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Experimentos em Genética

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PROVA 1 – GENÉTICA 
Griffith 
Griffith observou os experimentos na bactéria Streptococus pneumoniae, a qual causa 
pneumonia no ser humano e é normalmente letal em ratos. Algumas linhagens dessa 
espécie evoluíram para menos virulentas. Griffith usou duas linhagens: as virulentas 
mortais (encapsuladas em polissacarídeo, aspecto liso) identificadas como linhagem S 
e as não-virulentas (sem polissacarídeo, aspecto rugoso) identificadas como linhagem 
R. 
Griffith matou algumas células da linhagem S por aquecimento. Os ratos sobreviveram, 
mostrando que o envoltório não causa morte. No entanto, os ratos injetados com uma 
mistura de células virulentas mortas e células não-virulentas vivas morreram. Além 
disso, as células recolhidas dos ratos mortos eram as lisas e virulentas nas 
subsequentes injeções. 
De algum modo, as células S mortas haviam convertido células R vivas em células S 
vivas. Processo chamado de transformação. 
 
Avery e Colin 
Desvendaram qual componente químico causava a transformação. Destruíram 
quimicamente todas as principais categorias de substâncias químicas das células 
mortas, uma de cada vez, para descobrir se o extrato tinha perdido a habilidade de 
transformação. O tubo no qual adicionou bactérias R vivas e S mortas com tripsina 
(proteinase) continuou transformando. O qual adicionou bactérias R vivas e S mortas 
com RNAse também transformou. Finalmente, adicionando DNAse às bactérias R vivas 
e S mortas, não houve transformação. Ou seja, o DNA é o princípio transformante. 
 
Hershey-Chase 
Realizaram um experimento com o vírus fago T2 que infecta bactérias. A maioria da 
estrutura do fago é de proteínas e DNA. Decidiram marcar diferencialmente o DNA e a 
proteína usando radioisótopos para rastrear os materiais durante a infecção e descobrir 
qual material transmitiu os fatores do bacteriófago para a bactéria. 
Sabiam que não existia enxofre no DNA, mas existia fósforo. Nas proteínas não existia 
fósforo, mas enxofre sim. Criaram dois meios de cultura de E. coli: o primeiro, com 
fósforo radioativo para demarcar o DNA; o segundo, com enxofre radioativo para 
demarcar as proteínas dos bacteriófagos. Após o tempo de infecção, fragmentavam no 
liquidificador o capsídeo do bacteriófago e centrifugavam o material. Formava duas 
fases: uma mais pesada (bactérias - maiores e mais pesadas) e outra mais leve 
(capsídeos). 
No segundo meio, marcado com enxofre radioativo, mostrou as proteínas na fase mais 
leve (capsídeos). 
No primeiro meio, marcado com fósforo radioativo (DNA), o fósforo foi encontrado na 
fase mais pesada: nas bactérias infectadas. Portanto, o DNA dos bacteriófagos foi 
incorporado ao DNA das bactérias, confirmando o DNA como princípio transformante. 
 
Análise de difração de raios x do DNA - Rosalind Franklin 
Nos seus experimentos, ela cristalizava substâncias químicas e bombardeava raio X. 
Onde havia núcleo de prótons, o raio batia e voltava; quando passava próximo ao 
núcleo, ele batia e desviava e impregnava na placa de raio X. A partir da impregnação, 
ela deduzia a estrutura do DNA com cálculos matemáticos. Os dados sugeriram que o 
DNA é longo e fino, tem duas fitas e é helicoidal. 
 
Meselson Stahl 
Cultivaram células de E. coli em meio a nitrogênio pesado 15N. As bactérias 
incorporaram esse nitrogênio no seu DNA nas bases nitrogenadas a cada divisão. 
Depois de algumas divisões, ele pegou as bactérias com nitrogênio pesado incorporado 
ao seu DNA e colocou em um meio de cultura com nitrogênio leve 14N e deixou elas se 
dividirem uma vez. Depois, deixou se dividirem duas vezes. Matou as bactérias e 
reservou. Ele fez uma centrifugação da colônia no Cloreto de Césio e analisou as 
densidades. As células cultivadas no nitrogênio pesado mostravam alta densidade. 
Após as divisões no nitrogênio leve, o DNA tinha densidade intermediária. Depois de 
duas gerações de E. coli, o experimento confirmou o modelo de Watson-Crick: o DNA 
sofre uma replicação semiconservativa - Mantém uma fita velha e uma nova é 
sintetizada. 
 
John Cairns 
Incorporou a timidina triciada nas células bacterianas (3H). Cada nova molécula-filha 
sintetizada deveria conter um filamento radioativo (“quente”) e outro não radioativo 
(“frio”). Após vários ciclos de replicação, pôs o conteúdo da célula em um filtro de papel 
que foi posto numa lâmina de microscópio. Cobriu o filtro com uma emulsão fotográfica 
e deixou no escuro por 2 meses. Esse procedimento é a auto-radiografia, que permitiu 
a localização do 3H no material. Decaimento de 3H – emissão de partículas beta. Há 
uma reação química toda vez que a emulsão detecta uma emissão beta. Na revelação, 
há a formação de uma trilha de partículas beta como pontos pretos/ grãos. Após um 
ciclo de replicação, havia um anel de pontos (filamento radioativo recém formado). No 
segundo ciclo, havia uma curva espessa de pontos passando pelo círculo (dessa vez 
com dois filamentos radioativos). O formato de lua observado foi chamado de estruturas 
teta. 
 
Propriedades DNA polimerase 1 
DNA polimerase 1: atividade polimerase - catálise do crescimento da cadeia sentido 5’ 
3’; atividade exonuclease - 3’ 5’ remove os pareamentos errados; atividade exonuclease 
5’ 3’ que degrada a dupla hélice do DNA. No entanto, ela muito lenta 20 nuc/seg e muito 
abundante 400 moléculas/célula. Esclareceram que, na verdade, outra polimerase (a 3) 
é que catalisa a síntese de DNA. 
 
 
 
Replicação 
Processo de duplicação de uma molécula de DNA dupla-fita, ocorre sempre que uma 
célula vai se dividir durante a fase S da intérfase. O processo é semiconservativo, pois 
um filamento é mantido e um novo é formado. 
O processo se dá com a abertura da fita análoga a um zíper (forquilha) através da 
enzima helicase e das proteínas SSB que ajudam a manter a fita aberta. A abertura 
ocorre por meio da quebra de das pontes de hidrogênio responsáveis por manter os 
dois filamentos unidos. Nos eucariotos, há várias bolhas de replicação (regiões 
específicas de abertura ricas em adenina e timina). Nos procariotos, essa região é 
chamada de ori-C 
Como a fita de DNA vai se abrindo, uma tensão na parte posterior a abertura vai se 
criando e forma estruturas chamadas super hélices, onde aliviam a tensão da fita de 
DNA. A enzima DNA girase (+topoisomerase) quebra e eliga o DNA tirando a tensão e 
evitando que o DNA seja rompido. 
Após a abertura, ocorre a polimerização pela enzima pol III, que sempre segue no 
sentido 5’ - 3’ adicionando nucleotídeos em fitas com a parte 3’ livre. No entanto, as fitas 
têm polaridade inversa, ou seja, são antiparalelas. A polimerização de uma das fitas 
será contínua (filamento leading) porque segue a helicase. A polimerização da outra fita 
será descontínua (filamento lagging), criando filamentos de DNA chamados Fragmentos 
de Okazaki. Os fragmentos descontínuos são ligados pela enzima DNA ligase. A DNA 
pol III só consegue trabalhar com um molde de RNA na fita: a enzima DNA primase 
(primossomo) faz uma pequena cópia de RNA no início da replicação – o primer. A fita 
contínua necessita de um primer, já a descontínua necessita de vários (cada fragmento 
possui seu próprio primer). A enzima pol I remove os primers, checa a sequência correta 
e preenche os espaços com DNA. 
O repliossomo é um complexo de proteínas que coordena a replicação, essa série de 
proteínas compõe a forquilha de replicação. Repliossomo = DNA pol III + primases + 
SSB + grampos beta + pol I + ligase = holoenzima polimerase III. Possui dois cernes 
catalíticos mais proteínas: um deles atua na produção da fita contínua e outro da 
descontínua. Asproteínas acessórias mantém tudo unido e funcionando, uma delas 
forma o grampo beta que mantém a DNA pol III ligada a fita de DNA. 
 
Montagem do repliossomo: Procariotos 
A montagem começa nas origens. A replicação de E. coli começa numa origem fixa: a 
região oriC. A enzima DNAa reconhece uma sequência de 13 pares de bases (chamada 
DNAa boxe) repetidas 5 vezes na região oriC. Essa região é rica em bases A e T, 
portanto abre mais facilmente. As enzimas DNAa ligam-se as fitas abertas e se 
associam a outras enzimas chamadas DNAb (helicase) que começa a abrir a fita. A 
primase e a pol III ligam-se a esse complexo e a síntese tem início. 
 
