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fisiologia Reprodutiva DESENVOLVIMENTO: DIFERENCIAÇÃO SEXUAL - Até 6 semanas, o embrião se mantém em um estágio indiferenciado (considerando a gestação de um bovino - 9 meses). - Os embriões masculinos normalmente possuem mais células e maior atividade metabólica - O aparecimento de gônadas completa a diferenciação sexual: Sexo genético (definição dos cromossomos) → sexo gonadal (desenvolvimento da gônada - ovário ou testículo) → sexo fenotípico (desenvolvimento do sistema genital ao todo - genitais) - Estágio genético vai estimular genes que irão desenvolver diferenças sexuais do sistema reprodutivo e do sistema nervoso (características comportamentais masculinas e femininas) SEXO GENÉTICO MASCULINO (XY) - estágio inicial com gônadas indiferentes -a presença do cromossomo Y inicia a diferenciação em túbulos seminíferos a partir do estímulo do gene SRY (ativado pela presença do cromossomo Y) - gene SRY estimula um fator de determinação do testículo (TDF) - esse TDF estimula proteínas SOX e outros genes para continuar na diferenciação masculina - o cromossomo X ativa um gene receptor de andrógeno que irá produzir os receptores de andrógenos nos ductos genitais e na genitália externa → prepara essas estruturas para receber andrógenos (testosterona e DHT) para masculinização resumindo: cromossomos ativando genes e fatores de transcrição para produzir substâncias que determinem a transformação da gônada indiferenciada em testículo e o cromossomo x preparando receptores de andrógenos para vias sexuais SEXO GENÉTICO FEMININO (XX) - os cromossomos X estimulam a diferenciação da gônada em ovário - o primeiro cromossomo codifica um fator de transcrição nuclear que irá estimular o desenvolvimento ovariano ou inibir o desenvolvimento testicular - o segundo cromossomo X irá ser inativado em tecidos fora da gônada, ou seja, não irá atuar na gônada primitiva - ocorre a ativação do gene WNT4, o gene que ativa o desenvolvimento dos ovários e dos ductos de muller SEXO GONADAL - num blastocisto com 5 dias, as células germinativas primordiais são identificáveis - gônada indiferenciada se mantém durante as 5-6 primeiras semanas de gestação - na gônada indiferenciada há: ● epitélio celômico (irá se diferenciar em céls da granulosa ou sertoli) ● cél. mesenquimais (cél. da teca/ Leydig) ● céls germinativas (irão dar origem à endoderma do saco vitelino) - a partir de 5-6 semanas o testículo começa a se desenvolver - se não houver um cromossomo Y, em 9 semanas o ovário começa a se diferenciar - no cromossomo Y há um antígeno H-Y que rejeita tecidos do sexo oposto, permitindo o desenvolvimento da gônada para a formação efetiva de um testículo - a dobra genital do embrião ativando a região medular forma o testículo; a dobra ativando o córtex forma o ovário SEXO FENOTÍPICO - depende de um estímulo hormonal para que ocorra o desenvolvimento genital - o seio urogenital, se estimulado pela testosterona, se desenvolve dando origem à estruturas masculinas - masculino: céls de sertoli produzem hormônio antimulleriano que têm o objetivo de inibir os ductos de Muller - feminino: ductos de muller se diferenciam; nas extremidades superiores dão origem às tubas uterinas e nas extremidades inferiores, ao útero, colo uterino e vagina anterior - a presença dos cromossomos XX desenvolvem o tubérculo genital para clitóris - o ducto de Wolff, no sexo masculino, dá origem aos epidídimos, vasos deferentes, uretra, pênis, prepúcio DESCENSO TESTICULAR -migração caudal do testículo em direção ao anel inguinal profundo - ocorre na metade da vida fetal em ruminantes, no final da gestação dos suínos e 30 dias pré-parto até 10 dias pós-parto dos equinos - os testículos são originados na cavidade abdominal e precisam chegar até a bolsa escrotal para que a temperatura seja mantida (testículos devem estar em temperaturas mais baixas que a cavidade abdominal) - Falhas: ● criptorquidismo: testículos não descem para a bolsa escrotal; animal apresenta falha na espermatogênese, função endócrina se mantém ● monorquidismo: um testículo retido na cavidade abdominal; comportamento sexual normal ou anormal; produção espermática reduzida. Fisiologia Reprodutiva do Macho ANATOMIA - Dois testículos colocados na bolsa escrotal, altamente irrigados e cobertos por duas túnicas, uma parietal (vaginal) e outra visceral (albugínea) - dentro dos testículos há os túbulos seminíferos (enovelados) compostos por células de Sertoli - os túbulos estão organizados em lóbulos que saem do testículos e chegam ao epidídimo -testículos cumprem duas funções básicas: gametogênese e esteroidogênese - células de sertoli fazem a gametogênese e as células de Leydig fazem a esteroidogênese TERMORREGULAÇÃO TESTICULAR - o testículo e o epidídimo necessitam de termorregulação para manter suas funções - necessitam de temperaturas de 2-7°C mais baixas que a temperatura corporal -Há receptores de temperatura na parede do escroto que geram palpitações e transpiração - esses receptores geram uma maior frequência cardíaca e respiratória para ajudar a perder calor - pele escrotal há algumas glândulas sudoríparas adrenérgicas (não conseguem manter sozinhas a