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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JOSÉ LUCAS HECK A IMPORTÂNCIA DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE AVIADOR E DA CRIAÇÃO DOS CONSELHOS FEDERAIS E ESTADUAIS DE AVIAÇÃO Palhoça 2017 JOSÉ LUCAS HECK A IMPORTÂNCIA DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE AVIADOR E DA CRIAÇÃO DOS CONSELHOS FEDERAIS E ESTADUAIS DE AVIAÇÃO Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. Joel Irineu Lohn, MSc. Palhoça 2017 A IMPORTÂNCIA DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE AVIADOR E DA CRIAÇÃO DOS CONSELHOS FEDERAIS E ESTADUAIS DE AVIAÇÃO Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 20 de novembro de 2017 Orientador: Joel Irineu Lohn, MSc. Universidade do Sul de Santa Catarina Prof. Cleo Marcus Garcia, MSc. Universidade do Sul de Santa Catarina Dedico este trabalho à minha família, que sempre esteve junto comigo, me apoiando em todos os momentos. “Vencer às vezes, tentar sempre, desistir nunca.” ― Juca AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de estar realizando esse trabalho de conclusão de curso, agradeço imensamente também ao meu pai e à minha mãe que sempre me apoiaram e sempre me deram suporte para tudo o que precisei e sempre estiveram comigo em todos os momentos que mais precisei. Agradeço a toda equipe de professores UNISUL por todo conhecimento agregado, todo ensino, empenho e dedicação doado a mim e todos os alunos do curso, que foram sempre muito bem atendidos. De fato, a realização desse trabalho foi de suma importância, ótimo por ter chego até aqui para fazê-lo, muito gratificante e uma honra para mim. RESUMO Esta pesquisa teve como maior objetivo abrangente, entender mais sobre a legislação e como ela afeta o profissionalismo de cada piloto, mostrando como os conselhos como melhorariam a aviação, assim como tornaria ela menos burocrática, mais efetiva e segura. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória com procedimento bibliográfico e documental por meio de livros, artigos, reportagens, regulamentos e leis do meio da aviação, mesmo sendo um assunto ainda pouco explorado, podemos observar por meio de artigos, teses de profissionais e profissionais com vivência em conselhos como eles melhoram a prática de determinada profissão e otimiza os procedimentos em relação a mesma, demonstrando que as profissões aonde não há conselhos, permanecem atrasados no passado com a estrutura centralizada, dificultando as relações e necessidades dos profissionais e da sociedade. Podemos ver também que o projeto lei para regulamentação está aguardando a criação de uma comissão para análise e observar como a regulamentação mudaria para melhor a vida dos aviadores e da sociedade, fazendo com que os aviadores se participassem mais das decisões na aviação, mais justiça para aviadores em concursos públicos e o reconhecimento concreto do profissional como aviador. A análise dos dados foi feita por meio de estudos e comparações empíricas que vemos no setor da aviação. Ao finalizar a pesquisa, pode-se concluir que é necessária a descentralização da regulamentação para uma maior eficiência e eficácia da aviação, assim como é visto em outros ramos de trabalho, assim como todos os seus benefícios sociais. Palavras Chave: Legislação; Profissionalismo; Piloto; Regulamentação. ABSTRACT This research had as its overarching goal, to understand more about the legislation and how it affects the professionalism of each pilot, showing how the councils would improve aviation as well as make it less bureaucratic, more effective and safer. It is characterized as an exploratory research with a bibliographic and documentary procedure through books, articles, reports, regulations and laws of aviation, even though it is still a little explored subject, we can observe through articles, theses of professionals and professionals with living in councils as they improve the practice of a given profession and optimizes the procedures in relation to it, demonstrating that professions where there is no advice remain behind in the past with a centralized structure, hampering the relationships and needs of professionals and society. We can also see that the draft law for regulation is awaiting the creation of a commission for analysis and to see how regulation would change the lives of aviators and society better, making airmen more involved in aviation decisions, more justice for public examinations and the concrete recognition of the professional as an aviator. The analysis of the data was made through studies and empirical comparisons that we see in the aviation sector. At the end of the research, one can conclude that the decentralization of regulation is necessary for a greater efficiency and effectiveness of aviation, as it is seen in other fields, as well as all its social benefits. Keywords: Legislation; Professionalism; Pilot; Regulation. