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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB 
CENTRO DE TECNOLOGIA – CT 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – DEP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIANA DA SILVA SIMÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CADEIA LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO LUBRIFICANTE 
AUTOMOTIVO: O CASO DOS GERADORES NA CIDADE DE 
JOÃO PESSOA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2009
 
 
ADRIANA DA SILVA SIMÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CADEIA LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO LUBRIFICANTE 
AUTOMOTIVO: O CASO DOS GERADORES NA CIDADE DE 
JOÃO PESSOA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido 
e apresentado no âmbito do Curso de 
Graduação em Engenharia de Produção 
Mecânica da Universidade Federal da Paraíba 
como requisito para obtenção do título de 
Graduado. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Paulo José Adissi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2009
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S589c Simões, Adriana da Silva 
A cadeia logística reversa do óleo lubrificante automotivo: o caso 
dos geradores na cidade de João Pessoa/ Adriana da Silva Simões - 
João Pessoa, 2009. 
 
53 f. il.: 
 
Orientador: Prof. Dr. Paulo José Adissi 
 
Trabalho de Graduação (Curso de Graduação em Engenharia de 
Produção Mecânica) DEP / Centro de Tecnologia / Campus I / 
Universidade Federal da Paraíba – UFPB. 
 
1. Logística Reversa 2. Óleo lubrificante automotivo. 
Gerenciamento I.Título. 
 
BC/CT/UFPB CDU:658.8(043) 
 
 
ADRIANA DA SILVA SIMÕES 
 
 
 
 
 
 
A CADEIA LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO LUBRIFICANTE 
AUTOMOTIVO: O CASO DOS GERADORES NA CIDADE DE 
JOÃO PESSOA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido 
e apresentado no âmbito do Curso de 
Graduação em Engenharia de Produção 
Mecânica da Universidade Federal da Paraíba 
como requisito para obtenção do título de 
Graduado. 
 
 
 
Aprovado pela Banca Examinadora em 22 de maio de 2009. 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
______________________________________________________ 
Prof. Dr. Paulo José Adissi 
Orientador 
 
 
 
 
______________________________________________________ 
Profª. Drª. Lucia Helena da Silva Maciel Xavier 
 
 
 
 
 
______________________________________________________ 
Profª. MSc. Liane Márcia Freitas e Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Painho, 
Mainha, Si, Macio e Edmilson pelo 
apoio e participação na construção de 
tudo que sou. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
A Paulo José Adissi, por ser professor, mestre e amigo; e pela credibilidade depositada em 
mim. 
 
Ao professor Luiz Bueno da Silva pelas oportunidades proporcionadas. 
 
A Lucia Helena Xavier e Rosangela Cardoso da Silva, pelo incentivo à pesquisa e parceria 
nessa empreitada. 
 
A Liane Márcia Freitas e Silva, pela companhia nas aventuras acadêmicas, entre outras. 
 
Aos amigos André, Luciano F., Luciano C. e João Vitor, pelo apoio no fim dessa jornada. 
 
À “Diretoria”, pela companhia, desde a fundação até os dias atuais. 
 
À “Turma do Petróleo”. 
 
A Deus, pela força concedida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo III 
Fica decretado que, a partir deste instante, 
haverá girassóis em todas as janelas, 
que os girassóis terão direito 
a abrir-se dentro da sombra; 
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, 
abertas para o verde onde cresce a esperança. 
 
O Estatuto do Homem 
(Ato Institucional Permanente) 
Thiago de Mello 
 
 
 
RESUMO 
 
O procedimento de troca de óleo lubrificante automotivo (OLA) é realizado na manutenção 
preventiva de veículos automotores executada em locais que ofereçam tal serviço. A 
aplicação de procedimentos adequados de logistica reversa contribuem para reduzir ou 
eliminar os riscos de contaminação que os resíduos tóxicos oferecem ao meio ambiente e à 
saúde humana. Este trabalho propõe-se a analisar o gerenciamento do óleo lubrificante 
automotivo pós-consumo, considerado tóxico, no ponto de início do ciclo logístico reverso, 
ou seja, no gerador do resíduo. São apresentados os resultados de uma pesquisa de campo 
realizada através de um roteiro de entrevista aplicado às pessoas responsáveis pela troca de 
óleo em postos de gasolina, oficinas mecânicas e concessionárias localizadas em áreas que 
ofereciam possibilidade de risco de contaminação para os principais rios, áreas de florestas e 
praias da cidade, no período entre os meses de março e maio de 2009. A pesquisa revelou 
indícios de riscos de contaminação ambiental por falta de aplicação da infra-estrutura exigidas 
pelas leis vigente, assim como, pela constatação de que há desvio do residuo do ciclo oficial. 
 
 
 
Palavras-chave: Óleo lubrificante automotivo. Gerenciamento. Logística reversa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The procedure for the exchange of automotive lubricating oil (OLA) is held in preventive 
maintenance of vehicles run on sites that offer this service. The application procedures for 
reverse logistics to reduce or eliminate the risks of toxic waste contamination that provide the 
environment and human health. This study proposes to examine the management of post-
automotive lubricating oil consumption, considered toxic, from the beginning of the reverse 
logistics cycle, ie the generator of the waste. The results of a field research conducted by a 
script of interview applied to persons responsible for the exchange of oil at gas stations, 
machine shops and dealerships located in areas offering the possibility of a risk of 
contamination of the main rivers, areas of forests and beaches of the city, in the period 
between the months of March and May of 2009. The search revealed evidence of risk of 
environmental contamination due to lack of implementation of the infrastructure required by 
existing laws, as well as by the fact that the residual deviation of the cycle officer. 
 
 
 
Keywords: Oil lubricant automotive. Management. Reverse logistics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Ciclo Logístico do Óleo lubrificante Automotivo..................................................20 
Figura 2 - Localização das Rerrefinadoras de óleo lubrificante no Brasil ..............................20 
Figura 3 - Localização dos centros de coleta de óleo lubrificante contaminado no Brasil .....21 
Figura 4 - Localização do geradores identificados para pesquisa de campo...........................28 
Figura 5 - Projeto de uma caixa separadora água/óleo............................................................32 
Figura 6 - Localização geográfica das rerrefinadoras atuantes no ciclo reverso do OLA pós-
consumo gerado na cidade de João Pessoa (PB)(PB)(PB) .....................................35 
Figura 7 - Pontos de coleta de água para análise físico-química no Rio Jaguaribe.................37 
Figura 8 - Reservatório subterrâneo para óleo usado ..............................................................38 
Figura 9 - Coletor de óleo lubrificante automotivo .......................................................39 
Figura 10 - Tambor de ferro.....................................................................................................39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Percentuais mínimos de coleta por região..............................................................14 
Tabela 2 - Tipo de geradores pesquisados...............................................................................33 
Tabela 3 - Número médio de funcionários envolvidos na troca de óleo por gerador..............33 
Tabela 4 - Licenciamento ambiental dos geradores ................................................................34 
Tabela 5 - Distância entre os rerrefinadores e os geradores deJoão Pessoa ...........................35 
Tabela 6 - Frota de Automóveis ..............................................................................................39 
Tabela 7 - Estimativa do Volume de OLA comercializado em João Pessoa...........................40 
Tabela 8 - Volume mínimo de OLA para coleta em João Pessoa ...........................................40 
Tabela 9 - Volume médio de óleo comercializado nos estabelecimentos pesquisados...........40 
Tabela 10 - Volume mínimo disponível para coleta em 2008.................................................41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................11 
1.1 Definição do tema e do problema..................................................................................11 
1.2 Justificativa .....................................................................................................................12 
1.3 Objetivos..........................................................................................................................15 
1.3.1 Objetivo geral ..................................................................................................................15 
1.3.2 Objetivos específicos.......................................................................................................15 
 
2 EIXO TEMÁTICO DA PESQUISA .............................................................................16 
2.1 Logística Reversa............................................................................................................16 
2.2 Os canais de distribuição logística reversa...................................................................17 
2.3 Cadeia logística do óleo lubrificante automotivo.........................................................19 
2.4 O gerenciamento do OLA contaminado.......................................................................21 
2.5 Legislação Pertinente ao Tema......................................................................................23 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................26 
3.1 Tipo de estudo.................................................................................................................26 
3.2 Caracterização da área de estudo.................................................................................26 
3.3 Coleta e Tratamento de Dados......................................................................................29 
 
