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GABARITO Hanseniase

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GABARITO 
HANSENIANE
Complete todas as questões antes de enviar o quiz. Caso necessário, você poderá fazer outras tentativas para obter a pontuação desejada. Valerá a nota mais alta obtida.
1. Os componentes da vigilância de contatos são...
Exame dermatoneurológico de todos os contatos; observação da cicatriz vacinal; recomendações da BCG, de acordo com as normas; ações de educação e comunicação em saúde.
O exame dermatológico deve ser realizado em todos os contatos, mesmo naqueles que referem não possuir sinais ou sintomas da doença. Após certificar-se de que não há sinais ou sintomas da doença, deve-se observar as cicatrizes de BCG do contato. Aqueles que não possuem nenhuma cicatriz ou que têm uma cicatriz receberão uma dose de BCG. Os que têm duas cicatrizes de BCG não receberão nenhuma dose. Também é fundamental realizar ações de educação e comunicação em saúde, incentivando a comunidade a buscar atendimento na suspeita de hanseníase.
2. Como devem ser monitorados os contatos registrados e os examinados?
O registro dos contatos é realizado na ficha de notificação dos casos e o dos examinados no boletim de acompanhamento. Essas informações também devem constar no “formulário de vigilância de contatos”, anexado ao prontuário.
A avaliação de contatos é umas atividades de vigilância mais importantes para a eliminação da hanseníase. O registro dos contatos é realizado na ficha de notificação dos casos e o dos examinados no boletim de acompanhamento. Essas informações também devem constar no “formulário de vigilância de contatos”, anexado ao prontuário.
3. Qual grupo populacional é considerado prioridade no exame de contatos?
Os contatos intradomicilares de casos novos diagnosticados.
Os contatos intradomiciliares são considerados o grupo de maior risco de adoecimento e, portanto devem ser priorizados. Considera-se contatos intradomiciliares todas as pessoas que residem ou residiram com o paciente de hanseníase nos últimos cinco anos.
4. Por que os serviços de saúde devem estar atentos à ocorrência de casos de hanseníase em crianças?
Porque indica a existência de transmissão ativa da doença, possivelmente no domicílio da criança.
A hanseníase apresenta longo período de latência, por esta razão uma criança quando adoece apresenta grande probabilidade de ter sido infectada no ambiente domiciliar.
5. O que significa eliminação da hanseníase enquanto problema de saúde pública?
A ocorrência de menos de 01 caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes.
O conceito de “eliminação da hanseníase como problema de saúde pública” significa o alcance da meta da taxa de prevalência de menos de 01 caso por 10 mil habitantes em nível nacional. Trata-se do compromisso do governo brasileiro enquanto país membro da OMS e representa redução drástica da carga da doença a um nível aceitável, em que a prevalência da doença não limita produtividade social nem o desenvolvimento da comunidade.
6. Quando um caso diagnosticado de hanseníase deverá ser notificado?
Todo caso no momento do diagnóstico.
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e, portanto, todo caso deve ser notificado no momento do diagnóstico.
Confira a correção de suas respostas
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1. Qual exame é indispensável para o diagnóstico da hanseníase?
Apenas o exame clínico
O diagnóstico de hanseníase é firmado clinicamente pela lesão elementar e pela avaliação objetiva da sensibilidade local e o exame de nervos periféricos.
2. Marque a opção correta em relação aos critérios diagnósticos de hanseníase, considerando as manifestações clínicas e resultado de exame numerados abaixo:
I - Lesões ou áreas da pele com alterações de sensibilidade;
II - Espessamento neural com alterações de sensibilidade e/ou motora e/ou autonômica;
III - Baciloscopia de raspado intradérmico positivo.
Todos os itens (I, II e III) são critérios diagnósticos de hanseníase, associados ou isoladamente.
Os três critérios diagnósticos podem aparecer associados ou isoladamente no diagnóstico de um caso de hanseníase.
3. Sobre os aspectos neurológicos autonômicos da hanseníase, marque a opção correta
Pode-se observar distúrbios objetivos das funções vasomotora e sudoral.
Tais distúrbios são observáveis por testes de histamina e de iodo-amido, que, embora não sejam atribuições específicas da Atenção Básica, podem ser realizados por profissionais da Atenção Básica.
