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AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO APARELHO CONVENCIONAL E DIGITAL

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IPE - INSTITUTO POLITÉCNICO DE ENSINO
JOICE RIBEIRO DOS SANTOS
MERIANE SALES RIBEIRO
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO APARELHO CONVENCIONAL E DIGITAL: 
EM PACIENTES QUE SE APRESENTAM AO PRONTO-SOCORRO
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
DEZEMBRO – 2020
Joice Ribeiro dos Santos
Meriane Sales Ribeiro
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO APARELHO CONVENCIONAL E DIGITAL: 
em pacientes que se apresentam ao pronto-socorro
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao IPE - Instituto Politécnico de Ensino, como parte das exigências para obtenção do título de Técnico em Radiologia.
Orientador: Prof.: Luan Correa
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
DEZEMBRO – 2020
JOICE RIBEIRO DOS SANTOS
MERIANE SALES RIBEIRO
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao IPE - Instituto Politécnico de Ensino, como parte das exigências para obtenção do título de Técnico em Radiologia.
Aprovada em _____ de __________________ de 2020.
Comissão Examinadora:
_______________________________________________________________
 (examinador)
_______________________________________________________________
 (examinador)
_______________________________________________________________
Prof.: Luan Correa (orientador)
DEDICATÓRIA
Como não dedicar esse momento àqueles que são a nossa rocha, a nossa fortaleza, onde encontramos forças todos os dias para continuar. Aos nossos pais, esse momento é de vocês!
AGRADECIMENTOS
Nosso muito obrigada a Deus pelo dom da vida e por seu amor infinito.
Agradecemos aos nossos pais, nossos maiores exemplos. Somos gratas pelo incentivo e todas as orações diárias que vocês nos dedicam. Obrigada por estarem sempre ao nosso lado! Agradecemos a todos os nossos familiares que torceram por nós. Somos gratas aos nossos queridos mestres que acompanharam nossos estudos durante esses anos e, em especial, ao professor Luan Correa por todo apoio, atenção e dedicação para nos orientar nesse trabalho de conclusão. Vocês nos inspiraram a nos tornar profissionais melhores a cada dia. Obrigada aos amigos e colegas que nos deram o suporte necessário para chegarmos até aqui. 
SUMÁRIO
Introdução	1
Aplicações clínicas e função diagnóstica	2
Equipamento de imagem radiográfica	3
Instalações técnicas especiais e princípios físicos	4
Aspectos radiográficos e operacionais do sistema de imagem 	5
Projeto do sistema de imagem para obter a imagem ideal 	6
Objetivo 	7
Material e métodos	8
Resultados e discussão	10
Custo 	14
Limitações 	14
Conclusões	15
Referências bibliográficas	16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Distribuição dos pacientes quanto ao tipo de exame radiográfico 	10
Tabela 2. Distribuição dos tempos de exame de ambos os tipos de exames radiográficos 	11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Distribuição quanto ao tipo de radiografia e grupos de horas de apresentação dos pacientes	11
RESUMO
O presente estudo sobre as vantagens e desvantagens do aparelho convencional e digital em pacientes que se apresentam ao pronto-socorro pretende contribuir com o apoio ao diagnóstico e tratamento de algumas condições clínicas. Nesse contexto, surgiu o interesse pela pesquisa que tem por objetivo comparar as diferenças entre a radiografia convencional e a radiografia digital computadorizada (RC) em pacientes que se apresentam ao pronto-socorro. O estudo envolveu pacientes consecutivos que se apresentaram ao departamento de emergência que precisavam de radiografia de tórax. O escore de qualidade do radiograma foi avaliado com um escore visual analógico (VAS-100 mm), medido em milímetros e registrado no final do estudo. O tempo de exame, o tempo de interpretação, o tempo total e o custo das radiografias foram calculados. Houve diferenças significativas entre os grupos de radiografia convencional e de RC digital em termos de unidade de localização (unidade de tratamento, trauma, ressuscitação), hora de apresentação, grupo de diagnóstico, tempo de exame, tempo de interpretação e qualidade do exame. Os tempos de exame para radiografia convencional e CR digital foram de 45,2 e 34,2 minutos, respectivamente. Os tempos de interpretação para radiografia convencional e CR digital foram 25,2 e 39,7 minutos, respectivamente. Os escores médios de qualidade de radiografia para radiografia convencional e CR digital foram 69,1 mm e 82,0 mm. O CR digital teve um custo mais barato de 1,05 TL por radiografia em comparação com a radiografia convencional. Como a interpretação das radiografias digitais é realizada em terminais dentro do pronto-socorro, o paciente deve ser deixado para interpretar as radiografias digitais, o que prolonga o tempo de interpretação. Acreditamos que a interpretação de radiografias digitais com a ajuda de um dispositivo móvel eliminaria essas dificuldades. Embora o custo inicial de configuração do serviço de CR e PACS digital sejam alto no departamento de emergência, achamos que o CR digital é mais econômico do que a radiografia convencional para departamentos de emergência em longo prazo.
