º trimestre
Carboidratos (CHO) 55 – 75% do VET
Fibras - > 25 g/dia
Açúcar de adição - < 10% do VET
Lipídios (LIP) 15 a 30% do VET
Água 3 litros/dia
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012 ; FAO/WHO, 2004.
28
• VITAMINAS E MINERAIS PARA O PERÍODO GESTACIONAL
Quadro 2.10. Ingestão dietética de referência (DRI) para o período gestacional segundo a faixa etária.
NUTRIENTE FAIXA ETÁRIA DRI
Vitamina A (µg/dia)
14 a 18 anos 750
19 a 30 anos
770
31 a 50 anos
Vitamina D (µg/dia)
< 18 anos
5
19 a 50 anos
Vitamina E
(α – tocoferol – mg/dia)
< 18 anos
15
19 a 50 anos
Vitamina K (µg/dia)
14 a 18 anos 75
19 a 30 anos
9031 a 50 anos
Vitamina B1 (mg/dia)
14 a 18 anos
1,419 a 30 anos
31 a 50 anos
Vitamina B2 (mg/dia)
14 a 18 anos
1,419 a 30 anos
31 a 50 anos
Vitamina B6 (mg/dia)
14 a 18 anos
1,919 a 30 anos
31 a 50 anos
Vitamina B12 (µg/dia)
14 a 18 anos
2,619 a 30 anos
31 a 50 anos
Vitamina C (mg/dia)
< 18 anos 8019 a 50 anos 85
Niacina
(equivalente de niacina – mg/dia)
14 a 18 anos
1819 a 30 anos
31 a 50 anos
Folato
(equivalente de folato - µg/dia)
14 a 18 anos
60019 a 30 anos
31 a 50 anos
Ferro (mg/dia)
14 a 18 anos
2719 a 30 anos
31 a 50 anos
Cálcio (mg/dia)
14 a 18 anos 1.300
19 a 30 anos
1.000
31 a 50 anos
Fósforo (mg/dia)
< 18 anos 1.250
19 a 50 anos 700
Zinco (mg/dia)
14 a 18 anos 12
19 a 30 anos
11
31 a 50 anos
Cobre (µg/dia)
14 a 18 anos
1.00019 a 30 anos
31 a 50 anos
Cromo (µg/dia)
14 a 18 anos 29
19 a 30 anos
30
31 a 50 anos
Magnésio (mg/dia)
14 a 18 anos 400
19 a 30 anos 350
31 a 50 anos 360
Manganês (mg/dia)
14 a 18 anos
219 a 30 anos
31 a 50 anos
Iodo (µg/dia)
14 a 18 anos
22019 a 30 anos
31 a 50 anos
(continua)
29
NUTRIENTE FAIXA ETÁRIA DRI
Flúor (mg/dia)
< 18 anos
3
19 a 50 anos
Selênio (µg/dia)
< 18 anos
60
19 a 50 anos
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012.
OBSERVAÇÃO:
Perda de peso mensal recomendada após o parto:
• IMC < 18,5 à não promover a perda de peso
• IMC > 18,5 e < 25 à 0,8 kg/mês
• IMC > 25,0 e < 30 à 0,5 a 1 kg/mês
• IMC > 30,0 à 0,5 a 2 kg/mês
2.2 CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE NUTRIZES
VET para lactação = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação – energia para a perda de peso
• ENERGIA (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012 ; FAO/WHO, 2004)
VET: valor energético total; GE: gasto energético; TMB: taxa metabólica basal; NAF: Nível de atividade física 
(olhar quadro 2.3).
Quadro 2.11. Taxa metabólica basal de adultos do sexo feminino.
FAIXA ETÁRIA (ANOS) TMB (KCAL/DIA)
18 – 30 (14,81 x peso [kg] + 486,6)
30 – 60 (8,126 x peso [kg] + 845,6)
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012 ; FAO/WHO, 2004.
Quadro 2.12. Nível de atividade física de adultos do sexo feminino.
• CATEGORIA • NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA MÉDIO (NAF)
• Sedentário ou leve • 1,40 – 1,69 (1,53)
• Ativo ou moderadamente ativo • 1,70 – 1,99 (1,76)
• Intenso ou moderadamente intenso • 2,00 – 2,40 (2,25)
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012; FAO/WHO, 2004.
Quadro 2.13. Cálculo da taxa metabólica basal de adolescentes do sexo feminino.
FAIXA ETÁRIA (ANOS) TMB (KCAL/DIA)
10 – 18 (13,38 x peso [kg] + 692,6)
Fonte: Accioly; Saunders; Lacerda, 2012 ; FAO/WHO, 2004.
OBSERVAÇÃO: O adicional energético para a lactação: deve ser de 675 kcal/dia, principalmente nos primei-
ros seis (06) meses de lactação. 
REFERÊNCIAS
Accioly E; Padilha PC. Semiologia nutricional em pediatria. In: DUARTE, A. C. G. Avaliação Nutricional: 
aspectos clínicos e laboratoriais. Cap. 13, p. 113 – 136. 607 p. 2007. 
30
FAO/WHO.– Food and Agriculture Organization/World Health Organization. Human energy requirements. 
Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert Consultation. FAO. Food and Nutrition Technical Report Series. 
Geneva: 2004.
NRC. - NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Recommended Dietary Allowances (RDA). 10. ed. Washington, 
DC: National Academic Press, 1989.
SBNEP; ASBRAN – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia. 
Terapia nutricional na gestação. São Paulo: AMB; CFM (Projeto Diretrizes), 2011a. 9p.
Vitolo, MR. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Editora Reichmann & Autores Editores; 2003. 336p.
31
3
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO
São consideradas síndromes hipertensivas da gestação a hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e 
eclâmpsia, hipertensão gestacional, hipertensão transitória e síndrome HELLP (Saunders; Chagas, 2012).
1 TERAPIA NUTRICIONAL
Orientações nutricionais gerais:
• Indicar frutas, verduras e legumes, cereais integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, 
quantidade reduzida de gorduras saturadas, trans e colesterol;
• Indicar óleos vegetais: soja, milho, girassol e canola;
• Duas a três porções de peixe/semana.
1.1 RECOMEDAÇÕES NUTRICIONAIS
• ENERGIA
Ajustada para ganho de peso adequado, conforme IMC pré-gestacional.
• PROTEÍNA
Dieta hiperproteica (> 2 g/kg/dia) visando à correção da hipoproteinemia e o adequado desenvolvimento 
fetal.
• SÓDIO
Dieta normossódica (Sódio < 2,4 g/dia, equivalente a 6 gramas de cloreto de sódio – sal).
• VITAMINAS E MINERAIS
Adequada em vitaminas (ênfase em vitaminas A, C e E) e minerais (ênfase no cálcio: 2.000mg – 
suplementação da 14ª semana de gestação até o parto).
REFERÊNCIA
Saunders C; Chagas CB. Síndrome hipertensivas da gravidez. In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria. p. 175–192. 2. ed, 2012.
32
4
INFECÇÃO PELO HIV NA GESTAÇÃO
1 TERAPIA NUTRICIONAL 
• ENERGIA
Não há estudos específicos sobre os requerimentos de energia durante a gestação de mulheres infectadas 
pelo HIV, portanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam utilizadas as mesmas re-
comendações para adultos com HIV. Entretanto, recomenda-se um aumento de 10% nos requerimentos de 
energia, devido ao aumento na TMB. Em fases sintomáticas e durante a AIDS, recomenda-se aumento de 20 
a 30%.
Consumo energético diário em gestantes infectadas pelo HIV, por fase da doença.
• Gestante HIV + assintomática 
Energia para mulher adulta + 10% de Energia adicional devido ao HIV (kcal) + Energia adicional para 
gestação (kcal)
• Gestante HIV + sintomática inicial 
Energia para mulher adulta + 20% de Energia adicional devido ao HIV (kcal) + Energia adicional para 
gestação (kcal)
• Gestante HIV + sintomática 
Energia para mulher adulta + 30% de Energia adicional devido ao HIV (kcal) + Energia adicional para 
gestação (kcal)
• PROTEÍNAS
Recomendação de proteínas semelhante à de gestantes não infectadas pelo HIV.
• LIPÍDIOS
Dieta normolipídica (30%).
• CARBOIDRATOS
Dieta normoglicídica, porém a quantidade de carboidratos deverá completar o valor energético total da 
dieta, após considerar o aporte de energia proveniente de proteínas e lipídios.
• FERRO E ÁCIDO FÓLICO
Deve-se estimular a ingestão de alimentos ricos em ferro-heme, ferro não-heme e vitamina C. Realizar 
a suplementação com 60 mg de ferro (300 mg de sulfato ferroso) após a 20ª semana de gestação. A 
suplementação de ácido fólico, segundo a OMS, é de 400 µg/dia.
• CÁLCIO
Recomenda-se o consumo diário de 3 porções de leite ou derivados. Se a gestante não gostar ou 
33
não tolerar esses alimentos, verificar alternativas alimentares (vegetais folhosos) e/ou suplementação 
medicamentosa.
• VITAMINA A
O consumo não deve exceder a ingestão dietética recomendada. Alguns estudos mostraram que a 
suplementação de vitamina A não só não reduziu a transmissão vertical, como chegou a aumentá-la. A 
OMS recomenda uma dose única de 200.000 UI de vitamina A para mulheres logo após o parto e até 
seis (06) semanas pós-parto.
REFERÊNCIA
Lacerda EMQ; Costa VM. Infecções pelo HIV na gestação. In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição 
em Obstetrícia e Pediatria. p. 211 – 227. 2 ed, 2012.
34
5
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
1. TERAPIA NUTRICIONAL (SBD, 2014)
As recomendações de ganho de peso durante a gestação e o cálculo das necessidades energéticas devem 
seguir as recomendações para gestantes sem diabetes. 
MACRONUTRIENTES (SBD, 2014): 
• Carboidratos – 40 a 45% do VET
• Fibras – 30 g/dia
• Proteínas – 15 a 20% do VET
• Lipídios – 30 a 40% do VET
OBSERVAÇÕES:
• Gestante em uso de insulina: lanche noturno deve conter 25 g de carboidratos complexos, além de 
proteínas ou gorduras para evitar a ocorrência de hipoglicemia durante a madrugada. 
• O aleitamento materno é recomendado para os bebês de mulheres diabéticas ou com diabetes 
gestacional, entretanto, é necessário um planejamento alimentar de forma a contemplar as perdas 
nutricionais da mãe em detrimento da produção de leite. É interessante o consumo de carboidratos 
antes ou durante o aleitamento para evitar hipoglicemia. 
• Os adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, acessulfame-K, sucralose, sacarina e neotame) podem ser 
utilizados com moderação e são seguros durante a gestação (nível de evidência C).
REFERÊNCIA 
SBD - Sociedade Brasileira De Diabetes.Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: 2014. 374 p.
35
6
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 
DURANTE A GESTAÇÃO
A terapia nutricional enteral (TNE) poderá ser utilizada como via alternativa nos casos em que não é 
possível realizar a via oral ou a necessidade nutricional por esta via não é atingida, como por exemplo, na hi-
peremese gravídica. A nutrição parenteral também pode ser indicada na gestação, sendo restrita às situações 
em que o trato gastrintestinal não pode ser utilizado ou como suplementação à TNE (SBNEP; ABN, 2011).
Quadro 6.1. Recomendação energética durante gestação em terapia nutricional enteral.
1º TRIMESTRE GESTACIONAL 2º TRIMESTRE GESTACIONAL 3º TRIMESTRE 
GESTACIONAL
Estimativas das necessidades ener-
géticas (ENE) Igual a mulheres não grávidas
Adicional energético de 340 Kcal à 
ENE de mulher não grávida
Adicional energético de 452 Kcal 
à ENE de mulher não grávida
Fonte: SBNEP; ABN, 2011.
Quadro 6.2. Recomendação de proteína durante gestação em terapia nutricional enteral.
1º TRIMESTRE 
GESTACIONAL
2º E 3º TRIMESTRES 
GESTACIONAIS
GESTANTES COM ESTRESSE 
MODERADO OU GRAVE
Estimativas das necessidades 
proteicas (ENPtn) Igual a mulheres não grávidas
1,1 g/kg/dia ou 25 g adicionais de prote-
ína/dia,
além das ENPtn de mulheres não grávidas
Até 2 g/kg/dia
Fonte: SBNEP; ABN, 2011.
Quadro 6.3. Recomendação de micronutrientes importantes durante gestação em terapia nutricional enteral.
Ácido fólico Ferro elementar e/ou sulfato ferroso
0,6 mg/dia, em toda gestação 27 mg/dia a partir do 2º trimestre gestacional
Fonte: SBNEP; ABN, 2011.
OBSERVAÇÃO: Avaliar exames bioquímicos para confirmar necessidade de suplementação de micronutrien-
tes. Os demais seguem recomendação para mulheres não grávidas da mesma faixa etária.
REFERÊNCIAS
SBNEP; ASBRAN – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia. 
Terapia nutricional na gestação. São Paulo: AMB; CFM (Projeto Diretrizes), 2011. 9p.
Lacerda EMQ; Costa VM. Infecções pelo HIV na gestação. In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria. p. 211 – 227. 2. ed, 2012.
36
Seção 2 
Crianças e Adolescentes
37
7
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
1 TRIAGEM NUTRICIONAL (Accioly, Padilha, 2007) 
 Na figura 7.1 é apresentado um algoritmo para auxiliar na realização da triagem nutricional de pacien-
tes com idade inferior a 18 anos. E a seguir, no anexo A, é apresentado o formulário de triagem nutricional 
de pacientes crianças e adolescentes, denominado Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status and 
Growth (STRONG kids).
Situações de risco nutricional
Ingestão 
alimentar 
insu�ciente 
por ≥ 5 dias
Perda ponderal 
recente
Necessidades 
nutricionais 
aumentadas
Condição clínica atual 
+ utilização de 
medicamentos que 
comprometam a 
nutrição adequada
Jejum 
prolongado
 Aplicar instrumento de Triagem Nutricional em Pediatria
STRONG kids (crianças ≥ 2 anos e adolescentes)
Crianças em baixo 
risco: Avaliar em 1 
semana
Crianças em risco moderado: 
Veri�car peso 2 vezes/semana e 
risco nutricional semanalmente
Crianças em alto risco: Avaliação 
nutricional imediata e 
acompanhamento nutricional diário
Figura 7.1. Algoritmo para determinação do risco nutricional em crianças e adolescentes.
OBSERVAÇÃO: Independente do resultado da triagem nutricional, todos os pacientes devem ser assistidos 
pela equipe de Nutrição.
2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Avaliação 
nutricional
Avaliação 
antropométrica
Exame 
físico
Exames 
bioquímicos
Investigação
dietética
Figura 7.2. Algoritmo com tópicos da avaliação nutricional de crianças ou adolescentes hospitalizados no HC-UFG/EBSERH.
38
2.1 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
2.1.1 Recém-Nascidos (RN) e Lactentes (SBP, 2009)
OBSERVAÇÃO: RN são consideradas crianças com até 28 dias de vida e lactentes compreende crianças de 0 
a 2 anos de idade.
Quadro 7.1. Classificação do RN conforme peso.
CLASSIFICAÇÃO PESO (g)
Peso extremamente baixo < 1000 
Baixo peso ao nascer 1000 – 2499 
Baixo peso < 2500 
Peso insuficiente 2500 – 2900
Peso adequado 3000 – 4499
Tamanho excessivamente grande > 4500
Fonte: SBP, 2009.
Quadro 7.2. Classificação do RN conforme peso e idade gestacional.
CLASSIFICAÇÃO RELAÇÃO PESO/IDADE GESTACIONAL
Pequeno para idade gestacional (PIG) < percentil 10 
Adequado para idade gestacional (AIG) Entre percentil 10 e 90 
Grande para idade gestacional (GIG) > percentil 90 
Fonte: SBP, 2009.
