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@Tony-Dir Penal-56 Questões Comentadas FCC

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Livro Eletrônico
Aula 00
500 Questões Comentadas de Direito Penal - Banca FCC 
Professores: Renan Araujo, Time Renan Araujo
00000000000 - DEMO
 
 
 
Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 54 
DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL. CONCEITO E FONTES. 
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS. 
SUMÁRIO 
 
1 EXERCÍCIOS DA AULA ........................................................................................... 5 
2 EXERCÍCIOS COMENTADOS ................................................................................. 21 
3 GABARITO .......................................................................................................... 53 
 
 
 
Olá, meus amigos! 
 
É com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATÉGIA 
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir na preparação de vocês 
nessa árdua caminhada em busca da vaga no serviço público. Aqui nós 
vamos comentar exercícios sobre DIREITO PENAL, exclusivos da FCC. Serão 
500 questões de Direito Penal da FCC! 
E aí, povo, preparados para a maratona? 
Vai dar início à sua preparação ou vai deixar a concorrência sair na 
frente? 
Bom, está na hora de me apresentar a vocês, não é? 
Meu nome é Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Público 
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro, 
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes, 
porém, fui servidor da Justiça Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de 
Técnico Judiciário, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e pós-
graduado em Direito Público pela Universidade Gama Filho. 
Minha trajetória de vida está intimamente ligada aos Concursos Públicos. 
Desde o começo da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha 
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferença! Algumas pessoas me perguntam 
como consegui sucesso nos concursos em tão pouco tempo. Simples: Foco + 
Força de vontade + Disciplina. Não há fórmula mágica, não há ingrediente 
secreto! Basta querer e correr atrás do seu sonho! Acreditem em mim, isso 
funciona! 
É muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro, 
poder colaborar para a aprovação de outros tantos concurseiros, como um dia eu 
fui! E quando eu falo em “colaborar para a aprovação”, não estou falando apenas 
00000000000 - DEMO
 
 
 
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DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 por falar. O Estratégia Concursos possui índices altíssimos de aprovação 
em todos os concursos! 
Mas é possível que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, você ainda 
não esteja plenamente convencido de que o Estratégia Concursos é a melhor 
escolha. Eu entendo você, já estive deste lado do computador. Às vezes é difícil 
escolher o melhor material para sua preparação. Contudo, alguns colegas de 
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse: 
 
 
Esse print screen acima foi retirado da página de avaliação do curso. De 
um curso elaborado para um concurso bastante concorrido (TCU), 
ministrado em 2015. Vejam que, dos 168 alunos que avaliaram o curso, 165 o 
aprovaram. Um percentual de 98,21%. 
Ainda não está convencido? Continuo te entendendo. Você acha que 
pode estar dentro daqueles 1,79%. Em razão disso, disponibilizamos 
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que você possa analisar o 
material, ver se a abordagem te agrada, etc. 
Acha que a aula demonstrativa é pouco para testar o material? Pois 
bem, o Estratégia concursos dá a você o prazo de 30 DIAS para testar o 
material. Isso mesmo, você pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente 
o material e, se não gostar, devolvemos seu dinheiro. 
Sabem porque o Estratégia Concursos dá ao aluno 30 dias para 
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso não vai acontecer! Não 
temos medo de dar a você essa liberdade. 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
!
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 00 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Princípios. Aplicação 
da Lei Penal) 
05.04 
Aula 01 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Teoria Geral do Delito) 
15.04 
00000000000 - DEMO
 
 
 
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Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 
Aula 02 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Teoria Geral do Delito 
– Parte II) 
25.04 
Aula 03 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Concurso de pessoas e 
concurso de crimes) 
05.05 
Aula 04 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Penas. Extinção da 
punibilidade) 
15.05 
Aula 05 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Crimes em espécie) 
25.05 
Aula 06 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Crimes em espécie) 
05.06 
Aula 07 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Crimes em espécie) 
15.06 
Aula 08 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Crimes em espécie) 
25.06 
Aula 09 
50 Questões comentadas de Direito 
Penal da FCC (Crimes em espécie) 
05.07 
 
Cada aula compreenderá a análise de 50 questões de Direito Penal que 
foram cobradas pela FCC. 
!
ATENÇÃO! Este curso será ministrado apenas em formato PDF. Não 
possui videoaulas! 
 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 
 E-mail: profrenanaraujo@gmail.com 
 Periscope: @profrenanaraujo 
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia 
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br 
Youtube: 
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. ;-) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 1! EXERCÍCIOS DA AULA 
 
01.! (FCC – 2017 – DPE-RS – ANALISTA PROCESSUAL) 
O que nos parece é que as duas dimensões do bem jurídico-penal ― a valorativa 
e a pragmática ― apresentam áreas de intensa interpenetração, o que origina a 
tendencial convergência entre elevada dignidade penal e necessidade de tutela 
penal, assim como, inversamente, entre reduzida dignidade penal e 
desnecessidade de tutela penal. 
(CUNHA, Maria da Conceição Ferreira da. Constituição e crime: uma perspectiva 
da criminalização e da descriminalização. Porto: Universidade Católica 
Portuguesa Editora, 1995, p. 424) 
Nesse tópico, o tema central do raciocínio da jurista portuguesa radica 
primacialmente no campo da ideia constitucional de 
a) individualização. 
b) dignidade humana. 
c) irretroatividade. 
d) proporcionalidade. 
e) publicidade. 
 
02.! (FCC – 2017 – DPE-PR – DEFENSOR PÚBLICO) 
O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo 
a) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva.b) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva. 
c) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. 
d) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista sistêmica. 
e) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica 
 
03.! (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ SUBSTITUTO) 
A afirmação de que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo de 
proteção de bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens que constituem o 
universo de bens do indivíduo, mas representa um sistema descontínuo de 
seleção de ilícitos decorrentes da necessidade de criminalizá-los ante a 
indispensabilidade da proteção jurídico-penal, amolda-se, mais exatamente, 
a) ao conceito estrito de reserva legal aplicado ao significado de taxatividade da 
descrição dos modelos incriminadores. 
b) à descrição do princípio da fragmentariedade do Direito Penal que é corolário 
do princípio da intervenção mínima e da reserva legal. 
c) à descrição do princípio da culpabilidade como fenô- meno social. 
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DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
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 d) ao conteúdo jurídico do princípio de humanidade relacionado ao conceito de 
Justiça distributiva. 
e) à descrição do princípio da insignificância em sua relativização na busca de 
mínima proporcionalidade entre gravidade da conduta e cominação de sanção. 
 
04.! (FCC – 2015 – TCM-GO – PROCURADOR) 
Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da 
facilidade propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo 
crime de peculato e não pelo delito de furto em decorrência do princípio da 
a) subsidiariedade. 
b) consunção. 
c) especialidade. 
d) progressão criminosa. 
e) alternatividade. 
 
05.! (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) 
A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos 
nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua 
infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a 
dessocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da 
a) proporcionalidade. 
b) intervenção mínima do Estado. 
c) fragmentariedade do Direito Penal. 
d) humanidade. 
e) adequação social. 
 
06.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente 
importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal disposição 
constitucional o da 
a) legalidade. 
b) proporcionalidade. 
c) individualização. 
d) pessoalidade. 
e) dignidade humana. 
 
