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História da Radiologia

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/
DESCRIÇÃO
Apresentação da história da Radiologia no Brasil, através do desenvolvimento das diferentes
modalidades que integram o radiodiagnóstico.
PROPÓSITO
Compreender a cronologia relativa ao desenvolvimento da Radiologia e seus conceitos,
apresentados pelos principais pesquisadores que contribuíram para a evolução da Radiologia
como importante ferramenta diagnóstica.
OBJETIVOS
/
MÓDULO 1
Reconhecer os diferentes modelos atômicos desenvolvidos no passado e sua evolução até os
dias atuais
MÓDULO 2
Identificar a história dos principais pesquisadores fomentadores do surgimento da Radiologia e
do seu desenvolvimento
MÓDULO 3
Analisar a história da Radiologia no Brasil e os pesquisadores brasileiros
MÓDULO 4
Identificar as principais modalidades de imagem médica integrantes do radiodiagnóstico
INTRODUÇÃO
A descoberta dos raios X, por Wilhelm Conrad Röntgen, foi divulgada para o mundo por meio
de um telégrafo, em 6 de Janeiro de 1896, iniciando uma nova etapa na história da medicina,
com o surgimento da Radiologia, considerada como uma nova especialidade médica.
O desenvolvimento da ciência, no decorrer do último século, agregou outros métodos no
diagnóstico por imagem, tais como a ressonância magnética, a ultrassonografia, a
densitometria óssea e a tomografia computadorizada.
A Radiologia tem seu marco inicial no Brasil próximo ao final do século XIX, com o primeiro
aparelho de Radiografia sendo trazido ao país pelo médico José Carlos Ferreira dos Reis e
/
instalado no município de Formiga em Minas Gerais.
Essa história iremos descobrir ao longo da leitura desse conteúdo, reconhecendo os
pesquisadores que fomentaram o surgimento da Radiologia e conhecendo um pouco mais
sobre o desenvolvimento da Radiologia em nosso país.
MÓDULO 1
 Reconhecer os diferentes modelos atômicos desenvolvidos no passado e sua
evolução até os dias atuais
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS MODELOS
ATÔMICOS
Durante toda história, os cientistas manifestaram grande curiosidade em compreender
questões relativas ao nosso universo. Pensando nisso, modelos teóricos foram desenvolvidos
por diversos pesquisadores, com o objetivo de ilustrar suas teorias e transmitir suas
percepções. Na histórica da química atômica, as concepções de seus modelos se iniciam em
um período antes de Cristo - a.C. - e se estenderam até o século XX. Essas sucessivas teorias
sobre modelos atômicos, permitiram aprendizados e questionamentos que contribuíram para
fomentar o que é compreendido por modelo atômico, amplamente difundido atualmente.
 
Fonte: Shutterstock.com
/
MODELOS ATÔMICOS DA ANTIGUIDADE
(FILOSÓFICO)
As primeiras contribuições sobre essa temática foram dadas pelos filósofos gregos Leucipo e
Demócrito , em aproximadamente 450 a.C.; suas teorias sugeriam que tudo seria formado por
minúsculas partículas indivisíveis. Como em grego o prefixo “a” significa “não” e “tomo” é o
mesmo que “partes”, foi dado o nome de átomo a essa suposta minúscula partícula. Como
essa ideia apresentada não foi cientificamente comprovada, sendo questionada por influentes
filósofos como Platão e Aristóteles, que defendiam a ideia de matéria contínua, a teoria foi
definida apenas como uma hipótese, sendo substituída por outras posteriormente
desenvolvidas que utilizaram bases científicas em seu desenvolvimento.
MODELOS ATÔMICOS CIENTÍFICOS
Após um grande intervalo de tempo, nos séculos XIX e XX, foi possível o desenvolvimento de
testes experimentais, rechaçando a ideia de que todos os elementos eram compostos por
minúsculas partículas e, dessa forma, foi possível estabelecer uma teoria mais aproximada
sobre a estrutura atômica.
 VOCÊ SABIA
Neste processo teórico evolutivo dos modelos atômicos, os cientistas aprimoravam teorias
desenvolvidas por seus antecessores e substituíam conceitos comprovados como errôneos,
até que surgisse uma nova teoria mais completa e comprovadamente mais correta.
As quatro mais influentes teorias apresentadas no processo teórico evolutivo dos modelos
atômicos são:
MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON
/
Em 1803, Dalton retrocedeu às ideias propostas pelos filósofos Leucipo e Demócrito e
apresentou o modelo da bola de bilhar. De acordo com o autor, a matéria é formada por
átomos, que são partículas minúsculas, maciças, esféricas e indivisíveis. Esta teoria apoiava-
se na ideia de que os átomos seriam apenas diferenciados por massa, tamanho e propriedades
para formar elementos químicos diferentes.
 
Fonte: Shutterstock.com
MODELO ATÔMICO DE JOSEPH JOHN THOMSON
A teoria de Dalton foi sustentada por um bom tempo, até que, em meados de 1898, o físico
inglês Joseph John Thomson, utilizando em seu experimento uma ampola de Crookes,
conseguiu confirmar a existência de partículas subatômicas com cargas negativas (elétrons)
que compunham esta mesma matéria. Desta forma, foi proposto por Thomson a teoria do
pudim de passas que apresenta a seguinte concepção: “O átomo é constituído de uma
partícula esférica de carga positiva, não maciça, incrustada de elétrons (negativos), de modo
que sua carga elétrica total é nula.” (LOPES, 2009)
/
 
Fonte: Shutterstock.com
MODELO ATÔMICO DE ERNEST RUTHERFORD
Em 1911, o neozelandês Ernest Rutherford desenvolveu um modelo atômico inspirado na
organização do sistema solar, onde relatava que o átomo é descontínuo e é formado por duas
regiões: o núcleo e a eletrosfera. O núcleo é denso e tem carga positiva, ou seja, é constituído
de prótons. A eletrosfera é uma grande região vazia onde os elétrons ficam girando ao redor do
núcleo.
A formulação desta teoria só foi possível por meio de um experimento, onde Rutherford utilizou
uma amostra radioativa de polônio (Po) para promover um bombardeamento por partículas alfa
(α) em uma finíssima lâmina de ouro (Au). Na realização deste experimento, o material
radioativo era protegido por blocos de chumbo (Pb) e sua radiação saía somente por uma
pequena abertura nesses blocos de blindagem. Era exatamente por meio dessa abertura que
as radiações alfas eram emitidas e interagiam na lâmina de ouro.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
Após o desenvolvimento deste experimento, a percepção dos modelos de Dalton e Thomson,
de que o átomo seria composto por um elemento maciço, foi descartada e substituída pela
teoria de Rutherford.
 
Fonte: Shutterstock.com
Em 1932, a teoria de Rutherford foi aprimorada pelo físico britânico James Chadwick com a
sua descoberta da existência de uma terceira partícula subatômica, os nêutrons. Desta forma,
/
a estrutura atômica do núcleo passou a contar com a presença dos nêutrons, além da já
conhecida dos prótons.
 
Fonte: Shutterstock.com
MODELO ATÔMICO DE NIELS BOHR
O cientista Niels Bohr, baseado no modelo atômico de Rutherford, propôs melhorias na
concepção da teoria, criando assim o modelo atômico batizado por Rutherford-Bohr. As
principais mudanças são citadas a seguir:
Os elétrons movimentam-se em uma trajetória circular orbitando ao redor do núcleo.
Cada órbita apresenta energias constantes bem definidas (nível de energia), onde são
acomodados os respectivos elétrons.
As camadas eletrônicas ou níveis de energia seriam representadas pelas respectivas
letras do alfabeto romano (K, L, M, N, O, P e Q), de modo correspondente da camada
mais interna (próximo ao núcleo) para a camada mais externa;
As órbitas são gradativamente preenchidas pelos elétrons em ordem crescente de
energia.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
Percepções obtidas por meio do experimento realizado por Niels Bohr e Ernest
Rutherford
Em 1911, ao realizar o bombardeamento de uma finíssima lâmina de ouro por meio de um
elemento radioativo emissor de alfa (polônio), Ernest Rutherford pôde perceber que três
diferentes possibilidades ocorriam com as partículas alfa emitidas:
Em sua maioria, as partículas de alfa conseguiam atravessar a lâmina de ouro sem sofrer
nenhum tipo de desvio em sua trajetória.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
Algumas das partículas apresentavam um certonível de desvio em sua trajetória.
Um número extremamente reduzido de partículas apresentavam desvio de retroprojeção,
ou seja, batiam na lâmina e voltavam.
Observando estes três distintos cenários, Rutherford deduziu que era impossível a
compreensão de que um átomo seria constituído por estruturas maciças e, assim, recomendou
a teoria que o átomo seria composto por um núcleo central (denso, pequeno e de carga
positiva) e pela eletrosfera, que seria de 10.000 a 100.000 vezes maior que o núcleo orbitado.
Admitir o movimento circular dos elétrons em torno do núcleo foi a solução para justificar a não
ocorrência da ação da atração dos elétrons (carga negativa) em relação aos prótons (carga
positiva). No modelo de Dalton, apesar da compreensão da existência dos elétrons, ele
considerou que estas partículas estariam encrustadas na estrutura maciça do núcleo.
Devido a características da partícula alfa (carga positiva), foi possível constatar a posição
central do núcleo, que concentra grande parte da massa de um átomo e de carga igualmente
positiva, e outra região periférica representada por nuvem difusa de elétrons, organizados de
forma bem espaçada, denominada eletrosfera.
/
MODELOS ATÔMICOS BASEADOS NA FÍSICA
QUÂNTICA
O aprimoramento do modelo apresentado por Rutherford só foi possível por meio de novas
concepções oriundas de Planck da Física Quântica, como por exemplo:
01
02
01
Ao realizar o movimento orbitário, os elétrons não perderiam energia, como seria previsto pelo
entendimento da física no eletromagnetismo clássico. Desta forma, os elétrons orbitariam de
forma estacionária em diferentes níveis de energia. Nessas órbitas, a aceleração do elétron
não representaria perda de energia.
02
É possível o ganho ou perda de energia por parte dos elétrons. Caso isso ocorra, será
necessária uma mudança de nível energético, pulando de uma órbita permitida para outra,
absorvendo ou emitindo energia cinética.
Os modelos apresentados explicam teorias, o que não significa que representam fielmente o
átomo em sua totalidade. De igual forma, vale ressaltar que, atualmente, existem modelos mais
aprofundados baseados em físico-química quântica.
Estes conceitos não serão apresentados nesse módulo, por entender que apenas com teorias
da físico-química clássica, o discente terá total embasamento teórico para compreensão do
conteúdo programático desta disciplina.
/
EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DOS MODELOS APRESENTADOS DEFINE O ÁTOMO COMO UMA
ESFERA NÃO MACIÇA DE CARGA POSITIVA E COM PRESENÇA DE
PARTÍCULAS SUBATÔMICAS DE CARGAS NEGATIVAS, ADERIDAS
/
NESTA ESTRUTURA? DEVIDO A ESTA CONDIÇÃO, A CARGA
TOTALIZANTE DO ÁTOMO SERIA NULA.
A) Modelo de Ernest Rutherford
B) Modelo de Dalton
C) Modelo de Thomson
D) Modelo de Rutherford-Bohr
E) Modelo de Leucipo e Demócrito
2. QUAL DOS MODELOS APRESENTADOS DURANTE ESTA AULA DEFINE
O ÁTOMO COMO DESCONTÍNUO E SENDO FORMADO POR DUAS
REGIÕES: O NÚCLEO E A ELETROSFERA?
A) Modelo de estrutural baseado em física quântica
B) Modelo de Dalton
C) Modelo de Thomson
D) Modelo de Rutherford-Bohr
E) Modelo de Leucipo e Demócrito
GABARITO
1. Qual dos modelos apresentados define o átomo como uma esfera não maciça de
carga positiva e com presença de partículas subatômicas de cargas negativas, aderidas
nesta estrutura? Devido a esta condição, a carga totalizante do átomo seria nula.
A alternativa "C " está correta.
 