RECÉM-NASCIDOS A UM ANO
 Para crianças recém nascidas e crianças de até um ano utilizar peso (P), estatura (E), perímetro cefálico 
(PC) e perímetro torácico (PT).
2.1.1.1 PC, PT e relação entre PC e PT (PC/PT) para crianças de até 1 ano de idade
No quadro 1.3 são apresentados os valores dos PC e PT de acordo com a idade em meses e no quadro 1.4 
os valores para a relação PC/PT de crianças de até 1 ano.
Quadro 7.3. Valores adequados de PC e PT para crianças de até um ano de vida.
IDADE PC (cm) PT (cm)
0 35,0 35,0
3 meses 40,4 40,0
6 meses 43,4 44,0
12 meses 46,0 47,0
Fonte: CECAN/RCO, 2011.
Quadro 7.4. Valores adequados de relação PT/PC para crianças de até um ano de vida.
FAIXA ETÁRIA RELAÇÃO IDEAL PT/PC
0 – 6 meses 1
6 – 12 meses > 1
A relação PT/PC menor que 1 é indicativa de atrofia dos músculos torácicos e da redução do tecido adiposo.
Fonte: Vitolo, 2008; CECAN/RCO, 2011.
39
CRIANÇAS DE 1 a 2 ANOS:
 Para crianças de um a dois anos utilizar o peso (P), a estatura (E) e a Circunferência do Braço (CB). 
Adicionalmente utilizar os índices antropométricos: peso para idade (P/I); estatura para idade (E/I); e peso 
para estatura (P/E) (Accioly; Padilha, 2007).
2.1.1.2 Circunferência do braço (CB)
Quadro 7.5. Percentis da CB (cm) segundo idade e gênero para crianças menores de dois anos.
IDADE 
(ANOS)
MASCULINO FEMININO
P5 P50 P95 P5 P50 P95
1 – 1,9 14,2 16,0 18,2 13,6 15,7 17,8
Fonte: Vitolo, 2008.
2.1.2 Pré-Escolares 
Pré-escolares são crianças de dois a cinco anos de idade. Nesta faixa etária devem-se utilizar as medidas de 
peso (P) e estatura (E) em sua avaliação nutricional (SBP, 2009). Adicionalmente utilizar os índices antropomé-
tricos peso/idade (P/I); estatura/idade (E/I); e peso para estatura (P/E) (Accioly; Padilha, 2007).
Nos casos em que o paciente encontra-se impossibilitado de se locomover, deve-se realizar a estimativa 
da estatura de pré-escolares a adolescentes pela altura do joelho (AJ) medida a 90º e em centímetros (cm), 
levando-se em consideração sua idade (I) em anos (Accioly; Padilha, 2007).
ESTIMATIVA DA ALTURA DE CRIANÇAS
A fórmula para estimativa da altura de crianças por meio da altura do joelho (AJ) (Stevenson, 1995).
ALTURA (cm): (2,69 X AJ) + 24,2
 
Em situações de risco, realizar medidas complementares para o diagnóstico nutricional, que compre-
endem circunferência do braço (CB) por prega cutânea tricipital (PCT) e circunferência muscular do braço 
(CMB) (Accioly; Padilha, 2007). Adicionalmente utilizar os índices antropométricos peso para idade (P/I); 
estatura para idade (E/I) e peso para estatura (P/E) (Accioly; Padilha, 2007).
As situações que compreendem risco nutricional são descritas na figura 7.3.
40
Situações de risco nutricional:
Diagnóstico nutricional 
de baixo peso ou muito 
baixo peso/idade
Diagnóstico nutricional 
de baixa estatura ou
muito baixa
estatura/idade
Diagnóstico nutricional 
de magreza e magreza 
acentuada
Perda de peso recente
(de acordo com 
StrongKids)
Ingestão alimentar 
insu�ciente 
por ≥ 5 dias ou 
jejum prolongado
Medidas complementares
Circunferência do 
braço (CB)
Prega cutânea 
triciptal (PCT)
Circunferência 
muscular do braço 
(CMB)
Necessidades 
nutricionais 
aumentadas
Sinais clínicos de 
perda de massa 
muscular e gordurosa 
evidenciados pelo 
exame físico
Condição clínica atual + 
utilização de medicamentos 
que comprometam a 
nutrição adequada
Figura 7.3. Situações de risco nutricional depacientes pediátricos.
2.1.2.1 Circunferência do braço (CB)
Quadro 7.6. Percentis da CB (cm) segundo idade e gênero para crianças de dois a menores de seis anos.
IDADE (ANOS)
MASCULINO FEMININO
P5 P50 P95 P5 P50 P95
2 – 2,9 14,3 16,3 18,6 14,2 16,1 18,5
3 – 3,9 15,0 16,8 19,0 14,4 16,6 19,0
4 – 4,9 15,1 17,1 19,3 14,8 17,0 19,5
5 – 5,9 15,5 17,5 20,5 15,2 17,5 21,0
Fonte: Vitolo, 2008. 
2.1.2.2 Prega Cutânea Triciptal (PCT)
Quadro 7.7. Percentis da PCT (cm) de lactentes e pré-escolares do sexo masculino.
IDADE
PERCENTIS
P5 P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90 P95
6 a 11 m 6,5 7,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0 15,0 16,0
1 ano 6,5 7,0 7,5 8,5 10,0 12,0 13,0 14,0 15,5
2 anos 6,0 7,0 7,0 8,0 10,0 12,0 13,0 14,5 15,0
3 anos 6,5 7,0 7,5 8,0 9,5 11,5 12,5 13,0 15,0
4 anos 6,0 6,5 7,0 7,5 9,0 11,0 12,0 13,0 15,0
5 anos 5,5 6,0 6,5 7,0 8,0 10,5 11,5 12,5 14,5
Fonte: CECAN/RCO, 2011.
41
Quadro 7.8. Percentis da PCT (cm) de lactentes e pré-escolares do sexo feminino.
IDADE
PERCENTIS
P5 P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90 P95
6 a 11 m 6,5 7,0 7,0 8,0 10,0 11,5 12,5 13,0 14,5
1 ano 6,0 7,0 7,5 8,0 10,5 12,0 13,5 15,0 16,5
2 anos 6,0 7,0 7,5 8,0 10,5 12,5 13,5 15,0 16,0
3 anos 6,0 7,0 7,0 8,0 10,0 12,0 12,5 13,5 16,5
4 anos 6,0 6,5 7,5 8,0 10,0 12,0 13,0 14,0 15,5
5 anos 6,0 7,0 7,5 8,5 10,5 12,5 14,0 14,5 16,0
Fonte: CECAN/RCO, 2011.
2.1.2.3 Circunferência Muscular do Braço (CMB)
CMB (cm) = CB – (3,14 x PCT)
CMB: Circunferência muscular do Braço; CB: Circunferência do braço; PCT: Prega cutânea tricipital
Quadro 7.9. Percentis da CMB (cm) para crianças de um a menores de seis anos segundo idade e gênero.
IDADE 
MASCULINO FEMININO
P5 P50 P95 P5 P50 P95
1 – 1,9 anos 11,0 12,7 14,7 10,5 12,4 14,3
2 – 2,9 anos 11,1 13,0 15,0 11,1 12,6 14,7
3 – 3,9 anos 11,7 13,7 15,3 11,3 13,2 15,2
4 – 4,9 anos 12,3 14,1 15,9 11,5 13,6 15,7
5 – 5,9 anos 12,8 14,6 16,9 12,5 14,2 16,5
Fonte: CECAN/RCO, 2011.
Quadro 7.10. Classificação dos índices antropométricos para crianças de 0 a 5 anos, segundo recomendações do Sisvan (2008).
VALORES CRÍTICOS
ESCORE -Z P/I P/E E/I
< -3
Muito baixo peso para a idade
Magreza acentuada
Muito baixa estatura para a idade
> - 3 e < - 2 Baixo peso para a idade Magreza
Baixa estatura para a idade
> - 2 e < - 1
Peso adequado para a idade
Eutrofia
Estatura adequada para a idade> - 1 e < + 1
Risco de sobrepeso> + 1 e < + 2
> + 2 e < + 3 Peso elevado para a idade Sobrepeso
> + 3 Obesidade
P/I - Peso-para-idade; P/E - Peso-para-estatura; E/I - Estatura-para-idade.
Fonte: Sisvan, 2008.
2.1.3 Escolares (SBP, 2009): 
A classificação escolar compreende as crianças entre seis (06) e dez (10) anos de idade. Nesta faixa etária 
devem-se utilizar as medidas de peso (P), estatura (E), circunferência do braço (CB), prega cutânea triciptal 
(PCT) e circunferência muscular do braço (CMB) em sua avaliação nutricional (SBP, 2009). Adicionalmente 
utilizar os índices antropométricos peso para idade (P/I) por estatura para idade (E/I) por peso para estatura 
(P/E); e índice de massa corporal para idade (IMC/I) (Accioly; Padilha, 2007). 
42
Quadro 7.11. - Valores de referência para a avaliação do estado nutricional de crianças menores de 10 anos de idade, de acordo com o 
escore Z, considerando-se os índices E/I e P/I.
VALORES CRÍTICOS
ESCORE Z
E/I P/I
< - 3 Muito baixa estatura para idade Muito baixo peso para idade
> - 3 e < - 2 Baixa estatura para idade Baixo peso para idade
> - 2 e < + 2 Estatura adequada para idade Peso adequado para idade
> + 2 Estatura adequada para idade Peso elevado para idade
Fonte: SBP, 2009.
Quadro 7.12. Valores de referência para avaliação do estado nutricional segundo IMC para idade de crianças de 5 a 10 anos.
VALORES CRÍTICOS IMC/IDADE
Escore Z 5 a 10 anos
< - 3 Magreza acentuada
> - 3 e < - 2 Magreza
> - 2 e < + 1 Eutrofia
> + 1 e < + 2 Sobrepeso
> + 2 e < + 3 Obesidade
> + 3 Obesidade Grave
Fonte: SBP, 2009.
Impossibilidade de veri�car o peso e a altura
Utiliza-se a CB
Indicador de Desnutrição Energético-Proteica (DEP)
A CB re�ete a composição corpórea total, sem distinguir 
tecido adiposo de massa magra
Figura 7.4. Algoritmo para determinação do uso de CB na impossibilidade do uso de peso e altura em crianças de 5 a 10 
anos e adolescentes.
2.1.4 Adolescentes
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1985) a adolescência corresponde cronologicamente 
ao período que vai dos 10 aos 19 anos completos. Nesta faixa etária devem-se utilizar as medidas de peso (P), 
estatura (E), circunferência do braço (CB), dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do braço 
(CMB) em sua avaliação nutricional (SBP, 2009). Adicionalmente, utilizar os índices antropométricos estatura 
para idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I) (Accioly; Padilha, 2007). 
Quadro 7.13. Valores de referência para a avaliação do estado nutricional de adolescentes de acordo com o escore Z, considerando-se os 
índices E/I e IMC/I.
VALORES CRÍTICOS 
ESCORE Z
E/I IMC/I
< - 3 Muito baixa estatura para idade Magreza acentuada
> - 3 e < - 2 Baixa estatura para idade Magreza
> - 2 e < - 1 Estatura adequada para idade Eutrofia
(continua)
43
VALORES CRÍTICOS 
ESCORE Z
E/I IMC/I
> - 1 e < + 1 Estatura adequada para idade Eutrofia
> + 1 < + 2 Estatura adequada para idade Sobrepeso
> + 2 < + 3 Estatura adequada para idade Obesidade
> + 3 Estatura adequada para idade Obesidade grave
Fonte: SISVAN, 2008.
As curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (2007) para lactentes, pré-escolares, escola-
res e adolescentes estão disponíveis nos anexos.
2.2 INVESTIGAÇÃO DIETÉTICA
Investigação dietética
Anamnese nutricional especí�ca por faixa etária
Recordatório habitual 
(1ª avaliação do consumo alimentar)
Recordatório de 24h
(acompanhamento diário)
Figura 7.5. Algoritmo para determinação da investigação dietética de crianças e adolescentes.
2.2.1 Recém-nascido (RN) e Lactentes
Se realizar aleitamento materno exclusivo, é importante questionar:
• Quantidade ao dia e tempo das mamadas; 
• Se há o esvaziamento completo e revezamento das mamas; 
• Quantidade de fraldas utilizadas ao dia;
• Características das evacuações e da diurese (quantidade e coloração). 
Se fizer uso de fórmula infantil perguntar sobre:
• Diluição utilizada e volume ofertado;
• Quantidade total ofertada no dia;
• Oferta hídrica;
• Associação com leite materno ou alimentação complementar;
• Modo de armazenamento da lata e condições higiênico-sanitárias na manipulação;
• Possível adição de outros preparados (Ex: açúcar, farináceos, frutas, suplementos) (SBP, 2009).
44
2.2.2 Pré-escolar, escolar e adolescentes
PRIMEIRA AVALIAÇÃO 
• Anamnese nutricional específica por faixa etária (Anexos B e C)
• Recordatório habitual
A anamnese alimentar deve abranger a alimentação habitual, o tipo e o horário das refeições diárias e ava-
liar alterações no padrão alimentar nos dias anteriores à internação e o motivo dessa modificação. Questionar 
sobre alergias e/ou intolerâncias, preferências e aversões alimentares. Contar sempre com a colaboração da mãe 
ou responsável para responder os questionamentos (Cavendish, 2010; SBP, 2009). 
Tópicos importantes:
• Perguntar horário que acorda e dorme;
• Anotar horário das refeições, alimentos ingeridos, consistência da dieta, modo de preparo e a quantidade 
consumida;
• Ingestão de água;
• Consumo de líquidos nas refeições, adição de sal e açúcar nas preparações;
• Utensílios utilizados (Ex: faz uso de mamadeira ou copo);
• Hábito de beliscar e consumo de guloseimas (SBP, 2009).
ACOMPANHAMENTO INTRA-HOSPITALAR: 
• Recordatório de 24h
Importante observar aceitação da dieta prescrita e necessidade de alteração na conduta. Caso o paciente e o 
acompanhante apresentem dificuldade para lembrar, solicitar o preenchimento de Registro Alimentar (SBP, 2009).
2.3 EXAMES BIOQUÍMICOS
 Os exames bioquímicos podem auxiliar na avaliação de risco, no diagnóstico e no acompanhamento 
nutricional de crianças e adolescentes,fornecendo subsídios para o estabelecimento da conduta nutricional 
(DUARTE, 2007). 
Quadro 7.14. Parâmetros bioquímicos utilizados em pediatria.
EXAME VALORES DE REFERÊNCIA
Albumina
Pré-termo: 2,5 – 4,5 g/ dL
Termo: 2,5 – 5,0 g/ dL
1 – 3 meses: 3,0 – 4,2 g/ dL
3 – 12 meses: 2,7 – 5,0 g/ dL
> 1 ano: 3,2 – 5,0 g/ dL
Transferrina 180 – 260 mg/dL
Hemoglobina < 11 mg/ dL
Hematócrito < 33%
Volume corpuscular médio (VCM) < 75 Fl
Ferritina < 12 ng/mL
Fonte: Duarte, 2007.
45
Quadro 7.15. Parâmetros bioquímicos utilizados em pediatria de acordo com faixa etária.
FAIXA ETÁRIA
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
(< g/dL) HEMATÓCRITO (%)
Criança (idade em anos)
1 < 2 11,0 32,9
2 < 5 11,1 33,0
5 < 8 11,5 34,5
 8 < 12 11,9 35,4
Sexo masculino (idade em anos)
12 < 15 12,5 37,3
15 < 18 13,3 39,7
≥ 18 13,5 39,9
Sexo feminino (não gestante e não lactante)
12 < 15 11,8 35,7
15 < 18 12,0 35,9
 ≥ 18 12,0 35,7
Fonte: Duarte, 2007.
2.4 EXAME FÍSICO
Quadro 7.16. Parâmetros nutricionais do exame físico de escolares e adolescentes.