4 RESULTADOS ...............................................................................................................31 
4.1 Perfil dos Geradores.......................................................................................................33 
4.2 Atuação do órgão ambiental..........................................................................................33 
4.3 Coletores que atuam na cidade de João pessoa...........................................................34 
4.4 Infra-estrutura das áreas destinadas à troca de óleo ..................................................36 
4.5 Tipo de Armazenamento................................................................................................38 
4.6 Volume de OLA contaminado gerado na cidade.........................................................39 
 
5 CONCLUSÃO.................................................................................................................42 
 
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................44 
 
APÊNDICE - Questionário Aplicado aos Pontos de Comercialização e Troca de Óleo..48 
 
ANEXO - Legislação pertinente ao tema.............................................................................51 
 
 
 
 
11 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 Definição do tema e do problema 
 
Diversos trabalhos publicados recentemente Díaz, Alvarez e Gonzáles (2004), Leite 
(2000) e Donato (2008) mostram a preocupação empresarial com o destino a ser dado aos 
resíduos gerados em suas atividades. Essa preocupação pode estar calcada nos princípios 
organizacionais, na sustentabilidade empresarial, ou nas obrigações previstas pelas leis 
vigentes. 
A logística reversa vem sendo considerada como uma nova área da logística 
empresarial aplicada que pode equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do retorno 
ao ciclo produtivo dos diferentes tipos de bens industriais, dos materiais constituintes dos 
mesmos e dos resíduos industriais, agregando valor de diversas naturezas: econômico, 
ecológico, legal e de imagem corporativa (LEITE 2000). Segundo Guarnieri (2006) a logística 
reversa de pós-consumo pode ser vista como a área da logística reversa que trata dos bens no 
final de sua vida útil, dos bens usados com possibilidade de reutilização e dos resíduos 
industriais. 
De acordo com Bowersox e Closs (2001), as necessidades da logística reversa derivam 
das legislações que proíbem o descarte indiscriminado de resíduos no meio ambiente, 
incentivando a reciclagem dos resíduos. A logística reversa tem como aspecto importante a 
necessidade do máximo controle para evitar danos à saúde humana e ao meio ambiente. 
Segundo Freires (2006) a estrutura dos sistemas logísticos reversos é formada, por um 
conjunto de nós conectados entre si, que compõem a configuração da cadeia de suprimento. 
Kopicki et al. (1993 apud Freires 2006) diz que a estrutura da logística reversa é composta por 
cinco nós: gerador, recolhedores, selecionadores, processadores e fabricantes. 
A logística reversa deve ser aplicada no gerenciamento dos resíduos, a fim de destiná-
los adequadamente, seja este destino o descarte final ou o reaproveitamento, retornando o 
resíduo ao ciclo de forma a gerar lucratividade, reduzir custos e consolidar uma imagem 
positiva e ambientalmente responsável diante do mercado consumidor. 
A aplicação da Logística Reversa tem trazido consideráveis retornos para as empresas. 
O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido 
ganhos que estimula cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e 
melhoria nos processos de Logística Reversa (LACERDA, 2004). 
 
 
12 
O consumo do óleo lubrificante automotivo implica em sua deterioração parcial, em 
decorrência disto são formados compostos, tais como: ácidos orgânicos, compostos 
aromáticos polinucleares (potencialmente carcinogênicos), resinas e lacas. O contato com 
esses compostos pode causar contaminação ambiental, podendo atingir pessoas, animais e 
solos e águas. Com isto, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua NBR-
10004, classifica o óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar alta toxicidade. 
Corroborando com a ABNT, o CONAMA através da resolução 362/05 considera que 
o descarte de Óleo Lubrificante Automotivo (OLA) contaminado no solo ou no curso das 
águas, causa graves danos ambientais, da mesma forma a combustão deste resíduo gera gases 
nocivos ao meio ambiente e a saúde publica. A mesma resolução considera ainda, que as 
atividades de gerenciamento dos resíduos de OLA’s devem ser organizadas e controladas para 
evitar danos à saúde e ao meio ambiente, sendo o indicado rerrefino como meio 
ambientalmente seguro para a reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado. 
Diante do exposto o problema levantado neste trabalho pode ser assim formulado: 
 
Como o óleo lubrificante contaminado ou usado, gerado na cidade de João Pessoa 
(PB), está sendo gerenciado? 
 
 
1.2 Justificativa 
 
O óleo lubrificante é formado por 90% de óleo básico, distribuído pelas refinarias de 
petróleo, e 10% de aditivos químicos, adicionado pelos fabricantes. Os óleos lubrificantes 
automotivos, segundo Azevedo (2006), funcionam como uma película que impedeo contato 
direto entre duas superfícies metálicas que se movem relativamente entre si. O atrito é 
reduzido a níveis mínimos, prolongando assim a vida útil dos motores. 
A contaminação do óleo lubrificante automotivo ocorre durante seu consumo nos 
motores resultado da deterioração parcial do produto. Segundo o SINDIRREFINO apud 
ABNT (2004), são seus principais contaminantes: ácidos orgânicos, hidrocarbonetos 
aromáticos, polinucleares (HPAS) e dioxinas. Ainda podem ser encontrados no óleo 
contaminado metais pesados como: chumbo, cádmio, cromo, mercúrio e níquel. Quando a 
concentração desses contaminantes é excessiva, o lubrificante já não cumpre o seu papel e 
deve ser substituído. 
 
 
13 
Os contaminantes presentes nos óleos lubrificantes usados, especialmente os metais 
pesados, causam efeitos nocivos à saúde humana sendo vários deles potencialmente 
cancerígenos. O contato e a exposição aos óleos lubrificantes provocam lesões na pele, que se 
originam devido ao caráter agressivo de muitas substâncias que estão presentes na formulação 
destes produtos. 
O óleo lubrificante quando lançado na água ou no solo, forma uma fina camada sobre 
a superfície bloqueando a passagem de ar e luz (Galbiatti, 2003 apud IBPS 2003), destruindo 
a fauna e a flora aquática e terrestre, espalhando substâncias tóxicas que podem ser ingeridas 
direta ou indiretamente pelos humanos. Segundo Domingues e Bidoia (2006) os óleos 
lubrificantes, por conterem substâncias aromáticas, podem causar intoxicação nos animais 
marinhos, causando hemorragia de órgãos internos, complicações circulatórias, dermatites, 
tumores, depressão no Sistema Nervoso Central (SNC), em conseqüência de bioacumulação 
no tecido adiposo, podendo contaminar o leite materno dos mamíferos. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua NBR-10004, "Resíduos 
Sólidos - classificação", classifica o óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar 
toxicidade. A Resolução CONAMA 362/05 considera que o descarte de OLA contaminado no 
solo ou no curso das águas causa graves danos ambientais, assim como, a combustão deste 
resíduo gera gases nocivos ao meio ambiente. Em vista disso a mesma resolução considera 
ainda que as atividades de gerenciamento de OLA’s usados devem estar organizadas e 
controladas para evitar danos à saúde e ao meio ambiente, sendo a reciclagem o destino 
prioritário para a gestão ambiental. Tal resolução estabelece que, todo o óleo lubrificante 
usado ou contaminado deve ser recolhido e destinado ao rerrefino. 
Segundo a Portaria Interministerial Nº 464 de 29 de agosto de 2007, os produtores e os 
importadores de óleo lubrificante acabado são responsáveis pela coleta de todo óleo 
lubrificante usado ou contaminado, ou as empresas coletoras registradas pela ANP 
contratadas por eles. Essas empresas deverão atender aos percentuais mínimos de coleta de 
óleo lubrificante usado ou contaminado, de acordo com as suas participações no mercado de 
óleo lubrificante acabado, por ano e região (Tabela 1). 
Os dados apresentados (Tabela 1) revelam o crescimento esperado para a coleta de 
OLA contaminado ou usado no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, o que pode 
justificar o desenvolvimento de processos que viabilize do retorno do resíduo gerado nessa 
região, assim como, deve ser verificado o cumprimento da legislação pelos agentes 
envolvidos no ciclo reverso do óleo lubrificante. 
 