termorregulação) e menos tecido adiposo, o que ajuda na perda de calor -plexo pampiniforme: formado pelo vaso deferente que sai do epidídimo, mais artérias e veias e o músculo cremáster (todos dentro do cordão espermático); → o músculo cremáster tem a capacidade de relaxar e afastar o testículo da cavidade abdominal ou contrair e aproximar o testículo da cavidade abdominal em dias mais frios → a artéria traz o sangue do corpo para irrigar o testículo (sangue mais quente) e a veia leva o sangue (mais frio); a artéria e a veia são enoveladas, fazendo com que o calor se difunda da artéria para a veia, assim o sangue entra no testículo mais resfriado e a veia leva o sangue mais aquecido para o restante do corpo FLUXO ESPERMÁTICO NO TESTÍCULO - os espermatozóides vêm da parede do testículo em direção ao centro, onde serão lançados na Rete testis, para serem levados para a cabeça do epidídimo BARREIRA HEMATOTESTICULAR - objetivo de proteger as células germinativas (possuem Ncromossomos que podem ser destruídos pelo sistema imune) - para que ocorra essa proteção, os túbulos seminíferos são avasculares (células de sertoli não são irrigadas) - componentes da barreira: → membrana basal com barreira incompleta ou parcial composta por células mióides que circundam os túbulos → junções únicas (de oclusão) entre as células de sertoli formando uma barreira - camada mióide nos ruminantes e suínos é menos desenvolvida, então possui menor importância - essa barreira faz o controle de entrada e saída de substâncias EPIDÍDIMOS - cabeça, corpo e cauda - cabeça do epidídimo tem a função de maturação dos spitz -corpo faz maturação também e a cauda faz a maturação final e a estocagem antes dos spitz serem levados pelos ductos deferentes - ductos deferentes: função de conduzir, armazenar e nutrir os espermatozóides (mesma função dos epidídimos) → possuem um alargamento, que são as ampolas ductas (chegada dos ductos deferentes na cavidade abdominal) → nas ampolas ductas, os spitz ficam armazenados até o momento da ejaculação GLÂNDULAS ANEXAS -formam o sêmen (plasma seminal) que irá nutrir, carrear, proteger e ativar os espermatozóides -o plasma seminal é liberado em pequenas quantidades a partir do momento que o macho fica excitado para fazer a limpeza da uretra (remover restos de urina) - localizadas ao redor da uretra - são controladas pela testosterona - glândulas vesiculares, bulbo-uretrais, próstata e ampolas ductas PROCESSO DE EREÇÃO - endurecimento dos corpos cavernosos e esponjosos - a excitação aumenta a produção de GMPc→ GMPc faz uma vasodilatação → aumenta a irrigação, aumentando o corpo cavernoso e comprimindo as veias - no momento que é produzido a GMPc, há a produção de fosfodiesterase (que quebra a GMPc), mas essa produção é lenta, dando tempo de ocorrer a ejaculação - a quebra do GMPc reverte a vasodilatação, fazendo com que o pênis volte ao tamanho normal EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TESTÍCULOS - Células de Sertoli possuem receptores para FSH e Leydig para LH - O FSH estimula as céls de Sertoli a cumprir a função de espermatogênese e a secreção de algumas substâncias proteicas - O Lh estimula as céls de Leydig a produzirem os hormônios esteróides - o hipotálamo é estimulado por diversos fatores, como os hormônios metabólicos, status nutricional (animais desnutridos bloqueiam esse eixo), estimulação sexual - Hipotálamo libera GnRH que estimula a adenohipófise a produzir FSH e LH - O FSH atuando nas células de sertoli acaba estimulando a síntese de inibina, uma proteína com função de feedback negativo sobre o FSH - O LH estimula as células de Leydig a sintetizar andrógenos. Mas no momento que a testosterona cai na circulação, ela faz um feedback negativo sobre o hipotálamo e a hipófise, reduzindo o GnRH e o LH e FSH - a testosterona liberada na circulação estimula também o libido e comportamento de monta nos animais CÉLULAS DE SERTOLI - Possuem receptores de FSH e possuem ação direta sobre a espermatogênese - fornece um suporte para o desenvolvimento das células germinativas (espermatogônias) - a ação do FSH controla o número de céls de sertoli na infância do animal. A presença do hormônio estimula mais células a se desenvolverem - células de Sertoli secretam inibina, ABP - Possuem enzima aromatase que converte a testosterona produzida pelas céls de Leydig em estrógeno - síntese de IFG-1 - secreção de ABP (proteína carreadora de testosterona) -secreção de peptídeos que irão controlar a secreção de FHS: → ativina (feedback +: estimula a produção de FSH) → inibina (feedback -: inibe a produção de FSH) → folistatina: se une ao Receptor da ativina, bloqueando ele (atua quando a inibina está atuando) CÉLULAS DE LEYDIG - possuem receptores para LH - precede os espermatozóides - em um animal adulto, há atividade de aromatase em células de Leydig convertendo testosterona em estrógeno - aromatase também regula o fluido luminal, o transporte de íons e a diferenciação da morfologia do epitélio AÇÃO DOS ANDRÓGENOS - responsáveis por: características sexuais secundárias (crescimento corporal, de pelos, etc), características de comportamento masculino (agressividade, hierarquia durante a alimentação, marcação