ÓRGÃO/TECIDO/
SISTEMA MANIFESTAÇÃO
INDICAÇÃO DE COMPROMETIMENTO
Fácies agudo Exaustão, cansaço, não consegue manter os olhos abertos por muito tempo Desnutrição aguda
Fácies crônico Depressão, tristeza Desnutrição crônica – Desnutrição Proteico Calórica
Pele, regiões palmo plantares, mucosas conjun-
tival e labial Palidez Anemia
Olhos Brilho e tensão ocular (olhos encovados) Desidratação
Boca Umidade da língua na parte inferior Desidratação
Pele Pele murcha e prega que se desfaz lentamente Desidratação
Pele e mucosas Amareladas Icterícia
Têmporas Atrofia bilateral Indicativo de hiporexia, anorexia, disfagia – perda de reserva calórica
Bola gordurosa de Bichat
Sinal da asa quebrada – paciente em perfil com 
atrofia da musculatura temporal junto à perda da 
bola gordurosa
Perda protéico-calórica prolongada
Pescoço Perdas musculares com exacerbação das regiões supra e infraclaviculares e da fúrcula esternal
Perda de massa muscular há muito tempo – 
Desnutrição Crônica
Tórax Retração intercostal. Redução da força de sustenta-
ção corporal Depleção crônica
Membros superiores Atrofia da musculatura bicipital e tricipital Depleção crônica
Atrofia das musculaturas de pinçamento Depleção crônica
Abdome
Escavado Perda de reserva calórica
Umbigo em chapéu Privação calórica, sem perda ponderal signifi-cativa
Membros inferiores Atrofia da musculatura das coxas Perda de força muscular
Atrofia da musculatura da panturrilha Desnutrição protéico calórica
Fonte: Duarte, 2007.
Todos os tópicos acima descritos, assim como as informações clínicas do paciente deverão ser investigados 
na Anamnese Clínica e Nutricional Pediátrica (Anexos B e C). Como parte integrante do diagnóstico nutricio-
nal, a Avaliação Nutricional Subjetiva Global em Pediatria também deverá ser aplicada (Anexo D).
46
REFERÊNCIAS
Accioly E; Padilha PC. Semiologia nutricional em pediatria. In: Duarte ACG. Avaliação Nutricional: aspectos 
clínicos e laboratoriais. Cap. 13, p. 113 – 136. 607 p. 2007.
Duarte ACG. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. 607 p.
Stevenson RD. Use of segmental measures to estimate stature in children with cerebral palsy. Arch Pediatr Ado-
lesc Med 1995;149:658–62.
Vasconcelos MJOB; Barbosa JM; Pinto ICS; Lima TM; Araújo AFC. Nutrição Clínica - Obstetrícia e Pediatria. 1 
ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2011. 758 p.
47
Anexo A – Formulário STRONG kids (Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status and Growth)
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA 
FORMULÁRIO DE TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL – PEDIATRIA
PACIENTE: _______________________________________________ PRONTUÁRIO:______________
NOME DA MÃE: ___________________________________________ 
CLÍNICA:____________________ LEITO:___________ 
DATA INTERNAÇÃO:_____/_____/______ DATA TRIAGEM: _____/_____/______
STRONG KIDS (Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status and Growth) 
TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL (em 24h) – crianças > 1 mês
ITENS DE AVALIAÇÃO ESCORE
1. Avaliação subjetiva clínica: o paciente apresenta estado nutricional deficiente verificado através da avaliação clínica 
subjetiva (diminuição da gordura subcutânea e/ou massa muscular e/ou face emagrecida)? Sim = 1 ponto
2. Doença de alto risco (conforme abaixo):o paciente apresenta uma doença associada com risco de desnutrição ou 
previsão de grande cirurgia? – verificar a relação abaixo
Doença de alto risco: Anorexia nervosa; Queimaduras; Displasia Broncopulmonar (idade máxima de 2 
anos); Doença celíaca; Fibrose cística; Prematuridade (6 meses de idade corrigida); Doença cardíaca crônica; 
Doenças infecto-contagiosas (AIDS); Doença inflamatória intestinal; Câncer; Doença hepática crônica; Pancreatite; 
Síndrome do intestino curto; Doença muscular; Doença metabólica; Trauma; Retardo mental; Expectativa de grande 
cirurgia; Não especificado (classificadas por médico).
Sim = 2 pontos
3. Ingestão nutricional e perdas: Alguns dos itens a seguir estão presentes?
( ) Excessiva diarreia (> 5 vezes por dia) e/ou vômitos (> 3 vezes / dia) nos últimos dias?
( ) Reduzida ingestão alimentar durante os últimos dias antes da admissão (não incluindo o jejum para uma 
cirurgia ou procedimento eletivo)?
( ) Intervenção nutricional com orientação dietética prévia?
( ) Incapacidade de ingestão alimentar adequada por causa de dor?
Sim = 1 ponto
4. Perda de peso ou ganho de peso insuficiente: Há perda de peso ou nenhum ganho de peso (bebês < 1 ano) durante 
as últimas semana/meses? Sim = 1 ponto
Peso atual = ______ Estatura = __________ IMC = _________ 
Peso usual = _________ Perda de peso/tempo = _________________ 
P/I: _______________________ E/I: _______________
P/E:_______________________ IMC/I:___________________________
NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DE ACORDO COM A CATEGORIA DE RISCO:
 a) Escore: 4 a 5 pontos RISCO ALTO realizar Avaliação Objetiva Nutricional; visitas diárias; Acompanhamento Nutricional 
Individualizado;
b) Escore: 1 a 3 pontos RISCO MODERADO acompanhar aceitação alimentar diariamente; verificar peso duas vezes por semana; 
avaliar o risco nutricional após uma semana;
c) Escore: 0 pontos RISCO BAIXO acompanhar aceitação alimentar diariamente; avaliar o risco nutricional após uma semana.
Pontuação Final / Escore total: ______________________
Resultado: ( ) Risco nutricional alto ( ) Risco nutricional moderado ( ) Risco nutricional baixo
Conduta: ( ) Avaliação nutricional objetiva imediata. Acompanhamento nutricional individualizado diariamente.
 ( ) Verificar peso 2 x/sem. Reavaliar risco nutricional em: ______/______/_________
 ( ) Reavaliar o risco nutricional em: ______/______/_________
 ______________________________________________________________________
Nutricionista (carimbo/ assinatura):
48
Anexo B - Anamnese clínica e nutricional para recém-nascidos, lactentes e pré-escolares.
5. História pregressa de vida da criança (abordar aspectos 
relevantes desde gestação): 
Peso ao nascer (kg)
Medida ao nascer (cm)
Apresentou alguma intercorrência 
durante a gestação?
Tipo de parto □ Natural 
□ Cesárea 
Idade gestacional □ A termo 
 ______ semanas 
□ Pré-termo 
 _____ semanas
6.Avaliação Nutricional:
Amamentação
a) É a primeira vez que o paciente é amamentado? 
□ Sim □ Não
b) O seio é alternado a cada amamentação? 
□ Sim □ Não
c) Quantas vezes o paciente é amamentado num período de 
24h?__________
d) Qual o tempo geralmente da mamada? _____ (minutos)
e) Você é capaz de identificar quando o paciente está com 
fome? 
□ Sim □ Não. 
E quando está satisfeito? 
□ Sim □ Não
f ) Você, como cuidador, tem alguma preocupação relaciona-
da à amamentação? 
□ Sim □ Não
g) Você oferece outros líquidos para o paciente?
□ Sim □ Não.
□ água _________ ml/dia□ suco ou caldo de fruta _________ ml/dia
□ chás _________ ml/dia 
□ refrigerante _________ ml/dia
□ outros ______________________________ml/dia
 Investigação Dietética:
-Intolerância alimentar? 
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA 
ANAMNESE CLÍNICA E NUTRICIONAL 
PEDIÁTRICA
RECÉM-NASCIDOS, LACTENTES (0 a 2 anos) E PRÉ-
ESCOLARES (2 a 5 anos)
1.Identificação:
Nome:______________________________
Nome da mãe:________________________
DN:_____/_____/_______ Idade:___________ 
Sexo: □ Fem. □ Masc. 
Naturalidade:_______________ 
Procedência:_________________________
Com quem mora?_____________________
Quantas pessoas residem?____________
2. Queixa principal / Motivo da internação: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________ 
3. História da Doença Atual:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________ 
4. Diagnóstico clínico: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________ 
49
□Sim □Não Qual?______________________________
-Alergia alimentar? 
□Sim □Não
Qual?_______________________________
-Faz uso de mamadeira? 
□Sim □Não 
Horários?___________________
Produto:_____________________________________
-Preferências alimentares:______________________
-Aversões alimentares:________________________
- Apetite atualmente? 
□ Anorexia □ Hiporexia 
□ Preservado □ Aumentado 
Houve alteração na ingestão habitual? 
□ Sim □ Não 
Se sim: □ Aumentou □ Diminuiu
Há quanto tempo a ingestão mudou?_____________(dias, 
semanas, meses)
A mudança de apetite está associada a algum fa-
tor?_________________________
Alterações na ingestão alimentar atual
Situação Não Sim
Dificuldades para sugar, engolir, mastigar ou 
morder
Choro, afogamento, tosse, engasgo ou ânsia 
durante uma refeição ou quando vê comida 
ou mamadeira
Recusa-se a engolir a comida
Recusa-se a comer a comida se tiver pedaços 
pequenos ou maiores (não gosta ou tem medo 
de comida mais consistente)
Outros (explique)
- Funcionamento intestinal: 
□ Regular □ Obstipação □ Diarreia; 
OBS:_______________________________
- Paciente mantém seu nível de atividade semelhante ao 
habitual? □ Sim □ Não Qual? ____________________ 
(Ativo, hipoativo, prostrado)
- É considerado atualmente:
□ Acamado □ Deambula: 
□ com dificuldade □ sem dificuldade 
□ Não se aplica
Consumo de leite ou fórmulas lácteas
a) Que tipo de leite faz uso? (marque todos que se aplicam 
atualmente)
□ leite materno 
□ leite de vaca (ou cabra)
□ integral □ desnatado 
□ extrato de soja □ fórmula láctea
b) Como é oferecido o leite ao paciente? (marque todos que 
se aplicam atualmente)
□ Amamentação □ Mamadeira 
□ Xícara / copo □ Sonda de alimentação
Mamadeira ou alimentação por sonda:
a) Qual o nome da dieta ou fórmula láctea que o paciente 
utiliza?___________________________
b) Como é preparada essa dieta ou fórmula? (qual a quanti-
dade do produto, água e outras coisas são acrescentadas?) 
______________________________________________
______________________
c) Quantas etapas são ofertadas por dia?_________
d) Qual o volume é ofertado por etapa?_____
e) Quanto tempo demora para se alimentar_______
Consistência dos alimentos: 
a) Qual a consistência dos alimentos que o paciente come? 
□ Sopa: □ batida □ em pedaços
□ Pastosa (alimentos liquidificados) 
□ Branda (alimentos em pequenos pedaços) 
□ Livre (igual da família) 
Registro do consumo alimentar: 
RECORDATÓRIO HABITUAL
REFEIÇÃO / 
HORÁRIO ALIMENTOS / MEDIDAS CASEIRAS
Desjejum
__________
Colação
__________
Almoço
__________
Lanche da tarde
__________
Jantar
__________
50
Ceia
__________
7. Exame Físico:
EMAGRECIMENTO
Local Ausente Moderado Grave
Têmporas
Bochechas
Braços
Tórax
Nádegas
Pernas
EDEMA
Local Ausente Moderado Grave
Região sacral 
Pés e tornozelos 
Outros (explique):
Outros sinais físicos sugestivos de desnutrição: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
8. Antropometria:
Peso atual:_________ Kg 
Peso usual:________ Kg
Perda de peso / Tempo: ________ 
%PP: _________
Estatura atual:______m ou cm IMC:______Kg/m2
Classificações do estado nutricional
P/I = _______________________________
E/I = _______________________________
P/E = ______________________________
IMC/I = ____________________________
Outras medidas (se houver impossibilidade de aferir peso e 
estatura):
CB:___________ PCT:___________ CMB:_______
9. Exames bioquímicos:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
10. Resultados Instrumentos de Avaliação:
□ Strong Kids: ____________________________
□ ANSG em Pediatria:_______________________
11.Diagnóstico Nutricional: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
12. Necessidades Nutricionais:
ENE = ENPtn=
Outros:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
13.Metas Nutricionais: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
14.Conduta Nutricional:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
Assinatura /Carimbo:_________________
51
Anexo C - Anamnese clínica e nutricional para escolares e adolescentes. 
- Faz uso de mamadeira? □ Sim □ Não Horá-
rios?____________________________
 Produto(s) / Diluição:____________________________
- Preferências alimentares: 
______________________________________________
- Aversões alimentares: 
______________________________________________- Sintomatologia: 
□ Náuseas □ Vômitos □ Disfagia.
Outros:________________________________________
______________________________________________
- Apetite atualmente? 
□ Anorexia □ Diminuído 
□ Bom □ Aumentado 
Houve alteração na ingestão habitual? 
□ Sim □ Não 
Se sim: □ Aumentou □ Diminuiu
Há quanto tempo a ingestão mudou?_____________(dias, 
semanas, meses)
- Funcionamento intestinal: 
□ Regular □ Obstipação □ Diarreia; 
OBS:__________________________
- Paciente mantém seu nível de atividade semelhante ao 
habitual? □ Sim □ Não Qual? ____________ (Ativo, 
hipoativo, prostrado)
- É considerado atualmente:
□ Acamado □ Deambula: 
□ com dificuldade □ sem dificuldade 
Alterações na ingestão alimentar atual:
Situação Não Sim
Problemas de mastigação, deglutição, 
sufocação, tosse ou engasgo
Comportamento inapropriado com a comida 
que incomoda os outros durante a refeição
“Não quero comer” / “Estou sem fome”
“Sinto-me satisfeito após apenas umas 
garfadas”
Outros (explique)
ANAMNESE CLÍNICA E NUTRICIONAL 
PEDIÁTRICA
ESCOLARES (6 a 10 anos) E 
ADOLESCENTES (10 a 18 anos)
1.Identificação:
Nome:______________________________
Nome da mãe:________________________
DN:____/_____/_____ Idade:______ 
Sexo: □ Fem. □ Masc. 
Naturalidade:______________ 
Procedência:_________________________
Com quem mora?_____________________
Quantas pessoas residem?______________
2.Queixa principal / Motivo da internação: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
3.História da Doença Atual:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
4.Diagnóstico clínico: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
5. Avaliação Nutricional:
Investigação Dietética:
- Intolerância alimentar? □ Sim □ Não 
Qual?_______________________________
- Alergia alimentar? □ Sim □ Não 
Qual?_______________________________
52
Alimentação por sonda:
a) Qual o nome da dieta que o paciente utiliza? 
______________________________________________
______________________________________________
b) Como é preparada essa dieta? (qual a quantidade do pro-
duto, água e outras coisas são acrescentadas?) 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
c) Quantas etapas são ofertadas por dia?___________
d) Qual o volume é ofertado por etapa? ___________ mL
e) Quanto tempo geralmente demora essa alimentação? 
