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Fisiologia do sistema reprodutor feminino

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Fisiologia do sistema reprodutor feminino 
O sistema reprodutivo das fêmeas consiste em 2 ovários e no trato genital tubular, 
que é formado por 2 tubas uterinas, útero, vagina e genitália externa. 
 
 
 
Ovários 
São glândulas duplas que produzem hormônios e os ovócitos. Eles apresentam 
diferentes formas dependendo da espécie. Forma de feijão na égua, forma de 
cacho de uva nas porcas, forma de amêndoa nas cadelas. 
Esses ovários são revestidos pela túnica albugínea e abaixo dessa túnica está o 
córtex onde se encontram os folículos. 
Ovulação é a eliminação do ovócito maduro. 
Pelo processo de ovulogênese ocorre a formação do ovócito e a partir desse 
ovócito, há a formação dos folículos, processo chamado de foliculogênese. 
1. Folículo primordial: ovócito circundando por uma camada de células da 
granulosa. 
2. Folículo em crescimento: esses folículos em desenvolvimento têm duas ou 
mais camadas de células da granulosa circundando o ovócito. À medida 
que o crescimento avança, outras camadas são acrescentadas. Há ainda a 
adição de uma camada de glicoproteínas chamada de zona pelúcida em 
torno do ovócito. 
3. Folículo De Graaf: apresentam o antro e a teca interna e externa. 
A formação dos folículos graafianos depende de hormônios e começa na 
puberdade, quando os níveis tônicos do hormônio luteinizante (LH) e do 
hormônio foliculoestimulante (FSH) começam a aumentar e diminuem a cada ciclo 
estral. 
 
 
 
 
Tubas uterinas 
As tubas uterinas também são conhecidas como ovidutos. São dois tubos 
contorcidos, que conduzem os ovócitos dos ovários para o respectivo corno 
uterino. Nas espécies domésticas, as tubas uterinas atuam como local de 
fecundação dos ovócitos liberados pelos espermatozoides. O segmento de cada 
tuba adjacente ao seu respectivo ovário expande-se para formar o infundíbulo e 
as fímbrias que se projetam de sua borda livre. As fímbrias ajudam a direcionar o 
ovócito para dentro do infundíbulo por ocasião da ovulação. No lúmen dessas 
tubas há células ciliadas e secretórias que ajudam no direcionamento dos 
espermatozoides. 
Útero 
É composto pelo corpo, cornos e cérvice. É o local de desenvolvimento do feto. 
O endométrio é seu revestimento interno e é glandular, fornecendo nutrição para 
o feto antes de ocorrer a placentação. 
O miométrio é a parte muscular do útero e suas células aumentam de tamanho 
durante a gestação. 
Já a cérvice é um esfíncter que se mantem fechado, exceto no cio e no parto e 
secreta muco que impede a entrada de bactérias pela vagina durante a gestação. 
Vagina 
Está localizada na pelve entre o útero e a vulva e serve como bainha para o pênis 
durante a copulação. 
Genitália externa 
É composta pela vulva, clitóris e lábios vaginais. 
A vulva se estende desde a vagina até o exterior, sua parte externa são os lábios 
vaginais e o clitóris fica escondido, mas é composto por tecido erétil com 
terminações nervosas sensoriais. 
Hormônios 
Estrogênio: nos mamíferos os estrogênios mais importantes são os produzidos 
pelo ovário, placenta e córtex adrenal. A estrona é o estrogênio mais importante 
nos animais domésticos gestantes. Eles estimulam a proliferação celular e o 
crescimento dos tecidos relacionados com a reprodução. Algumas das suas 
funções são: 
 Estimulação da proliferação das glândulas endometriais; 
 Estimulação da proliferação dos ductos da glândula mamária; 
 Aumento da atividade secretória dos ductos uterinos; 
 Iniciação da receptividade sexual; 
 Regulação da secreção de LH pela hipófise anterior; 
 Possível regulação da secreção de PGF2α pelos úteros gestantes ou não. 
Progesterona: é um hormônio sexual esteroide produzido pela placenta, adrenal 
e corpo lúteo. Algumas de suas funções são: 
 Promover a proliferação das glândulas endometriais; 
 Estimular a atividade secretória do oviduto e das glândulas endometriais 
para fornecer nutrientes ao embrião em desenvolvimento, antes da 
implantação; 
 Estimular a proliferação lobuloalveolar da glândula mamária; 
 Impedir a contração do útero durante a gestação; 
 Regular a secreção das gonadotrofinas 
Gonadotrofinas: Hormônio luteinizante (LH) e Hormônio foliculoestimulante (FSH) 
Na fêmea, a função principal do FSH é estimular o crescimento dos folículos. O 
LH é importante para o processo ovulatório e a luteinização da granulosa – um 
elemento essencial à formação do CL. Seus níveis aumentam na presença de 
estrogênios e diminuem na presença de progesterona. 
Esses hormônios começam a ser produzidos na vida fetal e regridem. Na 
puberdade suas concentrações se tornam elevadas mesmo que o animal seja 
castrado. 
Ovulação e corpo lúteo 
A ovulação é o processo em que o óvulo maduro vai ser liberado do ovário depois 
de todas as fases da foliculogênese. Após esse rompimento, as células da 
granulosa e da teca sofrem luteinização e se reajustam para formar o corpo lúteo 
(CL), também chamado de corpo amarelo, que produz progesterona e assegura 
a gestação até a placentação. Caso não ocorra fecundação, ele sofre luteólise pela 
prostaglandina 2 alfa. 
Ciclo estral 
Ciclo estral é o período de receptividade sexual. O intervalo de ciclo é o período 
entre o início de um tempo de receptividade até outro, também chamado de 
intervalo ovulatório. 
A ovulação pode ser espontânea (com pico de LH, aumento de estrógeno) ou 
induzida (gata e coelha – mesmo que ocorra o pico de LH, elas precisam de 
estimulação que cause um reflexo nervoso, como a copulação). 
Os animais podem ser classificados em: 
 Monoestrais: um estro por ano (cadela). 
 Poliestrais: mais de um estro por ano. 
 Poliestrais estacionais: ciclos estrais repetidos dentro de uma estação de 
procriação fisiológica do ano e um anestro longo até que essa estação 
chegue novamente. (gatas, ovelhas) 
 Poliestrais não-estacionais: apresentam vários ciclos estrais durante todo o 
ano. (vacas e porcas) 
Estágios do ciclo estral: 
 Proestro: desenvolvimento do folículo até seu rompimento. Há edema de 
vulva e descarga sanguínea (muito comum em cadelas e gatas). Esse 
sangramento ocorre devido a ruptura de capilares sob ação do estrógeno 
sobre o aumento do endométrio devido ao desenvolvimento folicular. As 
mudanças comportamentais incluem: perda de apetite, procura mais o 
dono, não aceitam o macho. 
 Estro: momento de receptividade sexual, chamado de cio, no final do estro 
geralmente ocorre a ovulação. As mudanças incluem a lateralidade da 
cauda e edema vulvar. A vaca é a única espécie que ovula após o estro, por 
isso a inseminação artificial é indicada. O estro da vaca é muito curto, em 
torno de 18 horas. As cadelas tem o maior tempo, de 1 a 2 semanas de 
estro, já as gatas tem em média 5 dias. 
Nessas duas fases, fases foliculares, há pico de estrogênio. 
 