O modelo de Thomson, também conhecido como modelo de pudim de passas. Nele foi
confirmada a existência das partículas subatômicas (elétrons), que estariam encrostados na
estrutura esférica do próprio átomo
2. Qual dos modelos apresentados durante esta aula define o átomo como descontínuo e
sendo formado por duas regiões: o núcleo e a eletrosfera?
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/
A alternativa "D " está correta.
 
Rutherford deduziu que era impossível a compreensão de que um átomo seria constituído por
estruturas maciças e, assim, recomendou a teoria que o átomo seria composto por um núcleo
central (denso, pequeno e de carga positiva) e pela eletrosfera, que seria de 10.000 a 100.000
vezes maior que o núcleo orbitado. Admitir o movimento circular dos elétrons em torno do
núcleo foi a solução para justificar a não ocorrência da ação da atração dos elétrons (carga
negativa) em relação aos prótons (carga positiva).
MÓDULO 2
 Identificar a história dos principais pesquisadores fomentadores do surgimento da
Radiologia e do seu desenvolvimento
PRINCIPAIS PESQUISADORES NA
EVOLUÇÃO DA RADIOLOGIA
Para melhor compreender o evento que culminou na descoberta dos raios X, é primordial
reconhecer que foi fundamental a contribuição de importantes cientistas que realizaram
pesquisas e desenvolveram instrumentações, possibilitando a Röntgen, no ano de 1985, a
realização do seu experimento.
Vamos definir que a história da Radiologia foi escrita por diversas mãos, atribuí-la somente a
um ou outro pesquisador é um grande erro.
Por isso, vamos enumerar alguns dos homens que participaram ativamente de importantes
eventos prévios à descoberta da radiação.
São eles: Ivan Pulyui, Heinrich Hertz, Johann Wilhelm Hittorf, William Crookes, Nikola
Tesla, e Philipp Lenard.
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/
IVAN PULYUI
Foi um físico e inventor ucraniano, que foi defendido como um dos primeiros
desenvolvedores do uso de raios X para imagens médicas. Suas contribuições foram
amplamente negligenciadas até o final do século XX.
HEINRICH HERTZ
Foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação eletromagnética, criando
aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio. Em sua homenagem, a unidade de
frequência no Sistema Internacional de Unidades é denominada hertz.
JOHANN WILHELM HITTORF
O físico alemão foi o primeiro a calcular a capacidade de transporte de eletricidade de
átomos e moléculas carregadas, um fator importante no entendimento de reações
eletroquímicas. Formulou o número de transporte e o primeiro método para sua medição.
WILLIAM CROOKES
/
Foi um químico e físico britânico que frequentou o Royal College of Chemistry em
Londres. Um assunto pelo qual tinha grande fascinação era a espectroscopia, que é o
estudo da interação entre a radiação eletromagnética e a matéria. Os métodos
espectroscópicos de análise consistem na medida da quantidade de radiação emitida ou
absorvida por moléculas ou átomos.
NIKOLA TESLA
Foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica, de etnia sérvia
nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. Era súdito do
Império Austríaco por nascimento e mais tarde, tornou-se um cidadão estadunidense.
PHILIPP LENARD
Foi um físico alemão nascido na Hungria. Galardoado com o Nobel de Física de 1905 por
suas pesquisas sobre os raios catódicos e a descoberta de muitas de suas propriedades.
Ele foi um defensor ativo da ideologia nazista.
WILHELM CONRAD RÖNTGEN E SEU
EXPERIMENTO
Ao observar o funcionamento da ampola de Crookes, uma questão sempre intrigou Röntgen:
“Será que os raios Catódicos se propagavam fora da ampola?”.
RESPOSTA
/
Devido a luminosidade ambiente, ficava muito difícil constatar esse fato. Pensando em resolver
a questão, Röntgen escureceu seu laboratório e utilizou um papel cartolina de cor preta para
envolver completamente o tubo e, deste modo, impossibilitou que houvesse a passagem dos
fótons de luz dos raios catódicos.
Após acionar o funcionamento da ampola, ele ficou observando o experimento por algum
tempo e foi quando percebeu que um material que estava presente em um canto do seu
laboratório (platinocianeto de bário), devido a sua característica fluorescente, apresentava um
brilho de cor verde, exatamente duranteo acionamento do tubo. Como o experimento estava
totalmente coberto, ele constatou que não seria possível essa interação ser provocada pelos
raios catódicos. Deste modo, ele presumiu que um novo tipo de energia poderia estar envolvido
nesse processo. Nos dias subsequentes, ele reproduziu as mesmas condições do ensaio e
iniciou os primeiros registros de sua eminente descoberta.
 
Fonte: Wellcome Images / Wikimedia Commons / CC BY 4.0
Após sua descoberta, constatou que as características inicialmente observadas nos raios X se
tratava de raios invisíveis, que se assemelhavam, em muitos aspectos, com fótons de luz.

Percebeu também que sua liberação ocorria após uma corrente elétrica ser aplicada em um
tubo de vácuo.
 SAIBA MAIS
Antes da descoberta de Röntgen, os pesquisadores Hertz e Lenard já haviam observado o
efeito da fluorescência gerada no vidro da ampola pelos raios catódicos e sobre seu poder de
penetração em finas placas de alumínio, madeira e outros materiais, produziriam, assim,
imagens fotográficas. Restou a Röntgen perceber, durante a liberação dos raios catódicos, que
um outro tipo de energia também era produzido.
/
Mesmo atuando em uma área onde já havia inúmeras pesquisas e repetindo experimentos
importantes feitos anteriormente por outros cientistas, foi concedido a Röntgen todas as honras
pela grande descoberta. Este fato se justifica principalmente pelas diferenças observadas entre
os raios catódico (feixe de elétrons livres) e os recém descobertos raios X. Onde as principais
observações relativas aos raios X foram a comprovação da propagação em linha reta e a
ausência de desvios por influência de campos magnéticos (reflexão e refração). Estes
comportamentos impactaram as características relativas ao seu alcance e poder de
penetração, que eram significativamente maiores. Röntgen também demonstrou que quando
possuíam altas energias, poderiam ionizar as moléculas do ar e penetrar de modo particular ao
interagirem com materiais de diferentes naturezas (diferentes densidades).
 
Fonte: Shutterstock.com
 ATENÇÃO
Até os dias de hoje, nenhuma dessas conclusões foi considerada falsa.
Alguns testes realizados por Röntgen:
Os raios X conseguiram ultrapassar facilmente livros com mais de mil páginas, sofrendo
/
pouca atenuação.
Ultrapassaram pedaços de madeiras com 2 a 3 cm de espessura.
Eram consideravelmente atenuados por folhas de alumínio com poucos milímetros,
porém, não o suficiente para evitarem os efeitos da fluorescência.
O efeito da fluorescência era barrado totalmente por lâminas de prata ou cobre com 1,5
mm de espessura.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
É comum, em pesquisas na internet, observar relatos de que a descoberta dos raios X por
Röntgen foi meramente acidental. O uso do écran (material fluorescente) já era algo planejado;
caso a descoberta não ocorresse naquele experimento, certamente, ocorreria em uma próxima
etapa, onde os écrans fossem diretamente aplicados ao ensaio. Esse caráter de casualidade
não se justifica, pois Röntgen já caminhava a passos largos nessa direção. Como por exemplo,
na ocasião em que investigou a capacidade de vários materiais reterem os raios, colocou uma
peça de chumbo em posição, enquanto ocorria uma descarga, podendo observar a primeira
imagem radiográfica.
A PRIMEIRA IMAGEM RADIOGRÁFICA: “A MÃO DE
ANA BERTHA”
Nas semanas que se seguiram, Röntgen mergulhou de cabeça em suas experiências, a fim de
obter novas considerações sobre sua descoberta. Pensando em produzir uma possível
publicação científica, substituiu o material fluorescente de platinocianeto de bário por placas
/
fotográficas. Deste modo, as imagens produzidas ficariam permanentemente registradas, o que
comprovaria mais facilmente sua descoberta e suas características. Foi quando, em uma de
suas experiências, convenceu sua esposa Ana Bertha a colocar sua mão na frente do filme
durante 15 minutos de exposição, assim, obtendo a primeira radiografia experimental da
história. Na imagem a seguir, é possível observar os ossos da falange e parte dos metacarpos
da mão esquerda, juntamente com o anel de casamento de sua esposa.
 