Repliossomo eucariótico 
Pode desmontar e remontar os nucleossomos por meio da proteína CAF-1 (que se liga 
às histonas e as direciona para a forquilha de replicação) 
As origens de 100 a 200 pb tem uma sequência de DNA com uma região rica em AT. 
Cada cromossomo eucariótico tem muitas origens de replicação, assim, a replicação 
continua em ambas as direções e em múltiplos pontos de origem. 
O complexo de 6 proteínas de reconhecimento chamado ORC liga-se a uma região de 
DNA rica em AT. As proteínas Ctc6 e Cdt1 são recrutadas. Após isso, a helicase 
replicativa (complexo MCM) também é recrutada. A replicação é ligada a fase S do ciclo 
celular pela disponibilidade das proteínas Ctc6 Cdt1, pois são destruídas após a síntese 
ter começado. 
Montar e remontar caf1 – origens 100 a 200 – cada cromossomo – orc liga se a uma AT 
– ctcseis e cdt1 – helicase replicativa 
 
Telomerase e a fonte da juventude 
Na parte final do cromossomo após a replicação um pedaço é perdido. A enzima 
Telomerase recupera parte desse material perdido. 
A partir disso, foi levantada a hipótese de que essa perda seria responsável pelo 
envelhecimento. As pessoas que têm telômeros defeituosos sofrem um envelhecimento 
prematuro. 
Assim, se adicionado telomerase ao cromossomo, teríamos a fonte da juventude. No 
entanto, a adição de telomerase causou câncer nas cobaias. 
 
Elliot Volkin e Lawrence Astrachan – Experimento de pulso-caça do RNA 
Bactérias alimentadas com uracil radioativo (necessária para a síntese de RNA, mas 
não de DNA) são pulsadas. Após um período de tempo, são transferidas para um meio 
com uracil não radioativo. Resultado: o RNA recuperado logo após o pulso é marcado, 
mas o recuperado um pouco mais tarde após a caça não, indicando que o RNA tem um 
tempo de vida muito curto. 
 
Propriedades do RNA 
Cadeia de nucleotídeos unifilamentares - fita simples; flexível; maior variedade de 
formas moleculares tridimensionais; pode ocorrer pareamento intramolecular de bases. 
Ácido ribonucleico. Tem açúcar ribose (grupo hidroxila ligado ao carbono 2’); possui uma 
ponta 5’ e uma 3’, como o DNA. 
Os ribonucleotídeos contém as bases adenina, guanina, citosina e uracila (no lugar da 
timina). Durante o dobramento de RNA, U pode parear também com G. 
Pode catalisar reações biológicas, nesse caso, leva o nome de ribozima. 
Se considerarmos que no DNA estão as instruções para a fabricação das proteínas, 
então o RNA pode ser considerado parte das engrenagens que fazem o DNA produzir 
seus produtos. 
 
Classes de RNA 
 RNA mensageiro (mRNA) 
Produzido pela transcrição 
Codifica informações necessárias para fazer cadeias polipeptídicas (proteínas). São 
intermediários e passam a informação do DNA para ser traduzida em proteína. 
 RNA funcional 
Não codifica informações para produção de proteínas. O próprio RNA é o produto final. 
RNA transportador (tRNA): responsável por ligar o aminoácido correto ao mRNA na 
tradução 
RNA ribossômico (rRNA): forma em conjunto com algumas proteínas os ribossomos. 
Pequenos RNA nucleares (snRNA) - organismos eucariotos - fazem parte da maquinaria 
que processa os RNAs transcritos. Alguns snRNA se unem a subunidades proteicas e 
formam o complexo ribonucleoproteico de processamento (o splicessomo) que remove 
íntrons do mRNA 
MicroRNA (miRNA): regulação da quantidade de proteínas produzidas por muitos 
genes. 
Pequenos RNA de interferência (siRNA): defesa do genoma. Inibem a produção de vírus 
e impedem a transposição. 
 
Transcrição 
Processo em que sequências de DNA são transformadas em RNA por meio do 
pareamento complementar de bases. O RNA formado é chamado de transcrito. 
Primeiro, os dois filamentos da dupla hélice separam-se localmente, um dos dois atua 
como fita molde para a síntese de RNA. Os ribonucleotídeos são posicionados pela 
enzima RNA polimerase e são unidos às suas bases complementares: A com U, C com 
G. À medida que a RNA polimerase se move ao longo do gene, ela desenrola a dupla 
de DNA e reenrola o DNA que já foi transcrito. O filamento não-molde do DNA é 
chamado de filamento codificante, essa sequência é a mesma encontrada no RNA 
transcrito. 
 Procariontes 
Tem início na região promotora que está na ponta 5’ do gene. A primeira base 
transcrita está sempre no sítio iniciador. Sequências promotoras: região -35 e -
10. A RNA polimerase liga-se à essa região e forma um aglomerado de proteínas 
chamado holoenzima RNA polimerase que desenrola a dupla hélice. O 
alongamento da fita forma uma bolha de transcrição e o RNA nascente é liberado 
aos poucos. 
A holoenzima RNA polimerase é composta de cinco subunidades do cerne da 
enzima: duas subunidades alfa, uma beta, uma beta’ e uma gama e mais uma 
subunidade fator sigma. O fator sigma é quem reconhece a região promotora e 
recruta as outras enzimas (bolha de transcrição). Após ligadas com o RNA 
polimerase III, a subunidade sigma se desliga e começa a transcrição. 
A terminação ocorre quando a holoenzima encontra a região 3’ não traduzida (3’ 
UTR) 
Os dois mecanismos principais de término são: 
Mecanismo intrínseco: cerca de 40 pares de bases ricas em GC seguido por 
uma fileira de 6 ou mais bases A formam um grampo que desprende o RNA 
nascente. 
Mecanismo extrínseco: fator rô reconhece sinais de terminação. Esses RNA’s 
dependentes de rô têm uma região rica em C (sítio rut). O fator rô facilita a 
liberação do RNA. 
Operon: grupamento de genes bacterianos transcritos em um único promotor. 
 
 Eucariontes 
Os genes são mais complexos que procariontes. 
O trabalho da transcrição é dividido em 3 enzimas: a RNA pol I que transcreve genes 
de RNA, a RNA pol II transcreve todos os genes codificantes de proteínas e por 
último a RNA pol III que transcreve todos os genes codificantes de proteínas. 
O início do processo de transcrição ocorre com reconhecimento da região promotora 
(-10 e -35) pela proteína GTF, ocorre então a formação do processo de iniciação 
pela união das GTP’s + RNA pol II. 
Na região -30 existe uma sequência TATA (TATA boxe) onde liga-se à proteína 
TATA (TBP que é uma parte dos 6 constituintes do GTF). Alguns GTF permanecem 
e outros desligam-se. A transcrição começa quando o domínio da cauda carboxila 
(CTD) da RNA pol II, a transcrição para ao encontrar a região AAUUAA ou AUUAAA. 
Na parte 3’ é adicionada uma cauda de poli A (150 - 200 bases) - sinal de 
poliadenilação 
Após esse processo, o RNA é liberado e ocorre a recomposição ou splicing (retirada 
dos íntrons e união dos éxons) 
 
Proteínas 
Uma proteína é uma molécula orgânica capaz de realizar dois tipos de função: 
estrutural, que dá forma a certas estruturas (citoesqueleto, por exemplo) e 
enzimática, que acelera e realiza praticamente todas as reações químicas do 
organismo. As proteínas são formadas por aminoácidos unidos por ligações 
peptídicas (ligações de carboxila + grupamentos aminos). 
As proteínas têm quatroníveis de estrutura: 
 Estrutura primária: sequência linear de aminoácidos em uma cadeia 
polipeptídica. 
 Secundária: a proteína dobra-se em torno de si mesma dentro de um “forninho”: 
as chaperonas. As estruturas secundárias mais comuns são a alfa hélice 
(dobramento gera uma espiral) e a folha beta pregueada. 
 Terciária: é o dobramento da estrutura secundária. Estrutura em 3 dimensões. 
Pode se unir em estrutura quaternária. 
As proteínas que possuem função de enzima apresentam uma região chamada sítio 
ativo, que é a região que vai desempenhar a função de enzima. 
Alterações na enzima geram produtos errados das reações ou as impossibilitam de 
acontecer, tudo depende do aminoácido que é trocado (o errado). A sequência linear 
dos nucleotídeos em um gene determina a sequência linear de aminoácidos em uma 
proteína. 
As enzimas têm um pH e uma temperatura ótima, caso esses se alterem, há uma 
desnaturação da proteína e sua atividade é reduzida. 
 
O código genético 
A sequência de nucleotídeos dita a sequência de aminoácidos das proteínas. Isso é 
possível por meio de códigos chamados códons. 1 códon é uma sequência de 3 
nucleotídeos que correspondem a 1 aminoácido. O código genético possui 20 
aminoácidos que são codificados por 64 códons, por esse motivo é dito degenerado, 
ou seja, a terceira base nitrogenada pode variar sem que altere o aminoácido 
correspondente. Todo mRNA começa com AUG (metionina). 
UGA – stop códon, códon de parada ou de terminação. 
 
Tradução 
O processo de tradução tem início com a produção do mRNA que migra até o 
citoplasma da célula (caso seja eucarioto). Após o mRNA migrar até o citoplasma, a 
subunidade menor do ribossomo vai reconhecer, no sítio A, a sequência 
correspondente a metionina (AUG). Logo após, a subunidade maior do ribossomo 
se liga e forma o ribossomo. Os ribossomos vão lendo o mRNA a cada 3 bases (1 
códon). O ribossomo vai recrutar tRNA. Cada códon ao ser reconhecido pelo 
ribossomo liga-se à uma região do tRNA chamada anticódon – cada tRNA possui 
uma sequência de anticódon correspondente a um aminoácido (reconhecem e se 
ligam tanto ao códon quanto ao aminoácido por meio da enzima tRNA sintetase) – 
os tRNA são recrutados ao sítio A que reconhece o anticódon no códon do mRNA. 
No sítio P, o aminoácido do transportador se desliga do tRNA e se liga no ribossomo. 
No sítio E, o tRNA (que não tem mais aminoácido) é liberado e esse processo ocorre 
sucessivas vezes. A proteína pronta (após reconhecer o stop códon) vai para a 
chaperona (pH neutro e livre de cargas), onde se dobra e é liberada pronta. Depois 
de pronta, o ribossomo é desmontado. Vários ribossomos leem ao mesmo tempo o 
mRNA, são chamados de polirribossomos, isso torna o processo muito rápido. 
 