 
14 
Tabela 1 – Percentuais mínimos de coleta por região 
Regiões 
Ano 
Nordeste Norte Centro-Oeste Sudeste Sul 
Brasil 
2008 19% 17% 27% 42% 33% 33,4% 
2009 21% 20% 29% 42% 34% 34,2% 
2010 23% 23% 31% 42% 35% 35% 
2011 25% 24% 31% 42% 35% 35,9% 
Fonte: Brasil (2007a) 
 
A Portaria ANP 127/99 regulamenta a atividade de coleta de óleo lubrificante usado 
ou contaminado que deve ser exercida por pessoa jurídica sediada no País, devidamente 
cadastrada pela Agência Nacional do Petróleo – ANP. Consoante a resolução CONAMA 
362/05 todo óleo lubrificante usado deverá ser destinado à reciclagem efetuada através do 
rerrefino. A mesma resolução obriga os geradores de OLAs contaminados, a armazenar os 
óleos lubrificantes usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes 
adequados e resistentes a vazamentos, adotando medidas que venham impedir a contaminação 
do óleo lubrificante usado por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras 
substâncias, salvo as decorrentes da sua normal utilização. Eles deveram ainda alienar todo 
óleo usado ou contaminado exclusivamente aos coletores autorizados pela ANP. 
Os agentes envolvidos no ciclo reverso do óleo lubrificante automotivo contaminado 
são: os geradores, os coletores e os rerrefinadores, formando assim a estrutura da cadeia 
logística reversa do OLA pós-consumo. Dessa forma, para analisar e descrever os problemas 
provocados pelo gerenciamento inadequado do óleo contaminado é necessário identificar cada 
agente envolvido neste ciclo, levantando os prováveis problemas que eles estão causando 
quando deixam de cumprir com as obrigações previstas na legislação vigente. 
Essa pesquisa fez parte do projeto "Análise do Sistema Logístico e Gestão Ambiental 
do Ciclo Reverso Pós-Consumo do Óleo Lubrificante Automotivo" do Programa Institucional 
de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC 2008/2009, que teve como objetivo descrever e 
analisar o ciclo reverso do óleo lubrificante automotivo (OLA) pós-consumo na cidade de 
João Pessoa (PB). 
 
 
 
15 
1.3 Objetivos 
 
1.3.1 Objetivo geral 
 
Analisar o ciclo reverso do óleo lubrificante automotivo (OLA) na cidade de João 
Pessoa (PB). 
 
 
1.3.2 Objetivos específicos 
 
� Levantar a legislação vigente no país a cerca do tema; 
� Identificar os riscos ambientais potenciais do OLA contaminado; 
� Mapear os pontos de venda de OLA (geradores de resíduos), que apresentam maior 
potencial de contaminação ambiental; 
� Levantar e analisar o fluxo reverso oficial (rerrefino); 
� Levantar e analisar os fluxos reversos não oficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
2 EIXO TEMÁTICO DA PESQUISA 
 
 
2.1 Logística Reversa 
 
A logística é a parte do processo produtivo que deve providenciar os aspectos relativos 
à movimentação de matéria-prima, insumos, informações e equipamentos para o processo de 
fabricação do produto, que por fim é distribuído para o consumidor final. De forma que a 
logística reversa continua o ciclo, tratando dos aspectos de recolhimento do produto após a 
venda ou após o consumo, para destiná-lo adequadamente. 
A logística reversa de pós-venda caracteriza-se pelo retorno de bens sem uso ou com 
pouco uso que por diferentes motivos retornam aos centros de distribuição para serem 
encaminhados para reparo, reaproveitamento ou descarte. Já a logística reversa de pós-
consumo ocupa-se do retorno de produtos no fim de sua vida útil (resíduos), para serem 
reutilizados, reciclados ou descartados de acordo com orientações de legislações especificas, 
quando existentes. 
Os esforços para reduzir resíduos têm feito com que o ciclo de vida dos materiais se 
estenda, fazendo com que estes retornem aos fabricantes para serem reutilizados. 
Segundo Díaz, Alvarez e Gonzáles (2004) a gestão do fluxo reverso de produtos, 
utilizados ou devolvidos pelos consumidores, teve origem nas diversas formas de reutilização 
de produtos e materiais no processo de produção industrial, de forma que tem recebido 
especial atenção nas ultimas décadas. 
A gestão do fluxo reverso de materiais e produtos pode ser feita com a aplicação da 
logística reversa que de acordo com Rogers e Tibben-Lembke (1999). Segundo tais autores, 
esta compreende o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-
primas, estoque em processamento e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto 
de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarteadequado. 
Para Stock (1998), a expressão logística reversa, refere-se ao papel da logística na 
devolução de produtos, redução de materiais/energia, reciclagem, substituição de materiais, 
reutilização de materiais, tratamento de resíduos, substituição, conserto ou remanufatura. 
A aplicação da logística reversa consiste em organizar os canais logísticos de 
distribuição dos produtos aos ciclos reversos adequados, atentando para a gestão destes 
produtos no meio do ciclo reverso, tratando dos aspectos de coleta, separação, 
 
 
17 
armazenamento, transporte, tratamento e disposição adequada dos produtos no fim do seu 
ciclo logístico original. 
O gerenciamento do ciclo reverso deve ser operado de modo a garantir condições 
seguras para evitar contaminação ambiental. Daí a importância de conhecer cada participante 
da cadeia logística reversa, pois segundo Díaz, Alvarez e Gonzáles (2004), o maior ou menor 
sucesso dentro da cadeia de suprimentos, depende da capacidade de integrar e coordenar suas 
atividades e a relação entre os membros dela. 
A logística reversa deve ser aplicada no gerenciamento dos resíduos, a fim de dar a 
estes um destino adequado e, quando o resíduo pós-consumo puder ser reaproveitado, retorná-
lo ao ciclo de forma a gerar lucratividade, reduzir custos ou consolidar uma imagem positiva e 
ambientalmente responsável perante o mercado consumidor. 
De acordo com Bowersox e Closs (2001), as necessidades da logística reversa derivam 
das legislações que proíbem o descarte indiscriminado de resíduos ao meio ambiente, 
incentivando a reciclagem dos resíduos. A logística reversa tem como aspecto importante a 
necessidade do máximo controle para evitar danos à saúde humana e ambiental. 
Os processos de Logística Reversa têm trazido consideráveis retornos para as 
empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm 
trazido ganhos, que estimulam novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria 
nos processos de Logística Reversa (LACERDA, 2004). 
 
 
2.2 Os canais de distribuição logística reversa 
 
O rastreamento de produtos após sua vida útil e a definição de uma estrutura adequada 
para recolhimento, transporte e distribuição, dos materiais ou produtos resultantes do processo 
de consumo, assim com o retorno desses a um novo ciclo produtivo, são questões essenciais 
para o gerenciamento dos canais de distribuição reversos de resíduos pós-consumidos. 
O canal de distribuição reverso de pós-consumo se caracteriza por produtos originados 
de descarte após uso, que podem ser reaproveitados de alguma forma e, somente em último 
caso, são descartados. 
Leite (2003) define as estruturas formadas para a destinação de produtos pós-consumo 
ou dos resíduos originados após sua utilização, desde sua coleta até sua reintegração ao ciclo 
produtivo, como sendo os canais de distribuição reversos de pós-consumo. Esses canais 
podem ser de reuso, reutilização ou reciclagem. 
 
 
18 
O reuso é o canal reverso caracterizado pela utilização de produtos ou materiais pós-
consumo em sua função original. Segundo Leite (2003, p. 6), “nos casos em que ainda 
apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda mão, sendo 
comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil”. 
A reutilização é o canal reverso onde os produtos ou materiais são utilizados após seu 
consumo com uma função diferente da original, onde se altera as características originais do 
produto sem agregar valor, de modo a adequá-lo a nova função. 
A reciclagem é o canal reverso de revalorização, onde os produtos descartados ou 
materiais originados após o consumo são processados industrialmente, sendo transformadas 
em matérias-prima secundárias ou recicladas que podem ser reintegradas ao ciclo produtivo 
(LEITE, 2003). 
Para Gomes & Medina (2001) as formas de reciclagem mais utilizadas são: 
A reciclagem mecânica que reprocessa os materiais, transformando-os em matéria 
prima secundária. Esse tipo de reciclagem proporciona o início de um novo ciclo de vida para 
um produto, onde ele pode voltar a ser utilizado como matéria prima para gerar o mesmo 
produto que fora, ou um novo produto, reduzindo a utilização de recursos naturais. 
A reciclagem química que recupera os compostos que originaram materiais ou 
substâncias. O objetivo dessa recuperação dos compostos e substâncias químicas é reutilizá-
los como matéria prima secundária na produção de novos produtos. 
A reciclagem energética que tem estreita relação com a incineração de resíduos. Ela é 
feita a partir de uma instalação de combustão de resíduos gerando um produto, a energia 
(eletricidade e calefação), que pode ser vendido ou reutilizado para abastecer processos. 
O processo de reciclagem envolve etapas como: coleta, seleção, preparação, 
processamento industrial e reintegração do material reciclado ao processo produtivo. Cada 
etapa dessas se constitui em um elo do canal reverso de pós-consumo. 
Para que os elos que compõem esses canais cumpram sua função dentro da cadeia 
logística reversa, os geradores de resíduo devem ser responsabilizados pela destinação 
ambientalmente segura dos produtos pós-consumo. 
Os grandes geradores de resíduos como os de OLA contaminado, devem gerenciar os 
resíduos garantindo assim a qualidade dos resíduos, para que esses atendam as condições 
necessárias para ser inserido no processo de reciclagem que o levará ao ciclo produtivo. Esse 
gerenciamento compreende as atividades relacionadas ao manuseio do resíduo durante sua 
geração, a separação de outros resíduos que possam alterar suas características, o 
armazenamento que impede os vazamentos dos resíduos (especialmente os tóxicos) para o 
 
 
19 
solo ou águas, a entrega do resíduo aos coletores que estejam comprometidos ambientalmente 
com o ciclo produtivo. 
 
