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PRIMEIROS SOCORROS PARTE 1

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PRIMEIROS SOCORROS
Suporte básico de vida
Suporte básico de vida
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma, visando à manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além de evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer um tratamento definitivo.
Suporte básico de vida
São inúmeras as situações de urgências e emergências que necessitam do atendimento de um profissional de saúde ou de um socorrista especializado: traumatismos, queimaduras, doenças cardiovasculares, parada cardiorrespiratória, crise convulsiva, afogamento, intoxicações etc. Para cada caso específico, o profissional deverá estar apto a prestar um socorro adequado e de qualidade.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1451/95), “define-se:
Urgência: “a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.” 
emergência: é entendido como “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.”
Atendimento pré-hospitalar (APH)
O APH tem como objetivos específicos preservar as condições vitais e transportar a vítima sem causar traumas iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo, danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada (do interior de ferragens, escombros etc.). O socorrista deve ter como princípio básico evitar o agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções ventilatórias e hemodinâmicas do paciente.
Atendimento pré-hospitalar (APH)
Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou durante o transporte.
O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas regras básicas de atendimento:
1.AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO
–Qual a situação? Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os riscos que o ambiente oferece (para você, sua equipe e terceiros – paciente, familiares, testemunhas, curiosos), qual o número de vítimas envolvidas, gravidade etc.
–Como a situação pode evoluir? Tenha sempre em mente que o ambiente pré-hospitalar nunca está 100% seguro e uma situação aparentemente controlada pode tornar-se instável e perigosa a qualquer momento. Portanto, a segurança deverá ser reavaliada constantemente! Identifique as ameaças ao seu redor, tais como riscos de atropelamento, colisão, explosão, desabamentos, eletrocussão, agressões etc. Na existência de qualquer perigo em potencial, aguarde o socorro especializado. 
Lembre-se: não se torne mais uma vítima! Quanto menor o número de vítimas, melhor.
–Que recursos devem ser acionados? Verifique se há necessidade de solicitar recursos adicionais, tais como corpo de bombeiros, defesa civil, polícia militar, companhia elétrica e outros. 
2.ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE especializado e autoridades competentes, caso seja necessário, conforme avaliação anterior. Não devemos esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante quanto cuidar da própria vítima. Na maioria das cidades brasileiras, os principais números para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros) e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190.
3.SINALIZAR O LOCAL: isso é especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos, portanto não se esqueça de sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o triângulo de sinalização, pisca-alerta, faróis, cones, galhos de árvores etc.
4.Utilizar BARREIRAS DE PROTEÇÃO contra doenças contagiosas. Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos. O uso de equipamento de proteção individual (EPI), tais como luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é essencial para a segurança do profissional de saúde em atendimento. 
5.RELACIONAR TESTEMUNHAS para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro.
6.ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um profissional de saúde. Posso ajudar?”
Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio e observando todos os aspectos pessoais e legais da cena do acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir diretamente no atendimento.
É fundamental que o socorrista profissional classifique a vítima em adulto, criança ou bebê, pois os procedimentos de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se essa classificação, de acordo com as últimas recomendações (2010) da American Heart Association.
• Bebê (“lactente”): do nascimento ao primeiro ano de vida. 
• Criança: do primeiro ano de vida até o início da puberdade (por ex: desenvolvimento das mamas em meninas e pelos axilares nos meninos).
• Adulto: a partir da puberdade.
A prioridade de atendimento é determinada basicamente pela gravidade da vítima, ou seja, serão socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se encontram sujeitas a maior risco de morte, pois o objetivo principal do primeiro socorro é a preservação da vida. O socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e executar as medidas de socorro conforme for identificando as lesões da vítima. O exame é dividido em dois tempos principais: avaliação primária e avaliação secundária.
Avaliação Primária
 consiste numa análise de todas as condições que impliquem risco iminente de morte, tais como permeabilidade das vias aéreas, respiração eficaz (anormal ou gasping), estabilidade circulatória, controle de grandes sangramentos e estabilização da coluna cervical. Essa etapa inicial da avaliação deverá ser completada em 60 segundos, no máximo e imediatamente chamar ou solicitar alguém que chame o serviço de atendimento móvel, se disponível no local trazer o DEA – Desfibrilador Automático Externo. Durante a avaliação primária, o socorrista identifica e corrige prontamente todos os problemas que ameaçam a vida do doente. As medidas de suporte básico de vida são iniciadas nesse primeiro instante.