Dogma central 
O DNA pode se replicar e dar origem a novas moléculas de DNA, pode ainda ser 
transcrito em RNA e este traduz o código genético em proteínas, replica-se e produz 
moléculas de DNA (transcriptase reversa) 
 
Fontes de variabilidade e mutações gênicas 
A mutação é uma fonte de variabilidade e é essencial no processo de evolução. 
 As mutações que ocorrem num lócus gênico específico são chamadas de gênicas 
ou pontuais. Podem envolver substituição, adição/inserção ou perda/deleção de 
base. 
As modificações maiores são chamadas de mutações cromossômicas, podendo ser 
estruturais (alteram a estrutura) ou numéricas (alteram o número). 
 Mutação pontual alterando um aminoácido: acontece em 1 base nitrogenada e 
é a substituição de uma base por outra, é mais sentida na 1º ou 2º base do 
códon. 
 Mutação pontual alterando a emenda entre um éxon e um íntron: o éxon vira 
proteína, o íntron é uma região entre éxons que não vira proteína e precisa ser 
eliminado, o que não ocorre na mutação. 
 Mutação pontual produzindo um stop códon: interrompendo a tradução da 
proteína completa. 
 Deleção ou inserção de uma base: alterando a composição da proteína traduzida 
a partir do ponto de mutação (mais problemática que a substituição). 
 Deleção ou inserção de 3 bases (códon): produz uma proteína com aminoácido 
a menos ou a mais. Menos traumático, não altera a matriz de leitura. 
 Mutação silenciosa: Código genético é degenerado (um mesmo aminoácido 
pode ser codificado por mais de um códon), mutação mais comum 
 
 
Organização do DNA em cromossomos 
 
Estudo: 
Como o material genético está acondicionado na célula – DNA grande e fino – 
está compactado 
Compactação para a divisão celular 
Formação de gametas 
Crescimento e formação de tecidos em geral – dentes 
 
Compactação do DNA 
 O DNA – estrutura química peculiar (fosfato, desoxirribose, ...) 
 Fina (30nm) e comprida (aproximadamente 2m – humanos) 
 Encontra-se parcial ou totalmente compactada e associada a proteínas 
 Histonas - protegem o DNA 
Cromossomos virais: “caixinha de proteína com material genético dentro” 
 DNA ou RNA 
 Fitas simples ou duplas 
 Circular ou linear 
 Compactados, abrigados em uma cápsula proteica 
 
Cromossomos bacterianos 
 Pouca complexidade genética – muito simples 
 DNA dupla fita compactado e associado a poucas proteínas (nucleóide) 
 Plasmídeo – Dupla fita de DNA auto-replicante. 
 Bactéria – DNA circular 
 
Cromossomos eucariontes 
 Complexidade variável 
 Presença de íntrons (regiões entre éxons que devem ser retiradas) 
 Altamente associado a proteínas (histonas) na tradução; 
 Tamanho variável – E. coli: 1200 um / Humano :19000-73000um 
 Nos humanos tem apenas metacêntrico, submetacêntrico e acrocêntrico (não 
possuímos cromossomos telocêntricos) 
 
Classificações dos cromossomos humanos: 
Há um estrangulamento nos cromossomos chamado centrômero que une duas 
cromátides. O centrômero divide as cromátides em dois braços cromossômicos. 
Os braços curtos (situados acima do centrômero) são denominados p e os 
braços longos (abaixo do centrômero) são denominados q. 
Os braços curtos dos cromossomos acrocêntricos podem possuir uma região 
chamada satélite ou regiões organizadoras do nucléolo (constrição secundária) 
responsáveis pela produção de nucléolos. 
• Metacêntrico - centrômero localizado centralmente 
• Acrocêntrico - centrômero próximo a extremidade, muito deslocado do 
centro 
• Submetacêntrico - posição intermediária 
• Não há cromossomos telocêntricos nos humanos. 
 
O arranjo dos genes nos cariótipos 
- Distribuição 
-Tamanho: do maior para o menor. O tamanho dos cromossomos é diretamente 
relacionado com a quantidade de genes. 
-Posição do centrômero: Metacênticos, submetacênticos, acrocêntricos 
-Número: 4seis cromossomos ou 44 autossomos + 2 sexuais ou 23 pares 
 
Variações numéricas 
 Toda espécie possui número definido de cromossomos 
 Cariótipo humano – 2n = 46/ 44 autossomos + 2 sexuais 
 Síndrome de Down: trissomia do 21 
 Arranjo cromossômico no núcleo interfásico: Sítios específicos para otimizar as 
reações químicas 
 
Estrutura do cromossomo humano: 
 Genoma é armazenado como cromatina 
 Alta eficiência na compactação – 2m em 0,006 mm de diâmetro do núcleo 
 Compactação ou não influenciam a regulação gênica 
 Complexo DNA + PROTEÍNA (HISTONA) = CROMATINA 
 DNA ativo é o descompactado, o compactado é o inativo 
 
1º nível de compactação – octâmeros de histonas 
 É o DNAassociado a proteínas histonas. O DNA se enrola na histona por 
duas voltas e meia e forma o nucleossomo. Há 2 moléculas de cada 
histona: H2A, H2B, H3, H4, que formam o octâmero de histonas. Essa 
estrutura diminui 1/3 do tamanho do DNA. Os nucleossomos estão 
unidos entre si por segmentos do DNA chamados DNA de ligação, 
formados por 15 a 100 pares de bases. 
 
2º nível de compactação – Espiral solenoide 
 Nucleossomos são ligados uns aos outros pela H1 fomando o solenoide 
 Estado de organização da cromatina no núcleo interfásico 
 
3º nível de compactação – Arcabouço aumenta em 6x a compactação 
• Alças de solenoide projetam-se de um arcabouço (base de proteína) – 
Helicoidização 
- O processo começa na prófase e termina na metáfase 
4º nível de compactação – arcabouço de solenoide condensado 
Cromossomo Metafásico - Altamente condensado para a divisão celular. 
Cromossomo Interfásico- Geralmente não são visíveis no microscópio devido a 
cromatina pouco condensada ou não compactada 
Implicações da cromatina condensada 
 DNA inacessível a interação com outras proteínas com a cromatina muito 
compactada 
 Replicação inacessível. A replicação acontece antes da compactação. 
Remodelamento da cromatina 
 Cromatina relaxa, sua estrutura compacta expõe regiões do DNA às proteínas e 
depois pode reverter o processo (período de inatividade) 
 
 
Modificações histônicas 
Acetilação – Adição de um grupo acetil ao grupo carregado positivamente do 
aminoácido lisina das histonas (neutraliza a carga positiva), isso possibilita a abertura 
das fibras de cromatina (ativação gênica). 
Ex: - Inativação do cromossomo X em mamíferos (corpúsculo de Baar) histona H4 esta 
insuficientemente acetilada 
Metilação – Adição de grupos metila a arginina e lisina das histonas (ativação gênica) 
Quanto mais acetilado e metilado, mais disponível estará o DNA, porque ele se desliga 
um pouco das histonas. Não altera o DNA, mas altera a maneira como ele se expressa 
Padrões de acetilação e metilação são relacionados ao comportamento – são passados 
hereditariamente 
Padrões de cromatina 
Regiões com colocações distintas nos cromossomos quando tratados com 
algumas substâncias químicas. 
Heterocromatinas: Regiões densamente coradas (altamente condensadas) 
ausência de genes ou repressão deles; 
Eucromatinas: Regiões pouco coradas (regiões menos comprimidas e 
convertidas em heterocromatina durante a divisão celular) – Localização de 
genes ativos. 
 Em alguns casos, cromossomos inteiros são heterocromáticos 
-Cromossomo Y de mamíferos, maior parte é heterocromática; 
- Cromossomo X inativado das fêmeas dos mamíferos: Corpúsculo de Baar 
heterocromático. Caso dê algum problema no X, este pode ser compactado 
(inativado) e usado o outro X. 
 
Técnicas de bandamento cromossômico 
 
A partir das bandas, foi possível a identificação de cada par cromossômico pelo 
padrão característico das bandas que ele apresenta. Reconhecer cromossomos 
homólogos e não homólogos. 
Bandas G: Cromossomos submetidos à digestão pela tripsina e corados com 
giemsa. 
Bandas R: Cromossomos tratados com calor e corados com giemsa. 
Bandas C: Cromossomos tratados com hidróxido de sódio e corados com 
giemsa. São coradas regiões específicas: aquelas que apresentam DNA 
altamente repetitivo (centrômeros, regiões em heterocromatina). 
 
Há também técnicas especiais para o estudo de determinadas regiões 
específicas do cromossomo. São elas: 
 
Bandas NOR: Coram as regiões especificadoras dos nucléolos. 
Bandas T: Coram regiões telométricas ou terminais dos cromossomos. 
Bandeamento G de alta resolução: exame mais detalhado dos cromossomos. 
 
