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Metodologia científica - cap 3

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24/02/2021 Metodologia Científica
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METODOLOGIA CIENTÍFICA
CAPÍTULO 3 - É NECESSÁRIO
SUBMETER TODA PESQUISA À
TÉCNICAS E NORMAS?
Ana Celeste da Cruz David
INICIAR
24/02/2021 Metodologia Científica
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Introdução
Quando pensamos no conhecimento científico, questionamentos de toda ordem
podem surgir. Já quando o tema é pesquisa, as dúvidas são recorrentes: será
que toda pesquisa produz conhecimento científico? O que torna uma pesquisa
um trabalho de natureza científica? Qual é o papel da divulgação científica para
a contribuição do conhecimento?
A história social do conhecimento revela que existem diferentes tipos de
conhecimento: implícito, explícito, puro, aplicado, concreto, abstrato, local, mítico
e religioso. O conhecimento científico, assim, é uma forma de conhecimento. Ele
tem se transformado em decorrência de condicionantes históricos e sociais.
Dessa forma, o que é considerado um conhecimento validado varia conforme
lugar e época.
Essa história social do conhecimento acompanha diferentes movimentos e
concepções teóricas e filosóficas explicativas de como se processa o próprio
conhecimento. Podemos citar como exemplos o positivismo, a fenomenologia, o
estruturalismo e a dialética. Nesse contexto, é possível articular aos estudos do
conhecimento a história da ciência e do conhecimento científico.
Em cada uma das correntes filosóficas contemporâneas é possível encontrar
seu correspondente argumento explicativo e orientador dos pressupostos
científicos a respeito dos fenômenos da natureza, principalmente no que diz
respeito aos fenômenos sociais e à validade de suas aplicações e
generalizações. Estas, por sua vez, será que dizem respeito apenas aos
pressupostos epistemológicos?
Os diferentes movimentos e concepções teóricas e filosóficas explicativas de
como se processa o conhecimento também orientam pressupostos
metodológicos diferenciados na pesquisa científica, que, a seu modo, orientam
procedimentos e técnicas de pesquisa.
Dessa forma, ao longo deste capítulo, você terá a oportunidade de conhecer
diferentes procedimentos e técnicas de pesquisa e as particularidades da
pesquisa qualitativa, bem como refletir sobre a importância das normas de
apresentação de trabalhos acadêmicos. Você verá, também, normas e técnicas
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exigidas na elaboração de referências e citações de trabalhos acadêmicos.
Assim, poderá conhecer os principais gêneros textuais científicos e a
composição dos elementos pré-textuais e pós-textuais desses gêneros.
Vamos aos estudos!
3.1 Procedimentos e técnicas de
pesquisa
Em ciências, encontramos estudiosos e pesquisadores interessados no campo
da metodologia de pesquisa como campo específico de conhecimento. Os
estudos produzidos no campo da metodologia científica a compreendem como
uma disciplina de natureza instrumental para o cientista que visa à discussão
problematizadora do problema de pesquisa, mediante o uso de métodos e
técnicas. Os estudos distinguem, então, métodos de abordagem e métodos de
procedimentos.
Consideradas as bases lógicas da investigação científica, Gil (2011) identifica
os métodos dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.
Lakatos e Marconi (2017) classificam os métodos por sua inspiração filosófica e
elevado grau de abstração. Além disso, apresentam como métodos de
abordagem: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo e
método dialético.
A classificação distintiva se refere aos denominados métodos de procedimentos
vistos por Lakatos e Marconi (2017, p. 106) como “[...] etapas mais concretas da
investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos
fenômenos e menos abstratas”. Para essas autoras, os métodos de
procedimentos podem ser considerados históricos, comparativos,
monográficos, estatísticos, tipológicos e estruturalistas. 
VOCÊ O CONHECE?
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Eva Maria Lakatos era brasileira, filha de Imre Lakatos, renomado cientista
húngaro e teórico da Filosofia da Matemática. Pós-Graduada em Ciências
Sociais, Doutora em Filosofia, docente da Escola de Sociologia e Política de São
Paulo, Lakatos é uma renomada autora na área de Metodologia Científica, com
reconhecida contribuição de conhecimento nesse campo de saber.
Nas palavras de Gil (2011), os métodos de procedimento podem ser entendidos
como comparativos, monográficos, estatísticos, clínicos, experimentais e
observacionais. O consenso entre os estudiosos da metodologia científica é
que, em geral, a combinação de dois ou mais métodos se faz necessária no
direcionamento da investigação científica.
E você, sabe o que caracteriza cada um desses procedimentos de pesquisa?
O método comparativo, de consolidada utilização nas ciências sociais, permite
o estudo comparativo de comunidades, grupos sociais, sociedades e povos em
diferentes espaço e tempo, com o intuito de investigar divergências e
similaridades. O método comparativo pode ser empregado em pesquisa
qualitativa e quantitativa, bem como em pesquisas descritivas e exploratórias.
Segundo Gil (2011, p. 17), “[...] podem ser realizados estudos comparando
diferentes culturas ou sistemas políticos [...] pesquisas envolvendo padrões de
comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes”.