 
2.3 Cadeia logística do óleo lubrificante automotivo 
 
O ciclo logístico do óleo lubrificante automotivo tem início nas refinarias de petróleo 
onde são produzidos os óleos básicos. Os produtores adquirem o óleo básico das refinarias 
nacionais ou estrangeiras e adicionam aditivos, transformando-os em OLA. Após o descarte 
do óleo resíduo pelo consumidor, que acontece em postos de troca como: postos de 
combustíveis, posto de serviços, oficinas mecânicas e concessionárias (oficinas autorizadas), 
onde tem início o ciclo logístico reverso do OLA. 
• Os pontos geradores armazenam o óleo contaminado ou usado para posterior 
recolhimento por dois tipos de coletores, os coletores registrados pela ANP – 
Agencia Nacional de Petróleo e os coletores não oficiais. 
 
Os coletores oficiais devem recolher esse resíduo, obrigatoriamente, para as 
rerrefinadoras de óleo lubrificante, segundo a Resolução CONAMA 362/2005. 
Já os coletores não oficiais, na maioria das vezes, dão outros destinos aos resíduos. 
Muitos utilizam o óleo contaminado como lubrificante em correntes de motosserra, em 
lavagem de peças componentes de motores, como combustível em olarias ou ainda, como 
tratamento preventivo à ação de cupim em madeira de coberturas de edificações e estacas de 
cercas. Embora a queima do óleo seja proibida no Brasil, esta também é uma forma comum 
de desvio dos óleos lubrificantes usados, coletados por empresas não licenciadas. 
O rerrefino reinsere no sistema uma parte da matéria e da energia que se tornaria lixo 
com grande potencial de contaminação ambiental. Assim, os óleos lubrificantes usados são 
coletados, separados e regenerados para utilização como matéria-prima, reduzindo assim a 
energia gasta com a exploração do petróleo para a produção do óleo básico. 
As rerrefinadoras recebem os OLA’s contaminados dos coletores oficiais, sendo o 
rerrefino viável se o teor de água estiver em no máximo 5 %. Ao fim do processo de 
rerrefinamento o óleo contaminado se transforma em óleo básico, voltando ao ciclo logístico 
(SENAI, 2006).Assim, é possível identificar as duas partes do ciclo logístico do óleo lubrificante 
(Figura 1), onde o ciclo principal se inicia no refino do petróleo e termina nos consumidores. 
 
 
20 
Já o ciclo reverso do óleo lubrificante, começa quando o consumidor volta ao ponto de 
revenda, que nesta fase passa a ser gerador de óleo lubrificante automotivo contaminado, onde 
é realizado o serviço de troca. O ciclo reverso do OLA termina nas refinarias que após 
processo de transformação do produto contaminado em óleo básico é reinserido no ciclo 
logístico principal. 
Figura 1 – Ciclo Logístico do Óleo lubrificante Automotivo 
Fonte: ANP/ Adaptado (2006). 
 
As empresas No Brasil existem 19 empresas autorizadas pela ANP para exercer, a 
atividade de rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado (Figura 2), estando essas 
empresas localizadas em sua maioria nas regiões sul e sudeste. Enquanto são 39 empresas 
(Figura 3), autorizadas a exercer a atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou 
contaminado no Brasil, registradas pela ANP (ANP, 2007). 
 
 
Figura 2 – Localização das Rerrefinadoras de óleo lubrificante no Brasil 
Fonte: Sindirrefino (2008). 
 
 
21 
 
Figura 3 – Localização dos centros de coleta de óleo lubrificante contaminado no Brasil 
Fonte: Sindirrefino (2008). 
 
 
2.4 O gerenciamento do OLA contaminado 
 
O correto gerenciamento dos resíduos sólidos em empresas, de pequeno e médio porte, 
do setor automotivo é indispensável para a qualidade da gestão ambiental dos centros 
urbanos. A cooperação ambiental mútua, em prol de um objetivo comum, que é a destinação 
responsável dos resíduos gerados, pode trazer benefícios econômico-financeiros para todos os 
envolvidos (VILAS et al, 2009). 
O óleo lubrificante usado é um resíduo tóxico que é coletado e comprado por empresas 
rerrefinadoras cadastradas na ANP, de acordo com o que é estabelecido pela legislação 
específica (GOMES et al, 2008). 
Segundo Teixeira et al (2009), a reciclagem é o tratamento mais apropriado ao óleo 
lubrificante usado, pois permite o seu reaproveitamento. Através da utilização de alguns 
processos é possível separar o óleo em diversos produtos ou obter a sua purificação. 
As obrigações e definições sobre o recolhimento e destinação de todo o óleo 
lubrificante usado ou contaminado são determinadas pela Resolução 362 de 23 de junho de 
2005 instituída pelo CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Esta resolução 
considera o rerrefino do óleo lubrificante usado ou contaminado como instrumento prioritário 
para a gestão ambiental. Assim, todo o óleo lubrificante contaminado deve obrigatoriamente 
ser recolhido e ser destinado de forma a evitar danos ambientais, sendo proibido qualquer 
descarte em solos, águas superficiais, sistemas de esgoto ou lançamento de águas residuais. 
 
 
22 
Os geradores deveriam destinar todo, OLA contaminado ao rerrefino, de forma que as 
empresas de rerrefino e as empresas coletoras estejam devidamente licenciadas pelo órgão 
ambiental competente e registradas na Agencia Nacional de Petróleo. 
Os geradores devem armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à 
coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos. O sistema de armazenamento 
dos óleos lubrificantes usados ou contaminados deve ser construído, e mantido de forma a 
evitar infiltrações, vazamentos e ataque pelo seu conteúdo e riscos associados, sendo 
observadas as condições no manuseio, carregamento e descarregamento (BRASIL, 2005). 
Os coletores de óleos contaminados deverão planejar suas atividades, de forma a evitar 
que o óleo lubrificante usado venha a ser contaminado por produtos químicos, combustíveis, 
solventes e outras substâncias. Assim como, garantir que as atividades de manuseio, 
transporte, e transbordo do óleo usado coletado sejam efetuadas em condições adequadas de 
segurança e por pessoal devidamente treinado, atendendo à legislação pertinente. 
Os rerrefinadores de óleos usados têm como obrigação receber todo o óleo lubrificante 
usado ou contaminado regenerável, exclusivamente de coletor autorizado pela ANP, e assim, 
responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou contaminados não 
regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente. 
Algumas medidas podem ser tomadas durante o procedimento de troca de óleo 
lubrificante automotivo, de modo a minimizar o impacto ambiental provocado pelo mesmo. 
Os resíduos gerados neste procedimento, bem como estratégias para seu gerenciamento e 
controle, são apresentados no Quadro 1. 
 