______________________________________________
Registro do consumo alimentar:
RECORDATÓRIO HABITUAL
REFEIÇÃO / 
HORÁRIO ALIMENTOS / MEDIDAS CASEIRAS
Desjejum
__________
Colação
__________
Almoço
__________
Lanche da tarde
__________
Jantar
__________
Ceia
__________
6. Exame Físico:
GORDURA SUBCUTÂNEA
Local Sem perda Perda moderada Perda grave
Maçãs do rosto
Bíceps
Tríceps
Costelas
Nádegas
MASSA MUSCULAR
Local Sem perda Perda moderada Perda grave
Têmpora
Clavícula
Ombros
Escápula
Quadríceps
Panturrilha
EDEMA
Local Ausente Moderado Grave
Pés e tornozelos 
Região sacral 
Outros (explique):
Outros sinais físicos sugestivos de desnutrição: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
________
7. Antropometria:
Peso atual:_________ Kg Peso usual:_________ Kg
Perda de peso / Tempo: ______________________
%PP: _________
Estatura atual:____________m IMC:____________Kg/
m2
Classificações do estado nutricional:
P/I = _______________________________
E/I = _______________________________
P/E = ______________________________
IMC/I = ____________________________
Outras medidas (se houver impossibilidade de aferir peso e 
estatura):
CB:_____________ PCT:______________ 
CMB:_______________
8. Exames bioquímicos:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
9. Resultados Instrumentos de Avaliação:
□ Strong Kids : ___________________________
□ ANSG em Pediatria : ______________________
11.Diagnóstico Nutricional:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
12. Necessidades Nutricionais:
ENE = ENPtn=
Outros:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
53
13. Metas Nutricionais: 
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
14.Conduta Nutricional:
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
Assinatura / Carimbo:________________________
54
Anexo D – Questionário de Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) em pediatria.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
HOSPITAL DAS CLÍNICAS 
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA 
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL (ANSG) EM PEDIATRIA 
1.Identificação:
Nome:_____________________________________
Nome da mãe:_______________________________
Leito: _________ Clínica:______________________
No prontuário: __________________ Idade:___________ DN:_____/_____/_______ 
Sexo: □ Fem. □ Masc. Data avaliação:___/___/___
História Clínica
Escore ANSG
Normal Moderada Grave
Adequação da altura para idade (nanismo) 
Percentil de altura: 
□ ≥ 3o perc. □ < 3o perc. 
É apropriado considerar altura dos pais? 
□ Sim □ Não 
Curvas de crescimento:
□ mantendo ou aumentando percentis
□ estável ou diminuição de 1 percentil
□ diminuição de > 1 percentil
Adequação do peso atual para altura (emaciação)
Peso ideal = _______Kg
Porcentagem do peso ideal:______________%
□ ≥ 120% □ ≥ 110- 119%
□ ≥ 90- 109%
□ ≥80- 89% □ < 79%
Alterações não intencionais no peso (magreza)
a)Curva de peso:
□ mantendo ou aumentando percentis
□ estável ou diminuição de 1 percentil
□ diminuição de > 1 percentil
b) Perda de peso:
□ Nenhuma
□ perda de < 5% do peso usual
□ perda de ≥ 5% do peso usual
c) Mudanças nas últimas 2 semanas:
□ Nenhuma
□ Aumentou
□ Diminuiu
Adequação da ingestão dietética
a) A ingestão é:
□ Adequada
□ Inadequada - hipocalórica
□ Inadequada – jejum55
b) Ingestão atual X habitual
□ Sem mudanças
□ Aumentou
□ Diminuiu
c) Duração da mudança:
□ < 2 semanas
□ ≥ 2 semanas
Capacidade funcional (nutricionalmente relacionados):
a) □ Nenhum prejuízo energético; capaz de realizar atividades 
adequadas à idade.
b) □ Restrito em atividade física extenuante, mas capaz de 
fazer a reprodução e/ou atividades escolares de natureza leve 
ou sedentária; menos energia; cansado com mais frequência.
□ Pouco ou nenhuma atividade, confinado à cama ou cadeira 
por > 50% do tempo acordado; sem energia; dorme com 
frequência.
b) Função nas últimas 2 semanas:
□ Sem alterações
□ Aumentou
□ Diminuiu
Estresse metabólico da doença
□ Sem estresse
□ Estresse aumentado
□ Estresse grave
Exame físico Normal Moderada Grave
Perda de gordura subcutânea
□ Sem perda na maioria ou todas as áreas
□ Perda em algumas, mas não em todas as áreas
□ Perda severa na maioria ou em todas as áreas
Perda muscular
□ Sem perda na maioria ou todas as áreas
□ Perda em algumas, mas não em todas as áreas
□ Perda severa na maioria ou em todas as áreas
Edema (relacionado ao estado nutricional)
□ Sem edema
□ Edema moderado
□ Edema severo
Resultado:
□ Normal / Bem nutrida □ Moderadamente desnutrida □ Gravemente desnutrida
Assinatura / Carimbo:________________________
56
Anexo E - Curva de escore-Z de peso para idade para crianças até seis meses de idade, sexo feminino.
57
Anexo F - Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de até seis meses, sexo masculino.
58
Anexo G - Curva de escore-Z de comprimento para idade de crianças até seis meses, sexo feminino.
59
Anexo H - Curva de escore-Z de comprimento para idade de crianças até seis meses, sexo masculino.
60
Anexo I - Curva de escore-Z de peso para comprimento de crianças até dois anos, sexo feminino.
61
Anexo J – Curva de escore-Z de peso para comprimento de crianças até dois anos, sexo masculino.
62
Anexo K – Curva de escore-Z de comprimento para idade para crianças até dois anos, sexo feminino.
63
Anexo L – Curva de escore-Z de comprimento para idade para crianças até dois anos, sexo masculino.
64
Anexo M – Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo feminino.
65
Anexo N – Curva de escore-Z de peso para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculino.
66
Anexo O – Curva de escore-Z de altura para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo feminino.
67
Anexo P – Curva de escore-Z de altura para idade para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculino.
68
Anexo Q - Curva de escore-Z de peso para altura para crianças de 2 a 5 anos, sexo feminino.
69
Anexo R - Curva de escore-Z de peso para altura para crianças de 2 a 5 anos, sexo masculino.
70
Anexo S – Curva de escore-Z de peso por idade para crianças de 5 a 10 anos, sexo feminino. 
71
Anexo T – Curva de escore-Z de peso por idade para crianças de 5 a 10 anos, sexo masculino. 
72
 Anexo U - Curva de escore-Z de estatura por idade de crianças de 5 a 19 anos, sexo feminino. 
73
Anexo V – Curva de escore-Z de estatura por idade de crianças de 5 a 19 anos, sexo masculino. 
74
Anexo X – Curva de escore-Z de IMC por idade para crianças de 5 a 19 anos, sexo feminino. 
75
Anexo Z – Curva de escore-Z de IMC por idade de criança de 5 a 19 anos, sexo masculino.
76
8
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
1 NECESSIDADES PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
• ENERGIA
Quadro 8.1. Estimativa da necessidade calórica em pacientes pediátricos (cálculo direto).
IDADE Kcal/ Kg de PESO/ DIA
0 – 1 ano 90 – 120 
1 – 7 anos 75 – 90 
7 – 12 anos 60 – 75 
12 – 18 anos 30 – 60 
18 – 25 anos 25 – 30 
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
Quadro 8.2. Fórmulas para cálculo da necessidade energética de pacientes de 0 a 18 anos.
AMBOS OS SEXOS: 0 A 2 ANOS
GET (Kcal/dia) = 89 x peso da criança (kg) - 100
NE = GET + energia de crescimento
NE (0 – 3 meses) = (89 x peso – 100) + 175 (kcal para crescimento)
NE (4 – 6 meses) = (89 x peso – 100) + 56 (kcal para crescimento)
NE (7 – 12 meses) = (89 x peso – 100) + 22 (kcal para crescimento)
NE (13 – 35 meses) = (89 x peso – 100) + 20 (kcal para crescimento)
SEXO MASCULINO: 3 A 8 ANOS
NE = GET + energia armazenada
NE = 88,5 – 61,9 x idade [a] + AF x (26,7 x peso [kg] + 903 x altura [m] + 20 (kcal p/ crescimento)
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,13 atividade leve
AF = 1,26 atividade moderada
AF = 1,42 atividade intensa
SEXO FEMININO: 3 A 8 ANOS
NE = GET + energia armazenada
NE = 135,3 – 30,8 x idade [a] + AF x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m] + 20 (kcal p/ crescimento)
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,13 atividade leve
AF = 1,31 atividade moderada
AF = 1,56 atividade intensa
SEXO MASCULINO: 9 A 18 ANOS
NE = GET + energia armazenada
NE = 88,5 – 61,9 x idade [a] + AF x (26,7 x peso [kg] + 903 x altura [m] + 25 (kcal p/ crescimento)
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,13 atividade leve
AF = 1,26 atividade moderada
AF = 1,42 atividade intensa
77
SEXO FEMININO: 9 A 18 ANOS
NE = GET + energia armazenada
NE = 135,3 – 30,8 x idade [a] + AF x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m] + 25 (kcal p/ crescimento)
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,13 atividade leve
AF = 1,31 atividade moderada
AF = 1,56 atividade intensa
SEXO MASCULINO COM SOBREPESO E OBESIDADE: 3 A 18 ANOS
GEB (kcal/dia) = 420 – 33,5 x idade [a] + 418 x altura [m] + 16,7 x peso [kg]
GET manutenção do peso em meninos com sobrepeso e obesidade de 3 a 18 anos
GET = 114 – 50,9 x idade [a] + AF x (19,5 x peso [kg] + 1161,4 x altura [m])
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,12 atividade leve
AF = 1,24 atividade moderada
AF = 1,45 atividade intensa
SEXO FEMININO COM SOBREPESO E OBESIDADE: 3 A 18 ANOS
GEB (kcal/dia) = 516 – 26,8 x idade [a] + 347 x altura [m] + 12,4 x peso [kg]
GET manutenção do peso em meninas com sobrepeso e obesidade de 3 a 18 anos
GET = 389 – 41,2 x idade [a] + AF x (15,0 x peso [kg] + 701,6 x altura [m])
Atividade física (AF) = 1,0 sedentário
AF = 1,18 atividade leve
AF = 1,35 atividade moderada
AF = 1,60 atividade intensa
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
• MACRONUTRIENTES
Quadro 8.3. Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes em pediatria.
FAIXA ETÁRIA CARBOIDRATOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS
0 – 6 meses 60g (AI*) 9,1g (AI*) 31g (AI*)
7 – 12 meses 95g (AI*) 13,5g (RDA*) 30g (RDA*)
1 – 3 anos 45 – 65% 5 – 20% 30 – 40%
4 – 18 anos 45 – 65% 10 – 30% 25 – 35%
AI: Ingestão Adequada; RDA: Ingestão dietética recomendada
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
• PROTEÍNAS 
Quadro 8.4. Estimativa da necessidade proteica em pediatria.
FAIXA ETÁRIA NECESSIDADE PROTEICA (g/kg/dia)
Baixo peso ao nascer 3 – 4 
Termo 2 – 3 
1 a 10 anos 1 – 1,2 
Adolescente masculino 0,9 
Adolescente feminino 0,8
Criança / adolescente grave 1,5
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
78
• CARBOIDRATOS
 ¾ 40 – 50% do valor energético total (VET) da dieta
 ¾ Neonatos em Nutrição Parenteral Total (NPT): iniciar com aproximadamente 6 – 8 mg/kg/minuto de 
glicose, com tolerância máxima de até 10 – 14 mg/kg/minuto para minimizar a hiperglicemia.
Quadro 8.5. Faixa de distribuição aceitável de carboidratos em pediatria.
FAIXA ETÁRIA CARBOIDRATOS
0 – 6 meses 60 g (AI*)
7 – 12 meses 95 g (AI*)
1 – 3 anos 45 – 65%
4 – 18 anos 45 – 65%
*AI – Ingestão Adequada.
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
• LIPÍDEOS
 ¾ De 2 a 6 anos: evoluir gradativamente para uma dieta com até 30% de lipídios do VET, sendo ofertado 
no máximo 10% de gordura saturada.
 ¾ Ácidos graxos ômega-6 (linoléico) = 5 – 10% do VET da dieta
 ¾ Ácidos graxos ômega-3 (linolênico) = 0,6 – 1,2% do VET da dieta, sendo que até 10% desse valor pode 
ser consumido como ácido eicosapetaenóico (EPA) ou ácido docosahexaenóico (DHA). 
Quadro 8.6. Recomendações nutricionais de lipídios em pediatria.
FAIXA ETÁRIA LIPÍDIOS
0 – 6 meses 31g (AI*)
7 – 12 meses 30g (RDA*)
1 – 3 anos 30 – 40%
4 – 18 anos 25 – 35%
*AI: Ingestão adequada;RDA: Ingestão dietética recomendada
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.
2 NECESSIDADES PARA CRIANÇAS EM ESTADO GRAVE EM TERAPIA NUTRICIONAL 
ENTERAL OU PARENTERAL
• ENERGIA
2.1 RECÉM-NASCIDOS (RN)
 As recomendações das necessidades nutricionais variam de acordo com os dias de vida, conforme o quadro 
8.7. Em casos de nutrição parenteral, recomenda-se que a porcentagem de glicose seja maior em relação aos lipídios 
e que tenha pelo menos 1 g de aminoácido para cada 25 calorias não proteicas (SBNPE; ASBRAN, 2011).
Quadro 8.7. Recomendações das necessidades calóricas por via parenteral para RNPT.
DIAS DE VIDA OFERTA CALÓRICA (Kcal/kg/dia) 
1 – 4 50
5 – 7 60
8 – 10 85
> 10 100
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
79
2.2 LACTENTES, PRÉ-ESCOLARES, ESCOLARES E ADOLESCENTES
Quadro 8.8. Fórmulas para o cálculo do gasto energético basal (GEB).
IDADE GEB (kcal/kg/dia) MASCULINO IDADE GEB (kcal/kg/dia FEMININO)
0 – 3 anos 0,167 x P + 1517,4 x E – 617,6 0 – 3 anos 16,25 x P + 1023,2 x E – 413,5
3 – 10 anos 19,6 x P + 130,3 x E + 414,9 3 – 10 anos 16,97 x P + 161,8 x E + 371,2
10 – 18 anos 16,25 x P + 137,2 x E + 515,5 10 – 18 anos 8,365 x P + 465 x E + 200
P – peso; E – estatura; GEB – gasto energético basal.
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011; FAO-OMS, 1989.
Quadro 8.9. Fatores de correção do GEB para situações de estresse.
DOENÇA DE BASE FATOR DE CORREÇÃO
Ausente 1,0
Pós-operatório 1,1 – 1,3
Sepse 1,3
Trauma 1,2 – 1,6
Queimado 1,2 – 2,0
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
• FLUIDOS E ELETRÓLITOS
Quadro 8.10. Cálculo das necessidades hídricas no período neonatal.
DIAS DE VIDA/PN 1º - 2º DIA 3º - 7º DIA
< 750 g 80 – 120 mL 120 – 160 mL
750 – 1000 g 70 – 90 mL 100 – 150 mL
1001 – 1500 g 60 – 70 mL 100 – 150 mL
> 1500 g 60 – 70 mL 100 – 150 mL
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Quadro 8.11. Fórmula de Holliday-Segar, para o cálculo das necessidades hídricas do paciente pediátrico.
NECESSIDADE HÍDRICA EM PEDIATRIA - FÓRMULA DE HOLLIDAY-SEGAR
100 mL/kg para uma criança de 3 a 10 kg
1000 mL + 50 mL/kg para cada kg acima de 10 kg para uma criança de 10 a 20 kg
1500 mL + 20 mL/kg para cada kg acima de 20 kg para uma criança acima de 20 kg
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Quadro 8.12. Valores de ingestão adequada de água e eletrólitos em pediatria.
IDADE ÁGUA TOTAL (L/DIA) LÍQUIDOS (L/DIA) POTÁSSIO (g/DIA) SÓDIO (g/DIA) CLORETO (g/DIA)
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
0,7 (LH)*
0,8
----
0,6
0,4
0,7
0,12
0,37
0,18
0,57
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
1,3
1,7
0,9
1,2
3,0
3,8
1,0
1,2
1,5
1,9
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
2,4
3,3
1,8
2,6
4,5
4,7
1,5
1,5
2,3
2,3
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
2,1
2,3
1,6
1,8
4,5
4,7
1,5
1,5
2,3
2,3
* LH = Leite Humano Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
80
Quadro 8.13. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para sódio e cloro em pediatria.
IDADE SÓDIO (g/dia) CLORO (g/dia)
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
ND*
ND
ND
ND
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
1,5
1,9
2,3
2,9
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
2,2
2,3
3,4
3,6
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
2,3
2,3
3,6
3,6
ND = Não Determinado Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
• MICRONUTRIENTES
Quadro 8.14. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para água, vitamina D, fósforo, magnésio e flúor em pediatria.
