Buscar

Organização de Unidade de Informação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Indaial – 2019
OrganizaçãO de 
Unidade de infOrmaçãO
Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
M444o
 Mattos, Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas
 Organização de unidade de informação. / Miriam de Cassia do 
Carmo Mascarenhas Mattos. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 189 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0376-8
1. Organização de bibliotecas. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
Da Vinci.
CDD 020
III
apresentaçãO
Olá, acadêmico, nesta disciplina, teremos como ponto central a 
organização de bibliotecas, que envolve diversas etapas e especificidades, 
por exemplo, o planejamento estrutural e funcional das bibliotecas. Também 
abordaremos a gestão de pessoas e serviços, de acordo com o perfil do profissional 
e perfil da unidade informacional. 
Alguns aspectos importantes já foram abordados em outras 
disciplinas, como é o caso das etapas do planejamento, que debatemos na 
disciplina de “Organização, sistemas e métodos”, mas utilizando de tais 
conhecimentos, buscaremos aprofundá-los e relacioná-los ao processo de 
organização de bibliotecas de forma mais concreta.
Nesta disciplina, você aprenderá as etapas do planejamento e da 
estrutura organizacional em bibliotecas, tema da Unidade 1. Nela, você verá 
detalhamentos da estrutura física e funcional das unidades de informação, 
além dos processos organizacionais do acervo, mobiliário e principais 
layouts. Também verá alguns detalhes relativos à acessibilidade física e 
outros aspectos ergonômicos.
 
Na Unidade 2, abordaremos temas e exemplos da gestão de 
pessoas, para isso veremos alguns aspectos históricos da gestão de recursos 
humanos. Falaremos de liderança e motivação organizacional e também das 
competências e habilidades gerenciais em unidades de informação.
Já na Unidade 3 aprofundaremos nossas leituras sobre serviços de 
bibliotecas, desde os mais tradicionais até novas tendências de serviços na 
área de biblioteconomia. 
Esperamos que gostem da disciplina e que esta traga orientações 
importantes no seu cotidiano profissional. 
Bons estudos!
Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 EM BIBLIOTECAS ....................................................................................................... 1
TÓPICO 1 –ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL DE BIBLIOTECAS ...................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O ESPAÇO FÍSICO DA BIBLIOTECA ............................................................................................. 4
3 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAÇÃO ........................................................................... 8
4 PISOS, PAREDES TETO E OUTROS CUIDADOS ESTRUTURAIS ............................................. 11
4.1 CORES ............................................................................................................................................... 13
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 15
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 – ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS ..................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES .............................................................. 20
2.1 FORMAÇÃO DO ACERVO .......................................................................................................... 22
2.2 DESCARTE ....................................................................................................................................... 23
3 COLEÇÕES BÀSICAS ......................................................................................................................... 25
3.1 ACERVO INFORMATIVO ............................................................................................................. 26
3.1.2 Acervo periódicos ................................................................................................................... 26
3.2 ACERVOS RECREATIVOS ............................................................................................................ 30
3.3 ACERVO DE REFERÊNCIA .......................................................................................................... 31
3.4 MATERIAIS ESPECIAIS ................................................................................................................ 34
4 ACERVO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS ........................................................................ 35
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39
TÓPICO 3 – MOBILIÁRIOS, EQUIPAMENTOS E LAYOUTS ...................................................... 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41
2 MOBILIÁRIOS ...................................................................................................................................... 41
2.1 ESTANTES ....................................................................................................................................... 42
2.1.1 Estantes compactas ................................................................................................................ 46
2.2 ARQUIVOS, MAPOTECAS DE AÇO E CARRINHOS .............................................................. 46
2.3 BALCÃO DE EMPRÉSTIMO E CABINES ..................................................................................49
2.4 BIBLIOCANTOS, SINALIZADORES .......................................................................................... 50
2.5 SEGURANÇA .................................................................................................................................. 54
3 LAYOUTS ............................................................................................................................................... 55
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 58
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 67
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 69
UNIDADE 2 – GESTÃO DE PESSOAS EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO .......................... 71
TÓPICO 1 – ASPECTOS GERAIS SOBRE GESTÃO ....................................................................... 73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
2 CONCEITO DE GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................................ 74
sUmáriO
VIII
3 BIBLIOTECÁRIO GESTOR E A GERÊNCIA DE EQUIPE .......................................................... 76
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 85
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 86
TÓPICO 2 – A EQUIPE DA BIBLIOTECA ......................................................................................... 87
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87
2 O PROFISSIONAL DE BIBLIOTECONOMIA ............................................................................... 87
2.1 A EQUIPE DE BIBLIOTECÁRIOS ................................................................................................ 89
2.2 O BIBLIOTECÁRIO DA ÁREA DO PROCESSAMENTO TÉCNICO ..................................... 90
2.3 O BIBLIOTECÁRIO DE REFERÊNCIA ........................................................................................ 92
3 O TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA ......................................................................................... 96
 3.1 ESTAGIÁRIOS.................................................................................................................................. 98
4 OUTROS PROFISSIONAIS QUE PODEM ATUAR NA BIBLIOTECA .................................... 99
4.1 PROFESSORES ................................................................................................................................ 99
4.2 PESSOAL DE APOIO ..................................................................................................................... 99
4.3 AGENTES COMUNITÁRIOS ....................................................................................................... 100
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 101
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 102
TÓPICO 3 – GESTÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................... 103
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 103
2 O QUE SÃO PRODUTOS E SERVIÇOS? ........................................................................................ 103
 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS .................... 104
2.2 SERVIÇOS BIBLIOTECÁRIOS INOVADORES .......................................................................... 106
3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS ........................... 106
3.1 MARKETING NA BIBLIOTECA .................................................................................................. 107
3.2 GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS ....................................................... 109
 3.2.1 Acervo ...................................................................................................................................... 109
 3.2.2 Multas ...................................................................................................................................... 110
 3.2.3 Projetos de financiamento .................................................................................................... 111
4 GESTÃO ESTRATÉGICA E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA EM BIBLIOTECAS.............. 112
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 114
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 122
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 124
UNIDADE 3 – SERVIÇOS DA BIBLIOTECA E NOVAS TENDÊNCIAS .................................... 125
TÓPICO 1 – NOVAS TENDÊNCIAS EM SERVIÇOS NAS BIBLIOTECAS ............................... 127
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 127
2 A CULTURA DIGITAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS NOS 
SERVIÇOS DA INFORMAÇÃO ......................................................................................................... 128
3 SERVIÇOS – CONCEITOS ................................................................................................................. 134
3.1 CRESCIMENTO DOS SERVIÇOS ................................................................................................ 134
4 A BIBLIOTECA DO FUTURO: DESAFIOS .................................................................................... 136
4.1 DOKK1 - MAIOR BIBLIOTECA DA ESCANDINÁVIA ............................................................ 141
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 144
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 146
TÓPICO 2 – SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS ..................................................................................... 149
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 149
2 EMPRÉSTIMOS DO ACERVO .......................................................................................................... 149
3 BIBLIOTECA DAS COISAS ............................................................................................................... 150
IX
4 BIBLIOTECA DE VINIS ...................................................................................................................... 152
5 BIBLIOTRECOS .................................................................................................................................... 153
6 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE ECOBAGS ................................................................................ 157
7 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE GUARDA-CHUVAS ............................................................ 158
8 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE TABLETES E NOTBOOKS .................................................. 159
9 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE FONES DE OUVIDOS ...........................................................163
10 SERVIÇO DE AULA INTEGRADO À BIBLIOTECA ................................................................. 164
11 TREINAMENTO DE ALUNO ......................................................................................................... 165
12 PRODUÇÃO DE VÍDEOS PELA BIBLIOTECA ........................................................................... 170
13 SERVIÇOS DE LEVANTAMENTO E COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICO.............................. 170
14 SERVIÇO DE GERAÇÃO DE FICHA CATALOGRÁFICA ....................................................... 172
15 ACESSO À INTERNET E FILMES .................................................................................................. 173
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 175
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 181
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 183
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 184
X
1
UNIDADE 1
PLANEJAMENTO E ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL EM 
BIBLIOTECAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• planejar a implantação de Bibliotecas;
• organizar bibliotecas e seus setores; 
• diferenciar as estruturas organizacionais das unidades de informação;
• compreender o contexto gerencial de diferentes unidades de informação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer do texto, você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL DE BIBLIOTECAS
TÓPICO 2 – ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
TÓPICO 3 – MOBILIÁRIOS, EQUIPAMENTOS E LAYOUT
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
DE BIBLIOTECAS
1 INTRODUÇÃO
Quando chegamos a uma biblioteca, principalmente, em uma grande bi-
blioteca, dificilmente temos a noção dos diversos espaços que compõem o seu todo, 
bem como as especificidades dos seus setores. Não conhecemos também os basti-
dores de sua criação, ou seja, a lista de cuidados que antecederam sua instalação para 
que sua estrutura funcione com eficiência, atendendo às demandas de seus usuários.