Palavras chave: Radiografia convencional; CR digital; Departamento de emergência.
SUMMARY
The present study on the advantages and disadvantages of the conventional and digital apparatus in patients presenting to the emergency room aims to contribute to support the diagnosis and treatment of some clinical conditions. In this context, interest in research has emerged that aims to compare the differences between conventional radiography and digital computerized radiography (CR) in patients who present themselves at the emergency room. The study involved consecutive patients who came to the emergency department who needed a chest X-ray. The quality score of the radiogram was assessed with a visual analog score (VAS-100 mm), measured in millimeters and recorded at the end of the study. Examination time, interpretation time, total time and cost of radiographs were calculated. There were significant differences between the groups of conventional radiography and digital CR in terms of location unit (treatment unit, trauma, resuscitation), time of presentation, diagnosis group, time of examination, time of interpretation and quality of the examination. The exam times for conventional radiography and digital CR were 45.2 and 34.2 minutes, respectively. Interpretation times for conventional radiography and digital CR were 25.2 and 39.7 minutes, respectively. The mean radiography quality scores for conventional radiography and digital CR were 69.1 mm and 82.0 mm. Digital CR had a cheaper cost of 1.05 TL per radiography compared to conventional radiography. As the interpretation of digital radiographs is performed in terminals inside the emergency room, the patient must be left to interpret digital radiographs, which prolongs the interpretation time. We believe that the interpretation of digital radiographs with the help of a mobile device would eliminate these difficulties. Although the initial cost of setting up the digital CR and PACS service is high in the emergency department, we find that digital CR is more economical than conventional radiography for long-term emergency departments.
Keywords: Conventional radiography; Digital CR; Emergency department.
iii
1. Introdução
	
A radiografia digital (Digital CR) foi introduzida pela primeira vez na década de 80 quando as primeiras radiografias foram gravadas em cassetes digitais revestidas com fósforo. O desenvolvimento da radiologia foi possível após a descoberta dos raios X, em 1895, pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen. Essa descoberta revolucionou o meio científico e, principalmente a Medicina, levando ao início da radiologia como especialidade médica por volta de 1900 (ABREU, 2001).
A primeira radiografia feita em público foi realizada no início de 1896, quando Röntgen radiografou a mão do famoso anatomista Albert von Kölliker durante uma palestra. Pouco depois, ele também radiografou um braço fraturado, provando o grande poder diagnóstico de sua descoberta. No
mesmo ano, os médicos começaram a utilizar os raios X para pesquisar as balas em soldados feridos, contribuindo para o tratamento dos mesmos (ABREU, 2001).
No Brasil, a radiologia iniciou-se em 1897, quando o médico José Carlos Ferreira Pires instalou um aparelho de raios X na cidade de Formiga, Minas Gerais. Esse aparelho foi feito sob supervisão do próprio Röntgen (ABREU, 2001).
Com o passar dos anos, a Radiologia foi sofrendo grandes avanços, com o desenvolvimento de aparelhos com maior potência e qualidade, e a informatização dos equipamentos. Novos métodos diagnósticos foram surgindo, tais como ultrassonografia, mamografia, densitometria óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiologia digital (ABREU, 2001).
