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Rev Industrial


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Principais mudanças organizacionais nos sistemas de alimentação com a Revolução Industrial, e as transformações sofridas nos hábitos alimentares da população. 
 
No século XXI, lidamos com a comida de uma maneira muito diferente que aquela de nossos ancestrais. A grande responsável por iniciar essa transformação é a Revolução 
Industrial, que começou no final do século XVIII: “um ‘sistema fabril’ mecanizado que por sua vez produz em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado. Ela foi responsável pelo aumento da população nas cidades e um progresso produtivo jamais visto, notoriamente em produtos têxteis (principalmente os de algodão), carvão, ferro e aço, mas também, em menor escala, em outras mercadorias de consumo, como produtos de uso doméstico e alimentos e bebidas, graças a era industrial. 
A Revolução Industrial criou, entre outras coisas, a possibilidade de se comer mais e melhor trazendo novas formas de se produzir, transportar, cozinhar e comer. A partir daí, a indústria alimentícia possibilita ampla produtividade na agropecuária; aperfeiçoa as técnicas de conservação já existentes como secagem, congelamento e defumação e cria novas maneiras de fazer a comida durar mais; aperfeiçoando técnicas de apertização e pasteurização, desenvolve embalagens que conservam esses alimentos por mais tempo e são resistentes ao transporte por longas distâncias; permitindo a distribuição mais eficaz, com estradas de ferro e navios frigoríficos, por exemplo; e traz uma abundância quantitativa e qualitativa para nossas mesas. Com o tempo, a indústria alimentícia toma para si, ao mesmo tempo em que recebe dos consumidores, a responsabilidade sobre o alimento, do beneficiamento do ingrediente ao prato pronto. Esse sistema de produção em massa agiliza o processo, reduz desperdícios e, como consequência, aumenta os lucros. Se cozinhar era, antes da Revolução Industrial, um processo que podia começar no cultivo da horta, na criação de uma galinha, na produção caseira de manteiga e do queijo que era onipresente até a industrialização, nos itens antes feitos em casa, como pão e conservas de frutas e legumes, foram substituídos por versões industrializadas, que hoje pode ser uma linha de montagem. Os frutos da indústria alimentícia de 
“alimentos-serviço”, são transformados a fim de economizar tempo e trabalho do cozinheiro/consumidor, além de acabar convertendo essa figura de prestador de serviços em distribuidor. 
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Esse aperfeiçoamento das técnicas de conservação permitiu diversificação dos canais de distribuição, a comida passou a ser vendida pela lógica capitalista, o que impactou fortemente na maneira como comemos e como nos relacionamos com nossos alimentos hoje, o que pode ser representado pelo surgimento do supermercado, na década de 1930: um local cuja formatação e localização incentivavam compras maiores com intervalos mais longos entre elas, o que dependia da durabilidade dos itens alimentícios. Nas décadas seguintes, outros canais de distribuição seriam criados, como hipermercados, lanchonetes com drive thru, refeitórios de empresas, vending machines e até sites que comercializam comida na internet. 
Esse modus vivendi urbano, a comensalidade contemporânea se caracteriza pela escassez de tempo para o preparo, de recursos financeiros, ou até mesmo o local disponível para se alimentar, pela presença de produtos gerados com novas técnicas de conservação e de preparo, que agregam tempo e trabalho; pelo vasto leque de itens alimentares; pelo deslocamento das refeições de casa para estabelecimentos que comercializam alimentos – restaurantes, lanchonetes, vendedores ambulantes, padarias, pela crescente oferta de preparações e utensílios transportáveis; pela oferta de produtos provenientes de várias partes do mundo; pelo arsenal publicitário associado aos alimentos; pela flexibilização de horários para comer agregada à diversidade de alimentos; pela crescente individualização dos rituais alimentares. 
Porém todo esse modelo de alimentação tem suas consequências como doenças crônicas não transmissíveis como Diabets mellitus, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, dislipidemia entre muitas outras, consequências que já vem sendo notadas pela população que hoje já busca se informar das procedências dos alimentos, dos processos de preparo e de seus valores nutricionais. Aos poucos se tornando um publico consumidor mais consciente e preocupado com a saúde, mas ainda é poucos pois esses alimentos mais saudáveis, não estão acessíveis a todas as classes da população, pois tem custo elevado em relação e esse que a indústria alimentícia oferece a maioria das classes que tem menos recursos financeiros. 
BIBLIOGRÁFIA 
Pellerano, Joana A. Industrialização e alimentação: Impactos da Revolução Industrial moderna em produção, distribuição, preparo e consumo de alimentos. Disponível em: http:// ocs.ige.unicamp.br/ ojs/react/article/download/2764/2625/. Acesso em 23 mar. 2021. 
 
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