Veremos, neste tópico, que existem diversos aspectos que permeiam o pla-
nejamento e organização dos seus espaços físicos, que vão, desde a escolha dos 
locais de instalação e suas condições mínimas de espaço, até a adequação de sua 
estrutura quando já existente. Também veremos os principais cuidados na escolha 
dos materiais estruturais e com segurança. 
Importante ressaltar que, quando se inicia o processo de implantação de 
uma biblioteca, deve-se atentar a detalhes que são indispensáveis para que seus 
serviços sejam adequados à futura clientela real e potencial. Isso, varia de acordo 
com o tipo de biblioteca, mas, uma coisa é fundamental em todas, deve-se conhecer 
a comunidade e usuário que quer se atingir. Isto pode ser feito através de técnicas 
de pesquisa como entrevistas e observações. 
Com o levantamento das características básicas da comunidade como um 
todo, devem ser consideradas as diferenças dos indivíduos que constituem a clien-
tela alvo dos serviços bibliotecários, assim, passamos a definir a futura biblioteca, 
a biblioteca que queremos, seus objetivos e os trabalhos que vamos implantar e 
oferecer aos usuários. Para que os objetivos sejam alcançados, devemos levantar as 
alternativas, e as melhores possibilidades para a realização dos trabalhos. Diante 
destas possibilidades, define-se o que é mais viável para aplicação diante dos recur-
sos disponíveis. Os recursos institucionais, materiais, humanos e financeiros, são 
igualmente importantes.
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
4
2 O ESPAÇO FÍSICO DA BIBLIOTECA
O planejamento do espaço físico de uma biblioteca pode ser pensado 
considerando a criação de uma nova unidade, este aspecto inclui a previsão 
dos espaços necessários, para seu crescimento progressivo, e seu melhor 
aproveitamento. 
Ou ainda, na adequação de um espaço já existente, pensando sua 
ampliação e ou sua modernização. Nestes casos, Almeida (2005) aponta cinco 
fatores preponderantes para a sua realização, quando: 
• Percebida a necessidade de espaços para circulação e atuação de funcionários 
e usuários.
• Readequação e distribuição do acervo nas estantes, considerando o crescimento 
natural da coleção.
• Previsão de ampliação da abrangência da comunidade atendida.
• Alteração da missão, objetivo ou finalidade da biblioteca, como por exemplo, 
criação de cursos superiores em uma escola de ensino técnico.
• A oferta de novos serviços ou produtos, no qual o exemplo anterior bem se 
encaixa.
Em ambos os casos, como aponta Almeida (2005, p. 112), tem-se por 
objetivo “chegar a um edifício de biblioteca inteligente, entendendo-se como 
tal aquele que maximiza a eficiência dos ocupantes – a equipe de trabalho e os 
usuários – e permite gerenciamento eficaz dos recursos com menor tempo e 
esforço, atingindo assim referenciais de qualidade”.
Lembramos que o planejamento e organização do espaço físico da biblioteca, 
vai depender dos objetivos da unidade, bem como da quantidade de usuários e funcionários, 
dos serviços prestados, das perspectivas futuras e dos recursos financeiros de que a biblioteca/
unidade informacional venha a dispor.
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
5
FIGURA 1 - EXEMPLO DE ESPAÇO FÍSICO DE BIBLIOTECA
FONTE: <http://bit.ly/2mqBw85>. Acesso em: 9 set. 2019.
DICAS
Quando o debate é espaço físico, é comum ter-se a necessidade de uma 
sensibilização dos gestores e de outros agentes definidores. Não são raros os momentos 
em que são indicados locais inapropriados para a instalação de bibliotecas. Uma biblioteca, 
exige um espaço adequado às necessidades e aos serviços que presta. O debate sobre a área 
mínima necessária, sempre tende a surgir, bem como o barateamento dos equipamentos, e 
isso nem sempre possibilita um bom atendimento. Assim, você precisa estar preparada (o) 
para dar respostas técnicas sobre essas necessidades reais. Para isso prepare um relatório 
técnico antes de dialogar com os gestores.
O espaço de uma biblioteca deve ser planejado levando-se em conta três 
áreas básicas:
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
6
FIGURA 2 - ÁREAS DO FÍSICO
FONTE: A autora
Nesses três espaços, estão incluídos diversos outros como: 
• recepção;
• espaços de leitura;
• áreas de estudo;
• banheiros;
• áreas de processamento técnico;
• acervo de livros;
• outros tipos de acervo;
• espaços multimídia.
De acordo com Linhares (1984), a biblioteca deve contar com pelo menos 
uns 60 m². Ele calcula que, ao final de cinco anos, esta área aumente em 30%. 
Outra forma sugerida por ele para se calcular a área necessária é considerar 2 
m² por usuário e 15 m² por empregado. Estes valores incluem o equipamento e o 
acervo bibliográfico.
Já Costa (2007) afirma que um usuário adulto, sentado em uma mesa de 
aproximadamente 76 cm de largura, deve ocupar um espaço total de 2 a 3 m², 
enquanto um empregado deve ocupar de 10 a 12 m². Estas medidas variam em 
função do tamanho da mesa e do maior ou menor conforto que o espaço pode 
proporcionar. Para as estantes de livros e de periódicos o espaço poderá ser de 
10 m² para cada 1.000 volumes e se for uma estante expositora, o cálculo é de 3 
m². Com relação ao espaço para leitura calcula-se 1,5 lugares para cada 1.000 hab. 
TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
7
Almeida (2005, p. 17-19) apresenta uma série de características essenciais 
no planejamento do espaço físico de uma biblioteca que resumimos a seguir: 
• Espaço flexível: capacidade de adaptação do espaçoa novos usos com no mínimo 
de inconveniência e custo, bem como quanto a mudanças e ao crescimento da 
biblioteca e de seu acervo conforme necessidades que a instituição apresente. A 
ausência de paredes internas, podem colaborar para a flexibilidade do edifício, 
bem como a redução de colunas, a ausência de desníveis, a climatização uniforme, 
a ausência de mobiliário fixo, a ausência de diversidade de acabamentos, dentre 
outros. 
• Espaço compacto: se refere ao desperdício de espaços ou espaços mal utilizados 
nas bibliotecas, não no sentido de que usuários, funcionários e o acervo devam 
ficar ‘espremidos’. Um espaço compacto, que facilite a circulação de usuários e 
de funcionários, bem como dos materiais do acervo. 
• Espaço diversificado: que respeite as diversas necessidades decorrentes de seus 
usos e funções. Assim, por exemplo, devem ser oferecidas diferentes soluções 
de armazenamento de acervos adequados a cada tipo de material. Da mesma 
forma, devem ser oferecidas diferentes opções de acomodação para consulta 
ao acervo, de acordo com as necessidades e preferências dos usuários. Deve-se 
levar em consideração também os serviços a serem ofertados, como estudo em 
grupo, atividades culturais entre outros. 
• Espaço acessível: refere-se tanto ao acesso ao edifício quanto ao acesso aos 
serviços desejados. Item fundamental quando se busca incluir a todos os 
usuários reais e em potencial. 
• Espaço organizado: o espaço deve permitir e estimular o contato adequado do 
usuário com o acervo e os serviços. Em uma biblioteca, por exemplo, a organização 
ou disposição física das coleções deve favorecer seu acesso pelos usuários e 
estimular o seu uso. Refere-se aqui ao layout, ou seja, a disposição dos setores e 
mobiliários presentes na unidade de informação, que seja organizado e que vise 
facilitar o cotidiano de trabalho dos funcionários e o acesso da comunidade de 
usuários. 
• Espaço agradável: o espaço de uma biblioteca deve, antes de tudo, ser agradável, 
se se deseja que seja frequentado. Uma série de elementos do projeto concorre para 
este requisito, dentre os quais podemos destacar a iluminação, a acústica, o nível 
de umidade e temperatura e o mobiliário. A biblioteca deve ser um lugar em que 
os funcionários e usuários se sintam à vontade de frequentar e permanecer ali. 
• Espaço econômico: refere-se não apenas ao custo da construção, mas também 
da manutenção. Não são raras as soluções arquitetônicas, ou de mobiliário e 
instalações que implicam altos custos de manutenção onde não há recursos 
sistemáticos para isso, como em órgãos da administração pública. A consequente 
falta de manutenção acarreta a deterioração do edifício, prejudica o acervo e 
afasta o público. Medidas simples, tais como melhorar a ventilação natural, 
maximizar o uso da luz do dia, empregar materiais que facilitem a limpeza, 
dentre outras, colaboram para a redução do custo de manutenção. Também 
se refere ao desenvolvimento sustentável no qual o prédio da biblioteca 
pode contribuir, como buscando a luz natural sempre que possível, trazendo 
economia financeira e de recursos energéticos. 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
8
• Espaço de preservação: consiste em prover o edifício de condições ambientais 
que, além de oferecer conforto ao usuário, garantam a preservação do acervo. 