07.! (FCC – 2014 – DPE-PB – DEFENSOR PÚBLICO) 
"A terrível humilhação por que passam familiares de pre-sos ao visitarem seus 
parentes encarcerados consiste na obrigação de ficarem nus, de agacharem 
diante de espelhos e mostrarem seus órgãos genitais para agentes públicos. A 
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 maioria que sofre esses procedimentos é de mães, esposas e filhos de presos. 
Até mesmo idosos, crianças e bebês são submetidos ao vexame. É princípio de 
direito penal que a pena não ultrapasse a pessoa do condenado". 
(DIAS, José Carlos. "O fim das revistas vexatórias". In: Folha de São Paulo. São 
Paulo: 25 de julho de 2014, 1o caderno, seção Tendências e Debates, p. A-3) 
Além da ideia de dignidade humana, por esse trecho o inconformismo do autor, 
recentemente publicado na imprensa brasileira, sustenta-se mais diretamente 
também no postulado constitucional da 
a) individualização. 
b) fragmentariedade. 
c) pessoalidade. 
d) presunção de inocência. 
e) legalidade. 
 
08.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
Dispõe o artigo 1º do Código Penal: "Não há crime sem lei anterior que o defina. 
Não há pena sem prévia cominação legal". Tal dispositivo legal consagra o 
princípio da 
a) ampla defesa. 
b) legalidade. 
c) presunção de inocência. 
d) dignidade. 
e) isonomia. 
 
09.! (FCC – 2008 – TCE-SP – AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) 
O princípio constitucional da legalidade em matéria penal encontra efetiva 
realização na exigência, para a configuração do crime, de 
a) culpabilidade. 
b) tipicidade. 
c) punibilidade. 
d) ilicitude. 
e) imputabilidade. 
 
10.! (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO) 
A ideia de insignificância penal centra-se no conceito 
a) formal de crime. 
b) material de crime. 
c) analítico de crime. 
d) subsidiário de crime. 
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 e) aparente de crime. 
 
11.! (FCC – 2011 – TCE/PR – ANALISTA DE CONTROLE) 
O princípio válido, tratando-se de sucessão de leis penais no tempo, na hipótese 
de que a norma posterior incrimina fato não previsto na anterior, é o da 
a) Abolitio criminis. 
b) Ultratividade. 
c) Irretroatividade. 
d) Retroatividade. 
e) Lei vigente na época no momento da prática de fato punível: Tempus regit 
actum. 
 
12.! (FCC – 2010 – DPE/SP – DEFENSOR PÚBLICO) 
O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza 
a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequência jurídica. 
b) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do Estado. 
c) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas. 
d) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal. 
e) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal. 
 
13.! (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR) 
O princípio constitucional da legalidade em matéria penal 
a) não vigora na fase de execução penal. 
b) impede que se afaste o caráter criminoso do fato em razão de causa supralegal 
de exclusão da ilicitude. 
c) não atinge as medidas de segurança. 
d) obsta que se reconheça a atipicidade de conduta em função de sua adequação 
social. 
e) exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas situações, o 
emprego da analogia. 
 
14.! (FCC – 2012 – ISS-SP – AUDITOR FISCAL) 
César, na vigência da Lei no 01, foi condenado à pena de dois meses de detenção, 
pela prática de determinado delito. A sentença transitou em julgado. Antes do 
trânsito em julgado, entrou em vigor a Lei no 02, que aumentou a pena desse 
crime para três meses de detenção. Após o trânsito em julgado, entraram em 
vigor duas outras leis: a Lei no 03, que reduziu a pena dessa infração penal para 
um mês de detenção, e a Lei no 04, que aboliu o referido delito. Nesse caso, 
a) aplica-se a Lei no 02, por ter entrado em vigor antes do trânsito em julgado 
da sentença. 
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Curso de questões comentadas 
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 b) aplica-se a Lei no 03, por ter mantido a incriminação, com redução da pena 
imposta. 
c) aplica-se a Lei no 04, que deixou de incriminar fato que anteriormente era 
considerado ilícito penal. 
d) aplica-se a pena resultante da média aritmética entre as penas de todas as 
leis referentes à mesma infração penal. 
e) não se aplica nenhuma das leis novas, que entraram em vigor após o trânsito 
em julgado da sentença. 
 
15.! (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único controle 
social formal dotado de recursos coativos, embora seja o que disponha dos 
instrumentos mais enérgicos, é reconhecido pela doutrina como princípio da 
a) lesividade.b) intervenção mínima. 
c) fragmentariedade. 
d) subsidiariedade. 
e) proporcionalidade. 
 
16.! (FCC – 2010 – TJ-MS – JUIZ) 
O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão 
a) nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade. 
b) na teoria da imputação objetiva e no princípio da fragmentariedade. 
c) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista. 
d) na teoria da imputação objetiva e no princípio da subsidiariedade. 
e) no princípio da subsidiariedade e na proposta funcionalista. 
 
17.! (FCC – 2016 – ISS-TERESINA – AUDITOR-FISCAL) 
A respeito da analogia, considere: 
I. A analogia é uma forma de auto-integração da lei. 
II. Pela analogia, aplica-se a um fato não regulado expressamente pela norma 
jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante. 
III. O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no 
Direito Penal. 
IV. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e IV. 
c) I e II. 
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DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 d) III e IV. 
e) I e III. 
 
18.! (FCC – 2017 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) 
Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que 
a) o Código Penal adotou o princípio da territorialidade, em relação à aplicação 
da lei penal no espaço. Tal princípio é absoluto, não admitindo qualquer exceção. 
b) transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo do 
Conhecimento a aplicação da lei mais benigna. 
c) a lei aplicável para os crimes permanentes será aquela vigente quando se 
iniciou a conduta criminosa do agente. 
d) quando a abolitio criminis se verificar depois do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória, extinguir-se-ão todos os efeitos penais e 
extrapenais da condenação. 
e) a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante a sua vigência. 
 
19.! (FCC – 2016 – PREF. CAMPINAS-SP – PROCURADOR) 
O código penal brasileiro considera praticado o crime no lugar em que ocorreu a 
a) ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. 
b) omissão ou ação dolosa, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado. 
c) ação ilícita, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado esperado. 
d) ação ou omissão culposa do agente, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu o resultado. 
e) omissão, no todo ou em parte, ainda que seja outro o momento do resultado. 
 
20.! (FCC – 2015 – CNMP – ANALISTA) 
Para fins da contagem do prazo no Código Penal, 
a) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses 
e os anos pelo calendário comum. 
b) não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do 
vencimento. 
c) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se as horas, os dias, 
os meses e os anos. 
d) não se computará no prazo o dia do crime, incluindo-se, porém, o do resultado. 
e) o dia do começo e do vencimento deverão estar expressamente previstos em 
face do princípio da reserva legal. 
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DIREITO PENAL – 500 QUESTÕES COMENTADAS DA FCC 
Curso de questões comentadas 
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21.! (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) 
João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor do 
delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no mesmo 
edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final José foi 
definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos retornaram 
ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação. Neste caso, 
conforme o Código Penal brasileiro, 
a) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça 
francesa. 
b) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à 
extraterritorialidade incondicionada. 
c) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça. 
d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a 
lei mais favorável. 
e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país. 
 