Fonte: Wilhelm Conrad Röntgen / Wikimedia Commons / CC BY 4.0
O EFEITO DE SUAS PRIMEIRAS PUBLICAÇÕES
SOBRE OS RAIOS X
Após a chegada por telégrafo das primeiras informações da descoberta de Röntgen, os centros
científicos europeus ficaram totalmente incrédulos com os relatos trazidos à reunião de
dezembro da Sociedade Würzburg Physico-Medical. O até então pouco conhecido pesquisador
provocou uma rápida e grande revolução nas semanas que se seguiram. Os primeiros relatos
retratavam sobre a descoberta de um tipo de luz que tinha o poder de penetrar e sensibilizar
emulsões fotográficas, notícia que por muitos foi encarada com certo desdém. Com o passar
de algumas semanas, foi eminente a agitação nos principais centros de pesquisa europeus,
entre Viena e Berlin.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
Com a alta qualidade da publicação do relatório científico, não restaram dúvidas sobre a
grande relevância dos resultados trazidos por aquele cientista. De forma rápida, o nome de
Röntgen e relatos de seus experimentos estavam aparentemente em todas as publicações
científicas apresentadas naquela semana, na Europa, alcançando ainda laboratórios e salas de
leitura dos Estados Unidos.
A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE POR A. H.
BECQUEREL
Becquerel sempre concentrou suas atenções ao realizar pesquisas em dois diferentes ramos
da ciência.
A primeira voltada para avaliação da fosforescência pela absorção de luz em cristais.
Enquanto a segunda, relativa ao estudo do magnetismo terrestre.
Com o turbilhão científico gerado após a descoberta dos raios X, Becquerel iniciou suas
pesquisas sobre um tipo de energia emitido por sais de urânio.

Em um primeiro momento, ele acreditou que as energias provenientes do urânio eram os raios
X, emitidos após receberem um “estímulo” por exposição aos fótons de luz solar.
/
Em uma determinada ocasião, colocou esses sais sobre uma placa fotográfica e pôde observar
que ocorria sensibilização do filme.


Em testes subsequentes, ele percebeu que o poder de penetração desta energia, em papéis de
cor escura e outras substâncias opacas à luz, eram independentes do urânio estar submetido à
luz solar.
Concluiu que essas características eram intrínsecas a determinados materiais e nenhuma
relação possuía esse efeito com estímulos externos.

Em realização de estudos mais aprofundados, Becquerel pôde perceber que se tratava
elementos radioativos, nome dado aos elementos que possuem característica de emitir energia
natural e espontânea, e que não tinham a ver com os raios X artificiais, produzidos na ampola
da descoberta de Röntgen.
 SAIBA MAIS
Com o objetivo de homenagear o seu descobridor, inicialmente foram denominados de raios B
e posteriormente adotada a nomenclatura radioatividade para descrever tal efeito.
/
A PESQUISA CIENTIFICA QUE JUNTOU BECQUEREL,
PIERRE E MARIE (CASAL CURIE)
Os caminhos destes três incríveis pesquisadores se juntaram quando surgiram interesses
comuns a respeito do desenvolvimento de pesquisas sobre um tipo de energia emitida por
certos sais de urânio. Após aceitar o convite, eles se concentraram em estudar outros materiais
que poderiam se comportar da mesma forma, quando se depararam com a pechblenda . Esta
substância possuía um grande potencial energético, o que os levou a deduzir que dentro dela
poderia existir algum elemento com ainda mais energia que o urânio.
Por acreditar em seu feeling , o casal Curie concentrou todos os seus esforços no estudo da
pechblenda e foi quando conseguiram isolar dois novos elementos químicos, o polônio e o
rádio – isolando 1g de rádio a partir de 8 toneladas de pechblenda .
PECHBLENDA
Uma pedra de cor castanho escuro composta por minério de urânio e diversos elementos
de sua cadeia de decaimento.
javascript:void(0)/
 
Fonte: Raphael Amado webdesigner.
&
 
Fonte: Raphael Amado webdesigner.
Neste momento, o termo radioatividade foi definido para caracterizar a energia liberada
espontaneamente por este novo elemento químico. O casal se recusou a patentear o processo
de isolamento do rádio, alegando que assim permitiria a investigação deste elemento e de
outros por mais pesquisadores interessados.
/
 
Fonte: Rob Lavinsky, iRocks.com / Wikimedia commons / CC-BY-SA-3.0
 Imagem da pechblenda
Premiações e fatos relacionados à Marie e Pierre Curie
Desenvolveu pesquisas e teorias sobre radioatividade.
Marie foi a primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel e a única mulher a
ganhá-lo por duas vezes.
Junto com seu marido Pierre Curie e Henri Becquerel, ganhou o Nobel de Física em
1903 e foi laureada com o Nobel de Química em 1911.
Foi a primeira mulher professora na Universidade de Paris;
A primeira mulher a ser enterrada por méritos próprios no Panteão de Paris.
/
Desenvolveu técnicas de isolamento dos isótopos radioativos polônio e o rádio.
Investiu no tratamento de neoplasmas utilizando isótopos radioativos.
Fundou os Institutos Curie, em Paris e Varsóvia.
Em 1932, fundou o Instituto de Radium.
Marie foi nomeada como Diretora do Laboratório Curie do Instituto de Radium, da
Universidade de Paris.
Marie substituiu Pierre Curie na cadeira de Física Geral, na Sorbonne .
Marie escreveu o livro "Radioactivité", que é considerado um dos documentos
fundadores dos estudos relacionados à Radioatividade clássica.
Desenvolveu a unidade Curie, utilizado para descrever a grandeza física, “atividade” que
equivale a 3.7 x 1010 desintegrações por segundo.
O casal Curie conseguiu transferir seu amor pela física para sua filha Irène Joliot-Curie.
Juntamente com o seu marido Frédéric Joliot, ela adquiriu grande destaque no estudo da
radioatividade como cientista; o casal foi agraciado pelo prêmio Nobel de Química em
1935.
O nome utilizado no batismo do elemento cúrio, foi uma homenagem ao casal Curie.
/
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
É notório que, desde a descoberta dos raios X, grandes centros de pesquisa manifestaram
interesse na concepção destes ideais. Este interesse ultrapassou as fronteiras dos países
tradicionais da Europa e alcançou novos centros nos Estados Unidos da América. O que fez
com que a curiosidade pela Radiologia aumentasse e, na mesma proporção, o número de
pessoas afetadas pelo efeito nocivo e indiscriminado das fontes de radiação.
THOMAS EDISON E O APARELHO DE RAIOS X
Integrante de uma família de classe média, T. Edison, provavelmente, foi quem inaugurou o
conceito de inventor, cientista e empresário. Sua participação foi importante na contribuição
financeira para o desenvolvimento de muitos projetos relevantes para o setor industrial.
Durante sua vida, registrou 2.332 patentes, sendo a primeira aos 21 anos de idade.
 
Fonte: Louis Bachrach, Bachrach Studios, restored by Michel Vuijlsteke, Public domain, via
Wikimedia Commons
Após a descoberta dos raios X por Röntgen, em 1895, não demoraria muito para que Thomas
Edison iniciasse uma série de experimentos junto com o seu assistente de laboratório,
Clarence Dally. Com um tipo de equipamento radiográfico denominado fluoroscópio, cujas
imagens eram reproduzidas através de material fluorescente (tungstato de cálcio), foi possível
/
obter imagens de maior padrão de qualidade, quando comparado às reproduzidas por
Röntgen, que utilizou outro material (platinocianeto de bário).
 
Fonte: Imagem de Clarence Dally, Wikimedia Commons.
 Edison usando um fluoroscópio de tungstato de cálcio para examinar a mão por raios X.
 SAIBA MAIS
Na foto acima, o tubo está na caixa, uma bomba de vácuo Sprengel próxima. O homem com
Edison foi identificado como T. Commerfod Martin, mas é mais provavelmente Clarence Dally.
Decorrente de exposições prolongadas, ambos cientistas apresentaram efeitos
deletérios da radiação.
No ano de 1903, Edison afirma presença de caroços espalhados por seu corpo,
comprometimento de sua visão, além de, por muitas vezes, manifestar sensação de má
digestão.
Já seu assistente, Clarence Dally, em 1900, começou a apresentar danos nas mãos e no
/
rosto, sendo tratado sem sucesso por enxertos de pele. A evolução da doença,
acompanhada de uma série de necroses em seus membros superiores, levou-o a
cirurgias com amputações dos seus dois membros e a seu falecimento, provocado por
um câncer no mediastino, no ano seguinte, em 1904.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Esses eventos fizeram com que, momentaneamente, estes experimentos fossem
interrompidos. Por desconhecer os riscos inerentes a estas práticas, Edison faz a seguinte
declaração:

NÃO FALE COMIGO SOBRE RAIOS X. EU ESTOU COM
MEDO DELES! EU PAREI DE FAZER EXPERIMENTO
COM ELES HÁ DOIS ANOS, QUANDO FIQUEI PRÓXIMO
DE PERDER MINHA VISÃO E DALLY, MEU
ASSISTENTE, PRATICAMENTE PERDEU O USO DE
SEUS DOIS BRAÇOS. ESTOU COM MEDO DO RÁDIO E
DO POLÔNIO TAMBÉM E NÃO QUERO SUBESTIMÁ-
LOS
(EDISON, s.d.)
ELIHU THOMSON
/
Foi um engenheiro elétrico americano que realizou as primeiras avaliações dos efeitos nocivos
da radiação ionizante no tecido biológico. No ano de 1896, de modo intencional, posicionou o
seu dedo mínimo da mão esquerda à exposição aos raios X, durante alguns dias, por um
intervalo de meia a uma hora. Após essa ação, registrou a observação de queimaduras e
inflamações produzidas por estas exposições.
WILLIAM DAVID COOLIDGE
Este importante pesquisador americano, com formação em Física e Engenharia, iniciou sua
trajetória profissional como pesquisador, na General Electric.