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Frota de aeronaves de aviação de segurança pública.......................................21 LISTA DE ABREVIATURAS CONFAV -Conselho Federal de Aviação CRAV - Conselhos Regionais de Aviação FAB – Força Aérea Brasileira ICAO - International Civil Aviation Organization (Organização da Aviação Civil Internacional) CIA – Ciências Aeronáuticas PCH – Piloto Comercial de Helicóptero PCA – Piloto Comercial de Avião CHT – Carteira de Habilitação Técnica SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA............................................................................................11 1.2 OBJETIVOS.......................................................................................................................11 1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................................11 1.2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................12 1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................12 1.4 METODOLOGIA...............................................................................................................13 1.4.1 Natureza da Pesquisa e Tipo de Pesquisa....................................................................13 1.4.2 População amostra ou Sujeitos da pesquisa ou Materiais e métodos.......................13 1.4.3 Procedimentos de coleta de dados................................................................................13 1.4.4 Procedimentos de análise dos dados.............................................................................13 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.................................................................................13 2 REFERENCIALTEÓRICO...............................................................................................14 2.1 O AVIADOR SEM REGULAMENTAÇÃO E AS POSSÍVEIS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO..........................................................................................................................14 2.2 FUNCIONAMENTO E POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PILOTOS NO BRASIL.....................................................................................................................................14 2.3 O ESTADO E SUA INEFICÊNCIA NA FISCALIZAÇÃO DA AVIAÇÃO....................16 2.4 O PAPEL DOS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE................................................................................17 2.5 CENÁRIO ATUAL DA AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA..............................................19 2.6 MUDANÇAS NA AVIAÇÃO CIVIL COM A REGULAMENTAÇÃO..........................20 2.7 CONSEQUÊNCIAS DA REGULAMENTAÇÃO PARA OS AVIADORES E PARA O MERCADO ..............................................................................................................................22 2.8 A AVIAÇÃO COM E SEM A REGULAMENTAÇÃO E OS CONSELHOS..................23 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................................25 4 CONCLUSÃO......................................................................................................................26 5 REFERÊNCIAS...................................................................................................................27 11 1 INTRODUÇÃO A regulamentação da profissão de aviador, no cenário atual da aviação brasileira está defasada em relações a outras profissões, o que há agora é falta de organização neste ramo. As profissões de médico, engenheiro, advogado, dentista, psicologia, odontologia, enfermagem e tantos outros, são regulamentadas e possuem seus respectivos Conselhos Federais e Regionais. Alguns exemplos deles são, o CREA, CRO, CRM, CRP, etc... São, respectivamente, os conselhos regionais de engenharia e arquitetura, odontologia, medicina, psicologia. O que temos atualmente é um mercado que funciona, porém em detrimento da empregabilidade dos pilotos já formados e recém formados em relação à outras profissões que não andam em mesma igualdade, pois a falta de regulamentação gera mais custo ao estado, devido ao governo ter que proporcionar a formação de pilotos a partir do efetivo interno na instituição, sendo que seria muito mais simples abrir um concurso público e contratar um piloto já formado e muitas vezes até mesmo com muita experiência. Nesse sentido, este trabalho visa demonstrar a importância de uma regulamentação adequada para a profissão de aviador em vários segmentos da aviação civil, como essa falta de regulamentação interfere na vida desses profissionais e as consequências dessa regulamentação para a classe e para sociedade como um todo. 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA Quais as consequências da falta de regulamentação da profissão de aviador no Brasil? Como a regulamentação da profissão de aviador interferiria positivamente na atuação desses profissionais? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Apresentar as ações que já estão sendo realizadas na aviação civil para regulamentar a profissão de aeronauta e demonstrar a importância da criação de um Conselho Federal de Aviação (CONFAV) e seus Conselhos Regionais de Aviação (CRAV) com as consequências oriundas dessa alteração. 12 1.2.2 Objetivos Específicos Apresentar o cenário atual da profissão de aviador no Brasil. Verificar os projetos que tramitam no congresso nacional sobre o tema e qual a perspectiva de ser tornarem lei. Analisar as principais diferenças entre uma aviação civil sem regulamentação e com regulamentação. Demonstrar as consequências para o profissional e para a sociedade advindas dessa regulamentação. 