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03 Apostila digital SEMEC-2020 - Educacao Infantil (1)

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Prezado(a) Concurseiro (a) 
 
Em primeiro lugar queremos lhe dar os parabéns por ter adquirido nossa apostila. Como 
você poderá atestar, trata-se de material didático com alta qualidade de conteúdo, abordando de 
forma clara e precisa os assuntos requeridos para as provas desse concurso. 
 
O mundo dos concursos públicos tem ganhado uma importância cada vez maior. É 
surpreendente o número de pessoas que concorrem todos os anos às oportunidades de emprego 
estável, boas condições de trabalho e salários. 
 
A nossa equipe preocupa-se em oferecer a você um material de acordo com o edital 
especialmente criado para prepará-lo e conduzi-lo ao sucesso. 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL - SEMEC-PA 2020 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1. Compreensão e interpretação de texto ...................................................................................................... 2 
2. Tipologia e gêneros textuais ....................................................................................................................... 11 
3. Figuras de linguagem .................................................................................................................................. 16 
4. Significação de palavras e expressões...................................................................................................... 18 
5. Relações de sinonímia e de antonímia ...................................................................................................... 23 
6. Ortografia ...................................................................................................................................................... 24 
7. Acentuação gráfica ...................................................................................................................................... 31 
8. Uso da crase ................................................................................................................................................. 34 
9. Fonética e Fonologia: .................................................................................................................................. 37 
Som e fonema .................................................................................................................................................... 37 
Encontros vocálicos e consonantais .................................................................................................................. 38 
Dígrafos ............................................................................................................................................................. 40 
10. Morfologia: ................................................................................................................................................. 41 
Classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto ............................................................. 41 
11. Locuções verbais (perífrases verbais) ..................................................................................................... 42 
12. Funções do “que” e do “se” ..................................................................................................................... 44 
13. Formação de palavras ............................................................................................................................... 46 
14. Elementos de comunicação ...................................................................................................................... 47 
15. Sintaxe: ....................................................................................................................................................... 49 
Relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período 
composto por coordenação e subordinação) ..................................................................................................... 49 
16. Concordância verbal e nominal ................................................................................................................ 51 
17. Regência verbal e nominal ........................................................................................................................ 54 
18. Colocação pronominal .............................................................................................................................. 59 
19. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto ..................................................................... 61 
20. Elementos de coesão ................................................................................................................................ 66 
21. Função textual dos vocábulos .................................................................................................................. 69 
22. Variação linguística ................................................................................................................................... 71 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
Há duas operações diferentes no 
entendimento de um texto. A primeira é a 
apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do 
texto. No entanto, ela não é suficiente para 
entender o sentido integral. Uma pessoa que 
conhecesse todas as palavras do texto, mas não 
conhecesse o universo dos discursos, não 
entenderia o significado do mesmo. Por isso, é 
preciso colocar o texto dentro do universo 
discursivo a que ele pertence e no interior do qual 
ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas 
chamaremos essa operação de compreensão. 
E assim teremos: 
Apreensão + Compreensão = 
Entendimento do texto 
Para ler e entender um texto é preciso 
atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a 
informativa e a segunda à de reconhecimento. A 
primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se 
informações e se preparando para a leitura 
interpretativa. Durante a interpretação grife 
palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de 
cada parágrafo. 
A última fase de interpretação 
concentra-se nas perguntas e opções de respostas. 
Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na 
escolha adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser 
perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior 
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve 
apresentar ideias seletas e organizadas, através 
dos parágrafos que é composto pela ideia central, 
argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusãodo texto. 
A alusão histórica serve para dividir o 
texto em pontos menores, tendo em vista os 
diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é 
indicado através da mudança de linha e um 
espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do 
parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central 
extraída de maneira clara e resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de 
cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos 
levará à compreensão do texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de 
produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com 
muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por 
isso se faz necessária a compressão da coesão e 
coerência. 
Coesão 
É a amarração entre as várias partes do 
texto. Os principais elementos de coesão são os 
conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem 
conexão entre palavras ou partes de uma frase. O 
texto deve ser organizado por nexos adequados, com 
sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. 
Para perceber a falta de coesão, a melhor 
atitude é ler atentamente o seu texto, procurando 
estabelecer as possíveis relações entre palavras que 
formam a oração e as orações que formam o período 
e, finalmente, entre os vários períodos que formam o 
texto. 
Um texto bem trabalhado sintática e 
semanticamente resulta num 
texto coeso. 
Coerência 
A coerência está diretamente ligada à 
possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, 
ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido 
para quem lê. Na avaliação da coerência será levado 
em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, 
será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair 
deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, 
será avaliada sua capacidade de construir 
personagens e de relacionar ações e motivações. 
Tipos de Composição: 
Narrar é contar uma história. A Narração 
é uma sequência de ações que se desenrolam na 
linha do tempo, umas após outras. Toda ação 
pressupõe a existência de um personagem ou 
actante que a prática em determinado momento e em 
determinado lugar, por isso temos quatro dos seis 
componentes fundamentais de que um emissor ou 
narrador se serve para criar um ato narrativo: 
personagem, ação, espaço e tempo em 
desenvolvimento. Os outros dois componentes da 
narrativa são: narrador e enredo ou trama. 
Descrever é pintar um quadro, retratar 
um objeto, um personagem, um ambiente. O ato 
descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por 
não se preocupar com a sequência das ações, com a 
sucessão dos momentos, com o desenrolar do 
tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um 
ou vários personagens, uma ou várias ações, em um 
determinado momento, em um mesmo instante e em 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 
uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de 
um instante. 
A descrição pode ser estática ou 
dinâmica. 
A descrição estática não envolve ação. 
Exemplos: "Uma velha gorda e suja." 
"Árvore seca de galhos grossos e 
retorcidos." 
A descrição dinâmica apresenta um 
conjunto de ações concomitantes, isto é, um 
conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo 
tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir 
do momento em que o operador para as máquinas 
projetoras, todas as ações que se veem na tela 
estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão 
compondo uma descrição dinâmica. Descrição 
porque todas as ações acontecem ao mesmo 
tempo, dinâmica porque inclui ações. 
Dissertar diz respeito ao 
desenvolvimento de ideias, de juízos, de 
pensamentos. 
Exemplos: 
"As circunstâncias externas determinam 
rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o 
homem..." 
"Nem a vontade, nem a razão podem 
agir independentemente de seu condicionamento 
passado." 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
A leitura é o meio mais importante para 
chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos 
aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre 
algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e 
ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, 
seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. 
É preciso, para uma boa leitura, 
exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de 
investigar as palavras… Para isso, devemos 
entender, primeiro, algumas definições importantes. 
É muito comum, entre os candidatos a 
um cargo público, a preocupação com a 
interpretação de textos. Isso acontece porque lhes 
faltam informações específicas a respeito desta 
tarefa constante em provas relacionadas a 
concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que 
poderão ajudar no momento de responder às 
questões relacionadas a textos. 
Texto – é um conjunto de ideias 
organizadas e relacionadas entre si, formando um 
todo significativo capaz de produzir interação 
comunicativa (capacidade de codificar e 
decodificar). 
Contexto – um texto é constituído por 
diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa 
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou 
com a posterior, criando condições para a 