Categoria Água total (mL/dia) Vitamina D (µg/dia)a,b Fósforo (mg/dia) Magnésio (mg/dia) Flúor (mg/dia)
AI UL AI UL EAR RDA RDA UL AI UL
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
210
270
ND
ND
5
5
25
25
100*
275*
30*
75*
ND
ND
0,01
0,5
0,7
0,9
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
500
800
2500
2500
5
5
50
50
380
405
460
500
80
130
65
110
0,7
1
1,3
2,2
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
1300
1300
2500
2500
5
5
50
50
1055
1055
1250
1250
240
410
350
350
2
3
10
10
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
1300
1300
2500
2500
5
5
50
50
1055
1055
1250
1250
240
360
350
350
2
3
10
10
Gestantes
≤ 18 anos 1300 2500 5 50 1055 1250 400 350 3 10
Lactantes
≤ 18 anos 1300 2500 5 50 1055 1250 360 350 3 10
*ND= Não determinado; a Como colecalciferol (1 µg = 40 UI de vitamina D); b Na ausência de adequada exposição à luz. 
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Quadro 8.15. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para tiamina, riboflavina, niacina, vitamina B6 e folato em pediatria.
Categoria Tiamina (mg/dia) Riboflavina (mg/dia)
Niacina a
(mg/dia)
Vitmina B6 (mg/dia) Folato c,d
(µg/dia)
EAR RDA EAR RDA EAR RDA ULb EAR RDA UL EAR RDA UL**
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
0,2*
0,3*
0,3*
0,4*
2*
4*
ND
ND
0,1*
0,3*
ND
ND
65*
80*
ND
ND
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
0,4
0,5
0,5
0,6
0,4
0,5
0,5
0,6
5
6
6
8
10
15
0,4
0,5
0,5
0,6
30
40
120
160
150
200
300
400
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
0,7
1,0
0,9
1,2
0,8
1,01
0,9
1,3
9
12
12
16
20
30
0,8
1,1
1,0
1,3
60
80
250
330
300
400
600
800
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
0,7
0,9
0,9
1,0
0,8
0,9
0,9
1,0
9
11
12
14
20
30
0,8
1,0
1,0
1,2
60
80
250
330
300
400
600
800
Gestantes
≤ 18 anos 1,2 1,4 1,2 1,4 14 18 30 1,6 1,9 80 520 600 800
Lactantes
≤ 18 anos 1,2 1,5 1,3 1,6 13 17 30 1,7 2,0 80 450 500 800
EAR: necessidade média estimada; RDA: ingestão dietética recomendada; UL: nível máximo de ingestão diária
81
UL** = de ácido fólico sintético; a Na forma de equivalente de niacina (1 mg = 60 mg de triptofano); b Niacina e ácido fólico sintético. 
As ULs se aplicam a todas as formas de suplementos e/ou alimentos fortificados; c Na forma de equivalente de folato sintético ( = 1 µg 
de folato dos alimentos ou 0,6 µg de ácido fólico de alimentos fortificados ou suplementos dietéticos ou 0,5 µg de ácido fólico sintético 
ingerido com estômago vazio); d Recomenda-se a mulheres em idade fértil o consumo de 400 µg de ácido fólico na forma de alimentos 
fortificados e/ou suplementos, além da ingestão de alimentos em uma dieta variada. Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Quadro 8.16. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para vitamina C, vitamina B12, ácido pantotênico, biotina e colina em pediatria.
Categoria Vitamina C (mg/dia) Vitamina B12 (µg/dia) Àcido Pantotênico(mg/dia)
Biotina 
(µg/dia)
Colina
(mg/dia)
EAR RDA UL EAR RDA AI AI AI UL
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
40*
50*
ND
ND
0,4*
0,5*
1,7
1,8
5
6
125
150
ND*
ND
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
13
22
15
25
400
650
0,7
1,0
0,9
1,2
2
3
8
12
200
250
1000
1000
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
39
63
45
75
1200
1800
1,5
2,0
1,8
2,4
4
5
20
25
375
550
2000
3000
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
39
56
45
65
1200
1800
1,5
2,0
1,8
2,4
4
5
20
25
375
400
2000
3000
Gestantes
≤ 18 anos 66 80 1800 2,2 2,6 6 30 450 3000
Lactantes
≤ 18 anos 96 115 1800 2,4 2,8 7 35 550 3000
EAR: necessidade média estimada; RDA: ingestão dietética recomendada; UL: nível máximo de ingestão diária
AI – ingestão adequada; ND: Não determinada.
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Quadro 8.17. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para vitamina A, vitamina E, vitamina K, cobre e iodo em pediatria.
Categoria Vitamina A (µg/dia) Vitamina E (mg/dia) Vitamina K(µg/dia)
Cobre 
(µg/dia)
Iodo
(µg/dia)
EAR RDA UL EAR RDA UL AI EAR RDA UL EAR RDA UL
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
400*
500*
600
600
4*
5*
ND
ND
2,0
2,5
200*
220*
ND
ND
5
6
110*
130*
ND
ND
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
210
275
300
400
600
900
5
6
6
7
200
300
30
55
260
340
340
440
1000
3000
65
65
90
90
200
300
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
445
630
600
900
1700
2800
9
12
11
15
600
800
60
75
540
685
700
890
5000
8000
73
95
120
150
600
900
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
420
485
600
700
1700
2800
9
12
11
15
600
800
60
75
540
685
700
890
5000
8000
73
95
120
150
600
900
Gestantes
≤ 18 anos 530 750 2800 12 15 800 75 785 1000 8000 160 220 900
Lactantes
≤ 18 anos 880 1200 2800 16 19 800 75 985 1300 8000 209 290 900
EAR: necessidade média estimada; RDA: ingestão dietética recomendada; UL: nível máximo de ingestão diária;*AI: ingestão adequada; 
ND: não determinada.
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
82
Quadro 8.18. Valores de ingestão dietética de referência (DRI) para manganês, molibdênio, zinco e selênio em pediatria.
Categoria Manganês(mg/dia)
Molibdênio
(µg /dia)
Zinco
 (mg/dia)
Selênio
(µg/dia)
AI UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL
Lactentes
0 – 6 meses
7 – 12 meses
0,003
0,6
ND
ND
2*
3*
ND
ND 2,2
2*
3*
4
5
15*
20*
45
60
Crianças
1 – 3 anos
4 – 8 anos
1,2
1,5
2
3
13
17
17
22
300
600
2,2
4,0
3
5
7
12
17
23
20
30
90
150
Sexo masculino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
1,9
2,2
6
9
26
33
34
43
1100
1700
7,0
8,5
8
11
23
34
35
45
40
55
280
400
Sexo feminino
9 – 13 anos
14 – 18 anos
1,6
1,6
6
9
26
33
34
43
1100
1700
7,0
7,3
8
9
5000
8000
23
34
35
45
280
400
Gestantes
≤ 18 anos 2,0 9 40 50 1700 10,5 13 34 49 60 400
Lactantes
≤ 18 anos 2,6 9 35 50 1700 11,6 14 34 59 70 400
EAR: necessidade média estimada; RDA: ingestão dietética recomendada; UL: nível máximo de ingestão diária; *AI: ingestão adequada.
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
2.3 PACIENTES GRAVES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
• Se estiverem sob ventilação mecânica, sugere-se fórmula de GEB específica abaixo, exceto para crianças 
menores de 2 anos de idade e com queimaduras.
• Crianças desnutridas em recuperação, que necessitam de adicional energético devido ao déficit em 
crescimento: utilizar o peso no percentil 50 para P/E no cálculo das equações.
• Utilizar a fórmula a seguir para realizar o cálculo.
GEB = [(17 x idade meses) + (48 x peso Kg) + (292 x temperatura ºC) – 9677] x 0,239
REFERÊNCIAS
Accioly E; Padilha PC. Semiologia nutricional em pediatria. In: Duarte ACG. Avaliação Nutricional: aspectos 
clínicos e laboratoriais. Cap. 13, p. 113 – 136. 607 p. 2007.
CECAN/RCO – Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da Região Centro-Oeste. Manual de técnicas 
e procedimentos de antropometria. Coordenação de Vigilância Nutricional (GVE; SUVISA; SES-GO). Goiânia: 
2011. 4 ed.
Duarte ACG. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. 607 p.
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação nutricional da criança e do adolescente: manual de orientação. 
São Paulo, 2009. 112 p. 
SBNPE; ASBRAN – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia. 
Recomendações nutricionais para crianças em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo: AMB; CFM 
(Projeto Diretrizes), 2011. 15p.
Vitolo MR. Práticas alimentares na infância. In: Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Cap. 23, 
p.215 – 242. 628 p. 2008.
83
9
FIBROSE CÍSTICA
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Mauri; Patin; Chiba, 2009)
1.1 OBJETIVOS 
Os principais objetivos do manejo nutricional são: 
• Antecipar e tratar os déficits nutricionais;
• Prevenir a progressão da doença;
• Manter nutrição e crescimento adequados.
Diagnóstico antes dos dois anos 
de idade
Atingir o percentil 50 de peso 
para estatura
Consumo de 110% a 
200% da energia estabeleci-
da para indivíduos 
saudáveis da mesma idade
Proteínas de 12% a 15% 
do VET
Carboidratos de 45% a 
50% do VET
Aporte lipídico de 35% a 
40% do VET
Doses suplementares de sódio (entre 2 a 4 mEq/kg/dia) devem ser fornecidas, 
especialmente durante os meses de verão
Recomendação nutricional
Atingir o percentil 50 do IMC 
para idade
Pacientes entre 2 e 20 anos
Figura 9.1. Algoritmo para determinação da terapia nutricional de pacientes com fibrose cística.
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Quadro 9.1. Suplementação vitamínica nos pacientes fibrocísticos pediátricos.
IDADE VITAMINA A 
(UI/DIA)
VITAMINA D 
(UI/DIA)
VITAMINA E 
(UI/DIA)
0 – 12 meses 1.500 400 40 a 50
1 a 3 anos 5.000 400 a 800 80 a 150
4 a 8 anos 5.000 a 10.000 400 a 800 100 a 200
> 8 anos 10.000 400 a 800 100 a 400
Fonte: Mauri; Patin; Chiba, 2009.
84
Quadro 9.2. Tratamento nutricional em pacientes pediátricos com fibrose cística.
CATEGORIA GRUPO FINALIDADE
Tratamento de rotina Todos os pacientes Educação nutricional, aconselhamento da dieta, reposição enzimática, suplementação de vitaminas
Orientação preventiva
Pacientes com risco de desenvolver déficit nutri-
cional (insuficiência pancreática grave, infecções 
pulmonares frequentes, períodos de rápido cres-
cimento), mas mantendo relação P/E > 90% (do 
percentil 50 da população de referência)
Ênfase na educação nutricional para preparar 
o paciente para necessidade de aumentar as 
energias, maior vigilância da ingestão alimentar, 
aumento da densidade energética diária, quando 
necessário, avaliação do comportamento e aconse-
lhamento
Suporte nutricional
Pacientes com diminuição da velocidade de 
ganho de peso e/ou relação P/E entre 85 e 90% 
ou IMC entre 5 e 15%
Todas as medidas acima, com suplementos orais, 
quando necessário
Cuidados de reabilitação Pacientes com relação P/E < 85% ou IMC < 5%
Todas as medidas acima, com suplementação 
enteral parcial ou total por sonda nasogástrica, 
nasoentérica ou ostomia, quando indicado por 
períodos prolongados
Cuidado paliativos Pacientes muito graves com relação P/E < 75% ou falência nutricional progressiva
Todas as medidas acima, com nutrição enteral 
contínua ou parenteral
Fonte: Mauri; Patin; Chiba, 2009.
REFERÊNCIA
Mauri JF; Patin RV; Chiba, S. M. Nutrição em fibrose cística. In: Palma D; Oliveira FLC; Escrivão, M. A. M. S. 
Guia de nutrição clínica na infância e na adolescência. Cap. 33, p. 529-539. 661 p. 2009.
85
10
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Mauri; Patin; Chiba, 2009)
1.1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS (KDOQUI, 2009; RIELLA; SATO, 2013)
• ENERGIA
Quadro 10.1. Equações para estimar as necessidades energéticas totais de crianças e adolescentes.
IDADE NECESSIDADE ENERGÉTICA
0 a 3 meses EER = [89 x peso (kg) – 100 ] + 175
4 a 6 meses EER = [89 x peso (kg) – 100 ] + 56
7 a 12 meses EER = [89 x peso (kg) – 100 ] + 22
13 a 35 meses EER = [89 x peso (kg) – 100 ] + 20
3 a 8 anos Meninos: EER = 88,5 – 61,9 x idade (a) + AF x [26,7 x peso (kg) + 903 x altura (m) + 20
Meninas: EER = 135,3 – 30,8 x idade (a) + AF x [10 x peso (kg) + 934 x altura (m) + 20
9 a 18 anos Meninos: EER = 88,5 – 61,9 x idade (a) + AF x [26,7 x peso (kg) + 903 x altura (m) + 25
Meninas: EER = 135,3 – 30,8 x idade (a) + AF x [10 x peso (kg) + 934 x altura (m) + 25
AF= coeficiente de atividade física; EER- Estimated Energy Requirement.
Fonte: Riella; Sato, 2013. 
Utilizar as medidas de CB, CMB e PCT para avaliação nutricional, quando o peso estiver mascarado por edema.
Quadro 10.2. Equações para estimar as necessidades energéticas de crianças de 3 a 18 anos de idade com excesso de peso.
MANUTENÇÃO DE PESO DE ACORDO COM A ENERGIA TOTAL CONSUMIDA (ETC)
Meninos: ETC = 114 – [50,9 x idade (a)] + AF x [peso (kg) + 1.161,4 x altura (m)]
Meninas: ETC = 389 – [41,2 x idade (a)] + AF x [15,0 x peso (kg) + 701,6 x altura (m)]
ETC – Energia Total Consumida.
Fonte: Riella; Sato, 2013.
• MACRONUTRIENTES
Quadro 10.3. Distribuição de macronutrientes recomendada para crianças e adolescentes, de acordo com a faixa etária.
MACRONUTRIENTE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS CRIANÇAS DE 4 A 18 ANOS
Carboidrato 45 a 60% 45 a 65%
Lipídio 30 a 40% 25 a 35%
Proteínas 5 a 20% 10 a 30%
Fonte: Riella; Sato, 2013.
Quadro 10.4. Coeficiente de atividade física para determinação das necessidades energéticas de crianças entre 3 e 18 anos de idade.
Gênero Sedentários Baixa atividade Ativo Muito ativo
Atividade física de 
rotina (AFR)
AFR + 30 a 60 min de atividade 
física moderada (p. ex., caminha-
das de 5 a 7 km/h)
AFR + > 60 min 
de atividade física 
moderada
AFR + > 60 min de atividade física 
moderada + adicional de 60 min de ati-
vidade vigorosa ou 120 min de atividade 
moderada
Meninos 1,0 1,13 1,26 1,42
Meninas 1,0 1,16 1,31 1,56
Fonte: Riella; Sato, 2013.
86
Quadro 10.5. Recomendações diárias para a ingestão proteica em crianças com Doença Renal Crônica nos estágios 3 ao 5, inclusive em 
diálise, de acordo com os valoresde ingestão dietética de referência (DRI).
Idade DRI (g/kg) Recomendação para 
estágio 3 (g/kg) (100 a 
140 % DRI)
Recomendação para 
estágios 4 e 5 (g/kg) (100 
a 120 % DRI)
Recomendação para HD* 
(g/kg)
Recomendação para DP* 
(g/kg)
0 a 6 meses 1,5 1,5 a 2,1 1,5 a 1,8 1,6 1,8
7 a 12 meses 1,2 1,2 a 1,7 1,2 a 1,5 1,3 1,5
1 a 3 anos 1,05 1,05 a 1,5 1,05 a 1,25 1,15 1,3
4 a 13 anos 0,95 0,95 a 1,35 0,95 a 1,15 1,05 1,1
14 a 18 anos 0,85 0,85 a 1,2 0,85 a 1,05 0,95 1,0
*HD: hemodiálise; DP: diálise peritoneal
Fonte: Kdoqui, 2009.