Para isso deve-se sempre que possível buscar luz natural, que além de economia 
financeira e de recursos pode proporcionar conforto térmico no inverno e 
claridade para a leitura. Contudo, deve-se planejar a biblioteca de uma forma 
de evitar-se que a luz solar incida diretamente no acervo danificando-o. 
DICAS
A localização da biblioteca nem sempre está sob nossa definição, a maioria 
das vezes já está instalada. Mas, se você estiver no processo de definição de um novo 
endereço para uma biblioteca, ou ainda se participar do projeto de construção de uma, o 
item localização é fundamental ser estudado, pois a escolha ou projeto correto vai ajudar no 
processo de captação de usuários, na visibilidade, na diminuição dos riscos de desastres, na 
iluminação entre outros.
3 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAÇÃO 
O acervo de uma biblioteca/ unidade informacional é sensível a mudanças 
excessivas de temperatura e de umidade acentuada. As mudanças podem ocasionar 
o surgimento de fungos e bactérias nos diversos tipos de suportes. 
O local deve possuir também boas condições de temperatura, iluminação etc., 
que o tornem agradável e saudável. Devemos identificar as áreas de maior e menor 
incidência do sol, o nível de luminosidade natural, a ventilação natural e o grau de 
umidade. Outro aspecto a ser observado é a concentração de ruído (baixa ou alta 
ocorrência). Devemos, ainda, considerar as possibilidades de instalações elétricas, a 
questão da prevenção de incêndios e enchentes, as facilidades de acesso à área e, é 
claro, a capacidade de resistência estrutural do local. O desejável é que o ambiente 
tenha possibilidades de ampliação e seu projeto permita acomodar adequadamente 
usuários com necessidades especiais, tais como deficientes visuais e cadeirantes, 
entre outros. 
A temperatura da biblioteca seja mantida entre 19 ºC e 23ºC. Na impossibilidade 
de manter o ar condicionado permanentemente ligado e controlado, a recomendação 
é manter o ambiente arejado naturalmente. As variações constantes de temperatura 
podem levar à perda de flexibilidade da fibra do papel causando um grande dano ao 
documento.
TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
9
Temperaturas altas e umidade do ar superior a 55% são condições que 
favorecem o desenvolvimento do mofo. Além dessas condições, má ventilação, 
iluminação inadequada e acúmulo de pó também auxiliam no desenvolvimento de 
mofo. Para documentos guardados em arquivos, é recomendado o uso de sílica gel. 
FIGURA 3 - BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE
FONTE: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/projeto-para-biblioteca/>. Acesso em: 
10 set. 2019.
FIGURA 4 - SAQUINHOS DE SILICA GEL
FONTE: <http://bit.ly/2m0gmgL>. Acesso em 10 set. 2019.
Os saquinhos de sílica-gel são dessecantes, absorvem a umidade e prolongam 
a vida útil dos documentos e objetos. Por isso, são colocados em caixas ou outros 
recipientes de produtos sensíveis à umidade. Eles conseguem absorver até 40% do 
seu próprio peso em vapor de água.
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/projeto-para-biblioteca/
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
10
Em relação às condições de temperatura e umidade dos materiais, Costa 
(2005) lembra que em cada material responde de forma diferente a condições de 
umidade e temperatura, assim a autora apresenta o quadro a seguir com as umidades 
e temperaturas aceitáveis para alguns materiais encontrado na biblioteca:
QUADRO 1- TEMPERATURAS PARA CADA MATERIAL
Umidade relativa Temperatura
Papel 40% a 50% 18,30C a 21,10C
Filme 30% a 40% 
12,80C a 18,30C.
Temperaturas abaixo de 15°C podem 
calsar danos respiratórios, portanto 
deve-se ter uma sala especial para 
conservação.
Couro 50% a 55% Há pouca pesquisa sobre este material
Pergaminho 40% a 45% Há pouca pesquisa sobre este material
FONTE: Costa (2005, p. 3)
O controle das questões referentes à temperatura e umidade pode ser feito 
através dos seguintes equipamentos: 
 
• Ar condicionado – para manter a temperatura sob domínio. 
• Higrômetro – para medir a umidade relativa do ar. 
• Termo-higrômetro – para medir a temperatura e a umidade.
• Desumidificador – para retirar a umidade do ambiente. 
 
O ar do ambiente deve ser sempre renovado, por isso a ventilação é 
importante. As janelas devem ocupar por volta de 20% das paredes e devem ficar 
de frente para o interior do ambiente. Evite colocar materiais sensíveis perto das 
janelas. 
 
A iluminação é outro aspecto fundamental numa biblioteca/unidade 
informacional, de um lado, pelo conforto que deve proporcionar aos servidores 
e aos usuários e, de outro, pela interferência no acervo.Em geral, as fontes 
utilizadas na iluminação interna são a luz natural e as lâmpadas fluorescentes. A 
luz natural quando incide sobre o acervo é prejudicial porque apresenta um nível 
TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
11
elevado de radiação ultravioleta (UV). As lâmpadas fluorescentes embora mais 
frias, que outros tipos de lâmpadas, e de fácil manutenção, também prejudicam o 
papel, tornando-o amarelado. 
Observa-se o cuidado para que as lâmpadas não causem danos ao acervo. 
Para evitar, devem ser usadas protetores (tipo de membrana de plástico fino e 
flexível) e devem ser colocadas na mesma direção das estantes, evitando que o 
calor dos reatores fique próximo dos livros/ materiais/ acervo. Costa (2005, p. 6) 
ainda observa: 
 
• O uso de persianas, cortinas leves, vidros especiais ou filmes 
aderentes ao vidro também são importantes para controlar a 
incidência do sol. 
• Pisos claros refletem mais a luz e oferecem melhores condições de 
iluminação, principalmente para prateleiras mais baixas. 
• O uso do maior número possível de pontos elétricos no ambiente 
facilita a distribuição da iluminação e de ligações para redes de 
computadores. 
• A área de leitura deve ser a mais iluminada, enquanto a área 
correspondente ao acervo pode ser mantida na sombra e por 
ocasião do acesso, a iluminação ser acionada automaticamente ou 
mecanicamente. 
 
4 PISOS, PAREDES TETO E OUTROS CUIDADOS ESTRUTURAIS
Almeida (2005) apresenta uma série de orientações quanto as estruturas 
de bibliotecas e outras unidades de informação. 
Os pisos ideais precisam ser resistentes, de fácil conservação e silenciosos. 
Devendo-se evitar madeira e carpetes, pela dificuldade de manutenção e limpeza, 
e por serem propícios ao acúmulo de micro-organismos, isso também vale para 
as paredes. Pisos e paredes não devem exalar poluente nocivo, não favorecendo a 
infestação de insetos, além de serem impermeáveis e resistentes à água, à prova de 
fogo. Os pisos mais ideias são os frios como concreto tratado, o mármore, a cerâmica 
e a pedra, desde que corretamente instalados, sem desníveis evitando acidentes.
Quanto aos tetos e coberturas das bibliotecas, observa-se que as infiltrações 
constituem grandes desafios na construção e manutenção de edifícios. Essa 
qualidade depende de cuidados especiais que garantam coberturas estanques, 
impermeabilização adequada, pingadeiras e soleiras junto às esquadrias, calhas 
bem dimensionadas, entre outros. 
Quanto às instalações hidráulicas, é necessário evitar tubulações nas áreas 
de acervo, exceto as destinadas aos sistemas de aspersão contra incêndio. Em 
muitos edifícios, tubulações deficientes ou inadequadas podem ser responsáveis 
por infiltrações elevados níveis de umidade e crescimento de mofo.
Quanto à rede elétrica deve-se ter de cuidar as emergências, com a instalação 
de dispositivos de desligamento imediato, para a prevenção de acidentes, bem 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
12
como recurso que assegure o fornecimento de energia nessas situações. Prever 
flexibilidade nos pontos das redes elétrica e lógica como cabeamento e ligações 
para redes de computadores, permitindo a ampliação dos pontos e a expansão 
da rede.
Quanto à segurança, é preciso ter um plano de prevenção contra incêndio, 
curto circuito, enchentes e outros sinistros. Não podemos esquecer a segurança 
dos usuários e funcionários quanto a assaltos e outros malefícios que podem 
ocorrer por diversos fatores, mas muitas vezes tem relação com sua localização. 
Outra preocupação é a prevenção de acidentes, como quedas de estantes, 
de funcionários em escadas bem como a segurança em relação à saúde, que pode 
ser colocada em risco por meio de doenças transmitidas por roedores, fungos ou 
bactérias, tanto em relação a má conservação e higienização do espaço, quanto ao 
contato com um acervo deteriorado. 