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o 
relacionamento entre as frases é tão grande que, se 
uma frase for retirada de seu contexto original e 
analisada separadamente, poderá ter um significado 
diferente daquele inicial. 
Intertexto - comumente, os textos 
apresentam referências diretas ou indiretas a outros 
autores através de citações. Esse tipo de recurso 
denomina-se intertexto. 
Interpretação de texto - o primeiro 
objetivo de uma interpretação de um texto é a 
identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
Normalmente, numa prova, o candidato é 
convidado a: 
1. Identificar – é reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um 
processo, de uma época (neste caso, procuram-se os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. Comparar – é descobrir as relações de 
semelhança ou de diferenças entre as situações do 
texto. 
3. Comentar - é relacionar o conteúdo 
apresentado com uma realidade, opinando a 
respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias 
centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com 
outras palavras. 
Condições básicas para interpretar 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico–literário 
(escolas e gêneros literários, estrutura do texto), 
leitura e prática; 
b) Conhecimento gramatical, estilístico 
(qualidades do texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado 
das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
c) Capacidade de observação e de 
síntese e d) Capacidade de raciocínio. 
Interpretar X compreender 
Interpretar significa: 
- explicar, comentar, julgar, tirar 
conclusões, deduzir. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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- Através do texto, infere-se que... 
- É possível deduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afirmar 
que... 
Compreender significa: 
- intelecção, entendimento, atenção ao 
que realmente está escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou 
errada a afirmação... 
- o narrador afirma... 
Erros de interpretação 
É muito comum, mais do que se 
imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os 
mais frequentessão: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, 
acrescentado ideias que não estão no texto, quer 
por conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação. 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se 
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser 
insuficiente para o total do entendimento do tema 
desenvolvido. 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, 
errando a questão. 
Observação - Muitos pensam que há a 
ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que 
existam, mas numa prova de concurso, o que deve 
ser levado em consideração é o que o autor diz e 
nada mais. 
Coesão - é o emprego de mecanismo de 
sintaxe que relacionam palavras, orações, frases 
e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a 
coesão dá-se quando, através de um pronome 
relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome 
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que 
se vai dizer e o que já foi dito. 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros 
de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau 
uso do pronome relativo e do pronome oblíquo 
átono. Este depende da regência do verbo; aquele 
do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada 
um, valor semântico, por isso a necessidade de 
adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito 
importantes na interpretação de texto, pois seu uso 
incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se 
levar em consideração que existe um pronome 
relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer 
antecedente, mas depende 
das condições da frase. 
qual (neutro) idem ao anterior. 
quem (pessoa) 
cujo (posse) - antes dele aparece o 
possuidor e depois o objeto 
possuído. 
como (modo) 
onde (lugar) 
quando (tempo) 
quanto (montante) 
exemplo: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do 
QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). 
Dicas para melhorar a interpretação de 
textos: 
Para interpretar bem 
Todos têm dificuldades com interpretação 
de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. 
Importante é enfrentar o problema e, com segurança, 
progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os 
itens abaixo. 
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia 
de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, 
listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo 
o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, 
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal 
é “ler por ler”, para se livrar. 
2) Aumente o seu vocabulário. Os 
dicionários são amigos que precisamos consultar. 
Faça exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte 
o nosso Redação para Concursos, que tem uma 
seção dedicada a isso.) 
3) Não se deixe levar pela primeira 
impressão. Há textos que metem medo. Na 
realidade, eles nos oferecem um mundo de 
informações que nos fornecerão grande prazer 
interior. Abra sua mente e seu coração para o que o 
texto lhe transmite, na qualidade de um amigo 
silencioso. 
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o 
texto duas ou três vezes, atentamente, antes de 
tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 
preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um 
todo, e isso não pode ser alcançado com uma 
simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. 
A cada leitura, novas ideias serão assimiladas. 
Tenha a paciência necessária para agir assim. Só 
depois tente resolver as questões propostas. 
5) As questões de interpretação podem 
ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um 
determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às 
ideias gerais do texto. No primeiro caso, leia não 
apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas 
todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: 
quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo 
é uma questão de costume, e você vai acostumar-
se a agir dessa forma. Então - acredite nisso - 
alcançará seu objetivo. 
6) Há questões que pedem 
conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode 
aludir a uma determinada personalidade da história 
ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou 
candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela 
tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o 
hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar 
atualizado, lendo jornais e revistas especializadas. 
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
exercícios de Interpretação de texto II 
Leia o texto para responder às próximas 3 
questões. 
Sobre os perigos da leitura 
Nos tempos em que eu era professor da 
Unicamp, fui designado presidente da comissão 
encarregada da seleção dos candidatos ao 
doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse 
entra, esse não entra é uma responsabilidade 
dolorida da qual não se sai sem sentimentos de 
culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir 
sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas 
não havia alternativas. Essa era a regra. Os 
candidatos amontoavam-se no corredor recordando 
o que haviam lido da imensa lista de livros cuja 
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei 
brilhante. Combinei com os meus colegas que 
faríamos a todos os candidatos uma única 
pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o 
candidato entrava trêmulo e se esforçando por 
parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais 
deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você 
gostaria de falar!”. [...] 
A reação dos candidatos, no entanto, não 
foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi 
como se esse campo, aquilo sobre o que eles 
gostariam de falar, lhes fosse totalmente 
desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os 
pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles 
haviam sido treinados durante toda a sua carreira 
escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os 
próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido 
ensinado! 
Na verdade, nunca lhes havia passado pela 
cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo 
que estavam pensando. Nunca lhes havia passado 
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser 
importantes. 
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. 
Adaptado) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 21 - De acordo 
com o texto, os candidatos 
(A) não tinham assimilado suas leituras. 
(B) só conheciam o pensamento alheio. 
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes. 
(D) tinham perfeito autocontrole. 
(E) ficavam em fila, esperando a vez. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 22 - O autor 
entende que os candidatos deveriam 
(A) ter opiniões próprias. 
(B) ler os textos requeridos. 
(C) não ter treinamento escolar. 
(D) refletir sobre o vazio. 
(E) ter mais equilíbrio. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 23 - A expressão 
“um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-se a 
(A) candidatos. 
(B) pânico. 
(C) eles. 
(D) reação. 
(E) esse campo. 
Leia o texto para responder às próximas 3 
questões. 
No fim da década de 90, atormentado pelos 
chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine 
resolveu fazer um levantamento em grandes cidades 
de 31 países para descobrir como diferentes culturas 
lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que 
os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – 
do ponto de vista temporal, bem entendido – do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as 
pessoas percorrem determinada distância a pé no 
centro da cidade, o número de relógios corretamente 
ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros 
pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No 
ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O 
país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais 
pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a 
administração do tempo aos traços culturais de um 
país. “NosEstados Unidos, por exemplo, a ideia de 
que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os 
brasileiros, em comparação, dão mais importância às 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 
relações sociais e são mais dispostos a perdoar 
atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas 
com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria 
considera aceitável que um convidado chegue mais 
de duas horas depois do combinado a uma festa de 
aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros 
são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser 
pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode 
confiar no transporte público? 
(Veja, 02.12.2009) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 24 - De acordo 
com o texto, os brasileiros são piores do que outros 
povos em 
(A) eficiência de correios e andar a pé. 
(B) ajuste de relógios e andar a pé. 
(C) marcar compromissos fora de hora. 
(D) criar desculpas para atrasos. 
(E) dar satisfações por atrasos. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 25 - Pondo foco 
no processo de coesão textual do 2.º parágrafo, 
pode-se concluir que Levine é um 
(A) jornalista. 
(B) economista. 
(C) cronometrista. 
(D) ensaísta. 
(E) psicólogo. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 26 - A 
expressão chá de cadeira, no texto, tem o 
significado de 
(A) bebida feita com derivado de pinho. 
(B) ausência de convite para dançar. 
(C) longa espera para conseguir assento. 
(D) ficar sentado esperando o chá. 
(E) longa espera em diferentes situações. 
Leia o texto para responder às próximas 4 
questões. 
 