O método experimental é usado com propriedade nas ciências naturais e visto
com reservas nas ciências sociais. Ele se caracteriza pelo estudo do objeto em
determinadas condições, controladas por meio de variáveis, visando observar
alterações produzidas no objeto.
O método monográfico, por sua vez, caracteriza-se pelo estudo em
profundidade de indivíduos, profissões, categorias de trabalhadores, condições
( juventude, infância e dependentes químicos), instituições, grupos ou
comunidades; com a intenção de formular generalizações representativas de
outros casos ou, até mesmo, de todos os casos semelhantes.
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Em “Educar pela Pesquisa”, Pedro Demo destaca a relevância da pesquisa para
a formação do estudante nas educações básica e superior. Ele considera o
ensino uma fonte de inspiração pela curiosidade em conhecer, saber, questionar
o estabelecido com qualidade formal e política. Você pode ler o livro em:
<https://www.scribd.com/document/325046958/DEMO-Pedro-Educar-pela-
Pesquisa-pdf (https://www.scribd.com/document/325046958/DEMO-Pedro-
Educar-pela-Pesquisa-pdf)>.
Em contrapartida, o método estatístico é característico do uso de processos
estatísticos para a comprovação da relação dos fenômenos entre si, com a
finalidade de obter generalizações quanto a natureza, frequência ou significado.
Para Lakatos e Marconi (2017, p. 108), “[...] a estatística pode ser considerada
mais do que apenas um meio de descrição racional; é também um método de
experimentação e prova, pois é método de análise”. Sua aplicação, portanto, é
útil em pesquisas de abordagem quantitativa e qualitativa.
O método clínico é característico das pesquisas na área da Psicologia e
Psicanálise, uma vez que trata de casos individuais e experiências subjetivas,
sem expectativa de fazer generalizações totalizantes. Trabalhos como os de
Freud, na Psicanálise; e de Piaget, na Epistemologia Genética, são exemplos
clássicos de aplicação do método clínico.
Temos, também o método funcionalista, que, conforme Lakatos e Marconi
(2017, p. 110), concebe a sociedade, de um lado,como uma “[...] estrutura
complexa de grupos ou indivíduos, reunidos numa trama de ações e reações
sociais; de outro, como um sistema de instituições correlacionadas entre si,
agindo e reagindo umas em relação às outras”. Com base nos pressupostos do
método funcionalista, o antropólogo Malinowski (1884-1942) desenvolveu o
método etnográfico, consolidado no campo da pesquisa qualitativa. 
VOCÊ QUER LER?
https://www.scribd.com/document/325046958/DEMO-Pedro-Educar-pela-Pesquisa-pdf
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Desde a década de 1970, tomou impulso a prática de pesquisa qualitativa de
natureza fenomenológica, por parte de antropólogos, sociólogos e
pesquisadores na área da educação. A etnografia tem um sentido próprio: “[...]
é a descrição de um sistema de significados culturais de um determinado
grupo” (LUDKE; ANDRÉ, 2013, p. 14). Alguns pressupostos sobre o
comportamento humano no método etnográfico são o contexto em que
efetivamente ocorrem os atos humanos e o quadro referencial dentro do qual os
indivíduos situam suas atividades, suas percepções e seus sentimentos.
Nas observações de Macêdo (2010, p. 33), foi, talvez, o antropólogo Malinowski
o “[...] pioneiro na utilização do conceito de contexto, concebido como o
conjunto de todos os elementos que formam uma cultura, tecido relacional e
conjuntamente”.
Assim, a pesquisa etnográfica é de natureza fenomenológica, utilizada na
Antropologia e, posteriormente, em outras áreas, permitindo a consolidação da
pesquisa qualitativa nas ciências humanas e sociais. Vamos nos deter, agora,
em explorar um pouco mais a pesquisa científica de abordagem qualitativa. 
3.1.1 Pesquisa qualitativa
A abordagem qualitativa da pesquisa científica tem origem nas práticas
investigativas dos antropólogos. Entre as abordagens de enfoque qualitativo
estão os estudos etnográficos, o estudo de campo, a etnometodologia, a
observação participante, a entrevista qualitativa, o estudo de caso, a pesquisa
participante e a pesquisa-ação.
Ludke e André (2013, p. 11) apresentam cinco características básicas de um
estudo de abordagem qualitativa:
a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados,
e o pesquisador como seu principal instrumento;
há farta descrição dos dados coletados, de situações, acontecimentos, uso de
material fotográfico, desenhos, transcrições de depoimentos, conversas e
entrevistas. Todos os dados da realidade são valorizados;
o interesse com o processo é maior do que com o produto. O problema é
investigado em sua manifestação direta em atividades e interações cotidianas;
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o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção
especial pelo pesquisador. Isso exige do pesquisador redobrado cuidado
científico;
a tendência no processo de análise dos dados é seguir o método indutivo.