Avaliação Primária
A sequência ABC foi alterada para CAB, o socorrista iniciará com as compressões caso a vítima não apresente pulso. A maior parte dos pacientes que sofrem PCR inicialmente apresentou Fibrilação Ventricular – FV ou Taquicardia Ventricular – TV sem pulso. Diante disto as medidas imediatas são compressões e desfibrilação precoce. Sendo assim a sequência utilizada anteriormente retardaria o início da massagem cardíaca. Com alteração da sequência as manobras de compressões serão iniciadas sem atraso e a ventilação verá em seguida.
Avaliação Primária
• Circulação – O pulso está presente? Não se deve demorar mais do que 10 segundos para identificar o pulso. Existe alguma hemorragia grave? Na ausência de pulso iniciar de imediato com 30 compressões torácicas, em uma frequência de no mínimo 100 vezes por minutos, com a profundidade de 5 cm. Prevenir ou tratar o estado de choque. 
• Vias aéreas e estabilização da coluna cervical (em vítimas de trauma, profissionais de saúde que suspeitarem de trauma realizar anteriorização da mandíbula) – Ver, Ouvir e Sentir não se usa mais. Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução.
• Respiração – O paciente respira? Na ausência da respiração realizar 2 ventilações. Essa respiração está sendo eficaz? Ofertar suporte ventilatório com oxigênio suplementar de 12 a 15 L/min para vítimas de trauma.
Avaliação Primária
• Avaliaçãoneurológica – Chamar pela pessoa. “Você está bem? Posso ajudar? Qual o seu nome?” Um método muito simples para determinar rapidamente o estado de consciência é a utilização do sistema AVDI.
A – Acordado, Alerta: o indivíduo emite respostas coerentes (nome, endereço, detalhes do acidente...). Geralmente a vítima mantém contato visual com o socorrista e atende normalmente aos estímulos visuais, auditivos e táteis.
Avaliação Primária
V – Verbal: nesse estágio a vítima ainda atende ao estímulo verbal dado pelo socorrista (comando de voz), no entanto, pode apresentar-se confusa e emitir palavras desconexas. Devemos considerar que essa vítima poderá perder a consciência a qualquer momento, portanto ela deve ser estimulada a manter-se acordada.
Avaliação Primária
D – Doloroso: nesse estágio a vítima não atende mais aos estímulos verbais do socorrista, apesar de poder emitir sons ou gemidos, mas sem capacidade de contato visual direto. Realiza-se um estímulo doloroso (sobre o esterno, trapézio ou leito ungueal) para obter qualquer resposta da vítima (localizar a dor, reagir com caretas, movimentos, gemidos...). É bom lembrar que em muitos casos, a vítima estará em um estado de semiconsciência e poderá até mesmo ouvir e sentir o que acontece ao seu redor. Dessa forma, o socorrista também deverá estimular o retorno da vítima ao estado de resposta verbal, incentivando a melhora do seu nível de consciência.
Avaliação Primária
I – Irresponsivo ou Inconsciente: nesse estágio o indivíduo não responde nem mesmo ao estímulo doloroso. Isso, por si só, já caracteriza uma situação crítica.
• Exposição da vítima com controle da hipotermia – Retirar ou cortar as vestes para visualizar melhor e tratar as lesões de extremidades. Em seguida, cobrir a vítima, prevenindo assim a hipotermia e minimizando o choque.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar): 
consiste na segunda etapa do exame, onde serão observadas todas as lesões que não impliquem risco imediato à vida. O socorrista deve buscar realizar anamnese direcionada, checar a história do acidente ou mal súbito, identificar os ferimentos, aferir os sinais vitais e realizar um exame físico padronizado, da cabeça aos pés. 
Algumas perguntas e informações são fundamentais e devem ser levantadas, como por exemplo:
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar): 
• Nome, idade, telefone (menor de idade – contatar responsáveis).
• O que aconteceu?
• Isso já aconteceu antes?
• Algum problema de saúde?
• Está tomando algum remédio?
• Está fazendo algum tratamento de saúde?
• É alérgico a algum medicamento?