 Metaestro: momento imediato pós-ovulatório onde começa a formação do 
corpo lúteo. O LH e FSH caem, devido a progesterona. Ocorre fechamento 
da cérvix. Esse momento é rápido. 
 Diestro: atividade do corpo lúteo até a sua regressão, produção de 
PGF2alfa para luteólise se não houver gestação. Com a destruição do corpo 
lúteo se encerra e inicia-se o estro. 
Nessas duas fases há predominância da progesterona, são fases luteínicas, vai 
desde a formação do corpo lúteo até a luteólise. Essas duas fases em cadela 
duram em média 70 dias, atingindo até 90 dias. Nas gatas duram de 7 a 21 dias. 
O diestro em gatas que não ovularam, dura poucos dias. Há um pico de 
progesterona. 
A fase de diestro é muito semelhante em cadelas gestantes e não gestantes. 
Algumas vezes, elas apresentam uma síndrome conhecida por pseudogestação, 
em que todas as características fisiológicas e comportamentais se assemelham a 
uma gestação. 
 Anestro: fase de “descanso”, onde não há ciclo, inatividade sexual, sem 
desenvolvimento folicular, com altos picos de progesterona. Ocorre na 
cadela, por isso que seu ciclo é bem mais longo. Na fasede anestro, os 
níveis de estrógeno e progesterona estão bem baixos. 
O fotoperíodo está associado com a procriação sazonal. Éguas e gatas entram em 
anestro (sem ciclo estral) no fim do outono até o fim do inverno, e o ciclo volta 
no início da primavera, quando a luminosidade é maior. Essa relação pode ocorrer 
para que o nascimento das crias seja no período mais propício do ano. Essa 
influência da quantidade de luz ocorre devido a produção de melatonina pela 
pineal e existe receptores para esse hormônio nas células do hipotálamo e nas 
gonadotróficas da hipófise, regulando assim a liberação de GnRH, aumentando-
o ou diminuindo-o, dependendo da espécie. 
Nos animais de dias longos, como as éguas, nos dias longos, a liberação de 
melatonina pelo aumento da exposição a luz, estimula a liberação de estradiol e 
GnRH. Nos dias curtos, a incidência de luz é menor e isto diminui a quantidade de 
melatonina produzida, deixando a fêmea em anestro. O contrário ocorre em 
animais de dias curtos como as ovelhas. 
Os animais que ingerem regimes nutricionais saudáveis chegam à puberdade em 
uma idade mais precoce que os animais em privação nutricional. Após o parto, se 
a fêmea entrar em balanço metabólico negativo, como acontece com as vacas, 
demora mais para que ela reinicie a atividade ovariana. 
Temperatura ambiente elevada influencia negativamente o cio, devido as 
alterações dos hormônios por causa da alta temperatura nos meses quentes. É 
importante para os animais de produção. Nesse período o tempo de cio é mais 
curto e algumas mudanças características não são notadas. 
Os feromônios são substancias produzidas e secretadas por um indivíduo que 
afeta outro da mesma espécie, provocando mudanças comportamentais, 
promove reações especificas em seus indivíduos. Podem ser usados para 
antecipar a puberdade e o cio, e é muito usado em manejo. Os machos sentem 
os feromônios pelo reflexo de Flehmen. 
Gestação 
Também chamado de prenhez, é o período desde a fecundação até o nascimento 
do feto. 
Espécies Tempo de gestação em dias 
Cadelas 60 a 65 
Gatas 60 a 65 
Vacas 274 a 291 
Éguas 323 a 341 
Porcas 110 a 116 
 