• MICRONUTRIENTES
Quadro 10.6. Variação recomendada de cálcio e fósforo séricos, de acordo com a idade.
Idade Cálcio (mg/dl) Fósforo (mg/dl)
0 a 5 meses 8,7 a 11,3 5,2 a 8,4
6 a 12 meses 8,7 a 11,0 5,0 a 7,8
1 a 5 anos 9,4 a 10,8 4,5 a 6,5
6 a 12 anos 9,4 a 10,3 3,6 a 5,8
13 a 20 anos 8,8 a 10,2 2,3 a 4,5
Fonte: Kdoqui, 2009.
Quadro 10.7. Recomendações diárias de minerais para crianças com Doença Renal Crônica de acordo com os valores de ingestão dietética 
de referência (DRI).
Elementos 0 a 6 
meses
7 a 12 meses 1 a 3 anos 4 a 8 anos Meninos de 9 
a 13 anos
Meninas de 9 
a 13 anos
Meninos de 
14 a 18 anos
Meninas de 
14 a 18 anos
Sódio (mg) 120 370 1.000 1.200 1.500 1.500
Potássio (mg) 400 700 3.000 3.800 4.500 4.700
Cálcio (mg) 210 270 500 800 1.300 1.300
Fósforo (mg) 100 275 460 500 1.250 1.250
Zinco (mg) 2 3 3 5 8 11 9
Selênio (mg) 15 20 20 30 40 55
Cobre (mg) 200 220 340 440 700 890
Fonte: Riella; Sato, 2013.
Quadro 10.8. Recomendações diárias de vitaminas para crianças com DRC de acordo com os valores de ingestão dietética de referência 
(DRI).
ELEMENTOS 0 A 6MESES
7 A 12
MESES
1 A 3
ANOS
4 A 8
ANOS
MENINOS
9 A 13
ANOS
MENINOS
14 A 18
ANOS
MENINAS
9 A 13 
ANOS
MENINOS
14 A 18 
ANOS
Vitamina A (µg) 400 500 300 400 600 900 600 700
Vitamina C (mg) 40 50 15 25 45 75 45 65
Vitamina E (mg) 4 5 6 7 11 15 11 15
Vitamina K (µg) 2,0 2,5 30 55 60 75 60 75
Tiamina (mg) 0,2 0,3 0,5 0,6 0,9 1,2 0,9 1,0
Riboflavina (mg) 0,3 0,4 0,5 0,6 0,9 1,3 0,9 1,0
Vitamina B6 (mg) 2 4 6 8 12 16 12 14
Folato (µg) 0,1 0,3 0,5 0,6 1,0 1,3 1,0 1,2
Vitamina B12 (µg) 65 80 150 200 300 400 300 200
Ácido pantotênico(mg) 1,7 1,8 2 3 4 5 4 5
Biotina (µg) 5 6 8 12 20 25 20 25
Fonte: Riella; Sato, 2013.
87
REFERÊNCIAS
KDOQI – Kidney Disease Quality of Life Questionnaire . Clinical Practice Guideline for Nutrition in Children 
with CKD: 2008 Update. American Journal of Kidney Diseases, Boston, v. 53, n. 3, Suppl 2 (March), 2009: pp 
S11-S104.
Mauri JF; Patin RV; Chiba, S. M. Nutrição em fibrose cística. In: Palma D; Oliveira FLC; Escrivão, M. A. M. S. 
Guia de nutrição clínica na infância e na adolescência. Cap. 33, p. 529-539. 661 p. 2009.
Riella MC; Sato MMN. Nutrição na síndrome nefrótica. In: Riella MC; Martins C. Nutrição e o rim. Cap. 19, 
p. 265-274. 396 p. 2013.
88
11
SÍNDROME NEFRÓTICA 
1. TERAPIA NUTRICIONAL (Riella; Sato, 2013)
1.1 OBJETIVOS
Os objetivos do manejo nutricional:
• Compensar a desnutrição proteica;
• Evitar o catabolismo proteico;
• Diminuir o ritmo de progressão da nefropatia;
• Reduzir a perda de proteína na urina;
• Melhorar a anorexia;
• Fornecer uma quantidade adequada de quilocalorias;
• Controlar a hipertensão arterial e a ingestão de sódio.
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Quadro 11.1. Recomendações nutricionais específicas para pacientes pediátricos com síndrome nefrótica.
Nutriente Recomendações
Crianças
Quilocalorias (kcal/kg) 100 a 150
Proteínas (g/kg) 1,0 a 2,0
Lipídios (% do total de kcal) < 30
Cloreto de sódio (g) 3,0
Cálcio (mg/kg) 10 a 20
Vitamina D (UI) 1.500
Fonte: Riella; Sato, 2013.
REFERÊNCIA
Riella MC; Sato MMN. Nutrição na síndrome nefrótica. In: Riella MC; Martins C. Nutrição e o rim. Cap. 19, 
p. 265-274. 396 p. 2013.
89
12
DIABETES MELLITUS 
1 TERAPIA NUTRICIONAL (SBD, 2014)
1.1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Quadro 12.1. Composição nutricional do plano alimentar indicado para portadores de diabetes mellitus.
MACRONUTRIENTES INGESTÃO RECOMENDADA/DIA
Carboidratos Carboidratos totais: 45 – 60% do VET
Não inferiores a 130 g/dia
Sacarose Até 10% do VET
Frutose Não se recomenda adição nos alimentos
Fibra alimentar Mínimos de 20 g/dia ou 14 g/1000 kcal
Gordura total Até 30% VET
Ácidos graxos saturados < 7% do VET
Ácidos graxos trans < 2 g/dia
Ácidos graxos poliinsaturados Até 10% do VET
Ácidos graxos monoinsaturados Completar de forma individualizada
Colesterol < 200 mg/dia
Proteína 15 – 20% do VET ou 0,8 a 1 g/kg peso
MICRONUTRIENTES INGESTÃO RECOMENDADA/DIA
Vitaminas e minerais Semelhante à população não diabética
Sódio Até 2400 mg
Fonte: SBD, 2014.
1.1.1 Crianças e Adolescentes
• As necessidades nutricionais para crianças e adolescentes com DM1 e DM2 são similares as de outros 
indivíduos da mesma idade.
• O objetivo prioritário da conduta nutricional nessa faixa etária é manter o crescimento e o 
desenvolvimento adequados e, posteriormente, adequar os aspectos relacionados com o controle 
glicêmico.
REFERÊNCIA
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 4. ed. São Paulo, 2013-
2014. 365p. 
90
13
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA
1 TERAPIA NUTRICIONAL (SBNPE; ASBRAN, 2011)
1.1 OBJETIVOS
Planejamento da terapia nutricional na criança gravemente desnutrida:
• Estabilização (hemodinâmica, hidroeletrolítica, acido-básica e nutricional);
• Recuperação nutricional;
• Acompanhamento ambulatorial.
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Quadro 13.1. Recomendações nutricionais para a fase de estabilização de pacientes pediátricos desnutridos.
Perfil do paciente Criança recém internada com descompensação infecciosa e/ou metabólica
Objetivo Conservação e a estabilização clínico-metabólica
Tratamento do risco de morte
Estabilização hemodinâmica, hidroeletrolítica e acido-básica (suporte metabólico) 
Não fazer reposição de ferro devido ao risco de morte
Início da alimentação
Oferta calórica: iniciar com taxa metabólica basal + fator estresse – 50 – 60 kcal/kg no 1º dia. Não 
ultrapassar 100 kcal/kg/dia
Oferta hídrica: 130 ml/kg/dia
Oferta proteica: 1 – 1,5 g/kg/dia
Padrão da dieta
Baixa osmolaridade < 280 mOsm/L
Baixo teor de lactose < 13 g/L
Baixo teor de sódio até 0,6 mMol
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
Na presença de má absorção grave, pode ser necessária lançar mão de fórmulas extensamente hidrolisadas 
ou à base de aminoácidos.
Quadro 13.2. Recomendações nutricionais para a fase de recuperação de pacientes pediátricos desnutridos.
Objetivos Proporcionar que o ganho de peso seja mais do que 5 g/kg/dia, sendo ideal ganho superior a 10 g/kg/dia.
Oferta de nutrientes
Oferta calórica: 150 kcal/kg/dia ou 1,5 vezes a recomendação energética para a idade
Oferta hídrica: 150 – 200 ml/kg/dia
Oferta proteica: 3 – 4 g/kg/dia ou 1,5 vezes a recomendação proteica para a idade
Dieta com menor teor de lactose
Preparado artesanal Sugerido pela OMS contendo 100 kcal e 2,9 g de proteína para cada 100 ml
Preparado
Industrializado
Fórmula infantil com menor teor de lactose ou dieta enteral polimérica pediátrica isenta de lactose para 
crianças com idade inferior a 1 ano (1 kcal/ml)
Preparados com 
multivitaminas
Fornecer zinco,cobre e ferro, e multivitaminas com 1,5 vezes a recomendação para crianças saudáveis. 
Módulos de polímeros
de glicose e lipídeos
Para ajuste da densidade energética de fórmulas infantis (0,7 kcal/ml) podem ser utilizados módulos de 
polímeros de glicose e lipídeos (óleos vegetais), adição máxima de 3%. Este procedimento compromete, 
entretanto, o fornecimento de minerais e micronutrientes
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011
91
Quadro 13.3. Recomendações nutricionais para a fase de acompanhamento ambulatorial de pacientes pediátricos desnutridos.
Objetivos
Monitorar o crescimento (vigilância dos índices peso por estatura e estatura por idade)
Prosseguir na orientação e reforçar as orientações realizadas durante a hospitalização
Desenvolvimento da criança, especialmente da relação estatura/idade e intensificaçãodo trabalho da equipe multiprofissional
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011
REFERÊNCIA
SBNPE; ASBRAN – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia. 
Terapia nutricional no paciente pediátrico com desnutrição energético-proteica. São Paulo: AMB; CFM (Projeto 
Diretrizes), 2011a. 12p.
92
14
DISFUNÇÕES CARDÍACAS
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Leite; Benzecry, 2009)
Disfunções cardíacas na criança abrangem as doenças cardíacas congênitas, que incluem as anomalias 
congênitas do coração e grandes vasos e as cardiopatias adquiridas, como endocardite bacteriana, miocardite, 
febre reumática e insuficiência cardíaca. Nos lactentes, as necessidades energéticas variam de acordo com o 
comprometimento cardíaco:
• Doença leve a moderada: 130 – 150 kcal/kg/dia
• Doença moderada a grave: 175 – 180 kcal/kg/dia
REFERÊNCIA
Leite HP; Benzecry SG; Terapia nutricional na criança cardiopata. In: Palma D; Oliveira FLC; Escrivão MAMS. 
Guia de nutrição clínica na infância e na adolescência. Cap. 34, p. 541-546. 661 p. 2009.
93
15
ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA - APLV
1. TERAPIA NUTRICIONAL (SBP; ABAI, 2008)
Criança com suspeita de alergia a proteína do leite de vaca
IgE mediada IgE não-mediada
≥ 6 meses
Fórmula de soja
< 6 meses
fórmuda extensamente 
hidrolisada
Fórmula extensamente hidrolisada
(em média por 6 meses)
Remissão dos sinais e 
sintomas
Fórmula de soja
(em média por 8 semanas)
Fórmula de soja
(em média por 6 meses)
Manter com FI ou LV (criança > 1 ano)
Desencadeamento com FI ou LV (a cada 6 meses)
Desencadeamento com fórmula 
extensamente hidrolisada
Manutenção ou piora dos 
sinais e sintomas
Fórmula de aminoácidos
Negativo
Negativo
Negativo
Positivo
Positivo
Positivo Positivo
Desencadeamento com FI 
ou LV
Manutenção ou piora 
dos sinais e sintomas
Desencadeamento com FI ou LV
Negativo
Fórmula extensamente hidrolisada
(em média por 8 semanas)
Remissão dos sinais e 
sintomas
Figura 15.1. Algoritmo para a determinação da terapia nutricional do Consenso brasileiro sobre alergia alimentar 
REFERÊNCIA
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria; ABAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Consenso 
Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia, São Paulo, v.31, n. 2, p. 
64-89. 2008.
94
16
DOENÇA CELÍACA
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Barbieri, 2011)
Indicações:
• Pacientes geneticamente predispostos, que tenham diagnóstico confirmado pela biópsia intestinal.
1.1 OBJETIVO
 Promover a remissão clínica e histológica por meio da exclusão permanente do glúten da dieta.
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• Exclusão total do glúten da dieta, desde o início do tratamento, mantendo por toda a vida. Os alimentos 
que contém glúten são: trigo, centeio, cevada e aveia. Alguns derivados, como o malte, também deverão 
ser excluídos.
• Devido ao comprometimento da absorção de dissacarídeos, propõe-se que a lactose e a sacarose sejam 
excluídas na fase inicial do tratamento. Suspender a lactose por um período de 30 dias ou mais e a 
sacarose, por 15 a 30 dias. Reintroduzir esses dissacarídeos de acordo com a resposta clínica individual.
• Na fase inicial, por oito dias, é recomendável excluir a fibra vegetal que tem intensa ação estimulante 
sobre o trânsito intestinal.
• Não iniciar a dieta antes da biópsia.
• Não usar a dieta sem glúten como teste terapêutico.
REFERÊNCIA
Barbieri D. Doença celíaca. In: Porta G; Koda YKL. Gastroenterologia e hepatologia. Cap. 22, p. 301-317. 603 
p. 2011.
95
17
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
 
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Vidolin, 2011)
Indicações
• Lactentes e crianças na primeira infância que apresentem deficiência de lactase, tanto de forma primária, 
quando há defeito intrínseco na enzima, ou secundária, quando ocorre dano na mucosa intestinal com 
consequente falta da mesma.
1.1 OBJETIVO
 Favorecer o crescimento e desenvolvimento adequados, a partir de substitutos adequados do leite de 
vaca, a fim de evitar carências nutricionais.
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• A primeira estratégia terapêutica é a exclusão completa da lactose da dieta até a remissão dos sintomas. 
Posteriormente, deve-se reintroduzir gradualmente a lactose, considerando a dose limite individual 
(observar qual é a dose máxima tolerada para cada indivíduo, já que alguns necessitam excluir 
totalmente o leite de sua alimentação. O consumo de lactose deve ser reduzido a uma quantidade que 
não proporcione o aparecimento de sintomas).
• Nos lactentes com intolerância secundária à lactose, em geral no curso de diarreia aguda ou persistente, 
deve ser preconizada uma fórmula sem lactose, normalmente as derivadas do leite de vaca, ou as de soja 
para os maiores de seis meses de idade.
• Estratégias não farmacológicas, entre as quais mudanças nos hábitos alimentares, como consumir o 
leite juntamente com outros alimentos, consumir produtos lácteos fermentados e distribuir o leite em 
pequenas quantidades em várias refeições ao longo do dia devem ser consideradas.
• Considerar a necessidade de suplementação de cálcio e vitamina D.
REFERÊNCIA
Vidolin E. Intolerância à lactose. In: Porta, G.; Koda, Y. K. L. Gastroenterologia e hepatologia. Cap. 21, p. 294-
300. 603 p. 2011.
96
18
REFLUXO GASTROESOFÁFICO - RGE
1 TERAPIA NUTRICIONAL (Valle; Accioly, 2005; Koda, 2011)
1.1 OBJETIVOS
• Aumentar a motilidade do trato gastrointestinal
• Promover a redução da produção de secreção gástrica
1.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• MACRONUTRIENTES
Quadro 18.1. Recomendações nutricionais de macronutrientes para pacientes pediátricos com refluxo gastroesofágico.
