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Artrites · Como eu estudo artrite? · Poliartrite: ≥ 4 articulações. · Mono/Oligoartrite: < 4 articulações. · Poliartrites: · Febre reumática: migratória, de grandes articulações. · Colagenoses: artrite lúpica, migratória, pequenas articulações. · Artrite gonocócica: fase inicial, lesão cutânea associada à gonococcemia. · Artrite reumatoide: aditiva, pequena articulação. · Síndrome reumatoide: parece artrite reumatoide. · Mono/Oligoartrites: · 3 dicas... · Jovem: gonocócica X Reiter. · ↑Inflamação: gota X Séptica. Sempre fazer artrocentese. · Crônica em jovem: tuberculosa X fúngica. · Artrite idiopática juvenil: < 16 anos. · Síndrome de Reiter: artrite, uretrite e conjuntivite. · Artrite gotosa: podagra, fator precipitante. · Osteoartrose: > 50 anos, quadro crônico. · Artrite séptica gonocócica: fase tardia. · Artrite séptica não gonocócica: S. aureus. POLIARTRITES ARTRITE REUMATOIDE · MARÍLIA GABRIELA. · Mulher de meia-idade (35-55 anos). · Patogenia: · Idiopática... · Participação da auto-imunidade na gênese e perpetuação da AR: · Fator reumatoide (FR): IgM contra IgG “self” · Anti-peptídeo citrulinado (anti-CCP): altamente específico(98%) para diagnóstico de AR. · Clínica: doença sistêmica com marco articular. · Manifestações articulares (artrites): · Sinovite crônica: deformidade articular. · É permanente, leva ao grande marco diferencial que é a deformidade da articulação. · Aonde? MÃO, PÉ, PUNHO E PRONTO. · Padrão articular: · Pequenas articulações periféricas. · Aditivo e simétrico. · Rigidez matinal > 1 hora é comum. · As deformidades: · Nas mãos: · Desvio ulnar dos dedos; · Pescoço de cisne; · Abotoadura. · Nos pés: · Joelho: cisto de Baker. Não é patognomônico porque trauma articular também pode gerar esse cisto. · Ruptura do cisto de Baker: evolução atípica e rara. Simula uma TVP porque o conteúdo do cisto disseca a panturrilha. Ana Lino clinica médica · Nos punhos: · Dorso de camelo. · A deformidade pode comprimir o nervo mediano e causar a síndrome do túnel do carpo. · AR POUPA A INTERFALANGEANA DISTAL DA ARTRITE – IFD inflamada exclui a possibilidade de AR como diagnóstico. Deve ser osteoartrose. · Pescoço: · Artrite entre C1 e C2: subluxação atlanto-axial. · Dor cervical com risco de compressão medular. · Cricoaritenoidite: rouquidão com risco de obstrução de via aérea. · Manifestações extra-articulares: · Altos títulos de FR e anti-CCP. · “PEguei NOJO DE VASCAíno”. · PE: pericardite – manifestação mais comum de todas as extra-articulares. · NO: nódulos subcutâneos. · JO: sjogren – mais comum manifestação ocular. · DE: derrame pleural – glicose tende a zero nesse derrame. · VAS: vasculites. · CA: Caplan – associação entre AR e pneumoconiose (mineradores de carvão). · Critérios diagnósticos: Score ≥ 6 PONTOS. · Articulações: desconsiderar IFD. · 0: 1 articulação grande. · 1 ponto: 2-10 articulações grandes. · 2 pontos: 1-3 articulações pequenas. · 3 pontos: 4-10 articulações pequenas. · 5 pontos: > 10 articulações (1 pequena). · Sorologia: FR e Anti-CCP · 0: ambos negativos. · 2 pontos: baixos títulos. · 3 pontos: altos títulos. · Inflamação: VHS e PCR · 0: ambos normais. · 1 ponto: aumentados. · Duração: · 0: < 6 semanas. · 1 ponto: ≥ 6 semanas. · Tratamento: · Drogas sintomáticas: · AINE/Corticoide (dose baixa). · Drogas que alteram a evolução da doença: · DARMDs (drogas antirreumáticas modificadoras de doença): · Metotrexate, sulfassalazina, cloroquina e leflunomida. · Metotrexate é a droga de primeira linha, é pilar terapêutico. · Biológicas: CUIDADO rastrear tuberculose antes. · Inibidoras de TNF-alfa: infliximab, etanercept e adalimumab. · Não inibidor de TNF-alfa: rituximab (anti-CD20). SÍNDROME REUMATOIDE · Parece artrite reumatoide, mas não é. · Poliartrite viral. · Principais vírus: · Rubéola; · HBV; · HCV; · Parvovírus B19. · Fisiopatologia variável: na rubéola é a presença física do vírus na articulação, já do vírus B é por deposição de imunocomplexos na articulação. · Diagnóstico: de exclusão. Após excluir AR, ficamos com síndrome reumatoide. · Pesquisar sorologias virais. · Tratamento: sintomático. FEBRE REUMÁTICA · É uma complicação de infecção pelo Streptococcus piogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A). · Faringoamigdalite: após 2-4 semanas pode aparecer manifestações de FR. · Somente as cepas da faringoamigdalite podem causar FR, as cepas da piodermite não causam. · Reação cruzada: o Ac que foi formado contra a bactéria atacará regiões do organismo por mimetismo molecular desses locais com a bactéria. · FR: complicação tardia de faringoamigdalite estreptocócica por reação cruzada, típico em 5-15 anos de idade. · Onde? · Articulação: manifestação mais comum da FR é a artrite (80-90%). · Poliartrite (2-4 semanas) · Padrão articular: · Grandes articulações; · Migratório e assimétrico. · Coração: · Pancardite – endocardite, miocardite, pericardite. · Válvula mais lesada: MITRAL. · Tipo de lesão: · Aguda (até 8 semanas): Insuficiência mitral. · Crônica (sequela): Estenose mitral. · A cardite é a agressão potencialmente mais grave da FR, porque ela deixa sequela. A artrite, por exemplo, melhora sem deformidade. · SNC (gânglios da base): · Coreia de Sydenham: movimentos involuntários, mais frequentes em MMSS e face. · Melhora sem deixar sequela. · Manifestação TARDIA: 1-6 meses após o início da FR. · Pele: · Nódulo subcutâneo. · Eritema margnado. · Ambos têm relação com a cardite. Se apareceu lesão dermatológica, faz um ecocardio para verificar cardite. · Diagnóstico: Evidência de infecção estreptocócica recente (ASLO, cultura, antígeno)* + 2 MAIORES ou 1 MAIOR + 2 menores Critérios de Jones (surto agudo) MAIORES Artrite Cardite Nódulos subcutâneos Eritema marginado Coreia de Sydenham Menores Artralgia Febre ↑ VHS e/ou PCR ↑ Intervalo PR · Em regiões de risco moderado a alto para FR, poliartralgia pode ser considerado critério maior. * é critério obrigatório. · A grande exceção é a Coreia de Sydenham: permite diagnóstico de FR sem a necessidade de nenhum outro critério diagnóstico, nem mesmo o obrigatório. É manifestação tão tardia que todo o restante já pode ter normalizado. · Tratamento: · Antibiótico? Não traz benefício para o surto atual, mas erradica bactéria da orofaringe. Isso evita disseminação da bactéria para a comunidade e evita a reinfecção pela criança. · Penicilina benzatina IM DU. · Alérgicos: eritromicina VO 10 dias. · Manifestações: · Artrite: AINE (AAS); · Cardite: prednisona (dose imunossupressora); · Coreia: repouso (atenua o movimento) + Fenobarbital/Carbamazepina/Valproato. · Profilaxia secundária: · Evitar recorrência... · Penicilina benzatina IM (21/21 dias) até... · Sem cardite: até 21 anos ou até 5 anos após o surto (o que durar mais). · Com cardite sem sequela valvar: até 25 anos ou até 10 anos após o surto (o que durar mais). Obs.: regurgitação mitral mínima não é considerada sequela valvar! · Com cardite com sequela valvar: para sempre. Alguns autores defendem a possibilidade de interromper a profilaxia aos 40 anos de idade, desde que não tenha contato próximo com criança em idade escolar. MONO/OLIGOARTRITES ARTRITE SÉPTICA Gonocócica Não gonocócica Agente N. gonorrhoeae S. aureus Clínica 1ª fase: poliartrite + lesão de pele 2ª fase: monoartrite Já inicia com monoartrite Porta de entrada Tratamento Ceftriaxone 5-10 dias Oxacilina 3-4 semanas ARTRITE GOTOSA · Hiperuricemia: ácido úrico em excesso pode precipitar em vários locais do corpo, inclusive dentro das artriculações. Apenas 5% evoluem para artrite gotosa. · Leucócito intrarticular fagocita o cristal de ácido úrico precipitado após uma variação da uricemia ou trauma articular. O leucócito sofre indigestão e gera citocinas inflamatórias. · Qualquer variação da uricemia pode precipitar a artrite, para mais ou para menos. · Marcas: · Fator precipitante; · Podagra: quanto mais distal, mais típico de gota. · Mono/oligoartrite intensa (diferencial com artrite séptica). · Diagnóstico: · Em prova, sempre pedimosartrocentese. · Laudo perfeito de artrite gotosa: cristais NO INTERIOR de leucócitos com birrefringência NEGATIVA sob LUZ POLARIZADA. · Tratamento: · Interromper a crise: · NÃO FAZER ALOPURINOL. · AINEs (indometacina, naproxeno). Não usar AAS. · Opção:Colchicina (“grita estátua pro leucócito”). · Prevenir a recidiva: · Afastar fatores de risco: álcool, diuréticos tiazídicos. · Colchicina 3-7 dias para inibir leucócito intrarticular antes de tentar reduzir a uricemia. · Depois: diminuir a uricemia.... · ↓ síntese: alopurinol. · ↑ eliminação urinária: uricosúricos (probenecida). ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL · Antigamente, artrite reumatoide juvenil. · < 16 anos com artrite > 6 semanas. · Forma pauciarticular: ≤ 4 articulações. · Meninas ≤ 4 anos. · FR negativo. · Se FAN + aumenta o risco de uveíte anterior referenciar para oftalmologista. · Doença de Still: forma sistêmica da AIJ. · Jovem < 16 anos; · Artrite; · Febre; · Rash salmão; · Hepatoesplenomegalia; · LFNmegalia. · Forma poliarticular: > 4 articulações. · FR variável: · > 10 anos FR +. · < 10 anos FR -. · Se FAN + aumenta o risco de uveíte anterior referenciar para oftalmologista. SÍNDROME DE REITER · Artrite, uretrite e conjuntivite. · É o grande protótipo das artrites reativas. · Infecção bacteriana em território distante das articulações como disenterias (Shigella, Salmonella) e infecções genitais (uretrite/cervicite – Chlamydia trachomatis). · Anticorpos produzidos atacam as bactérias e as articulações. · Tratamento: sintomáticos + antibiótico
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