22.! (FCC – 2014 – TJ-AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Considere o artigo 10 do Código Penal. 
Art. 10 - O dia do ...... ...... no cômputo do prazo. Contam-se ......, ...... e ...... 
pelo calendário comum. 
Com relação à contagem do prazo penal, preenche, correta e respectivamente, 
as lacunas: 
a) final - incluiu-se - as horas - os dias - os meses 
b) início - exclui-se - os dias - os meses - os anos 
c) começo - inclui-se - os dias - os meses - os anos 
d) final - excluiu-se - as horas - os dias - os anos 
e) começo - considera-se - as horas - os dias - os meses 
 
23.! (FCC – 2006 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Considerando os princípios que regulam a aplicação da lei penal no tempo, pode-
se afirmar que 
A) não se aplica a lei nova, mesmo que favoreça o agente de outra forma, caso 
se esteja procedendo à execução da sentença, em razão da imutabilidade da 
coisa julgada. 
B) pela abolitio criminis se fazem desaparecer o delito e todos os seus reflexos 
penais, permanecendo apenas os civis. 
C) em regra, nas chamadas leis penais em branco com caráter excepcional ou 
temporário, revogada ou alterada a norma complementar, desaparecerá o crime. 
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Curso de questões comentadas 
Aula 00 – Prof. Renan Araujo 
 D) a lei excepcional ou temporária embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não se aplica ao fato 
praticado durante a sua vigência. 
E) permanecendo na lei nova a definição do crime, mas aumentadas suas 
conseqüências penais, esta norma será aplicada ao autor do fato 
 
24.! (FCC – 2010 – TCE/RO – Procurador) 
No tocante à aplicação da lei penal, 
A) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime. 
B) a lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. 
C) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime. 
D) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando- se os meses e anos 
pelo calendário comum, desprezados os dias. 
E) Compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que 
transitada em julgado a sentença condenatória, segundo entendimento sumulado 
do Superior Tribunal de Justiça. 
 
25.! (FCC – 2014 – DPE-RS – DEFENSOR PÚBLICO) 
Sobre o tempo e o lugar do crime, o Código Penal para estabelecer 
a) o tempo do crime, adotou, como regra, a teoria da ubiquidade, e, para 
estabelecer o lugar do crime, a teoria da ação. 
b) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria da ação. 
c) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria do resultado. 
d) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria da ubiquidade. 
e) o tempo do crime, adotou, como regra, a teoria da ação, e, para estabelecer 
o lugar do crime, a teoria da ubiquidade. 
 
26.! (FCC – 2014 – DPE-PB – DEFENSOR PÚBLICO) 
A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito brasileiro 
a) inclusive para fins de reincidência.b) somente para sujeitar o agente à medida de segurança. 
c) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros 
efeitos civis. 
d) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da lei 
estrangeira. 
e) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se 
produziu no estrangeiro. 
 
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 27.! (FCC – 2013 – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – PROCURADOR) 
No direito brasileiro, o lugar do crime define-se pela teoria 
a) da equidistância. 
b) do efeito intermédio. 
c) da ubiquidade. 
d) monista. 
e) vicariante. 
 
28.! (FCC – 2007 – MPU – ANALISTA) 
A respeito da aplicação da lei penal quanto ao tempo, considera- se praticado o 
crime no momento 
a) da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
b) em que o agente der início aos atos preparatórios, ainda que não tenha 
ocorrido ação ou omissão. 
c) em que ocorrer o resultado, ainda que seja outro o momento da ação ou 
omissão. 
d) do exaurimento da conduta delituosa, ainda que seja outro o momento da 
ação ou omissão. 
e) em que o agente concluir os atos preparatórios, ainda que não tenha ocorrido 
ação ou omissão. 
 
29.! (FCC – 2007 – MPU – ANALISTA) 
A respeito da aplicação da lei penal, no que concerne à contagem dos prazos, de 
acordo com o Código Penal, é correto afirmar que 
a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo, mas inclui-se fração deste. 
b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, mas não se inclui fração deste. 
c) o dia do começo ou fração deste não se inclui no cômputo do prazo. 
d) o dia do começo ou fração deste inclui-se no cômputo do prazo. 
e) os prazos em meses são contados pelo número real de dias e não pelo 
calendário comum. 
 
30.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO) 
Dispõe o artigo 1o do Código Penal: "Não há crime sem lei anterior que o defina. 
Não há pena sem prévia cominação legal". 
Tal dispositivo legal consagra o princípio da 
a) ampla defesa. 
b) legalidade. 
c) presunção de inocência. 
d) dignidade. 
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 e) isonomia. 
 
31.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO) 
Em matéria penal, a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, 
a) desde que o representante do Ministério Público não tenha apresentado a 
denúncia. 
b) desde que a autoridade policial ainda não tenha instaurado inquérito policial a 
respeito. 
c) ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
d) desde que ainda não tenha sido recebida a denúncia apresentada pelo 
Ministério Público. 
e) desde que a sentença condenatória ainda não tenha transitado em julgado. 
 
32.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO) 
No que tange à aplicação da lei penal, considere: 
I. crime cometido no estrangeiro contra a administração pública, por quem está 
a seu serviço; 
II. crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
III. crime cometido no estrangeiro por brasileiro, que não é punível no país em 
que foi praticado. 
Dentre os crimes acima, ficam sujeitos à lei brasileira os indicados APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
33.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO) 
É certo que se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de 
a) embarcações mercantes brasileiras que estejam em mar territorial estrangeiro. 
b) embarcações mercantes brasileiras que estejam em porto estrangeiro. 
c) aeronaves mercantes brasileiras que estejam em espaço aéreo estrangeiro. 
d) aeronaves mercantes brasileiras que estejam em pouso em aeroporto 
estrangeiro. 
e) embarcação estrangeira de propriedade privada que esteja em mar territorial 
brasileiro. 
 
34.! (FCC – 2010 – SEFIN/RO – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS) 
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 Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos a bordo de 
I. embarcações brasileiras de propriedade privada que estejam em mar territorial 
estrangeiro. 
II. aeronaves brasileiras a serviço do governo brasileiro que estejam em espaço 
aéreo estrangeiro. 
III. embarcações estrangeiras de propriedade privada que estejam em mar 
territorial brasileiro. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
 
35.! (FCC – 2013 – TRT 6 – JUIZ DO TRBALAHO) 
No tocante à aplicação da lei penal, correto afirmar que: 
a) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. 
b) a lei penal excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante 
a sua vigência, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram. 
c) se considera praticado o crime no momento do resultado. 
d) as regras gerais do Código Penal aplicam-se aos fatos incriminados por lei 
especial, ainda que esta disponha de modo diverso. 
e) a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
 
36.! (FCC – 2013 – TCE-SP – PROCURADOR) 
José foi processado e condenado por crime previsto em lei vigente à época do 
fato delituoso. Posteriormente, entraram em vigor duas leis: a primeira reduziu 
a pena prevista para o delito; a segunda o aboliu. Nesse caso, em relação à 
condenação imposta a José, se a sentença já tiver transitado em julgado, 
a) as duas leis novas retroagem. 
b) apenas a lei que aboliu o delito retroage. 
c) apenas a lei que reduziu a pena prevista para o delito retroage. 
d) as duas leis novas não retroagem. 
e) as duas leis só retroagem se contiverem norma expressa prevendo a aplicação 
a casos pretéritos. 
 
37.! (FCC – 2014 – CÂMARA MUNICIPAL/SP – PROCURADOR) 
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 Pode caracterizar situação de extraterritorialidade condicionada da lei penal 
brasileira sua aplicação aos crimes 
a) cometidos em embarcações privadas brasileiras, quando navegando em alto-
mar. 
b) cometidos em embarcações privadas brasileiras, quando navegando em 
território estrangeiro. 
c) cometidos contra o patrimônio da Marinha do Brasil, quando navegando em 
alto-mar. 
d) de genocídio, cometidos em quaisquer embarcações, navegando em alto-mar 
ou em território estrangeiro, desde que o agente seja brasileiro ou domiciliado no 
Brasil. 
e) cometidos em embarcações públicas brasileiras, quando navegando em 
território estrangeiro. 
 