Em 1905, passou a ocupar importantes cargos como diretor e vice-presidente. Foi responsável
por desenvolver experimentos na utilização de tungstênio dúctil como material presente nas
lâmpadas.
Isso o inspirou para que, no ano de 1913, aprimorasse o tubo de raios X, para que assim
proporcionasse um melhor funcionamento dele.

Coolidge substituiu os filamentos utilizados por um de tungstênio, permitindo uma melhor
visualização interna da anatomia e fortalecendo a utilização e ampliação desse modelo na
especialidade médica (Patenteada nos EUA, nº de registro que 1.203.495, em 1916).
Responsável pelo designer básico de ampola utilizado até os dias atuais, Coolidge foi
responsável pela alteração de anodo fixo para anodo giratório, o que representa uma nova
melhoria no que diz respeito ao funcionamento e produção dos raios X.
/
PRINCIPAIS PESQUISADORES
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAIS DAS AFIRMATIVAS DESCREVEM AÇÕES REALIZADAS NOS
EXPERIMENTOS REPRODUZIDOS POR W. C. RÖNTGEN PARA
DIFERENCIAR OS RAIOS CATÓDICOS DOS RAIOS X: 
/
ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE CAMPOS MAGNÉTICOS EXTERNOS
EM RELAÇÃO À AMPOLA.
OBSERVANDO A AÇÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO SOFRIDA
PELOS RAIOS X EM RELAÇÃO AOS CAMPOS.
OBSERVANDO A AÇÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO SOFRIDA
PELOS RAIOS CATÓDICOS EM RELAÇÃO AOS CAMPOS.
UTILIZANDO CAMPOS EXTERNOS COM POLARIDADES OPOSTAS
(POSITIVA E NEGATIVA)
A) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
B) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
C) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
E) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
2. ATRAVÉS DE QUAIS MATERIAIS O PESQUISADOR HENRY
BECQUEREL DESENVOLVEU SEUS ESTUDOS PARA QUE FOSSE
POSSÍVEL A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE, QUE RENDEU A ELE O
RECEBIMENTO DO PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA, NO ANO DE 1903?
A) Através da fosforescência pela absorção de luz em cristais.
B) Pesquisando sobre o magnetismo do planeta Terra.
C) Através da análise da pechblenda .
D) Estudos realizados com rádio e polônio.
E) Os estudos em sais de urânio.
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/
GABARITO1. Quais das afirmativas descrevem ações realizadas nos experimentos reproduzidos
por W. C. Röntgen para diferenciar os raios catódicos dos raios X: 
Através da utilização de campos magnéticos externos em relação à ampola.
Observando a ação da atração e repulsão sofrida pelos raios X em relação aos
campos.
Observando a ação da atração e repulsão sofrida pelos raios catódicos em relação
aos campos.
Utilizando campos externos com polaridades opostas (positiva e negativa)
A alternativa "B " está correta.
 
Devido à característica dos raios catódicos serem compostos por partículas de cargas negativa
que sofrem atração ou repulsão dependendo da ação do campo externo. Vale frisar que esse
efeito não é observado quando os raios X eram expostos a esses mesmos campos elétricos.
A presença de campos magnéticos com polaridades positivas ou negativas reproduziam a lei
da física de Coulomb, onde a força de atração ou repulsão dependerá se as cargas elétricas
forem iguais ou diferentes.
2. Através de quais materiais o pesquisador Henry Becquerel desenvolveu seus estudos
para que fosse possível a descoberta da radioatividade, que rendeu a ele o recebimento
do Prêmio Nobel de Física, no ano de 1903?
A alternativa "E " está correta.
 
Foi através da análise de sais de urânio, após observar a sensibilização de placas fotográficas.
Em um primeiro momento, Becquerel acreditou que isto era proveniente de um estímulo por
fótons de luz solar, percebendo, depois, que estas emissões energéticas eram independentes
do urânio estar submetido a componentes externos.
As opções B e C foram linhas de estudos realizadas pelo Casal Curie.
/
As opções D e E foram antigas áreas de interesse de Becquerel antes de mergulhar de cabeça
na descoberta da radioatividade.
MÓDULO 3
 Analisar a história da Radiologia no Brasil e os pesquisadores brasileiros
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA NO BRASIL
 
Fonte: Shutterstock.com
Em meio à grande contribuição europeia e americana no desenvolvimento da Radiologia, é
importante entender o contexto histórico de como o Brasil assimilou essa nova técnica. Além
de reconhecer os principais pesquisadores que contribuíram para que o radiodiagnóstico fosse
desenvolvido em território nacional, através da propagação das técnicas e com produção de
pesquisas científicas e desenvolvimento de novas modalidades.
O PRIMEIRO EQUIPAMENTO DE RAIOS X
DO BRASIL
/
Apenas dois anos depois do descobrimento dos raios X por W. C. Röntgen, chega ao Brasil, na
cidade mineira de Formiga, o primeiro aparelho radiográfico da América do Sul. O responsável
por essa aquisição foi o médico José Carlos Ferreira Pires, que, mesmo com alguns obstáculos
apresentados, como o fato de a cidade ainda não contar com energia elétrica, iniciou a
realização das primeiras radiografias diagnósticas do país.
 
Fonte: Raphael Lorenzeto de Abreu/ Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0.
Este aparelho, que foi fabricado pela Siemens, possuía bobinas de Rhumkorff de 70 cm cada e
uma ampola de Crookes para produção da radiação. Devido à ausência de eletricidade, o
aparelho era alimentado por baterias e pilhas Leclanché de 0,75 HP e, posteriormente, por um
motor fixo de gasolina funcionando como gerador elétrico.
 SAIBA MAIS
As primeiras radiografias produzidas em chapas de vidro foram confeccionadas no ano de
1898. Importantes personalidades brasileiras se submeteram a essa nova modalidade, como
por exemplo, o ministro Lauro Müller, cuja radiografia de sua mão detectou a presença de um
corpo estranho (uma agulha).
Na década de 50, este aparelho foi enviado para o Museu Internacional de Ciências Cirúrgicas,
em Chicago, nos Estados Unidos. Isso só ocorreu devido à ausência de interesse das
entidades governamentais brasileiras em criar um museu da história da Radiologia do país.
/
OS PESQUISADORES BRASILEIROS
O MÉDICO JOSÉ CARLOS FERREIRA PIRES
Nascido em 27 de setembro de 1854, em Paracatu, Minas Gerais, vivendo dos 4 aos 18 anos
na cidade mineira de Formiga. Em 1873, iniciou o curso de Medicina pela Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro. Durante o seu internato, foi aluno do renomado professor Barão
Torres Homem, recebendo destes inúmeros elogios pelo seu desempenho acadêmico. Sua
formatura foi no ano de 1878, sendo homenageado como melhor aluno de sua turma,
retornando para cidade de Formiga no ano seguinte (1879).
 SAIBA MAIS
Após saber sobre a descoberta dos raios X por periódicos de Medicina, ele manifesta o
interesse em adquirir um equipamento dos fabricantes alemães. Apenas dois anos depois, este
equipamento foi enviado para cidade de Formiga, sob supervisão direta de Röntgen. Como ele
só dispunha do manual de instrução, imergiu nessas informações para melhor entender o
funcionamento daquela nova máquina.
O médico José Carlos Ferreira Pires foi responsável pelo desenvolvimento e publicação de
artigos científicos voltados para Radiologia e radioterapia.
Alguns destes artigos são:
Localização de corpos estranhos pelos raios X (final do século XIX)
Diagnóstico das aortites pelos raios X (1900)
Perigo da ação dos raios X sobre os tecidos (1901)
/
Possibilidade da ação profunda dos raios X (1902)
As radiodermites (1904)
Radioterapia do linfogranuloma (1906)
Técnica radiológica do tubo gastrointestinal com emprego de radiopacos (1911)
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SUA MORTE
Dr. Pires faleceu em 29 de maio de 1912, aos 58 anos, devido a uma aterosclerose
generalizada. Antes de sua morte, ele apresentou uma lesão destrutiva no nariz (dermite
nasal). O surgimento desta lesão foi imediatamente relacionado às exposições à radiação que
sofria em seu consultório, isto fez com que ele abandonasse o trabalho e ficasse recluso em
sua residência.
ÁLVARO FREIRE DE VILLALBA ALVIM
Álvaro Alvim era um homem de múltiplas facetas profissionais. Nascido no Rio de Janeiro, na
cidade de Vassouras, foi médico pioneiro na modalidade da Radiologia brasileira. Doutor Alvim
iniciou seus estudos em Medicina, na cidade do Rio de Janeiro, cursando até o terceiro período
e migrando para Faculdade de Medicina da Bahia, onde se formou em 1887.
Essa mudança se justifica por sua aproximação com os movimentos abolicionistas, onde
ele se apresentava como um jornalista defensor da causa e da República, sofrendo,
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/
assim, grande represália e ameaças. Por este motivo, a ele foi impossibilitada a
oportunidade de continuar no estado onde nasceu, regressando apenas depois de sua
formação e abrindo sua primeira clínica, em 1889, no bairro de Botafogo.
Álvaro Alvim mudou-se para a França, em 1896, para estudar a eletroterapia ou eletricidade
médica com o professor Bouchard. No seu retorno ao Brasil, tornou-se um dos pioneiros na
Fisioterapia brasileira. Foi responsável pela instalação de um consultório de fisioterapia, na
Rua Gonçalves Dias, no centro da cidade do Rio de Janeiro, com modernos aparelhos trazidos
da Europa. Naquele momento, era o único da América Latina que usava correntes de baixa
frequência, eletricidade estática, aparelho com ozonadores, instalação hidroelétrica, estufa de
luz, massagem vibratória e termo-cautério.
 