Zelosa com sua imagem, a empresa 
multinacional Gillette retirou a bola da mão, em uma 
das suas publicidades, do atacante francês Thierry 
Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem 
um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A 
jogada previne os efeitos desastrosos para vendas 
de seus produtos, depois que o jogador trapaceou, 
tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar 
no gol que classificou a França para a Copa do 
Mundo de 2010. (...) 
Na França, onde 8 em cada dez franceses 
reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a 
mão no bolso. Os publicitários franceses acham que 
o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o 
rompimento do contrato. O serviço de comunicação 
da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, 
diz que não. 
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo 
fosse refeito, que a trapaça não tivesse acontecido. 
Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, 
sua publicidade. 
Segundo lista da revista Forbes, Thierry 
Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra 
com a publicidade – seus contratos somam 28 
milhões de dólares anuais. (...) 
(Veja, 02.11.2009. Adaptado) 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 27 - A palavra 
jogada, em – A jogada previne os efeitos desastrosos 
para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de 
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a 
mão para o gol da França. 
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do 
futebolista francês. 
(C) a Gillete não concordar com que a França 
dispute a Copa do Mundo. 
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de 
dólares anuais com a propaganda. 
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(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que 
a França se classificou. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 28 - A 
expressão o gato subiu no telhado é parte de uma 
conhecida anedota em que uma mulher, depois de 
contar abruptamente ao marido que seu gato tinha 
morrido, é advertida de que deveria ter dito isso aos 
poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no 
telhado, depois, que tinha caído e, depois, que tinha 
morrido. No texto em questão, a expressão pode 
ser interpretada da seguinte maneira: 
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry 
assegurou a classificação da França. 
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter 
agido com má fé. 
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato 
com o jogador francês. 
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude 
antiesportiva de Thierry Henry. 
(E) a situação de Thierry, como garoto-
propaganda da Gillette, ficou instável. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 29 - A 
expressão diz que não, no final do 2.º parágrafo, 
significa que 
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento 
do contrato. 
(B) o jogo em que a França se classificou 
deve ser refeito. 
(C) a repercussão na França foi bastaPnte 
negativa. 
(D) a Procter & Gamble é proprietária da 
Gillette. 
(E) os publicitários franceses se opõem a 
Thierry. 
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 30 - Segundo a 
revista Forbes, 
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro 
daqui para frente. 
(B) há três jogadores que faturam mais que 
Thierry em publicidade. 
(C) o jogador francês possui contratos 
publicitários milionários. 
(D) o ganho de Thierry, somado à 
publicidade, ultrapassa 28 milhões. 
(E) é um absurdo o que o jogador ganha 
com o futebol e a publicidade. 
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto 
abaixo. 
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista 
The Atlantic, o polêmico artigo "Estará o Google 
nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da 
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre 
os mais lidos de seu website. O autor nos brinda 
agora com The Shallows: What the internet is 
doing with our brains, um livro instrutivo e 
provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor 
tradição dos livros de disseminação científica. 
Novas tecnologias costumam provocar 
incerteza e medo. As reações mais estridentes nem 
sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, 
no caso da internet, os verdadeiros fundamentos 
científicos deveriam, sim, provocar reações muito 
estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos 
científicos sobre o funcionamento do cérebro 
humano. Conclui que a internet está provocando 
danos em partes do cérebro que constituem a base 
do que entendemos como inteligência, além de nos 
tornar menos sensíveis a sentimentos como 
compaixão e piedade. 
O frenesi hipertextual da internet, com seus 
múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa 
habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos 
textos e imagens, traçando um caminho errático 
pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se 
dá à custa da perda da capacidade de alimentar 
nossa memória de longa duração e estabelecer 
raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a 
dificuldade que muitos de nós, depois de anos de 
exposição à internet, agora experimentam diante de 
textos mais longos e elaborados: as sensações de 
impaciência e de sonolência, com base em estudos 
científicos sobre o impacto da internet no cérebro 
humano. Segundo o autor, quando navegamos na 
rede, "entramos em um ambiente que promove uma 
leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado 
superficial." 
A internet converteu-se em uma ferramenta 
poderosa para a transformação do nosso cérebro e, 
quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga 
gigantesca de informações, imersos no mundo 
virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se 
trata apenas de pequenas alterações, mas de 
mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa 
dispersão da atenção vem à custa da capacidade de 
concentração e de reflexão. 
(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de 
outubro de 2010, p. 72, com adaptações) 
(MP/RS – 2010 – FCC) 31 - O assunto do 
texto está corretamente resumido em: 
(A) O uso da internet deveria motivar reações 
contrárias de inúmeros especialistas, a exemplo de 
Nicholas Carr, que procura descobrir as conexões 
entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o 
funcionamento do cérebro. 
(B) O mundo virtual oferecido pela internet 
propicia o desenvolvimento de diversas capacidades 
cerebraisem todos aqueles que se dedicam a essa 
navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em 
termos científicos. 
(C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente 
da internet produz alterações no funcionamento do 
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cérebro, pois estimula leituras superficiais e 
distraídas, comprometendo a formulação de 
raciocínios mais sofisticados. 
(D) Usar a internet estimula funções 
cerebrais, pelas facilidades de percepção e de 
domínio de assuntos diversificados e de formatos 
diferenciados de textos, que permitem uma leitura 
dinâmica e de acordo com o interesse do usuário. 
(E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser 
publicado, desperta a curiosidade do leitor pelo 
tratamento ficcional que seu autor aplica a 
situações concretas do funcionamento do cérebro, 
trazidas pelo uso disseminado da internet. 
(MP/RS – 2010 – FCC) 32 - Curiosamente, 
no caso da internet, os verdadeiros fundamentos 
científicos deveriam, sim, provocar reações muito 
estridentes. O autor, para embasar a opinião 
exposta no 2o parágrafo, 
(A) se vale da enorme projeção conferida 
ao pesquisador antes citado, ironicamente oferecida 
pela própria internet, em seu website. 
(B) apoia-se nas conclusões de Nicholas 
Carr, baseadas em dezenas de estudos científicos 
sobre o funcionamento do cérebro humano. 
(C) condena, desde o início, as novas 
tecnologias, cujo uso indiscriminado vem 
provocando danos em partes do cérebro. 
(D) considera, como base inicial de 
constatação a respeito do uso da internet, que ela 
nos torna menos sensíveis a sentimentos como 
compaixão e piedade. 
(E) questiona a ausência de fundamentos 
científicos que, no caso da internet, [...] deveriam, 
sim, provocar reações muito estridentes. 
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto 
abaixo. 
Também nas cidades de porte médio, 
localizadas nas vizinhanças das regiões 
metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as 
pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro 
para seus deslocamentos diários, como mostram 
dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em 
consequência, congestionamentos, acidentes, 
poluição e altos custos de manutenção da malha 
viária passaram a fazer parte da lista dos principais 
problemas desses municípios. 
Cidades menores, com custo de vida 
menos elevado que o das capitais, baixo índice de 
desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram 
suas frotas aumentadas em progressão geométrica 
nos últimos anos. A facilidade de crédito e a 
isenção de impostos são alguns dos elementos que 
têm colaborado para a realização do sonho de ter 
um carro. E os brasileiros desses municípios 
passaram a utilizar seus carros até para percorrer 
curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em 
congestionamentos e apesar dos alertas das 
autoridades sobre os danos provocados ao meio 
ambiente pelo aumento da frota. 
Além disso, carro continua a ser sinônimo de 
status para milhões de brasileiros de todas as 
regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em 
segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo 
o país, um crescimento de 66% nos últimos nove 
anos. Não por acaso oito Estados já registram mais 
mortes por acidentes no trânsito do que por 
homicídios. 
(O Estado de S. Paulo, Notas e 
Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com 
adaptações) 
(MP/RS – 2010 – FCC) 33 - Não por acaso 
oito Estados já registram mais mortes por acidentes 
no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final 
do texto surge como 
(A) constatação baseada no fato de que os 
brasileiros desejam possuir um carro, mas perdem 
muito tempo em congestionamentos. 