 
23 
 
Resíduos Estratégias de Gerenciamento 
Acondicionado em tambores sobre bacia de contenção 
e local livre de intempéries. Óleos lubrificantes usados e 
sem condições de uso Encaminhamento para empresa licenciada para 
reciclagem de óleos lubrificantes ou rerrefino. 
Separação. 
Escoamento do óleo lubrificante automotivo residual. 
Disposição final: aterro de resíduos perigosos, 
licenciados. 
Embalagens de óleo 
lubrificante automotivo 
Encaminhamento para empresa licenciada para 
reciclagem de embalagens contaminadas. 
Segregação na fonte. 
Acondicionamento em embalagem identificada. 
Armazenagem temporária em local fechado. 
Estopas e serragem com óleo 
lubrificante automotivo 
Disposição final: aterro para resíduos perigosos. 
Separação: sistema separador água/óleo 
Centrifugação para separar a fração oleosa: 
Água - reuso em processos de limpeza ou 
encaminhamento para tratamento em empresas 
licenciadas. 
Águas contaminadas com 
óleo lubrificante automotivo 
Óleo lubrificante automotivo - encaminhamento à 
indústria especializada em rerrefino. 
Quadro 1 – Resíduos e Estratégias de Gerenciamento 
Fonte: Adaptado de SENAI (2006) 
 
 
2.5 Legislação Pertinente ao Tema 
 
Esta seção dedica-se ao levantamento dos aspectos legais e normativos vigente no país 
relacionados às atividades de geração, coleta e destinação final dos resíduos estudados durante 
a pesquisa. 
A legislação que norteia a atuação dos responsáveis pela destinação de óleo 
lubrificante pós-consumo estabelece parâmetros para a pesquisa sobre os aspectos, técnicos e 
jurídicos envolvidos no ciclo reverso do OLA pós-consumo. 
O levantamento da legislação vigente que trata especificamente da destinação do óleo 
lubrificante contaminado ou usado possibilitou desenhar o desenvolvimento histórico desta 
atividade no país. 
 
 
24 
 
Data Legislação Definições 
31.08.1993 Resolução CONAMA 009/93 Estabelece definições e torna obrigatório o recolhimento e 
destinação adequada de todo o óleo lubrificante usado ou 
contaminado 
30.04.1999 Portaria ANP 81/99 Define regras destinadas a assegurar o ressarcimento das 
despesas das empresas rerrefinadoras de óleos lubrificantes 
usados ou contaminados, regularmente cadastradas na ANP. 
30.07.1999 Portaria ANP 125/99 Estabelece a regulamentação para a atividade de 
recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante 
usado ou contaminado. 
30.07.1999 Portaria ANP 126/99 Estabelece a regulamentação para a atividade de produção ou 
importação de óleo lubrificante acabado a ser exercida por 
pessoa jurídica sediada no País, organizada de acordo com as 
leis brasileiras. 
30.07.1999 Portaria ANP 127/99 Estabelece a regulamentação para a atividade de coleta de 
óleo lubrificante usado ou contaminado a ser exercida por 
pessoa jurídica sediada no País, organizada de acordo com as 
leis brasileiras. 
30.07.1999 Portaria ANP 128/99 Estabelece a regulamentação para a atividade industrial de 
rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser 
exercida por pessoa jurídica sediada no País, organizada de 
acordo com as leis brasileiras. 
30.07.1999 Portaria ANP 129/99 Especifica os óleos lubrificantes básicos de origem nacionais 
ou importados para comercialização em território nacional. 
 
30.07.1999 Portaria ANP 130/99 Estabelece o Regulamento Técnico ANP nº 05/99,que 
especifica os óleos lubrificantes básicos rerrefinados. 
30.07.1999 Portaria ANP 131/99 Estabelece a obrigatoriedade do registro prévio do produto na 
ANP para a comercialização de óleos lubrificantes, graxas 
lubrificantes e aditivos em frasco, para óleos lubrificantes de 
aplicação automotiva, fabricado no país ou importados, a 
granel ou embalados, de origem mineral, vegetal ou sintética. 
29.11.2000 Resolução CONAMA 273/00 Dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos de 
combustíveis e serviços. 
23.06.2005 Resolução CONAMA 362/05 Dispõe sobre o rerrefino de óleo lubrificante usado. 
23.03.2007 Norma Administrativa – NA 
120/07 
Esta norma estadual emitida pela Superintendência de 
Administração do Meio Ambiente, o órgão ambiental do 
Estado da Paraíba, estabelece critérios e procedimentos para 
subsidiar a análise do processo de licenciamento ambiental de 
atividades de armazenamento e comércio varejista de 
combustíveis líquido derivados de petróleo, álcool carburante, 
gás natural veicular e óleo lubrificante. 
29.08.2007 Portaria Interministerial 
464/07 
Estabelece os percentuais mínimos de coleta de óleo 
lubrificante usado ou contaminado no país. 
 
Conforme pode ser observado, em 1993 foi estabelecida a Resolução CONAMA 009 
que obrigava a destinação do óleo ao rerrefino. No entanto, apenas a partir de 1999 foram 
estruturadas as normas que representaram um marco na regulamentação do procedimento de 
destinação de óleo lubrificante pós-consumo, onde foram definidas normas técnicas para a 
destinação correta do óleo, no sentido de evitar o prejuízo ambiental. 
 
 
25 
Apenas em 2005 foi consolidada a Resolução CONAMA nº 362 com o objetivo de 
ampliar o escopo das considerações a respeito da destinação desse resíduo considerado 
perigoso, revogando a CONAMA 009. 
Para proceder à avaliação dos geradores objeto dessa pesquisa foi utilizada a 
legislação aqui listada. No entanto, a NA-120/07 foi à principal fonte de parâmetros para a 
avaliação, por servir ao estado da Paraíba e por ser a única a tratar dos aspectos de infra-
estrutura dos pontos geradores. Esses aspectos serão detalhados nos resultados desta pesquisa 
(seção 4). 
 
 
 
26 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
3.1 Tipo de estudo 
 
Este trabalho teve como finalidade analisar o ciclo reverso do OLA contaminado ou 
usado na cidade de João Pessoa, de forma a evidenciar problemas ambientais e indicar 
medidas prevencionistas que, uma vez adotadas, podem eliminar ou minimizar relevantes 
danos de ordem ambiental, ocupacional, e de saúde pública. 
A pesquisa aqui apresentada é de natureza exploratória, pois teve como objetivo 
conhecer a variável de estudo tal como se apresentou, seu significado e contexto onde ela se 
inseria. Além disso, serviu para levantar informações e aprimoramento de idéias que se tinha 
a cerca do ciclo reverso do óleo lubrificante automotivo na cidade de João Pessoa (PB). Por 
isso utilizou-se a pesquisa de campo, como procedimento metodológico, onde foram 
levantadas informações por meio de entrevista direta aplicada, prioritariamente, às pessoas 
responsáveis pela troca de óleo e através de observação in locu da infra-estrutura e dos 
procedimentos adotados nas áreas de troca de óleo. 
O caráter descritivo deste método permitiu a análise crítica da situação atual do ciclo 
reverso do OLA contaminado ou usado. 
Para consolidar o estudo foi realizada revisão bibliográfica acerca do tema “Logística 
reversa” através de livros, artigos, dissertações e teses. Também foram obtidas informações 
importantes, durante a participação em seminários, congressos e palestras realizadas pelas 
instituições: UFPB, FUNDAJ, Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Associação 
Brasileira de Engenharia de Produção. 
Para o incremento do conhecimento acerca do tema, também foi utilizada como fonte 
de pesquisa a legislação vigente no país (Anexo). 
 
 
3.2 Caracterização da área de estudo 
 
Para determinar a área de estudo fez-se necessário delinear os critérios a serem 
utilizados para caracterizar os geradores objeto da investigação. Com isto foi elaborada para 
esta pesquisa a caracterização dos geradores de óleo automotivo lubrificante contaminado ou 
usado objeto da investigação apresentada neste documento. 
 
 
27 
“Gerador de óleo automotivo lubrificante contaminado ou usado é qualquer pessoa 
física ou jurídica que forneça o serviço de troca de óleo na cidade de João Pessoa, que esteja 
localizado próximo a lugares que apresentem risco potencial de contaminação por escoamento 
de óleo, como: os principais rios da cidade, as áreas de floresta e ainda as áreas próximas ao 
mar”. 
A caracterização apresentada no Quadro 2 foi elaborada com o intuito de identificar os 
pontos que fizeram parte da pesquisa de campo. Esses pontos estavam localizados em regiões 
próximas aos principais rios, áreas de floresta e praias da cidade (Quadro 2). 
 
Principais rios Principais áreas de floresta Áreas próximas ao mar 
Rio Jaguaribe Mata da Amém Praia do Bessa 
Rio Laranjeiras Parque Arruda Câmara Praia de Manaíra 
Rio Sanhauá Jardim Botânico Benjamin 
Maranhão 
Praia de Tambaú 
Quadro 2 - Principais áreas de risco de contaminação por escoamento de óleo lubrificante 
 
Após a determinação das características dos geradores, foi realizada uma busca através 
da lista telefônica e do Google Maps (site da internet usado para busca de endereços), no 
sentido de encontrar os geradores que compreendiam o universo desta pesquisa. O 
cruzamento das informações estabelecidas pela definição dos geradores e a busca pelos 
estabelecimentos e sua localização geográfica resultou no apontamento de 64 pontos (Figura 
4), de forma que foram aplicados 35 questionários, formando assim uma amostra de 56% da 
população. 
 