4. A hanseníase se caracteriza pelo espessamento neural assimétrico que pode vir acompanhado ou não de dor, sendo uma importante propedêutica para o diagnóstico e acompanhamento. Quais são os nervos mais frequentemente acometidos pela hanseníase?
Facial, auricular, trigêmeo, radial, ulnar, mediano, fibular comum e tibial posterior.
Estes são os nervos acometidos com maior frequência pela hanseníase.
5. Preencha os campos com os nomes dos nervos periféricos, conforme escrito na imagem, associando-os com as implicações de lesões hansênicas descritas.
Resposta correta
Você acertou todas as combinações
6. A hanseníase na forma indeterminada caracteriza-se por:
Mancha, geralmente única e pequena, hipocrômica hipo e/ou anestésica; teste de função sudoral alterado; teste de histamina incompleto (presença de pápula e eritema primário; ausência do eritema secundário ou reflexo); laudo histopatológico pouco específico de hanseníase; baciloscopia negativa.
Estas são as características mais frequentes da hanseníase na forma indeterminada.
7. A hanseníase na forma tuberculóide caracteriza-se por:
Placa eritematosa hipo e/ou anestésica, ou circinada envolta por pequenas pápulas/tubérculos; acometimento de tronco neural único; histopatológico com presença de granulomas constituídos de histiócitos epitelióides que tocam a epiderme com presença de células gigantes tipo corpo estranho; baciloscopia negativa.
Estas são as características mais frequentes da hanseníase na forma tuberculóide.
8. A hanseníase na forma virchowiana caracteriza-se por:
Múltiplos nódulos/pápulas vinhosos/acastanhados; infiltração difusa da pele; madarose (perda dos cílios e/ou das sobrancelhas); neuropatia bilateral e simétrica, com multiplicidade de nervos afetados; histopatológico com múltiplos infiltrados difusos constituídos de histiócitos vacuolizados com presença de Faixa de Unna subepidérmica (camada de colágeno que separa o infiltrado inflamatório da epiderme) e de globias; baciloscopia positiva.
Estas são as características mais frequentes da hanseníase na forma virchowiana.
1. Embora os efeitos adversos dos medicamentos da poliquimioterapia (PQT) sejam raros, é fundamental conhecê-los. Sobre este tema, assinale os sinais e sintomas de alerta que demandam atendimento de emergência e PQT substitutiva.
Dermatite esfoliativa e eritrodermia
A PQT deve ser suspensa e o paciente necessita de atendimento de emergência. Dermatite esfoliativa e eritrodermia relacionam-se ao uso da Dapsona. Estes quadros precisam de atendimento hospitalar até o controle dos sinais e sintomas, quando poderão ser encaminhados à UBS com uma droga substitutiva à Dapsona para acompanhamento, conforme orientação da referência.
2. Apesar de os efeitos adversos serem raros, com frequência é necessário diferenciá-los de reações hansênicas. Nesse sentido, assinale a alternativa correta.
Reações hansênicas podem ocorrer antes, durante ou após o tratamento e os efeitos adversos, embora mais frequentes no início da poliquimioterapia, podem ocorrer a qualquer momento do tratamento.
As reações hansênicas ocorrem mais na metade do tratamento e os efeitos adversos são mais frequentes em torno da sexta semana, embora possam ocorrer a qualquer momento do tratamento.
3. Quando as bilirrubinas estão de 2 a 3 vezes maiores do que os valores de referência durante o tratamento da hanseníase, qual a melhor conduta?
Suspender as medicações hepatotóxicas da PQT (rifampicina e dapsona) e encaminhar o paciente com guia de referência pela hipótese de efeito
adverso.
A rifampicina é o medicamento mais hepatotóxico da PQT, mas, em alguns indivíduos, induz a metabolização da dapsona em hidroxilamina e, nesses casos, o medicamento que tem que ser substituído é a dapsona. Na unidade de referência o caso deverá ser melhor avaliado e, quando necessário, será instituído o uso de droga substitutiva.
4. Após confirmação pela referência do diagnóstico de reação hansênica do tipo 1, como o paciente deve ser acompanhado pela Atenção Básica?
Com avaliação clínica e laboratorial periódica, conforme orientações da referência, e com tratamento preventivo para osteoporose e estrongiloidíase.
Deverá também ser avaliada a pressão arterial e o peso, verificando-se a adesão ao tratamento e reencaminhando o paciente para a referência caso surjam novas lesões/queixas ou se não houver melhora do quadro.