Para o pesquisador inexperiente, pode parecer que a pesquisa de campo é a
mesma coisa que a coleta de dados. Contudo, vale fazermos a distinção entre
esses procedimentos. A coleta de dados é uma etapa que ocorre em toda
pesquisa e são inúmeros os meios para se fazer. Dito isso, esclarecemos que a
pesquisa de campo, por outro lado, consiste na investigação de fatos e
fenômenos na forma como ocorrem. Nesse caso, como em outras modalidades,
o problema de pesquisa, os objetivos, o referencial teórico e o metodológico
procuram o aprofundamento das questões de investigação, principalmente
mediante o uso de técnicas de observação.
De acordo com a natureza da pesquisa, as técnicas para coleta de dados, de
análise e interpretação deveram ser definidas. Na literatura, encontramos a
pesquisa de campo dividida em três modalidades de estudos, as quais
podemos entender melhor a partir do quadro a seguir.
Quadro 1 - Breve síntese demonstrativa das três modalidades
representativas da pesquisa de campo. Fonte: Adaptado de LAKATOS e
MARCONI, 2017.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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O emprego da pesquisa de campo em suas diferentes modalidades, por parte
de pesquisadores nos campos da Sociologia, da Antropologia Cultural, da
Educação e do Serviço Social, é amplamente aceito.
A etnometodologia se configura, também, em uma pesquisa de abordagem
qualitativa, pois “[...] a importância teórica e epistemológica da etnometodologia
se deve ao fato de efetuar uma ruptura radical com modos de pensamento da
sociologia tradicional. Mais que teoria constituída, ela é uma perspectiva de
pesquisa, uma nova postura intelectual” (COULON, 1995, p. 7).
Na etnometodologia, o processo de investigação científica se ocupa dos
etnométodos, ou seja, das atividades cotidianas realizadas pelos indivíduos em
seus lugares e contextos; atividades rotineiras como decisões, comunicações e
escolhas; e atividades simples ou complexas, especializadas ou míticas. Isto é,
ocupa-se das práticas sociais realizadas pelos indivíduos ou grupos em seus
contextos de realização. A etnometodologia, então, afirma a importância dos
etnométodos “[...] para que a análise das ações não se dê independentemente
das práticas e dos contextos das atividades sociais que as produzem e as
mantêm” (MACEDO, 2010, p. 73).
Trabalhar com etnométodos exige de um pesquisador acolher os universos
empírico e simbólico em que os indivíduos culturalmente situados habitam,
negociam sentidos e expõem suas singularidades. Isso requer disciplina, olhar
atento e crítico na arte de observação, rigor metodológico e sólidos
conhecimentos em seu campo de trabalho.
Passemos, então, a entender um pouco sobre a pesquisa-ação, uma
metodologia de pesquisa na qual a compreensão dos etnométodos e das ações
concretas realizadas pelos membros envolvidos na pesquisa é de fundamental
relevância.
A pesquisa-ação é definida por Thiollent (2000, p. 23) “[...] como um tipo de
pesquisa organizada de modo participativo, com a colaboração de
pesquisadores e membros ou grupos implicados em determinada situação ou
prática social”. Dessa forma, em colaboração, pesquisadores e indivíduos agem
na identificação dos problemas de pesquisa, na busca por soluções e na análise
de possíveis ações transformadoras.
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A pesquisa-ação como metodologia das ciências sociais possui duas
características principais: a conexão entre pesquisadores e membros implicados
no contexto da pesquisa, além da ampliação do conhecimento dos
pesquisadores e dos membros implicados na pesquisa em relação à situação ou
prática social identificada como ponto de origem do problema de pesquisa.
No âmbito das pesquisas de concepção qualitativa, podemos destacar,
também, a pesquisa participante. Essa é um tipo de pesquisa considerada
flexível, sendo que permite uma adaptação a cada realidade investigada. A
pesquisa participante almeja, de forma geral, dois objetivos, um de ordem
prática e outro de ordem epistemológica. A esse respeito, Soares (2000, p. 44)
esclarece a natureza desses objetivos, que seriam de 
[...] ordem prática cuja participação da sociedade é fundamental nos processos
decisórios e de conhecimento para identificação de sistemas de valores das
comunidades, e, socialização dos resultados dessa investigação, adicionando-lhes
conhecimentos científicos pertinentes. 
Vale destacar um ponto, por vezes ruidoso, entre a pesquisa participante e a
pesquisa-ação: essas correntes de investigação de abordagem qualitativa
diferem em seus pressupostos, principalmente no papel assumido pelo
pesquisador. Na pesquisa-ação, o pesquisadorassume um papel ativo de
intervenção na realidade dos fatos observados, o que não ocorre na pesquisa
participante.
Além disso, temos, ainda, o estudo de caso, que pode servir para estudos de
natureza tanto quantitativa quanto qualitativa. O estudo de caso se caracteriza
pelo foco na interpretação do contexto, concebido na perspectiva dos
elementos tecidos e cruzados das práticas cultural e social, na intenção de
revelar aspectos ainda obscuros. Nos estudos de caso são utilizadas múltiplas
fontes de informação e coleta de dados, no sentido de aprofundar a
investigação e torná-la cada vez mais completa. Esse aprofundamento,
portanto, favorece o surgimento de aspectos divergentes e conflitantes
presentes no contexto investigado. 