IMPORTANT
E
CCJ APROVA PROTEÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS DE BIBLIOTECAS E MUSEUS
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, 
nesta terça-feira (18 de junho de 2019), projeto de lei que determina a proteção das pessoas 
que trabalham em arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e memória. A 
proposta (PL 1511/15) inclui a categoria de trabalhadores na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT, Decreto-lei 5.452/43), na parte que trata de medidas especiais de proteção. O objetivo 
é permitir que os profissionais recebam adicional de insalubridade. Por tramitar em caráter 
conclusivo, o texto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para que seja votado 
também pelo Plenário da Câmara.
FONTE: <http://bit.ly/2mrsesv>. Acesso em: 10 set. 2019.
Em relação aos ruídos, terríveis para quem está concentrado estudando, 
mas impossíveis de se eliminá-los totalmente, podem ser realizados alguns 
procedimentos visando reduzi-los ao mínimo desejável, por volta de 30/35 
decibéis. Pode-se adotar revestimentos de forro, piso e paredes que ofereçam 
boa absorção de som. Pode-se também adotar divisórias de ambientes ou utilizar 
as próprias estantes como barreiras entre locais mais ruidosos e outros onde o 
silêncio se faça necessário. Devemos nos preocupar em manter o local de leitura 
afastado da área de referência, mais movimentada, e das áreas de circulação e 
trabalho. 
Podemos, ainda, delimitar as ações por áreas de interesse, tais como: área 
de leitura, área de trabalho em grupo, área de tratamento técnico etc. 
TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 
13
4.1 CORES
Rocha (2010) destaca a importância na definição das cores em paredes 
das bibliotecas. A autora se refere principalmente às bibliotecas escolares, mas 
acreditamos que essa premissa perpassa todas as unidades de informação. Muitos 
estudos comprovam que a utilização das cores nos ambientes influi em nosso 
estado psíquico e de bem-estar. 
Como exemplo, Rocha (2010) fala das tonalidades de verde-claro, azul-
claro e violeta-claro, que transmitem sensação de calma, ao passo que o vermelho 
pode causar irritação. Já o amarelo e o laranja trariam disposição, estimulando 
as atividades intelectuais. Para a autora, a cor, um dos principais elementos do 
código visual, deve ser bem destacada para que chame a atenção do usuário. As 
cores devem ser escolhidas em conjunto com todo o espaço físico, mobiliário e 
equipamentos da biblioteca, no sentido de buscar um melhor aspecto visual do 
ambiente. 
Destacamos a dica de Rocha (2010, p. 25) “Fuja do tradicionalismo e 
explore as cores. Arrisque! Pinte paredes, aposte em contrastes e obtenha aquele 
toque aconchegante e tão desejado em nossas bibliotecas. [...] Se tiver dúvida, 
consulte um arquiteto!”
Vejamos como as cores podem ser utilizadas em bibliotecas nas próximas 
ilustrações a seguir: 
FIGURA 5 - CORES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
FONTE: <http://bit.ly/2m3rjOu>. Acesso em: 10 set. 2019.
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
14
FIGURA 6 - CORES EM BIBLIOTECA
FONTE: <http://bit.ly/2komlLS>. Acesso em: 10 set. 2019.
15
Neste tópico, você aprendeu que:
• O espaço de uma biblioteca deve ser planejado levando-se em conta diversas áreas 
como: a área de armazenamento; a área de atividade e a área de circulação. E que 
nesses três espaços, estão incluídos diversos outros como: recepção; espaços de leitura; 
áreas de estudo; banheiros; áreas de processamento técnico; acervo de livros e outros 
tipos de acervo além dos espaços multimídia.
• A biblioteca deve contar com pelo menos uns 60 m² e que em cinco anos, esta área 
possivelmente aumente em 30%, sendo necessário planejar esse crescimento. E para 
se calcular a área necessária em uma biblioteca pode se considerar 2 m² por usuário 
e 15 m² por empregado. Sendo que um usuário adulto, sentado em uma mesa de 
aproximadamente 76 cm de largura, deve ocupar um espaço total de 2 a 3 m², enquanto 
um empregado deve ocupar de 10 a 12 m². E que estas medidas variam em função do 
tamanho da mesa e do maior oumenor conforto que o espaço pode proporcionar.
• Para as estantes de livros e de periódicos o espaço poderá ser de 10 m² para cada 1.000 
volumes e se for uma estante expositora, o cálculo é de 3 m². Com relação ao espaço 
para leitura calcula-se 1,5 lugares para cada 1.000 hab.
• Existem uma série de características essenciais no planejamento do espaço físico 
de uma biblioteca como: ser flexível; compacto; diversificado; acessível; espaço 
organizado; agradável; econômico e com preocupação com a preservação.
• O acervo de uma biblioteca é sensível a mudanças excessivas de temperatura e de 
umidade acentuada. E que estas mudanças podem ocasionar o surgimento de fungos 
e bactérias nos diversos tipos de suportes.
• O local deve possuir também boas condições de temperatura, iluminação etc., que o 
tornem agradável e saudável. A temperatura da biblioteca seja mantida entre 19 ºC 
e 23ºC. Na impossibilidade de manter o ar condicionado permanentemente ligado e 
controlado, a recomendação é manter o ambiente arejado naturalmente. 
• A iluminação deve proporcionar aos servidores e aos usuários e, de outro, pela 
interferência no acervo. Em geral, as fontes utilizadas na iluminação interna são a luz 
natural e as lâmpadas fluorescentes. Que a luz natural quando incide sobre o acervo é 
prejudicial porque apresenta um nível elevado de radiação ultravioleta (UV).
• Os pisos ideais para bibliotecas são os resistentes e de fácil conservação e silenciosos, 
devendo-se evitar madeira e carpetes. Pisos e paredes não devem exalar nenhum 
poluente nocivo, serem impermeáveis e resistente à água, e à prova de fogo. Os mais 
pisos mais ideias são os frios como concreto tratado, o mármore, a cerâmica e a pedra, 
desde que corretamente instalados, sem desníveis evitando acidentes.
• Deve-se prestar atenção nas possibilidades na utilização de cores nos espaços de 
biblioteca em especial nas escolares.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
1 Quais são as três áreas básicas no planejamento de uma Biblioteca?
2 Como podemos calcular a área necessária para uma biblioteca?
AUTOATIVIDADE
17
TÓPICO 2
ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O termo acervo deriva do latim acervus, tratando-se de uma coleção. 
O acervo de uma unidade de informação é formado por todos os materiais 
que podem ser utilizados pelos usuários como fonte de informação. Em sua 
maioria é composto de materiais escritos no formato de livro, que também são 
disponibilizados no formato digital.
O que define os tipos de materiais que compõem o acervo da instituição 
são seus objetivos e características conforme exemplo no quadro a seguir: 
QUADRO 2 - BIBLIOTECAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
TIPOS ESCOLARES PÚBLICAS UNIVERSITÁRIAS ESPECIALIZADAS NACIONAIS 
LOCALIZAÇÃO Escolas Municípios Instituições de 
ensino superior
Empresas, 
institutos de 
pesquisa
No país de 
origem
OBJETIVO Apoiar o 
processo de 
ensino e lazer
Proporcionar 
informações 
em geral
Apoiar as funções de 
docência e pesquisa 
acadêmica
Apoiar a pesquisa 
de áreas específicas
controle 
bibliográfico 
universal de 
uma nação
pesquisa
ACERVO Materiais 
impressos, 
livros, gibis, 
revistas
Audiovisuais
Mapas 
Jogos
Materiais 
impressos, 
livros, gibis, 
revistas, 
jornais
Audiovisuais
Bases de 
dados 
mapas
Materiais impressos, 
livros, revistas, 
jornais
Audiovisuais
Revistas 
especializadas Bases 
de dados 
Mapas
Monografias
Materiais impressos 
de área específica 
como (direito, 
saúde) 
Materiais diversos 
como audiovisuais, 
roupas (moda), 
objetos mapas
Livros 
produzidos 
no país
Documentos 
históricos
Manuscritos
Cartografias
obras raras
USUÁRIOS Alunos
docentes
Todos os 
tipos de 
público
Acadêmicos, 
docentes e 
funcionários
Pesquisadores, 
trabalhadores de 
áreas específicas
Pesquisadores
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
18
TIPOS ESCOLARES PÚBLICAS UNIVERSITÁRIAS ESPECIALIZADAS NACIONAIS 
SERVIÇOS Empréstimo 
Consulta
Fomento à 
leitura
Educativo
Pesquisa
Lazer
cultura
Empréstimo 
Consulta
Fomento à 
leitura
Educativo
Pesquisa
Lazer
cultura
Empréstimo 
Consulta
Treinamento 
Pesquisas 
especializadas
Empréstimo 
Consulta
Pesquisa
Levantamento 
bibliográfico de 
ponta
Elaboração de 
bibliografias, 
empréstimo 
interno
Consulta 
Orientação de 
pesquisa
FONTE: A autora
Observamos que o quadro anterior busca apenas apresentar uma exemplifi-
cação, mas a biblioteca pode ter diversas outras características e diversificações em 
relação ao seu acervo.