(B) observação irônica quanto aos problemas 
decorrentes do aumento na utilização de carros, com 
danos provocados ao meio ambiente. 
(C) comprovação de que a compra de um 
carro é sinônimo de status e, por isso, constitui o 
maior sonho de consumo do brasileiro. 
(D) hipótese de que a vida nas cidades 
menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros 
desses municípios passaram a utilizar seus carros 
até para percorrer curtas distâncias. 
(E) conclusão coerente com todo o 
desenvolvimento, a partir de um título que poderia 
ser: Carro, problema que se agrava. 
(MP/RS – 2010 – FCC) 34 - As ideias mais 
importantes contidas no 2o parágrafo constam, com 
lógica e correção, de: 
(A) A facilidade de crédito e a isenção de 
impostos são alguns elementos que tem colaborado 
para a realização do sonho de ter um carro nas 
cidades menores, e os brasileiros desses municípios 
passaram a utilizar seus carros para percorrer curtas 
distâncias, além dos congestionamentos e dos 
alertas das autoridades sobre os danos provocados 
ao meio ambiente pelo aumento da frota. 
(B) Cidades menores tiveram suas frotas 
aumentadas em progressão geométrica nos últimos 
anos em razão da facilidade de crédito e da isenção 
de impostos, elementos que têm colaborado para a 
aquisição de carros que passaram a ser utilizados até 
mesmo para percorrer curtas distâncias, apesar dos 
congestionamentos e dos alertas das autoridades 
sobre os danos provocados ao meio ambiente. 
(C) O menor custo de vida em cidades 
menores, com baixo índice de desemprego e poder 
aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em 
progressão geométrica nos últimos anos, com a 
facilidade de crédito e a isenção de impostos, que 
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são alguns dos elementos que têm colaborado para 
a realização do sonho dos brasileiros de ter um 
carro. 
(D) É nas cidades menores, com custo de 
vida menos elevado que o das capitais, baixo índice 
de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que 
tiveram suas frotas aumentadas em progressão 
geométrica nos últimos anos pela facilidade de 
crédito e a isenção de impostos são alguns dos 
elementos que tem colaborado para a realização do 
sonho de ter um carro. 
(E) Os brasileiros de cidades menores 
passaram até a percorrer curtas distâncias com 
seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção 
de impostos, que são elementos que têm 
colaborado para a realização do sonho de tê-los, e 
com custo de vida menos elevado que o das 
capitais, baixo índice de desemprego e poder 
aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas 
aumentadas em progressão geométrica nos últimos 
anos. 
Leia o texto para responder às próximas 4 
questões. 
Os eletrônicos “verdes” 
Vai bem a convivência entre a indústria de 
eletrônica e aquilo que é politicamente correto na 
área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que 
a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo 
feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama 
W233 Eco e é também o primeiro telefone com 
certificado Carbon Free, que prevê a compensação 
do carbono emitido na fabricação e distribuição de 
um produto. Se um celular pode ser feito de 
garrafas, por que não se produz um laptop a partir 
do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a 
fabricante taiwanesa Asus: trata-se do Eco Book 
que exibe revestimento de tiras dessa planta. 
Computadores “limpos” fazem uma importante 
diferença no efeito estufa e para se ter uma noção 
do impacto de sua produção e utilização basta olhar 
o resultado de uma pesquisa da empresa 
americana de consultoria Gartner Group. Ela revela 
que a área de TI (tecnologia da informação) já é 
responsável por 2% de todas as emissões de 
dióxido de carbono na atmosfera. 
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo 
realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do 
Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá 
adotar mais máquinas com o mesmo consumo de 
energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. 
Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da 
Comunidade do Valedo Silício, acredita que as 
tecnologias “verdes” também conquistarão espaço 
pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao 
consumidor ter-se uma imagem de empresa 
sustentável. 
O estudo da Comunidade chegou às mãos 
do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-
se às propostas do “ecologicamente correto” – ele 
era duramente criticado porque dava aval à utilização 
de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, 
na produção de seus iPods e laptops. Preocupado 
em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do 
Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo 
reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à 
sofisticação de criar uma impressora que, em vez de 
tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo 
de impressão. Basta que se coloque a folha de papel 
no local indicado e se despeje a borra de café no 
cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e 
sua energia provém de ação mecânica transformada 
em energia elétrica a partir de um gerador. Se 
pensarmos em quantos cafezinhos são tomados 
diariamente em grandes empresas, dá para 
satisfazer perfeitamente a demanda da impressora. 
(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. 
Adaptado) 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 35 - Leia o 
trecho: Vai bem a convivência entre a indústria de 
eletrônica e aquilo que é politicamente correto na 
área ambiental. É correto afirmar que a frase inicial 
do texto pode ser interpretada como 
(A) a união das empresas Motorola e RITI 
Coffee Printer para criar um novo celular com fibra de 
bambu. 
(B) a criação de um equipamento eletrônico 
com estrutura de vidro que evita a emissão de 
dióxido de carbono na atmosfera. 
(C) o aumento na venda de celulares feitos 
com CarbonFree, depois que as empresas nacionais 
se uniram à fabricante taiwanesa. 
(D) o compromisso firmado entre a empresa 
Apple e consultoria Gartner Group para criar 
celulares sem o uso de carbono. 
(E) a preocupação de algumas empresas em 
criarem aparelhos eletrônicos que não agridam o 
meio ambiente. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 36 - Em – 
Computadores “limpos” fazem uma importante 
diferença no efeito estufa... – a expressão entre 
aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no 
texto, por: 
(A) com material reciclado. 
(B) feitos com garrafas plásticas. 
(C) com arquivos de bambu. 
(D) feitos com materiais retirados da 
natureza. 
(E) com teclado feito de alumínio. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 37 - A partir 
da leitura do texto, pode-se concluir que 
(A) as pesquisas na área de TI ainda estão 
em fase inicial. 
(B) os consumidores de eletrônicos não se 
preocupam com o material com que são feitos. 
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(C) atualmente, a indústria de eletrônicos 
leva em conta o efeito estufa. 
(D) os laptops feitos com fibra de bambu 
têm maior durabilidade. 
(E) equipamentos ecologicamente corretos 
não têm um mercado de vendas assegurado. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 38 - O 
presidente da Apple, Steve Jobs, 
(A) preocupa-se com o carbono emitido na 
fabricação de produtos eletrônicos. 
(B) pesquisa acerca do uso de bambu em 
teclados de laptops. 
(C) descobriu que impressoras cujos 
cartuchos são de borra de chá não duram muito. 
(D) responsabiliza a fabricação de celulares 
pelas emissões de dióxido de carbono no meio 
ambiente. 
(E) está de acordo com outras empresas a 
favor do uso de materiais recicláveis em 
eletrônicos. 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 39 - No 
texto, o estudo realizado pela Comunidade do Vale 
do Silício 
(A) é o primeiro passo para a implantação 
de laptops feitos com tiras de bambu. 
(B) contribuirá para que haja mais lucro nas 
empresas, com redução de custos. 
(C) ainda está pesquisando acerca do uso 
de mercúrio em eletrônicos. 
(D) será decisivo para evitar o efeito estufa 
na atmosfera. 
(E) permite a criação de uma impressora 
que funciona com energia mecânica. 
Leia o texto para responder à questão a 
seguir. 
Quanto veneno tem nossa comida? 
Desde que os pesticidas sintéticos 
começaram a ser produzidos em larga escala, na 
década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a 
saúde humana. No campo, em contato direto com 
agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais 
apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o 
risco de gente que apenas consome os alimentos, 
cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, 
alimentados com doses altas desses venenos. A 
partir do resultado desses testes e da análise de 
alimentos in natura (para determinar o grau de 
resíduos do pesticida na comida), a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece 
os valores máximos de uso dos agrotóxicos para 
cada cultura. Esses valores têm sido 
desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. 
Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros 
têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam 
estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão 
prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os 
limites que o corpo humano aguenta. O maior 
problema é que eles se somam – ninguém come 
apenas um tipo de alimento. 
(Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010) 
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 40 - Com a 
leitura do texto, pode-se afirmar que 
(A) segundo testes feitos em animais, os 
agrotóxicos causam intoxicações. 
(B) a produção em larga escala de pesticidas 
sintéticos tem ocasionado doenças incuráveis. 
(C) as pessoas que ingerem resíduos de 
agrotóxicos são mais propensas a terem doenças de 
estômago. 
(D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos 
podem causar danos ao organismo. 
(E) os cientistas descobriram que os 
alimentos in natura têm menos resíduos de 
agrotóxicos. 
GABARITO 
21 – B 
22 – A 
23 – E 
24 – B 
25 – E 
26 – E 
27 – B 
28 – E 
29 – A 
30 – C 
31 – C 
32 – B 
33 – E 
34 – B 
35 – E 
36 – A 
37 – C 
38 – E 
39 – B 
40 - D 
 