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O filme O Óleo de Lorenzo, de George Miller, é baseado em uma história real e
conta o drama de uma família em busca da cura de uma doença rara para o
filho pequeno. Na medicina, à época, eram poucos os estudos sobre essa
doença. Os pais, então, resolvem estudar o caso em profundidade, pesquisando
a bibliografia disponível sobre o tema, entrevistando médicos e cientistas, bem
como reunindo outras famílias com o mesmo problema. Vale a pena assistir ao
filme e entender melhor quanto ao tipo de pesquisa realizada pela família.
Ao esclarecer sobre o estudo de caso, Ludke e André (2013, p. 21) afirmam que
sua principal característica é ser o estudo de uma instância singular, sendo “[...]
o objeto estudado tratado como único, uma representação singular da realidade
que é multidimensional e historicamente situada”.
Vistos alguns dos principais procedimentos de abordagem da pesquisa
qualitativa, passaremos a estudar, a seguir, as técnicas adotadas nesses
procedimentos. 
3.1.2 Técnicas de coleta de dados: observação e entrevista
Minayo et al. (1998) destacam a entrevista e a observação participante como
formas de abordagem técnica do trabalho de abordagem qualitativa. Lakatos e
Marconi (2017), por sua vez, relacionam diferentes tipos de observação e
entrevistas.
A observação é o elemento básico da investigação científica, sendo considerado
ponto de partida da pesquisa social. Conforme alerta Macêdo (2004, p. 151), o
processo de observação não é um “[...] ato mecânico de registro. Apesar da
especificidade da função do pesquisador que observa, ele está inserido num
processo de interação e atribuição de sentidos”. 
VOCÊ QUER VER?
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Lakatos e Marconi (2017) ainda identificam diferentes tipos de entrevistas.
Na entrevista padronizada ou estruturada, temos o plano de entrevista que
estabelece o roteiro a ser seguido, quem será entrevistado, o local e a hora
previamente acertados para sua realização. O padrão do roteiro da entrevista
serve como instrumento comparativo para o pesquisador.
Quadro 2 - Variantes procedimentais da técnica de observação científica,
utilizadas nas pesquisas de abordagem qualitativa. Fonte: Adaptado de
LAKATOS e MARCONI, 2017.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Na entrevista de tipo aberta ou não-estruturada, o pesquisador conduz
livremente a entrevista de maneira informal, em um tipo de conversação ou
mediante um roteiro de perguntas abertas.
A entrevista semiestruturada, por outro lado, combina características gerais dos
tipos anteriores.
No tipo de entrevista denominada painel, as questões previamente elaboradas
são apresentadas de forma repetida às mesmas pessoas em intervalos de
tempo programados. Essa técnica oferece possibilidade de estudo comparativo.
Esses estudos, em suas variadas formas, têm como objetivo contribuir no
avanço científico e na produção do conhecimento nas áreas, mediante a difusão
científica por meio da publicação de livros, teses, dissertações, artigos
científicos, promoção de eventos e periódicos científicos. Sendo assim, para
compreendermos como se organizam as apresentações dos diferentes
trabalhos acadêmicos e científicos, vamos analisar com detalhes as normas
presentes nessas elaborações na sequência.
3.2 Normas de apresentação de
trabalhos acadêmicos 
Desde o início do trabalho, o pesquisador está ciente de que, em dado
momento, deverá comunicar aos seus pares e à comunidade científica os
resultados de pesquisa realizada. Esse é um momento singular para o
pesquisador, afinal, ao apresentar o trabalho de pesquisa, ele deverá reunir a
técnica, o domínio do tema, as reflexões e as percepções da laboriosa
caminhada. Assim, nesse momento, o conhecimento e a habilidade na aplicação
das normas de apresentação de trabalhos acadêmicos são de importância
capital.
O estilo de escrita se configura uma construção pessoal, ainda que impregnada
das muitas referências presentes na experiência do autor. Com o exercício da
escrita, esse estilo vai sendo consolidado e a tarefa passa a fluir de maneira
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menos tensa, embora iniciar o texto seja sempre um desafio, seja o autor
experiente ou iniciante.
Com isso, a decisão de como iniciar um texto envolve escolhas delicadas. Castro
(2011) recomenda iniciar por descrições das etapas do trabalho científico, dos
detalhes vivenciados no percurso, mesmo que, ao final, parte desse material
venha a ser descartado. Assim, ao menos servirá como ponto de partida. Além
disso, uma boa sugestão indicada pelo autor é deixar a escrita da introdução
para o final do trabalho, já que esse tópico é um convite à leitura do conjunto da
obra e, portanto, deve ser atrativo e apresentar uma ideia geral de todo o
trabalho realizado.
Cercar-se de material de apoio à escrita também é de suma importância para o
autor. Esse material pode ser, por exemplo, um dicionário da língua portuguesa,
um dicionário específico da área de estudo, um consistente manual de estilo
acadêmico e, até, um documento que trata das normas e técnicas adotas por
determinada instituição acadêmica ou científica. Dessa forma, o autor deve se
certificar se existe em sua instituição de ensino um manual de estilo acadêmico
e aproveitar ao máximo a leitura.