1.2 JUSTIFICATIVA Demonstrar a importância da criação de Um Conselho Federal de Aviação (CONFAV) e seus Conselhos Regionais de Aviação (CRAV) que passariam a tratar dos pilotos profissionais, assim como tirar função da emissão de carteiras e avaliações de tripulantes da ANAC de pilotos profissionais. A escolha do tema se dá devido ao atraso em que se encontra a aviação civil em relação a outras profissões, que é vista por meios empíricos e leituras de profissionais da área. Essa pesquisa se justifica pela clara e inevitável expansão do transporte aéreo no Brasil, visando encontrar perguntas e respostas para um crescimento da aviação civil, no que tange a regulamentação dos aeronautas no Brasil, contribuindo para um crescimento mais eficiente e organizado. 13 1.4 METODOLOGIA 1.4.1 Natureza da Pesquisa e Tipo de Pesquisa A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, com procedimento bibliográfico e documental e com abordagem tanto qualitativa, quanto quantitativa. 1.4.2 População amostra ou Sujeitos da pesquisa ou Materiais e métodos Documentos diversos sobre a legislações regendo a Aviação Civil brasileira oferecem requisitos e padrões de procedimentos em relação ao tema proposto. Projeto de lei a ser aprovado, efetuado em 2016 pelo Deputado Caio Narcio. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2080845, ainda aguardando criação de comissão temporária pela MESA (Mesa Diretora da Câmara dos Deputados), para que então a proposta seja avaliada por diversas comissões necessárias. 1.4.3 Procedimentos de coleta de dados Os procedimentos técnicos de coleta de dados utilizados durante os estudos foram pesquisa bibliográfica e documental, com coleta e registro de dados relevantes, por meio de relatos, depoimentos, e artigos escritos por pessoas do meio sobre as situações nesse setor. 1.4.4 Procedimentos de análise dos dados Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo de relatos, vivência do pessoal do setor e principalmente o projeto de lei em questão. 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O trabalho foi organizado de maneira em que todos os dados seguissem uma sequência argumentativa lógica visando fundamentar com mais ênfase a tese. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2080845 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O AVIADOR SEM REGULAMENTAÇÃO E AS POSSÍVEIS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO Tudo começa na questão de quem é realmente aviador. Talvez o aviador atualmente preencha a algum formulário quando requisitado a sua profissão como “piloto de aeronaves”, ou diga que é “piloto” quando alguém questiona a sua profissão. É fato que a lei do aeronauta, lei nº 7.183, de 5 de abril de 1984, pouco regulamento a aviação civil nacional e não termina critérios para proteger o aviador em muitos sentidos, além de não regulamentar a mesma com seus devidos conselhos, dando igualdade a tantas outras profissões que já possuem os seus conselhos federais e regionais. No cenário atual, há uma possibilidade de isso mudar de forma muito considerável. De acordo com o Projeto de Lei 4873/2016, do Deputado Caio Narcio (PSDB - MG) que está surpreendendo e gerando muita discussão no meio da aviação civil brasileira, nele há o intuito de criar algo inédito: regulamentar a profissão de aviador. Não raro, muitas pessoas acreditam que isso já está feito e a categoria já está regulamentada, o que não é verdade. As profissões de médico, engenheiro, advogado, dentista, psicologia, odontologia, enfermagem e tantos outros, são regulamentadas e possuem seus respectivos Conselhos Federais e Regionais, onde temos por exemplo o CREA, CRO, CRM, CRP, etc.. São, respectivamente, os conselhos regionais de engenharia e arquitetura, odontologia, medicina, psicologia. (NARCIO, 2016) 2.2 FUNCIONAMENTO E POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PILOTOS NO BRASIL A ordenaçãolegal do Direito Aeronáutico ocorreu primeiramente na Convenção de Chicago, que aconteceu em 7 de dezembro de 1944. Essa Convenção constituiu um marco fundamental na evolução do Direito Internacional Aéreo, pois o mundo acabava de sair da segunda Grande Guerra. Coube, assim, à Conferência de Chicago a tarefa de estabelecer um novo esquema no tratamento jurídico-internacional da navegação aérea internacional, assim como as atividades relativas ao setor. (SALINAS, 1993) O estatuto da ICAO foi estabelecido durante a Convenção de Chicago, com o propósito de estar de acordo com o art. 44, do Tratado, que era aperfeiçoar os princípios e a técnica da navegação aérea internacional e a de estimular o mercado aeronáutico (ICAO, 2006). Monteiro (2007) argumenta que, os artigos definidos e anexos decorrentes entraram 15 em vigor em 1947. Dos 18 anexos elaborados nessa convenção, o Anexo I trata especificamente das Licenças de Pessoal do setor aeronáutico. Ademais, ficaram estabelecidas a organização e a finalidade do órgão que, até hoje, dá direção para as questões relacionadas à aviação internacional, também para as questões acerca da formação/capacitação de pilotos, a International Civil Aviation Organization - ICAO – ou