de território por feromônios), produção de spitz e manutenção do sistema de ductos - possuem atividade anabólica: estimulam o metabolismo construtivo (ganho de massa muscular), características sexuais gerais ESPERMATOGÊNESE - ocorre nos túbulos seminíferos DIVIDIDA EM DUAS FASES: 1. Espermatocitogênese: - fase proliferativa - Espermatogônia sofre divisão mitótica → espermatogônia tipo A - Espermatogônia tipo A migra para o compartimento adluminal e sofre divisão mitótica → espermatogônia tipo B - Espermatogônia tipo B sofre divisão mitótica → espermatócito primário - Espermatócito primário sofre divisão meiótica → espermatócito secundário - Espermatócito secundário sofre divisão meiótica → espermátide 2. Espermiogênese - processo de modificações morfológicas progressivas que envolvem: condensação cromatina nuclear, formação da cauda e desenvolvimento do acrossoma - processos divididos em fases: golgi, capuchão, acrossoma, maturação ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE - O espermatozoide é formado por uma cabeça, peça intermediária e cauda. A cabeça contém o material genético que será combinado com o material genético do ovócito durante a fertilização e é recoberta pelo acrossoma. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem energia para a movimentação da cauda. ESPERMIAÇÃO - é a liberação de espermatozóides prontos na luz dos túbulos seminíferos - Espermatozóides recém-formados → imóveis; são transportados até o epidídimo pelo líquido das células de Sertoli túbulos seminíferos → rete testis → vasos eferentes → epidídimo → ejaculação - no epidídimo, os spitz chegam pela cabeça e vão pra cauda, sofrendo maturação, onde serão armazenados - há uma liberação contínua de spitz pelos sistemas de ductos: ● alguns podem ser fagocitados no epidídimo ou perdidos na urina TRANSPORTE, MATURAÇÃO E ARMAZENAGEM EPIDIDIMÁRIA - epidídimos possuem a capacidade de secreção de PTNs, açúcares, carnitina e esteroides para serem usados na nutrição desses spitz e maturação para adquirirem motilidade - na cauda, os spitz atingem a maturação - spitz não ejaculados são liberados pela urina ou reabsorvidos (fagocitados) DESENVOLVIMENTO SEXUAL - depende de hormônios → concentrações de gonadotrofinas e de testosterona - No período infantil: baixa secreção de gonadotrofinas e testosterona; hormônio antimulleriano continua sendo produzido com a função de down-regulation (ajudará a manter os níveis baixos de testosterona) - Período pré-púbere: gônadas começam a secretar uma quantidade maior de testosterona e gonadotrofinas; período mais crítico em relação a nutrição → animal for bem alimentado produz um maior número de céls de Sertoli (aumenta a espermatogênese) - Período púbere: há um acelerado desenvolvimento reprodutivo; se o animal foi bem nutrido, ele entrará nesse período mais rápido - o desenvolvimento sexual depende da secreção de LH no período infantil para que aconteça um desenvolvimento testicular. Assim, ao chegar na vida adulta, o indivíduo alcance um tamanho testicular máximo - quanto melhor for a nutrição na infância, maior será a frequência de pulsos de LH com o objetivo de estimular mais o desenvolvimento testicular para que o animal chegue na maturidade com um perímetro escrotal maior - animais com deficiências de nutrição terão menores picos de LH e, como consequência, menor desenvolvimento testicular PRÉ-PUBERDADE - antes da puberdade, existe uma inibição do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas: ● menor atividade do pulso gerador de GnRH ● o eixo está inativado porque o hipotálamo nessa fase é muito mais sensível ao feedback negativo dos esteróides (mesmo sendo baixa a concentração de testosterona, esta é capaz de inibir esse eixo) PUBERDADE - momento em que aparece os primeiros espermatozóides férteis no ejaculado - na puberdade há espermatozóides móveis e libido, mas o animal ainda pode não conseguir completar uma monta (não atingiu a maturidade sexual) - a habilidade de reprodução só ocorre no momento da maturidade sexual, que ocorre semanas após o animal entrar na puberdade - nessa fase há uma multiplicação intensa das células de Sertoli ● Bovinos: atinge a puberdade entre os 6 -10 meses de idade ● ovinos e caprinos: 8 - 10 semanas ● suínos: 120-150 dias de idade - fatores genéticos e ambientais influenciam o animal na entrada da puberdade; peso também influencia - problemas sanitários, clínicos e nutricional atrasam a puberdade e a maturidade sexual - interações sexuais: a presença de animais de ambos os sexos é importante por conta dos feromônios liberados HABILIDADE REPRODUTIVA - é a maturidade sexual; a capacidade fecundante completa - é variável conforme as espécies ● bovinos → 12 - 14 meses ● ovinos → 08 meses LIBIDO - depende da presença de testosterona - se relaciona com a dominância social: é maior em animais criados na forma extensiva Fatores que interferem a libido: ● o ambiente social: a presença com outros animais é importante para o macho para seu desenvolvimento sexual na fase pré-púbica ● idade, carga genética e fatores ambientais - permitea expressão de comportamento sexual COMPORTAMENTO DE MONTA - envolve o despertar sexual e para isso há uma dependência