Ademais, as normas de apresentação de um trabalho acadêmico seguem
orientação de duas ordens. A primeira está ligada às orientações determinadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), enquanto que a
segunda se refere à normalização definida pela instituição de origem à qual o
autor está ligado ou aos critérios estabelecidos por periódicos científicos, no
caso de submissão de trabalho científico para apreciação e aprovação.
A ABNT é uma instituição privada que atua no país como foro nacional para
normalização de procedimentos padronizados de forma geral, como nas áreas
odonto-médico-hospitalar, farmacêutica, transporte, agricultura, nutrição e
documentação.
A ABNT, criada em 1940, é constituída de comitês formados por diferentes
áreas de atividades técnica e científica. O Comitê Brasileiro de Informação e
Documentação (ABNT/CB-14), aliás, é o responsável por estabelecer as normas
de apresentação dos trabalhos acadêmicos. 
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No geral, as normas para apresentação de trabalhos acadêmicos se referem a
escolha de papel branco em formato A4, sendo que o papel do tipo reciclado
pode ser aceito nas versões intermediárias; digitação e impressão no anverso
da folha; tamanho e tipo de fonte com destaque para os tipos “Arial” e “Times
New Roman”. Contudo,é recomendado observar a indicação fornecida pela
instituição à qual o trabalho será submetido. De toda sorte, a orientação é
utilizar apenas um dos tipos de fonte em todo o trabalho.
As normas sobre organização de capítulo, título, subtítulo e seções deve ser
guiada por saber que “[...] é a conveniência da exposição que ditará qual a
estrutura mais apropriada” (CASTRO, 2011, p. 60). Assim, esses elementos têm
função informativa e devem ser atrativos ao leitor, interessado em conhecer o
conteúdo anunciado, não sendo excessivamente curto, nem longo demais. Deve
expressar a ideia central do assunto.
No tangente à configuração de margem, espaçamento, notas de rodapé,
paginação, disposição de ilustrações e tabelas é recomendado seguir as
orientações do manual institucional elaborado em conformidade com as normas
da ABNT em vigência.
Mas e quanto às referências? O que fazer para acertar a norma?
Essa é uma dúvida frequente entre os autores. Vale a regra básica de consultar
exaustivamente a ABNT referente e o manual de estilo acadêmico da
instituição. No entanto, para nos aprofundarmos, vejamos alguns elementos de
destaque sobre esse assunto a partir de agora.
3.2.1 Referências e citações
As referências bibliográficas e eletrônicas são convenções utilizadas em
trabalhos acadêmicos com o objetivo de relacionar todos os documentos
citados e consultados no desenvolvimento no trabalho. De acordo com a ABNT,
em sua norma NBR 6023/2000, esse elemento normalizador do trabalho
acadêmico representa “[...] o conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de um documento, que permite sua identificação individual”.  Eles
podem ser localizados em nota de rodapé, no final do texto do capítulo, em lista
de referências no final do trabalho e, no caso de resenhas ou resumos,
identificada no cabeçalho do trabalho. 
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O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) disponibiliza o acesso a um software gerenciador de referência
bibliográfica. Entre os mais conhecidos e utilizados na categoria estão o
Mendeley e o Zotero. Acesse em:
<https://www.ufrgs.br/bibliotecas/ferramentas-de-producao/gerenciadores-de-
referencias/ (https://www.ufrgs.br/bibliotecas/ferramentas-de-
producao/gerenciadores-de-referencias/)>.
A lista de referências é composta de elementos essenciais “[...] indispensáveis
para a identificação das fontes das citações de um trabalho”, bem como
elementos complementares “[...] opcionais que podem ser acrescentados aos
essenciais para melhor caracterizar as publicações referenciadas” (KOCHE,
2016 p. 156), como o número total de páginas.
Comumente, em trabalhos acadêmicos, a sequência alfabética e o sistema
autor-data são preferenciais por sua ampla divulgação e uso na academia.
Contudo, a ordenação das referências pode ser do tipo:
Sequência alfabética: quando adotado o sistema autor-data;
Numérica: segundo a ordem de citação no texto e quando adotado o sistema
numérico; 
Cronológico: segue a ordem cronológica crescente, no caso de haver mais de
uma referência do mesmo autor.
A lista de referências no final do trabalho é separada entre si por um espaço
simples e alinhada somente à margem esquerda. As obras referenciadas podem
ser consideradas no todo, obra completa ou em parte, como capítulo, parte de
coletânea com autores e títulos específicos.
Vejamos, a seguir, dois exemplos de especificações mais recorrentes em
trabalhos acadêmicos. 
VOCÊ QUER LER?
https://www.ufrgs.br/bibliotecas/ferramentas-de-producao/gerenciadores-de-referencias/
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Exemplo de uso de referência com um autor pessoal: “SANTOS,
Boaventura de Sousa. O Discurso e o Poder. Ensaio sobre a sociologia da
retórica jurídica. Porto Alegre: Fabris, 1988.”;
Exemplo de uso de referência em capítulo de livro de diferente autoria:
“CHARLOT, Bernard. Formas do Aprender e Conexões de Saberes: os
significados da noção de conexão quando se trata de saberes. In: SILVA,
Veleida Anahí (Org.). Conexões de Saberes: um desafio, uma aventura,
uma promessa. São Cristóvão: Editora UFS, 2007.”.