 
 
 
 
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TIPOLOGIA TEXTUAL 
Narração 
Modalidade em que se conta um fato, 
fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo 
e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se 
a objetos do mundo real. Há uma relação de 
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal 
predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde as que nos contam histórias 
infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo 
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, 
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 
Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por 
escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um 
objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa 
produção é o adjetivo, pela sua função 
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, 
pode-se até descrever sensações ou sentimentos. 
Não há relação de anterioridade e posterioridade. 
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto 
descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto 
ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo 
textual que se agrega facilmente aos outros tipos 
em diversos gêneros textuais. Tem predominância 
em gêneros como: cardápio, folheto turístico, 
anúncio classificado, etc. 
Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou 
explicar um assunto, discorrer sobre ele. 
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter 
expositivo ou argumentativo. 
Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e 
legitimado, ou um saber teórico. Apresenta 
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica 
e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo 
apenas expõe ideias sobre um determinado 
assunto. A intenção é informar, esclarecer. 
Ex: aula, resumo, textos científicos, 
enciclopédia, textos expositivos de revistas e 
jornais, etc.Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a 
defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O 
texto, além de explicar, também persuade o 
interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. 
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. 
Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo 
predominante em: sermão, ensaio, monografia, 
dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, 
editorial de jornais e revistas. 
 