 
Divisão Celular 
 
Papel da divisão celular no desenvolvimento dentário: 
 Existe variação interespecífica e intraespecífica 
 Formação da matriz dentária e esmalte têm forte ação gênica 
 Forma e tamanho fraca ação gênica 
 Alteração do tamanho dentário – herança autossômica poligênica e 
influenciada por cromossomos sexuais 
 Síndrome de Klinefelter (47, XXY) Dentes maiores 
 Síndrome de Turner (45, X) Dentes menores 
 Síndrome de Down (47, XX OU XY+21) Dentes menores 
Multiplicação celular 
 Organismos unicelulares 
- Multiplicação a fim de reprodução (mitose) 
 Organismos multicelulares 
- Produção de células reprodutoras e desenvolvimento de um organismo todo a 
partir de um único zigoto; mitose (crescimento e manutenção), meiose (formação 
dos gametas) 
 Para que uma célula se multiplique o genoma também precisa se multiplicar- 
replicação do DNA precede multiplicação celular 
 
Reprodução assexuada 
 
• Assexuada: não envolve união sexual de 2 indivíduos diferentes, não 
troca material genético 
• Procariotos: produção de 2 células filhas idênticas a partir de uma célula 
genitora 
• Eucariotos: unicelulares (leveduras e protozoários) 
 
Divisão celular 
 
MITOSE 
Divisão das células somáticas (crescimento, diferenciação e regeneração tecidual) 
células diploides 2n 
- Resulta em células filhas com cromossomos e genes idênticos ao da 
célula mãe (2n) 
- Podem haver centenas de mitoses sucessivas em uma linhagem de células 
somáticas 
MEIOSE 
 Ocorre somente nas células de linhagem germinativa (formação dos 
gametas) 
- Células haploides n (23 cromossomos, 22 autossomos + 1 cromossomo 
sexual – humanos) 
 Resulta em 4 células filhas n diferentes 
 
 
Não disjunção 
 A não disjunção é o processo de migração errada dos cromossomos. As 
anormalidades do número ou das estruturas dos cromossomos (geração de 
doenças) podem se originar tanto das células somáticas quanto germinativas por 
erros na divisão celular. 
Ciclo celular 
No ciclo celular ocorre uma série de eventos que prepara a célula para sua divisão. 
É um processo contínuo dividido em interfase e mitose. 
 Começa no zigoto – Célula diploide a partir da qual as células do corpo são 
derivadas por centenas de mitoses 
 Mitose - Apenas uma pequena parte do ciclo celular 
 Interfase - Período entre 2 mitoses (estado em que a célula passa maior parte 
da vida). Preparação para a mitose. 
 
Fases da interfase: G0, G1, S, G2 e M 
 Ausência de cromossomos visíveis pois o núcleo é preenchido por fibras de 
cromatina (cromossomos não condensados) 
 Preparação para a divisão celular e duplicação do material genético 
 Velocidade depende do tipo celular (Ex: derme, mucosa intestinal) 
 
G0: Repouso. Células totalmente diferenciadas que não se dividem mais 
(neurônios, células musculares). Hepatócitos podem entrar em G0, mas de 
acordo com a necessidade podem passar a G1 e continuar o ciclo. 
 
G1: (não há síntese de DNA) ocorre produção de enzimas necessárias a 
duplicação, proteínas e RNA. A célula se prepara para a replicação do DNA: 
Aumento do volume celular e do número de organelas. 
 
S: Ativação de proteínas envolvidas com as origens de replicação do DNA, 
Síntese de DNA. DNA replica-se e torna-se um cromossomo bipartido – 2 
cromátides irmãs unidas pelo centrômero. 
 
G2: Crescimento celular. Intensa síntese de RNA, proteínas e estruturas 
necessárias para iniciar a divisão celular (duplicação de organelas). Início da 
condensação cromossômica. 
 
 
Pontos de controle do ciclo celular 
 
Garante a ocorrência adequada dos eventos relacionados com o ciclo celular. 
Controla os breves intervalos entre os períodos para reparar possíveis erros. 
 
• G1/S: Tamanho da célula e condição do DNA 
• G2/M: Monitoração do DNA antes do início da mitose 
- replicação incompleta ou mutação: ciclo celular suspenso! 
• M: Final da mitose, monitoria ligação das fibras do fuso aos centrômeros 
(mitose suspensa se houver problemas) 
• Importância: 
- Se a célula danificada fugiu ao controle, a mesma prossegue no ciclo celular, 
a célula poderá dividir-se descontroladamente – câncer! 
 
 
MITOSE 
 
Característica principal da mitose é divisão de células mantendo o seunúmero 
cromossômico. Célula mãe origina duas células filhas 2n. 
A mitose é uma divisão quantitativa representada por E! Geralmente ocorre nas 
células somáticas e está relacionada ao crescimento do organismo e a reposição 
de célula mortas. 
 
Fases da mitose: prófase, metáfase, anáfase e telófase. 
 
Prófase: Condensação dos cromossomos; membrana nuclear se rompe 
(cromossomos se dispersam dentro da célula); centríolos se movimentam para 
os polos da célula. Formação do fuso acromático. 
 
Metáfase: Condensação máxima dos cromossomos; organização do plano 
equatorial; cromossomos fixam-se aos micro túbulos do fuso mitótico pelos seus 
cinetócoros (centrômero + proteínas associadas) 
 
Anáfase: Disjunção das cromátides irmãs. As cromátides irmãs se tornam 
cromossomos-filhos que se dirigem para os polos da célula. 
 
Telófase: Reorganização das células – descondensação dos cromossomos e 
formação da membrana nuclear em torno dos núcleos recém-formados. Ocorre 
a citocinese – clivagem do citoplasma, estrangulamento e separação em duas 
células. 
 
Resultado: duas células filhas completas (cada uma com um núcleo contendo 
toda a informação genética da célula original – 2n) 
 
MEIOSE 
 
 A característica principal da meiose é a redução do material genético pela 
metade. Origina 4 células filhas haploides. 
 Aumenta a variabilidade genética (troca de material genético) 
 É chamada de divisão reducional e representada por R! 
 Ocorre Geralmente nas células germinativas (espermatozoides e óvulos) 
 2 fases: 
- Meiose I ou divisão reducional 
- Meiose II ou divisão equacional (semelhante à mitose, mas em número 
haploide) 
 
Meiose I 
 
Prófase I: Fase mais longa, dividida em: Leptóteno, zigóteno, paquíteno, 
diplóteno e diacinese. 
- Nessas fases os cromossomos homólogos vão lentamente pareando-se lado a 
lado – Formação das tétrades (dois homólogos) 
- O número de tétrades na prófase I é igual ao número haploide de cromossomos 
da espécie 
- Nessas etapas ocorrem os crossing-over – mecanismo que gera 
recombinação de alelos provenientes dos pais aumentando a variabilidade 
genética 
 Célula hipotética 2n= 4 cromossomos 
 Envoltório Nuclear desaparece 
 Ocorre o Crossing Over 
 Os cromossomos são visíveis 
 Nessa fase seriam visíveis 2 tétrades 
Crossing over - Paquíteno 
Quiasma – ponto onde os homólogos permanecem unidos – Diplóteno 
Metáfase I: máxima condensação dos cromossomos; cromossomos homólogos 
emparelhados no plano equatorial da célula; sem carioteca; fibra do fuso cinetócoro em 
um dos cromossomos homólogos 
Anáfase I: Cromossomos homólogos se separam: cada conjunto de cromossomos vai 
para um lado da célula; não disjunção dos homólogos (ambos homólogos movimentam-
se para um mesmo polo) 
Telófase I: envelope nuclear pode reorganizar-se em torno de cada núcleo filho; 
citocinese: são resultantes duas células filhas haploides (n). Célula entra em 
interfase meiótica (mais breve e não ocorre fase de duplicação do DNA). 
 
Meiose II 
 
Prófase II: Número haploide (n); Membrana nuclear desaparece; Cromossomos voltam 
a compactar-se 
Metáfase II: Cromossomos na forma de cromátides irmãs alinhadas no plano equatorial 
da célula 
Anáfase II: Início da formação 4 células n = 2 cromossomos; Divisão dos centrômeros 
e migração das cromátides para os polos opostos da Célula 
Telófase II: Forma 4 células n= 2 cromossomos; Descondensação dos cromossomos; 
Formação da membrana nuclear ao redor de cada núcleo filho; Gametas prontos para 
a fecundação. 
Citocinese: geração de 4 células filhas haploides. 
Diferenças entre mitose e meiose 
MITOSE MEIOSE 
Resulta em 2 células iguais 
geneticamente 
Resulta em 4 células diferentes 
geneticamente 
Sem redução do número de 
cromossomos 
Redução do número de cromossomos 
Não há permuta gênica Ocorre permuta gênica em cromossomos 
homólogos 
Células somáticas Células germinativas 
Duplicação do DNA antes de uma divisão 
celular 
Duplicação do DNA antes de duas 
divisões celulares 
Uma célula produzida por mitose pode 
sofrer outra mitose 
Uma célula produzida por meiose não 
pode sofrer outra meiose 
Reprodução assexuada, regeneração de 
células somáticas de multicelulares 
Processo demorado (pode demorar anos 
para se completar) 
 
 
GAMETOGÊNESE 
Espermatogênese – ocorre nas gônadas masculinas, os testículos. Formam os 
espermatozoides. 
Ovulogênese – ocorre nas gônadas femininas, os ovários. Formam os óvulos. 
Ovulogênese 
Período de multiplicação: ocorre no período embrionário até o nascimento (100 mil 
folículos, em média). 
Período de crescimento: crescem por acúmulo de substância reserva. É interrompido 
no parto (prófase I da meiose, reinicia na puberdade). 
Período de maturação: ocorre na puberdade onde 5 a 12 ovócitos I são estimulados por 
mês, mas apenas um chega a sofrer divisão. 
Espermatogênese 
Formação dos gametas masculinos nas gônadas masculinas (testículos) 
Espermiogênese – espermátides são convertidas em espermatozoides. As principais 
organelas envolvidas nesse processo são o núcleo, aparelho de Golgi e os centríolos. 
Ocorre ao longo da vida de todo homem. 
Diferenças entre espermatogênese e ovogênese 
 