MACRONUTRIENTES PROTEÍNAS LIPÍDIOS CARBOIDRATOS
Qualidade
Preferir de fácil digestibilidade e baixo 
teor de purinas (Ex: carnes brancas, soro 
do leite). Distribuir de forma equilibrada 
nas refeições diárias.
Preferir os de cadeia média e 
curta (Ex: manteiga e creme de 
leite). Evitar preparações muito 
concentradas em lipídios.
Preferir do tipo complexo, os 
farináceos devem ser utilizados na 
forma pré-cozida.
Fonte: Valle; Accioly, 2005; Koda, 2011.
• MICRONUTRIENTES E ÁGUA
• Em casos de vômitos frequentes: se necessário repor eletrólitos, principalmente sódio, potássio e cloro. 
Prescrever alimentos fontes desses nutrientes.
• Água: se atentar a recomendação mínima e prescrever o volume a ser ingerido diariamente nos intervalos 
das refeições
Quadro 18.2. Cuidados nutricionais específicos com os lactentes pediátricos com refluxo gastroesofágico. 
EM ALEITAMENTO MATERNO EM ALEITAMENTO ARTIFICIAL
Reforçar cuidados posturais, maior fracionamen-
to das mamadas, investigar história familiar de 
alergia e alimentação da mãe.
RGE Fisiológico: em lactentes com regurgitações persistentes, fórmulas infantis antirrefluxo podem 
ser indicadas. Essas fórmulas diminuem somente o número de refluxos visíveis.
Fonte: Valle; Accioly, 2005; Koda, 2011.
1.3 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
• Aumentar o fracionamento da dieta e limitar o volume da dieta para evitar a sensação de plenitude 
gástrica e distensão abdominal
• A consistência deve ser adaptada à idade e hábito alimentar da criança. Em casos de alimentação 
líquida, preferir dietas líquidas pastosas e/ou associada ao uso de espessante
97
• Mastigar bem os alimentos para que sejam bem triturados, pois desta forma a produção de secreção 
gástrica será menor
• Alimentos cozidos e preparações mais úmidas são mais indicados por facilitar o processo de mastigação 
das crianças 
• Evitar as temperaturas extremas dos alimentos, pois estas retardam o esvaziamento gástrico
• Evitar a oferta de líquidos durante as grandes refeições
• Evitar alimentos que diminuem o tônus do esfíncter esofagiano inferior ou estimulam secreção gástrica, 
tais como, alimentos gordurosos, cafeína, bebidas gaseificadas, frutas e sucos cítricos, chocolate, 
produtos de tomate, condimentos, molhos picantes, menta, hortelã, álcool e fumo. 
REFERÊNCIA
Valle J; Accioly E. Refluxo gastroesofagiano na infância.In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria. Cap. 24, p. 429 – 433. 540 p. 2005.
98
19
DIARREIA
A diarreia aguda se caracteriza pela perda de água e eletrólitos por meio de fezes de consistência líquida, 
aumento de volume e frequência das evacuações, por mais de três episódios ao dia. Se apresentar muco ou san-
gue, caracteriza-se em disenteria (Lacerda; Accioly, 2005; Gusmão; Lima, 2011). A diarreia leva às seguintes 
complicações:
• Desidratação
• Diminuição do apetite com consequente redução na ingestão alimentar
• Má absorção de nutrientes e alterações metabólicas
• Perda de nutrientes se associada a vômitos, febre e restos alimentares presente nas fezes
• Suspensão da alimentação para fins investigativos 
• Repetidos episódios em crianças podem gerar prejuízos no crescimento e sistema imunológico, 
agravando o estado geral e risco de morte
Quadro 19.1. Avaliação da hidratação do paciente com diarreia aguda pelo Ministério da Saúde (2005). 
SINAIS E 
SINTOMAS SEM DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO LEVE (2 OU 
MAIS SINAIS)
DESIDRATAÇÃO GRAVE [2 OU MAIS SINAIS, 
INCLUINDO PELO MENOS 1 (*)]
Condição geral Bem, alerta Irritado, intranquilo Comatoso – hipotônico (*)
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Bebe rápido e avidamente Bebe mal ou não é capaz (*)
Sinal da prega** Desaparece rapidamente Desaparece lentamente Desaparece muito lentamente
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente (*)
Enchimento capi-
lar***
Normal 
(até 3 seg)
Prejudicado 
(de 3 a 5 seg) Muito prejudicado (*)
Tratamento Plano A Plano B Plano C
**Sinal da prega: o examinador deverá pinçar parte da pele do paciente com seus próprios dedos e soltar rapidamente. ***Enchimento 
capilar: o examinador deverá comprimir, com a própria mão, a mão fechada da criança por 15 segundos. O examinador retira sua mão e 
observa o tempo para a volta da coloração normal da palma da mão da criança. Fonte: Gusmão; Lima, 2011.
1 TERAPIA NUTRICIONAL 
PLANO A
Recomendado para crianças com diarreia aguda sem sinais de desidratação:
• Oferecer Solução de Reidratação Oral (SRO) após cada episódio de evacuação líquida do paciente. 
Oferecer 50 a 100 mL para lactentes e 100 a 200 mL para crianças maiores ou adolescentes. Se não 
tiver acesso a SRO, o responsável deve ser orientado a utilizar o soro caseiro.
• Manter o aleitamento materno, aumentando a frequência das mamadas.
• Aumentar a ingestão de líquidos, sob forma de água, refrescos ou sucos naturais.
99
• Manter alimentação habitual do paciente, aumentar fracionamento da dieta.
• Restrições alimentares e jejum são contraindicados.
• É desaconselhado o uso de bebidas ricas em açúcar simples, como os refrigerantes.
• Orientar a família sobre os sinais de desidratação e pedir que observem atentamente o aparecimento 
destes.
• O aumento no volume e frequência das evacuações pode não significar piora do quadro. Observar a 
presença de distensão abdominal, vômitos, hidratação, aspecto geral e peso do paciente.
PLANO B
Recomendado para crianças com diarreia aguda e sinais de desidratação. Composta pela fase de reidratação 
composta pela SRO fase de manutenção:
Fase de reidratação
• Oferecer somente a SRO inicialmente de 4 a 6 horas, de 50 a 100 mL/Kg de peso do paciente.
• Lactentes amamentados exclusivamente com leite materno poderão continuar recebendo este.
• Na presença de vômitos, diminuir o volume ofertado e aumentar a frequência das mamadas.
• Poderá ser feito a administração da SRO via SNG quando houver perda de peso após as primeiras 
2h de tratamento adequado com SRO via oral, vômitos persistentes (4 ou mais vezes em período de 
1h), distensão abdominal acentuada com ruídos hidroaéreos presentes e dificuldade de ingestão do 
soro. O volume inicial a ser administrado é de 30 ml/kg/h, de modo contínuo e lento, aumentando 
gradativamente para até 60 ml/kg/h. Se persistirem os sinais de desidratação, ou os vômitos, a criança 
deverá receber hidratação venosa.
• Esta fase finaliza quando desaparecerem os sinais de desidratação. Após isso deve-se iniciar a fase de 
manutenção.
• Fase de manutenção
• Oferecer a SRO após cada evacuação líquida (50 a 100 mL para lactentes e 100 a 200 mL para crianças 
maiores).
• Aumentar a ingestão de líquidos.
• Manter aleitamento materno.
• Manter alimentação habitual do paciente.
• Orientar a família sobre o reconhecimento dos sinais de desidratação.
PLANO C
Recomendado para crianças com diarreia e desidratação grave:
• Seguir orientações do plano B.
100
• Indicada a hidratação venosa nas seguintes situações: alteração do estado de consciência; persistência 
dos vômitos mesmo após uso de SNG; manutenção ou perda de peso após as duas primeiras horas que 
se iniciaram a SNG e sinais de íleo paralítico (distensão abdominal e ausência de ruídos hidroaéreos). 
2 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
• Após reidratação oral do paciente, oferecer os alimentos que fazem parte dos hábitos alimentares deste, 
principalmente as fontes proteicas, carboidratos complexos e óleo vegetal.
• Corrigir os erros dietéticos, como por exemplo, excessiva concentração de carboidratos simples nas 
mamadeiras.
• Ofertar em maior quantidade alimentos de alta densidade energética a fim de evitar a perda de peso.
• Aumentar fracionamento da dieta e diminuir porcionamento.
• Na maioria dos casos de diarreia aguda não há necessidade de oferecer leite de vaca ou fórmula 
infantil isenta de lactose. Apenas em casos mais graves, de desnutrição moderada a grave, ou falhas no 
tratamento, pode ser necessária a retirada de lactose da dieta.
REFERÊNCIAS
Gusmão RHP; Lima FMLS. Diarreia aguda. In: Porta G; Koda YKL. Gastroenterologia e Hepatologia. Cap. 7, p. 
101-111. 603 p. 2011. 
Lacerda EMA; Accioly E. Nutrição nas diarreias agudas da infância. In: Accioly E; Saunders C; Lacerda EMA. 
Nutrição em obstetrícia e pediatria. Cap. 21, p. 391 – 403. 540 p. 2005.
101
20
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Caracteriza-se pela ocorrência de uma ou mais das seguintes manifestações por mais de duas semanas, 
independentemente da freqüência de evacuações: eliminação de fezes duras, na forma de cíbalos, seixos ou 
cilíndricas com rachaduras profundas, dificuldade/dor para evacuar, eliminação esporádica de fezes calibrosas 
que entopem o sanitário ou menos do que três evacuações por semana, exceto em crianças com leite materno 
(Maffei; Morais, 2011).
1 TERAPIA NUTRICIONAL (VITOLO, 2008)
1.1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• FIBRAS
• 14 gramas por 1.000 kcal (Ada, 2008)
• A partir dos dois anos de idade deve ser consumida a quantidade de fibra alimentar por meio da 
seguinte fórmula: idade + 10 g (Maffei; Morais, 2011)
1.2 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
• Aumentar fracionamento da dieta e estabelecer horários para as refeições, garantindo que o volume 
alimentar seja suficiente e assim, estimule o reflexo gastrocólico;
• Manter o hábito alimentar básico da criança e introduzir pequenas alterações como metas diárias;
• Se a criança tem baixa aceitação por verduras e legumes, iniciar o incentivo de consumo de fibras por 
meio das frutas e inserir no arroz vegetais como cenouras e brócolis;
• Nas orientações de alta não dizer apenas que deve ser aumentado o consumo de fontes de fibras, mas 
descrever as porções de cada alimento de forma mais específica;
• Prescrever a quantidade de água e não apenas referir o consumo de líquidos em geral. Se o consumo 
diário de água da criança é muito baixo, iniciar com pequenos volumes e depois ir progredindo;
• O uso de óleo mineral é indicado para facilitar a liberação de fezes endurecidas, entretanto configura-se 
como prescrição médica;
• As orientações devem ser repassadas quando a criança possuir constipação intestinal, porém o 
intestino deve estar desbloqueado. Caso haja presença de fecaloma, será necessária intervenção médica 
primeiramente para posteriormente serem realizadas orientações nutricionais.REFERÊNCIAS
ADA - Position of the American Dietetic Association: Health Implications of Dietary Fiber. J Am Diet Assoc 
2008;108:1716-31.
102
Maffei H.V.L; Morais, MB. Constipação crônica. In: Porta G; Koda YKL. Gastroenterologia e Hepatologia. Cap. 
25, p. 357-369. 603 p. 2011.
Vitolo MR. Práticas alimentares na infância. In: Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Cap. 23, 
p.215 – 242. 628 p. 2008.
103
21
OBESIDADE
1 NECESSIDADES NUTRICIONAIS
Quadro 21.1. Cálculo de necessidades energéticas para pacientes obesos pediátricos.
PARA CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS:
TEE (kcal/dia) = 89 x peso da criança (kg) – 100
EER = TEE + energy deposition
EER (0-3m) = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 175 (kcal para crescimento)
EER (4-6m) = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 56 (kcal para crescimento)
EER (7-12m) = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 22 (kcal para crescimento)
EER (13-35m) = (89 x peso da criança [kg] – 100) + 20 (kcal para crescimento)
PARA MENINOS DE 3 A 8 ANOS:
EER = TEE + energy deposition
EER = 88,5 – 61,9 x idade (a) + Atividade Física x (26,7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 20 (kcal para crescimento)
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,13 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,26 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,42 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
PARA MENINAS DE 3 A 8 ANOS:
EER = TEE + energy deposition
EER = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 20 (kcal para crescimento)
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,13 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,31 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,56 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
PARA MENINOS DE 9 A 18 ANOS:
EER = TEE + energy deposition
EER = 88,5 – 61,9 x idade (a) + Atividade Física x (26,7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 25 (kcal para crescimento)
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,13 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,26 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,42 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
PARA MENINOS COM SOBREPESO E OBESOS DE 3 A 18 ANOS:
BEE (kcal/d) = 420 – 33,5 x idade [a] + 418 x altura [m] + 16,7 x peso (kg)
TEE PARA MANUTENÇÃO DO PESO EM MENINOS COM SOBREPESO E OBESOS DE 3-18 ANOS:
TEE = 114 – 50,9 x idade (a) + Atividade Física x (19,5 x peso [kg] + 1161,4 x altura [m])
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,12 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,24 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,45 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
PARA MENINAS DE 9 A 18 ANOS:
EER = TEE + energy deposition
EER = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 (kcal para crescimento)
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,13 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,31 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,56 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
PARA MENINAS COM SOBREPESO E OBESAS DE 3 A 18 ANOS:
(continua)
104
BEE (kcal/d) = 516 – 26,8 x idade [a] + 347 x altura [m] + 12,4 x peso (kg)
TEE PARA MANUTENÇÃO DO PESO EM MENINAS COM SOBREPESO E OBESAS DE 3-18 ANOS:
TEE = 389 – 41,2 x idade (a) + Atividade Física x (15,0 x peso [kg] + 701,6 x altura [m])
Coeficiente de atividade física (Physical activity coefficient):
PA = 1,00 se PAL é estimada como ≥1,0 < 1,4 (sedentário)
PA = 1,18 se PAL é estimada como ≥1,4 < 1,6 (atividade leve)
PA = 1,35 se PAL é estimada como ≥1,6 < 1,9 (atividade moderada)
PA = 1,60 se PAL é estimada como ≥1,9 < 2,5 (atividade intensa)
EER = estimated energy requirement (estimativa da necessidade energética); TEE = total energy expenditure (gasto energético total); BEE 
= basal energy expenditure (gasto energético basal).
Fonte: SBP, 2012.
2 TERAPIA NUTRICIONAL (Vitolo, 2008; SBP, 2012)
• Avaliar a necessidade de intervenção individualmente e instituir tratamento dietoterápico de forma 
gradativa (SBP, 2012).
• Não prescrever dietas muito restritivas e orientações rígidas (SBP, 2012).
• A conduta nutricional deve ser pautada em 5 etapas:
1)Esclarecimentos; 2) Avaliação do comportamento; 3) Redução quantitativa da dieta; 4) Modificação 
qualitativa da dieta; 5) Manutenção das orientações dietoterápicas e seguimento da dieta (SBP, 2012).
IMC entre escore Z 2 e 3 ou entre 
percentil 85 e 95 IMC ≥ escore Z 3 ou ≥ percentil 95
Sem 
complicação 
Manutenção do 
peso corporal 
Sem 
complicação 
Com
complicação 
Com
complicação 
Perda de peso 
corporal 
2 a 7 anos: manutenção do peso corporal
>7 anos: perda de peso gradual
Figura 21.1. Algoritmo para determinação do uso de tratamento dietoterápico em pacientes pediátricos. 
Fonte: Vitolo, 2008; SBP, 2012 (Adaptado).
2.1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• Recomendações de macro e micronutrientes iguais às recomendações gerais para faixa etária. 
• Realizar adequações de macro e micronutrientes individualmente (SBP, 2012).
• O uso de edulcorantes e alimentos dietéticos na alimentação de crianças e adolescentes não é 
recomendado, devido a insuficiência de estudos conclusivos quanto aos efeitos a longo prazo no 
crescimento e desenvolvimento desse público, exceto em casos de diabetes.