Organização da Aviação Civil Internacional – OACI. (SALINAS, 1993) Em atendimento aos anexos que estabelecem as diretrizes basilares da aviação, reorientadas pelo DOC7300/9 da OACI, legalmente, no Brasil, o sistema aeronáutico foi seguiu, após a Convenção, pelo Código Brasileiro Aeronáutico – CBA (BRASIL, 1986). De acordo com o CBA, Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que deve atender aos requisitos estabelecidos em acordos internacionais (BRASIL, 1986, p. 22): Art 100. Os programas de desenvolvimento de ensino e adestramento de pessoal civil vinculado à infra-estrutura aeronáutica compreendem a formação, aperfeiçoamento e especialização de técnicos para todos os elementos indispensáveis, imediata ou mediatamente, à navegação aérea, inclusive à fabricação, revisão e manutenção de produtos aeronáuticos ou relativos à proteção. Recentemente, no já no século XXI, no ano de 2007 mais precisamente, o Conselho de Aviação Civil – CONAC, no uso das atribuições, aprovou diretrizes referentes à formação e capacitação de recursos humanos para a aviação civil, expressas na Resolução n° 011/2007, de 20 de junho, diretrizes que deram novas direções para ações referentes ao sistema aéreo para o fomento do setor e para suprir novas demandas do mercado no que se referem à formação e capacitação de recursos humanos para a aviação civil. Foi feito com objetivo principal de estimular as universidades públicas e os colégios técnicos federais e instituições de ensino vinculados aos órgãos e às entidades que integram o sistema de aviação civil para oferecimento de cursos afins, sempre com mais ênfase às regiões mais necessitadas. Incentivam a realização de estudos com vistas a propor uma Lei de Incentivo à Formação e Capacitação de Recursos Humanos para Aviação Civil, de forma a tornar mais fácil, investimentos de pessoas físicas e jurídicas em projetos de instrução e treinamento. Em 2009, é aprovada a Política Nacional de Aviação Civil (PNAC) – que tem como principal propósito (BRASIL, 2009b, p. 1): [...] assegurar à sociedade brasileira o desenvolvimento de sistema de aviação civil amplo, seguro, eficiente, econômico, moderno, concorrencial, compatível com a sustentabilidade ambiental, integrado às demais modalidades de transporte e alicerçado na capacidade produtiva e de proteção de serviços nos âmbitos nacional, sul-americano e mundial. Igualmente em outros segmentos, a infraestrutura Aeronáutica Civil, propõe, entre outras questões, garantir a constante modernização dos sistemas de gerenciamento do tráfego 16 aéreo, mantendo-os em conformidade com as mais avançadas tecnologias e padrões internacionais. E para que o escopo seja alcançado com êxito, são necessárias mudanças em políticas públicas, no tocante aos profissionais em formação e já em atuação no mercado de trabalho. Respeitando-se as exigências internacionais, no Brasil, ninguém está autorizado a atuar como piloto em comando ou copiloto a bordo de aeronaves civis registrados no Brasil, sem que seja detentor de uma licença de piloto expedida de acordo com o RBAC-61, na graduação apropriada à função que desempenha a bordo. É visto que a maior parte dos países com mercado bem desenvolvido, as instituições e o poder ficam descentralizados, de modo que facilita a atuação dos profissionais e pilotos em formação. 2.3 O ESTADO E SUA INEFICÊNCIA NA FISCALIZAÇÃO DA AVIAÇÃO É visto que o estado não tem condições de fiscalizar todas as profissionais, assim como a aviação civil brasileira, então cria-se por meio de lei, conselhos regionais, estaduais e federais para fiscalizar, orientar e suprir com mais eficiência a as necessidades dos profissionais de determinada área. Quando pratica a fiscalização da atividade profissional, um conselho exerce, a priori , função de órgão estatal, pois ele edita normas que regulamentam o exercício da profissão, nele há também poder de polícia, quando verifica se estão sendo seguidas as normas legais e aplica sanções prescritas aos profissionais de acordo com a infração e ainda impõe contribuições compulsórias aos inscritos pelo serviço prestado, de maneira justa e bem direcionada, assim como outras atribuições. A importância dos conselhos está na função que eles executam, pois exercem um papel de Estado, porque verificam se o profissional exerce sua profissão da forma determinada pela lei, observam o exercício da profissão por profissional não habilitado, o que muitas vezes, em lugares onde há pouca fiscalização é um grande problema, pois como a fiscalização e o poder estão muito centralizados em certos lugares, os mesmos não chegam a regiões mais periféricas e não raro, acidentes acontecem devido a esses fatores, onde existem “terras sem lei”, onde pilotos voam com carteiras vencidas, ou até mesmo sem CHT, sem CMA válido, gerando grande risco para sua própria operação e vida, assim como para a operação e a vida de terceiros. Visando a redução de irregularidades, um conselho regional, descentralizado, facilitaria os procedimentos burocráticos para concessão de uma licença, em uma região mais periférica e o mesmo faria toda a parte de fiscalização, assim como impor multa aos maus profissionais e até cassar a licença dos profissionais envolvidos em 17 irregularidades. 