Fonte: Shutterstock.com
 VOCÊ SABIA
Com surgimento dos primeiros dados científicos sobre lesões epidérmicas advindas do uso dos
raios X, houve um grande impulso nas pesquisas sobre os efeitos que a radiação causaria em
células cancerígenas, visto o comportamento energético já observado nas células saudáveis.
Este foi o ponto de partida para o surgimento da radioterapia em Paris, proporcionando o
retorno de Álvaro Alvim à Europa.
/

Empolgado com a descoberta de Röntgen, em 1901, ele encomendou toda aparelhagem
necessária para realizar estudos com os raios X e volta suas atenções ao combate do câncer.
No ano de 1905, torna-se membro da equipe do casal Curie, especializando-se em Física
Médica, desenvolvendo conhecimento para o combate ao câncer com a utilização do radium .

Após transferência do instituto de eletrologia e Radiologia para o novo endereço (Largo da
Carioca), Álvaro Alvim, junto com seu sócio Alcindo Guanabara, iniciaram uma atividade de
assistência de cunho filantrópico, oferecendo atendimento voltado às crianças pobres e, mais
tarde, estendendo aos adultos com câncer.
Com a ocorrência da Primeira Guerra Mundial, as fontes de radiação utilizadas no tratamento
de combate do câncer não puderam mais ser trazidas de países europeus, como França e
Alemanha, o que momentaneamente impediu que Álvaro Alvim continuasse o tratamento de
seus pacientes. Após saber da possibilidade de reutilização destas fontes, mesmo havendo a
necessidade no aumento do tempo no qual ele e o paciente ficariam expostos, optou por
realizar esta prática, ciente de que sua saúde poderia sofrer algum comprometimento.

Importantes eventos e conquistas na vida do brasileiro Álvaro Alvim:
/
Realizou a primeira radiografia em gêmeos siameses no mundo, em 1897 (as irmãs
Rosalina e Maria Pinheiro Davel). Esta imagem diagnóstica permitiu que o médico
Eduardo Chapot Prévost realizasse a operação de separação. A baixa qualidade das
imagens radiográficas não permitia uma avaliação precisa das estruturas de partes
moles do corpo das irmãs siamesas e, assim, oferecendo maior dificuldade na
identificação por qual órgão as gêmeas estavam unidas. Tal fato rendeu inspiração para
realização do filme: "Operação das xifópagas pelo Dr. Chapot Prévost". Lançado em 20
de maio de 1907.
Realizou importantes pesquisas que contribuíram na aplicação do chumbo para realizar
blindagem e/ou atenuação da exposição à radiação, atuando como EPIs para os
primeiros profissionais de Radiologia.
Ocupou a cadeira titular na Academia Nacional de Medicina.
Recebeu a Medalha Humanitária pelo presidente Artur Bernardes.
É considerado o Mártir da Ciência Brasileira.
Foi pioneiro da eletroterapia, Radiologia e radioterapia no Brasil.
A ele se deve a aplicação prática das descobertas de Röntgen, assim como a
reprodução de processos e equipamentos desenvolvidos por Madame Curie.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SUA MORTE
/
Devido ao seu amplo contato com fontes radioativas e aparelhos de raios X, Álvaro Alvim
desenvolveu sérias lesões associadas a graves queimaduras em suas mãos.
 
Fonte: Icon Lauk/Noun Project
Com a possibilidade de não realizar amputação, ele realizou em si mesmo sessões de
radioterapia para evitar a evolução dos danos em úlceras.
Com o objetivo de obter um melhor tratamento, foi a Paris, local onde foi desenvolvido a
técnica terapêutica, para se submeter a um tratamento com radium , conseguindo uma
regressão significativa e cicatrização em apenas quatro meses.
Mesmo muito debilitado, ao retornar para o Brasil, ele continuou trabalhando com fontes de
radiação. Isso talvez tenha sido responsável pelo retorno agressivo das radiodermites, levando
a amputação de três dedos, em 1922, dois dedos em 1923 e amputou parte do antebraço e da
mão direita, em 1924. O que não o impediu de continuar trabalhando.
Três anos mais tarde, desenvolveu câncer de fígado que o impede de atuar em seu
consultório, passando o mesmo a atender seus pacientes por telefone.

Um ano após o diagnóstico da doença, Álvaro Alvim morreu enquanto escrevia um artigo
científico para uma revista médica francesa.
/
MANOEL DIAS DE ABREU
Manoel de Abreu, nascido em São Paulo, doutor pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro
e que, após o término do seu doutorado, mudou-se para França, onde dedicou grande parte de
sua vida profissional e acadêmica.
No território francês, ele se desenvolveu profissionalmente e, após retornar ao Brasil, no ano
de 1922, já com um belo currículo profissional, assume a responsabilidade do departamento de
raios X da Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose, no Rio de Janeiro.
 
Fonte: Brazilian National Archives, Public domain / Wikimedia Commons.
Nessa época, as imagens radiográficas não proporcionavam resultados tão bons. Apenas em
1935, com o desenvolvimento da técnica da Abreugrafia, melhores resultados puderam ser
obtidos.
A TÉCNICA DA ABREUGRAFIA
Foi definido pela portaria federal SVS - nº 453, de 1 de junho de 1998, no artigo 4.39 que:
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/
TÉCNICA DA ABREUGRAFIA
Esta modalidade é definida como uma pequena chapa radiográfica dos pulmões, de baixo
custo, rápida aquisição e maior facilidade para o diagnóstico da tuberculose e do câncer
de pulmão. No ano seguinte, esta técnica foi reconhecida pela Sociedade de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro e logo se espalhou por todo mundo. Por este desenvolvimento,
Manuel Dias de Abreu foi indicado ao prêmio Nobel de Medicina, no ano de 1950.

OS EQUIPAMENTOS DE ABREUGRAFIA DEVEM SER
DESATIVADOS OU SUBSTITUÍDOS POR
EQUIPAMENTOS DE FOTOFLUOROGRAFIA COM
INTENSIFICAÇÃO DE IMAGEM OU TÉCNICA
EQUIVALENTE OU, AINDA, POR EQUIPAMENTOS DE
TELERADIOGRAFIA COM POTÊNCIA SUFICIENTE
PARA PRODUZIR RADIOGRAFIAS DE TÓRAX DE ALTA
QUALIDADE
(BRASIL, 1998).
Manoel de Abreu, considerado um dos ícones da Medicina brasileira, ao longo de sua célebre
carreira, atuou em diferentes frentes da área médica.
/
Alguns dos importantes fatos profissionais de sua carreira:
Atuou como professor de Radiologia em importantes instituições científicas do Brasil e de
todo mundo.
Assumiu posição como membro em grandes organizações médicas do mundo. Como por
exemplo, foi cavaleiro da Legião de Honra (França).
Laureado por diversas vezes, entre elas, com a medalha de ouro recebida em 1950, nos
EUA.
Publicou inúmeros estudos sobre diagnósticos em patologias pulmonares da
tuberculose, estudos sobre pulmão e mediastino, Radiologia vascular e Radiologia
cardíaca.
Foi indicado cinco vezes para o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Ironicamente, a morte de Manoel Dias de Abreu, em 1962, foi motivada pelo agravamento
causado por um câncer de pulmão. Logo ele, um profissional que dedicou grande parte de sua
vida na investigação de doenças pulmonares. A causa do câncer pode estar relacionada com
seus hábitos (fumo e consumo de bebidas alcoólicas) ou, até mesmo, pelas experiências
envolvendo exposições à radiação.
 VOCÊ SABIA
Importantes cientistas que visitaram o Brasil:
/
Marie Curie – Em 1926, em uma visita ao Brasil com o objetivo de conhecer as fontes naturais
de águas radiativas, localizada no Termas de Lindoia. Durante os 40 dias de visita, sendo
acompanhada por pesquisadores brasileiros, ela conheceu os hotéis que ficavam às margens
daquela fonte, os locais de banho, o processo de engarrafamento das águas, as fontes Santa
Filomena e São Roque e os salões de emanações. Além de conhecer a cidade de Águas de
Lindoia, Madame Curie visitou outras cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte.
Albert Einstein - Em 1919, promoveu a expedição científica na cidade cearense de Sobral,
para realizar experimentos sobre a deflexão da luz das estrelas ao passar nas proximidades do
sol.
CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O
DESENVOLVIMENTO DA RADIAÇÃO NO
TERRITÓRIO BRASILEIRO
/
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DAS ALTERNATIVAS ABAIXO NÃO CONTOU COM A
PARTICIPAÇÃO DE PESQUISADORES BRASILEIROS OU NÃO OCORREU
NO TERRITÓRIO BRASILEIRO?
A) O desenvolvimento da Abreugrafia.
B) A realização de experimentos sobre a deflexão da luz das estrelas ao passar nas
proximidades do sol, por Albert Einstein.
C) O desenvolvimento da técnica terapêutica de radioterapia.
D) A visita de Marie Curie em 1926, na cidade de Águas de Lindoia, para conhecer as fontes
de águas radioativas.
E) A realização de importantes pesquisas que contribuíram na aplicação do chumbo para
realizar blindagem e/ou atenuação da exposição à radiação, atuando como EPIs para os
primeiros profissionais de Radiologia.
2. EM QUAL CIDADE BRASILEIRA FOI REGISTRADA A INSTALAÇÃO DO
PRIMEIRO EQUIPAMENTO RADIOGRÁFICO EMTERRITÓRIO NACIONAL?
A) Formiga
B) Rio de Janeiro
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/
C) São Paulo
D) Belo Horizonte
E) Rio Grande do Sul
GABARITO
1. Qual das alternativas abaixo não contou com a participação de pesquisadores
brasileiros ou não ocorreu no território brasileiro?
A alternativa "C " está correta.
 
A técnica de radioterapia teve seu início no continente europeu. Seu surgimento foi quase
imediato com a descoberta dos primeiros elementos radioativos pelo casal Curie.
2. Em qual cidade brasileira foi registrada a instalação do primeiro equipamento
radiográfico em território nacional?
A alternativa "A " está correta.
 