DICAS
Como ilustração dessa afirmação, sugerimos que você assista à apresentação 
do MIS, Museu da Imagem e do Som, uma unidade de informação especializada. Acesse: 
http://bit.ly/2m5DYAs
FONTE: <http://bit.ly/2m5DYAs>. Acesso em: 10 set. 2019.
Mas podemos nos perguntar, como é composto um acervo de biblioteca?
Antunes, Cavalcante e Antunes (2000) ressaltam que um dos requisitos 
básicos para a operação e administração de uma biblioteca é sua formulação 
uma política, definindo objetivos, prioridades e serviços relacionados com as 
necessidades da comunidade local.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
19
Maciel e Mendonça (2000) dividem as funções biblioteconômicas em três 
blocos, conforme a figura a seguir:
FIGURA 7 - FUNÇÕES DO BIBLIOTECONÔMICAS
FONTE: Adaptado de Maciel e Mendonça (2000)
As bibliotecas devem ser organizadas respeitando efetivamente os padrões 
profissionais de operação, sendo assegurada a cooperação com parceiros como 
grupos de usuários e outros profissionais, em âmbito municipal, regional, nacional 
e internacional. 
NOTA
Aqui reforçamos a importância na busca permanente de parcerias entre 
a biblioteca, comunidade em geral. Esse envolvimento tanto no planejamento quanto 
nas ações da biblioteca fortalece os laços e potencializa o atendimento. Dependendo da 
característica da biblioteca, pode ser proposto um conselho envolvendo diversos agentes 
como: usuários, comércio local, entidades sociais, entidades públicas entre outras. Isso traz 
uma maior integração entre biblioteca e comunidade.
Quando planejamos uma biblioteca, seus serviços devem ser fisicamente 
acessíveis a todos os membros da comunidade. Isso requer que o prédio da biblioteca 
esteja bem localizado, com instalações corretas para leitura e estudo, assim como 
possuir tecnologias adequadas e horário de funcionamento conveniente aos usuários. 
Isso implica também a extensão dos serviços aos usuários impossibilitados de 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
20
frequentar a biblioteca. Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes 
necessidades das comunidades em áreas rurais e urbanas. O bibliotecário é um 
intermediário ativo entre usuários e recursos. 
Antunes, Cavalcante e Antunes (2000) ressaltam que o planejamento é uma 
atividade que não finda com a implantação da biblioteca. Depois de pronta, é preciso 
planejar as atividades que serão desenvolvidas, bem como as providências a serem 
tomadas e que têm, como objetivo, a prestação de serviços aos nossos usuários, o 
oferecimento da informação a eles. Assim, planejar é programar, projetar algo que 
devemos realizar.
2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
A Política de Desenvolvimento de Coleções é um importante instrumento 
formal que estabelece critérios e prioridades com relação à seleção e aquisição do 
material que irá compor os acervos das bibliotecas. 
Segundo Danon (2013), o desenvolvimento de coleções é um fator essencial 
para as unidades de informação. Através da criação de uma política, que é uma 
declaração escrita, são elaboradas diretrizes que auxiliam o crescimento racional do 
acervo e que consiga atender aos seus usuários de forma eficaz, permitindo que eles 
acessem informações que sejam pertinentes as suas necessidades. É essencial para 
uma biblioteca identificar seus usuários para otimizar suas prioridades Tais intenções 
compõem um estudo desses e uma política de desenvolvimento de coleções que será 
uma ferramenta que auxiliaos bibliotecários na construção de um acervo funcional e 
nos serviços que sejam relevantes.
A formalização de uma política possibilita que a coleção cresça de forma 
consistente, qualitativa e quantitativamente e que estabeleça as diretrizes a serem 
seguidas no processo de seleção e aquisição de todos os materiais. Também estabelece 
cada um dos passos necessários para o processo de seleção e aquisição do acervo, como 
também define critérios de escolha e sugere a necessidade de criar uma Comissão 
que se responsabilize pelo processo de decisões. A coleção deve ser selecionada e 
desenvolvida para atender aos interesses e necessidades de seus usuários, facilitando 
sobremaneira o acesso, a recuperação e a disseminação da informação.
Portanto, o êxito da coleção está diretamente ligado a uma política de seleção. 
É importante ressaltar que a Política de Desenvolvimento de Coleções numa biblioteca 
consiste num elemento básico para qualquer tomada de decisão. Ela contempla 
aspectos relativos à função e objetivos da biblioteca e Instituição do qual pertence, 
usuários e necessidades, abrangências e níveis das coleções, tipos de materiais, 
critérios e responsabilidade pela seleção, modalidade de aquisição, critérios para 
alocação de recursos financeiros, de descarte e outros. 
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
21
Entretanto, faz-se necessário o estabelecimento dos agentes 
envolvidos no processo decisório. Para tanto, a criação de uma 
Comissão Permanente de Seleção de Coleções possibilita que 
seus membros sejam indicados dentre os membros do corpo 
docente e discente, bem como do corpo técnico. Cabe a Comissão 
encontrar maneiras de fazer com que todos os assuntos de 
interesse da instituição se desenvolvam independentemente de 
atuações individuais, criando mecanismos formais que permitam 
a participação de todos os interessados (UDESC, 2016, s.p.).
Na ilustração a seguir, você pode visualizar o sumário da política de 
desenvolvimento de coleções da Biblioteca da Universidade do Estado de SC, bem 
como suas etapas. 
FIGURA 8 - EXEMPLO DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
FONTE: <http://bit.ly/2mjHA1Y>. Acesso em: 10 set. 2019.
Todas as diretrizes voltadas ao desenvolvimento de coleções são utilizadas 
para auxiliar na seleção, aquisição, avaliação, desbaste, descarte e doação de materiais, 
que são as etapas de formação, desenvolvimento e organização de coleções. 
Também há que se atentar, no tocante à manutenção e à evolução da coleção, 
para a preservação e conservação de acervos, uma vez que a informação acumulada 
pelo centro informacional precisa ser cuidada para que não se perca o trabalho e o 
conteúdo assimilado ao acervo. 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
22
 FIGURA 9 - ASPECTOS PERTINENTES A ESCOLHA DO MOBILIÁRIO
Fonte: A autora
Quando falamos de bibliotecas universitárias, em relação à aquisição de acervo 
da bibliografia básica, a quantidade de exemplares poderá ser calculada com base em 
um exemplar para cada dez alunos matriculados na disciplina/unidade curricular. Já 
os periódicos de informações gerais, que preferencialmente devem ser diversificados, 
como locais, estaduais e nacionais. Os jornais poderão ficar restritos a uma assinatura 
por unidade/Biblioteca (ALMEIDA, 2005).
Para Maciel e Mendonça (2000, p. 17) o processo de desenvolvimento de 
acervos “deverá contar com o bibliotecário como coordenador, figura central do 
processo, que poderá, com muita valia, ser assessorado por membros da comunidade 
envolvida”. O processo de formação e atualização de acervos é contínuo, e deve ser 
baseado nos objetivos da biblioteca e no público a que atende: é uma atividade de 
planejamento (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 16).
2.1 FORMAÇÃO DO ACERVO 
 
Quando pensar a organização de uma biblioteca, você precisa ter em mente 
que a área para instalação do acervo, em geral, ocupará seu o maior espaço. Sua 
estruturação adequada é imprescindível para o bom funcionamento da unidade. 
Para definição da área necessária ao acervo existem padrões internacionais para os 
diferentes tipos de bibliotecas, em especial as públicas e universitárias.
 
O padrão para coleções em bibliotecas universitárias é de 100 volumes e um 
título de periódico corrente por aluno; no Canadá, de 90 a 95 volumes; na Alemanha, 
85 volumes e de 0,6 a um título de periódico; e na França, 16 volumes e 0,06 títulos de 
periódico, (ALMEIDA, 2005). 
 O planejamento da área de armazenamento deve permitir o uso de mobiliário 
variado para atender a aspectos tais como: 
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
23
FIGURA 10 - FORMAS DE COMPOSIÇÃO DO ACERVO
FONTE: A autora
• COMPRA – para a compra além dos pontos observados anteriormente, é preciso um 
planejamento orçamentário para ampliação e atualização do acervo. Observadas as 
orientações anteriores e somadas as necessidades da biblioteca, que se diferenciam 
bastante em relação aos seus tipos e especificidades, efetuam-se as compras. As 
bibliotecas universitárias têm um maior controle sobre esse processo, pois seu 
acervo é item de avaliação do Ministério da educação. Falaremos um pouco mais 
sobre isso no próximo tópico. 