2.4 O PAPEL DOS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE Visando agilizar suas atribuições, o estado, delega aos conselhos profissionais a função pública de fiscalizar, defender e disciplinar o exercício da atividade profissional, bem como o dever de prezar pelo interesse público. A supervisão qualitativa, ética e técnica do exercício das profissões, também é delegado aos conselhos pelo estado, isso é estabelecido por Lei, com o único escopo de assegurar qualidade aos serviços prestados à sociedade, de uma perspectiva do profissional para a sociedade e não do profissional para o profissional de forma corporativa, visando apenas ganhos para um lado da situação, principalmente par aviação, onde uma simples negligência pode se tornar uma catástrofe imensurável. Mesmo assim, é o profissional fiscalizando o profissional, o que há gera mais entendimento entre ambas as partes e faz com que os dois consigam trabalhar em mais sintonia e harmonia, facilitando o desenvolvimento da aviação civil brasileira Um conselho funciona de uma forma diferente de um sindicato, os conselhos não se caracterizam pelo corporativismo, o que é visto muitas vezes em sindicatos. Caso determinado profissional cometer algum erro, no exercício de sua profissão, o seu respectivo conselho abrirá processo ético disciplinar, aplicará a sançãoe, caso necessário, denunciará ao Ministério do Público. Para que uma determinada atividade seja regulamentada, é preciso que exija, de quem a exerce, qualificações técnicas, conhecimentos técnicos e científicos avançados e especializados a fim de minimizar, ou evitar, a possibilidade de seu exercício ocasionar ou provocar sérios danos sociais, com riscos à segurança, à integridade física e à saúde. Regulamentar quer dizer impor limites e dar diretrizes aos profissionais, restringir o livre exercício da atividade profissional, já valorizada, reconhecida e assegurada constitucionalmente, tendo como objetivo principal a proteção da sociedade e nunca a garantia de direitos individuais, de acordo com Costa e valente (2008). De acordo com Souza Neto e Sena (2014), o modelo de regulação dos profissionais liberais, no Brasil, tende a ir pelos preceitos constitucionais e é realizado por autorregulação, indicando autonomia e independência da máquina estatal. De acordo com autores, as entidades de fiscalização, ou seja, os conselhos de fiscalização profissional: 18 a) constituem categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas previstas no nosso ordenamento jurídico, não se identificando com as autarquias integrantes da Administração Pública Indireta; b) não estão sujeitos à tutela ou supervisão ministerial; c) não estão vinculados a qualquer Ministério ou órgão da Administração Pública; d) não se inserem na estrutura organizacional do Poder Executivo, estabelecida na legislação vigente; e) suas receitas e despesas não estão inseridas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária da União; f) não recebem qualquer auxílio ou subvenção da União; g) seus orçamentos não estão vinculados ao orçamento da União; h) seus dirigentes não recebem remuneração e são eleitos dentre os seus membros e, portanto, sem interferência do Poder Público; i) além de fiscalizar e regular o exercício das profissões, representam e defendem os interesses das categorias profissionais que fiscalizam; j) seus órgãos jurídicos não são vinculados à Advocacia-Geral da União para representação judicial ou extrajudicial dos seus interesses; k) não são beneficiários de isenção de custas na Justiça Federal. A eficácia dos conselhos protege a sociedade de maus profissionais, de modo a assegurar à população atendimento responsável e de qualidade, independente da situação ou do profissional que é solicitada, e a aviação ainda carece desse tipo de instituição, aonde a aviação se faz exceção no Brasil. Para Lima (2004) e Freitas (2002), a natureza jurídica leva ao entendimento de que a regulamentação profissional é uma questão de cidadania. Primeiro, porque, em essência, as atitudes desses órgãos tem como escopo principal garantir a prestação de serviços de informação aos cidadãos brasileiros com uma qualidade presumida e, deste modo, lutam para que esses serviços sejam prestados por profissionais habilitados, única maneira de assegurar que as funções social e ética das profissões que representam sejam cumpridas de modo eficaz, mantendo a segurança de todos em harmonia com a boa prestação dos serviços. Um conselho que cumpre o seu dever, atua diretamente no controle ético e técnico- profissional, o que lhes dá a dimensão de seu compromisso social com a sociedade, e segurança, confiança e respeito em sua relação com os profissionais no exercício de suas funções. 19 Além disso, o compromisso social dos conselhos é observado, também, em suas ações que fortalecem os mecanismos de controle social e promovem a democratização das políticas públicas. Os conselhos de fiscalização profissional são criados por lei, com caracterização jurídica de autarquias, dotados de personalidade de direito público, com autonomia administrativa, patrimonial e financeira. Como as demais autarquias, constituem desmembramentos legais da União, possuindo feixe de atribuições próprio da ação estatal (COSTA e VALENTE, 2008). Os funcionários dos conselhos são contratados por concurso público desde a década de 1990, o que favorece o bom desempenho e atuação imparcial dos colaboradores, assim evitando que haja “cabides de emprego”. 