Ao organizar as referências, o nome do autor ou autores da obra é um destaque
e merece atenção para diferentes ocorrências. No caso de até três autores, são
citados todos separados por ponto e vírgula. Já nos casos em que há registro de
mais de três autores, é citado o primeiro autor, seguido da expressão latina et
al. (outros). Nos casos de obras com vários autores, em que um deles ocupa a
função de organizador ou coordenador, o nome será citado, seguido da
abreviação característica da função exercida “Org.” ou “Coord.”.
O acesso crescente da internet e a possibilidade de uso dessa ferramenta como
suporte e apoio à pesquisa também exige atenção no trato dos materiais
consultados. A obra consultada por meio da internet deve ser referenciada
(obra no todo ou parte dela) com todos os elementos essenciais relativos ao
gênero (livro, artigo, jornal ou outros), acrescida da expressão “Disponível em:
<endereço eletrônico>” e data de acesso a referida obra com o termo “Acesso
em: 00/00/0000” ou “Acesso em: 00 de xxxxxx de 0000”.
Na sequência, estudaremos um caso para entender melhor quanto a
importância do uso de bibliografias.
CASO
Helena é uma aluna da pós-graduação do curso de
Administração e Marketing. Ela está no final do curso e
muito envolvida na escrita do seu TCC. Como já trabalha
na área, encontrar o foco de interesse para a escolha do
tema não foi uma dificuldade.
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Depois de algumas reuniões com a professora orientadora,
Helena deu início a escrita do trabalho. Conforme o plano
aprovado por sua professora, ela iniciou a pesquisa
bibliográfica com o objetivo de identificar os conceitos
científicos básicos para seu trabalho. Com pesquisas na
internet, acesso à biblioteca virtual da sua instituição de
ensino e livros de acervo pessoal, a aluna logo reuniu um
farto material. Além disso, durante a leitura, ela fazia
anotações do material pesquisado em fichas.
Com a proximidade do prazo final para a entrega do
trabalho, Helena se deu conta de que não havia
organizado as referências do trabalho. Então, retomou as
fichas de anotações do material pesquisado. Nesse
momento, a estudante percebeu que não havia anotado
todos os elementos essenciais para compor as referências,
conforme as normas da ABNT. Foi, então, necessário
retomar o levantamento de todo o material pesquisado,
dessa vez com redobrada atenção para anotar todos os
elementos essenciais para a identificação das obras
consultadas e elaborar as referências em conformidade
com as normas técnicas.
Em casos de submissão de artigos, papers em periódicos científicos,
congressos, colóquios e outros eventos acadêmicos, as determinações de estilo
são previamente especificadas e cabe aos interessados em submeter o trabalho
seguir as orientações na forma como aparecem. Por certo, elas vão estar de
acordo com as normas gerais regidas pela ABNT. 
VOCÊ SABIA?
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
foram inspiradas na academia francesa. Atualmente, entre as
normas previstas pela ABNT, as normas bibliográficas vigentes
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nos Estados Unidos e as da França carregam divergências. As
pequenas diferenças precisam ser conhecidas, principalmente,
no caso de autores que pretendem submeter suas produções
para publicação em periódicos científicos internacionais.
A consistência de um trabalho acadêmicose dá, em parte, mediante a menção
feita pelo autor a outras obras e autores notoriamente reconhecidos em
determinado campo de saber. Garantir o reconhecimento da contribuição e a
autoria das obras consultadas é uma exigência e um dever para quem ocupa o
lugar de autor, além de oferecer credibilidade à sua própria obra. Esse
reconhecimento se faz por meio das normas de citação.
As citações podem ser do tipo citação direta curta, com a transcrição fiel em até
três linhas; citação direta longa, com mais de três linhas; e citação indireta ou
paráfrase, caso em que a ideia original inspira outra forma de expressão sem a
transcrição literal. A citação de citação ocorre quando o autor não teve acesso
direto às obras, mas por intermédio de outro autor. Nesses casos, usa-se a
expressão latina apud, que significa “citado por”, “conforme” ou “segundo tal
autor”.
O uso de citação tem como função fundamentar argumentos sobre
determinado assunto, reforçar uma ideia ou ilustrar um tema com a opinião de
outros autores. Vale destacar, a respeito disso, o pensamento de Castro (2011,
p. 4), em que “[...] a redação não é uma transcrição mecânica de ideias prontas,
mas uma fase de construção do trabalho, totalmente, imbricada com o próprio
desenvolvimento do raciocínio”.
Dessa forma, podemos entender que os procedimentos de normalização do
trabalho acadêmico visam atribuir cientificidade, objetividade, clareza e
consistência ao texto científico. Conhecer e primar o uso das normas técnicas
de documentação e informação representa, para o pesquisador, seu
compromisso ético e profissional. Nesse conjunto de normas, insere-se, ainda,
os elementos pré-textuais e pós-textuais do texto acadêmico e científico.