As vantagens dos radiogramas digitais incluem a manipulação de dados digitais em vários estágios entre a aquisição da imagem e a interpretação final. Uma ampla faixa dinâmica é obtida. Existem múltiplas vantagens da CR digital para a radiografia convencional. A resolução espacial é maior e as imagens podem ser gravadas eletronicamente. Ele permite aplicações de Telerradiologia e Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS). Não requer reaquisição de imagem. Ele reduz a carga de trabalho em virtude da ausência de estágios, como câmara escura e processo de desenvolvimento (GRÓNDAHL, 2008).
O objetivo do nosso estudo foi comparar a diferença entre a radiografia convencional e a radiografia computadorizada (RC) digital em pacientes que se apresentam ao serviço de emergência.
1.1. Aplicações clínicas e função diagnóstica
As radiografias são o ponto de partida para o diagnóstico de uma variedade de situações clínicas; as vantagens claras são sua fácil disponibilidade, baixo custo, não invasivo, familiaridade com profissionais médicos, relativa inocuidade e tempos rápidos de geração de imagens. Combine isso com excelente resolução e contraste; não é difícil compreender o papel fundamental das radiografias na peneira médica (MENDES, 2015).
Segundo Whaites (2009), a radiografia convencional (também conhecida como SFR) ainda é usada mais amplamente do que a radiografia digital, mas esse domínio está diminuindo rapidamente. As razões por trás do declínio da popularidade do SFR são - latitude de dose fixa, resposta de escala de cinza não linear fixa e potencial limitado para reduzir a dose para o paciente. Todos esses parâmetros limitam as informações que podem ser capturadas no filme. As imagens não podem ser alteradas em contraste depois de serem processadas. Além disso, o filme é caro, usa materiais perigosos para o processamento, exige muito trabalho e o armazenamento e recuperação de longo prazo do filme são difíceis. SFR não é compatível com os sistemas de comunicação e arquivamento de imagens (PACS).
Rosenthal (1995) menciona que a radiografia digital (DR) evoluiu ainda mais para diferentes formas. Em radiografia computadorizada (CR), uma placa de fósforo foto estimuláveis é utilizado para a detecção de raios X, em vez da tela de película convencional. A placa exposta é escaneada com laser hélio neon e a luz emitida é captada por tubo fotomultiplicador e convertida em sistema elétrico analógico, que é então digitalizado. Outra forma de DR é radiografia direta na qual um semicondutor baseado sensor diretamente convertidos x energia de raios X em sinais elétricos, por conseguinte, eliminar o passo médio da imagem latente e leitor de placas de imagem. Detectores de estado sólido (tambor de selênio) e detectores de tela plana (selênio e iodeto de césio) são usados ​​como cintiladores, que convertem x irradia fóton para luz e este é convertido em elétrons via sílica amorfa arranjada como transistor de foto iodeto. A intensificação de imagem, que é usada para imagens em tempo real, usa sensor digital conectado a monitores de vídeo e é extremamente útil para triagem durante procedimentos radiológicos, vasculares e ortopédicos. Aumenta o brilho em até 6000 vezes sem aumentar a dose de radiação.
1.2. Equipamento de imagem radiográfica
Os raios X são produzidos pelo bombardeio de um alvo de metal por elétrons de alta energia. Em radiografia convencional, os raios X passados através do corpo humano são absorvidos, o que provoca a atenuação do feixe incidente. O uniforme feixe de raios X emitido pela fonte é modulado à medida que passa através do corpo humano e estas variações são registradas sobre o filme (SARMENTO, 2000).