38.! (FCC – 2015 – SEFAZ-PE – JULGADOR TRIBUTÁRIO) 
Acusado em processo que apurou o crime de lavagem de dinheiro em concurso 
com o crime de organização criminosa teve uma pena altíssima. Quando lhe 
restava um terço para o cumprimento da pena, as modalidades criminosas 
praticadas tiveram suas penas reduzidas na metade. Nesse caso, o agente 
a) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista 
que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada somente com os fatos 
ocorridos posteriormente, acompanhando as normas do processo penal. 
b) será favorecido com o reconhecimento da extinção de metade da pena restante 
para o cumprimento, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será 
aplicada neste patamar proporcionalmente,diante dos fatos praticados 
anteriormente. 
c) será favorecido com o reconhecimento da possibilidade de indenização pelo 
Estado, diante da lei posterior, devendo cumprir integralmente sua pena em face 
do trânsito em julgado. 
d) será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a 
lei posterior que favoreça o agente será aplicada mesmo com os fatos praticados 
anteriormente. 
e) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista 
que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada no caso de prever 
expressamente o efeito retroativo. 
 
39.! (FCC – 2014 – TJ-AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Embora cometidos no estrangeiro, NÃO ficam sujeitos à lei brasileira os crimes 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, de sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
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 c) contra a Administração pública, por quem está a seu serviço. 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. 
e) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e ainda que aí não sejam 
julgados 
 
40.! (FCC – 2014 – TJ-AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Com relação à aplicação da lei penal, é INCORRETO afirmar: 
a) Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal. 
b) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência. 
c) Pode-se ser punido por fato que lei posterior deixe de considerar crime, se já 
houver sentença penal definitiva. 
d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo 
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
e) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento de seu resultado. 
 
41.! (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) 
Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1 ano 
de reclusão no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no 
exterior e voltou ao Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão 
expedido pela justiça brasileira. Nesse caso, a pena cumprida no exterior 
a) implicará na transformação automática da pena imposta no Brasil em sanção 
pecuniária. 
b) será considerada circunstância atenuante e a pena fixada no Brasil será objeto 
de nova dosimetria. 
c) implicou exaurimento da sanção penal cabível e Rodrigo não estará sujeito ao 
cumprimento da pena imposta no Brasil. 
d) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir 
mais 1 ano de reclusão. 
e) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá cumprir integralmente os 2 
anos de reclusão impostos pela justiça brasileira. 
 
42.! (FCC – 2015 – TCM-RJ – PROCURADOR) 
No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se aplica 
a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração 
a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade do agente, 
denomina-se princípio 
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 a) da nacionalidade. 
b) da territorialidade. 
c) de proteção. 
d) da competência universal. 
e) de representação. 
 
43.! (FCC – 2015 – TCM-GO – PROCURADOR) 
A respeito da aplicação da lei penal, considere: 
I. Aplica-se a lei brasileira a crimes praticados a bordo de embarcações brasileiras 
a serviço do governo brasileiro que se encontrem ancorados em portos 
estrangeiros. 
II. A sentença estrangeira pode ser executada no Brasil para obrigar o condenado 
a reparar o dano independentemente de homologação. 
III Consideram-se extensões do território brasileiro as embarcações brasileiras 
de propriedade privada em alto mar. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I 
b) II 
c) I e III 
d) I e II 
e) II e III. 
 
44.! (FCC – 2016 – SEFAZ-MA – AUDITOR) 
O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da 
pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu 
cometimento, não constituía delito é 
a) atipicidade. 
b) reserva legal. 
c) punibilidade. 
d) analogia. 
e) territorialidade. 
 
45.! (FCC – 2015 – TCM-RJ – AUDITOR) 
Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente 
pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". 
Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei 
a) fere o princípio da legalidade. 
b) fere o princípio da anterioridade. 
c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
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 d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
e) é uma norma penal em branco. 
 
46.! (FCC – 2014 – MPE-PE – PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Consoante entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, 
a) é cabível a aplicação retroativa, desde que integral, das disposições da vigente 
lei de drogas, se mais favoráveis ao réu, vedada a combinação de leis. 
b) são irretroativas as disposições da vigente lei de drogas, ainda que mais 
favoráveis ao réu, pois inadmissível a combinação de leis. 
c) são retroativas as disposições da vigente lei de dro- gas, se mais favoráveis 
ao réu, permitida a combinação de leis. 
d) é cabível a aplicação retroativa, ainda que parcial, das disposições da vigente 
lei de drogas, se mais favoráveis ao réu, vedada a combinação de leis. 
e) são retroativas as disposições da vigente lei de drogas, mesmo que 
desfavoráveis aos réu, vedada a combinação de leis. 
 
47.! (FCC – 2013 – TRT1 – JUIZ) 
O art. 203 do Código Penal incrimina a conduta de frus- tração fraudulenta ou 
violenta de direito assegurado pela legislação trabalhista. Segundo Heleno 
Fragoso, trata-se de disposição legal excessiva e desnecessária, pois os direitos 
que visa a proteger já encontram nas leis trabalhistas eficiente ‘remedium juris’ 
(apud FRAGOSO, Christiano. Repressão penal da greve: uma experiência 
antidemocrática. 1. ed. São Paulo: IBCCrim, 2009, p. 448). 
A crítica do mestre em referência tem por fundamento mais direto a ideia de; 
a) adequação social 
b) fragmentariedade. 
c) pessoalidade. 
d) insignificância. 
e) individualização. 
 
48.! (FCC – 2013 – MPE-SE – TÉCNICO) 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal. Trata-se do postulado constitucional que se consagrou com a denominação 
de 
a) presunção de inocência. 
b) devido processo legal. 
c) in dubio pro reo. 
d) estrita legalidade. 
e) princípio da culpabilidade. 
 
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 49.! (FCC – 2013 – MPE-SE – TÉCNICO) 
A lei penal brasileira tem vigência espacial precipuamente regida pelo postulado 
denominado 
a) competência universal. 
b) subsidiariedade. 
c) nacionalidade. 
d) proteção. 
e) territorialidade. 
 
50.! (FCC – 2013 – MPE-SE –TÉCNICO) 
Conta-se que o rei grego Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de 
nada ainda mais grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com 
a pena de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim 
severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, poderíamos 
criticar Drácon por não observar a ideia de 
a) legalidade. 
b) proporcionalidade. 
c) fragmentariedade. 
d) irretroatividade. 
e) pessoalidade. 
 
51.! (FCC – 2013 – MPE-AM – AGENTE TÉCNICO) 
O uso da analogia para punir alguém por ato não previsto expressamente em lei, 
mas semelhante a outro por ela definido, 
a) é permitido, se o fato for contrário ao sentimento do povo na época em que o 
ato foi praticado. 
b) é vedado, por importar em violação do princípio da legalidade. 
c) é vedado, por contrariar o princípio da proporcionalidade da lei penal. 
d) é permitido, se o fato for contrário aos princípios fundamentais do Direito 
Penal. 
e) só é permitido se estiver fundado no direito consuetudinário. 
 
52.! (FCC – 2013 – MPE-CE – ANALISTA) 
Sobre a aplicação da lei penal excepcional ou temporária, de acordo com o Código 
Penal brasileiro, é correto afirmar: 
a) Fere o princípio constitucional da irretroatividade da lei e deve ser declarada 
inconstitucional. 
b) Embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que 
a determinaram, aplica- se ao fato praticado durante sua vigência. 
c) Está restrita ao direito penal militar em tempo de guerra. 
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 d) Aplica-se ao fato praticado anteriormente à sua vigência desde que não tenha 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram. 
e) Não está prevista no direito brasileiro que adota o princípio da estrita 
legalidade. 
 