Vamos estudá-los a partir de agora.
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3.3 Elementos pré-textuais e pós-
textuais
Talvez você já tenha se perguntado sobre os elementos que devem ser
contemplados na escrita de um texto acadêmico. É possível até que ache tudo
muito cheio de normas e exigências, mas, na verdade, quando há crescente
familiaridade com as normas e técnicas empregadas em sua aplicação, seus
usos vão ganhando sentido e fica clara a necessidade de consultar as normas
técnicas sempre que houver alguma dúvida.
Os trabalhos científicos, na forma de trabalho de conclusão de curso (TCC) de
graduação ou especialização, dissertação de mestrado ou tese de doutorado,
por exemplo, são todos trabalhos monográficos, pois se constituem como
relatos de pesquisas já realizadas, em que um único tema ou problema foi
investigado. Esses trabalhos monográficos contam com uma estrutura básica
comum, com pequenas variações. Estas, por seu lado, devem-se ao grau
relativo ao curso correspondente.
A estrutura básica dos trabalhos monográficos se divide em elementos pré-
textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
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Os elementos textuais são compostos de introdução, desenvolvimento e
conclusão. A introdução apresenta o texto ao leitor, antecipando o que poderá
encontrar sobre o problema investigado. O desenvolvimento é o corpo lógico de
todo o trabalho de pesquisa e pode se dividir “[...] em tantas partes quantas
forem necessárias, utilizando-se para isso os capítulos, as seções e as
subseções, tendo o cuidado de não perder a unidade” (KOCHE, 2016, p. 145).
Por fim, a conclusão retoma o problema de pesquisa no intuito de apresentar os
resultados finais e as contribuições possíveis, bem como o fechamento global
da pesquisa.
Quadro 3 - Relação dos elementos pré-textuais de trabalhos monográficos,
considerando o caráter obrigatório ou opcional. Fonte: LUBISCO, 2012, p.
21.
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De acordo com a NBR 14724 (ABNT, 2005), o apêndice “[...] é um texto ou
documento, de caráter opcional, [...] elaborado pelo autor a fim de
complementar sua argumentação”. Enquanto isso, temos que um anexo é um
texto de caráter opcional, o qual não foi elaborado pelo autor. 
O texto científico, em geral, tem sua estrutura baseada nos elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais. No entanto, existem gêneros textuais
científicos, os quais examinaremos de forma detalhada na sequência.  
Quadro 4 - Relação dos elementos pós-textuais de trabalhos monográficos,
considerando o caráter obrigatório ou opcional. Fonte: LUBISCO, 2012, p.
45.
3.4 Gêneros Textuais Científicos
Considerando as categorias proposta por Lubisco (2012), podemos caracterizar
em trabalhos acadêmicos e científicos o trabalho de conclusão de curso (TCC)
de graduação ou especialização, a dissertação e a tese; além de outros, como o
trabalho didático, exigido nos cursos de graduação para efeito de aprendizado e
avaliação de estudos; a sinopse; a resenha; o relatório técnico científico; o
projeto de pesquisa; o artigo; e o paper.
Cabe esclarecermos, aqui, o sentido de gênero textual científico tomado na
perspectiva de gênero do discurso, quando há interação por meio da escrita,
tendo como resultado a função que o autor atribui ao texto, além do leitor para
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quem o autor escreve quanto as condições de produção do texto (SOARES,
2012).
Consideremos, então, as características de cada um desses gêneros textuais
científicos. Conforme definição da NBR 14724 da ABNT (2005) dissertação é o
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou
exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado
em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações.
Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a
capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um
orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre.
Já a tese, ainda de acordo com a NBR 14724 da ABNT (2005), é o
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou
exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado.
Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real
contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um
orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor ou similar.
A produção de dissertações e teses exige, por parte dos programas de pós-
graduação, a composição de quadro acadêmico científico, estrutura física e
administrativa, disponibilidade de recursos humanos, materiais e fontes de
financiamento que requerem a manutenção e a dinamização de grupos de
pesquisa. Por parte dos candidatos, a produção de dissertações de mestrado e
teses de doutorado, que exigem esforços pessoais e investimento de estudos e
pesquisa de longo tempo, nem sempre financiados.     
Ao final, a conclusão dos trabalhos de dissertação e tese ocorre em sessões de
defesa pública e sustentação oral, perante banca examinadora, em um modelo
de ritual de passagem. 
VOCÊ SABIA?
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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC), é
responsável por coordenar as ações da pós-graduação stricto
sensu (mestrado e doutorado) no país. Desde 2007, ela atua na
formação de professores da educação básica. Acesse o site
<http://www.capes.gov.br/ (http://www.capes.gov.br/)> e fique
informado sobre o ensino da pós-graduaçãono Brasil.
O trabalho de conclusão de curso, em graduação e pós-graduação, tornou-se
uma prática de ensino, principalmente por determinação da Portaria CNE/CES
n. 1, de 3 de abril de 2001, que estabeleceu a obrigatoriedade como requisito
para a conclusão de pós-graduação lato sensu.