 
28 
 
Figura 4 – Localização do geradores identificados para pesquisa de campo 
Fonte: Google Maps (2009) 
 
O tamanho da amostra foi calculado com 90% de confiança, por meio das seguintes 
equações: 
Calculo do Tamanho da Amostra (n) 
( )
( ) 222/
2
2/
)1(..
...
ENZqp
ZqpN
n
−+
=
α
α 
 
Margem de erro (E) 
1
.
2/ −
−=
N
nN
n
qp
ZE α 
 
Onde: 
n = Número de indivíduos na amostra 
N = Número de indivíduos da população 
Zα/2 = Valor crítico que corresponde ao grau de confiança desejado. 
 
 
29 
p = Proporção populacional de indivíduos que pertence a categoria que se deseja 
estudar. 
q = Proporção populacional de indivíduos que NÃO pertence à categoria que se deseja 
estudar (q = 1 – p). 
E = margem de erro ou erro máximo de estimativa. 
A proporção populacional foi encontrada a partir dos dados coletados, considerando a 
variável mais relevante para a pesquisa, que foi a informação sobre o destino do óleo 
contaminado, chegando assim a proporção p = 0,57. 
 
 
3.3 Coleta e Tratamento de Dados 
 
A coleta de dados foi realizada, por meio de um roteiro de entrevista (Apêndice A), 
elaborado e aplicado em 35 pontos que prestavam o serviço de troca de óleo, no momento da 
pesquisa. De forma que as entrevistas foram realizadas com o proposito de obter subsidios 
para a avaliação do fluxo reverso do OLA contaminado, que tem início nos geradores 
localizados na cidade de João Pessoa. 
As variáveis levantadas na coleta de dados para análise do processo logístico reverso 
do óleo lubrificante automotivo pós-consumo na cidade de João Pessoa (PB), foram: 
1. Os agentes do ciclo reversos envolvidos na geração, recolhimento, e destinação 
final dos resíduos analisados nesse estudo; 
2. As condições de manejo do resíduo na sua geração e recolhimento; 
3. Os aspectos sócio-ambientais que envolvem a geração dos resíduos 
4. O conhecimento dos agentes do ciclo reverso sobre: 
a. os riscos que esses resíduos podem causar, 
b. a importância desses agentes na cadeia, e 
c. A legislação nacional que dispõe sobre o tema. 
 
A coleta de dados se iniciou com uma visita ao órgãoambiental do estado, a 
SUDEMA, responsável por licenciar empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou ainda daquelas que, sob 
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
 
 
30 
Em seguida a coleta de dados foi realizada nos pontos identificados (seção 3.2). O 
roteiro de entrevista foi aplicado no periodo entre os meses de março e abril de 2009, junto 
aos geradores dos seguintes tipos: 
• postos de combustíveis – empresas comercializadoras de combustiveis que 
fornecem o serviço de troca de óleo; 
• oficinas mecânicas – empresas que oferecem serviços de manutenção veicular; 
• concessionárias – empresas comercializadoras de veículos, que prestam serviço 
automotivo autorizado. 
A análise dos dados foi feita através de uma abordagem quantitativa (tabelas e 
gráficos) de modo a englobar os aspectos mensuráveis da amostra pesquisada, e de uma 
abordagem qualitativa com base na bibliografia e legislação consultada. 
Destarte, foi feita uma comparação da situação real com base nas respostas às 
questões, e na observação das áreas de troca de óleo lubrificante automotivo em detrimento as 
determinações da legislação vigente e na estrutura logística reversa apresentada na 
bibliografia estudada. 
 
 
 
 
31 
4 RESULTADOS 
 
Como resultado da pesquisa exploratória foram evidenciadas informações importantes 
sobre o ciclo reverso do OLA, tais como: o perfil dos geradores, a atuação do órgão ambiental 
responsável pela fiscalização, os coletores que atuam no município de João Pessoa, a infra-
estrutura das áreas de troca, o tipo de armazenamento do óleo resíduo e o volume de OLA 
gerado. 
Os dados analisados nesta seção tiveram como base as medidas de controle ambientais 
estabelecidas no artigo 12º da NA 120/07 da SUDEMA (Superintendência de Administração 
do Meio Ambiente), onde se destacam: 
 
II – Concretar pista da área da troca de óleo e da lavagem de veículos; 
III – Instalar Caixa Separadora de Água e Óleo – SAO, na área de lavagem de 
veículos, troca de óleo e ilha de abastecimento; 
IX – Os resíduos oleosos usados ou contaminados, resultante dos procedimentos 
operacionais dos postos de revenda, a fase oleosa do separador água/óleo e a 
drenagem do conteúdo das embalagens, deverão ser armazenados adequadamente 
enviados para reciclagem em instalações de Rerrefino de óleo, salvo os casos 
previstos no Art. 10 da Resolução CONAMA N.º 362/2005, bem como apresentar 
mensalmente Planilha de Movimentação de Óleo. 
 
Com relação a infra-estrutura foram observados elementos como a caixa separadora, e 
a canaleta de contenção, que interligadas impedem o escoamento dos resíduos oleosos para as 
vias publicas. 
A caixa separadora água/óleo (Figura 5) funciona a partir da diferença de densidade 
entre os líquidos. 
 
 
32 
 
Figura 5 – Projeto de uma caixa separadora água/óleo 
Fonte: SENAI-PE (2006) 
 
A água utilizada na lavagem de peças e até do próprio automóvel, escoa para caixa 
separadora (composta de três tanques) através das canaletas que devem circundar a área de 
troca. De forma que o óleo lubrificante automotivo se acumula na parte superior do tanque (1) 
e o material mais pesado (areia entre outros) se deposita no fundo. À medida que a água entra, 
enchendo este tanque, o OLA da superfície junto com a água, transborda para o tanque (2) 
onde o lubrificante fica na superfície e a água na parte debaixo, que é transferida por uma 
passagem inferior junto ao fundo e de onde é recolhida para tratamento, reutilizada como água 
de lavagem ou descartada para rede de esgotos, dependendo da qualidade da água. 
O óleo lubrificante automotivo que fica na superfície deve ser transferido para o 
tanque (3) e recolhido para reciclagem. 
 
1 2 
3 
1 2 
2 3 
 
 
33 
4.1 Perfil dos Geradores 
 
Foram entrevistados três tipos de geradores, sendo eles: 
 
Tabela 2 - Tipo de geradores pesquisados 
Gerador Percentual na pesquisa 
Postos de Gasolina 49% 
Oficinas Mecânicas 34% 
Concessionárias 17% 
Fonte: Pesquisa direta 
 
Quanto ao número de funcionários (diretos e/ou indiretos) que trabalham com a troca 
de óleo, as informações coletadas indicaram que em média estão envolvidos com a operação 
de troca de óleo: 2 nos postos de gasolina, 7 nas oficinas mecânicas e 10 nas concessionárias 
(Tabela 3). Nos postos de gasolina os funcionários acumulam duas atividades, a de frentista, e 
a troca de óleo. Já nas oficinas mecânicas e nas concessionárias, os funcionários são 
mecânicos que realizam manutenção preventiva ou corretiva veicular de um modo geral. 
 
Tabela 3 - Número médio de funcionários envolvidos 
na troca de óleo por gerador 
Geradores 
Nº médio de funcionários 
envolvidos na troca de óleo 
Postos de Gasolina 2 
Oficinas Mecânicas 7 
Concessionárias 10 
Fonte: Pesquisa direta 
 
 
4.2 Atuação do órgão ambiental 
 
A fiscalização dos pontos pesquisados, que é de responsabilidade do órgão ambiental, 
foi outra questão levantada nesta pesquisa. De forma que foi possível observar que apesar de 
60% dos entrevistados terem declarado possuir licenciamento ambiental para a atividade, 
desse percentual somente 19% se apresentaram adequados à norma que regulamenta a 
atividade (NA 120/07). 
No momento da pesquisa destacou-se o fato de que 75% das oficinas mecânicas consultadas 
não possuíam licenciamento ambiental (Tabela 4). 
 
 
 
34 
Tabela 4 - Licenciamento ambiental dos geradores 
Geradores Licenciados Não Licenciados 
Postos de Gasolina 71% 29% 
Oficinas Mecânicas 25% 75% 
Concessionárias 100% 0 
Fonte: Pesquisa direta 
 
Onde só 25% das oficinas não licenciadas declararam terem sido fiscalizadas pelo 
órgão ambiental. Já as empresas que possuíam licença no momento da pesquisa, afirmaram 
que frequentemente são fiscalizadas pela SUDEMA. 
 