O contraste em uma imagem de raios X depende atenuação diferencial de raios X à medida que passam através de diferentes tecidos corporais. Na ausência de meios de contraste, o contraste dos raios X depende do efeito Crompton para tecidos moles e uma combinação do efeito Crompton e do efeito fotoelétrico para osso. O contraste pode ser melhorado ainda mais em algumas áreas, fornecendo meio de contraste. O efeito fotoelétrico predomina para meios de contraste iodados por causa de sua borda K em 33 KeV e Bário 37 KeV. As radiografias simples têm uma das melhores resoluções espaciais (0,1 mm) de todas as modalidades de imagem. O feixe é recebido em uma placa de brometo de prata sensível à radiação eletromagnética e leva à produção de prata metálica preta a partir do brometo de prata. Uma comparativamente pequena dose de raios X é utilizada para produzir uma alteração subtil na placa, que é, em seguida, amplificado por revelação química para se tornar visualmente identificáveis (CANDEIR; BRINGEL; VALE, 2015).
O equipamento de raios X deve ser calibrado para produzir com precisão a tensão desejada, a corrente, e o tempo de exposição. Isso deve ser verificado freqüentemente para garantir a dose correta de radiação. O filme é composto de supercoat - camada protetora de gelatina endurecida; emulsão - grãos de haleto de prata radiossensíveis suspensos em gelatina; camada adesiva e base de filme. A quantidade de brometo de prata é diretamente proporcional à sensibilidade do filme (ROBINSON, 2015).
Botranger (2006) expressa em SFR, o filme atua como meio de aquisição, exibição e armazenamento de imagens. Por outro lado, a produção de imagem em CR pode ser considerada em quatro grandes títulos discretos - aquisição, processamento, armazenamento e exibição de imagem. Todos esses quatro processos são separados e o desempenho de cada um pode ser otimizado individualmente para a máxima eficiência. Placas de fósforo contendo uma fina camada de cristais de grãos finos de Európio divalente dopado com haleto de bário fluoro (Eu +) são usadas em CR em vez de placas de haleto de prata usadas em radiografia convencional. Incidente os fótons de raios X são absorvidos pelos cristais de fósforo, produzindo fotoelétrons de alta energia. Os elétrons são aprisionados nas vacâncias de haleto (centros de cores) para formar centros F. Um feixe de laser de hélio neon 633 nm é usado para escanear a placa. Os centros de cores absorvem energia e os elétrons caem para um nível de energia baixo, com liberação de energia na forma de fótons de luz. Esses fótons são convertidos em corrente elétrica por um tubo fotomultiplicador de alta sensibilidade. O sinal elétrico analógico é então digitalizado para fornecer a imagem e esta pode ser impressa em uma impressora a laser ou visualizada em monitores de alta resolução em escala de cinza. As imagens podem ser armazenadas no PACS e facilmente recuperadas em uma data posterior, se necessário. As imagens podem ser acessadas de qualquer terminal e por vários usuários. 
1.3. Instalações técnicas especiais e princípios físicos
Para Biasoli (2006) na imagem digital, o detector deve, idealmente, detectar até mesmo pequenas quantidades de quanta entrantes e ter uma alta faixa dinâmica de modo a detectar achados sutis sem adicionar artefatos. A eficiência do detector é a porcentagem de fótons que emanam do objeto e que levam à formação da imagem. As placas de fósforo são duas a quatro vezes mais rápidas do que as telas de filme. Uma maior eficiência implica uma dose menor de raios X em necessário. A normalização do sinal ajuda a obter uma imagem ótima
e a qualidade da imagem pode ser alterada mesmo após a exposição ter sido feita com uma determinada dose de radiação.
Para Menegolo; Borsato (2015), a qualidade de imagem em um sistema digital depende da qualidade de equipamento de raios X, dose aplicada, e, adicionalmente, no tamanho do pixel, profundidade pixel, relação sinal-ruído e faixa dinâmica. O Teorema de Shannon afirma que se o tamanho do pixel for menor do que o menor detalhe que deve ser visualizado, então não haverá perda de informação. Uma variedade de medidas existe para avaliar a qualidade da imagem e inclui tamanho do pixel, função de transferência de intensidade, função de transferência de modulação, quanta equivalente a ruído e eficiência quântica de detetive.