5. A hanseníase é uma doença polimorfa que faz diagnóstico diferencial com muitas outras doenças. Em alguns casos, podem-se observar lesões eritemato-edematosas (lesões sarcoídicas) sem melhora com tratamento tópico. Nas lesões que não apresentam queda de pelos e/ou anestesia, quais são outros diagnósticos possíveis?
Leishmaniose, tuberculose, blastomicose.
Estas doenças também podem causar lesões sarcoídicas (placas bem delimitadas eritemato-amareladas) em que não há queda de pelos e/ou anestesia.
6. A hanseníase é uma doença crônica em que podem ocorrer episódios reacionais agudos, como a reação reversa ou do tipo 1. Com o que se relaciona a reação reversa?
Com a exacerbação da resposta imune celular, que pode ocorrer antes, durante ou após o tratamento.
A melhora da resposta imune na reação reversa (ou do tipo 1) da hanseníase é semelhante a que ocorre quando se inicia o tratamento da aids, denominada síndrome de reconstituição imune.
7. As reações hansênicas (ou episódios hansênicos reacionais) são mais frequentes do que as recidivas em hanseníase. Sobre estes temas, marque a alternativa correta.
Nas reações hansênicas, em geral, as lesões são mais eritematosas e quentes. Nas recidivas as lesões são mais pardacentas e frias, com leve aumento nas bordas.
As reações hansênicas acontecem no curso crônico da hanseníase por resposta imune aguda. Já a recidiva ocorre com lesões discretas pela lenta multiplicação bacilar.
8. Qual a melhor medida a ser tomada em um serviço de Atenção Básica frente a suspeita de uma reação hansênica tipo 2 em um paciente que já apresenta sequelas da doença?
Introduzir corticosteroide oral 1mg por kg e tratamento preventivo para estrongiloidíase e osteoporose, além de encaminhar para referência em 24horas com a guia de referência.
Quando o paciente já apresenta sequelas, a corticoterapia pode bloquear a evolução aguda. É importante também associar a talidomida, realizar periodicamente avaliação clínica (enfatizando a neurológica, a oftalmológica e a urológica) e coleta de exames laboratoriais.
9. Quais são os diagnósticos diferenciais do eritema nodoso hansênico (ENH)?
Efeito adverso de medicamentos, infecção bacteriana e tuberculose.
O eritema nodoso pode ocorrer por estas e por outras etiologias (gravidez, vacinação, neoplasias etc). No entanto, o eritema nodoso da hanseníase diferencia-se dos demais por poder ulcerar, ocorrer fora dos membros inferiores e por apresentar manifestações sistêmicas.
10. A hanseníase é uma doença crônica. No entanto, podem ocorrer episódios reacionais agudos, como as reações hansênicas do tipo 2/ eritema nodoso hansênico. Com o que se relaciona o eritema nodoso hansênico?
Com a exacerbação da resposta imune humoral que pode ocorrer antes, durante ou após o tratamento, mas que, em geral, acontece em torno do 6º mês de tratamento;
O ENH ocorre por melhora da resposta imune, como ocorre com os casos de aids, quando se inicia o tratamento (síndrome da reconstituição imune).
11. Diante de um paciente com reação hansênica do tipo 2 que apresenta neurite, epididimite e/ou orquite, qual a melhor conduta?
Prescrever corticoide oral 1mg/kg de peso e talidomida, além de reforçar cuidados com os olhos, nervos e genitais para evitar sequelas.
Nestes casos, o paciente necessita de seguimento na referência até o controle do quadro reacional agudo. Após resolução da fase aguda, poderá ser reencaminhado para a UBS.
12. Após confirmação do diagnóstico de eritema nodoso hansênico por uma unidade de referência, e uma vez contrarreferenciado para a UBS, como o paciente deve ser acompanhado na Atenção Básica?
Com consultas mensais para avaliação dermatoneurológica e exames laboratoriais de acompanhamento (da reação hansênica e de efeitos adversos dos medicamentos), seguindo orientações da Unidade de Referência.
Além disso, para evitar os efeitos adversos graves da corticoterapia, a avaliação da pressão arterial, do peso e da ingestão das medicações deve ser rigorosa e acompanhada de orientação alimentar. Se novas lesões surgirem ou não houver melhora do quadro, deve-se reencaminhar o paciente para a referência.

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