Alterações cromossômicas e suas manifestações craniofaciais 
 
Citogenética clínica 
 Estuda os cromossomos: 
- Estrutura e herança aplicada a prática da genética médica 
Como os cromossomos contém os genes, qualquer mudança em sua estrutura 
ou em seu número pode alterar a expressão gênica, produzindo um indivíduo 
fenotipicamente anormal ou inviável. 
 Anomalias cromossômicas: 
- Alterações visíveis (microscopicamente) – Numéricas ou estruturais 
- Responsáveis por mais de 50% dos abortos espontâneos 
- 2% afetam as gestações em mulheres com mais de 35 anos. 
Indicações clínicas para analise cromossômica 
 Problemas precoces de crescimento e desenvolvimento 
- Retardo no desenvolvimento, malformações, baixa estatura, genitália ambígua, 
retardo mental; 
 Natimortos e morte neonatal 
- Incidência de anomalias cromossômicas é muito elevada em natimortos; 
- Análise cromossômica em natimortos e óbitos neonatais a fim de identificar a 
causa; 
 Problemas de fertilidade 
- Proporção grande de anomalias cromossômicas em casais com casos de 
infertilidade; 
 
 
 
 
Alterações numéricas 
 
Euploidias: originam células cujo número de cromossomos é um múltiplo exato 
do número haploide característico da espécie. Principais tipos: 
- Haploidia: cariótipo = n. Considerado anormal nas células somáticas dos 
humanos. 
- Triploidia: cariótipo = 3n. Quase todos os casos observados em abortos 
espontâneos. 
- Poliploidia: cariótipo = 4n ou mais. 
 
Aneuploidias: Alterações que envolvem 1 ou mais cromossomos de cada par – 
originam múltiplos não exatos de cada par. Elas decorrem da não-disjunção de 
um ou mais cromossomos durante a anáfase na meiose I e/ou II, ou na anáfase 
da mitose. É o mais frequente distúrbio humano – 5% de todas as gestações. 
Principais tipos: 
- Nulissomia: (2n-2), perda dos dois membros de um par cromossômico. Letais, 
no geral. 
- Monossomia: (2n-1), perda de um dos cromossomos do par. Todas as 
monossomias são letais, com exceção da monossomia do X. 
- Trissomia: (2n+1), três cromossomos no lugar do par normal. Estão 
associadas a malformações congênitas múltiplas e deficiência mental. 
 
 
As aneuploidias podem ser autossômicas ou sexuais. 
 
Alterações cromossômicas numéricas – aneuploidias de cromossomos 
autossômicos 
Trissomias variáveis nos cromossomos 13,18 e 21. 
Possuem o menor número de genes (mas não de cromossomos). Trissomia de 
autossomos com maior número de genes é letal na maior parte dos casos. 
Características: retardo mental e no desenvolvimento e anomalias congênitas 
múltiplas – dose extra de genes específicos do cromossomo adicional 
 
Síndrome de Down 
Trissomia do 21, 47, XX ou XY +21 
Trissomia21 completa - 94% dos casos; mosaicismo normal - 2,4% dos casos; 
translocação 3,3% dos casos. 
É o distúrbio cromossômico mais conhecido, incidência maior nas mães com 
mais de 35 anos de idade. Alta porcentagem de casos em que gametas 
anormais surgem na meiose 1 materna. Segue o modelo do “ovócito velho”: 
quanto mais velho o ovócito, maior a chance de ocorrer o erro na disjunção dos 
cromossomos. 
Características: Debilidade mental variada, língua protraída, boca aberta, 
dentes menores, orelhas de baixa implantação, prega simiesca na palma da 
mão, quinto dedo encurvado 
¼ dos nascidos vivos com cardiopatia congênita morre antes do primeiro ano de 
vida. Afetados com Down possuem 15 vezes mais risco de desenvolver leucemia 
e a Alzheimer afeta todos os pacientes. 
 
 
Síndrome de Edwards 
Trissomia do 18 (47, XX ou XY +18) 
Óbito em 90% dos casos antes do primeiro ano de vida. 
Deformidade facial, hipertonia (aumento da rigidez dos músculos), pé em 
cadeira de balanço com calcanhar proeminente, mãos fechadas, cabeça com 
occipício proeminente, cardiopatias congênitas, maxilar retraído/ausente, lábio 
leporino, palato fendido 
 
Síndrome de Patau 
Trissomia do 13 (4sete, XX ou XY +13) 
Baixa expectativa de vida, morrem no primeiro mês de vida. 
Características: microcefalia e face deformada, pescoço alado, lábio leporino, 
palato fendido, orelhas deformadas, olhos pequenos, ausentes ou ciclopes, 
cardiopatias congênitas, pés em cadeira de balanço. 
 
Cromossomos sexuais – X e Y 
 Masculino XY e feminino XX 
 Proporção de cromossomos X é maior que o Y. Y em torno de 50 genes. 
 Responsável pela formação das características sexuais primárias (gônadas) 
 Diferenciação sexual – Genes com ambos os cromossomos sexuais (X e Y) 
influenciam os genes autossômicos; 
Cromossomo y 
 Meiose masculina X e Y emparelham-se pelos segmentos terminais (regiões 
pseudoautossômicas – mesma sequência de bases) de seus braços curtos (XP 
E YP) 
-Recombinação 
 Regiões pseudoautossômicas = pontinhas 
-Locais dos cromossomos X e Y semelhantes, sofrem recombinação como 
autossomos 
MSY (male specific region): 95% do cromossomo Y 
 Região SRY: Pobre em genes +- 50 genes 
 Junções importantes relacionadas ao desenvolvimento gonadal 
 
Determinação sexual 
 6º semana do desenvolvimento 
- Migração das células germinativas para saliências genitais – formação das 
gônadas 
 Se o cromossomo Y está ausente – Forma os ovários 
 Se o cromossomo Y está presente – Forma os testículos 
- Gene TDF (fator testículo determinante) da SRY (região determinante do sexo 
em Y) interrompe o processo de formação do ovário. 
 
Cromossomo X 
 +- 1098 genes (4% dos genes humanos) 
 Importância na função cerebral – acúmulo de genes relacionados com a 
neurocognição 
 40% se expressam no cérebro 
 
 Aneuploidias do X – anormalidades citogenéticas mais comuns – Corpúsculo de 
Baar, compensação de Dose - X inativo (condensado) 
 Padrão de mosaico – indivíduos sem glândulas sudoríparas 
 
Inativação do cromossomo X 
- Nas células somáticas de mulheres normais 1 X é inativado no início do 
desenvolvimento (Corpúsculo de Baar). Serve para igualar a expressão de 
genes do X nos dois sexos. Algumas células expressam X herdados do pai e 
outras o X herdado da mãe. A escolha de qual X será inativo é aleatória 
(mosaico), exceto quando um X é anormal (o X defeituoso é inativado por 
seleção). Esse mecanismo causa menor impacto no fenótipo 
 
-XX,XXX,XXXX,XXXXX – Compensação com corpúsculo de Baar; 
- X 75% genes silenciados, 25% escapam a inativação; 
- 15% mais proteínas nas mulheres que nos homens; 
 
Mosaicismo 
 
É a presença de duas ou mais linhagens celulares diferentes no mesmo 
indivíduo (dois ou mais cariótipos diferentes). 
Resulta normalmente da não disjunção das cromátides irmãs, que ocorre nas 
primeiras divisões mitóticas (após a formação do zigoto). O mosaicismo pode 
ser numérico ou estrutural. A causa é desconhecida. 
 
Quimerismo 
 
Ocorrência, em um mesmo indivíduo, de duas ou mais linhagens geneticamente 
diferentes. Pode ser de dois tipos: 
 Quimera dispérmica: dupla fertilização – dois espermatozoides fecundam dois 
óvulos formando dois zigotos que se fundem, resultando em um embrião. 
 Quimera sanguínea: troca intrauterina de células entre gêmeos dizigóticos ou 
entre mãe e filho. Ex: indivíduo com dois tipos sanguíneos. 
 
Alterações cromossômicas numéricas – aneuploidias de cromossomos sexuais 
 Devido ao mecanismo de inativação do X e o cromossomo Y conter poucos 
genes, as aneuploidias envolvendo cromossomos sexuais são mais comuns que 
aquelas envolvendo os autossomos. 
 1 a cada 400.500 nascimentos 
 Cada cromossomo adicional provoca maiores quantidades de anomalias físicas 
e aumento do retardo. 
 Ex: Síndrome de Turner, Síndrome de Klinefelter, Triplo X, XXY 
 
Síndrome de Turner 
Monossomia do X (45, X) 
O desenvolvimento do ovócito necessita de somente um X, mas a sua 
manutenção requer os dois. Na ausência de um segundo cromossomo X os 
ovócitos se degeneram e os ovários se atrofiam. 
O cromossomo X contém muitos locus que não sofrem inativação, como esse 
da manutenção dos ovários e da fertilidade. Indivíduos com muitos problemas 
de cognição 
Características: Sexo feminino, sem corpúsculo de Baar, baixa estatura, 
genitália infantil, leve deficiência intelectual, tórax amplo, pescoço alado, 
estéril e sem menstruação, hipoplasia do lado esquerdo do coração, unhas 
hipoplásicas, baixa implantação do cabelo, osteoporose, hipertensão, 
estrabismo, dentes menores e apinhados. 
 