Injunção/Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza 
linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua 
maioria, empregados no modo imperativo, porém 
nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro 
do presente do modo indicativo. 
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais 
e instruções para montagem ou uso de aparelhos e 
instrumentos; textos com regras de comportamento; 
textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); 
receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
 OBS: Os tipos listados acima são um 
consenso entre os gramáticos. Muitos consideram 
também que o tipo Predição possui características 
suficientes para ser definido como tipo textual, e 
alguns outros possuem o mesmo entendimento para 
o tipo Dialogal. 
 Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o 
interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está 
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: 
previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os 
interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: 
entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 Os Gêneros textuais são as estruturas com 
que se compõem os textos, sejam eles orais ou 
escritos. Essas estruturas são socialmente 
reconhecidas, pois se mantêm sempre muito 
parecidas, com características comuns, procuram 
atingir intenções comunicativas semelhantes e 
ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que 
se tratam das variadas formas de linguagem que 
circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou 
informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, 
podendo então, ser identificado e diferenciado dos 
demais através de suas características. 
Exemplos: 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou 
"carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se 
escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata 
de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos 
ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais 
comum. 
Propaganda: é um gênero textual 
dissertativo-expositivo onde há a o intuito de 
propagar informações sobre algo, buscando sempre 
atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria 
das vezes, mensagens que despertam as emoções e 
a sensibilidade do mesmo. 
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Bula de remédio: é um gênero textual 
descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que 
tem por obrigação fornecer as informações 
necessárias para o correto uso do medicamento. 
Receita: é um gênero textual descritivo e 
injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula 
para preparar tal comida, descrevendo os 
ingredientes e o preparo destes, além disso, com 
verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, 
para que o leitor siga corretamente as instruções. 
 Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste 
num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, 
passo a passo e de maneira simplificada, como 
fazer algo. 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-
argumentativo que expressa o posicionamento da 
empresa sobre determinado assunto, sem a 
obrigação da presença da objetividade. 
Notícia: podemos perfeitamente identificar 
características narrativas, o fato ocorrido que se 
deu em um determinado momento e em um 
determinado lugar, envolvendo determinadas 
personagens. Características do lugar, bem como 
dos personagens envolvidos são, muitas vezes, 
minuciosamente descritos. 
Reportagem: é um gênero textual 
jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os 
fatos ao leitor de uma maneira clara, com 
linguagem direta. 
Entrevista: é um gênero textual 
fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o 
entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter 
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum 
outro assunto. Geralmente envolve também 
aspectos dissertativo-expositivos, especialmente 
quando se trata de entrevista a imprensa ou 
entrevista jornalística. Mas pode também envolver 
aspectos narrativos, como na entrevista de 
emprego, ou aspectos descritivos, como na 
entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero 
narrativo que consiste em enredos contados em 
pequenos quadros através de diálogos diretos entre 
seus personagens, gerando uma espécie de 
conversação. 
Charge: é um gênero textual narrativo onde 
se faz uma espécie de ilustração cômica, através 
de caricaturas, com o objetivo de realizar uma 
sátira, crítica ou comentário sobre algum 
acontecimento atual, em sua grande maioria. 
 Poema: trabalho elaborado e estruturado 
em versos. Além dos versos, pode ser estruturado 
em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer 
parte de sua composição. Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, 
epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a 
presença de aspectos narrativos e descritivos são 
mais frequentes neste gênero. 
 Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir 
emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo 
o que toca e comove pode ser considerado como 
poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser 
assim considerados). Um subgênero é a prosa 
poética, marcada pela tipologia dialogal. 
 Gêneros literários: 
· Gênero Narrativo: 
Na Antiguidade Clássica, os padrões 
literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico 
e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero 
épico passou a ser considerado apenas uma variante 
do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de 
concepções de prosa com características diferentes: 
o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. 
Porém, praticamente todas as obras narrativas 
possuem elementos estruturais e estilísticos em 
comum e devem responder a questionamentos, 
como: quem? o que? quando? onde? por quê? 
Vejamos a seguir: 
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são 
geralmente longos e narram histórias de um povo ou 
de uma nação, envolvem aventuras, guerras, 
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente 
apresentam um tom de exaltação, isto é, de 
valorização de seus heróis e seus feitos. Dois 
exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e 
Odisseia, de Homero. 
Romance: é um texto completo, com tempo, 
espaço e personagens bem definidos e de caráter 
mais verossímil. Também conta as façanhas de um 
herói, mas principalmente uma história de amor 
vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” 
para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o 
casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, 
pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. 
É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. 
Ex: Tristão e Isolda. 
Novela: é um texto caracterizado por ser 
intermediário entre a longevidade do romance e a 
brevidade do conto. Como exemplos de novelas, 
podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado 
de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 
Conto: é um texto narrativo breve, e de 
ficção, geralmente em prosa, que conta situações 
rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia 
parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a 
reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de 
Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto 
surgiram na tipologia textual narrativa: conto de 
fadas,que envolve personagens do mundo da 
fantasia; contos de aventura, que envolvem 
personagens em um contexto mais próximo da 
realidade; contos folclóricos (conto popular); contos 
de terror ou assombração, que se desenrolam em um 
contexto sombrio e objetivam causar medo no 
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expectador; contos de mistério, que envolvem o 
suspense e a solução de um mistério. 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que 
busca ser inverossímil. As personagens principais 
são não humanos e a finalidade é transmitir alguma 
lição de moral. 
Crônica: é uma narrativa informal, breve, 
ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. 
Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica 
indireta, especialmente, quando aparece em seção 
ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. 
 Crônica narrativo-descritiva: Apresenta 
alternância entre os momentos narrativos e 
manifestos descritivos. 
Ensaio: é um texto literário breve, situado 
entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas 
e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo 
tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista 
pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, 
filosófico, político, social, cultural, moral, 
comportamental, etc.), sem que se paute em 
formalidades como documentos ou provas 
empíricas ou dedutivas de caráter científico. 
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José 
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John 
Locke. 
· Gênero Dramático: 
Trata-se do texto escrito para ser encenado 
no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador 
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou 
seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas. 
Tragédia: é a representação de um fato 
trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. 
Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma 
representação duma ação grave, de alguma 
extensão e completa, em linguagem figurada, com 
atores agindo, não narrando, inspirando dó e 
terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. 
Farsa: é uma pequena peça teatral, de 
caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade 
e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo 
castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A 
farsa consiste no exagero do cômico, graças ao 
emprego de processos grosseiros, como o absurdo, 
as incongruências, os equívocos, os enganos, a 
caricatura, o humor primário, as situações ridículas. 
Comédia: é a representação de um fato 
inspirado na vida e no sentimento comum, de riso 
fácil. Sua origem grega está ligada às festas 
populares. 
Tragicomédia: modalidade em que se 
misturam elementos trágicos e cômicos. 
Originalmente, significava a mistura do real com o 
imaginário. 
Poesia de cordel: texto tipicamente 
brasileiro em que se retrata, com forte apelo 
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da 
sociedade e da realidade vivida por este povo. 
· Gênero Lírico: 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a 
voz que fala no poema e que nem sempre 
corresponde à do autor) exprime suas emoções, 
ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª 
pessoa e há o predomínio da função emotiva da 
linguagem. 
Elegia: é um texto de exaltação à morte de 
alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto 
máximo do texto. O emissor expressa tristeza, 
saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um 
poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan 
e yufa, de william shakespeare. 
Epitalâmia: é um texto relativo às noites 
nupciais líricas, ou seja, noites românticas com 
poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é 
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o 
emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus 
símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a 
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma 
ode com acompanhamento musical; 
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o 
emissor expressa uma homenagem à natureza, às 
belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o 
poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de 
desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da 
amada (pastora), que enriquece ainda mais a 
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um 
idílio com diálogos (muito rara); 
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz 
uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou 
irônico. 
Acalanto: ou canção de ninar; 
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = 
linha), composição lírica na qual as letras iniciais de 
cada verso formam uma palavra ou frase; 
Balada: uma das mais primitivas 
manifestações poéticas, são cantigas de amigo 
(elegias) com ritmo característico e refrão vocal que 
se destinam à dança; 
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com 
acompanhamento musical; 
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos 
persas e árabes; odes do oriente médio; 
Haicai: expressão japonesa que significa 
“versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês 
formado de três versos que somam 17 sílabas assim 
distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 
3° verso 5 sílabas; 
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, 
dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima 
geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. 
Vilancete: são as cantigas de autoria dos 
poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); 
satíricas, portanto. 
 