• Fez uso de algum tipo de droga?
• Qual o horário da última alimentação?
• O que você está sentindo? Sente dor em algum lugar?
Parada Cardiorrespiratória
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma emergência relativamente frequente em qualquer serviço de atendimento de emergência, e significa a cessação dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios. 
As células do organismo começam a morrer alguns minutos depois de cessadas as funções vitais. As células nervosas são as mais frágeis do corpo humano. Elas não conseguem sobreviver por mais de cinco minutos sem oxigênio, sofrendo lesões irreversíveis.
Parada Cardiorrespiratória
O socorrista, ao se aproximar da vítima e constatar que não existe respiração e pulso, não pode ter certeza se já existe a morte encefálica, portanto a vítima deverá receber as manobras de reanimação, a não ser que se encontrem sinais claros de morte óbvia. Existem inúmeros casos conhecidos em que a vítima foi reanimada com sucesso após longo tempo de parada cardíaca. (Fato relacionado com as causas da parada cardíaca e fatores ambientais que podem preservar o encéfalo por um tempo maior que os tradicionais 4 a 6 minutos para que a morte cerebral se inicie).
Parada Cardiorrespiratória
As causas de parada cardiopulmonar podem ser divididas em 2 grupos: primárias e secundárias
Primárias: devido a um problema do próprio coração, causando uma arritmia cardíaca, geralmente a fibrilação ventricular. A causa principal é a isquemia cardíaca (chegada de quantidade insuficiente de sangue oxigenado ao coração).
Secundárias: são as principais causas de PCR em crianças e vítimas de traumatismos. A disfunção do coração é causada por problema respiratório ou por uma causa externa:
Parada Cardiorrespiratória
1.oxigenação deficiente: obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares;
2.transporte inadequado de oxigênio: hemorragias graves, estado de choque e intoxicação pelo monóxido de carbono;
3.ação de fatores externos sobre o coração: drogas, trauma direto no coração e descargas elétricas.
Parada respiratória
A vítima interrompe os movimentos respiratórios, mas o coração pode continuar bombeando sangue durante alguns minutos e a circulação continua enviando oxigênio dos pulmões para os tecidos. Se houver uma intervenção precoce, é possível reverter o quadro e prevenir a parada cardíaca. Do contrário, ocorrerá interrupção do funcionamento do coração enquanto bomba cardíaca, a circulação será suspensa e o quadro se agravará com parada cardiorrespiratória.
Causas da parada respiratória:
• estado de inconsciência –obstrução de vias aéreas por queda da língua na faringe posterior;
• obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE);
• afogamento;
• acidente vascular encefálico;
• inalação de fumaça;
• overdose de drogas;
• trauma cranioencefálico etc.
Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP)
Oxigenar e circular o sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo; retardar ao máximo a lesão cerebral; prolongar a duração da fibrilação ventricular (modalidade de PCR mais encontrada no ambiente extra-hospitalar), impedindo que ela se transforme em assistolia e permitir que a desfibrilação tenha sucesso; reverter a parada cardíaca em alguns casos de PCR por causas respiratórias.
Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP)
A RCP não é capaz de evitar lesão cerebral por períodos prolongados. Com o tempo (minutos) a circulação cerebral obtida com as compressões torácicas vai diminuindo progressivamente até se tornar ineficaz. Durante a RCP a pressão sistólica atinge de 60 a 80mmHg, mas a pressão diastólica é muito baixa, diminuindo a perfusão de vários órgãos, entre os quais o coração. As paradas por fibrilação ventricular só podem ser revertidas pela desfibrilação (tratamento definitivo).
Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP)
A sobrevivência à parada cardiorrespiratória depende de uma série de intervenções fundamentais, que correspondem à “corrente de sobrevivência”. O reconhecimento imediato dos sinais, o acionamento precoce do serviço de emergência (acesso rápido), a RCP imediata, a chegada da equipe de atendimento (com a desfibrilação precoce) e entrada rápida no hospital (Suporte Avançado de Vida – SAV) são elos vitais da corrente para garantir a eficácia do processo. A recuperação da circulação deve ocorrer num período inferior a 4 minutos, caso contrário poderão sobrevir alterações irreversíveis no sistema nervoso, um dos tecidos mais sensíveis à falta de oxigênio
OBRIGADO!!

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