53.! (FCC – 2012 – PGM-JOÃO PESSOA-PB – PROCURADOR) 
Uma lei definiu como crime um fato e estabeleceu no preceito sancionador a pena 
de no mínimo dois anos de reclusão. Essa lei 
a) infringiu o princípio do juiz natural. 
b) infringiu o princípio da legalidade. 
c) infringiu o princípio da presunção de inocência. 
d) infringiu o princípio da culpabilidade. 
e) não infringiu nenhum princípio do Direito Penal. 
 
2! EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
01.! (FCC – 2017 – DPE-RS – ANALISTA PROCESSUAL) 
O que nos parece é que as duas dimensões do bem jurídico-penal ― a 
valorativa e a pragmática ― apresentam áreas de intensa 
interpenetração, o que origina a tendencial convergência entre elevada 
dignidade penal e necessidade de tutela penal, assim como, 
inversamente, entre reduzida dignidade penal e desnecessidade de 
tutela penal. 
(CUNHA, Maria da Conceição Ferreira da. Constituição e crime: uma 
perspectiva da criminalização e da descriminalização. Porto: 
Universidade Católica Portuguesa Editora, 1995, p. 424) 
Nesse tópico, o tema central do raciocínio da jurista portuguesa radica 
primacialmente no campo da ideia constitucional de 
a) individualização. 
b) dignidade humana. 
c) irretroatividade. 
d) proporcionalidade. 
e) publicidade. 
COMENTÁRIOS: O enunciado da questão trata do princípio da 
proporcionalidade, ao estabelecer que a maior ou menor relevância de um 
determinado bem jurídico irá determinar o nível de intervenção do direito penal: 
quanto mais valioso o bem jurídico, como regra, maior a necessidade de tutela 
penal, de maneira firme; quanto menos valioso o bem jurídico, menor será a 
necessidade de intervenção penal. 
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 Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
02.! (FCC – 2017 – DPE-PR – DEFENSOR PÚBLICO) 
O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo 
a) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva. 
b) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva. 
c) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. 
d) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista 
sistêmica. 
e) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica 
COMENTÁRIOS: O princípio da intervenção penal mínima, ou ultima ratio, está 
relacionado à necessidade de que o Direito Penal intervenha na vida em sociedade 
apenas quando isto for extremamente necessário e apenas para proteger bens 
jurídicos relevantes, na hipótese de não ser possível tal proteção pelos demais 
ramos do Direito. Ou seja: o direito penal não deve ser a primeira opção, e sim 
a última. Isto posto, podemos perceber que há uma relação direta entre 
intervenção penal mínima e os princípios da fragmentariedade (Direito penal só 
deve proteger os bens mais relevantes) e subsidiariedade (Direito penal só deve 
intervir quando não for possível a proteção do bem jurídico pelas demais formas 
de controle social). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
03.! (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ SUBSTITUTO) 
A afirmação de que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo 
de proteção de bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens que 
constituem o universo de bens do indivíduo, mas representa um sistema 
descontínuo de seleção de ilícitos decorrentes da necessidade de 
criminalizá-los ante a indispensabilidade da proteção jurídico-penal, 
amolda-se, mais exatamente, 
a) ao conceito estrito de reserva legal aplicado ao significado de 
taxatividade da descrição dos modelos incriminadores. 
b) à descrição do princípio da fragmentariedade do Direito Penal que é 
corolário do princípio da intervenção mínima e da reserva legal. 
c) à descrição do princípio da culpabilidade como fenô- meno social. 
d) ao conteúdo jurídico do princípio de humanidade relacionado ao 
conceito de Justiça distributiva. 
e) à descrição do princípio da insignificância em sua relativização na 
busca de mínima proporcionalidade entre gravidade da conduta e 
cominação de sanção. 
COMENTÁRIOS: Tal afirmação se amolda à descrição do princípio da 
fragmentariedade do Direito Penal. 
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 O princípio da fragmentariedade do Direito Penal está relacionado à 
IMPORTÂNCIA do bem jurídico para a sociedade. Ou seja, o Direito Penal só 
poderá tutelar aqueles bens jurídicos especialmente relevantes, cabendo aos 
demais ramos do Direito a tutela daqueles bens que não sejam dotados de 
tamanha importância social. 
Além disso, pelo caráter SUBSIDIÁRIO do Direito Penal, ele só deve tutelar esses 
bens jurídicos extremamente relevantes quando não for possível aos demais 
ramos do Direito exercer esta tarefa, já que o Direito Penal é um instrumento 
extremamente invasivo. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
04.! (FCC – 2015 – TCM-GO – PROCURADOR) 
Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, 
valendo-se da facilidade propiciada pela condição de funcionário público. 
Pedro responderá pelo crime de peculato e não pelo delito de furto em 
decorrência do princípio da 
a) subsidiariedade. 
b) consunção. 
c) especialidade. 
d) progressão criminosa. 
e) alternatividade. 
COMENTÁRIOS: Em tese, Pedro teria de responder pelo delito de furto, previsto 
no art. 155 do CP. Contudo, existe um tipo penal ESPECÍFICO, ESPECIAL, que é 
o do art. 312, §1º do CP (peculato-furto). 
Neste caso, por existir um tipo penal específico para o caso, aplica-se este tipo 
penal específico, pelo princípio da ESPECIALIDADE. 
Portanto,a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
05.! (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) 
A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-
tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de 
dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a 
degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do 
princípio da 
a) proporcionalidade. 
b) intervenção mínima do Estado. 
c) fragmentariedade do Direito Penal. 
d) humanidade. 
e) adequação social. 
COMENTÁRIOS: Tais previsões são decorrências lógicas do princípio da 
humanidade, que não se restringe à vedação a determinados tipos de penas 
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 (humanidade das penas), mas se aplica a todo o sistema penal e processual 
penal. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
06.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente 
importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal 
disposição constitucional o da 
a) legalidade. 
b) proporcionalidade. 
c) individualização. 
d) pessoalidade. 
e) dignidade humana. 
COMENTÁRIOS: Dentre os princípios elencados pela questão, apenas o princípio 
da proporcionalidade não está expressamente previsto na Constituição Federal, 
embora possa ser extraído de forma implícita. 
Os demais encontram previsão no art. 5º, caput e incisos XLVI, XLV e art. 1º, III 
da Constituição. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
07.! (FCC – 2014 – DPE-PB – DEFENSOR PÚBLICO) 
"A terrível humilhação por que passam familiares de pre-sos ao visitarem 
seus parentes encarcerados consiste na obrigação de ficarem nus, de 
agacharem diante de espelhos e mostrarem seus órgãos genitais para 
agentes públicos. A maioria que sofre esses procedimentos é de mães, 
esposas e filhos de presos. Até mesmo idosos, crianças e bebês são 
submetidos ao vexame. É princípio de direito penal que a pena não 
ultrapasse a pessoa do condenado". 
(DIAS, José Carlos. "O fim das revistas vexatórias". In: Folha de São 
Paulo. São Paulo: 25 de julho de 2014, 1o caderno, seção Tendências e 
Debates, p. A-3) 
Além da ideia de dignidade humana, por esse trecho o inconformismo do 
autor, recentemente publicado na imprensa brasileira, sustenta-se mais 
diretamente também no postulado constitucional da 
a) individualização. 
b) fragmentariedade. 
c) pessoalidade. 
d) presunção de inocência. 
e) legalidade. 
COMENTÁRIOS: O texto do autor está relacionado ao princípio da 
PERSONALIDADE da pena, ou da PESSOALIDADE DA PENA (Ou, ainda, 
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 INTRANSCENDÊNCIA da pena), segundo o qual a pena não passará da pessoa do 
apenado. 
É claro que, pelo relato do texto, a pena em si não está sendo aplicada aos 
familiares. Contudo, embora quem cumpra pena seja o infrator, é aplicada aos 
seus familiares toda uma situação de flagelo e humilhação, como se o sofrimento 
excessivo fosse deliberadamente imposto aos parentes do infrator. 
Além disso, o texto é claro ao final ao dizer: “É princípio de direito penal que a 
pena não ultrapasse a pessoa do condenado”, o que evidencia a relação com o 
princípio da pessoalidade da pena. 
Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
08.! (FCC – 2007 – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
Dispõe o artigo 1º do Código Penal: "Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal". Tal dispositivo legal 
consagra o princípio da 
a) ampla defesa. 
ERRADA: Trata-se de descrição do princípio legal e também constitucional da 
legalidade, que, conforme se extrai da própria redação do artigo, divide-se em 
Princípio da anterioridade e da Reserva Legal, na medida em que a norma penal 
incriminadora deve ser prévia e prevista em Lei em sentido estrito (decorrente 