muito grande do órgão vomeronasal, que irá captar os ferormônios → estimula a secreção de LH → estimula a produção de testosterona para potencializar a libido - envolve o cortejo, a vocalização, cheirar, lamber - animal procura a fêmea para a monta - o animal tem que ser capaz da introdução e manutenção do pênis na vagina - ejaculação (peristaltismos dos músculos uretrais e bulboesponjosos força o sêmen da uretra para o exterior) - descida Fisiologia Reprodutiva da Fêmea não gestante ANATOMIA DA FÊMEA 1. Ovários: - função gametogênica e esteroidogênica - em cada fase do ciclo estral, haverá estruturas diferentes na superfície ovariana - morfologia varia entre espécies - estruturas que podem estar presentes na superfície: ● Corpus albicans: é branco; uma cicatriz de corpo lúteo que já regrediu ● corpo hemorrágico: transição entre um folículo e um corpo lúteo; preenchido por sangue ● corpo lúteo: estrutura sólida; células preenche toda a estrutura ● folículo: não é maciço igual ao corpo lúteo (é transparente); apresenta um único ovócito II O grande aumento sofrido pelos folículos, selecionados para se tornarem maduros, é principalmente devido ao acúmulo de fluido pelo qual o óvulo é colocado para fora no momento da ovulação. A cavidade interna do folículo rompido, embora seja inicialmente preenchida por sangue (formando o corpo hemorrágico), é prontamente ocupada pela hipertrofia das células da granulosa e da teca. Esse processo origina uma estrutura sólida, conhecida como corpo lúteo. Os corpos lúteos são estruturas transitórias que crescem e regridem entre um período de estro e o subsequente (assumindo que não ocorra gestação). Os corpos lúteos por fim regridem e são substituídos por tecido conjuntivo cicatricial, o corpo albicans (corpo branco). 2. Tubas uterinas (ovidutos ou trompas) - estruturas que conectam o ovário ao útero - são 4 segmentos: ● Infundíbulo: expansão da tuba uterina próxima ao ovário; formato de funil e preenchido por fímbrias ● Ampola e Istmo - Através de sua contração, geram movimentos ciliares que promovem a rotação do ovócito e assim permite a fertilização - como está em constante movimento, impede que o ovócito se implante na sua parede 3. Útero: - diferenças entre espécies - funções de: transportar os spitz para a ampola (local de fecundação); implantação do embrião e de manutenção fetal; gestação e parto (gera contrações); e produção de hormônios e outras substâncias DIFERENCIAÇÃO SEXUAL - a proteína alfa-fetoproteína atua no hipotálamo do embrião prevenindo a entrada de estrógenos no cérebro - hipotálamo é “feminilizado”: forma um núcleo no hipotálamo chamado de centro de surgimento (ou de pico) → importante para fazer os picos de LH quando a fêmea estiver ciclando - macho não precisa desse centro, então o estrógeno (testosterona) entra livremente no cérebro; o hipotálamo então é “desfeminilizado”. PRÉ-PUBERDADE - baixa frequência de pulsos de GnRH → baixa frequÊncia de pulsos LH e FSH → baixo crescimento folicular e não ocorre ovulação - sinais metabólicos, ambiente físico e social ajustam o alarme da puberdade; se forem positivos se tornam potencial para puberdade se desenvolver precocemente - porém depende das condições internas do animal A transição da pré-puberdade para a puberdade: - modificação na sensibilidade (diminui) do eixo hipotálamo-hipófise ao estrógeno - aumenta os pulsos de GnRH. LH e FSH - aumenta o crescimento folicular nos ovários e a produção de estrógenos - com isso, completa-se a puberdade PUBERDADE - É o momento que o centro tônico e o pré-ovulatório estão ativados no hipotálamo - momento na qual o animal libera pela primeira vez células germinativas maduras - ovócito primário é convertido em secundário e um corpúsculo polar O primeiro CIO pode ser silencioso pois não há progesterona circulante para ativar o hipotálamo: - o ovário desenvolve um folículo que ás vezes ovulará sem um comportamento de estro (cio silencioso) - O corpo lúteo produzido do folículo ovulatório da ovulação silenciosa secreta progesterona que “ativa” o hipotálamo - o priming (ativação) do hipotálamo pela progesterona habilita o estrógeno secretado pelo próximo folículo ovulatório a desencadear um comportamento estral Leptina: - hormônio importante para manifestação da puberdade - produzida pelo tecido adiposo (principalmente) - fornece ao hipotálamo uma informação de quantidade da reserva de energia. Então fornece sinais metabólicos ou de desenvolvimento) - através dela que o hipotálamo interpreta que o animal já se desenvolveu e está pronto para começar a ciclar - produz um sinal permissivo que aumenta a secreção de GnRH *exceção para porca, onde a leptina não tem efeitos na puberdade - No caso dos machos, após atingir a puberdade, a leptina diminui pois ela inibe a via da testosterona - Na fêmea, após a puberdade ela participa do processo de foliculogênese (então se mantém elevada ao longo da vida reprodutiva da fêmea) CICLICIDADE REPRODUTIVA - é o período entre duas ovulações - a duração do ciclo estral, do estro e da ovulação são diferentes entre as espécies - fêmeas são classificadas de acordo com a frequência de ciclos estrais no ano: ● Poliéstricas anuais: ciclam ao longo