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Responsabilidade Socioambiental I

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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
PROF. ROBSON JOSÉ SILVA DE SANTANA
OBJETIVOS 
- Reconhecer os conceitos fundamentais da matéria
- Identificar - o consumo
- o capitalismo 
- e as relações com meio ambiente 
- E apontar as consequências dessa relação
DADOS IMPORTANTES
Consumo influencia lixo e exploração de recursos naturais.
Um outro problema, além da exploração do planeta, é a
produção de lixo, os restos gerados diariamente pela sociedade.
Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016,
anualmente, o Brasil produz cerca de 71,3 milhões de toneladas
de RSU (Resíduos Sólidos Urbanos).
Cerca de 51% deste resíduo é matéria orgânica, isto é
comida, alimento. Os outros 49% é composta por materiais de
todo tipo, como plástico, vidro, alumínio, papel, tecidos (como
roupas velhas), borracha etc.. Essa quantidade monumental de
lixo provoca um grande impacto socioambiental, especialmente
se considerarmos que a maioria das cidades brasileiras não
possui um depósito adequado para o mesmo.
A questão que temos que colocar aqui é: de
quem é a responsabilidade pelo descarte desta
quantidade monumental de resíduos?
CONCEITUAÇÃO
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
É um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável,
ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais
atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis,
socialmente justas e culturalmente diversas.
RELAÇÕES DE CONSUMO E MEIO 
AMBIENTE 
A relação de consumo esta diretamente interligada ao
desenvolvimento da sociedade, sendo um grande problema
mundial as consequências do consumo exagerado incentivado
pelo espírito consumista entranhado pelo regime capitalista
enraizado no seio da sociedade, gerando consequências
irreversíveis ao meio ambiente.
A sociedade deve modificar urgentemente seu consumismo,
mudando o paradigma que a relação de consumo e o
desenvolvimento andam juntos.
É bem claro a relação que existe entre o consumo e os
produtos a serem consumidos, quanto maior o consumo, maior
são os danos causados ao meio em que ele foi retirado.
Há uma pandemia mundial sem precedentes na história da
humanidade e que aproveitou a globalização para se expandir e
entranhar em quase todas as sociedades: o consumismo. São
bilhões de pessoas que em algum momento perderam a
racionalidade do ato de comprar e passaram a fazer deste o
caminho para a felicidade.
Mas não é possível negar a natureza humana e somente
seremos felizes quando alcançarmos alguns dos reais valores de
nossa existência: amor, amizade, paz, serenidade, alegria de
viver. A suposta felicidade trazida pela aquisição de bens é pueril,
transitória e acaba por nos levar a um círculo vicioso sem fim de
compra-felicidade-frustração-compra-felicidade-frustração…
PARÂMETROS QUE DEVERIA SER 
SEGUIDOS 
• Bom relacionamento com a comunidade;
• Bom relacionamento com os organismos ambientais;
• Estabelecimento de uma política ambiental;
• Eficiente sistema de gestão ambiental;
• Garantia de segurança dos empregados e das comunidades
vizinhas;
• Uso de tecnologia limpa;
• Elevados investimentos em proteção ambiental;
• Definição de um compromisso ambiental;
• Associação das ações ambientais com os princípios
estabelecidos na carta para o desenvolvimento sustentável;
• A questão ambiental como valor do negócio;
• Atuação ambiental com base na agenda 21(falaremos nos
próximos capítulos);
• Contribuição para o desenvolvimento sustentável
dos municípios circunvizinhos.
MECANISMO DO CONSUMISMO
Este mecanismo é dividido em etapas, e cada etapa, é dependente
uma da outra , mostrando que o elo é formado por esta junção e deve ser
firmado de forma, onde todos os elementos se interliguem de modo
harmônico para sua existência.
SOCIAL
ECONÔMICO
AMBIENTAL
CONSUMO X MEIO AMBIENTE
O problema é que há uma relação estreita e forte entre o consumismo
e o meio ambiente. Isso porque para atender a demanda da produção e do
consumo é necessário retirar matérias primas da natureza, fabricar e
transportar materiais, fazer grande uso de energia elétrica e de água, entre
outros. Tudo isso, gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação
ambiental, poluição geral e, consequentemente, a destruição de
ecossistemas.