2.5 CENÁRIO ATUAL DA AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA Primeiramente, observemos como funciona em outras profissões para entendermos melhor da problemática da situação e usaremos o exemplo das forças armadas e como são contratados os seus efetivos. Caso a Força Aérea, Exército ou Marinha sentirem a necessidade de ter em seus quadros os profissionais mencionados interiormente, como médicos, engenheiros, advogados e etc... “Eles têm duas opções, ou criam escolas próprias, de acordo com as regras em vigor, e passam a formar cada um dos profissionais citados, ou os admitem profissionais formados nas instituições que existem no mercado, através de concurso público. Passarão, dessa forma, a ser militares que atuarão como médicos, engenheiros, advogados, dentistas, psicólogos, dentistas, enfermeiro.” (FLEMMING, 2016) Agora nos voltamos para a aviação civil nacional, a quantidade de pilotos desempregados e o mercado supersaturado que tem-se no momento. Os irmãos Marcelo e Andreas Schlüter, de 26 e 21 anos, queriam seguir a profissão do pai, que foi piloto da Varig e atualmente é comandante da Gol. O pai investiu R$ 140 mil em horas de voos para preparar os dois filhos para a atividade. O mais velho, Marcelo, tem licença de piloto privado e comercial, foi aprovado na prova da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional, na sigla em inglês) e finalizou o treinamento para jatos da Boeing. Depois de oito meses procurando emprego na aviação, decidiu empreender. “Tinha todos os requisitos para entrar em uma linha aérea. Mas não tinha vaga, então abri um negócio para não ficar parado.” Diz Marcelo em entrevista ao jornal Estadão. De acordo com Raul Marinho, “O contingente acumulado de pilotos que não conseguiram obter uma colocação ao longo dos últimos 10 anos é muito elevado: 3.210 na asa 20 fixa e 2.074 na asa rotativa”. Comparando estes números à quantidade total de PCs formados no ano de 2014 (1.539 PCAs e 614 PCHs), teríamos que: Para a asa fixa, o mercado precisaria ficar 2 anos e 1 mês sem formar nenhum PC para absorver todo o contingente de pilotos que não encontraram emprego no período; Para a asa rotativa, o período de ociosidade das escolas poderia chegar a 3 anos e 4 meses, de modo a absorver todo o contingente de PCHs desempregados.” Afirma o autor do artigo sobre a empregabilidade de pilotos. ( Marinho, 2016) Na Força Aérea existe o Quadro de Oficiais Aviadores. No Exército e Marinha de Guerra não. Um oficial da arma de artilharia, cavalaria, infantaria, etc. que esteja interessado em voar faz um concurso interno e vai ser piloto. Não existe, na Marinha ou no Exército, um "Quadro de Oficiais Aviadores", como existe na FAB, com formação específica e a explicação plausível é justamente porque a profissão não existe. É lógico que existe, porém não está regulamentada como as profissões supracitadas. Nas Forças Armadas existem os quadros de engenheiros, médicos, advogados, dentistas, psicólogos, dentistas, enfermeiros e tantos outros que hoje estão devidamente regulamentados. A profissão de aviador não está devidamente regulamentada. 2.6 MUDANÇAS NA AVIAÇÃO CIVIL COM A REGULAMENTAÇÃO Se aprovado o Projeto de Lei 4873/2016, para o Exército e Marinha terem aviadores entre seus profissionais, ou criariam um quadro específico, com formação definida pelo Conselho Federal de Aviação (CONFAV), ou promoveriam concurso público para captar aviadores formados no mercado, assim como com os profissionais citados acima. O que seria de grande valor para o mercado brasileira nacional e geraria menos custos para os cofres públicos, que tem que formar pilotos os efetivos tanto da Marinha, do Exército como da PolíciaMilitar, Polícia Civil, Bombeiro Militar e etc. Se a profissão estivesse regulamentada, haveria necessidade de concurso público para ser exercida a profissão no meio público, acarretando em economia para os cofres públicos, pois não teria gastos com a formação dos pilotos e alavancaria o mercado de Aviação Civil brasileiro, gerando mais rotatividade, facilitando o ingresso de novos pilotos no mercado e proporcionando mais justiça aos pilotos, pois de fato fariam o concurso específico para aviador. Segue a tabela de 2016 da frota de aeronaves pelo Brasil, onde pode ser visto a grande demanda de pilotos que o estado teve de formar se considerarmos o baixíssimo número de 3 pilotos por aeronave e através disso também conseguimos visualizar o grande impacto e desvalorização que isso gera na Aviação 21 Civil Nacional: Tabela 1 – Frota de aeronaves de aviação de segurança pública A ANAC passaria a atuar de forma macro e passa a cumprir sua destinação para a qual foi criada. Um Conselho Federal de Aviação (CONFAV) e seus Conselhos Regionais de Aviação (CRAV) passariam a tratar dos pilotos profissionais. PP passaria a ser ANAC. Não é profissional da aviação. PC e PLA, Conselho Federal de Aviação. Atua profissionalmente como piloto? Conselho Federal de Aviação e seus respectivos Conselhos Regionais seriam os 22 responsáveis pelos mesmos. (Flemming, 2016) 2.7 