Transporte dos gametas 
As fimbrias das tubas uterinas direcionam o ovócito para dentro da tuba uterina 
e da tuba esse ovócito é direcionado até o útero. 
Os espermatozoides são transportados até a tuba uterina pela motilidade 
oferecida pela ação da ocitocina que é liberada pelo coito. Os espermatozoides 
destinados a fecundação se dirigem mais lentamente para os reservatórios de 
esperma (ex: junção das tubas com os cornos uterinos) e é aqui que ocorre a 
capacitação (demora algumas horas) desses espermatozoides para a fecundação 
do óvulo. Uma dessas alterações importantes é o estabelecimento de canais do 
acrossomo para que ocorra a passagem de enzimas proteolíticas e hialuronidases 
que são essenciais para a fecundação. Depois de todas as alterações, os 
espermatozoides saem do reservatório para efetuar a fecundação que ocorre 
após o início do estro, antes da ovulação. Os espermatozoides conseguem manter 
sua viabilidade por dias, podendo fecundar no momento da ovulação. 
Fecundação 
A primeira etapa é a penetração do espermatozoide na zona pelúcida e essa etapa 
só é possível porque a enzima hialuronidase facilita a penetração na coroa radiata 
atingindo a zona pelúcida, que vai ser rompida por sua vez, pela acrosina (enzima 
proteolítica). Após esse processo, ocorre o fenômeno que chamamos de reação 
zonal, onde essa zona passa por mudanças e se torna impermeável a outros 
espermatozoides, evitando a poliespermia. 
Após isso, o espermatozoide se funde com a membrana plasmática do ovócito, 
entrado apenas cabeça e cauda, pois sua membrana ficou pra fora. Aqui ocorre a 
fusão dos pró-núcleos formando o zigoto. 
Agora, o estrogênio será substituído pela progesterona por causa da formação 
do corpo lúteo, isso favorece o direcionamento do zigoto até o útero. A 
progesterona tem ação imobilizante no útero e promove o desenvolvimento do 
endométrio glandular, que pode secretar leite uterino (um meio nutriente para o 
embrião antes de sua implantação). 
O período embrionário caracteriza-se por crescimento rápido; os tecidos, órgãos 
e sistemas principais desenvolvem-se e os elementos principais do corpo exterior 
tornam-se reconhecíveis. O período fetal estende-se desse estágio até o 
nascimento. 
 