de todo o ano (vaca e porca) ● Poliéstricas sazonais: ciclos durante determinada época do ano; de dias curtos ou fotoperíodo decrescente (pequenos ruminantes) e de dias longos ou fotoperíodo crescente (égua e gata) ● Monoéstricas: ocorre 1 ciclo por ano CONTROLE HORMONAL - hipotálamo libera GnRH que estimula a adenohipófise a secretar FSH e LH - o FSH vai atuar principalmente nos folículos que estão iniciando o desenvolvimento e depois continua atuando no crescimento e na ovulação (mas com menor ação que o LH); estimula a secreção de estrógenos pelo folículo - O LH atua na maturação, na ovulação e na formação do corpo lúteo (o estimula a secretar progesterona) - Tanto o estrógeno quanto a progesterona fazem feedback negativo para o eixo hipotálamo-hipófise - um folículo prestes a ovular faz um feedback positivo sobre o eixo hipotálamo-hipófise estimulando um pico de LH e FSH para que ocorra a ovulação FASES DO CICLO OVARIANO - Fase folicular: fase que vai desde a regressão do corpo lúteo do ciclo anterior até a ovulação ● hormônio predominante é o estrógeno → fase estrogênica - Fase luteal: ovulação até regressão do corpo lúteo; envolve a formação do corpo lúteo; fase mais longa ● hormônio predominante é a progesterona → fase progesterônica - luteólise: regressão do corpo lúteo -luteogênese: formação do corpo lúteo ESTÁGIOS DO CICLO ESTRAL - fase folicular: proestro + estro - fase luteal: metaestro + diestro proestro → inicia com a regressão do corpo lúteo; período de crescimento do folículo ovulatório e aumento da secreção de estrógeno estro → pico de estrógeno, seguido de pico de LH; animal apresenta receptividade sexual; culmina com a ovulação metaestro → período pós-ovulatório imediato; formação do corpo lúteo e início da secreção de progesterona, fase muito curta diestro → o tempo que dura o corpo lúteo (atividade do corpo lúteo); secreção de progesterona FOLICULOGÊNESE - todas as fêmeas, ao nascimento, já trazem o seu pool de células germinativas - cada célula germinativa está envolta por uma camada de células, chamada de folículos primordiais - a cada ciclo, há o recrutamento de um folículo primordial para entrar no ciclo de crescimento Folículo primordial → ovócito I Folículo primário → ovócito I Folículo secundário → ovócito I Folículo terciário → ovócitoII Folículo pré-ovulatório (de Graaf) → ovócito II O folículo terciário apresenta várias camadas cubóides de células da granulosa e pequenos antros. Já o folículo de Graaf apresenta um único antro grande e células da granulosa que se modificaram formando as células da coroa radiata e do cumulus oophorus. - se o folículo não chegar até a ovulação, ocorre a atresia. Atresia folicular é a degeneração ou involução dos folículos do ovário, podendo acontecer em todos os estágios de desenvolvimento folicular (primordial, primário, pré-antral e antral) característica pela morte das células. - A foliculogênese se inicia com o recrutamento de pequenos folículos daquele pool de folículos ovarianos e uma produção pequena de estrógenos - Desse pequeno grupo recrutado, alguns sofrem atresia e outros são selecionados e se tornam médios folículos - os folículos selecionados produzem uma quantidade moderada de estrógeno - alguns destes folículos sofrem atresias e outros se tornam folículos dominantes que produzem uma grande quantidade de estrógenos - Os folículos dominantes irão sofrer ovulação. Nas espécies poli ovulatórias, mais de um folículo é selecionado para ovulação. Em espécies mono ovulatórias, apenas um folículo sofrerá ovulação e outro será atrésico -Células da Teca: recebe irrigação; é responsável pela esteroidogênese; tem receptores para LH; convertem colesterol em andrógenos, que se difundem para células da granulosa (possuem aromatase que converte os andrógenos em estrógenos) FASES DA FOLICULOGÊNESE - a dependência de gonadotrofinas variam com a dependência do tamanho dos folículos ● Fase independente de gonadotrofinas: fase inicial dos folículos, onde ainda não apresentam receptores para gonadotrofinas ● Fase intermediária: é facultativa, se tiver gonadotrofina o folículo cresce de forma mais rápida ● Fase dependente de gonadotrofinas: folículo apresenta receptores para Gn DOMINÂNCIA FOLICULAR - folículo que consegue crescer mais - folículo que apresenta mais receptores de gonadotrofinas e maior capacidade de produção de estrógenos OVULAÇÃO - FASE FOLICULAR - pode ocorrer em qualquer ponto da superfície ovariana, exceto no hilo - processo espontâneo (menos nos felinos, onde a cópula é necessária pra estimular o pico de LH) - efeitos do pico de LH sobre as células da granulosa são críticos para ovulação: ● ativa a síntese de enzimas proteolíticas e síntese de fatores regulatórios para promover uma resposta pseudoinflamatória que romperá a parede do folículo - quando o ovócito é liberado, ocorre o preenchimento do folículo rompido com sangue, formando o corpo hemorrágico. - Em seguida, ocorre modificações morfológicas (diferenciação e proliferação celular) para formar o corpo lúteo LUTEOGÊNESE - FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO - Dependente do LH - Prostaglandina ajuda a remodelar as camadas foliculares para produzir o corpo