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Gêneros discursivos 
Os Gêneros textuais (discursivos) são as 
estruturas com que se compõem os textos, sejam 
eles orais ou escritos. Essas estruturas são 
socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre 
muito parecidas, com características comuns, 
procuram atingir intenções comunicativas 
semelhantes e ocorrem em situações específicas. 
Pode-se dizer que se tratam das variadas formas 
de linguagem que circulam em nossa sociedade, 
sejam eles formais ou informais. Cada gênero 
textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser 
identificado e diferenciado dos demais através de 
suas características. 
Exemplos: 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou 
"carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que 
se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se 
trata de "carta pessoal", a presença de aspectos 
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal 
é mais comum. 
Propaganda: é um gênero textual 
dissertativo-expositivo onde há a o intuito de 
propagar informações sobre algo, buscando sempre 
atingir e influenciar o leitor apresentando, na 
maioria das vezes, mensagens que despertam as 
emoções e a sensibilidade do mesmo. 
Bula de remédio: é um gênero textual 
descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que 
tem por obrigação fornecer as informações 
necessárias para o correto uso do medicamento. 
Receita: é um gênero textual descritivo e 
injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula 
para preparar tal comida, descrevendo os 
ingredientes e o preparo destes, além disso, com 
verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, 
para que o leitor siga corretamente as instruções. 
 Tutorial: é um gênero injuntivo que 
consiste num guia que tem por finalidade explicar 
ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, 
como fazer algo. 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-
argumentativo que expressa o posicionamento da 
empresa sobre determinado assunto, sem a 
obrigação da presença da objetividade. 
Notícia: podemos perfeitamente identificar 
características narrativas, o fato ocorrido que se 
deu em um determinado momento e em um 
determinado lugar, envolvendodeterminadas 
personagens. Características do lugar, bem como 
dos personagens envolvidos são, muitas vezes, 
minuciosamente descritos. 
Reportagem: é um gênero textual 
jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os 
fatos ao leitor de uma maneira clara, com 
linguagem direta. 
Entrevista: é um gênero textual 
fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o 
entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter 
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum 
outro assunto. Geralmente envolve também aspectos 
dissertativo-expositivos, especialmente quando se 
trata de entrevista a imprensa ou entrevista 
jornalística. Mas pode também envolver aspectos 
narrativos, como na entrevista de emprego, ou 
aspectos descritivos, como na entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero 
narrativo que consiste em enredos contados em 
pequenos quadros através de diálogos diretos entre 
seus personagens, gerando uma espécie de 
conversação. 
Charge: é um gênero textual narrativo onde 
se faz uma espécie de ilustração cômica, através de 
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, 
crítica ou comentário sobre algum acontecimento 
atual, em sua grande maioria. 
 Poema: trabalho elaborado e estruturado em 
versos. Além dos versos, pode ser estruturado em 
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte 
de sua composição. Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, 
epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a 
presença de aspectos narrativos e descritivos são 
mais frequentes neste gênero. 
 Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir 
emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo 
o que toca e comove pode ser considerado como 
poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser 
assim considerados). Um subgênero é a prosa 
poética, marcada pela tipologia dialogal. 
Canção: possui muitas semelhanças com o 
gênero poema, como a estruturação em estrofes e as 
rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar 
em sua estrutura um refrão, parte da letra que se 
repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma 
interação direta com os instrumentos musicais. A 
tipologia narrativa tem prevalência neste caso. 
Adivinha: é um gênero cômico, o qual 
consiste em perguntas cujas respostas exigem algum 
nível de engenhosidade. Predominantemente 
dialogal. 
Anais: um registro da história resumido, 
estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para 
publicações científicas ou artísticas que ocorram de 
modo periódico, não necessariamente a cada ano. 
Possui caráter fundamentalmente dissertativo. 
Anúncio publicitário: utiliza linguagem 
apelativa para persuadir o público a desejar aquilo 
que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso 
criativo das imagens e da linguagem, consegue 
utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. 
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Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo 
descrição nestes casos, relacionados a informações 
de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo 
também se manifesta, através da orientação que 
cada um traz. 
Profecia: em geral, estão em um contexto 
religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer 
no futuro da época do autor. A predominância é a 
do tipo preditivo, havendo também características 
dos tipos narrativo e descritivo. 
 
Domínio 
Principal 
Gêneros textuais 
Científico 
Artigo científico, Verbete de 
enciclopédia, Nota de aula, Nota 
de rodapé, Tese, Dissertação, 
Trabalho de conclusão, Biografia, 
Patente, Tabela, Mapa, Gráfico, 
Resumo, Resenha 
Jornalístico 
Editorial, Notícia, Reportagem, 
Artigo de opinião, Entrevista, 
Anúncio, Carta ao leitor, Resumo 
de novela, Capa de revista, 
Expediente, Errata, Programação 
semanal, Debate 
Religioso 
Oração, Reza, Lamentação, 
Catecismo, Homilia, Cântico 
religioso, Sermão 
Comercial 
Nota de venda, Nota de compra, 
Fatura, Anúncio, Comprovante de 
pagamento, Nota promissória, 
Nota fiscal, Boleto, Código de 
barras, Rótulo, Logomarca, 
Comprovante de renda, Curriculum 
vitae 
Instrucional 
Receita culinária, Manual de 
instrução, Manual de montagem 
Regra de jogo, Roteiro de viagem, 
Contrato, Horóscopo, Formulário, 
Edital, Placa, Catálogo, Glossário, 
Receita médica, Bula de remédio, 
Jurídico 
Contrato, Lei, Regimento, 
Regulamento, Estatuto, Norma, 
Certidão, Atestado, Declaração, 
Alvará, Parecer, Certificado, 
Diploma, Edital, Documento 
pessoal, Boletim de ocorrência 
 