• DOAÇÃO – é a oferta gratuita de livros à biblioteca. As doações são provenientes 
dos próprios usuários, de editoras, instituições, particulares etc. Todo o material 
doado à biblioteca deve passar por uma avaliação prévia e ter anotados o nome do 
doador e a data da doação. É importante que a biblioteca divulgue sua receptividade 
a doações, bem como promova campanhas nesse sentido. Nestas campanhas deverão 
se envolver tanto os responsáveis pela biblioteca como os usuários e a comunidade 
em geral onde a biblioteca está situada. O responsável pela biblioteca esclarecerá 
aos doadores que os materiais recebidos por doação, se passarem pelos critérios 
da política de desenvolvimento de coleções, serão incorporados ao acervo; se não, 
poderão ser usados para permuta ou mesmo para recortes, enriquecendo a coleção 
de gravuras e recortes. A biblioteca deve sempre agradecer as doações recebidas. 
• PERMUTA – É a troca de acervo entre bibliotecas, que se realiza utilizando obras 
sem utilidade ou com número excessivo de exemplares presentes. Para permutar 
devem ser feitas listas contendo o nome do autor e o título da obra, e estas divulgadas 
para outras bibliotecas. Com esse procedimento, além de se ganhar mais espaço nas 
estantes, adquirem-se, gratuitamente, obras de interesse para os leitores. 
2.2 DESCARTE
O descarte é a retirada do material de informação do acervo da biblioteca, 
em razão de sua não utilização, por não atender às necessidades dos usuários, ou 
pelo seu desaparecimento da coleção. Vejamos alguns critérios de descarte indicados 
no Manual de Bibliotecas do estado do RS: (RIO GRANDE DO SUL, 2009).
• Livros didáticos cujo prazo de uso está ultrapassado, considerando a validade de 
três anos anteriores ao ano vigente.
• Obras em mau estado de conservação (rasgados, sujos, riscados, faltando páginas, 
descolados e outros).
• Livros contaminados por fungos.
Os acervos em unidades de informação são compostos principalmente de três 
formas:
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
24
• Obras com conteúdo desatualizado, em relação ao currículo vigente.
• Bibliografias e enciclopédias com mais de 10 anos de publicação. 
• Almanaques e anuários que não sejam do ano corrente.
• Atlas do corpo humano e livros de ciências da década de 70 e 80.
• Obras antigas de teologia. 
• Livros e códigos de Direito desatualizados.
• Livros com ortografia desatualizada.
• Livros de Contabilidade, Matemática Comercial e Financeira e Administração 
anteriores à década de 80. 
• Materiais sobre tecnologia e informática com sistemas não mais utilizados, tais 
como: MS-DOS, D BASE, BASIC, COBOL.
• Livros de geografia e mapas anteriores a 2000.
• Biografias individuais de pessoas não relacionadas à escola, à comunidade escolar 
e dosarredores. 
• Obras escritas em linguagem pouco acessível.
• Duplicatas: acima de cinco: excesso de cópias de um mesmo título em relação à 
demanda. 
O material descartado poderá ser: 
• Encaminhado para reciclagem, quando não interessar aos usuários e/ou a outras 
instituições.
• Vendido a peso, gerando recursos, devendo a verba arrecadada reverter em 
benefício da biblioteca desde que a venda seja realizada de acordo com as normas 
da instituição. 
• Doado aos usuários. 
 As obras que forem consideradas de valor para outras instituições poderão 
servir como material de doação ou de permuta. Pode-se também colocá-las à disposição 
dos leitores, em caixa identificada, tais como os exemplos a seguir.
FIGURA 11 - CAIXA PEGUE E LEVE
FONTE: <http://bit.ly/2lZDQmc>. Acesso em: 10 set. 2019.
Quando houver dúvidas quanto à utilidade ou não de um determinado 
documento para a biblioteca, é preferível mantê-lo.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
25
FIGURA 12 - EXEMPLO DE CARIMBO DE BAIXA
FONTE: <http://bit.ly/2lZDQmc>. Acesso em: 10 set. 2019.
b) Relacionar as obras e o motivo do descarte.
c) Enviar, por ofício, à Direção da instituição, ao responsável pelo patrimônio 
e/ou ao Conselho Escolar a respectiva relação, arquivando uma via deste 
documento, na biblioteca (RIO GRANDE DO SUL, 2009).
3 COLEÇÕES BÀSICAS
Como o nome já diz, a coleção básica de uma biblioteca, trata-se do mínimo 
necessário para atendimento de seus usuários de forma eficiente. Ao tratarmos da 
estruturação do acervo, necessitamos ter presentes os materiais que dele farão parte 
como: 
Existem livros antigos que, mesmo não sendo obras raras ou valiosas, são 
importantes e insubstituíveis pelo seu conteúdo e/ou valor artístico-literário. Em 
princípio, não deverão ser descartadas do acervo: 
• Obras raras: assim consideradas pelo seu conteúdo, apresentação e/ou época 
de publicação.
• Obras de escritores brasileiros e estrangeiros: editadas há mais de meio século; 
primeiras edições; edições de luxo.
• Edições de tiragem limitada.
• Obras autografadas por autores conhecidos.
• Obras de personalidades de projeção política, científica, religiosa, literária, 
entre outras.
• Obras de interesse científico.
• Obras importantes para a comunidade, que tratam da história do município, 
da escola ou da cidade. 
Quando for realizado o descarte, além da anotação de baixa no Livro de 
Registro, deve-se: 
a) Dar baixa em cada volume ou exemplar mediante a utilização do Carimbo de 
Baixa: 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
26
FIGURA 13 - MATERIAIS DO ACERVO
3.1 ACERVO INFORMATIVO
Podemos chamar de acervos informativos todos aqueles que que servem para 
consulta e estudo, que complementam as pesquisas, sendo utilizados pelos professores 
para a elaboração de seus planos de aula e pelos alunos para desenvolverem seus 
trabalhos independente do formato. 
3.1.2 Acervo periódicos
Os periódicos ou revistas, como também são chamados, caracterizam-se por 
serem publicados em intervalos regulares ou irregulares. São considerados uma fonte 
de informação primária, pois abordam informações novas, fatos, acontecimentos ou 
novas interpretações de teorias, sendo indispensáveis na divulgação dos resultados de 
pesquisas e relatos de experiências recentes, facilitando o acompanhamento constante 
dos avanços em cada área, favorecendo a necessária realimentação do ciclo de geração 
de comunicação e disseminação mais rápida de novos conhecimentos. Os periódicos 
podem abordar assunto específico ou abranger mais de uma área do conhecimento, 
dependendo da limitação de sua cobertura (MIRANDA, 2007).
 
As bibliotecas devem ter a assinatura dos periódicos que contenham 
informações de maior importância para os seus usuários. Infelizmente nem sempre as 
bibliotecas possuem recursos para adquirirem periódicos e ou atualizá-los.
 
Segundo Prado (1992, p. 103), o periódico caminha muito mais a par da 
ciência do que os livros, devido sua agilidade de tempo, mas, em geral, os livros se 
aprofundam mais.
Os periódicos têm grande importância, principalmente nas bibliotecas 
universitárias e especializadas bem como em e centros de pesquisa e devem ser 
constantemente atualizados. As bibliotecas universitárias precisam compor sua coleção 
com periódicos que abordem assuntos gerais e específicos (locais, regionais, nacionais 
e internacionais), porém como são muitas as publicações, cada biblioteca deverá 
FONTE: A autora
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
27
determinar seus critérios que contemplem a prioridade de aquisição relacionados 
aos planos de ensino, aos cursos oferecidos pela instituição e aos cursos em fase de 
reconhecimento, implantação, credenciamento ou recredenciamento. 
Atualmente, as bibliotecas acadêmicas assinam portais eletrônicos que 
implicam a atualização mais rápida da coleção de periódicos, propiciando, também 
economia de espaço. Infelizmente nem todas as instituições possuem recursos para 
fazerem essas atualizações. 
DICAS
Outra excelente fonte de pesquisa é o Portal de Periódicos CAPES, Coordenação 
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Trata-se de uma biblioteca virtual que reúne 
e disponibiliza a instituições de ensino e pesquisa no Brasil o melhor da produção científica 
internacional. Ele conta com um acervo de mais de 45 mil títulos com texto completo, 130 
bases referenciais, 12 bases dedicadas exclusivamente a patentes, além de livros, enciclopédias 
e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual.