lúteo - fatores angiogênicos, como prostaciclina e prostaglandina, irão estimular a proliferação de vasos sanguíneos porque o CL é altamente irrigado - corpo hemorrágico: início da luteogênese - o corpo lúteo é uma glândula endócrina temporária: produção e secreção de progesterona LUTEÓLISE - se não houver gestação, o corpo lúteo regride para permitir que um novo ciclo aconteça - mudanças hemodinâmicas provocam uma queda na secreção de estrógeno e progesterona e consequentemente há um desprendimento do endométrio - corpo lúteo sofre regressão e surge uma cicatriz, que é o corpus albicans - corpus albicans → tecido fibroso branco ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA - em animais de fotoperíodo decrescente/dias curtos (ovinos e caprinos), a baixa luminosidade aumenta a secreção de melatonina que gera sinais indutivos para o eixo hipotálamo-hipófise produzir GnRh, e consequentemente, LH e FSH - em animais de fotoperíodo crescente/dias longos (felinos e equinos), a alta luminosidade diminui a melatonina, que gera um sinal indutivo para o eixo hipotálamo-hipófise aumentar a secreção de GnRH, e consequentemente, LH e FSH PEQUENOS ANIMAIS - CICLO REPRODUTIVO - Cadela: ● Anestro dura 5 meses, Proestro e estro 7-9 dias e gestação ou diestro 60 dias - Gata: ● possui uma ovulação induzida → é necessário uma pressão mecânica no cérvix (alcançada pelas espículas presentes no pênis do gato) ● essa pressão estimula mecanoreceptores que mandam informações ao hipotálamo, desencadeando aumento de GnRH, LH e FSH ● se os animais entraram em estro, mas não houve monta, há um interestro que dura em torno de 1 semana Fisiologia da Fêmea Gestante FERTILIZAÇÃO - há alguns eventos críticos que precisam ser vencidos para que o processo possa se completar: ● migração dos spitz através das células do cumulus (ovócito) ● união do spitz à zona pelúcida e migrar essa região (ZP) ● fusão das membranas plasmáticas dos pró-núcleos masculino e feminino - os ovócitos se encontram na metáfase II rodeados pela zona pelúcida e cumulus oophorus + corona radiata - no caso da cadela e égua: os ovócitos ainda estão em metáfase I, e a meiose terá continuidade no oviduto por 2-3 dias - a segunda divisão meiótica vai ocorrer no oviduto após a fertilização - o spitz para completar o processo de fertilização precisam sofrer dois processos: capacitação espermática (motilidade) + reação acrossômica (liberação de enzimas no acrossomo) - Na zona pelúcida há 3 receptores: ZP1, ZP2, ZP3 (mais externo) ● Quando o acrossomo se liga na ZP3 ocorre a reação acrossômica e ativa o ZP2, que ajuda o spitz a ultrapassar a zona pelúcida ● ZP1 é ativado e inativa o ZP3, impedindo que outros spitz entrem no ovócito - quando ocorre a penetração, há uma captação de Ca2+ pelo ovócito, liberando conteúdos armazenados em grânulos que bloqueiam a entrada de outro espermatozóides - a penetração do spitz ativa o ovócito, que termina sua meiose → Ocorre a fusão dos cromossomos haplóides (pró-núcleos feminino e masculino) → formação do zigoto MANUTENÇÃO DA GESTAÇÃO INICIAL - Corpo Lúteo é responsável por manter essa gestação inicial - CL atua como uma glândula endócrina transitória: secretando progesterona, estrógeno e relaxina - corpo lúteo segue até a placenta ser formada (ela passa a produzir progesterona) - produção de luteotrofinas para manter a atividade do corpo lúteo e inibir sua regressão - as luteotrofinas são produzidas pelas células trofoblásticas fetais Equinos: os ovócitos não fertilizados permanecem no oviduto e serão fagocitados; os que chegam ao útero são apenas os fertilizados; Já no útero, esse ovócito ficará se movimentando para bloquear prostaglandinas, permitindo a permanência do corpo lúteo. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO - o embrião começa seu processo de desenvolvimento e de elongação - ocorre a clivagem → divisão celular do embrião sem aumentar a massa celular - formação dos blastômeros, rodeados pela zona pelúcida (ZP) - a nutrição é de forma histotrófica: recebe nutrientes promovidos pelas glândulas (primeiro do oviduto, depois do endométrio) - é fundamental que se estabeleça um com o endométrio para que o blastocisto dê origem às camadas que irão formar a placenta - blastocisto circundado por uma camada externa (sinciciotrofoblasto) e uma camada interna (citotrofoblasto) → essas camadas irão permitir a implantação no endométrio - 9-16 células: mórula - mórula sofre blastulação → forma o blastocisto - blastocisto é uma esfera oca de células embrionárias, conhecidas como blastômeros, em torno de uma cavidade interna cheia de fluido chamada blastocele - o trofoblasto dará origem aos envoltórios, enquanto a massa celular interna (MCI) dará origem ao embrião - Trofoblasto: camada celular externa (córion) que tem a função de captação seletivade nutrientes; o córion se une ao epitélio uterino para formar a placenta - MCI: origem ao embrioblasto - a elongação embrionária ocorre em torno de 11-13 dias pós-fertilização IMPLANTAÇÃO - ocorre entre 2-8 semanas pós-fertilização (varia entre espécies) - depende muito da progesterona (do corpo lúteo) e de uma proteína, a Muc1 - a fixação do embrião ao endométrio depende dos receptores