Após saber sobre a descoberta dos raios X, por periódicos de Medicina, o médico José Carlos
Ferreira Pires manifesta o interesse em adquirir um equipamento dos fabricantes alemães.
Apenas dois anos depois, este equipamento foi enviado para cidade de Formiga, que era sua
cidade natal.
MÓDULO 4
 Identificar as principais modalidades de imagem médica integrantes do
radiodiagnóstico
DESENVOLVIMENTO DE OUTRAS
MODALIDADES DIAGNÓSTICAS POR
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/
IMAGEM
Após a descoberta da radiação e do desenvolvimento da radiografia como forma de
diagnóstico por imagem, outras aplicações e métodos foram apresentadas com o objetivo de
agregar na avaliação médica para definição do parecer clínico do paciente.
Nesta aula, será apresentada a cronologia do surgimento de técnicas diagnósticas como:
Radiologia odontológica, mamografia, tomografia computadorizada, densitometria óssea,
ultrassonografia e ressonância magnética.
 ATENÇÃO
Entre todas essas modalidades apontadas, apenas a ressonância magnética e a
ultrassonografia não utilizam radiação ionizante na formação de suas imagens (BUSHONG,
2010).
O SURGIMENTO DA RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Apenas duas semanas após a descoberta da radiação, por W.C. Röntgen, Frederic Otto
Walkhoff (1860-1934), professor na Universidade de Braunschweig (Alemanha), foi o primeiro
profissional da área odontológica a realizar uma radiografia dentária; nesta ocasião, o
procedimento realizado foi em sua própria boca.
Para realizar esta primeira imagem dental, na data de 12 de janeiro de 1896, foi necessária
uma exposição aos raios X durante um intervalo de tempo de 23 a 25 minutos. Devido à
fragilidade dos materiais utilizados, a qualidade da imagem produzida ainda era muito aquém
do padrão hoje conhecido. Após esse grande feito, tornou-se professor de Radiologia, na
Universidade de Munique, na Alemanha. Enquanto isso, no ano de 1896, o físico americano
William James Morton [1845-1920] realizou a primeira radiografia dentária nos Estados Unidos
com a utilização de um crânio seco.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
No processo de desenvolvimento da Radiologia odontológica, muitos profissionais contribuíram
de maneira ativa para o surgimento desta modalidade. Um exemplo foi William Herbert
Rollins, conhecido como "o homem esquecido da Odontologia". Esta alcunha se justifica pelo
fato de, muitas vezes, o mérito do desenvolvimento da modalidade ser atribuída apenas a C.
Edmund Kells.
1896
1898
1896
Apesar disto, William Herbert Rollins foi o responsável por implementar a primeira unidade de
raios X odontológicos, além de projetar, produzir, utilizar e publicar um tipo de cassete intraoral
e um sistema de fluoroscopia oral. Além de sua contribuição na formação das imagens, ele
também foi o primeiro a notificar os efeitos deletérios provenientes da radiação.
1898
/
W. H. Rollins divulgou a ocorrência de queimaduras em suas mãos e, com isso, evidenciou
amplamente os efeitos adversos da radiação, alertando para os riscos e solicitando o uso de
menor quantidade de radiação para produção das imagens radiográficas.
Através de maiores estudos com o uso de cobaias, outras medidas visando a proteção
radiológica foram sugeridas por ele, como por exemplo:
Uso de óculos plumbíferos por profissionais de Radiologia.
Uso de blindagem em volta do tubo de raios X, com abertura em apenas uma parte
destinada a saída da radiação.
Uso de proteção de chumbo cobrindo regiões anatômicas que não eram úteis ao
diagnóstico.
Foi responsável pela publicação de mais de 200 artigos sobre os riscos da exposição do
tecido biológico à radiação ionizante.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Reconhecido como o pai da Radiologia Odontológica, o americano Charles Edmund Kells,
formado em Odontologia, foi o pioneiro a utilizar os raios X, clinicamente, na verificação da
obstrução em um canal radicular. Sua primeira radiografia com objetivo clínico foi em abril de
1896. Temendo pelo risco daquele procedimento, ele diminuiu o tempo de exposição à
radiação, além disso, não permitia a utilização do equipamento radiográfico por outras
pessoas, sendo assim, era sempre ele o responsável por operar o aparelho.
 SAIBA MAIS
Devido à ausência de conhecimento de radioproteção, a utilização da radiação provocou danos
irreparáveis que evoluíram até a necessidade da amputação de sua mão. A ocorrência deste
/
fato fomentou a conclusão sobre a necessidade de continuar a reduzir os tempos de
exposição. Fragilizado por essa situação, Edmund Kells cometeu suicídio.
O DESENVOLVIMENTO DA MAMOGRAFIA
Considerado como padrão ouro no diagnóstico de doenças mamárias, a mamografia auxilia no
rastreamento e tratamento do câncer de mama, doença mais relevante, considerando apenas
pacientes do sexo feminino.
 
Fonte: Shutterstock.com
No ano de 1913, o médico cirurgião Albert Salomon publicou sua monografia, cujo estudo
baseava-se na comprovação da importância das imagens radiográficas de mamas
mastectomizadas, correlacionando a anatomia radiológica visualizada e as modificações
patológicas benignas e malignas.
Seu estudo baseou-se na comparação de imagens radiográficas de 3.000 mamas
mastectomizadas. Nelas, foram observadas patologias como microcalcificações possibilitando
a criação de parâmetros entre mamas sadias e patológicas.
Através deste estudo, Salomon pode compreender que existem diferentes tipologias de câncer
de mama, assim como disseminação de tumores e suas fronteiras.
/
 VOCÊ SABIA
Após a chegada de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, no ano de 1933, Salomon sofreu
grande perseguição política. Entre os anos que ficou detido e foragido, ele apenas retomou as
suas atividades após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando se mudou para Amsterdã e
atuou como professor.
1930
1950
1966
1969
1971
1930
No ano de 1930, ainda utilizando um equipamento convencional, o médico americano Stafford
Warren comunicou a realização da primeira radiografia in vivo. Além disso, ele foi responsável
pelo desenvolvimento da técnica de estereotaxia por imagens radiográficas dos seios, durante
o período que atuava no Departamento de Radiologia do Centro Médico da Universidade de
Rochester.
1950
Outro importante fato no desenvolvimento da mamografia foi a observação realizada por Raul
Leborgne, em 1950, que destacou a importância do diagnóstico das microcalcificações e
salientou a necessidade da compressão da mama para a melhor avaliação destas patologias.
1966
/
Apenas no ano de 1966, foi desenvolvida a primeira máquina dedicada à mamografia, pois, até
este momento, as imagens diagnósticas da mama eram oriundas de aparelhos radiográficos
convencionais.
1969
Três anos depois, a companhia CGR juntamente com o francês Charles Gros lançam o
primeiro aparelho dedicado exclusivamente para avaliações das mamas, o Senographe, que
significa em francês “pintura do seio”.
1971
Foi registrada a chegada do primeiro equipamento de mamografia ao Brasil.
O início da década de 70 foi marcado pelo surgimento de outros equipamentos mamográficos
que foram desenvolvidos por novos fabricantes, como por exemplo:
MAMMOMAT – SIEMENS
MAMODIAGNOST – PHILIPSMAMMOREX – PICKER
 COMENTÁRIO
/
Como naturalmente ocorreram em outras modalidades, a evolução tecnológica dos
equipamentos de mamografia foi gradativa e, assim, dividida em diferentes gerações de acordo
com aporte tecnológico.
No ano de 1984, surge o projeto da segunda geração de mamógrafos, cujo principal objetivo
era a redução do tempo de exposição, proporcionando menor dose, maior conforto e,
consequentemente, maior confiança por parte das pacientes na realização dos procedimentos
diagnósticos.
Outras importantes alterações agregadas nessa geração foram:
A inserção de dois pontos focais na ampola do tubo (contribuição da empresa
Radiological Sciences Inc., subsidiária da Pfizer, dos Estados Unidos).
O desenvolvimento de um tubo destinado exclusivamente às necessidades da
mamografia, com baixo ponto focal para permitir melhores definições nas imagens
produzidas. Este mesmo tubo proporcionava altas correntes elétricas para conseguir
maiores quantidades de fótons de raios X, que irão interagir na estrutura mamária,
adequando a exposição às necessidades das caraterísticas mamárias.
A possibilidade de criar projeções ampliadas, com diferentes distâncias entre o conjunto
fonte, objeto e filme, influenciando fatores como: definição geométrica e contraste.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
No ano de 1987, a companhia CGR foi adquirida pela General Electric Healthcare e, com isso,
iniciou o desenvolvimento de projetos visando a melhoria dos equipamentos e inclusão de
novos acessórios. Um destes exemplos de novos acessórios foi a inclusão de um componente
para biópsia de mama.
/
 
Fonte: GE Healthcare, Public domain/ Wikimedia Commons.
Na terceira e atual geração de mamógrafos, outras mudanças foram desenvolvidas, sempre
visando melhores qualidades nos procedimentos. Uma destas grandes alterações foi a
utilização de alvos na ampola com utilização de materiais diferenciados, como por exemplo,
ródio e molibdênio. O mesmo ocorreu nos materiais utilizados na filtração, que passaram a
utilizar filtros também de molibdênio e ródio.
 ATENÇÃO
Com esta alteração, foi possível produzir feixes mais homogêneos, diminuindo a dose no
paciente e produzindo uma imagem com melhor qualidade de contraste.
Outra importante inclusão foi a inserção de dispositivo de controle automático de exposição.
Esta ferramenta foi determinante no auxílio aos profissionais de Radiologia para promover a
otimização das doses e, assim, evitar a ocorrência de erros. Além disto, incluindo a grade
antidifusora com características apropriadas para a mamografia.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
O DESENVOLVIMENTO DA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA (TC)
O inglês Godfrey Newbold Hounsfield (1919 - 2004) foi o engenheiro eletricista responsável
pelo desenvolvimento matemático utilizado nos sistemas de tomografia axial computadorizada.
Juntamente com o físico sul africano Allan MacLeod Cormak (1924 – 1998), foram
reconhecidos como os responsáveis pelo desenvolvimento da modalidade de tomografia
computadorizada, no ano de 1972. Sete anos após esse reconhecimento, ambos foram
laureados com o Nobel de Fisiologia ou Medicina (1979).
 VOCÊ SABIA
O dia 1° de outubro de 1971 foi marcado pela realização do primeiro teste para aplicação
clínica da tomografia computadorizada axial. A paciente em questão era uma mulher de 41
anos, com um tumor no lobo frontal esquerdo, tendo o teste obtido um enorme sucesso na
visualização desta patologia.
/
A fabricação do primeiro equipamento de tomografia computadorizada foi através da empresa
EMI (Electric and Musical Industries), que, naquele momento, possuía o monopólio sobre este
desenvolvimento. Nesse primeiro modelo, devido a algumas limitações operacionais, o
diagnóstico era restrito apenas à região da cabeça. Somente em 1974, tornou-se viável a
realização de diagnósticos de outras regiões do corpo. O responsável por essa melhoria foi o
Dr. Robert Ledley.
 