O Portal de Periódicos foi criado tendo em vista o déficit de acesso das bibliotecas brasileiras à 
informação científica internacional, dentro da perspectiva de que seria demasiadamente caro 
atualizar esse acervo com a compra de periódicos impressos para cada uma das universidades 
do sistema superior de ensino federal. Foi desenvolvido ainda com o objetivo de reduzir os 
desnivelamentos regionais no acesso a essa informação no Brasil. Ele é considerado um 
modelo de consórcio de bibliotecas único no mundo, pois é inteiramente financiado pelo 
governo brasileiro. É também a iniciativa do gênero com a maior capilaridade no planeta, 
cobrindo todo o território nacional. Atende às demandas dos setores acadêmico, produtivo 
e governamental e propicia o aumento da produção científica nacional e o crescimento 
da inserção científica brasileira no exterior. É, portanto, uma ferramenta fundamental às 
atribuições da Capes de fomento, avaliação e regulação dos cursos de Pós-Graduação e 
desenvolvimento da pesquisa científica no Brasil.
Possuem acesso livre e gratuito ao conteúdo do Portal de Periódicos professores, pesquisadores, 
alunos e funcionários vinculados às instituições participantes. O Portal é acessado por meio 
de computadores ligados à internet e localizados nessas instituições ou por elas autorizados. 
A definição dos critérios de escolha dos participantes está em consonância com os objetivos 
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Portal de 
Periódicos de democratizar o acesso à informação científica, fortalecer os programas de pós-
graduação no país e incentivar os investimentos em excelência acadêmica nas instituições 
de ensino e pesquisa no Brasil.
Podem acessar gratuitamente o Portal de Periódicos as instituições que se enquadram em 
um dos seguintes critérios:
I- Instituições federais de ensino superior.
II- Unidades de pesquisa com pós-graduação, avaliadas pela CAPES com nota 4 (quatro) ou 
superior.
III- Instituições públicas de ensino superior estaduais e municipais com pós-graduação 
avaliadas pela CAPES com nota 4 (quatro) ou superior.
IV- Instituições privadas de ensino superior com pelo menos um doutorado com avaliação 
5 (cinco) ou superior pela CAPES.
V- Instituições com programas de pós-graduação recomendados pela CAPES e que 
atendam aos critérios de excelência definidos pelo Ministério da Educação (MEC).
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONALEM BIBLIOTECAS
28
Instituições que não se enquadram nos critérios citados, e querem acessar o conteúdo 
assinado pelo Portal Periódicos da Capes, devem entrar em contato direto com as editoras 
ou representantes dos respectivos conteúdos para solicitar as informações sobre o processo 
de aquisição e valores de assinatura.
PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES
Os periódicos físicos devem estar organizados em um local próprio 
nas estantes da biblioteca, dispondo-se as coleções em ordem alfabética de 
título. Considerando-se que os fascículos dos periódicos em geral não oferecem 
resistência, eles poderão ser colocados em caixas próprias, que se encontram 
no comércio e que lhes permitem ficar em pé. Ou ainda em estantes próprias. 
Caso isso não seja possível, poderão ser amarrados, formando blocos por mês, 
ou a cada seis meses, dependendo da periodicidade de publicação e que mais ou 
menos fascículos sejam acumulados. 
FIGURA 14 - PORTA REVISTA
FONTE: <http://bit.ly/2mr70Lk>. Acesso em: 10 set. 2019.
FONTE:http://bit.ly/32SJ8QG. Acesso em: 10 set. 2019.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
29
FIGURA 15 - ESTANTE PARA REVISTAS
FONTE: <http://bit.ly/2mk1I42>. Acesso em: 10 set. 2019.
A biblioteca poderá também possuir fascículos avulsos (periódicos dos 
quais não possua a coleção completa). Se os assuntos que eles contenham forem do 
interesse da biblioteca, poderão ser inseridos na sequência das coleções de periódicos, 
compondo a mesma ordem alfabética de títulos.
 Outro exemplo de periódico é o jornal, na maioria das vezes diário, mas 
também com periodicidade diversa. 
FIGURA 16 - MODELO 1 DE SUPORTE DE JORNAIS
FONTE: <http://bit.ly/2ks76BL>. Acesso em: 10 set. 2019.
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
30
FIGURA 17 - MODELO 2 DE SUPORTE DE JORNAIS
FONTE: <http://bit.ly/2mpj0wJ>. Acesso em: 10 set. 2019.
3.2 ACERVOS RECREATIVOS 
São compostos por materiais que podem ser utilizados em momentos de 
lazer. Como exemplo destacamos materiais de literatura. Em bibliotecas escolares 
os espaços com gibis e revistas infantis, também pode ser outro exemplo. 
Observamos que este último tipo de acervo, costuma ter um tempo menor de 
durabilidade, precisando ser constantemente adquiridos e renovados.
FIGURA 18 - ILUSTRAÇÃO PARA GIBITECAS
FONTE: <http://bit.ly/2kI2W93>. Acesso em: 10 set. 2019.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
31
FIGURA 19 - EXEMPLO DE ESPAÇO PARA GIBITECA
FONTE: <http://bit.ly/2kXFWmv>. Acesso em: 10 set. 2019.
DICAS
Os livros recreativos são muito utilizados no universo da biblioterapia. 
Segundo Abreu, Zulueta e Henriques (2013), a biblioterapia é uma atividade com 
vertentes preventiva e terapêutica que, através da leitura de livros de ficção ou de 
autoajuda, individualmente ou em grupo, tem o propósito de facultar uma experiência de 
restabelecimento da saúde, ou permitir um contínuo desenvolvimento, em qualquer idade. 
Esse foco é muito utilizado em bibliotecas de hospitais, onde são destacados sua importância 
e contribuição da biblioterapia no processo de tratamento de pacientes internados em 
unidades hospitalares. Temos várias pesquisas que apresentam conceitos, a importância 
da prática biblioterapêutica e a biblioterapia como campo de atuação para o bibliotecário. 
Faremos uma indicação de leitura complementar ao final dessa unidade sobre o tema.
3.3 ACERVO DE REFERÊNCIA 
Os livros de referência são destinados à consulta e oferecem ao leitor 
informações resumidas e de caráter rápido e imediato, servindo mesmo como ponto 
de partida para estudos mais completos. São em geral constituídos por dicionários 
técnicos e gerais, enciclopédias, bibliografias nacionais e estrangeiras, guias, manuais e 
atlas que, numa grande variedade, oferecem subsídios fundamentais a pesquisadores, 
seu tamanho e diversidade depende do tipo de instituição. Uma biblioteca escolar, 
por exemplo, não terá o mesmo acervo de referência de uma biblioteca universitária. 
Destacamos aqui o acervo de referência da Biblioteca Nacional, o mais completo 
que podemos consultar. Somente no tipo “dicionário” possui uma diversidade de 
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
32
opções como: os modernos e antigos da língua portuguesa, como o “Diccionario da 
Lingua Portugueza” composto pelo padre D. Rafael Bluteau (1789). Também estando 
disponíveis para consulta: 
• Dicionários de biografias
• Dicionários de política
• Dicionários de economia
• Dicionários de pseudônimos
• Dicionários de línguas estrangeiras e dialetos
• Dicionários de ciências sociais
• Dicionários de folclore brasileiro
• Dicionários de astronomia e astronáutica
• Dicionários de medicina
• Dicionários de religião
• Dicionários de especialidades farmacêuticas (DEF)
• Dicionários de botânica, tais como o Dicionário das plantas úteis do Brasil e das 
exóticas cultivadas de Manoel Pio Corrêa.
Ainda na Biblioteca Nacional destacam-se no Acervo de Referência, peças 
como bíblias, atlas, guias de turismo, constituições brasileiras, índices biobibliográficos 
e dicionários e enciclopédias em segmentos como:
• cinema
• culinária e nutrição
• esportes
• História de países, estados, cidades e bairros, entre outros
• literatura nacional e estrangeira
• pintura
• teatro
• televisão
Vale ressaltar a disponibilidade de obras como a Enciclopédia Saraiva do 
Direito, os dicionários sobre o Rio Antigo, a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 
o Dicionário das Famílias Brasileiras, entre outros. Na Seção de Referência o leitor 
recebe orientação quanto à pesquisa que realiza, sendo encaminhado a outros setores 
da Biblioteca Nacional, e até mesmo a outras bibliotecas e acervos que possam auxiliá-
lo (BIBLIOTECA NACIONAL, 2019).
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
33
DICAS
Faça uma visita guiada à Biblioteca Nacional e amplie seus conhecimentos
Localizada no centro do Rio de Janeiro, Av. Rio Branco, 219, a Biblioteca Nacional oferece 
visitas orientadas gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, e sábados, das 
11h30min às 13h30min, em três idiomas: português, inglês e espanhol. 
Na visita é possível conhecer o interior do prédio histórico, inaugurado em 1910, e apreciar sua 
arquitetura imponente, com escadarias, amplas claraboias em vitral colorido, ornamentação 
elegante e salas preservadas, além das obras de arte que decoram os espaços, como quadros, 
painéis e esculturas. Durante a semana, o visitante poderá visualizar o interior das salas de 
leitura através de portas blindex. O acesso ao interior é exclusivo para os pesquisadores em 
consulta ao acervo, desde que devidamente registrados. Excepcionalmente aos sábados, é 
possível visualizar apenas as salas do segundo piso – Obras gerais e periódicos.