Os recursos naturais não são renováveis, o petróleo é um exemplo de
um recurso natural muito utilizado e que cada vez mais está se esvaindo.
Guerras já foram travadas por causa do petróleo.
CONSUMO E RELAÇÃO COM O MEIO 
AMBIENTE 
A pirâmide de Maslow trata-se de um conceito muito
interessante que explica as necessidades humanas.
Abraham Harold Maslow ( 1908 — 1970) foi um psicólogo e
pesquisador norte americano. Seu trabalho mais difundido foi,
sem dúvida, a hierarquia das necessidades.
Trata-se de um esquema que coloca as necessidades
humanas em hierarquia. Essa ferramenta é frequentemente
usada para ajudar a entender as motivações e desejos dos
indivíduos.
As necessidades humanas trabalhadas na pirâmide, são:
•Necessidades Fisiológicas: que são aquelas para a
sobrevivência biológica do corpo. Exemplo: Comida, água,
Respiração, Sexo, Sono, etc.
•Necessidades de Segurança: são aquelas em que a pessoa
necessita de se sentir seguro. Exemplo: segurança corporal, do
emprego, familiar, da saúde, da moral, etc.
•Necessidades Sociais ou de Amor e Relacionamento: como o
nome diz, neste ponto são as necessidades de criar e manter
relações. Exemplos: Amizade, Namoro, Casamento, Família, etc.
•Necessidades de estima: pode-se dizer que é a necessidade
psicológica de estar bem consigo mesmo. Exemplo: Confiança,
Respeito dos e aos outros, Conquistas, Autoestima, etc.
•Necessidades de Autorrealização ou Realização Pessoal: são as
que dizem respeito aos objetivos e realizações. Exemplo:
Criatividade, Solução de Problemas, Espontaneidade,
Moralidade, etc.
DESENVOLVIMENTO E CONSUMO 
SUSTENTÁVEL
• DESENVOLVIMENTO – Consiste em atender necessidades atual sem
que haja comprometimento com gerações futuras atenderem as
próprias necessidades.
• CONSUMO – envolve a escolha de produtos que utilizaram menos
recursos naturais em sua produção, significa obter apenas o
necessário.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Educação ambiental é um processo de educação responsável por
formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que
busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e
a sustentabilidade, considerando a temática de forma holística, ou seja,
abordando os seus
aspectos econômicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos. Dessa forma, ela
não deve ser confundida com ecologia, sendo, esta, apenas um dos
inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental.
Portanto, falar sobre Educação Ambiental é falar sobre
educação acrescentando uma nova dimensão: a dimensão
ambiental, contextualizada e adaptada à
realidade interdisciplinar, vinculada aos temas ambientais e
globais.
A educação ambiental é a ação educativa permanente pela
qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de
sua realidade global, do tipo de relações que os seres humanos
estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados
de ditas relações e suas causas profundas.
Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o
educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem
um comportamento dirigido a transformação superadora dessa
realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais,
desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes
necessárias para dita transformação.
A educação ambiental é um processo de reconhecimento
de valores e clarificações de conceitos, objetivando o
desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em
relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre
os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A
educação ambiental também está relacionada com a prática
das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora
da qualidade de vida.
IMPACTO AMBIENTAL 
É a alteração no meio ambiente ou em algum de seus
componentes por determinada ação ou atividade humana.O
objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente,
o de avaliar as consequências destas ações para que possa haver
a prevenção da alteração da qualidade do ambiente após a
execução dessas ações.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
A Avaliação de Impacto Ambiental (ou AIA), é um instrumento
preventivo usado nas políticas de ambiente e gestão ambiental com o
intuito de assegurar que um determinado projeto passível de causar
danos ambientais seja analisado de acordo com os prováveis impactos
no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e
tomados em consideração no seu processo de aprovação. A
elaboração de um AIA é apoiada em estudos ambientais elaborados
por equipes multidisciplinares, os quais apresentam diagnósticos,
descrições, analises e avaliações sobre os impactos ambientais
efetivos e potenciais do projeto.