 
4.3 Coletores que atuam na cidade de João pessoa 
 
Quanto ao destino do óleo lubrificante contaminado coletado na cidade de João 
Pessoa, constatou-se durante a pesquisa que 69% dos pontos de troca entregam o óleo resíduo 
a coletores oficiais, ou seja, registrados na Agencia Nacional de Petróleo, como disposto na 
legislação vigente. Só 11% dos entrevistados declararam que vendiam o óleo resíduo para 
coletores que não possuíam registro na ANP. No entanto, a falta de informação de 20% dos 
entrevistados, sobre quem coletava o óleo contaminado, pode ser um indício de que o óleo 
lubrificante pós-consumo esteja sendo desviado do ciclo oficial. 
Nos locais onde a informação obtida foi que o óleo era alienado para empresas 
coletoras oficiais, foi possível observar que todas as empresas rerrefinadoras estão muito 
distantes geograficamente da cidade de João Pessoa. De forma que a rerrefinadora mais 
próxima fica a 930 km (Figura 6) 
 
 
 
35 
 
Figura 6 - Localização geográfica das rerrefinadoras atuantes no ciclo reverso do OLA 
pós-consumo gerado na cidade de João Pessoa (PB)(PB)(PB) 
Fonte: Google Maps (2009) 
 
A grande distância (Tabela 5), entre as rerrefinadoras e o ponto de geração do resíduo 
em questão, pode gerar problemas, como: alto custo do transporte do resíduo, o risco de 
poluição por vazamento durante o transporte, e maior incidência de desvio do ciclo oficial. 
 
Tabela 5 – Distância entre os rerrefinadores e os geradores de João Pessoa 
Geradores Distância (km) 
Feira de Santana – BA 929 
Piracicaba – SP 2.848 
Santo Antônio da Platina – PR 3.026 
Fonte: Pesquisa direta 
 
Em tendo sido perguntado sobre o que era feito com o óleo que era coletado nos 
pontos de troca, 43% dos entrevistados responderam não saber o destino do óleo coletado em 
seus estabelecimentos. Enquanto que 57% destes sabiam que o óleo era rerrefinado e que após 
o processo o óleo poderia ser novamente utilizado como óleo novo. 
Outro dado importantesobre os coletores, notado durante a pesquisa, foi o tipo de 
veículo utilizado na coleta do OLA contaminado, onde todos os entrevistados responderam 
que caminhões tanques, como os que são utilizados para o abastecimento de combustíveis, são 
utilizados para a coleta do resíduo. 
 
 
36 
4.4 Infra-estrutura das áreas destinadas à troca de óleo 
 
Os principais pontos das instalações físicas exigidos pela NA – 120/07 emitida pelo 
órgão ambiental do estado são: o piso de concreto e a caixa separadora de água e óleo. Outro 
ponto importante considerado na pesquisa, que não é exigido em nenhum dos documentos que 
estabelecem normas a cerca da destinação dos resíduos oleosos, é a adoção de canaletas de 
contenção, que é exigida na NA-120/07 apenas para as ilhas de abastecimento em postos de 
gasolina, não sendo exigidas nas áreas de troca de óleo. 
A presença de uma infra-estrutura composta por esses elementos podem garantir um 
ambiente seguro quanto ao escorrimento de óleo para áreas vizinhas aos pontos de troca. 
Durante a pesquisa de campo foi constatado risco de contaminação, já que 83% dos 
locais não apresentavam canaleta de contenção na área de troca, em 80% dos casos não havia 
caixa separadora de água e óleo e em 44% não havia piso de concreto. 
Este fato pode implicar no despejo de resíduos oleosos provenientes da troca de óleo 
nas redes de esgoto ou nas vias pluviais, podendo atingir os solos, áreas de praia e os rios da 
cidade. 
Um indício de contaminação foi verificado, quando no momento da pesquisa, em um 
dos locais pesquisados foi possível observar a lavagem da área de troca de óleo em uma 
oficina mecânica localizada a menos de 50 metros de distância do principal rio da cidade, o 
rio Jaguaribe. 
O resíduo oleoso era escoado para uma canaleta que passava pela oficina, que estava 
diretamente ligada ao rio. Após a entrevista com as pessoas responsáveis pela troca de óleo da 
oficina, os pesquisadores puderam observar no rio uma mancha que poderia ser resultados do 
despejo do óleo no rio. 
Foi realizada uma investigação em parceria com o Laboratório de Combustíveis e 
Materiais – UFPB, onde a então mestranda do Programa de Pós-Graduação em Química da 
Universidade Federal da Paraíba, Rosa Virgínia Tavares Grangeiro, realizou uma análise 
físico-química da água do rio, para analisar o teor de Óleos e Graxas (OG), em três pontos 
próximos de onde foram observados indícios de contaminação da água (Figura 7). 
 
 
37 
 
Figura 7 - Pontos de coleta de água para análise físico-química no Rio Jaguaribe 
Fonte: Google Maps (2009) 
 
 
Estes pontos foram escolhidos para a coleta de amostras de água, por serem geradores, 
sendo uma concessionária de veículos (A), uma oficina mecânica (B) e um posto de gasolina 
(C), e estarem localizados a menos de 100 metros do rio. Outra característica desses geradores 
que motivou a escolha foi que nenhum deles possuía canaleta de contenção, nem caixa 
separadora de água e óleo, além do forte indicio, de contaminação, já relatado. 
Para a mestranda e sua orientadora a professora Maria da Conceição Silva durante a 
análise das amostras não foi possível obter um resultado confiável do ponto A. Por tanto, os 
resultados dos pontos B e C, foram os seguintes: 
- Ponto B= 22 mg/L 
- Ponto C= 25 mg/L. 
Para análise dos resultados foi utilizada a Resolução 357/2005 do CONAMA, que 
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e 
dá outras providências. 
Na concepção das pesquisadoras, “como o Rio Jaguaribe nestes pontos de coleta já 
recebeu uma grande carga poluidora, é possível comparar seus parâmetros físico-químicos aos 
de um efluente poluidor. A Resolução 357/2005 do CONAMA permite um valor de óleos e 
A 
B 
C 
 
 
38 
graxas minerais até 20 mg/L, vegetais e gorduras animais até 50 mg/L. Logo, o teor 
encontrado não está muito distante do valor de um efluente”. 
Os valores encontrados estão acima dos valores estabelecidos pela norma, o que revela 
o indicio de poluição nas águas do rio em questão. Com isto, é interessante que seja realizada 
novas investigações para verificar a gravidade da contaminação do rio, e suas origens. 
 
 
4.5 Tipo de Armazenamento 
 
Os tipos de armazenamento do óleo usado identificados na pesquisa foram: tanques 
subterrâneos em 43% dos casos, tambores metálicos verificado em 51% dos casos e 
contêineres plásticos em 4% dos casos. 
Os tanques subterrâneos são reservatórios para óleo usado com parede interna em 
chapas de aço carbono estrutural ASTM A36 e parede externa em fibra-de-vidro, com 
capacidade de até 5000 litros (Figura 8). 
 
 
Figura 8 - Reservatório subterrâneo para óleo usado 
Fonte: Sideraço (2008) 
 
O armazenamento em taques subterrâneos é considerado o mais adequado, pois a 
retirada do óleo só pode ser realizada por meio de bomba de sucção, dificultando a retirada de 
pequenas quantidades para doação. 
Os geradores que armazenam o óleo residual em tanques, do tipo tambor ou tanque de 
coleta, declaram já ter doado ou vendido, óleo contaminado em pequenas quantidades, para 
lubrificação de bicicletas, para aplicação em madeira e fossas sépticas. De forma que o tipo de 
armazenamento potencializa o risco de contaminação devido o desvio do ciclo oficial. 
Os tanques de coleta, ou coletor de óleo, são construído em aço carbono, com 
capacidade de até 80 litros, e são utilizados durante o processo de troca de óleo, para o 
escorrimento do óleo (Figura 9). Já o tambor é feito de ferro com tampa removível e tem 
capacidade de 200 litros (Figura 10). 
 
 
39 
 
Figura 9 - Coletor de óleo lubrificante automotivo Figura 10 - Tambor de ferro 
Fonte: Jactóil (2008) Fonte: Norte Recicla (2008) 
 
 
O armazenamento em tambores metálicos, verificado em 51% dos casos, depende da 
transferência do óleo contaminado do coletor para o tambor, onde são utilizados em muitas 
das vezes, recipientes improvisados, facilitando assim, a ocorrência de derramamento de óleo. 
Este fato específico foi observado in loco, ao se presenciar o derramamento de parte do óleo 
contaminado no chão, que durante a realização da limpeza, escoa para a rede pluvial ou para o 
solo. 
 