• Ingestão máxima recomendada de Sacarina = 5 mg/kg e Aspartame = 40 mg/kg (Vitolo, 2008).
Adolescentes no pós-estirão pubertário:
• Para perda gradual de peso a redução energética deve ocorrer prevendo-se perda em torno de 0,5 kg/
semana (SBP, 2012).
• Estabelecer redução energética de aproximadamente 500 kcal/dia que leva a perda ponderal de 
aproximadamente 0,5 kg/semana (Vitolo, 2008).
105
Para as crianças (>7 anos) e adolescentes que ainda estão em fase de crescimento por:
• A redução de 108 kcal/dia leva à perda de aproximadamente 15 g/dia ou 450 g/mês (SBP, 2012).
Para prevenção de complicações sugere-se:
• Dieta hipolipídica (até 30% de Lipídeos, sendo de 10% a 7% em gorduras saturadas, para prevenção 
e tratamento das dislipidemias, respectivamente. O consumo de gordura trans deve limitar-se a 1%) 
(SBP, 2012).
3 MANEJO NUTRICIONAL DAS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À OBESIDADE
3.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL (Escrivão, 2009; Bassareo; Mercuro, 2014):
• Recomendação de Sódio: 1,2 gramas/dia para crianças entre 4 e 8 anos e 1,5 g/dia para crianças acima 
de 8 anos. 
3.2 ALTERAÇÕES NO METABOLISMO GLICÍDICO (Escrivão, 2009):
• Alterações na glicemia, mesmo sem diagnóstico de DM tipo 2, principalmente em indivíduos ≥ 12 
anos = Dieta para DM. 
3.3 DOENÇA GORDUROSA NO FÍGADO NÃO-ALCOÓLICA (Escrivão, 2009):
• Dieta Hipolipídica 
• Aumentar o consumo de alimentos antioxidantes, fontes de vitaminas A,C e E 
3.4 DISLIPIDEMIAS (SBP, 2012):
• Dieta Hipolipídica 
REFERÊNCIAS 
Bassareo PP; Mercuro G. Hypertension: an update on a burning problem. World J Cardiology. Pleaseanton, 6(5): 
253-259, 2014.
Escrivão MAMS; Obesidade na infância e na adolescência. In: Palma D; Oliveira FLC; Escrivão MAMS. Guia de 
nutrição clínica na infância e na adolescência. Cap. 19, p. 299-329. 661 p. 2009.
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria. Obesidade na infância e adolescência: manual de orientação. Departamento 
Científico de Nutrologia. 2 ed. São Paulo: SBP. 2012.142 p.
Vitolo MR. Práticas alimentares na infância. In: Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Cap. 23, 
p.215 – 242. 628 p. 2008.
106
22
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL – DII
São consideradas Doenças Inflamatórias Intestinais a ColiteUlcerativa (CU) e Doença de Crohn (DC).
1 RECOMENDAÇÃO DE ENERGIA (Schofield et al., 1985)
Menor que 3 anos
Meninas – TMR= (16,252 x P) + (10,232 x E) - 413,5
Meninos – TMR= (0,167 x P) + (15,17 x E) – 617,6
3 a 10 anos
Meninas - TMR = (16,969 x P) + (1,618 x E) + 371,2 
Meninos - TMR = (19,59 x P) + (1,303 x E) + 414,9 
10 a 18 anos
Meninas - TMR = (8,365 x P) + (4,65 x E) + 200 
Meninos - TMR = (16,25 x P) + (1,372 x E) + 515,5
E: estatura– centímetros (cm)
P: peso atual ou ideal para idade – quilogramas (kg)
TMR: taxa metabólica de repouso
FI: fator injúria
• FI: 1,2
2 TERAPIA NUTRICIONAL
2.1 OBJETIVOS
• Melhorar e manter o bem-estar geral do paciente (WGO, 2009).
• Prevenir ou tratar a desnutrição proteico-calórica e/ou deficiências nutricionais específicas associadas 
à patologia (em especial deficiência de cálcio, vitamina D e distúrbios hidroeletrolíticos) (SBNPE; 
ASBRAN, 2011). 
2.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
• Existe informação limitada que sugere que a redução dos oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos 
e poliois fermentáveis (FODMAP – fermentáveis oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e 
poliois) da dieta podem reduzir os sintomas da DII (WGO, 2009).
107
2.2.1 Doença de Crohn (DC)
FASE DE ATIVIDADE INFLAMATÓRIA INTESTINAL (Critch, et al., 2012; Ruemmele et al., 
2014)
• Nutrição Enteral Exclusiva (NEE) é recomendação primária na terapia de indução da remissão da DC.
• Nutrição enteral parcial (NEP) não é preconizada para indução da remissão.
• Duração da NEE como terapia de indução é, usualmente, de 6 a 8 semanas, sendo, no mínimo, 3 a 4 
semanas para avaliar qualquer melhora.
• Fórmulas poliméricas são preferenciais às semi-elementares ou elementares.
• VO é via de alimentação preferencial. Utilizar SNE no caso da adequação do consumo alimentar VO 
ser insatisfatória.
• Reintrodução gradual de alimentos com concomitante diminuição do volume de fórmula a cada 2-3 
dias durante um período de 2-3 semanas.
• A TNP não deve ser usada como tratamento primário em paciente com DC ativa e não é recomendada 
na fase de remissão (SBNPE; ASBRAN, 2011).
• Em casos de colite da DC, não são observadas vantagens no uso de TNE ou dieta oral em pacientes, 
sendo indicado TNP e jejum oral, para garantir repouso intestinal (SBNPE; ASBRAN, 2011).
• Não existem evidências suficientes para recomendar o uso de fórmula polimérica específica enriquecida 
com TGF-β2 para DC, todavia vários estudos demonstraram bons resultados na indução da remissão 
(Borreli et al., 2006; Canani et al., 2006; Wersletter 2011; Navas-lópez et al., 2015).
• Estudo observacional prospectivo: 400g/dia de fórmula polimérica específica enriquecida com TGF-β2 
para DC para crianças e adolescentes menores de 14 anos, com 94% de remissão clínica da doença 
(Navas-lópez et al., 2015).
• Outros estudos demonstraram remissão clínica e bioquímica com dieta polimérica padrão (Grover; 
Muir; Lewindon, 2014).
 FASE DE REMISSÃO
• NEP pode ser uma aliada aos medicamentos para manter a remissão da DII (Critch et al., 2012; 
Ruemmele et al., 2014).
• O uso de suplemento nutricional VO em complemento à dieta VO é seguro, bem tolerado e efetivo na 
manutenção da fase de remissão na DC (SBNPE; ASBRAN, 2011).
• Em crianças, a TNE pode ser indicada para evitar atraso no crescimento (SBNPE; ASBRAN, 2011).
• Para pacientes com DC, história de perda de peso e albumina baixa recomenda-se no pré-operatório 
TNE associada a TNP, pois apresentam melhores resultados comparado a indicação dessas terapias 
isoladamente (SBNPE; ASBRAN, 2011).
• Suplementação de ácidos graxos ômega-3 e probióticos não está recomendada para manutenção da 
remissão da DC (Critch et al., 2012; Ruemmele et al., 2014).
108
2.2.2 Colite Ulcerativa (CU)
FASE DE ATIVIDADE INFLAMATÓRIA INTESTINAL 
• Recomenda-se a manutenção da dieta regular; caso não seja bem tolerada, nutrição enteral ou, 
ocasionalmente, nutrição parenteral devem ser avaliadas (Turner et al., 2011).
• Alimentação oral deve ser evitada quando a cirurgia é iminente e é contraindicada em casos de 
megacólon tóxico (Turner et al., 2011).
• Na presença de náuseas, vômitos severos ou dor abdominal, o paciente pode não ser capaz de tolerar 
nutrição enteral de forma adequada, podendo ser necessária nutrição parenteral de curto prazo (Turner 
et al., 2011).
• Não é recomendado atraso na intervenção cirúrgica para melhorar estado nutricional (TURNER et 
al., 2011).
• Avaliar necessidade de dieta pobre em resíduos = Diminuir a quantidade de fibra / resíduos da dieta. Os 
produtos lácteos podem ser mantidos, a menos que sejam mal tolerados (WGO, 2009). 
• Dieta líquida, com fórmulas pré-digeridas ou suspensão da via oral = em casos de alta inflamação para 
redução de sintomas (WGO, 2009). 
• Uma dieta rica em resíduos poder ser indicada nos casos de proctite ulcerativa (doença limitada ao 
reto, onde a constipação pode ser um problema mais importante do que a diarreia) (WGO, 2009).
• A nutrição enteral deve ser a via preferencial, enquanto a nutrição parenteral (TNP) deve ser limitada 
aos pacientes que não possuem o trato gastrointestinal funcionante (BSGIBD, 2010). 
FASE DE REMISSÃO 
• Retornar dieta normal, caso tenha sido alterada.
REFERÊNCIAS
Borrelli O; et al. Polymeric diet alone versus corticosteroids in the treatment of active pediatric Crohn’s disease? A 
randomized controlled open-label trial. Clin Gastroenterol Hepatol 2006; 4:744-753.
Canani RB; et al. Short-and long-term therapeutic efficacy of nutrition therapy and corticosteroids in pediatric 
Crohn’s disease. Dig Liver Dis, 2006; 38:381-387.
Critch J.; et al. Use of enteral nutrition for the control of intestinal inflammation in pediatric crohn disease. 
JPGN, v.54, p. 298-305. 2012.
Grover Z; Muir R; Lewindon P. Exclusive enteral nutrition induces early clinical, mucosal and transmural remis-
sion in paediatric Crohn’s disease J Gastroenterol (2014) 49:638–645.
Navas-López VM; et al. Exclusive enteral nutrition continues to be first line therapy for pediatric Crohn’s disease 
in the era of biologics. Anales de Pediatria. 2015 [epub].
Ruemmele FM. et al. Consensus guidelines of ECCO/ESPGHAN on the medical management of pediatric 
Crohn’s disease. Journal of Crohn’s and Colitis. n.8, p.1179-1207, 2014.
SBNPE; ASBRAN – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia. 
Terapia nutricional na doença de crohn. São Paulo: AMB; CFM (Projeto Diretrizes), 2011. 12p.
109
Schofield WN. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous work. Hum Nutr Clin Nutr 
1985;39(suppl 1):5–41.
Turner D; et al. Consensus for managing acute severe ulcerative colitis in children: a systematic review and joint 
statement from ECCO, ESPGHAN, and the Porto IBD working group of ESPGHAN. Am J Gastroenterol 
2011; 106(4):574-88.
Werksletter KJ. Influence os exclusive enteral nutrition therapy on bone density and geometry in newly diag-
nosed paediatric Crohn’s disease patients. J Pediatr Gastroenterol Nutr, 2011;52 (1)
WGO – World Gastroenterology Organization. Practice Guidelines: Doença inflamatória intestinal: uma pers-
pectiva global. 2009. 26 p.
110
23
DOENÇA FALCIFORME - DF
As doenças falciformes são alterações do gene da Hemoglobina S (HbS), levando às formas sinto-
máticas da doença, subdivididas em: Hemoglobina C, Hemoglobina D, Beta-talassemia, entre outros 
(ANVISA, 2002). 
1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• A DF promove impacto importante no crescimento e desenvolvimento infantil, podendo gerar déficits 
no peso e estatura, além de atraso na maturação sexual e dificuldades na aprendizagem (BAHIA, 2009). 
• Não existem no momento curvas específicas para a avaliação destes (BAHIA, 2009; MS, 2013). Realizar 
avaliação nutricional geral, de acordo com a faixa etária.
2 TERAPIA NUTRICIONAL
• Recomendações de macro e micronutrientes iguais às recomendações gerais de acordo com a faixa 
etária (BAHIA, 2009).
• Recomendações de aleitamentomaterno e introdução de alimentação complementar iguais a uma 
criança da mesma faixa etária sem DF. O cardápio da criança com DF não deve sofrer restrições quanto 
a nenhum nutriente (BAHIA, 2009).
• Em crianças que fazem uso de fórmulas infantis em substituição ao aleitamento materno que sejam 
menores de 6 meses, recomenda-se que a introdução dos alimentos complementares seja antecipada 
para os 4 meses de idade, devido à necessidade de adequação energética e o risco de desenvolvimento 
de déficits nutricionais e anemia ferropriva (BAHIA, 2009).
• Suplementação de vitaminas e minerais deve ser considerada em casos de risco nutricional devido à 
baixa e inadequada ingestão alimentar, sob a forma medicamentosa de acordo com recomendações 
específicas para faixa etária segundo DRIs (BAHIA, 2009).
• Adolescentes: deve-se prevenir a deficiência de ácido fólico, comum quando a dieta é pobre em 
alimentos crus. Se atentar também ao consumo adequado de proteína, cálcio, ferro, zinco, vitamina A 
e C (BAHIA, 2009).
Recomendação de hidratação e aumento da oferta hídrica em situações de crise de dor: 
• Hidratação Oral = recomenda-se um acréscimo de 50% do valor de referência para as diferentes fases 
da vida (BAHIA, 2009). Em crianças e adolescentes, é recomendada durante crises de dor, ofertar entre 
1 e 1,5 vezes a estimativa da necessidade de manutenção diária de líquidos (Fowler et al, 2010). 
• Hidratação Parenteral = realizar 1,5 vezes as necessidades hídricas diárias (NHD) da criança e 
adolescente. A hidratação venosa deve conter soro glicosado 5%, e o bicarbonato de sódio deverá ser 
utilizado em casos de acidose metabólica comprovada e/ou nefropatia (MS, 2013). 
• Em situações de febre: cada aumento de 1 grau acima de 37oC na temperatura corporal há um aumento 
de 13% da TMB, portanto, considerar este no cálculo das necessidades energéticas. Aumentar também 
a hidratação (BAHIA, 2009).
111
• Em situações de úlceras: oferecer dieta com suplementação energético-proteica e de vitaminas e 
minerais relacionadas ao processo de cicatrização de feridas, desenvolvimento e manutenção tecidual, 
efeito antioxidante, como zinco, selênio, vitaminas A, E e C. Muitas vezes recomenda-se também a 
restrição de sódio da dieta com o objetivo de reduzir a retenção tecidual de líquidos (BAHIA, 2009).
• Em situações de crises renais: a dieta deverá ser hipossódica na presença de hipertensão e doença renal 
instalada. Em casos de débito urinário muito aumentado, os pacientes apresentam risco de desidratação 
e consequente crises vaso-oclusivas, portanto, o cuidado com a hidratação deve ser maior (BAHIA, 
2009).
• Em situações de acidente vascular cerebral: a dieta deverá ser hipossódica e dietas ricas em potássio 
podem ser utilizadas na ausência de dano renal. A recomendação de potássio é de 2 a 4 g por dia, não 
sendo necessária suplementação desse eletrólito na dieta (BAHIA, 2009).
• Monitorar Vitamina A e Zinco que mostraram forte relação com o aumento do número de 
hospitalizações e permanência hospitalar e associação com crescimento e maturação sexual (Mataratziz; 
Accioly; Padilha, 2010).
• Vitamina D, Vitamina B6, Vitamina E, Cálcio, Folato e Magnésio podem apresentar concentrações 
significativamente mais baixas em crianças e adolescentes com anemia falciforme (MATARATZIZ;. 
Accioly; Padilha, 2010).
REFERÊNCIAS
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doenças Falcifor-
mes. Brasília, 2002. 142 p.
BAHIA. Prefeitura Municipal de Salvador. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Atenção e Promoção 
da Saúde. Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme. Manual de Nutrição na Doença Falciforme. 
Salvador, 2009. 82 p.
MS -. Ministério Da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. 
Doença falciforme: condutas básicas para tratamento. Brasília, 2013. 64 p.
Mataratzis PSR; Accioly E; Padilha PC. Deficiências de nutrientes em crianças e adolescentes com anemia 
falciforme: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. São Paulo, v. 32, n. 3, p. 
247-256, 2010.
112
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