CONSEQUÊNCIAS DA REGULAMENTAÇÃO PARA OS AVIADORES E PARA O MERCADO Quem seriam os diversos conselheiros e seus cargos? Aviadores eleitos por aviadores. Os demais funcionários seriam captados no mercado através de concurso público de acordo com requisitos definidos pelo CONFAV. Quem emitiria as licenças e habilitações? Conselho Federal de Aviação e seus respectivos Conselhos Regionais. Cheques e recheques? Seriam feitos pelo Conselho Federal de Aviação e seus respectivos Conselhos Regionais. Quais seriam os requisitos mínimos para se tornar um aviador? Quem vai definir isso seria o Conselho Federal de Aviação. Uma regulamentação iria exigir não só dos profissionais, mas também das entidades maior reconhecimento do que é ser um piloto. Se você é médico, é preciso estudar e ser formado para tal, você tem um diploma, assim como tem prerrogativas que lhe são atribuidas por sua formação. A Formação de um piloto não exige um conhecimento teórico profundo (São feitas poucas provas e um curso que, haja vista, pouco ensina), somos regulados por uma agência reguladora de forma direto, o que é uma raridade na aviação mundial. Existem vagas públicas exclusivas para advogados formados, como existe para Médicos, administradores e qualquer outra, porém o mesmo não se encaixa para pilotos. Graças a boa estruturação de um curso de medicina, órgãos públicos fazem concurso para Médicos, para Bacharéis em direito, e para diversas outras especialidades e ainda há esse vazia para os aviadores, que permanecem sendo prejudicados pela falta da regulamentação. Em partes, a profissão é totalmente desregulamentada, muitas vezes é menos do que uma carteira de motorista de automóveis, pois para alguns cargos exige-se carteira de motorista, mas para piloto não existe nem a posição nestes órgãos. Passaria a existir uma autoridade aeronáutica composta por aviadores que legislaria e adaptaria as normas e regulamentos. A regulamentação se aprovada, trará muitos bons efeitos, porém ainda há vários desafios pela frente. Sonho de consumo da maioria dos aviadores. Juntaria a prática dos teóricos com os teóricos da prática. Sim, essa é a proposta dos idealizadores do Projeto de Lei. A autoridade aeronáutica brasileira no que diz respeito ao pilotos profissionais perante a ICAO seria o Conselho Federal de Aviação, CONFAV. Essa é a chave da questão. RBAC 61 e outras normas e regulamentos que tratam de profissionais, mesmo que sejam tratados por outros nomes, passariam a ser emitidos pelo CONFAV. 23 (Flemming, 2016) O projeto obriga os aviadores a terem ensino superior em CIA, a ICAO não obriga que um piloto tenha curso superior, como Ciências Aeronáuticas o que filtra ainda mais os futuros pilotos. Além disso, uma taxa anual de R$500,00 substituiriam todas as GRU que os pilotos pagam atualmente e cheques e recheques ficariam a cargo do CONFAV e nesse ponto 17 não haveria muita diferença dos gastos atuais. Se o projeto for aprovado, será de grande valia para os pilotos e sem dúvidas tornará a profissão muito mais valoriza e abrirá o leque para todos os aviadores que vivem e amam a aviação. Uma profissão melhor estruturada e regulamentada tornaria o mercado muito melhor e reforçaria os ânimos e incentivaria uma aviação de mais qualidade, resultando em mais segurança e menos pilotos trabalhando por migalhas depois de ter um custo altíssimo com seu curso de formação, a regulamentação é uma questão de justiça e igualdade, fazendo com que as políticas sejam mais justas e democráticas. 2.8 A AVIAÇÃO COM E SEM A REGULAMENTAÇÃO E OS CONSELHOS Pode-se observar que a criação de conselhos é necessária devido a grande demanda de expedição de licenças e habilitações que há no mundo da aviação. A ANAC, atualmente é extremamente lenta e deixa muito a desejar em suas análises, onde muitas vezes nem o próprio analista da agência de consegue definir o que deve ser seguido ou não, assim como indeferir processos sem a devida justificativa. Além do mais, encontra-se num cenário aonde não há grande contato com os pilotos e com a sociedade para se discutir os anseios e necessidades da classe prestadora de serviços aéreos. A questão de indicações para altos cargos da empresa por parte de políticos também é algo preocupante e indesejado, pois muitas vezes o alto escalão da agência são pessoas que não tem preparo, e conhecido muito raso sobre o meio que vão administrar, gerir e regular, entre outros problemas que a centralização do poder gera, por concentrar tudo em apenas um lugar, tudo mais é mais lento e devagar, assim como a fiscalização que é muitas vezes precária, e não há para onde correr, pois o poder e as decisões estão totalmente centralizadas em um só órgão. Com a criação dos Conselhos Regionais de Aviação Civil, primeiramente facilitaria os procedimentos para concessão de licenças e habilitações, assim como revalidações, que não raro são demorosos e atrapalham a vida do profissional que precisa trabalhar e acaba ficando impedido pois a análise é lenta e imprevisível por parte da agência. Com conselhos regionais, fica mais favorável para o profissional conseguir recorrer, questionar, solicitar e dar sugestões 24 para processos e diretrizes, favorecendo o crescimento sustentável e seguro da aviação civil. Como nos conselhos, o