Implantação e Placentação 
A implantação do embrião ocorre quando ele está fixo em sua posição e 
estabelece contato físico e funcional com o útero, para que ocorra sua nutrição 
através das secreções do leite uterino. Isso ocorre 2 a 5 semanas depois da 
fecundação. Esse intervalo é mais curto na gata (duas semanas) e mais longo nas 
vacas e éguas (cinco semanas). Porém esse embrião cresce muito e fica sem 
contato com a superfície, de modo que a difusão dos nutrientes não é mais eficaz, 
por isso ocorre o desenvolvimento de membranas extraembrionárias junto com o 
sistema circulatório da mãe, para que possa haver essa passagem de nutrientes, 
chamamos essa estrutura de placenta. 
Estruturas da placenta 
 Cório: está em contato com o endométrio 
 Alantoide externo: está ligado ao cório. É nessa região de ligação com o 
cório que passa as artérias e veias umbilicais. 
 Alantoide interno: está ligado ao âmnio. 
 Cavidade alantóidea: está em continuidade com a região superior da 
bexiga do feto por meio do úraco, que passa pelo cordão umbilical. 
Quando o úraco não fecha, por ocasião do parto, ocorre o que chamamos 
de persistência do úraco, onde haverá gotejamento de urina pelo umbigo. 
 Líquido alantoide: formado por urina e produtos secretados pela 
membrana alantoide e armazena produtos excretores fetais. 
 Âmnio: circunda o feto e contém o líquido amniótico. 
 Líquido amniótico: é composto pelas secreções da mãe, do trato 
respiratório, cavidade oral do feto e também pela sua urina. Serve para 
proteger o feto de aderências com as membranas amnióticas, contra 
choques externos e serve também para dilatar e lubrificar a cérvice no 
parto. 
 Saco vitelino: está ligado ao intestino fetal e nutre-o nos estágios iniciais 
do desenvolvimento. 
Tipos de placenta 
 Placenta difusa: quando toda sua superfície está em continuidade com o 
endométrio (porcas e éguas). 
 Placenta zonaria: está fixada por um cinto que circunda a placenta (gatas e 
cadelas). 
 Placenta discoidal: inserida por uma área em forma de disco (primatas e 
coelhas). 
 Placenta cotiledônea: fixada por projeções semelhantes a cogumelos que 
se prendem as carúnculas maternas, e essa combinação é chamada de 
placentoma 
Desse modo, as placentas podem ser decíduas ou indecíduas: 
 Placenta decídua: é quando a mucosa uterina é parcialmente destruída 
durante a gestação, pois a mucosa uterina se entrosa de tal modo com a 
placenta que acaba sendo expulsa junto com ela no parto, originando uma 
ferida superficial, havendo hemorragia no parto (zonaria e discoide). 
 Placenta indecídua: é quando durante a gestação, a mucosa uterina 
permanece intacta, é como se as vilosidades do embrião se 
desencaixassem das vilosidades da mucosa uterina, portanto, não há 
hemorragia no parto (cotiledônea e difusa). 
 
 
 
 
 
 
Essas vilosidades corionicas são projeções que possuem capilares e que 
possibilita a troca de nutrientes entre a circulação embrionária e a materna. 
Uma bezerra nascida de um par de gêmeos é sempre esteril porque 
compartilham da mesma irrigação sanguínea e os hormonios sexuais masculinos 
passam para a fêmea resultando na diferenciação masculina e feminina. 
 
Hôrmonios 
A gestação é mantida pela progesterona produzida pela placenta e pelo corpo 
lúteo, mas essa última estrutura não é necessária por toda a gestação em todas 
as espécies. As éguas produzem um hormonio chamado gonadotrofina sérica 
de égua prenhe (PMSG) em torno do 35º dia e continua até cerca de 130dias de 
gestação. A PMSG ajuda a formar novos folículos, que ovulam e fornecem corpos 
lúteos adicionais. Desse modo, fica assegurado um suprimento maior de 
progesterona lútea até que o fornecimento endometrial deste hormônio seja 
suficiente à manutenção da gestação. 
 
Diagnóstico 
A palpação retal é eficiente, pois a partir do primeiro mês de gestação é possível 
notar com esse procedimento, a saliência do corno uterino. Com três meses as 
membranas fetais já podem ser palpadas assim como as carúnculas. 
A radiografia em pequenos animais só é possível depois da calcificação óssea. Já 
nas éguas, pode-se diagnosticar a prenhez pela presença do PMSG. 
A ultrassonografia é o método mais comumente usado, tanto em animais de 
grande porte quanto de pequeno porte. A ultra transretal utilizada em animais 
de grande porte. 
 