Os métodos de avaliação de impactos ambientais são
instrumentos utilizados para coletar, analisar, comparar e
organizar informações qualitativas e quantitativas originadas de
uma determinada atividade modificadora do meio ambiente, em
que são consideradas, também, as técnicas que definirão a forma
e o conteúdo das informações a serem repassadas aos setores
envolvidos.
IMPACTO AMBIENTAL – FATORES 
HUMANOS
Em maior ou menor escala. A legislação brasileira pede Estudos de 
Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) 
nas seguintes situações:
• Construção de rodovias;
• Construção de Ferrovias;
• Construção de Portos e terminais;
• Construção de Aeroportos;
• Instalação de oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e 
emissários de esgoto;
• Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica (acima de 230 kV);
• Obras hidráulicas para fins de saneamento, drenagem, irrigação, retificação de 
curso d'água, transposição de bacias, canais de navegação, 
barragens hidrelétricas, diques;
• Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão, gás natural);
• Extração de minério;
• Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou 
perigosos;
• Instalação de usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de 
energia primária (acima de 10 MW), inclusive a instalação de parques eólicos;
• Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, 
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos 
hídricos);
• Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEI);
• Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 
100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos 
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
• Projetos urbanísticos (acima de 100 ha), ou em áreas consideradas de 
relevante interesse ambiental;
• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a 
dez toneladas por dia.
PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS 
CAUSADOS PELO AQUECIMENTO 
GLOBAL
O aquecimento global pode causar:
• Elevação do nível do mar;
• Aumento de eventos de extremo climático (ex.: chuvas torrenciais, ondas 
de calor, ciclones tropicais, ressacas no litoral, etc);
• Decréscimo da produção de alimentos;
• Escassez de água;
• Redução da biodiversidade;
• Surgimento de doenças infecciosas endêmicas sensíveis ao clima 
(malária, dengue, cólera, leishmaniose, leptospirose e hantavirose).
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE
A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo
tornar efetivo o direito de todos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, princípio matriz contido no caput do
art. 225 da Constituição Federal. E por meio ambiente
ecologicamente equilibrado se entende a qualidade ambiental
propícia à vida das presentes e das futuras gerações.
Por sua vez, os objetivos específicos estão disciplinados pela lei em
questão de uma forma bastante ampla no art. 4º da Lei de Política Nacional
do Meio Ambiente em comento
Art. 4º – A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
• I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
• II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
• III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
• IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
• V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência publica
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico;
• VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propicio à vida;
• VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
PRINCIPIOS DA LEGISLAÇÃO
O art. 2º da Lei nº 6.938/81, após estabelecer o objetivo geral da Política Nacional
do Meio Ambiente, define o que chama de princípios norteadores da ações:
• I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o
meio ambiente como um patrimônio publico a ser necessariamente assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletivo;
• II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
• III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
• IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação das áreas representativas;
• V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
• VI – incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
• VII – acompanhamento do estado de qualidade ambiental;
• VIII – recuperação de áreas degradadas;
• IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação;
• X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacita-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.
INSTRUMENTO LEGISLATIVO
Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente estão elencados 
pela Lei nº 6.938/81:
Art. 9º – São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
• I – o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
• II – o zoneamento ambiental;
• III – a avaliação de impactos ambientais;
• IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras;
• V – os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou 
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
• VI – a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder 
Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de 
relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
• VII – o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
• VIII – o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa 
Ambiental;
• IX – as penalidades disciplinares ou compensatórias não cumprimento das 
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
• X – a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser 
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
• XI – a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, 
obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;
• XII – o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras 
e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.
“Mais importante do que 
desenvolver a inteligência é saber 
usá-la. Como você faz uso de sua 
inteligência?”
Nanci Azevedo Cavaco

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