Para Candeir; Bringel e Vale (2015), a função de transferência de intensidade (curva característica) descreve a relação entre a dose na entrada do detector e a intensidade da imagem resultante. A faixa dinâmica da placa de imagem é a proporção das doses máximas e mínimas que podem ser geradas. Para imagens de tela de filme, a curva tem a forma de S com um intervalo dinâmico curto de 1:40. Os detectores digitais têm uma curva linear que permite o processamento posterior e a faixa dinâmica está entre 1: 100 a 1: 1000 ou até mais. Isso é importante em áreas do corpo com alto contraste - como entre ossos e tecidos moles ou em áreas onde há uma mudança aguda na espessura do corpo - como na região do pescoço. Em tais situações, o uso de placas de fósforo permite uma imagem nítida e menor número de exames repetidos, pois o detector é capaz de se ajustar às diferentes doses de radiação incidente que chegam por partes do corpo de espessuras variadas.
As placas de imagem podem ser padrão (ST ‐ V) com placa de fósforo de 230 µ de espessura ou alta resolução (HR ‐ V), que são placas de resolução mais alta usadas em radiografias musculoesqueléticas. As placas de HR requerem uma dose de radiação duas a três vezes maiores em comparação com o ST-V, mas são úteis em radiografias musculoesqueléticas devido à sua melhor qualidade de imagem. (MENEGOLO; BORSATO, 2015).
1.4. Aspectos radiográficos e operacionais do sistema de imagem
Os pilares sobre os quais o SFR sobrevive na prática radiológica atual são a resolução e a familiaridade da profissão médica. A alta resolução torna útil o diagnóstico de fraturas não deslocadas e em outras situações, como erosões subperiosteais no hiperparatireoidismo (BIASOLI, 2006).
Segundo, como afirmam Candeir; Bringel; Vale (2015), uma das muitas vantagens do CR é que todos os processos constituintes - aquisição, processamento, exibição e arquivamento de imagens - são individuais e separados. Isso, por sua vez, leva a vantagens secundárias como, por exemplo, placas de imagem reutilizáveis, uma resposta linear em uma ampla faixa dinâmica, capacidade de processar uma imagem após a aquisição e compartilhar as imagens em uma rede eletronicamente. Também torna o armazenamento de uma grande quantidade de imagens em um espaço comparativamente muito menor e acesso rápido para referência posterior. O filme convencional está sujeito a perdas por armazenamento e as imagens podem se deteriorar com o tempo, e esse problema não existe para imagens digitais. O processamento permite que o técnico altere a densidade ótica da imagem após a captura da imagem, evitando assim outra exposição do paciente.
1.5. Projeto do sistema de imagem para obter a imagem ideal
	 
O sistema de imagem ideal deve permitir uma imagem de alta qualidade com mínima exposição à radiação. A DR tem potencial para alcançar isso e avanços futuros possivelmente levarão à redução da dose de radiação e ao uso de placas de maior sensibilidade para fornecer boa resolução e nitidez de imagens (BUSHONG, 2008).
A radiografia portátil é outro motivo significativo para adotar a DR. É útil em pacientes com politrauma para obter imagens do pescoço, pelve e tórax como parte do protocolo ATLS. A longa resposta linear permite o ajuste para atenuação e mantém a qualidade da imagem (ROBINSON, 2015).
2. Objetivo
Comparar as diferenças entre a radiografia convencional e a radiografia digital computadorizada (RC) em pacientes que se apresentam ao serviço de emergência.
3. Material e métodos
Localizado no centro de Campos dos Goytacazes – RJ, o Hospital Ferreira Machado tem um departamento de emergência com quase 65.000 admissões anuais de pacientes. Os pacientes são examinados e tratados em um total de 3 locais de atendimento (unidade de atendimento de emergência, ressuscitação e trauma). Nosso estudo foi realizado em Novembro de 2020.