Nos corredores, no Salão de Obras Raras e no Espaço Cultural Eliseu Visconti é possível 
visitar exposições temáticas, que reúnem peças de diversas coleções.
Os guias que orientam os visitantes são especialmente selecionados e preparados para 
transmitir informações históricas sobre a Biblioteca Nacional, seu acervo, suas coleções e 
principais obras, transformando a visita em um roteiro cultural inesquecível. O visitante tem 
também a opção de fazer a visita por conta própria, sem a orientação de um guia.
A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas 
nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina, administrativamente 
em 1990 subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o Instituto Nacional do 
Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília, passaram a constituir a Fundação 
Biblioteca Nacional (FBN). Para garantir a manutenção de seu acervo, possui laboratórios 
de restauração e conservação de papel, estando apta a restaurar, dentro das mais modernas 
técnicas, qualquer peça do acervo que precisar desse serviço. Possui também oficina de 
encadernação e centro de microfilmagem, fotografia e digitalização.
FONTE: <http://bit.ly/2knPXJg>. Acessoem: 10 set. 2019.
ENTRADA DA BIBLIOTECA NACIONAL
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
34
VISTA GERAL DO ACERVO DA BIBLIOTECA NACIONAL
FONTE: <http://bit.ly/2krbfFU>. Acesso em: 10 set, 2019.
Em relação à localização das obras de referência, elas devem ficar, 
preferencialmente, em estantes próximas ao balcão de atendimento ou à entrada da 
biblioteca.
3.4 MATERIAIS ESPECIAIS 
Para além dos materiais textuais, existem outros tipos de acervo que integram 
o acervo geral das bibliotecas. Vejamos alguns exemplos: 
• Documentos iconográficos ou gráficos: imagens, mapas, plantas, gráficos, tabelas, 
cartazes, quadros, fotografias em papel e slides. 
• Os documentos sonoros: discos e fitas magnéticas.
• Os documentos audiovisuais que combinam som e imagem: filmes, audiovisuais, 
fitas e videodiscos.
• Os documentos de natureza material: objetos, amostras, maquetes, monumentos, 
documentos em braile e jogos pedagógicos.
• Os documentos compostos, que reúnem documentos textuais e não textuais sobre 
um mesmo assunto, como os livros acompanhados de discos.
• Os documentos magnéticos utilizados em informática, isto é, os programas que 
permitem efetuar cálculos, fazer gestão de arquivos e simulações, e 
• Os documentos eletrônicos utilizados em informática. Veiculam texto, imagem e 
som. São os documentos do futuro. 
Esses documentos podem apresentar suportes físicos de diferentes 
espécies como: pedra, tijolo, madeira, osso – foram suplantados pelo o papel – 
com a inovação tecnológica outros suportes surgiram: plásticos, laser, vidro, Pen 
drive, DVD, CD e Bluray.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
35
Os materiais não livro, tais como: folhetos, recortes ou folhas soltas, mapas, 
atlas, globos, jogos, CDs, DVDs, gravuras, fotografias e outros, apresentam-se sob 
diferentes suportes físicos, constituindo-se, cada um, em uma coleção específica 
integrada ao acervo da biblioteca, juntamente com a coleção de livros e a coleção de 
periódicos. Na sua preparação para acesso possuem algumas diferenças: 
• Procede-se à carimbagem das unidades dos materiais não livro, no local mais visível 
do seu invólucro ou do material, propriamente dito, desde que não prejudique a 
sua leitura. Utiliza-se apenas o carimbo de identificação da biblioteca.
• As folhas soltas poderão ser acondicionadas, em razão de sua fragilidade: em 
caixas-arquivo (de papelão ou de plástico); em caixas de camisa (aproveitamento 
ou outras); em bolsos especiais; em envelopes pardos (tamanho oficio); em sacos 
plásticos (tamanho A4); reunidos em pastas de cartolina A/Z; em álbuns ou sob 
outra forma, a critério da biblioteca. 
• A ordenação dentro desses repositórios deverá ser por assunto, isto é, cada caixa 
ou envelope deverá conter um assunto apenas e será etiquetado por fora com o 
assunto das folhas neles armazenados. Dentro de cada um, a ordem das folhas 
será crescente do número e do ano de registro (de baixo para cima ou da esquerda 
para direita). A guarda destas caixas, envelopes ou álbuns poderá ser em arquivos 
de aço com pastas suspensas, estantes, armários ou outro mobiliário, que também 
deverá ser sinalizado com o(s) assunto(s) das folhas soltas.
ESTUDOS FU
TUROS
Observamos que as formas de registro no acervo desses materiais, vocês 
aprenderão na disciplina de “Representação descritiva – catalogação”.
4 ACERVO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS 
Os acervos das bibliotecas universitárias se diferenciam de acervos de 
outros tipos de biblioteca porque são objeto de avaliação junto ao Ministério 
da educação. Para esse processo de avaliação, existe um instrumento avaliativo 
que, através de pesos e conceitos, determina se o acervo está de acordo com os 
propósitos da instituição, atribuindo ao final uma nota que permite a população 
verificar a qualidade ou não da universidade. 
Os conceitos vão de 3 a 5, sendo 5 o que melhor conceitua a instituição. 
Lembrando que o acervo da biblioteca universitária é formado a partir 
das ementas das disciplinas que são divididas em: Básica e complementar.
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS
36
• Bibliografia básica é fundamental para que os estudantes acompanhem o 
andamento das atividades acadêmicas, ou seja, é obrigatória. 
• Bibliografia complementar é composta por materiais informacionais que são 
indispensáveis à complementação e atualização voltados para a pesquisa e o 
ensino nas mais variadas áreas do conhecimento.
De acordo com o Silvestre (2015), todos os registros de documentos, livros, 
inventários, escritos, impressos ou quaisquer gravações que venham a servir 
como fonte para consulta, organizada pela identificação de cada uma das obras 
que constitui a bibliografia, por meio de elementos como o autor, o título, o local 
de edição, a editora e outros de caráter básico podem constituir as bibliografias 
básicas e complementares. 
A universidade só ganha Conceito 5 quando o acervo da bibliografia 
básica tem no mínimo três títulos por unidade curricular, e está disponível na 
proporção média de um exemplar para menos de 5 vagas anuais pretendidas 
/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que 
efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao 
patrimônio da IES (SILVESTRE, 2015).
 
Já no caso da Bibliografia Complementar o Conceito 5 é atribuído quando 
o acervo possui, pelo menos, cinco títulos por unidade curricular, com dois 
exemplares de cada título ou com acesso virtual. 
Veja como calcular as bibliografias da biblioteca universitária: 
1. Identificar as unidades curriculares (disciplinas) do curso. 
2. Identificar os títulos (livros) da bibliografia básica em cada unidade. 
3. Localizar o quantitativo (nº de exemplares) de cada título relacionado. 
4. Dividir o nº de vagas pelo somatório de exemplares em cada disciplina.
5. Calcular a média dos resultados das divisões anteriores.
Caso algum título da bibliografia básica atenda a outro(s) curso(s), é 
necessário dividir o total de vagas do(s) outro(s) curso(s) pelo total de exemplares 
do título e recalcular a média considerando esses valores.
Já em relação aos periódicos especializados, para ser atribuído o conceito 
5 a instituição de ensino precisa ter assinatura e ou acesso de periódicos 
especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou 
igual a 20 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles 
com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos.
TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS
37
OBRIGATORIEDADE
Bibliografia básica:
1) Mínimo de três títulos/Unidade Curricular.
2) Informatizado.
3. Tombado como Patrimônio da IES.
Bibliografia complementar:
1. Mínimo de dois títulos/Unidade Curricular.
2. Exigência de dois exemplares.
3. Acesso virtual.
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O acervo de uma unidade de informação é formado por todos os materiais 
que podem ser utilizados pelos usuários como fonte de informação. Em sua 
maioria é composto de materiais escritos no formato de livro, que também são 
disponibilizados no formato digital.
• A Política de Desenvolvimento de Coleções é um importante instrumento formal 
que estabelece critérios e prioridades com relação à seleção e aquisição do material 
que irá compor os acervos das bibliotecas. 
• A formalização de uma política possibilita que a coleção cresça de forma 
consistente, qualitativa e quantitativamente, e que estabeleça as diretrizes a 
serem seguidas no processo de seleção e aquisição de todos os materiais. Também 
estabelece cada um dos passos necessários para o processo de seleção e aquisição 
do acervo, como também define critérios de escolha e sugere a necessidade de 
criar uma Comissão que se responsabilize pelo processo de decisões.
• Os acervos em unidades de informação são compostos principalmente de três 
formas como: compra, permuta e doação.
• O descarte é a retirada do material de informação

Continue navegando