de ato do Poder Legislativo que obedeça ao processo legislativo previsto na 
Constituição, não servindo MP ou Decreto); 
b) legalidade. 
CORRETA: Como disse, trata-se de descrição do princípio legal e também 
constitucional da legalidade, que, conforme se extrai da própria redação do 
artigo, divide-se em Princípio da anterioridade e da Reserva Legal, na medida em 
que a norma penal incriminadora deve ser prévia e prevista em Lei em sentido 
estrito (decorrente de ato do Poder Legislativo que obedeça ao processo 
legislativo previsto na Constituição, não servindo MP ou Decreto); 
c) presunção de inocência. 
ERRADA: A presunção de inocência está ligada à impossibilidade de se 
considerar culpado o indivíduo que não possui contra si sentença penal 
condenatória transitada em julgado (lembrando que o STF começou a alterar seu 
entendimento sobre o tema, defendendo que a condenação em segunda 
instância, por órgão colegiado, já afasta a presunção de inocência); 
d) dignidade. 
ERRADA: O princípio da dignidade não está relacionado à descrição do enunciado 
da questão, estando previsto no art. 1°, III da CRFB/88; 
e) isonomia. 
ERRADA: O princípio constitucional da isonomia determina que todos são iguais 
perante a lei, sem que possa ser legítima qualquer distinção arbitrária (que não 
se fundamente na necessidade de equalizar distorção fática existente). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
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09.! (FCC – 2008 – TCE-SP – AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) 
O princípio constitucional da legalidade em matéria penal encontra 
efetiva realização na exigência, para a configuração do crime, de 
a) culpabilidade. 
ERRADA: A culpabilidade está afeta a aspectos subjetivos do indivíduo, e não ao 
fato criminoso em si, à conduta prevista na lei. Veremos mais sobre isso na aula 
própria; 
b) tipicidade. 
CORRETA: A tipicidade é a previsão de uma determinada conduta como crime. 
Assim, quando se faz a subsunção de uma norma penal incriminadora a uma 
conduta ocorrida no mundo físico, diz-se que se está a fazer o Juízo de tipicidade 
da conduta, a fim de se verificar se sobre ela recai previsão legal incriminadora. 
Portanto, a alternativa está correta; 
c) punibilidade. 
ERRADA: A punibilidade é a existência de um Poder conferido ao Estado para 
aplicar a sanção penal no caso concreto. Deriva da conjugação de dois fatores: 
legal e fático. Não basta a previsão legal, pois deve haver a prática de uma 
conduta que nela se enquadre para que surja o Poder-dever de punir, o jus 
puniendi; 
d) ilicitude. 
ERRADA: A ilicitude é a contrariedade da conduta ao direito. Uma conduta pode 
ter previsão legal incriminadora(tipicidade) mas, no caso concreto, não ser 
contrária ao Direito, por estar acobertada por uma causa excludente da ilicitude, 
que estudaremos mais à frente; 
e) imputabilidade. 
ERRADA: A imputabilidade está ligada à possibilidade, ou não, de se aplicar ao 
agente, no caso concreto, a lei penal, em razão de fatores relacionados à sua 
capacidade de entendimento da ilicitude da conduta e de sua possibilidade de se 
comportar conforme o direito. Também estudaremos melhor este tema na aula 
própria. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
10.! (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA - DIREITO) 
A ideia de insignificância penal centra-se no conceito 
a) formal de crime. 
b) material de crime. 
c) analítico de crime. 
d) subsidiário de crime. 
e) aparente de crime. 
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 COMENTÁRIOS: O princípio da insignificância afasta a configuração da tipicidade 
material, ou seja, a conduta, embora FORMALMENTE seja típica (adequada 
perfeitamente ao tipo penal), não é capaz de ofender minimamente o bem 
jurídico que se busca tutelar. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
11.! (FCC – 2011 – TCE/PR – ANALISTA DE CONTROLE) 
O princípio válido, tratando-se de sucessão de leis penais no tempo, na 
hipótese de que a norma posterior incrimina fato não previsto na 
anterior, é o da 
a) Abolitio criminis. 
b) Ultratividade. 
c) Irretroatividade. 
d) Retroatividade. 
e) Lei vigente na época no momento da prática de fato punível: Tempus 
regit actum. 
COMENTÁRIOS: Se a norma posterior incrimina um fato que ainda não era 
incriminado, temos o que se chama de novatio legis incriminadora. Neste caso, 
ela não retroage, pois seria hipótese de retroatividade mais gravosa. Assim, 
teremos irretroatividade desta nova lei. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
12.! (FCC – 2010 – DPE/SP – DEFENSOR PÚBLICO) 
O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza 
a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequência jurídica. 
b) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do 
Estado. 
c) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas. 
d) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal. 
e) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal. 
COMENTÁRIOS: A fragmentariedade estabelece que, embora existam diversos 
bens jurídicos dignos de proteção pelo Estado, nem todos serão tutelados pelo 
Direito Penal, mas somente aqueles mais relevantes. 
Assim, ela relativiza a função de proteção de bens jurídicos atribuída à lei penal. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
13.! (FCC – 2011 – TCE-SP – PROCURADOR) 
O princípio constitucional da legalidade em matéria penal 
a) não vigora na fase de execução penal. 
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 b) impede que se afaste o caráter criminoso do fato em razão de causa 
supralegal de exclusão da ilicitude. 
c) não atinge as medidas de segurança. 
d) obsta que se reconheça a atipicidade de conduta em função de sua 
adequação social. 
e) exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas 
situações, o emprego da analogia. 
COMENTÁRIOS: 
A) ERRADA: Até mesmo na fase de execução, isto é, após trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória, o princípio será aplicado. 
b) ERRADA: As excludentes da ilicitude são, em regra, aquelas previstas em lei 
(ex: legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal, exercício regular de 
direito e estado de necessidade). Nada impede, contudo, a existência de causas 
excludentes da ilicitude que não estejam expressamente em lei. As causas 
supralegais de ilicitude são admitidas, já que beneficiam o sujeito. 
C) ERRADA: Quando se diz, no artigo 1o do CP, que não há pena sem prévia 
cominação legal, devemos entender também que não haverá medida de 
segurança sem prévia cominação legal. A medida de segurança não se confunde 
com pena. Mas a ela também se aplica o princípio da legalidade, pois é 
modalidade de sanção penal. 
D) ERRADA: A legalidade não impede o reconhecimento da atipicidade por 
adequação social, eis que se trata de um benefício ao réu, de forma que a 
legalidade visa a impedir que o réu seja prejudicado por uma conduta tipificada 
posteriormente à sua prática, mas não impede o contrário. 
E) CORRETA: A taxatividade da lei penal incriminadora é imprescindível, para que 
o cidadão possa saber, precisamente, qual a conduta está sendo proibida. Até 
por isso, a analogia é vedada, em regra, sendo permitida apenas para beneficiar 
o réu. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
14.! (FCC – 2012 – ISS-SP – AUDITOR FISCAL) 
César, na vigência da Lei no 01, foi condenado à pena de dois meses de 
detenção, pela prática de determinado delito. A sentença transitou em 
julgado. Antes do trânsito em julgado, entrou em vigor a Lei no 02, que 
aumentou a pena desse crime para três meses de detenção. Após o 
trânsito em julgado, entraram em vigor duas outras leis: a Lei no 03, que 
reduziu a pena dessa infração penal para um mês de detenção, e a Lei no 
04, que aboliu o referido delito. Nesse caso, 
a) aplica-se a Lei no 02, por ter entrado em vigor antes do trânsito em 
julgado da sentença. 
b) aplica-se a Lei no 03, por ter mantido a incriminação, com redução da 
pena imposta. 
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 c) aplica-se a Lei no 04, que deixou de incriminar fato que anteriormente 
era considerado ilícito penal. 
d) aplica-se a pena resultante da média aritmética entre as penas de 
todas as leis referentes à mesma infração penal. 
e) não se aplica nenhuma das leis novas, que entraram em vigor após o 
trânsito em julgado da sentença. 
COMENTÁRIOS: A regra no Direito Penal, como em qualquer ramo do Direito, é 
a irretroatividade da Lei, ou seja, a Lei não poder ser aplicada em relação a fatos 
já ocorridos quando de sua entrada em vigor. No entanto, a Lei Penal, quando 
mais favorável, será sempre aplicada em favor do acusado, ainda que o fato já 
tenha ocorrido. Vejamos o § único do art. 2º do CP: 
 Art. 2º - (...) 
 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
No entanto, no caso concreto, além de uma lei posterior mais benéfica (lei nº 
03), houve a edição de uma lei que aboliu o delito (Lei nº 04), devendo ser 
aplicada, ainda que o processo já tenha transitado em julgado. Vejamos: 
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Assim, a Lei a ser aplicada é a lei nº 04, por ter provocado o fenômeno da abolitio 
criminis. 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA C. 
 