Todos os pacientes consecutivos que compareceram ao pronto-socorro e fizeram radiografia de tórax por qualquer motivo foram incluídos neste estudo, após autorização do Comitê de Ética Local do Hospital Ferreira Machado. Pacientes hemodinamicamente instáveis, aqueles submetidos a operações de emergência e aqueles que precisam de uma intervenção necessária (ex. Pneumotórax hipertensivo, evisceração, parada cardíaca traumática fora do hospital) foram excluídos do estudo. Apenas os pacientes que consentiram foram incluídos no estudo. Para formar um grupo mais homogêneo, apenas radiografias de tórax foram incluídas. Radiografias de tórax foram obtidas apenas em pacientes que demonstraram necessidade de exames de imagem em virtude da indicação, diagnóstico, comparação e maior freqüência de uso. Três assistentes de pesquisa estiveram envolvidos no estudo, cada um com 2 anos de experiência. Assistentes de pesquisa foram instruídos a preencher os formulários de inscrição de pacientes antes do início do estudo, mas não receberam instruções sobre como avaliar a qualidade das radiografias. As pontuações VAS foram determinadas com base em percepções pessoais da qualidade geral das radiografias. O departamento de emergência tinha um dispositivo de radiografia convencional antes de instalar o dispositivo CR digital. O grupo de radiografia de tórax convencional foi, portanto, formado primeiro, seguido pelo CR digital. A CR digital foi realizada com o aparelho de radiografia digital Kodak CR 975. Os assistentes do serviço de emergência avaliaram as radiografias nos terminais do departamento de emergência (unidade de atendimento de emergência, ressuscitação e trauma) e preencheram as pontuações adequadas. O Departamento de Medicina de Emergência do Hospital Ferreira Machado realiza uma média de 175 exames radiográficos por dia. Um total de 621 radiografias de tórax, 301 convencionais e 320 CR digitais, foi incluído no estudo.
O escore de qualidade da radiografia foi medido em escala visual analógico (VAS-100 mm) em milímetros e registrado ao final do estudo. O tempo de exame foi calculado subtraindo o tempo de exame radiográfico do tempo de solicitação de exame e registrado em minutos, e o tempo de interpretação foi calculado subtraindo o tempo de exame radiográfico do tempo de interpretação radiográfica e registrado em minutos.
Todos os dados deste estudo transversal foram transferidos para meio digital e analisados ​​pelo software estatístico SPSS.
Como método analítico estatístico básico foram utilizadas estatísticas descritivas, média, desvio padrão e tabelas de freqüência. As variáveis ​​contínuas foram apresentadas como média ± desvio padrão; as variáveis ​​categóricas foram apresentadas como freqüência e porcentagem. As análises estatísticas avançadas incluíram a análise do qui-quadrado para testar a significância da diferença entre os grupos pareados e o teste de estudante para testar a significância da diferença entre as médias.
4. Resultados e discussão
A média de idade foi 55,9 ± 19,9 para radiografia convencional e 57,3 ± 18,6 para CR digital. Não foi detectada diferença significativa na idade entre os dois grupos (T: 1,092, p = 0,375).
O gênero da população estudada foi distribuído uniformemente, com 342 (53,3%) pacientes do sexo masculino e 279 (46,7%) do sexo feminino. O grupo de radiografia convencional era composto por
159 (25,6%) homens e 142 (22,8%) mulheres, enquanto o grupo de RC digital era composto por 183 (29,4%) homens e 137 (22,0%) mulheres. A distribuição por gênero não foi diferente nos dois grupos.
Houve uma diferença significativa entre os grupos de radiografia convencional e RC digital em termos de unidades (Unidade de Cuidados, Trauma, Reanimação) em que foram atendidos (Tabela 1).
Tabela 1. Distribuição dos pacientes quanto ao tipo de exame radiográfico
	
	Unidade de atendimento ao paciente
	Tipo de exame radiográfico
	
	Convencional
	CR digital
	Total
	
	Número
	%
	Número
	%
	Número
	%
	Unidade de Cuidados
	232
	37,4
	275
	44,2
	507
	81,6
	Trauma
	36
	5,8
	24
	3,9
	60
	9,7
	Ressuscitação
	33
	5,3
	21
	3,4
	54
	8,7
	Total
	301
	48,5
	320
	51,5
	621
	100
Qui-quadrado: 8,140, ​​p = 0,017.
	Houve diferença significativa entre os grupos de radiografia convencional e RC digital em termos de distribuição da hora de apresentação (qui-quadrado: 25.068, p<0,0001) (Figura 1).
