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aula de 19 de Maio - Liturgia

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FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI - JARDEL CERQUEIRA
RGM: 20162008 Prof. Pe. Gabriel Gonzaga Bina - Liturgia I
A PASTORAL DA LITURGIA[footnoteRef:1] [1: REFERÊNCIAS: BOGAZ, Antônio Sagrado e HANSEN, João Henrique. Liturgia no Vaticano II: novos tempos da celebração cristã. São Paulo: Paulus, 2014, p. 71-72; BOROBIO, Dionisio (org.). A celebração na Igreja: liturgia e sacramentologia fundamental. (vol I). Trad. Adail U. Sobral. São Paulo: Edições Loyola, 1990, p 427-433.
] 
Como estudado ao longo do curso, a Liturgia é expressão simbólico-celebrativa da ação pastoral e evangelizadora da Igreja. Nela tem-se a atualização da salvação, desejada por Deus e concretizada na Cruz por Jesus Cristo e continuada pelos Apóstolos dentro da Igreja sob a ação iluminadora do Espírito Santo. Através da Liturgia, a Igreja reúne a comunidade, santifica seus membros (homens, mulheres, crianças etc.) e louva a Deus através da simbologia: dos gestos, dos sinais, dos cânticos, das orações e das matérias sacramentais.
No período em que decorreu o pós Vaticano II, surgiram diversos grupos no panorama pastoral com identidade própria dentro da comunidades paroquiais. Para uma maior participação de todos os fiéis, buscando voltar às origens primitivas da Igreja, muitas celebrações passaram a ser feitas por esses grupos, um caso foram as CEB’s. Esses grupos procuravam, em suas celebrações, expressar sua própria identidade. Um fato é a celebração para as crianças, tão presente nas comunidades que ganhou algumas orações eucarísticas.
O fato é que na atualidade, isso tem se perdido, antes mesmo do concílio adquirir uma estabilidade, principalmente por conta de grupos tradicionalistas. Por isso, hoje a Pastoral da Liturgia, de modo especial no Brasil, tem procurado novamente a promoção da dimensão litúrigica-celebrativa, fonte e ápice da ação evangelizadora e pastoral das dioceses, algo que é pedido no nº44 da SC. Levando em consideração a participação consciente de toda a assembleia de fiéis, por meio de todas as expressões simbólicas, que já foi mencionado neste texto.
O fato é que muitos colaboradores da Igreja estão obcecados pelo engessamento litúrgico, que deixam de lado a sua dimensão pastoral, criticando ardentemente qualquer criatividade litúrgica (que não é invenção). Mas o que se percebe é que para a maioria dos fiéis, essas dinâmicas de renovação litúrgica são vistas como positivas pois, como mencionado, gera uma consciência ativa do Mistério Pascal celebrado. Ainda acrescentam que “é importante a renovação do rito, com critério, discernimento e respeito para que nasça, do coração do ritual, a renovação do espírito cristão dos fiéis e a mudança da comunidade”. Esses dois dons contribuem mais para a edificação da Igreja de Jesus Cristo, que crê, celebra e vive sua fé.

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