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Introdução ao tema Os gêneros textuais estão relacionados com as diversas práticas discursivas que perfazem a vida em sociedade. A escolha dos gêneros será definida mediante seu propósito comunicativo e será resultado de uma fusão histórica, cultural e social. Em suma, os gêneros se portam como a efetiva materialização da linguagem oral ou escrita, e de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: “Produzir linguagem significa produzir discursos. Significa dizer alguma coisa para alguém, de uma determinada forma, num determinado contexto histórico” (1997, p.22). Isso implica dizer que a produção discursiva é fruto do contexto de comunicação, ou seja, a organização do discurso está baseada nas pressuposições que o locutor faz a respeito do interlocutor, e elas podem ser de cunho social, econômico, cultural, dentre outros. Ainda segundo os PCN’S: “Isso tudo pode determinar as escolhas que serão feitas com relação ao gênero no qual o discurso se realizará, à seleção de procedimentos de estruturação e, também, à seleção de recursos linguísticos”(1997, p.22). De posse do conceito de “gênero textual”, cabe assinalar que ele faz parte de um universo mais geral denominado “tipo textual”. Os tipos textuais são estruturas do texto e podem ser classificados da seguinte forma: narrativo, descritivo, dissertativo e injuntivo. Dentro dessas categorias é que surgem os vários gêneros. Nesse trabalho, serão apresentados o tipo textual narrativo e o gênero textual lenda. Para que um texto oral ou escrito seja considerado narrativo, é necessário que contenha algumas microestruturas que constituem essa tipologia, são elas: personagem, espaço, tempo, narrador e enredo. A tipologia narrativa é predominante no gênero lenda. As lendas são narrativas orais e misturam realidade e imaginário, fazem parte da cultura de todos os povos e são repassadas com o objetivo de explicar fatos que não são explicados pela ciência. Diante disso, evidencia-se a importância do estudo dos gêneros como uma ferramenta de ampliação das competências linguística e discursiva do aluno, além de auxiliá-lo na utilização das diversas formas de uso desses gêneros no cotidiano. Objetivo geral Objetivos específicos Metodologia 1º momento: Revisão do assunto: Inicialmente, será feita uma breve explanação acerca dos assuntos “gênero textual” e “tipo textual”. Para tanto, é necessário que o professor já tenha trabalhado com tais temas anteriormente, e de modo mais aprofundado, uma vez que o objetivo do presente trabalho será o de apresentar ao aluno a aplicação do assunto de uma maneira mais descontraída. Nessa explanação, o professor (mediador) enfatizará o grande número de gêneros existentes, sendo eles orais e escritos. Em seguida, dará destaque ao gênero oral lenda, o qual será objeto da aula. A lenda tem como tipo textual predominante a narração, a qual se caracteriza por relatar uma história, real ou fictícia, oral ou escrita, por meio de uma sequência de ações. Apresenta personagens, espaço, tempo e narrador. Vê-se, então, que se trata de um assunto um tanto quanto extenso para ser trabalhado em uma aula, apenas. Desse modo, sugerimos que a presente atividade seja desenvolvida ao final do conteúdo sobre gêneros e tipos textuais, pois ela tem um caráter lúdico, o que facilita o entendimento do aluno. 2º momento: Exposição da história: Antes de começar a narrativa, o professor fará uma breve sondagem na turma para saber se os alunos já tiveram contato com alguma lenda, ou com imagens de personagens das lendas amazônicas, seja por meio de livros, da tv ou da internet. Após essa etapa, o mediador iniciará a contação da lenda da Curupira, a qual é conhecida como a “mãe do mato. ” Essa história é bastante conhecida na região Amazônica, mas sabe-se que com o avanço da internet, das redes sociais, etc., essa tradição oral está se perdendo, ou seja, as crianças e os jovens estão deixando de ter contato com tais narrativas. A lenda será contada por meio de um material adaptado que será produzido com papel impresso (imagens dos personagens) e Eva, materiais relativamente acessíveis. Será feito apenas um cenário, no qual se passará o enredo, e nele haverá espaços não preenchidos, assim o aluno poderá desenvolver seu próprio enredo, conforme se verá mais adiante. O objetivo, aqui, é que o mediador conte a história da Curupira, ou seja, como ela é conhecida, quais são as suas características, qual o seu papel dentro do espaço amazônico, o que ela faz, etc. Isso será narrado de forma verbal e não-verbal, uma vez que o material adaptado será voltado, também, para o aluno com surdez. 3º momento: Momento de interação: Nesse momento, após narrada a história da Curupira, o mediador abrirá espaço para os alunos. Serão formados pequenos grupos e eles terão de criar um enredo para a história. Conforme dito anteriormente, no cenário haverá espaços a serem preenchidos e, com isso, os alunos poderão pôr em prática sua criatividade. Os grupos terão um tempo de 5 a 10 minutos para formularem um enredo que se adeque à lenda narrada. O tempo para a socialização poderá ser de 5 minutos, ou a critério do professor. Após, eles deverão apontar os elementos presentes no enredo que caracterizam o tipo textual narração, tais como: o espaço, os personagens, os objetos, o protagonista, etc. Considerando-se que toda narrativa traz um discurso implícito, ou explícito, ao final da atividade os alunos poderão socializar com a turma o que aprenderam com a história da Curupira. Nesse caso, tem-se a “mãe do mato” que protege a floresta e pune os indivíduos que se atrevem a destruí-la, ou danificá-la. Esse é o principal ensinamento repassado: a importância da preservação da fauna e da flora. Recursos - Material adaptado produzido com papel impresso e Eva Referências Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília : MEC/SEF, 1998. 106 p.
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