Síndrome de Klinefelter 
(4, XXY) 
Características: Sexo masculino, 1 corpúsculo de Baar, altos e membros 
desproporcionais, ginecomastia, tórax estreito, leve debilidade mental, 
genitália ambígua ou infantil, esterilidade, dentes maiores. 
 
Síndrome do triplo X 
Influência de mães de idade avançada 
Dois X são inativados, dois corpúsculos de Baar 
Características: fenotipicamente normais, geralmente férteis, 70% têm 
problemas de aprendizagem. 
 
Pentassomia do X 
(49, XXXXX) 
1000 casos na literatura 
A gravidade aumenta com o número de cromossomos, 4 corpúsculos de Baar 
Características: fenótipo semelhante a Down, retardo mais grave, fissuras 
palpebrais, déficit de crescimento/desenvolvimento. 
 
Síndrome do duplo Y 
(47, XYY) 
Diagnóstico por meio do cariótipo 
Características: meninos um pouco mais altos, leve perda de QI, distúrbio de 
linguagem/coordenação, incidência de maiores problemas comportamentais. 
 
 
Alterações estruturais 
Mudanças na estrutura dos cromossomos que resultam em uma ou mais 
quebras em um ou mais cromossomos com subsequente reunião em uma 
configuração diferente, formando rearranjos balanceados (sem perda nem 
ganho de material genético, menos grave) ou não-balanceados (quantidade 
incorreta de material cromossômico, mais grave). 
Classificadas em dois tipos: Alteração no número de genes e mudança na 
localização dos genes. Não há alteração nos números do cariótipo. 
 
Alterações no número de genes: deleções, duplicações, cromossomos em anel, 
isocromossomos 
Mudança na localização de genes: inversões e translocações 
 
Deleções 
1 a cada 7000 nascimentos 
Perda de segmentos cromossômicos (efeitos dependem da quantidade de 
genes perdidos), envolve quebras e perda de material genético, geralmente são 
graves. Quanto maior a deleção, mais acentuadas as características, mais genes 
perdidos. 
Haploinsuficiencia – portador de deleção é monossômico para aquela 
informação genética (incapacidade de a cópia do material genético executar 
suas funções) 
Ex: 5p Cri du Chat e 4p Wolf Hirschhorn 
 
 Síndrome de Cri du Chat– deleção 5p 
Pontos de quebra variam em diferentes pacientes 
Banda 5 p 15 ausência em todos os pacientes 
Características: choro como miado de gato, retardo mental e motor, 
microcefalia, epicanto, hipotonia muscular, olhos com baixa implantação, 
defeitos cardíacos. 
 
 Síndrome de Wolf Hirschhorn – deleção 4p 
Características: retardo no desenvolvimento psicomotor, baixo peso ao nascer, 
convulsões, microcefalia, estrabismo, lábio leporino e palato fendido, defeitos 
cardíacos congênitos. 
 
 
 
Duplicação 
Repetição de segmentos cromossômicos, causando um aumento no número de 
genes. São mais comuns e menos prejudiciais. Resulta de um crossing over 
desigual entre cromátides dos cromossomos homólogos durante a 
meiose. 
Ex: Síndrome de Pallister Killiam 
 
 Síndrome de Pallister Killiam 
Duplicação de todo ou de parte do cromossomo 12. Trissomia e tetrassomia da 
região duplicada 
Características: traços craniofaciais característicos, retardo mental, etc. 
 
Cromossomos em anel 
Cromossomo apresenta duas deleções terminais e as suas extremidades, sem 
telômeros, tendem a reunir-se e formar um cromossomo em anel. Os fragmentos 
rompidos (acêntricos) se perdem. 
 
Isocromossomo 
Quando a divisão do centrômero, durante a divisão celular, se dá 
transversalmente e não longitudinalmente. Como consequência, dois 
cromossomos resultantes apresentam-se com braços iguais (metacêntricos), 
sendo duplicados para um dos braços originais e deficientes para o outro. 
 
Inversão 
Quebra e união de partes do cromossomo em posição invertida, o segmento gira 
180º e se liga novamente a origem. Podem ser pericêntricas (com o centrômero) 
e paracêntricas (sem o centrômero). Raramente causam problemas, a menos 
que os pontos de quebra atinjam algum gene importante. 
Causam problemas na produção de gametas durante o pareamento e 
segregação dos cromossomos na meiose. 
Inversão (3) (p21 q21) inversão pericêntrico no cromossomo 3 em uma família 
no Canadá. 
 
Translocação 
Transferência de segmentos de um cromossomo para outro, geralmente não 
homólogos. Ocorre quando há quebra em dois cromossomos, seguida de troca 
dos segmentos quebrados. 
Elas podem ser recíprocas (trocas de segmentos entre cromossomos que 
sofreram quebras) e não recíprocas (o segmento de um cromossomo liga-se a 
outro, mas não há troca entre eles). 
 
Nas translocações robertsonianas ou fusões cêntricas, dois cromossomos 
acrocêntricos sofrem quebras nos centrômeros e se unem formando um 
cromossomo grande (cariótipos = 45 cromossomos). Indivíduo portador aumenta 
as chances de ter um filho com Down por conta do pareamento desigual dos 
gametas. O portador é fenotipicamente normal, mas com risco de gametas 
desbalanceados 
- 4% dos pacientes com Down tem 45 cromossomos – translocação 
robertsoniana; 
 
Translocação robertsoniana e Síndrome de Down 
 Trissomia do 21 
- 95% dos casos de síndrome de Down houve a não disjunção na meiose 
- 90% dos casos erro na meiose materna (maioria na primeira divisão) 
- 10% dos casos erro na meiose paterna (maioria na segunda divisão) 
- 4% dos pacientes com Down tem 45 cromossomos – translocação 
robertsoniana; 
 
 Translocação Robertsoniana causando Down 
- Fusao Cêntrica de 2 cromossomos acrocêntricos – translocação 21q e 14 ou 
22; 
- Trissomia para os genes de 21q 
- Não há relação com a idade materna 
- Alta recorrência nas quais 1 dos pais é portador 
-Portador fenotipicamente normal, mas com risco de gametas desbalanceados 
(pareamento anormal dos gametas). 
 
Conceitos básicos de genética 
Genótipo: Conjunto de alelos que compõem a constituição genética de um 
organismo 
Fenótipo: Expressão observável de um genótipo com um traço morfológico, 
clínico, celular e bioquímico 
Alelo: Forma de expressão gênica 
Alelos: Variantes alternativas de um gene 
 
Homozigotos – Par de alelos iguais identificados para um determinado gene 
Heterozigotos – Alelos diferentes 
Homens possuem apenas uma cópia dos genes do cromossomo X e são 
hemizigotos para determinados alelos; 
Lócus: Lugar do gene no cromossomo 
Dominante: 2 cromossomos do par portadores do alelo selvagem 
Recessivo: 2 cromossomos do par portadores de alelo mutante 
 
 
Padrões de herança monogênica na espécie humana 
 
Classificações de distúrbios genéticos 
Distúrbios monogênicos (raros) 
Distúrbios comossômicos 
Distúrbios multifatoriais/ doenças complexas 
 
 
 
 
 
Doenças monogênicas 
 
Herança determinada por um só gene. A herança monogênica também é 
chamada de mendeliana, porque as características aparecem em proporções 
mais ou menos fixas, como propostas nos trabalhos de Mendel. Existem 4 tipos 
básicos de herança: autossômica dominante, autossômica recessiva, dominante 
ligada ao sexo e recessiva ligada ao sexo. 
O número de doenças genéticas e o número de genes não é o mesmo, ou seja, 
um gene pode causar mais de um tipo de doença. 
Diferentes mutações no mesmo gene podem provocar diferentes doenças – se 
alterar vias metabólicas. 
Mutações em genes diferentes podem provocar doenças semelhantes. 
 
Uma mutação pode alterar a função da enzima - cadeia de reações: 
Cada enzima pode produzir um substrato diferente (tóxico ou não) 
Enzima pode não funcionar 
Enzima pode não funcionar e outra enzima fazer o produto final sem alterações. 
 
Distúrbios de gene único (monogênicos) 
Maioria é diagnosticada na infância 
Menos de 10% após a puberdade e 1% no período reprodutivo (+20 anos) 
Embora raros, são responsáveis por uma grande parcela de doenças e óbitos 
infantis. Ex: anemia falciforme 
Os genes não são ativados todos ao mesmo tempo, mas sim em momentos 
específicos. 
 
Os distúrbios de genes são caracterizados pelos seus padrões de transmissão 
nas famílias, que são obtidos com informações sobre o histórico familiar do 
paciente. 
O heredograma é a representação gráfica da árvore familiar com o emprego de 
símbolos que reúne as informações da família do paciente. 
 
Fatores que afetam os padrões do heredograma: 
Penetrância: proporção de indivíduos com um genótipo que apresenta um 
fenótipo. 
>100% (penetrância reduzida): o genótipo de alguns afetados não expressa o 
fenótipo. 
 
Expressividade: grau no qual determinado genótipo é expresso no fenótipo. 
Expressividade variável: a gravidade da doença difere em pessoas que possuem 
o mesmo genótipo. 
 