Conforme a natureza do curso, a instituição pode determinar em seu projeto
pedagógico a modalidade de TCC. Entre elas, a mais frequente é a monografia,
mas também pode ser um plano de negócio, um plano de intervenção ou
diagnóstico empresarial. Nos cursos de graduação, o TCC, também para
atender a natureza do curso, pode ser na forma de artigo, monografia, projeto
de iniciação científica ou atividade teórico-prática.
A respeito dos trabalhos de monografia, Lakatos e Marconi (2017, p. 235)
alertam que
[...] a característica essencial da monografia não é a extensão, como querem
alguns autores, mas o caráter do trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a
qualidade da tarefa, isto é, o nível da pesquisa, que está intimamente ligado aos
objetivos propostos. 
O artigo científico, por sua vez, é um tipo de texto que trata de pesquisa
concluída ou em andamento, tendo por objetivo discutir ideias, processos,
metodologia de pesquisa, objetos da investigação, divulgar resultados parciais
ou finais. Sua divulgação ocorre por meio da publicação em periódicos ou
apresentação em eventos científicos.
http://www.capes.gov.br/
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Conforme a ABNT, NBR 6022 (2003), o artigo é “[...] a parte de uma publicação
com autoria declarada”. Ainda segundo a mesma lei, de acordo com as
pretensões do autor, o artigo pode ser original ou de revisão. No artigo original,
o autor apresenta resultados de pesquisa ainda não publicados, enquanto que
no artigo de revisão o autor analisa dados e informações já divulgadas em
outras fontes.
Durante os cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, os
estudantes/pesquisadores comumente produzem artigos para fins didáticos,
científicos e de difusão dos dados levantados, publicação de resultados parciais
e, ao final, os resultados alcançados com a pesquisa.
Já o paper é um tipo de artigo científico resumido que trata sobre determinado
tema ou resultado parcial de uma pesquisa. Sua discussão se dá a partir de
determinado ponto de vista.
O paper, em geral, é escrito com o objetivo de divulgar a pesquisa em eventos
científicos. Ele possui uma estrutura particular de artigo científico, a qual
podemos entender melhor com a figura a seguir.
 Figura 1 -
Estrutura básica e apresentação dos elementos textuais de escrita do paper.
Fonte: Adaptado de LAKATOS e MARCONI, 2017.
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Temos, ainda, as resenhas. Lakatos e Marconi (2017, p. 264) apresentam uma
análise comparativa entre o texto do tipo resenha, que faz uma descrição
minuciosa de uma obra, e a resenha crítica, que apresenta o conteúdo de uma
obra, incluindo a leitura, o resumo, a crítica e a formulação de um conceito de
valor.
Em suma, a resenha possui como objetivos destacar as contribuições de
determinada obra no âmbito de seu campo de saber, e apresentar, de forma
concisa, as ideias básicas da obra. Lakatos e Marconi (2017) também alertam
para o fato de a resenha exigir do autor capacidade de juízo de valor,
competência na matéria e aprofundado conhecimento do assunto. Assim, é um
gênero textual elaborado por autores e cientistas experientes.
A escrita da resenha por parte dos estudantes se coloca como exercício de
aprendizado, afinal, a estrutura básica da resenha é peculiar, própria do gênero. 
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Os diferentes gêneros textuais científicos, com suas especificidades, requerem
atenção as singularidades de gênero, conhecimento e observância das normas
e técnicas determinadas por instituições normalizadoras. Aspectos relevantes
ficam por conta do estilo de escrita do autor, atenção ao uso da linguagem
direta e acessível ao público a quem se destina a produção, além de clareza,
simplicidade e objetividade. Cuidado e rigor na atenção às regras gramaticais e
Quadro 5 - Síntese dos elementos constitutivos do gênero textual do tipo
resenha crítica. Fonte: Adaptado de LAKATOS e MARCONI, 2017, p. 265.
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ortográficas, à lógica na argumentação das ideias. Para isso, o autor deve fazer
leitura sistemática do texto em diferentes etapas, procedendo revisões e
adequações pertinentes. 
Síntese
Concluímos o terceiro capítulo desta disciplina, relativo aos procedimentos, às
normas e técnicas do método científico. Agora, você já sabe que uma pesquisa,
para se tornar de natureza científica, precisa atender ao método científico e às
normas e técnicas estabelecidas com essa finalidade, por instituições próprias e
legalmente constituídas. Além disso, podemos concluir que a divulgação
científica ocorre por meio da difusão dos textos científicos, produzidos em
observância às normas estabelecidas. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
conhecer procedimentos e técnicas de pesquisa;
analisar diferentes métodos de pesquisa de abordagem qualitativa;
entender técnicas utilizadas para coleta de dados em pesquisa qualitativa;
conhecer gêneros textuais que atuam na divulgação científica;
identificar elementos constituintes do texto científico;
compreender como são organizadas as referências e as citações no texto
científico;
constatar a importância do uso das normas de apresentação do trabalho
científico.
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