de superfície (integrinas) que se juntam a matriz extracelular, formando uma ponte de moléculas com o endométrio - essa fixação libera luteotrofinas que permitem o reconhecimento materno da gestação canino: implantação cêntrica primatas, humanos: implantação intersticial (penetração no epitélio) ruminantes: carúnculas (se liga em sítios específicos) suínos, equinos: se liga em áreas inespecíficas do endométrio - no momento da implantação, a progesterona promove uma receptividade uterina FORMAÇÃO DOS ENVOLTÓRIOS FETAIS - após a implantação, começa a formar os envoltórios fetais a partir do trofoblasto - líquido amniótico: contém saliva, secreção nasal, urina fetais, céls epiteliais ● faz a proteção do feto e no parto ajuda na dilatação das vias fetais - líquido alantoideano: tem origem renal, então terá urina fetal, ácido úrico, ureia, alantoína e glicose PLACENTAÇÃO - córion fetal ligado a mucosa uterina dá origem a placentação - conduz vasos sanguíneos para nutrir e limpar o embrião - placenta deciduada: existe uma firme aderência do epitélio do córion com o epitélio uterino; anexos fetais não são eliminados juntos com o feto (carnívoros, primatas e roedores) - placenta adeciduada: a união entre as porções fetais e maternas são menos intensas ; anexos fetais são eliminados junto com o feto (equino, ruminantes, suínos) FUNÇÕES DA PLACENTA - respiração, nutrição e filtração das excreções do feto - artérias umbilicais: vem do feto → mãe - veias umbilicais: vem da mãe → feto - placenta também fornece imunoproteção: permitindo a passagem de imunoglobulinas, garantindo a imunidade relativa do recém-nascido - função respiratória: manter as pressões de O2 e CO2 nas normalidades: ● PO2 feto < PO2 mãe (para que o feto receba oxigênio) ● PCO2 feto > PCO2 mãe ( para que ele envie para a mãe) ● como a PO2 fetal é mais baixa, a hemoglobina fetal possui maior afinidade com o oxigênio para captá-lo (estando em menores concentrações) - água é passada por osmose, junto com alguns íons - placenta funciona como uma barreira: os nutrientes passam através de uma transferência seletiva da mãe, conforme a necessidade do feto - placenta também secreta hormônios: esteróides e proteicos ● são liberados no plasma fetal e no líquido amniótico - em suínos, bovinos e caprinos o corpo lúteo se mantém até o fim da gestação secretando progesterona - em equinos, ovinos, primatas, a partir do ⅓ ou ⅔ da gestação, a placenta passa a secretar progesterona - em felinos e caninos, o CL tem o tempo de vida de 2 meses (mesmo tempo de gestação) - o estrógeno secretado pela placenta participa na preparação ao fim da gestação: ● atua na preparação dos tecidos maternos para o parto, lactação e amamentação ● começa com níveis baixos e aumenta conforme a gestação se prolonga ● promove um aumento contínuo dos músculos uterinos ● promove um relaxamento e amaciamento dos ligamentos pélvicos da mãe e junção dos ossos pélvicos para facilitar o parto ● desenvolve a glândula mamária HORMÔNIOS ESTERÓIDES NA PLACENTA 1. Ovário produz sozinho progesterona e estrógeno → ratos e coelhos 2. ovário e placenta produzem em associação → ovário produz progesterona e placenta estrógeno em bovinos, caprinos, suínos, felinos, caninos; regressão do CL termina a prenhez 3. Placenta produz hormônios em diferentes períodos da gestação: - gata: após o dia 45 (gestação de 62 dias) - ovelha: após dia 55 (gestação de 150 dias) - primata: após dia 35 (gestação de 280 dias) - égua: após dia 150 (gestação de 320 dias) PARTO - envolve três tipos de fatores: ● fatores mecânicos: estiramento do cérvix e contrações uterinas ● fatores neurais: relacionados a inervação do miométrio ● fatores hormonais: cascatas hormonais que desencadeiam o término da gestação, a expansão do canal de nascimento, o início das contrações e os reflexos de síntese e ejeção do leite - possui três etapas: 1. início das contrações uterinas e a dilatação cervical 2. expulsão do feto 3. expulsão da placenta - no parto, há uma alta sensibilidade do miométrio às prostaglandinas e ocitocina - desencadeamento do parto ocorre através de um sinal específico do feto: o feto passa por um momento estressante que passa a produzir cortisol - o aumento de cortisol fetal cai na corrente sanguínea da mãe, que também provoca um aumento do cortisol materno → desencadeia uma liberação de prostaglandinas que deslocam a placenta e passa a produzir menos progesterona - a prostaglandina e o estrógeno provocam contrações miometriais e aumentam a produção de ocitocina (para ajudar nas contrações) - sinais que a mãe manifesta na hora do parto: ● respiração agitada ● expulsão do tampão mucoso ● vulva avermelhada ● aumento das mamas ● diminui a temperatura corporal ● comportamento de ninho ● alguns animais se isolam 1. ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO: - preparação do útero para o trabalho de parto - é um mecanismo de reflexo autonômico neural - dura entre 8-24h - acontece contrações coordenadas desde o ápice do útero em direção ao cérvix, com o objetivo de forçar a cabeça do feto em direção ao colo uterino para poder sair - se houver +1 de feto, há contrações reversas para direcioná-los (como se entrassem em fila para o nascimento) - nesse momento pode haver ruptura das bolsas fetais que ajudam a lubrificar o canal cervical junto com a produção de muco 2. ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO: - é a expulsão do feto - o feto se introduz na enseada pélvica e começa fortes contrações reflexas (miométrio) e voluntárias (diafragma e músculos abdominais) para empurrar o feto até o aparecimento de sua cabeça na vulva - no momento que o feto está colocado no canal do parto, isso exerce uma pressão maior das paredes deste canal. Esta pressão é chamada de Reflexo de Ferguson - Reflexo de Ferguson: a presença do feto no canal é percebida por mecanorreceptores, que levam a informação até a medula e depois para o hipotálamo (núcleo paraventricular) → estimula a síntese de ocitocina e secreção da ocitocina armazenada na neurohipófise → ocitocina liberada em grandes quantidades para que haja contrações mais fortes para que consiga empurrar o feto para fora 3. ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO - expulsão da placenta - continuidade das contrações uterinas (menor intensidade) desde o corno do útero até o cérvix que empurram a placenta para se desprender do útero e ser expulsa - algumas espécies (principalmente as pequenas), como porcas, gatas e cadelas, realizam a placentofagia: comem a placenta - as espécies pequenas fazem isso como uma prevenção (minimizar a atenção de predadores) Duração média dos três estágios do trabalho de parto em animais domésticos PUERPÉRIO - desde a expulsão da placenta até o reinício da atividade cíclica normal (quando a fêmea está pronta para outra gestação) - envolve a involução uterina (útero tem que voltar para o seu tamanho normal), a regeneração do endométrio e a expulsão dos lóquios (líquidos com tecido) - para que isso ocorra, é necessário que permaneça as contrações uterinas por 4-5 dias para reduzir a hemorragia e começar o processo de evacuação dos lóquios (que dura entre 18-30 dias) - as contrações fecham os vasos sanguíneos rompidos - em 4-5 dias o tamanho do útero tem que sofrer involução de 60% (útero não gestante) - há redução de tamanho, perda de tecidoe reparação do tecido lesado - a involução completa do útero, dependendo da espécie, leva em torno de 4-5 semanas (em equinos e suínos em 2 semanas) - no processo de puerpério há um afluxo de leucócitos pois no parto há um certo grau de contaminação - o ovário continua a produzir estrógenos, que aumentam a capacidade uterina em eliminar bactérias no cérvix - os lóquios no começo é sanguinolento e passa a ser seroso conforme os dias passam - o animal só poderá ter outra gestação quando outra gestação quando a superfície endometrial estiver re-epitelizada - a amamentação ajuda no puerpério pois há liberação de ocitocina para ejeção do leite. - essa ocitocina mantém as contrações uterinas para eliminação do conteúdo uterino e na involução do útero LACTAÇÃO - MAMOGÊNESE - a mamogênese é a fase de desenvolvimento da glândula mamária - a glândula mamária de um animal não gestante é composta quase por completa com tecido adiposo - o tecido adiposo é substituído por tecido secretório - estrógeno estimula o sistema de ductos, o estroma e o depósito de gorduras - a progesterona estimula os alvéolos mamários - quando a glândula está capacitada a sintetizar leite, ela tem que ser suprida de nutrientes: ● GH, prolactina, glicocorticóides e insulina vão levar os nutrientes para constituição do leite (ptns, carboidratos, lipídeos…) LACTAÇÃO - LACTOGÊNESE E LACTOPOIESE - quando a mamogênese está completa, a lactação pode ocorrer - para que haja produção de leite, os hormônios esteróides têm que cair, então tem que ser depois do parto - a diminuição dos hormônios esteróides durante o parto provoca a síntese de leite - durante a gestação a síntese de leite é estimulada pelo lactogênio placentário - manutenção da produção de leite é feita pela prolactina - o colostro é o primeiro leite a ser mamado pelo recém-nascido e é mais fino, tem concentração maior de glicose e ptn e menor de gordura - Há grande concentração de proteínas porque há imunoglobulinas no colostro - é importante que o filhote mame o colostro nas primeiras horas de vida porque as imunoglobulinas serão absorvidas pelo intestino (pois nas primeiras 24h ainda não há junções de oclusão nas células do intestino, então o filhote consegue absorver essas imunoglobulinas). - pós-colostro, o leite começa a ser produzido com as características de cada espécie LACTAÇÃO - EJEÇÃO DO LEITE - ocitocina → libera o leite - prolactina → produz o leite - os dois hormônios são estimuladas com a sucção (mamada ou ordenha) - sucção → ativa mecanorreceptores que mandam impulsos sensoriais → hipotálamo sintetiza e secreta mais ocitocina → ocitocina faz a contração de células mioepiteliais do teto que fazem a ejeção do leite - a sucção também estimula o hipotálamo a produzir prolactina para sintetizar leite para próxima mamada - situações estressantes liberam adrenalina, que impedem a ligação da ocitocina em seus receptores na glândula mamária → não há liberação de leite - quando a adrenalina é consumida, o leite volta a ser liberado
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