poder fica descentralizado, fica melhor para os profissionais e para a sociedade participarem, fazendo a aviação crescer e sendo administrada de maneira mais democrática possível, onde cada conselho regional responderia e dar sugestões para diretrizes e decisões de Conselhos Estaduais e Federais. A Criação dos conselhos possibilitaria uma fiscalização muito maior das entidades de Aviação Civil, gerando mais conforto e tranquilidade para sociedade, pois os conselhos chegariam em lugares que hoje em dia a ANAC não chega. As diretrizes dos conselhos seriam tomadas por diretores eleitos democraticamente por profissionais da aviação, atuando assim de maneira mais justa e eficiente no meio da aviação geral civil, por conhecer o anseios e necessidades para o progresso da mesma. Esses pontos que diferenciam para melhor os conselhos são analisados por diversos pesquisadores da área, demonstrando que a regulamentação da profissão de aviador e a criação dos conselhos, mesmo sendo algo que está sendo estudado recentemente e tramitando no congresso nacional a pouco tempo, tem tido um aumento em debates que estão cada vez aumentando mais e chamando mais atenção dos aviadorese profissionais da aviação civil, assim como pesquisas e outros estudos para verificar outros pontos em que se diferencia para melhor os conselhos regionais, sendo que pontos negativos não são demonstrados devido a grande efetividade e eficiência em que podemos observar nos conselhos regionais. 25 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Pode-se observar com base nos autores do assunto, que a criação de dos conselhos sem dúvida é algo que seria benéfico para aviação como um todo, como Ruy Flemming argumenta, profissional de aviação com anos de carreira, já fez diversas análises sobre essa carência que presencia-se atualmente. Com base na pesquisa e resultados alcançados, pode-se entender por meio de autores a grande importância dos conselhos na vida dos profissionais e da sociedade. Sendo assim, observa-se o grande atraso que há no setor da aviação civil brasileira em relação a outras profissões, um fator que muitas vezes pode contribuir para um crescimento mais lento desse setor que cheio de possibilidades e potencial, o que muitas vezes resulta em desemprego e falta de consciência dos profissionais da aviação civil, saturações de mercado, entre outros pontos negativos. Vê-se a grande necessidade da criação de conselhos para melhorar a vida do aviador e da sociedade, assim como otimizar os processos, deixando-os mais efetivos e com mais qualidade. 26 4 CONCLUSÃO Este projeto foi de grande valia para análise da parte estrutural da aviação, de como são ditadas as regras, ou seja, como a aviação está sendo regulamentada e como a aviação civil pode ser fortalecida por meio de uma nova política de conselhos que já ocorre em diversas outras profissões muito difundidas e que apresentam um reconhecimento muito maior pelos órgãos públicos do que a aviação. O grande número de pilotos desempregados vistos em vários dados demonstra fortemente a necessidade de a profissão ser regulamentada, para que o setor não fique defesa e prejudica em comparação com outras áreas. Para que tenhamos mais geração de empregos para pilotos e a valorização dos mesmos e de todo esforço, custos demandados para tal formação, assim como alívio nas contas estatais onde haveria uma economia gigantesca por não precisar ter o custo total de formação de um piloto comercial que hoje se aproxima de R$100.000,00 reais. A regulamentação é necessária e seria uma burocracia que valorizaria a classe de aviadores, dando a eles o real valor que devem ter, assim como justiça e igualdade entre as profissões. 27 REFERÊNCIAS ANAC, Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica 61 (RBHA-61), portaria n° 700/DGAC de 24 de abril de 2001, alterado pela Resolução de n° 5, de 13 de dezembro de 2006a. Disponível em: < http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e- rbac/rbac/rbac-061-emd-06> Acesso em: 21 nov. 2017. Brasil. LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986. Código Brasileiro de Aeronáutica.<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7565.htm>. Acessado em: 20 out. 2017. Castro, Gilson. UMA ABORDAGEM SOBRE A CRIAÇÃO E FUNÇÃO DOS CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE CONTABILIDADE. <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/2224/2/20174979.pdf>. Acessado em 17 nov. 2017. Flemming, Ruy. Regulamentação da profissão de aviador. Disponível em: <http://www.blogdoflemming.com.br/biblioteca/>. Acesso em: 23 set. 2017. Gazzoni, Marina. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 07 de maio de 2016. A aviação virou o nosso plano B‟, dizem pilotos desempregados. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-aviacao-virou-o-nosso-plano-b--dizem- pilotos-desempregados,1865782>. Acesso em: 12 out. 2017. Marinho, Raul. IEP-Índice de Empregabilidade de Pilotos. Disponível em: <http://paraserpiloto.aopabrasil.org.br/2015/04/27/iep-indice-de-empregabilidade-de-pilotos- uma-ferramenta-para-medir-objetivamente-como-o-mercado-de-trabalho-para-pilotos-se- comporta-ao-longo-do-tempo/>. Acessado em: 20 out. 2017. Narcio, C. 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