Publicitário 
Propaganda, Anúncio, Cartaz, 
Folheto, Logomarca, Endereço 
postal 
Humorístico Piada, Adivinha, Charge, 
Interpessoal 
Carta pessoal, Carta comercial, 
Carta aberta, Carta do leitor, Carta 
oficial, Carta convite, Bilhete, Ata 
Telegrama, Agradecimento, 
Convite, Advertência, Bate-papo, 
Aviso, Informe, Memorando, 
Mensagem, Relato, Requerimento, 
Petição, Ordem, E-mail, Ameaça, 
Fofoca, Entrevista médica 
Ficcional 
Poema, Conto, Mito, Peça de 
teatro, Lenda, Fábula, Romance, 
Drama, Crônica, História em 
quadrinhos, RPG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São recursos que tornam as mensagens 
que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em 
figuras de som, figuras de palavras, figuras de 
pensamento e figuras de construção. 
Classificação das Figuras de Linguagem 
Observe: 
1) Fernanda acordou às sete horas, Renata 
às nove horas, Paula às dez e meia. 
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre 
uma janela." 
3) Seus olhos eram luzes brilhantes. 
Nos exemplos acima, temos três tipos 
distintos de figuras de linguagem: 
Exemplo 1: há o uso de uma construção 
sintética ao deixar subentendido, na segunda e na 
terceira frase, um termo citado anteriormente - o 
verbo acordar. Repare que a segunda e a última 
frase do primeiro exemplo devem ser entendidas da 
seguinte forma: "Renata acordou às nove horas, 
Paula acordou às dez e meia. Dessa forma, temos 
uma figura de construção ou de sintaxe. 
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside 
num jogo conceitual entre as palavras fecha e 
abre, que possuem significados opostos. Temos, 
assim, uma figura de pensamento. 
Exemplo 3: a força expressiva da frase está 
na associação entre os elementos olhos e luzes 
brilhantes. Essa associação nos permite uma 
transferência de significados a ponto de usarmos 
"olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, 
uma figura de palavra. 
Figura de Palavra 
A figura de palavra consiste na substituição 
de uma palavra por outra, isto é, no emprego 
figurado, simbólico, seja por uma relação muito 
próxima (contiguidade), seja por uma associação, 
uma comparação, uma similaridade. Esses dois 
conceitos básicos - contiguidade e similaridade - 
permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de 
palavras: a metáfora e a metonímia. 
Metáfora 
A metáfora consiste em utilizar uma palavra 
ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja 
uma relação real, mas em virtude da circunstância 
de que o nosso espírito as associa e depreende 
entre elas certas semelhanças. É importante notar 
que a metáfora tem um caráter subjetivo e 
momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará 
de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que 
ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da 
mesa", "braço da cadeira"). 
Obs.: toda metáfora é uma espécie de 
comparação implícita, em que o elemento 
comparativo não aparece. 
Observe a gradação no processo 
metafórico abaixo:Seus olhos são como luzes brilhantes. 
O exemplo acima mostra uma comparação 
evidente, através do emprego da palavra como. 
Observe agora: 
Seus olhos são luzes brilhantes. 
Nesse exemplo não há mais uma 
comparação (note a ausência da partícula 
comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do 
que é semelhante. 
Por fim, no exemplo: 
As luzes brilhantes olhavam-me. 
Há substituição da palavra olhos por luzes 
brilhantes. Essa é a verdadeira metáfora. 
Observe outros exemplos: 
1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." 
(Fernando Pessoa) 
Nesse caso, a metáfora é possível na medida 
em que o poeta estabelece relações de semelhança 
entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode 
estar relacionando a fluidez, a profundidade, a 
inatingibilidade, etc.). 
2) Minha alma é uma estrada de terra que 
leva a lugar algum. 
Uma estrada de terra que leva a lugar 
algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do 
uso dessa expressão que indica uma alma rústica e 
abandonada (e angustiadamente inútil), há uma 
comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, 
abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra 
que leva a lugar algum. 
Metonímia 
A metonímia consiste em empregar um termo 
no lugar de outro, havendo entre ambos estreita 
afinidade ou relação de sentido. Observe os 
exemplos abaixo: 
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de 
Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado 
de Assis.) 
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o 
mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.) 
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te 
afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.) 
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um 
saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.) 
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a 
morte. (= Sócrates tomou veneno.) 
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6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e 
como do meu trabalho. (= Moro no campo e como 
o alimento que produzo.) 
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o 
cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no 
cálice.) 
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os 
microfones foram atrás dos jogadores. (= Os 
repórteres foram atrás dos jogadores.) 
9 - Parte pelo todo: Várias pernas 
passavam apressadamente. (= Várias pessoas 
passavam apressadamente.) 
10 - Gênero pela espécie: Os mortais 
pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens 
pensam e sofrem nesse mundo.) 
11 - Singular pelo plural: A mulher foi 
chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= 
As mulheres foram chamadas, não apenas uma 
mulher.) 
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora 
danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da 
marca danone.) 
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à 
Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.) 
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A 
balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará 
do teu lado.) 
 
Saiba que: 
Atualmente, não se faz mais a distinção 
entre metonímia e sinédoque (emprego de um 
termo em lugar de outro), havendo entre ambos 
relação de extensão. Por ser mais abrangente, o 
conceito de metonímia prevalece sobre o de 
sinédoque. 
Catacrese 
Trata-se de uma metáfora que, dado seu 
uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma 
ocorrer quando, por falta de um termo específico 
para designar um conceito, toma-se outro 
"emprestado". Assim, passamos a empregar 
algumas palavras fora de seu sentido original. 
Exemplos: 
 
"asa da xícara" "batata da perna" 
"maçã do rosto" "pé da mesa" 
"braço da cadeira" "coroa do abacaxi" 
Perífrase 
Trata-se de uma expressão que designa um 
ser através de alguma de suas características ou 
atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o 
exemplo: 
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) 
continua atraindo visitantes do mundo todo. 
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, 
recebe o nome de antonomásia. 
Exemplos: 
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a 
vida praticando o bem. 
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) 
morreu muito jovem. 
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas 
canções. 
Sinestesia 
Consiste em mesclar, numa mesma 
expressão, as sensações percebidas por diferentes 
órgãos do sentido. 
Exemplos: 
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. 
(grito = auditivo; áspero = tátil) 
No silêncio negro do seu quarto, aguardava 
os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = 
visual) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
Quanto à significação, as palavras são 
divididas nas seguintes categorias: 
Sinônimos 
As palavras que possuem significados 
próximos são chamadas sinônimos. 
Exemplos: 
casa - lar - moradia – residência 
longe – distante 
delicioso – saboroso 
carro - automóvel 
Observe que o sentido dessas palavras são 
próximos, mas não são exatamente equivalentes. 
Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, 
uma palavra que signifique exatamente a mesma 
coisa que outra. 
Há uma pequena diferença de significado 
entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e 
lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos 
a seguinte frase: 
Comprei um novo lar. 
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode 
ser de grande utilidade nos processos de 
retomada de elementos que inter-relacionam as 
partes dos textos. 
Antônimos 
São palavras que possuem significados 
opostos, contrários. 
Exemplos: 
mal / bem 
ausência / presença 
fraco / forte 
claro / escuro 
subir / descer 
cheio / vazio 
possível / impossível 
Polissemia 
Polissemia é a propriedade que uma 
mesma palavra tem de apresentar mais de um 
significado nos múltiplos contextos em que aparece. 
Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas: 
cabo (posto militar, acidente geográfico, 
cabo da vassoura, da faca) 
banco (instituição comercial financeira, 
assento) 
manga (parte da roupa, fruta) 
Homônimos 
São palavras que possuem a mesma 
pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas 
significados diferentes. 
Veja alguns exemplos no quadro abaixo: 
acender (colocar fogo) ascender (subir) 
acento (sinal gráfico) 
assento (local onde se 
senta) 
acerto (ato de acertar) asserto (afirmação) 
apreçar (ajustar o 
preço) 
apressar (tornar rápido) 
bucheiro (tripeiro) 
buxeiro (pequeno 
arbusto) 
bucho (estômago) buxo (arbusto) 
caçar (perseguir 
animais) 
cassar (tornar sem 
efeito) 
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar) 
cela (pequeno quarto) 
sela (forma do verbo 
selar; arreio) 
censo (recenseamento) 
senso (entendimento, 
juízo) 
céptico (descrente) 
séptico (que causa 
infecção) 
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar) 
cerrar (fechar) serrar (cortar) 
cervo (veado) servo (criado) 
chá (bebida) 
xá (antigo soberano do 
Irã) 
cheque (ordem de 
pagamento) 
xeque (lance no jogo 
de xadrez) 
círio (vela) sírio (natural da Síria) 
cito (forma do verbo 
citar) 
sito (situado) 
concertar (ajustar, 
combinar) 
consertar (reparar, 
corrigir) 
concerto (sessão 
musical) 
conserto (reparo) 
coser (costurar) cozer (cozinhar) 
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esotérico (secreto) 
exotérico (que se 
expõe em público) 
espectador (aquele que 
assiste) 
expectador (aquele que 
tem esperança, que 
espera) 
esperto (perspicaz) 
experto (experiente, 
perito) 
espiar (observar) expiar (pagar pena) 
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)

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