15.! (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único 
controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja o que 
disponha dos instrumentos mais enérgicos, é reconhecido pela doutrina 
como princípio da 
a) lesividade. 
b) intervenção mínima. 
c) fragmentariedade. 
d) subsidiariedade. 
e) proporcionalidade. 
COMENTÁRIOS: O item correto é a letra D. O princípio da subsidiariedade dispõe 
que o Direito Penal somente deverá atuar quando todos os demais ramos do 
Direito forem insuficientes para salvaguardar o bem jurídico que se pretende 
tutelar, exatamente por ser o mais enérgico e, portanto, o mais agressivo ao 
cidadão. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
16.! (FCC – 2010 – TJ-MS – JUIZ) 
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 O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão 
a) nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade. 
b) na teoria da imputação objetiva e no princípio da fragmentariedade. 
c) no princípio da fragmentariedade e na propostafuncionalista. 
d) na teoria da imputação objetiva e no princípio da subsidiariedade. 
e) no princípio da subsidiariedade e na proposta funcionalista. 
COMENTÁRIOS: O princípio da intervenção mínima propõe que o Direito Penal 
seja a ultima ratio, ou seja, somente deve ser chamado a atuar na tutela do bem 
jurídico quando for inevitável sua atuação. 
Trata-se de decorrência lógica dos princípios da subsidiariedade (Direito Penal 
deve possuir atuação subsidiária, ou seja, apenas quando não for possível por 
outros ramos do Direito a tutela) e da fragmentariedade (Direito Penal não pode 
ser usado para a tutela de quaisquer bens jurídicos, mas apenas aqueles mais 
relevantes para a sociedade). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
17.! (FCC – 2016 – ISS-TERESINA – AUDITOR-FISCAL) 
A respeito da analogia, considere: 
I. A analogia é uma forma de auto-integração da lei. 
II. Pela analogia, aplica-se a um fato não regulado expressamente pela 
norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante. 
III. O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é 
admissível no Direito Penal. 
IV. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e IV. 
c) I e II. 
d) III e IV. 
e) I e III. 
COMENTÁRIOS: 
I – CORRETA: Item correto, pois a analogia é uma forma de integração da lei 
penal, e é considerada “auto-integração” porque se trata de integração da lei por 
meio de outra lei (e não por algo externo, como os costumes). II – CORRETA: 
Item correto, pois na analogia, por não haver norma que regulamente o caso, o 
aplicador do Direito se vale de uma outra norma, semelhante, de forma a aplicá-
la ao caso concreto, a fim de que este não fique sem solução. 
III – ERRADA: Item errado, pois isso seria o que se chama de analogia in malam 
partem, que é vedada em Direito Penal. 
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 IV – CORRETA: A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei, 
pois só tem cabimento na hipótese de AUSÊNCIA de lei regulamentando a 
situação. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
18.! (FCC – 2017 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) 
Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que 
a) o Código Penal adotou o princípio da territorialidade, em relação à 
aplicação da lei penal no espaço. Tal princípio é absoluto, não admitindo 
qualquer exceção. 
b) transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo do 
Conhecimento a aplicação da lei mais benigna. 
c) a lei aplicável para os crimes permanentes será aquela vigente quando 
se iniciou a conduta criminosa do agente. 
d) quando a abolitio criminis se verificar depois do trânsito em julgado 
da sentença penal condenatória, extinguir-se-ão todos os efeitos penais 
e extrapenais da condenação. 
e) a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao 
fato praticado durante a sua vigência. 
COMENTÁRIOS: 
a) ERRADA: Item errado, pois existem hipóteses de extraterritorialidade 
incondicionada em nosso sistema jurídico-penal, não havendo que se falar, 
portanto, em territorialidade absoluta. 
b) ERRADA: Item errado, pois, uma vez transitada em julgado a sentença penal 
condenatória, não cabe mais ao Juízo da causa aplicar eventual lei nova mais 
benéfica (caberá ao Juízo da execução penal, na forma da súmula 611 do STF. 
Se for necessário mais que um mero cálculo aritmético, será necessário ajuizar 
revisão criminal). 
c) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime permanente será aplicável 
a lei que estiver vigorando no momento em que terminar a prática delitiva, ou 
seja, no momento em que cessar a permanência, conforme súmula 711 do STF. 
d) ERRADA: Item errado, pois a abolitio criminis faz cessar a pena e os efeitos 
PENAIS da condenação (afasta a reincidência, por exemplo). A abolitio criminis, 
porém, não afeta os efeitos EXTRAPENAIS da condenação (ex.: obrigação de 
reparar o dano, que é obrigação civil), na forma do art. 2º do CP. 
e) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art. 3º do CP. 
Isso se dá porque as leis excepcionais e temporária são criadas para vigorar 
apenas em determinado período, por razões excepcionais, motivo pelo qual sua 
saída do mundo jurídico (sua revogação natural) não gera abolitio criminis, e 
aqueles que tiverem praticado o delito quando da vigência da lei deverão 
responder pelo crime praticado. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
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19.! (FCC – 2016 – PREF. CAMPINAS-SP – PROCURADOR) 
O código penal brasileiro considera praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a 
a) ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado. 
b) omissão ou ação dolosa, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
c) ação ilícita, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado esperado. 
d) ação ou omissão culposa do agente, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu o resultado. 
e) omissão, no todo ou em parte, ainda que seja outro o momento do 
resultado. 
COMENTÁRIOS: Pela teoria adotada pelo CP, que é a teoria da UBIQUIDADE, 
considera-se praticado o delito no lugar em que ocorreu a ação ou omissão 
(conduta), no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado, nos termos do art. 6º do CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
20.! (FCC – 2015 – CNMP – ANALISTA) 
Para fins da contagem do prazo no Código Penal, 
a) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os 
meses e os anos pelo calendário comum. 
b) não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o 
do vencimento. 
c) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se as horas, 
os dias, os meses e os anos. 
d) não se computará no prazo o dia do crime, incluindo-se, porém, o do 
resultado. 
e) o dia do começo e do vencimento deverão estar expressamente 
previstos em face do princípio da reserva legal. 
COMENTÁRIOS: Em relação à contagem dos prazos PENAIS (não se trata, 
portanto, de contagem dos prazos PROCESSUAIS), inclui-se o dia do começo, ou 
seja, a contagem do prazo não começa no dia útil seguinte ao fato, começando a 
fluir o prazo no próprio dia do fato que gera a contagem. Além disso, contam-se 
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum, nos termos do art. 10 do 
CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