Fonte: Shutterstock.com
TOMÓGRAFO E SUAS DIFERENTES GERAÇÕES
Com o surgimento dos primeiros equipamentos desenvolvidos no início da década de 70,
muitas mudanças tecnológicas foram inseridas a fim de diminuir o tempo de aquisição e
melhorar a qualidade das imagens produzidas.
NA PRIMEIRA GERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O tubo de raios X variava sua posição em um eixo de 180°, mudando sua posição de 1° em 1°.
Seu feixe de radiação era extremamente fino conhecido como pencil beam e o anteparo
responsável para produção da imagem era composto por um único detector.
/
NA SEGUNDA GERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O feixe de radiação passou a ter forma de leque, o anteparo de produção de imagem passou a
ser composto por um conjunto de detectores formados por 5 a 50 detectores, possibilitando
que o tempo de execução do exame fosse reduzido de 5 minutos para 20 a 60 segundos.
NA TERCEIRA GERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
A grande tendência foi a ampliação do movimento do tubo em volta do paciente com uma
variação de 360°. A princípio, o grande inconveniente foi a presença dos cabos de alta tensão
que limitava esse movimento a dois giros em cada sentido (horário e anti-horário) para, assim,
evitar o “estrangulamento” dos cabos. Com a inserção da tecnologia dos anéis slip-rings , foi
possível que esse movimento passasse a ser contínuo. Além disso, a quantidade de detectores
passou para 200 a 1000.
NA QUARTA GERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O avanço tecnológico foi a inserção de detectores em toda extensão de 360° da abertura do
gantry . Por esta disposição dos detectores, o movimento passou a ser restrito apenas ao
tubo, os detectores passaram a ficar inertes. Esse aparelho não obteve um uso estendido
devido a sua pouca relação de custo-benefício.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL
Neste equipamento, a mesa de exame realiza movimento contínuo de entrada ou saída em
direção à abertura do gantry , durante a rotação do tubo juntamente com o conjunto de
detectores. Após esta mudança, os estudos seccionais migraram de axial para helicoidal.
/
 
Fonte: Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada; Kenneth L. Bontrager,
John P. lampignano; 2010; p. 724, imagem 27.
 Ilustração dos cortes helicoidais.
O ano de 1989 foi marcado pela realização da primeira tomografia helicoidal, os responsáveis
por isso foram W. A. Kalender e P. Vock. Para que esta mudança ocorresse, foi necessária a
introdução da tecnologia dos anéis deslizantes (slip-rings ) em um tomógrafo de terceira
geração. Por meio deste sistema, foi possível o fornecimento de energia sem a presença de
cabos de alta tensão, possibilitando assim, um movimento contínuo de rotação do sistema
tubo-detector. Após a introdução dessa nova maneira de produzir imagens, foi necessário o
desenvolvimento de novos algoritmos matemáticos para que fosse possível a formação das
imagens digitais.
 
Fonte: EnsineMe.
/
 Imagem e ilustração do sistema de anéis deslizantes (slip-rings ).
TOMOGRAFIA MULTISLICE
Nesses equipamentos, houve o aumento da quantidade de fileira de detectores conhecido
como sistema multicortes ou multislides . Através dessa técnica, com um único movimento de
rotação do conjunto tubo-detector, a área de varredura torna-se maior, diminuindo assim o
tempo de aquisição dos exames. Atualmente existem tomógrafos com até 320 fileiras de
detectores.
 
Fonte: Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia; Kenneth L. Bontrager, John P.
lampignano; 2010; p. 724.
 Demonstração ilustrativa das tecnologias multicortes.
O DESENVOLVIMENTO DA RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA (RM)
Antes de se transformar em uma importante modalidade de diagnóstico, a ressonância
magnética já manifestava grande interesse na sociedade científica, o primeiro registro de
pesquisas científicas com RM foi em 1937, com o físico americano Isidor Isaac Rabi (1898-
1988), o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física, em 1944. Nessa ocasião, foi apresentada
por ele uma nova metodologia para medir momentos magnéticos nucleares.Demonstrou que um feixe molecular era desviado em sentidos opostos quando submetido a
dois campos magnéticos fortes não homogêneos e, quando submetido a um campo magnético
/
forte homogêneo, produzia uma frequência de Larmor nos núcleos das moléculas do feixe.
Portanto, se houver ressonância entre o campo magnético e a frequência de Larmor , o núcleo
atômico apresentaria uma trajetória de precessão. Este é o princípio físico aplicado em todos
os equipamentos de RM.
 
Fonte: André Luis Bonfim Bathista e Silva / Wikimedia Commons
 Frequência de Larmor do movimento de processão nuclear
Dois grupos atuaram de forma ativa com publicações a respeito dos fenômenos da ressonância
magnética, são eles:
FELIX BLOCH E COLABORADORES
Universidade de Stanford
EDWARD PURCELL E COLABORADORES
Universidade de Harvard
No ano de 1952, ambos os grupos foram agraciados pelo Prêmio Nobel de Física pela
descoberta de que um núcleo em precessão poderia emitir um sinal e este ser captado por um
receptor.

/
O início da aplicação do efeito físico da RM em tecidos biológicos foi proposto por Jasper
Johns. Por meio desta aplicação, foi possível obter sinais de animais vivos, no ano de 1967.
Através de Paul Lanterbur, no ano de 1973, foram obtidas as primeiras imagens de um objeto
não homogêneo e a formação das primeiras imagens por RM. Isso contribuiu grandemente
para a transformação da técnica em uma prática aplicada à Medicina.


Em 1976, foi descrito por Peter Mansfield as primeiras imagens humanas por RM, nesta
ocasião, o grande foco estava nas imagens do tórax; somente em 1977, estes estudos se
estenderam à região da cabeça e do abdômen.
No ano de 1983, foi possível a realização de imagens do corpo inteiro, isso só ocorreu após
melhorias no software , hardware e do desenvolvimento de um sistema capaz de realizar
exames com imagens de ótima resolução espacial em um pequeno intervalo de tempo.

 ATENÇÃO
Diferente das demais modalidades, a ressonância magnética é definida como um equipamento
munido de alto campo magnético, que interage com os átomos de hidrogênio das regiões de
interesse do paciente. Para complementar a formação da imagem, assessórios definidos como
antenas ou bobinas de radiofrequência emitem energia (ondas eletromagnéticas não
ionizantes), que vão interagir com os mesmos átomos de H que estão sendo atraídos pelo
/
campo magnético, gerando perturbação no equilíbrio do sistema. Ao desligar a bobina, cada
átomo de H vai devolver a energia recebida em um período específico e, assim, será formada a
imagem.
DEFINIÇÃO DE DENSITOMETRIA ÓSSEA (D.O.)
Considerada como padrão ouro nos diagnósticos de patologias ósseas, como a osteoporose e
a osteopenia. Por meio deste método simples, indolor e não invasivo, são realizadas
avaliações quantitativas da densidade mineral de estruturas ósseas, a partir do teor de cálcio
de um paciente.
 
Fonte: Shutterstock.com
A realização do exame consiste em um escaneamento por raios X de baixa intensidade, na
região da coluna lombar (L1-L4) e região proximal do fêmur (articulação coxofemoral). Em
alguns casos específicos, podem avaliar o antebraço, contudo, as duas regiões citadas
anteriormente são predominantes, pois são nessas áreas que ocorrem as principais fraturas
por perda de densidade óssea, quando o paciente atinge a terceira idade.
/
 
Fonte: Shutterstock.com
Exemplos de avaliação de D.O. da região proximal do fêmur
 
Fonte: Shutterstock.com
Exemplos de avaliação de D.O. da coluna lombar
O SURGIMENTO DA MODALIDADE
/
O desenvolvimento da densitometria óssea é atribuído aos físicos médicos John R. Cameron e
James Sorenson, no ano de 1963. Contudo, o primeiro equipamento de densitometria óssea foi
comercializado no ano de 1964, na Universidade de Wisconsin, Madison, USA, sob a tutela do
Ph. D. Richard B. Mazess, fundador da Lunar Corporation.
SPA SINGLE PHOTON ABSORPTIOMETRY 
 
DPA DUAL ENERGY PHOTONABSORPTIOMETRY 
 
DEXA OU DXA DUAL ENERGY X-RAYS
ABSORPTIOMETRY
SPA SINGLE PHOTON ABSORPTIOMETRY
Por possuir apenas um feixe de energia, não é possível a demonstração de estruturas das
partes moles (gorduras e músculos), devido a esta limitação, somente era possível a avaliação
na região do antebraço. Para aquisição desta imagem, eram utilizadas fontes radioativas de
Iodo-125 (27 keV) ou Amerício-241 (60 keV).
DPA DUAL ENERGY PHOTONABSORPTIOMETRY
No início da década de 80, um equipamento que transmitia dois feixes de energia foi
desenvolvido. Esta importante alteração possibilitou a quantificação da densidade óssea nas
regiões anatômicas da coluna lombar e fêmur proximal. A responsável por esta dupla energia
de fótons gama era a semente radioativa de Gadolínio-153 com fótons de 44 e 100 keV.
DEXA OU DXA DUAL ENERGY X-RAYS
ABSORPTIOMETRY
/
Apenas no ano de 1987, as fontes radioativas foram substituídas por tubos de raios X. Através
destes novos equipamentos, mais regiões anatômicas e novas análises tornaram-se possíveis.
As vantagens obtidas por esta nova metodologia de diagnóstico são: menor tempo de
exposição à radiação, melhor exatidão e precisão.
A evolução deste equipamento é dividida em duas gerações sendo a segunda geração
denominada de fan beam .
 VOCÊ SABIA
O primeiro equipamento de densitometria óssea chegou ao Brasil somente no ano de 1989, ou
seja, 25 anos após o início da comercialização deste aparelho.
O SURGIMENTO DA ULTRASSONOGRAFIA
Os estudos relativos ao som são bem antigos. Os primeiros relatos de observação foram
realizados pelo italiano Spallanzani, que constatou que os morcegos utilizam destes recursos
para poder enxergar durante o voo.
 