 
Herança autossômica dominante 
 
O fenótipo geralmente aparece em todas as gerações – cada pessoa afetada 
possui um genitor afetado – frequência alta na família 
Qualquer filho de um genitor afetado tem pelo menos 50% de chance de herdar 
da doença 
Membros fenotipicamente normais das famílias não transmitem o fenótipo para 
seus filhos (porque são recessivos) 
Homens e mulheres têm igual probabilidade 
Casos isolados se devem ao surgimento de novas mutações 
Na herança dominante rara, a prole afetada geralmente nasce de um casal em 
que um dos cônjuges é heterozigoto afetado e o outro é normal. 
 
Critérios para o reconhecimentos da herança autossômica rara 
 
 Autossômica porque: igualmente em homens e mulheres, pode ser transmitida 
de homem para homem 
 Dominante porque: ocorre em todas as gerações, só os afetados possuem filhos 
afetados, um afetado tem 50% dos filhos também afetados, em média. 
 
 
Dentinogênese imperfeita 
 
Doença autossômica dominante com expressividade variável 
1/8000 caucasianos 
Tratamento: Manutenção dos dentes pelo maior tempo possível, a maioria dos 
pacientes é candidata a próteses totais ou implantes a partir dos 30 anos, é 
contra indicado a utilização dos dentes como pilares de próteses fixas; 
 
Características: dentes opalescentes de coloração variável do azul acinzentado 
ao castanho amarelado, perda de esmalte e atrição acelerada, raízes curtas e 
mais finascom coroas bulbosas e obliteração dos canais radiculares. 
Três tipos: I, II e III. 
 Tipo I: Associada a osteogênese imperfeita - osteogênese imperfeita com dentes 
opalescentes, fragilidade óssea 
 Tipo II: Apresenta alterações na dentina, obliteração das câmaras pulpares por 
produção contínua de matriz dentinária, envolvimento ósseo com raras lesões 
apicais. Gene DDP ou DSPP no cromossomo 4 (4q 21); 
 Tipo III: Identificados na primeira vez em uma população de Brandywine, 
Maryland. Apresenta alterações na dentina, mas com exposições pulpares 
múltiplas, radiotransparências periapicais e aspecto radiográfico variável, com 
canais radiculares e câmaras pulpares muito amplas. 
 
 
Fibromatose Gengival Imperfeita (FGH) 
 
Hiperplasia gengival precoce 
Os dentes são cobertos pela gengiva 
Fibromatose: tecido firme com superfície granular rugosa 
A cor da gengiva geralmente é descorada 
Acúmulo de gengiva: protrusão dos lábios e maloclusão dentária 
 
Ex: paciente, 21 anos, mulata, sexo feminino. Relatou o crescimento da gengiva, 
sem inflamação, dificuldade de higienização e desconforto estético. Sem 
alterações radiológicas. 
Tratamento: controle de placa, histopatologia de rotina: epitélio hiperplasico 
queratinizado fibroso sem inflamação, gengivectomia ou gengivoplastia. 
 
 
Doença de Huntington 
 
Resulta da mutação no Gene HD (proteína Huntingtina) - acúmulo de agregados 
intracelulares que levam a morte neural 
Expansão de repetição desse CAG (Glutamina) no éxon 1 
Normais: 10-26 cópias desse motivo 
Mutantes: mais de 36 cópias 
97% dos casos é herdado e 3% é gerado de uma nova mutação, 3-7 casos em 
100 mil pessoas 
Idade de início da doença é inversamente proporcional ao número de repetições 
Mais comum em mulheres 
Características: anomalias psiquiátricas, distúrbios comportamentais e 
distúrbios cognitivos e motores. 
 
 
Acondroplasia 
Encurtamento dos braços e pernas, tronco relativamente longo e estreito, 
cabeça grande, testa proeminente, inteligência normal, aglomeração dentária, 
dentes próximos com apinhamento 
Apnéia obstrutiva (distúrbio respiratório crônico associada a ronco, caracterizada 
pela interrupção periódica da respiração durante o sono) 
Causa mais comum de nanismo humano 
1/15000 ou 1/40 mil nascidos 
Mutações do gene FGFR3 (gene do receptor 3 do fator de crescimento de 
fibroblastos) 
 
Função: ativa proliferação dos condrócitos na placa de crescimento 
Mutações em FGFR3 inibem a proliferação dos condrócitos, levando ao 
encurtamento dos ossos longos no início do desenvolvimento 
Homozigotos dominantes: manifestação mais severa 
 
 
Herança autossômica recessiva 
 
Indivíduos com 2 alelos mutantes (aa) – raros. Os afetados herdaram um alelo 
mutante de cada genitor, exceto se houver o surgimento de nova mutação no 
gene de um dos gametas (bem raro). 
O fenótipo tipicamente pode ser observado em irmãos do afetado e não nos 
genitores ou descendentes. A característica “pula gerações”. 
Homens e mulheres têm a mesma probabilidade 
Genitores da criança afetada são assintomáticos para o alelo mutante 
Podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem nunca 
aparecer no estado homozigoto. 
 
Critérios para o reconhecimento da herança autossômica recessiva rara 
 
 Autossômica porque: aparece igualmente entre homens e mulheres, pode ser 
transmitida de homem para homem 
 Recessiva porque: há saltos de gerações, afetados geralmente possuem 
genitores normais, em média 25% dos irmãos de um afetado são também 
afetados, a característica aparece em irmandades e não nos feitores ou netos 
dos afetados, os genitores dos afetados são geralmente consanguíneos. A 
possibilidade de que ambos genitores sejam portadores de um alelo mutante 
para o mesmo locus é aumentado se os genitores forem aparentados, portaram 
o alelo mutante de um ancestral comum; quanta mais rara a característica na 
população, maior será a frequência de consanguinidade entre os genitores dos 
afetados. 
 
Síndrome Orofacialdigital tipo II 
Síndrome de Mohr 
Características: Fissura labial parcial mediana, hipertrofia do frênulo da 
língua, ausência dos incisivos centrais; 
 
Fibrose cística 
Alteração em um gene gera deficiência na deposição de água na secreção 
das mucosas 
Caucasiana 1/2000 nascimentos, rara em negros e asiáticos 
Mutação no gene CFTR (gene regulador da condutância transmembrana) 
A proteína codificada pelo gene mutado atua na regulação de canais iônicos que 
influenciam a viscosidade das secreções mucosas. Mantém a hidratação das 
secreções dentro dos ductos e vias aéreas através do transporte de cloreto e 
inibição de captação de sódio. 
Proteína mutante: secreções desidratadas e viscosas 
Não existem tratamentos curativos 
Medidas paliativas: depuração das secreções pulmonares, reposição de enzima 
pancreática, nutrição adequada, prevenção de obstrução intestinal. 
 
 Órgãos afetados e características: 
 
Pulmões: secreções desidratadas e viscosas interferem na depuração 
mucociliar, inibem função de peptídeos antimicrobianos (riscos aumentados de 
infecção), obstrução de ar levando a insuficiência respiratória. 
Pâncreas: secreções desidratadas: retenção de enzimas exócrinas no pâncreas. 
Glândula sudorípara: suor com conteúdo aumentado de cloreto, “síndrome do 
bebê salgado”. 
Intestino: fezes pálidas, fétidas e flutuantes, obstrução intestinal. 
 
 
Herança monogênica ligada ao sexo 
 
O número de genes situados no cromossomo Y é pequeno em relação ao do X. 
Aproximadamente 1100 genes no X – 40% associada a fenótipos patológicos. A 
herança ligada ao sexo pode ser chamada também de herança ligada ao X. 
 
Nas mulheres, as relações de dominância e de recessividade dos genes situados 
no X são semelhantes à dos autossomos, pois elas possuem dois cromossomos 
X. Assim, podem ser homozigotas ou heterozigotas para o alelo H e h; 3 
genótipos (XA XA, XA Xa, Xa Xa) 
Os homens possuem somente um cromossomo X (hemizigotos) – 2 genótipos 
(XA, Xa) 
 
Inativação do X Corpúsculo de Baar: 
Mulheres possuem duas populações celulares: uma que um cromossomo X está 
ativo e outra no qual outro X está inativo. Duas mulheres heterozigotas para uma 
doença ligada ao X podem apresentar quadro clínicos bem diferentes; 
 
 Herança recessiva ligada ao X 
Incidência muito mais alta em homens do que em mulheres 
Mulheres heterozigotas geralmente não afetadas (embora algumas possam 
expressar a condição depende do padrão de inativação do X) 
Transmitida do pai para todas as filhas 
Filhos do portadores do portador com 50% de chance de herdar a doença 
Nunca transmitido de pai para filho 
 
Critérios para o reconhecimento da herança recessiva ligada ao X 
 
 Ligada ao X porque: não se distribui igualmente nos dois sexos, não há 
transmissão direta do pai para o filho homem 
 Recessiva porque: há mais homens afetados do que mulheres afetadas; é 
transmitida por um homem afetado através de todas as suas filhas (que são 
portadoras do Gene); para 50% dos seus netos do sexo masculino, portanto, 
homens afetados são aparentados através das mulheres heterozigotas. 
 
 
 
Daltonismo - cegueira para as cores 
Anomalia visual recessiva em que o indivíduo tem deficiência na distinção das 
cores. Há dois tipos de células na retina: Cones - visão em cores e Bastonetes - 
visão em preto e branco. O daltonismo é um distúrbio que afeta os cones 
Distúrbios dicromáticos: podem afetar tipos diferentes de percepção as cores: 
vermelho/verde, amarelo/azul ou perda total da distinção. 
 