21.! (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) 
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 João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O 
autor do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que 
residia no mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o 
processo e ao final José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 
anos de prisão. Ambos retornaram ao país e José o fez antes mesmo de 
cumprir a sua condenação. Neste caso, conforme o Código Penal 
brasileiro, 
a) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela 
justiça francesa. 
b) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à 
extraterritorialidade incondicionada. 
c) aplica-sea lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro 
da Justiça. 
d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade 
segundo a lei mais favorável. 
e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em 
outro país. 
COMENTÁRIOS: Neste caso, a lei penal brasileira será aplicável desde que não 
esteja extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável. Isso porque se trata 
de hipótese de extraterritorialidade condicionada, e o agente ingressou no Brasil, 
bem como não cumpriu pena no estrangeiro, nos termos do art. 7º, §2º do CP. 
Caso não esteja extinta a punibilidade em qualquer dos países, será possível 
aplicar a lei penal brasileira, nos termos do art. 7º, §2º, “e”, do CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
22.! (FCC – 2014 – TJ-AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Considere o artigo 10 do Código Penal. 
Art. 10 - O dia do ...... ...... no cômputo do prazo. Contam-se ......, ...... e 
...... pelo calendário comum. 
Com relação à contagem do prazo penal, preenche, correta e 
respectivamente, as lacunas: 
a) final - incluiu-se - as horas - os dias - os meses 
b) início - exclui-se - os dias - os meses - os anos 
c) começo - inclui-se - os dias - os meses - os anos 
d) final - excluiu-se - as horas - os dias - os anos 
e) começo - considera-se - as horas - os dias - os meses 
COMENTÁRIOS: O art. 10 do CP assim dispõe: 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses 
e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Isto posto, vemos que a alternativa que preenche corretamente as lacunas é a 
letra C. 
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 O art. 10 significa que na contagem do prazo penal não se procede como na 
contagem dos prazos processuais, nos quais o prazo começa a correr no dia útil 
seguinte. Aqui, nos prazos penais, o prazo começa a correr no próprio dia (e não 
no dia útil seguinte). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
23.! (FCC – 2006 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Considerando os princípios que regulam a aplicação da lei penal no 
tempo, pode-se afirmar que 
A) não se aplica a lei nova, mesmo que favoreça o agente de outra forma, caso 
se esteja procedendo à execução da sentença, em razão da imutabilidade da 
coisa julgada. 
ERRADA: A lei nova se aplica, se mais benéfica, ainda que o processo esteja em 
fase de execução de sentença, nos termos do art. 2°, § único do CPB. 
B) pela abolitio criminis se fazem desaparecer o delito e todos os seus reflexos 
penais, permanecendo apenas os civis. 
CORRETA: Nos termos do art. 2° e 107, III do CPB. 
C) em regra, nas chamadas leis penais em branco com caráter excepcional ou 
temporário, revogada ou alterada a norma complementar, desaparecerá o crime. 
ERRADA: Nesse caso, não desaparecerá o crime, pois a lei complementar, que 
especifica a situação excepcional, quando revogada, não gera abolitio criminis. 
D) a lei excepcional ou temporária embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não se aplica ao fato 
praticado durante a sua vigência. 
ERRADA: A lei temporária se aplica aos fatos ocorridos durante sua vigência, 
mesmo após sua revogação, pela própria natureza da lei, nos termos do art. 3° 
do CP. 
E) permanecendo na lei nova a definição do crime, mas aumentadas suas 
conseqüências penais, esta norma será aplicada ao autor do fato 
ERRADA: Não se aplicará, pois ela traz prejuízo ao réu, aplicando-se a regra geral 
dos efeitos da lei penal, ou seja, apenas para o futuro. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
24.! (FCC – 2010 – TCE/RO – PROCURADOR) 
No tocante à aplicação da lei penal, 
A) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime. 
CORRETA: No que se refere ao local do crime, a teoria adotada é a da ubiquidade. 
Lembrando que isso só se aplica a crimes cuja ação acontece num país e o 
resultado se verifica em outro. Quando a pluralidade é apenas de comarcas, 
existem regras próprias. 
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 B) a lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. 
ERRADA: O STF entende que, nesses casos, a lei nova mais grave deve ser 
aplicada, nos termos de sua súmula n° 711. 
C) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime. 
ERRADA: Quanto ao tempo do crime a teoria adota é a da atividade, nos termos 
do art. 4° do CP. 
D) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando- se os meses e anos 
pelo calendário comum, desprezados os dias. 
ERRADA: Nos termos do art. 10, computa-se o dia do começo, não o do fim. Este 
tópico não faz parte do nosso conteúdo! J 
E) Compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que 
transitada em julgado a sentença condenatória, segundo entendimento sumulado 
do Superior Tribunal de Justiça. 
ERRADA: No caso de já estar em fase de execução, compete ao Juiz da execução 
a aplicação da lei mais benigna, nos termos da súmula 611 do STF. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
25.! (FCC – 2014 – DPE-RS – DEFENSOR PÚBLICO) 
Sobre o tempo e o lugar do crime, o Código Penal para estabelecer 
a) o tempo do crime, adotou, como regra, a teoria da ubiquidade, e, para 
estabelecer o lugar do crime, a teoria da ação. 
b) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria da ação. 
c) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria do resultado. 
d) o tempo e o lugar do crime, adotou, como regra, a teoria da 
ubiquidade. 
e) o tempo do crime, adotou, como regra, a teoria da ação, e, para 
estabelecer o lugar do crime, a teoria da ubiquidade. 
COMENTÁRIOS: O CP adotou, como regra, a teoria da ubiquidade para o LUGAR 
DO CRIME e a teoria da atividade para o TEMPO DO CRIME, nos termos dos arts. 
4º e 6º do CP: 
Tempo do crime 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
(...) 
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
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 26.! (FCC – 2014 – DPE-PB – DEFENSOR PÚBLICO) 
A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito 
brasileiro 
a) inclusive para fins de reincidência. 
b) somente para sujeitar o agente à medida de segurança. 
c) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e 
outros efeitos civis. 
d) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada 
da lei estrangeira. 
e) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado 
se produziu no estrangeiro. 
COMENTÁRIOS: A sentença condenatória estrangeira é eficaz no Brasil para 
diversos fins, inclusive para fins de reincidência, nos termos do art. 63 do CP: 
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de 
transitar em julgado a sentença que, no País

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