Fonte: Shutterstock.com
A publicação da teoria do som, pelo cientista inglês John William Strutt, ocorreu no ano de
1877, inaugurando a física acústica moderna. Sua aplicação foi posta em prática durante a
Segunda Guerra Mundial, em submarinos de geradores de sons de baixa frequência,
/
permitindo uma melhor referência na navegação. Contudo, a grande maioria dos historiadores
considera a descoberta da piezoeletricidade, por Pierre Curie como o momento em que o
ultrassom foi concebido.
 
Fonte: Shutterstock.com
Com o desenvolvimento do SONAR (Sound Navigation and Ranging) e o RADAR (Radio
Detection and Ranging), durante a Segunda Guerra Mundial, métodos mais avançados de
detecção de distâncias e localização de objetos por meio de ondas sonoras foram
desenvolvidos. Até este momento, os estudos das ondas sonoras se resumiam às aplicações
militares, posteriormente, a metalurgia apropriou-se deste método (1928) e só depois a área
médica fez uso desta forma de energia para uso diagnóstico (1920-1930).
 
Fonte: Shutterstock.com
Sua primeira avaliação na Medicina foi em aplicações terapêuticas em tratamento de gastrites,
úlceras, artrite reumatoide e aplicações neurológicas, na tentativa de regredir a doença de
/
Parkinson .
Como ferramenta diagnóstica, o ultrassom foi utilizado pela primeira vez pelo neuropsiquiatra
Karl Theodore Dussik, em 1940, na Universidade de Viena. Sua aplicação foi destinada para
localização de tumores e dimensionamento de ventrículos cerebrais através dos ecos sonoros
que se propagam pelo crânio dos pacientes.
Alguns importantes nomes e fatos, no desenvolvimento da ultrassonografia
médica:
John Reid (pai da ultrassonografia médica) e John Wild, em 1950, desenvolveram o
método de ultrassonografia linear por transdutor portátil manual, para avaliação dos
tumores de mama;
Os médicos José Holmes e Douglas Howry, em 1951, produziram o primeiro scanner
bidimensional (2D), composto por uma matriz linear de transdutores.
Douglas Howry e sua esposa, Dorothy Howry, em 1957, são considerados os pioneiros
na utilização da ultrassonografia diagnóstica. Para realização deste procedimento, era
necessário que o paciente ficasse submerso e imóvel dentro de uma banheira com água
para a realização do exame.
Ainda na década de 50, o método da banheira foi substituído pelautilização do gel para
aumentar e melhorar a superfície de contato entre a pele e o transdutor, que é o
dispositivo responsável por transformar impulsos elétricos, que chegam através dos fios,
em pulsos sonoros.
No ano de 1966, Don Baker, Dennis Watkins e John Reid desenvolveram o método de
avaliação por doppler pulsado. Isto permitiu a detecção de fluxo de sangue em
diferentes profundidades no coração.
/
No ano de 1980, Don Baker juntamente com membro da equipe de engenharia,
desenvolveram o método de doppler colorido e a avaliação em tempo real (imagens
dinâmicas) por ultrassonografia.
Na década de 1990, os métodos de imagens 3D e 4D foram desenvolvidos.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 
Fonte: Shutterstock.com
 Imagem do método de Doppler transcraniana.
Vale notar como as imagens de ultrassonografia evoluíram com o passar do tempo:
Nas imagens de 1959, as estruturas somente eram demonstradas em duas cores (preto e
branco), imagens de alto contraste.

Já na década de 70, as imagens passaram a ser construídas por escala de tons de cinza,
imagem de baixo contraste
/

Enquanto nas imagens das últimas décadas, a quantidade dos tons de cinza foi aumentada,
dessa forma, melhorando o detalhamento (nitidez) na observação das estruturas anatômicas.
INÍCIO DA ULTRASSONOGRAFIA NO BRASIL
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No Brasil, a utilização da ultrassonografia teve seu início na década de 70, através do
professor Bonilla, com sua utilização ligada às avaliações obstétricas.
No ano de 1973, Dr. Paulo Costa, médico ginecologista proprietário do primeiro equipamento
de ultrassom do Brasil (aparelho Vidoson 635), realizava avaliações ginecológicas e
obstétricas, em seu consultório particular em Pernambuco.
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Este mesmo modelo de equipamento também foi adquirido no ano de 1974 pela Maternidade
de São Paulo e, no mesmo ano, a Universidade Federal do Rio de Janeiro adquiriu o primeiro
equipamento da cidade carioca.
 ATENÇÃO
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Até aquele momento, estes eram os únicos aparelhos do Brasil e da América Latina.
MODALIDADES DIAGNÓSTICAS POR
IMAGEM
VERIFICANDO O APRENDIZADO
/
1. A TOMOGRAFIA SURGIU NO INÍCIO DOS ANOS 70, DESDE ENTÃO,
VÁRIOS FORAM OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS QUE CONTRIBUÍRAM
PARA UMA MELHOR QUALIDADE NAS IMAGENS OBTIDAS. 
EM QUAL GERAÇÃO DE TOMÓGRAFOS FOI OBSERVADA A INSERÇÃO
DE DETECTORES EM TODA EXTENSÃO DE 360° DA ABERTURA DO
GANTRY ?
A) Primeira geração
B) Segunda geração
C) Terceira geração
D) Quarta geração
E) Equipamento Helicoidal
2. QUAL DOS FATOS ABAIXO NÃO OCORREU NO DESENVOLVIMENTO
DA MODALIDADE DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA?
A) A criação de um tubo de raios X específico com alvo de molibdênio
B) A realização de radiografia dentária da própria boca dos pesquisadores
C) A realização de radiografia dentária em um crânio seco
D) Desenvolvimento de cassetes intraoral
E) O desenvolvimento de sistema de fluoroscopia oral
GABARITO
1. A tomografia surgiu no início dos anos 70, desde então, vários foram os avanços
tecnológicos que contribuíram para uma melhor qualidade nas imagens obtidas. 
Em qual geração de tomógrafos foi observada a inserção de detectores em toda
extensão de 360° da abertura do gantry ?
A alternativa "D " está correta.
 
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Na quarta geração de equipamentos em tomografia computadorizada, foram inseridos
detectores em toda extensão de 360° da abertura do gantry. Por esta disposição dos
detectores, o movimento passou a ser restrito apenas ao tubo, os detectores passaram a ficar
inertes
2. Qual dos fatos abaixo não ocorreu no desenvolvimento da modalidade de Radiologia
Odontológica?
A alternativa "A " está correta.
 
A criação de um tubo de raios X específico com alvo de molibdênio foi uma ação para a
mamografia e não para a Radiologia odontológica, justificando a incorreção da alternativa A.
Na terceira e atual geração de mamógrafos, outras mudanças foram desenvolvidas, sempre
visando melhor qualidade nos procedimentos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A descoberta da radiação é um importante marco no desenvolvimento da Medicina. Através da
criação do primeiro método diagnóstico, foi possível compreender o grande potencial existente
naquele efeito físico recém descoberto. Com isso, cientistas por todo mundo se dedicaram ao
melhor entendimento e desenvolvimento de novas percepções sobre a incógnita energia X, de
forma que, em curto tempo, a utilização dos raios X se propagaram do velho continente para
todo o mundo, inclusive, para o Brasil.
Apesar da ampla utilização radiográfica, ainda nos dias atuais, o radiodiagnóstico é composto
por inúmeras modalidades, cada uma com suas peculiaridades, vantagens e desvantagens. De
igual forma, cada técnica já atravessou décadas de desenvolvimento tecnológico para que
fosse possível alcançar os patamares hoje conhecidos e alçar o posto de ferramentas-chave na
Medicina diagnóstica.
/
REFERÊNCIAS
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de posicionamento radiográfico e
anatomia associada. 7 ed. São Paulo: Elsevier, 2010.
BRASIL. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria 453, de 01 de junho de 1998. Aprova o
Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em
radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-X diagnósticos em todo
território nacional e dá outras providências. Consultado em meio eletrônico em: 19 jan. 2021.
BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos. 9 ed. São Paulo: Elsevier, 2010.
LOPES, C. V. M. Modelos atômicos no início do século XX: da física clássica à introdução
da teoria quântica, São Paulo: UFRGS, 2009.
EXPLORE+
Para ampliar o conhecimento sobre o tema, pesquise os artigos:
Diagnóstico por Imagem na Osteoporose , de Meirelles, no Arquivo Brasileiro de
Endocrinologia Metabólica, v. 43, n. 6.
Avaliação das mamas com métodos de imagem , de Chala e Barros, na revista
Radiologia Brasileira, v. 40, n. 1.
/
CONTEUDISTA
Wellington Guimarães Almeida
 CURRÍCULO LATTES
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