Figura 1. Distribuição quanto ao tipo de radiografia e grupos de horas de apresentação dos pacientes.
	
								 Convencional	
 								 CR digital
O tempo médio de exame e o tempo de interpretação para radiografia convencional e CR digital mostram uma diferença estatisticamente significativa.
Os tempos totais para radiografia convencional e diferença de CR digital foram estatisticamente insignificantes (Tabela 2).
Tabela 2. Distribuição dos tempos de exame de ambos os tipos de exames radiográficos.
	Variável
	Tipo de exame
	Média ± SD (Min)
	t
	P
	Hora do exame
	Convencional
	45.2±41.1
	3.333
	0.001*
	
	CR digital
	34.2±41.3
	
	
	Tempo de interpretação
	Convencional
	25.2±21.2
	−6.545
	<0.0001*
	
	CR digital
	39.7±32.3
	
	
	Tempo total
	Convencional
	70.5±49.4
	−0.849
	0.396
	
	CR digital
	74.0±52.2
	
	
Os escores médios de qualidade percebida na radiografia foram 69,1 ± 15,9 mm e 82,0 ± 8,4 mm para radiografia convencional e RC digital, respectivamente. Esta diferença foi estatisticamente significativa (t: -12,757, p <0,0001).
A CR digital tem vantagens em relação à radiografia convencional. O paciente foi bloqueado perda de dados. As radiografias de raios-X antigas e novas podem ser comparadas. Além disso, as radiografias não precisam de espaço adicional para arquivamento.
Muitos estudos foram realizados até agora para comparar o CR digital e o método convencional. Nesses estudos, parâmetros como tempo de exame para radiografia digital, manipulação de dados no período pós-exame, qualidade gráfica e número de exames por hora foram investigados (WHAITES, 2009).
Pacientes com trauma e ressuscitação estavam mais comumente no grupo de radiografia convencional, e os pacientes em unidades de tratamento estavam mais comumente no grupo de RC digital. Um número maior de pacientes em unidades de cuidados no grupo de RC digital pode ter prolongado o tempo de interpretação, uma vez que a aglomeração de pacientes na unidade de cuidados é maior do que as unidades de reanimação e trauma em nosso departamento de emergência. O tempo de interpretação é influenciado pela aglomeração de pacientes. Enquanto as radiografias convencionais são interpretadas à beira do leito, as radiografias CR digitais são interpretadas através dos terminais na unidade de tratamento, o que atrasa a interpretação em conjunto com a multidão de pacientes. Além disso, o tempo de interpretação radiográfica pode ter sido afetado durante o período de rodagem após o início do uso de CR digital no departamento de emergência.
As apresentações mais comuns em grupos de radiografia convencional e CR digital ocorrem entre 8h e 16h e 16h e 24h, respectivamente. A densidade média de pacientes entre 16h e 24h é maior do que entre 8h e 16h no departamento de emergência. As horas lotadas são caracterizadas por atrasos no processo de interpretação.
No grupo de radiografia convencional, é necessário tempo adicional após o exame para sala escura, revelação e impressão da imagem. Além disso, é necessário um técnico de radiologia no pronto-socorro para realizar o processo de desenvolvimento. No caso de CR digital, um técnico de radiologia envia automaticamente o radiograma do paciente diretamente do cassete digital com o software de Arquivo de Imagens e Sistema de Comunicação (PACS) para o fornecedor. Portanto, o tempo de exame de radiografia convencional é prolongado.
Um estudo relatou que a radiografia digital aumentou o número médio de exames em 12% em comparação com a radiografia convencional. O mesmo estudo descobriu que o tempo para o radiograma ficar pronto para interpretação foi reduzido em 77% no CR digital em comparação ao CR convencional (SARMENTO, 2000).