Displasia ectodérmica hipoidrótica: 
Alteração da camada de células da ectoderme durante o desenvolvimento 
Localização xq11 
Comprometimento dos tecidos derivados da ectoderme: pele, unhas, dentes, 
pelos, glândulas sudoríparas, sebáceas, lacrimais, mucosas e salivares. 
Características: 
Hipodontia: redução do número em forma de dente 
Hipoidrose: suorescasso, em dias de calor o paciente fica avermelhado 
Hipotricose: presença de pelos em quantidade menor 
Face com pele fina, lisa, rugas ao redor dos olhos, nariz em sela e afundado por 
falta de cartilagem, lábios grossos, orelhas malformadas. Cabelo, cílios e 
sobrancelhas ralas e finas. 
 
 Herança dominante ligada ao X 
Incidência muito mais alta em mulheres do que em homens 
Critérios para o reconhecimento da herança recessiva ligada ao X 
• Dominante porque: há mais mulheres afetadas que homens; homens afetados 
têm 100% de suas filhas também afetadas, mas 100% de seus filhos do sexo 
masculino são normais; mulheres afetadas podem ter 50% de seus filhos de ambos 
sexos afetados. 
 O Corpúsculo de Baar é uma forma de inativar um dos cromossomo X das 
mulheres como maneira de compensar a diferença nos homens. 
 Essa inativação tem consequências clínicas e genéticas: 
 Compensação de dose: muitos genes apresentam a mesma quantidade de 
expressão em mulheres e homens. Porém, alguns genes como STS estão ativos 
nas mulheres normais em nível maior que nos homens. 
 Mosaicismo: população existe diferentes gerando padrão de mosaico 
 Variabilidade de expressão em mulheres heterozigotas para genes localizados 
no X: como a inativação é aleatória e precoce, as mulheres heterozigotas podem 
apresentar quadros clínicos variáveis. Dependendo da mutação encontrada, 
mulheres podem apresentar quadro normal ou afetado, dependendo da 
quantidade de células com a mutação ativa 
 Heterozigotas manifestas: essa característica se manifesta quando uma mulher 
é heterozigota, mas apresenta de maneira severa algumas doenças recessivas 
ligadas ao sexo. Isso é causado por uma grande quantidade de células com o 
alelo dominante inativado. 
 
PROVA 
 
Avery e cols 
Desvendaram qual componente químico causava a transformação. Destruíram 
quimicamente todas as principais categorias de substâncias químicas das 
células mortas, uma de cada vez, para descobrir se o extrato tinha perdido a 
habilidade de transformação. O tubo no qual adicionou bactérias R vivas e S 
mortas com tripsina (proteinase) continuou transformando. O qual adicionou 
bactérias R vivas e S mortas com RNAse também transformou. Finalmente, 
adicionando DNAse às bactérias R vivas e S mortas, não houve transformação. 
Ou seja, o DNA é o princípio transformante. 
 
O que é repliossomo 
O repliossomo é um complexo de proteínas que coordena a replicação, essa 
série de proteínas compõe a forquilha de replicação. Repliossomo = DNA pol III 
+ primases + SSB + grampos beta + pol I + ligase = holoenzima polimerase III. 
Possui dois cernes catalíticos mais proteínas: um deles atua na produção da fita 
contínua e outro da descontínua. As proteínas acessórias mantém tudo unido e 
funcionando, uma delas forma o grampo beta que mantém a DNA pol III ligada 
a fita de DNA. 
 
Transcrição em procariontes 
Processo em que sequências de DNA são transformadas em RNA por meio do 
pareamento complementar de bases. O RNA formado é chamado de transcrito. 
Primeiro, os dois filamentos da dupla hélice separam-se localmente, um dos dois 
atua como fita molde para a síntese de RNA. Os ribonucleotídeos são 
posicionados pela enzima RNA polimerase e são unidos às suas bases 
complementares: A com U, C com G. À medida que a RNA polimerase se move 
ao longo do gene, ela desenrola a dupla de DNA e reenrola o DNA que já foi 
transcrito. O filamento não-molde do DNA é chamado de filamento codificante, 
essa sequência é a mesma encontrada no RNA transcrito. 
• Procariontes 
Tem início na região promotora que está na ponta 5’ do gene. A primeira base 
transcrita está sempre no sítio iniciador. Sequências promotoras: região -35 e -
10. A RNA polimerase liga-se à essa região e forma um aglomerado de proteínas 
chamado holoenzima RNA polimerase que desenrola a dupla hélice. O 
alongamento da fita forma uma bolha de transcrição e o RNA nascente é liberado 
aos poucos. 
A holoenzima RNA polimerase é composta de cinco subunidades do cerne da 
enzima: duas subunidades alfa, uma beta, uma beta’ e uma gama e mais uma 
subunidade fator sigma. O fator sigma é quem reconhece a região promotora e 
recruta as outras enzimas (bolha de transcrição). Após ligadas com o RNA 
polimerase III, a subunidade sigma se desliga e começa a transcrição. 
A terminação ocorre quando a holoenzima encontra a região 3’ não traduzida (3’ 
UTR) 
 
Compactação do DNA 
1º nível de compactação – octâmeros de histonas 
• É o DNA associado a histonas – proteínas que participam da cromatina. 
O DNA se enrola na histona por duas voltas e meia e forma o nucleossomo. Há 
2 moléculas de cada histona: H2A, H2B, H3, H4, que formam o octâmero de 
histonas. Essa estrutura diminui 1/3 do tamanho do DNA. Os nucleossomos 
estão unidos entre si por segmentos do DNA chamados DNA de ligação, 
formados por 15 a 100 pares de bases. 
 
2º nível de compactação – Espiral solenoide 
• Nucleossomos são ligados uns aos outros pela H1 fomando o solenoide 
• Estado de organização da cromatina no núcleo interfásico 
• Forma helicoidizada – Solenoide (muitos nucleossomos juntos – aumento 
de 6x a compactação) 
 
3º nível de compactação – Arcabouço aumenta em 6x a compactação 
• Alças de solenoide projetam-se de um arcabouço (base de proteína) – 
Helicoidização 
- O processo começa na prófase e termina na metáfase 
4º nível de compactação – arcabouço de solenoide condensado 
Cromossomo Metafásico - Altamente condensado para a divisão celular. 
Cromossomo Interfásico- Geralmente não são visíveis no microscópio devido a 
cromatina pouco condensada ou não compactada 
Implicações da cromatina condensada 
• DNA inacessível a interação com outras proteínas com a cromatina muito 
compactada 
• Replicação inacessível. A replicação acontece antes da compactação. 
 
 
Relação entre a divisão celular e as alterações cromossômicas. Ex 2 
aneuploidias 
• Alterações cromossômicas podem resultar da não disjunção das 
cromátides, que é o processo de migração errada dos cromossomos. As 
anormalidades do número ou das estruturas dos cromossomos (geração de 
doenças) podem se originar tanto das células somáticas quanto germinativas por 
erros na divisão celular. A Síndrome de Down, Edwards e Patau são exemplos 
de aneuploidias. 
 
Diferenciar mitose e meiose 
 
Translocações robertsonianas 
Nas translocações robertsonianas ou fusões cêntricas, dois cromossomos 
acrocêntricos sofrem quebras nos centrômeros e se unem formando um 
cromossomo grande (cariótipos = 45 cromossomos). Indivíduo portador aumenta 
as chances de ter um filho com Down por conta do pareamento desigual dos 
gametas. O portador é fenotipicamente normal, mas com risco de gametas 
desbalanceados 
- 4% dos pacientes com Down tem 45 cromossomos – translocação 
robertsoniana; 
 
Tipo de herança e tratamento da fibromatose gengival hereditária 
É um tipo de herança autossômica dominante. Devido a hiperplasia gengival, no 
seu tratamento é necessário realizar a cirurgia de gengivectomia ou 
gengivoplastia. 
 
Compensação de dose e pq as mulheres podem ser heterozigotas 
manifestas 
Compensação de dose é a apresentação da mesma quantidade de expressão 
de genes em mulheres e homens. Porém, alguns genes estão ativos nas 
mulheres normais em nível maior que nos homens. A característica de 
heterozigota manifestas se dá quando uma mulher é heterozigota, mas 
apresenta de maneira severa algumas doenças recessivas ligadas ao sexo. Isso 
é causado por uma grande quantidade de células com o alelo dominante 
inativado. 
 
Auto recessiva Auto dominante Ligada ao X 
recessiva 
Ligada ao X 
dominante 
Herdaram o alelo 
de cada genitor 
Cada pessoa 
afetada possui um 
genitor afetado 
Incidência muito 
mais alta em 
homens do que em 
mulheres 
Incidência muito 
mais alta em 
mulheres do que 
em homens 
Características nos 
irmãos, não nos 
pais 
Característicasnos 
genitores 
Transmitida do pai 
para todas as filhas 
homens afetados 
têm 100% de suas 
filhas também 
afetadas 
Espermatogênese Ovogênese 
Processo contínuo Descontínuo 
Cada espermatogônia produz 4 
espermatozoides 
Cada ovogônia dá origem a 1 ovócito e 3 
células inviáveis 
Espermatozoide é pequeno e móvel Ovócito grande e sem mobilidade 
Existem dois tipos de espermatozoides: 23 + 
X ou 23 + Y 
Um tipo de gameta: 23 + X 
Salto de gerações 
Presente em todas 
as gerações 
Mulheres 
heterozigotas 
geralmente não 
afetadas 
Filhos de 
portadores homens 
são normais 
Síndrome orofacial 
tipo2 
Dentinogênese 
imperfeita, 
Huntington 
Displasia 
ectodérmica 
hipoidrótica 
Icontinência 
pigmentar 
Fibrose cística 
Fibromatose 
gengival, 
Acondroplasia 
 
Daltonismo, 
Hemofilia 
Síndrome 
orofaciodigital tipo 
1

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