 
4.6 Volume de OLA contaminado gerado na cidade 
 
Para obter a informação acerca do volume de óleo lubrificante automotivo 
contaminado gerado na cidade de João Pessoa (PB), foi feita uma estimativa utilizando 
números relativos à frota de automóveis e o volume de OLA comercializado, e dados sobre o 
volume de OLA contaminado gerado na cidade, coletados durante a pesquisa de campo. 
A frota de automóveis que circula na cidade de João Pessoa, segundo estatísticas do 
DENATRAN (2009), vem crescendo nos últimos anos (Tabela 6). Esse crescimento demanda 
um maior numero de manutenções, o que faz com que o volume de óleo gerado aumente. 
 
Tabela 6 – Frota de Automóveis 
Frota 2006 2007 2008 
Brasileira 45.372.640 49.644.025 54.506.661 
Automóveis no Brasil 27.868.564 29.851.610 32.054.684 
(%) Automóveis 61,42% 60,13% 58,81% 
Automóveis em João Pessoa 100.829 109.320 118.120 
(%) Automóveis em João Pessoa 0,36% 0,37% 0,37% 
Fonte: DENATRAN (2009) 
 
Para cada troca de óleo, realizada durante a manutenção preventiva dos automóveis, 
são necessários em média 3,5 litros de OLA. Essa troca deve ser feita no mínimo duas vezes 
 
 
40 
por ano, segundo recomendação dos manuais de diferentes montadoras (Fiat, Wolksvagem, 
Chevrolet). Considerando essas informações e a frota de automóveis de João Pessoa (PB), foi 
calculada uma estimativa do volume de OLA comercializado na cidade (Tabela 7). 
 
Tabela 7 – Estimativa do Volume de OLA comercializado 
em João Pessoa 
 2006 2007 2008Volume (l) 705.803 765.240 826.840 
 
 
Essa estimativa é ainda conservadora, ou sub-dimensionada, já que os automóveis de alta 
utilização, como táxis e outros veículos comerciais, realizam mais que duas trocas anuais. Além 
desse aspecto, também não foi considerada a necessidade de se “completar” o óleo do cárter 
bastante comum, principalmente nos carros mais velhos. 
Até 2007 a Portaria 127/99 da ANP determinava que 30,0% do volume de óleo 
comercializado deveriam ser coletados e destinados ao rerrefino, em 2007 a Portaria 
Interministerial 464/2007 determinou que em 2008 o percentual mínimo de coleta deveria ser de 
19% do volume comercializado na região. Partindo dessas informações foi possível calcular o 
percentual mínimo de coleta previsto pela legislação. 
 
Tabela 8 – Volume mínimo de OLA para coleta em João Pessoa 
 2006 2007 2008 
Volume para coleta (l) 211.741 229.572 157.100 
 
 
Sobre o volume de óleo comercializado nos locais pesquisados, as informações não 
são precisas, por que a maioria dos entrevistados declarava um número aproximado ou médio 
do volume, com base no que eles achavam que vendiam diariamente ou mensalmente. 
Ao serem perguntados sobre os volumes de OLA comercializados, não eram 
consultados ou mostrados qualquer tipo de registro. O que pode significar que os dados 
obtidos, principalmente nas oficinas mecânicas e nos postos de gasolina não são confiáveis. O 
mesmo ocorreu para o volume de resíduo gerado (Tabela 8). 
 
Tabela 9 - Volume médio de óleo comercializado nos 
estabelecimentos pesquisados 
Geradores Média de óleo comercializado 
(litros/mês) 
Oficinas Mecânicas 233 
Postos de Combustíveis 316 
Concessionárias 2100 
 
 
41 
Tomando os valores médios de lubrificante comercializado e multiplicando pelo 
número de pontos considerados nessa pesquisa como geradores potencialmente 
contaminadores na cidade, ou seja, os 64 pontos levantados, onde foram identificados 11 
concessionárias, 22 oficinas e 31 postos de combustíveis, foi possível fazer uma estimativa 
sobre o volume mínimo de óleo contaminado disponível para coleta, os 19% que atende a 
legislação vigente (Tabela 9). 
 
Tabela 10 - Volume mínimo disponível para coleta em 2008 
Geradores 
Quantidade de 
Pontos 
Volume Médio 
Comercializado 
(l/ano) 
Volume Mínimo 
p/ Coleta 
(l/ano) 
Concessionárias 11 25200 52.668 
Oficinas Mecânicas 22 2796 11.687 
Postos de combustíveis 31 3792 22.335 
 
Dessa forma, estimasse que em 2008 o volume mínimo de óleo lubrificante 
contaminado disponível para coleta foi de 86.690 litros. 
 
 
 
42 
5 CONCLUSÃO 
 
 
Este trabalho teve como objetivo avaliar as condições de gerenciamento do óleo 
lubrificante automotivo (OLA) contaminado ou usado gerado na cidade de João Pessoa. 
Durante o estudo bibliográfico ficou evidente que a logística reversa pode ser aplicada 
no gerenciamento de resíduos tóxicos, dando a estes, destinação adequada. 
Os resíduos pós-consumidos, que podem ser reaproveitados legalmente, são 
movimentados num ciclo reverso produtivo gerando lucro e reduzindo a utilização de matéria-
prima. Além disso, a logística reversa pode consolidar uma imagem positiva e 
ambientalmente responsável de gestores e entidades perante o mercado consumidor. 
No entanto, a teoria aponta que a minimização dos riscos relacionados ao óleo 
lubrificante automotivo requer o comprometimento de todos os elos da cadeia produtiva, ou 
seja: o fabricante do produto, o gerador do resíduo, os coletores, e os recicladores. De forma 
que sejam adotados técnicas e procedimentos que contribuam com o sucesso do ciclo reverso. 
Apontando tal objetivo, identifica-se no país a existência de leis que dispõem sobre o 
destino ambientalmente adequado para o OLA contaminado ou usado. Onde são definidas 
regras para evitar a contaminação ambiental, ou até mesmo de pessoas e animais. 
Neste sentido é que o órgão ambiental do estado da Paraíba emitiu a Norma 
Administrativa 120/2007 que estabelece critérios e procedimentos que regem o processo de 
licenciamento ambiental de atividades de armazenamento e comércio varejista de 
combustíveis líquido derivados de petróleo, álcool carburante, gás natural veicular e óleo 
lubrificante. De forma que esta norma foi à principal fonte de parâmetros para avaliação das 
condições com que os geradores localizados na cidade de João Pessoa (PB) estão gerenciando 
o resíduo em questão. 
De acordo com a análise apresentada nesse estudo, onde foram observados aspectos 
relacionados à característica tóxica do óleo contaminado, foi possível concluir que o 
gerenciamento deste resíduo não está sendo adequado, pois foram evidenciados vários 
aspectos que não condizem com o disposto na legislação. 
Apesar do Estado, possuir uma legislação própria e especifica que determina critério 
para o licenciamento da atividade de troca de óleo, foram constatados indícios de risco de 
contaminação, como: a falta de infra-estrutura adequada, relatos de coleta de óleo por pessoal 
 
 
43 
não autorizado pela ANP e armazenamento propício ao desvio do ciclo oficial e ao risco de 
derramamento de óleo. 
Outro fato importante para o ciclo reverso do OLA, contaminado ou usado, é que as 
empresas rerrefinadoras estão muito distantes de João Pessoa. No nordeste só existe uma 
empresa que faz o rerrefino do óleo contaminado, estando a uma distância de 929 km de João 
Pessoa. Isto dificulta a coleta do resíduo gerado na cidade, sendo este processo oneroso, e 
passível de causar contaminações maiores, por acidente, desvio, pequenos vazamentos entre 
outros. 
Desta forma, este trabalho sugere o desenvolvimento de intervenções dos órgãos 
ambientais para que sejam desenvolvidos e realmente exigidos meios para que o 
gerenciamento seja mais eficiente, evitando assim a contaminação ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
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SP: FGV/EAESP, 2004. 
 
 
 
48 
APÊNDICE - Questionário Aplicado aos Pontos de Comercialização e Troca de Óleo 
 
Identificação da Empresa: 
Nome do respondente__________________________________ 
Cargo/ função ___________________ 
 Tempo na função_________________ 
1. Telefone _________________________________________ 
e-mail: ______________________________________________

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