Um menor tempo de interpretação na radiografia convencional é um achado inesperado em nosso estudo. O departamento de emergência; incluindo unidade de atendimento de emergência 2, unidade de reanimação e trauma 2, totalizam 4 funcionários. Os parentes do paciente não podem entrar no serviço de emergência. Esse fenômeno pode ser explicado da seguinte forma: no grupo de radiografia convencional, o pessoal levava o radiograma impresso ao médico ou ao leito do paciente após o exame. Assim, a interpretação radiográfica do lado da cama pode ser feita. No caso do grupo Digital CR, o radiograma era transmitido para os terminais localizados no pronto-socorro, onde os radiogramas eram interpretados. A apresentação dos pacientes do grupo de CR digital ocorreu entre 16h e 24h, quando o pronto-socorro estava mais lotado e a maioria dos pacientes do grupo de CR digital era composta por pacientes da unidade de atendimento. Portanto, achamos que os tempos de interpretação da radiografia foram prolongados no grupo de RC digital. Também achamos que as dificuldades de uso devido à tecnologia CR digital recentemente implementada contribuíram para prolongar o tempo de interpretação.
Pensamos que a razão pela qual não conseguimos detectar qualquer diferença significativa entre os grupos de radiografia convencional e de RC digital em termos de tempo total médio decorre das diferenças nos tempos médios de exame e tempos médios de interpretação.
Esperávamos encontrar um escore de qualidade radiográfica mais alto no grupo de RC digital devido à habilidade de manipulação dos dados digitais, aquisição de uma ampla faixa dinâmica e uma resolução espacial mais alta em comparação com a radiografia convencional (BUSHONG, 2008). Dois estudos relataram que Digital As radiografias CR (cassete de fósforo) avaliam as estruturas do mediastino e os campos pulmonares periféricos com uma pontuação mais alta em comparação com as radiografias convencionais. Robinson (2015) relatou uma melhor qualidade de imagem com a CR digital em comparação com a radiografia convencional (MENDES, 2015).
Um estudo relatou que o custo da configuração da CR digital é maior do que a radiografia convencional, enquanto o custo por radiografia é menor com a primeira (BOTRANGER, 2006). 
4.1. Custo
O custo médio de um radiograma convencional é $ 0,70, o que equivale a R$ 3,65 de acordo com a taxa de câmbio de 8 de novembro de 2020.
O custo médio de um cassete digital de 35x43 cm é de R$ 7.500,00, e quase 30.000 exames podem ser realizados por cassete. Uma única radiografia custa em média R$ 55,00. Como resultado, R$ 1.005 é salvo por um único radiograma usando CR digital. Uma média de 175 radiografias são tiradas a cada dia nos departamentos de emergência, trazendo uma economia de R$ 175,08.
O sistema Kodak Directview CR 975, o sistema PACS e os cassetes Kodak Directview CR PQ (24x30 cm, 35x43 cm) custam aproximadamente R$ 100.000. O dispositivo se pagaria após aproximadamente 571 dias.
4.2. Limitações
Demorou para se acostumar a um sistema de avaliação por meio de terminais de radiografia, pois a admissão do paciente começou logo depois que a configuração do sistema CR digital foi concluída no departamento de emergência. Essa pode ser a razão para um tempo prolongado de interpretação de CR digital em nosso estudo. A diferença entre os pacientes inscritos
em termos de unidades de cuidados e diagnósticos iniciais pode ter alterado os resultados do estudo. O tempo de interpretação das radiografias pode ter sido afetado por muitos motivos, como aglomeração no setor de emergência e gravidade dos sintomas e estado do paciente.
5. Conclusões
Os tempos de exame e interpretação de radiografia podem variar de acordo com a aglomeração e a unidade de tratamento que o paciente apresenta. Acreditamos que a interpretação de radiografias digitais com a ajuda de um dispositivo móvel eliminaria essas dificuldades.
CR digital oferece melhor qualidade de imagem por radiografia convencional. O paciente foi bloqueado perda de dados. O Digital CR não precisa de espaço adicional para arquivamento.
Embora o custo inicial de configuração do serviço de CR e PACS digital seja alto no departamento de emergência, achamos que o CR digital é mais econômico do que a radiografia convencional para departamentos de emergência de longo prazo.
6. Referências bibliográficas
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