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Figuras de linguagem .................................................................................................................................. 16 4. Significação de palavras e expressões...................................................................................................... 18 5. Relações de sinonímia e de antonímia ...................................................................................................... 23 6. Ortografia ...................................................................................................................................................... 24 7. Acentuação gráfica ...................................................................................................................................... 31 8. Uso da crase ................................................................................................................................................. 34 9. Fonética e Fonologia: .................................................................................................................................. 37 Som e fonema .................................................................................................................................................... 37 Encontros vocálicos e consonantais .................................................................................................................. 38 Dígrafos ............................................................................................................................................................. 40 10. Morfologia: ................................................................................................................................................. 41 Classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto ............................................................. 41 11. Locuções verbais (perífrases verbais) ..................................................................................................... 42 12. Funções do “que” e do “se” ..................................................................................................................... 44 13. Formação de palavras ............................................................................................................................... 46 14. Elementos de comunicação ...................................................................................................................... 47 15. Sintaxe: ....................................................................................................................................................... 49 Relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação) ..................................................................................................... 49 16. Concordância verbal e nominal ................................................................................................................ 51 17. Regência verbal e nominal ........................................................................................................................ 54 18. Colocação pronominal .............................................................................................................................. 59 19. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto ..................................................................... 61 20. Elementos de coesão ................................................................................................................................ 66 21. Função textual dos vocábulos .................................................................................................................. 69 22. Variação linguística ................................................................................................................................... 71 LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 COMPREENSÃO DO TEXTO Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa operação de compreensão. E assim teremos: Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de reconhecimento. A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusãodo texto. A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a compressão da coesão e coerência. Coesão É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num texto coeso. Coerência A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações. Tipos de Composição: Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a prática em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama. Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a sequência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de um instante. A descrição pode ser estática ou dinâmica. A descrição estática não envolve ação. Exemplos: "Uma velha gorda e suja." "Árvore seca de galhos grossos e retorcidos." A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador para as máquinas projetoras, todas as ações que se veem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todas as ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porque inclui ações. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de ideias, de juízos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado." INTERPRETAÇÃO DE TEXTO A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições importantes. É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; Observação – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. c) Capacidade de observação e de síntese e d) Capacidade de raciocínio. Interpretar X compreender Interpretar significa: - explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4 - Através do texto, infere-se que... - É possível deduzir que... - O autor permite concluir que... - Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa: - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - o texto diz que... - é sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... - o narrador afirma... Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentessão: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). Dicas para melhorar a interpretação de textos: Para interpretar bem Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Importante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os itens abaixo. 1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar. 2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedicada a isso.) 3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso. 4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um todo, e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada leitura, novas ideias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois tente resolver as questões propostas. 5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às ideias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar- se a agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo. 6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas. QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES exercícios de Interpretação de texto II Leia o texto para responder às próximas 3 questões. Sobre os perigos da leitura Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...] A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes. (Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 21 - De acordo com o texto, os candidatos (A) não tinham assimilado suas leituras. (B) só conheciam o pensamento alheio. (C) tinham projetos de pesquisa deficientes. (D) tinham perfeito autocontrole. (E) ficavam em fila, esperando a vez. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 22 - O autor entende que os candidatos deveriam (A) ter opiniões próprias. (B) ler os textos requeridos. (C) não ter treinamento escolar. (D) refletir sobre o vazio. (E) ter mais equilíbrio. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 23 - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-se a (A) candidatos. (B) pânico. (C) eles. (D) reação. (E) esse campo. Leia o texto para responder às próximas 3 questões. No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres. O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. “NosEstados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público? (Veja, 02.12.2009) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 24 - De acordo com o texto, os brasileiros são piores do que outros povos em (A) eficiência de correios e andar a pé. (B) ajuste de relógios e andar a pé. (C) marcar compromissos fora de hora. (D) criar desculpas para atrasos. (E) dar satisfações por atrasos. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 25 - Pondo foco no processo de coesão textual do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um (A) jornalista. (B) economista. (C) cronometrista. (D) ensaísta. (E) psicólogo. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 26 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o significado de (A) bebida feita com derivado de pinho. (B) ausência de convite para dançar. (C) longa espera para conseguir assento. (D) ficar sentado esperando o chá. (E) longa espera em diferentes situações. Leia o texto para responder às próximas 4 questões. Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola da mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa do Mundo de 2010. (...) Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, diz que não. Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, sua publicidade. Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 milhões de dólares anuais. (...) (Veja, 02.11.2009. Adaptado) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 27 - A palavra jogada, em – A jogada previne os efeitos desastrosos para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de (A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França. (B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês. (C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo. (D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7 (E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 28 - A expressão o gato subiu no telhado é parte de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abruptamente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira: (A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da França. (B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé. (C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês. (D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry. (E) a situação de Thierry, como garoto- propaganda da Gillette, ficou instável. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 29 - A expressão diz que não, no final do 2.º parágrafo, significa que (A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato. (B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito. (C) a repercussão na França foi bastaPnte negativa. (D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette. (E) os publicitários franceses se opõem a Thierry. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 30 - Segundo a revista Forbes, (A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente. (B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade. (C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários. (D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões. (E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade. As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo. Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo "Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica. Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a internet está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a sentimentos como compaixão e piedade. O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado superficial." A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão. (Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações) (MP/RS – 2010 – FCC) 31 - O assunto do texto está corretamente resumido em: (A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as conexões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro. (B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de diversas capacidades cerebraisem todos aqueles que se dedicam a essa navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos. (C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações no funcionamento do LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraídas, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados. (D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percepção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do usuário. (E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concretas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da internet. (MP/RS – 2010 – FCC) 32 - Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo, (A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado, ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website. (B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. (C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado vem provocando danos em partes do cérebro. (D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da internet, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e piedade. (E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da internet, [...] deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo. Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência, congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas desses municípios. Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota. Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. (O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com adaptações) (MP/RS – 2010 – FCC) 33 - Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do texto surge como (A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos. (B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente. (C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro. (D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas distâncias. (E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título que poderia ser: Carro, problema que se agrava. (MP/RS – 2010 – FCC) 34 - As ideias mais importantes contidas no 2o parágrafo constam, com lógica e correção, de: (A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cidades menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota. (B) Cidades menores tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos em razão da facilidade de crédito e da isenção de impostos, elementos que têm colaborado para a aquisição de carros que passaram a ser utilizados até mesmo para percorrer curtas distâncias, apesar dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente. (C) O menor custo de vida em cidades menores, com baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em progressão geométrica nos últimos anos, com a facilidade de crédito e a isenção de impostos, que LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 são alguns dos elementos que têm colaborado para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro. (D) É nas cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos pela facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro. (E) Os brasileiros de cidades menores passaram até a percorrer curtas distâncias com seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção de impostos, que são elementos que têm colaborado para a realização do sonho de tê-los, e com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. Leia o texto para responder às próximas 4 questões. Os eletrônicos “verdes” Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado Carbon Free, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: trata-se do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Valedo Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável. O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render- se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora. (Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 35 - Leia o trecho: Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpretada como (A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um novo celular com fibra de bambu. (B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que evita a emissão de dióxido de carbono na atmosfera. (C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa. (D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner Group para criar celulares sem o uso de carbono. (E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos que não agridam o meio ambiente. (CREMESP – 2011 - VUNESP) 36 - Em – Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por: (A) com material reciclado. (B) feitos com garrafas plásticas. (C) com arquivos de bambu. (D) feitos com materiais retirados da natureza. (E) com teclado feito de alumínio. (CREMESP – 2011 - VUNESP) 37 - A partir da leitura do texto, pode-se concluir que (A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial. (B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com que são feitos. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 (C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa. (D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade. (E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas assegurado. (CREMESP – 2011 - VUNESP) 38 - O presidente da Apple, Steve Jobs, (A) preocupa-se com o carbono emitido na fabricação de produtos eletrônicos. (B) pesquisa acerca do uso de bambu em teclados de laptops. (C) descobriu que impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não duram muito. (D) responsabiliza a fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de carbono no meio ambiente. (E) está de acordo com outras empresas a favor do uso de materiais recicláveis em eletrônicos. (CREMESP – 2011 - VUNESP) 39 - No texto, o estudo realizado pela Comunidade do Vale do Silício (A) é o primeiro passo para a implantação de laptops feitos com tiras de bambu. (B) contribuirá para que haja mais lucro nas empresas, com redução de custos. (C) ainda está pesquisando acerca do uso de mercúrio em eletrônicos. (D) será decisivo para evitar o efeito estufa na atmosfera. (E) permite a criação de uma impressora que funciona com energia mecânica. Leia o texto para responder à questão a seguir. Quanto veneno tem nossa comida? Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento. (Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 40 - Com a leitura do texto, pode-se afirmar que (A) segundo testes feitos em animais, os agrotóxicos causam intoxicações. (B) a produção em larga escala de pesticidas sintéticos tem ocasionado doenças incuráveis. (C) as pessoas que ingerem resíduos de agrotóxicos são mais propensas a terem doenças de estômago. (D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem causar danos ao organismo. (E) os cientistas descobriram que os alimentos in natura têm menos resíduos de agrotóxicos. GABARITO 21 – B 22 – A 23 – E 24 – B 25 – E 26 – E 27 – B 28 – E 29 – A 30 – C 31 – C 32 – B 33 – E 34 – B 35 – E 36 – A 37 – C 38 – E 39 – B 40 - D LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 TIPOLOGIA TEXTUAL Narração Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. Descrição Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. Dissertação-Exposição Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.Dissertação-Argumentação Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. Injunção/Instrucional Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos consideram também que o tipo Predição possui características suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal. Predição Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc. GÊNEROS TEXTUAIS Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo- argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. Editorial: é um gênero textual dissertativo- argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal. Gêneros literários: · Gênero Narrativo: Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas,que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos. Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke. · Gênero Dramático: Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas. Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas. Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares. Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. · Gênero Lírico: É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem. Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare. Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical; Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara); Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico. Acalanto: ou canção de ninar; Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase; Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança; Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical; Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio; Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas; Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 Gêneros discursivos Os Gêneros textuais (discursivos) são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo- argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. Editorial: é um gênero textual dissertativo- argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendodeterminadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal. Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A tipologia narrativa tem prevalência neste caso. Adivinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal. Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo. Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e da linguagem, consegue utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um traz. Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos tipos narrativo e descritivo. Domínio Principal Gêneros textuais Científico Artigo científico, Verbete de enciclopédia, Nota de aula, Nota de rodapé, Tese, Dissertação, Trabalho de conclusão, Biografia, Patente, Tabela, Mapa, Gráfico, Resumo, Resenha Jornalístico Editorial, Notícia, Reportagem, Artigo de opinião, Entrevista, Anúncio, Carta ao leitor, Resumo de novela, Capa de revista, Expediente, Errata, Programação semanal, Debate Religioso Oração, Reza, Lamentação, Catecismo, Homilia, Cântico religioso, Sermão Comercial Nota de venda, Nota de compra, Fatura, Anúncio, Comprovante de pagamento, Nota promissória, Nota fiscal, Boleto, Código de barras, Rótulo, Logomarca, Comprovante de renda, Curriculum vitae Instrucional Receita culinária, Manual de instrução, Manual de montagem Regra de jogo, Roteiro de viagem, Contrato, Horóscopo, Formulário, Edital, Placa, Catálogo, Glossário, Receita médica, Bula de remédio, Jurídico Contrato, Lei, Regimento, Regulamento, Estatuto, Norma, Certidão, Atestado, Declaração, Alvará, Parecer, Certificado, Diploma, Edital, Documento pessoal, Boletim de ocorrência Publicitário Propaganda, Anúncio, Cartaz, Folheto, Logomarca, Endereço postal Humorístico Piada, Adivinha, Charge, Interpessoal Carta pessoal, Carta comercial, Carta aberta, Carta do leitor, Carta oficial, Carta convite, Bilhete, Ata Telegrama, Agradecimento, Convite, Advertência, Bate-papo, Aviso, Informe, Memorando, Mensagem, Relato, Requerimento, Petição, Ordem, E-mail, Ameaça, Fofoca, Entrevista médica Ficcional Poema, Conto, Mito, Peça de teatro, Lenda, Fábula, Romance, Drama, Crônica, História em quadrinhos, RPG LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção. Classificação das Figuras de Linguagem Observe: 1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia. 2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela." 3) Seus olhos eram luzes brilhantes. Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem: Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na terceira frase, um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: "Renata acordou às nove horas, Paula acordou às dez e meia. Dessa forma, temos uma figura de construção ou de sintaxe. Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as palavras fecha e abre, que possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de pensamento. Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra. Figura de Palavra A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação, uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia. Metáfora A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira"). Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece. Observe a gradação no processo metafórico abaixo:Seus olhos são como luzes brilhantes. O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes. Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante. Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa é a verdadeira metáfora. Observe outros exemplos: 1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa) Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.). 2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum. Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum. Metonímia A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: 1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.) 3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.) 4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.) 5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.) LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.) 7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.) 8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.) 9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.) 10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.) 11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.) 12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.) 13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.) 14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.) Saiba que: Atualmente, não se faz mais a distinção entre metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de outro), havendo entre ambos relação de extensão. Por ser mais abrangente, o conceito de metonímia prevalece sobre o de sinédoque. Catacrese Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: "asa da xícara" "batata da perna" "maçã do rosto" "pé da mesa" "braço da cadeira" "coroa do abacaxi" Perífrase Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Sinestesia Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplos: Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil) No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual) LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias: Sinônimos As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Exemplos: casa - lar - moradia – residência longe – distante delicioso – saboroso carro - automóvel Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra. Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um novo lar. Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos. Antônimos São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos: mal / bem ausência / presença fraco / forte claro / escuro subir / descer cheio / vazio possível / impossível Polissemia Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas: cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca) banco (instituição comercial financeira, assento) manga (parte da roupa, fruta) Homônimos São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo: acender (colocar fogo) ascender (subir) acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta) acerto (ato de acertar) asserto (afirmação) apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido) bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto) bucho (estômago) buxo (arbusto) caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito) cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar) cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio) censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo) céptico (descrente) séptico (que causa infecção) cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar) cerrar (fechar) serrar (cortar) cervo (veado) servo (criado) chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã) cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez) círio (vela) sírio (natural da Síria) cito (forma do verbo citar) sito (situado) concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir) concerto (sessão musical) conserto (reparo) coser (costurar) cozer (cozinhar) LÍNGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 9.8318-6353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19 esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público) espectador (aquele que assiste) expectador (aquele que tem esperança, que espera) esperto (perspicaz) experto (experiente, perito) espiar (observar) expiar (pagar pena) espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
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