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slides AMOR DE SALVAÇÃO

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Análise da obra Amor de salvação, de Camilo Castelo Branco, sob a perspectiva da novela passional
Camilo Castelo Branco e o Romantismo
Nasceu em Lisboa, em 1825
Geração ultrarromântica
Destaque na novela Passional
A novela passional Camiliana
 A figura feminina
“À mulher confere-se sempre um papel da mais nobre dignidade (geralmente angélica, por vezes demoníaca), mas tal supremacia esvazia-se, na realidade, de sentido psicológico, reduzindo-se a um símbolo poético do misterioso eterno feminino, e às vezes a uma personificação abstracta do espírito de sacrifício. ” (SARAIVA, 2010, p.784)
 A figura masculina
A novela passional Camiliana
 A mulher Objeto de desejo
 O amor como destino Não concretização
Tragédia Redenção 
A história trata sobre o amor de dois personagens, Teodora e Afonso, e é relembrada, em uma noite de natal por Afonso de Teive, para seu amigo, escritor, depois de aproximadamente doze anos em que não se viam. Afonso e Teodora foram prometidos um para o outro por suas mães que eram amigas desde quando estudavam em um convento. Após a morte da mãe, Teodora, vai para um convento e fica sob a guarda de seu tio, pai de Eleutério Romão, porém ela e Afonso ainda mantêm contato com a esperança de um dia ficarem juntos e casar. 
Afonso de Teive
Teodora
Mafalda 
Salvação: “resgate, passagem de uma situação difícil para outra tranquila. ”
Análise sob a perspectiva da novela passional: hipótese de estrutura 
1. carência (o amor proibido);
2. interdição (a sociedade e os opositores diretos);
4. consequência ou dano (a morte dos amantes, sua separação, ou morte do opositor e a ‘burla’ dos costumes sociais);
3. violação (a mulher que foge do convento, ou que busca meios para fugir, o homem que mata o opositor, etc.);
5. reparação do dano (após os embates, vive-se o amor). 
Análise sob a perspectiva da novela passional: hipótese de estrutura 
1. carência (o amor proibido);
2. interdição (a sociedade e os opositores diretos);
4. consequência ou dano (a morte dos amantes, sua separação, ou morte do opositor e a ‘burla’ dos costumes sociais);
3. violação (a mulher que foge do convento, ou que busca meios para fugir, o homem que mata o opositor, etc.);
5. reparação do dano (após os embates, vive-se o amor). 
Análise sob a perspectiva da novela passional: hipótese de estrutura 
1. carência (o amor proibido);
2. interdição (a sociedade e os opositores diretos);
5. reparação do dano (após os embates, vive-se o amor)
3. violação (a mulher que foge do convento, ou que busca meios para fugir, o homem que mata o opositor, etc.);
5. reparação do dano (após os embates, vive-se o amor). 
4. consequência ou dano (a morte dos amantes, sua separação, ou morte do opositor e a ‘burla’ dos costumes sociais);
1. CARÊNCIA
Apenas falecida sua mãe, Teodora foi recolhida ao Convento das Ursulinas, por deliberação de um tio paterno, constituído espontaneamente tutor da órfã. Afonso, aconselhado pelo coração e por sua mãe, visitava a educanda, disfarçando as frequentes visitas com a inocente mentira de parentesco
2. INTERDIÇÃO
Afonso de Teive foi à portaria do convento, no heroico propósito de ir arrancar a vítima de sobre as asas da teocracia despótica. A porteira, senhora de óculos e de muita virtude, ofereceu peito de mártir às injúrias ímpias do acriançado amante.
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Teodora, quando acordou na manhã seguinte, viu duas imagens: uma enevoar-se e esvair-se como sonho que a memória não pode já reter: era a imagem de Afonso; outra avultou-lhe completa nos menores traços, radiosa, animada e animadora: era a imagem de Eleutério Romão dos Santos.
3. VIOLAÇÃO
Eleutério viu ainda desencadearam-se os braços de Teodora do meu pescoço. Parou, estacou, empederniu-se, estupidificou-se no limiar da porta. 
5. REPARAÇÃO DO DANO
Estou livre. Aqui me tens, Afonso [...] Volvido um mês sobre os sucessos descritos, Afonso de Teive e Palmira que nunca mais se chamou Teodora viviam num palacete ao Campo Grande, por ser entrada a sazão estiva. 
4. CONSEQUÊNCIA OU DANO
Pois saia, tornei eu, mas leve consigo o esterco com que sujou a minha casa! E, dizendo, atirei-lhe ao rosto os macetes das cartas. [...] E eu caí extenuado sobre uma cadeira, pensando morrer ali afogado de congestão de sangue no coração 
5. REPARAÇÃO DO DANO
Uma mulher me perdeu; outra mulher me salvou. A salvadora está ali naquele ermo, glorificando a herança que minha mãe lhe legou: o anjo desceu a tomar o lugar da santa: a um tempo se abriu o Céu à padecente que subiu e à redentora que baixou no raio da glória dela.
	Assim, com base na análise realizada nesse trabalho, pudemos concluir que Amor de Salvação foge à regra da novela passional, a qual tem como característica ter sempre um aspecto trágico em sua trama. Tal novela, como o próprio nome diz, não se configura pela tragédia, como ocorreu em Amor de perdição, pois aqui Camilo tentou uma nova configuração do amor, este como redenção. 
Considerações finais 
Referências
CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de Salvação. [Versão E-book]. 
FERNANDES, José Guilherme dos Santos. As formações discursivas da memória na composição da narrativa. In: Boitatá, Londrina, n 16, p. 106, 2013. 
FRANCHETTI, Paulo. A novela Camiliana. In: Estudos de Literatura Brasileira e Portuguesa. Cotia, São Paulo: Ateliê Editorial, 2007, p. 87-101. 
SARAIVA, Antônio José. A novela camiliana: sua evolução. In: História da Literatura Portuguesa. Porto, Portugal: Porto Editora, 2010, p.780-792.
SOUSA, Moizeis Sobreira de. A ficção camiliana: a escrita em cena. 2009. 123 f. Dissertação (Mestrado em Literatura Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

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