Parto 
Alguns dias antes do parto o abdome alcança seu tamanho máximo e as 
glândulas mamarias começam a secretar um material leitoso. Há também edema 
de vulva e eliminação de muco pela vagina. Há o início do aumento do 
estrogênio. 
Alguns indícios comportamentais são: urinar repetidamente, inquietude, deitar-
se e levantar-se frequentemente, e a formação de ninhos por porcas e cadelas. 
Nas porcas, um índice confiável é o aumento da frequência respiratória, já nas 
cadelas, a queda da temperatura corporal de 2° a 3 ° entre 6 a 8 horas antes do 
parto também é confiável (isso ocorre porque a progesterona aumenta a 
temperatura porque aumenta o metabolismo basal, mas quando ela cai, a 
temperatura cai também). 
Haverá aumento na produção de cortisol pelo feto devido ao estresse e redução 
nutricional, o que leva ao aumento do estrogênio antes do parto. O estrogênio 
estimula a secreção de prostaglandina 2 alfa, que faz a regressão do corpo lúteo 
e consequente diminuição da progesterona. Com o aumento do estrogênio, o 
parto vai para um estado de contratilidade. Placenta e ovário produzem relaxina 
para relaxar os ligamentos pélvicos e fazer a separação pélvica. 
Quando o feto está posicionado no canal pélvico, há secreção de ocitocina pela 
neuro-hipófise. Isso também promove a contração reflexa dos músculos 
abdominais. A prostaglandina também aumenta a sensibilidade do útero a 
ocitocina pra aumentar a contratilidade e levar a expulsão do feto. As contrações 
dos músculos uterinos e abdominais, somadas ao relaxamento dos ligamentos 
pélvicos, à separação da sínfise pélvica e à dilatação da pelve, asseguram a 
expulsão do feto. 
 
Estágios do parto 
 Contrações uterinas 
 Contrações associadas à expulsão do feto 
 Expulsão das membranas fetais 
A apresentação normal do feto deve ser a apresentação anterior cranial (membros 
torácicos voltadas pra cérvice, cabeça inserida entre as patas e o dorso do animal 
voltado para as vértebras sacrais). A posição posterior caudal também é normal, 
embora menos comum. Uma apresentação anormal, como o desvio da cabeça 
deve ser corrigida antes que o feto seja eliminado. 
A distocia é o termo que usamos para descrever problemas na expulsão do feto, 
que pode causar a sua morte a da mãe. 
Puerpério 
É o período desde o parto até que o organismo materno volte ao seu estado 
normal de não gestante. 
A involução uterina é o fenômeno de restauração do útero após o parto e 
depende das contrações uterinas, da eliminação das bactérias e da regeneração 
do endométrio. O lóquio é um corrimento uterino que ocorre após o parto, 
durante a primeira semana, e é composto por restos de membranas, muco, 
sangue, tecidos maternos e fluidos fetais. A sua eliminação e a restauração do 
tamanho do útero ocorre pelas contrações mediadas por prostaglandinas 2 alfa e 
ocitocina. 
No momento do parto, há uma porta para a entrada de bactérias que se 
proliferam no ambiente uterino favorável. Porém, as contrações uterinas bem 
como a população de linfócitos presentes auxiliam na eliminação dessa 
população. 
O cio e a ovulação geralmente ficam suspensos durante a lactação (anestro pós-
parto) em várias espécies de mamíferos. Nas cadelas, o estro não retorna até que 
os filhotes estejam desmamados. 
Mama e lactação 
As células alveolares da glândula mamaria passam por diferenciações de modo a 
tornar possível a síntese e a secreção de leite. Além disso ocorre alterações 
metabólicas como o aumento do apetite, perda do peso e hipertrofia do trato 
intestinal. No início da lactação ocorre muito desgaste nutricional. As vacas 
consomem até 85% de sua glicose e 80% da sua energia adquirida pela 
alimentação. Todos os componentes usados na síntese de leite vêm da 
alimentação: ácidos graxos, vitaminas, aminoácidos, carboidrato, água etc. Mas, 
esses componentes também são retirados na gordura corporal causando a perda 
de peso. Todos esses componentes estão “banhando” os capilares alveolares na 
mama. A prolactina, liberada pela adeno-hipófise irá agir na glândula mamaria 
promovendo o desenvolvimento da mama. Vale lembrar que o estrogênio da 
placenta já está atuando no desenvolvimento de alvéolos e a progesterona 
aumenta os ductos. A prolactina já é liberada no período pré-parto promovendo 
seu efeito biológico na mama produzindo o colostro. 
Sua ação ocorre nos alvéolos, e essas células alveolares irão produzir enzimas que 
convertem esses componentes do sangue em componentes do leite. Exemplo: 
aminoácido – caseína. Fêmeas que não desenvolvem a glândula mamaria não 
terão ação da prolactina por isso a produção do leite estará comprometida. As 
vacas apresentam o hormônio lactogênio placentário que aumentam a produção 
de leite. A ocitocina e a prolactina são estimuladas pela sucção e inibidas pela 
dopamina. A ocitocina atua na contração das células mioepiteliais para induzir a 
secreção do leite.

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