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Aline David ATM 2025/B PELE E ANEXOS: ➔ A pele é uma estrutura montada por duas divisões: epiderme e derme. ➔ Possui duas funções: • A camada mais externa, a epiderme, reveste todo o nosso corpo isolando o nosso sistema do resto. Barreira física constituída por tecido epitelial. • A camada mais interna da pele, a derme, não possui função de barreira. Está mais para dentro do tecido epitelial, sendo formada por tecido conjuntivo e não de tecido epitelial. Adiciona componentes de resistência em diferentes situações aplicadas sobre a pele. ➔ Revestimento do corpo (epiderme), resistência a forças mecânicas (derme). ➔ Existe muitas células relacionadas ao sistema imunológico na epiderme, mas ela não é uma barreira impenetrável. ➔ A pele é o nosso maior órgão sensorial – merkel e terminações livres – epiderme; os demais responsáveis por perceber sensações químicas e mecânicas estão na derme. DIVISÕES ESTRUTURAIS DA PELE: ➔ EPIDERME: tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. ➔ DERME: subdividida em duas camadas: • DERME PAPILAR: Imediatamente abaixa do tecido epitelial é formada por tecido conjuntivo frouxo. Local com facilidade de passar vasos sanguíneos • DERME RETICULAR: Abaixo da derme papilar possui uma camada formada por tecido conjuntivo denso não modelado. ➔ Papilas: são projeções do tecido epitelial em direção ao tecido conjuntivo; ou são ondulações do tecido conjuntivo em direção ao tecido epitelial. Servem para aumentar a superfície de contato entre um meio e outro (epiderme e derme). Aumenta a adesão entre a epiderme e a derme. ➔ HIPODERME\TECIDO SUPERFICIAL: fica logo abaixo da derme reticular. Formada por tecido conjuntivo frouxo. A diferença entre ela e a derme papilar, é que a hipoderme tem uma constituição um pouco maior de constituintes elásticos. Possui tecido adiposo – unem-se e formam o panículo adiposo. Possui função de unir a pele ao tecido que vem abaixo dela. Permite um certo amortecimento das forças aplicadas na pele. Permite um deslizamento da pele em relação ao órgão que está abaixo dela, evitando que a pele se rasgue dali. Possui função de reserva energética ou de isolamento térmico. EPIDERME: ➔ Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado: • Ao longo de todas as camadas que ele tem, o formato das células não é o mesmo. • As células que estão na camada mais interna se dividem, e elas possuem formato cuboide, empurram para cima e descamam a célula mais de cima. • Saem de um formato cuboide, e ao se dividirem e serem empurradas para cima, vão assumindo um formato cada vez mais pavimentoso. • Todo tecido estratificado pavimentoso possui três camadas: basal (mais internas – são as cuboides que estão dividindo), intermediárias (não são nem cuboides, nem pavimentosas), superficiais (já assumiram formato pavimentoso). • Constante divisão da camada basal que vão empurrando as células superficiais para fora. É a renovação da pele. ➔ Epiderme de pele grossa: todas as camadas bem definidas. Aparece em locais onde precisamos de grande resistência mecânica: calos, grandes articulações, sola dos pés e pescoço. Epiderme (TEEPQ) Derme papilar (TCF) papilas Derme reticular (TCDNM) Hipoderme (TCF + T. adiposo) Aline David ATM 2025/B 1) Camada basal: é constituída por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme e a derme. São células epiteliais que estão constantemente se dividindo e que garantem o tempo de renovação da epiderme, juntamente com a camada espinhosa. Contem filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais numerosos à medida que a célula avança para a superfície. 2) Camada espinhosa: é formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas. Faz a volta na papila. Possui expansões que contêm filamentos de queratina, os quais se mantém unidos por conta dos desmossomos, conferindo à célula um formato espinhoso. Essas estruturas presentes nesta camada são importantes para manter a manutenção da coesão entre as células da epiderme e da resistência ao atrito. A medida que as células vão para as camadas mais externas, elas vão perdendo os desmossomos, portanto, nessa camada atingem o número máximo dessa especialização. • Camada granulosa: onde começa a aparecer os grânulos basófilos de querato-hialina, utilizadas para empacotar a queratina. • Quando essas células chegam na camada granulosa, elas começam a secretar compostos lipídicos para o meio extracelular – formam como se fosse um filme ou uma barreira lipídica ali, impedindo a perda de água. Inicia o processo de empacotamento da queratina. • Iniciam o processo de morte. 3) Camada lúcida: é constituída por uma delgada camada de células achatadas, cujos núcleos das células realizaram autofagia. Ainda se pode ver desmossomos entre as células. 4) Camada córnea: várias placas de queratina que vão escamando. É constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células se apresenta repleto de queratina. • Queratina: é uma proteína do citoesqueleto classificada como filamento intermediário do citoesqueleto. Começa a ser produzida na camada basal. Na camada lúcida, a queratina está termina de ser empacotada. Na camada córnea, chega placas de queratina – um monte de células queratinizadas (não é mais uma célula, é uma bolsa lipídica cheia de queratina – é um ex célula). • Oferece resistência mecânica e previne que a gente perca água. ➔ A diferença entre pele grossa e pele fina é a espessura da camada córnea. TIPOS CELULARES DA EPIDERME: 1) Melanócitos: presentes na camada basal e fazem projeções para as outras camadas epiteliais através das junções comunicantes; produzem melanina (protetora do DNA/RNA -> paranuclear). • A melanina se encontra nas junções da derme com a epiderme ou entre os queranócitos da camada basal da epiderme. • Os melanócitos são células que se originam das cristas neurais do embrião e que invadem a pele ainda na vida intrauterina. Apresentam citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram as reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa e transferem os grânulos de melanina para as células dessas camadas. • Os grânulos de melanina se fundem com os lisossomos dos queratinócitos e, por isso, as células mais superficiais da epiderme não tem melanina. PSORÍASE – doença autoimune. - Ocorre o aumento acentuado do número de mitoses nas camadas basal e espinhosa e na diminuição do ciclo mitótico dessas células. Em consequência, a epiderme se torna mais espessa e se renova com mais rapidez. As áreas acometidas apresentam acúmulos de placas esbranquiçadas de queratina descamada. - Há um comprometimento dos capilares da derme e migração de neutrófilos, estabelecendo-se um processo inflamatório. - A causa da psoríase é desconhecida. Aline David ATM 2025/B • Se prendem a membrana basal por meio dos hemidesmossomos. 2) Célula de Langerhans: pode estar em todas as camadas, porém são mais frequentes na camada espinhosa; possuem função imunológica; originada no período embrionário e migra para o que vira a epiderme, se dividindo e mantendo a sua população até morrermos; faz fagocitose, reconhecendo o tipo de invasor da pele. ➔ • Queratinócitos: nome de todas as outras células da epiderme. ➔ ESPESSURA DA CAMADA CÓRNEA DETERMINA SE A PELE É FINA OU GROSSA • EX pele grossa: grandes articulações, calos e sola dos pés -> onde precisamos ter bastante resistência mecânica. • EX pele fina: todo o resto do corpo. DERME: ➔ Junção dermo-epitelial: onde a epiderme e a derme se encontram. ➔ Derme papilar: é formadapor tecido conjuntivo frouxo (fibras individuais organizadas randomicamente espalhadas – essas organizações facilita a passagem de vascularização). Preenche a papila. ➔ Legenda: O que está representado em vermelho é sistema arterial e o que está representado em azul é sistema venoso. ➔ No final da derme papilar e no início da derme reticular, tem-se um plexo sanguíneo, chamado de plexo vascular superior ou superficial. ➔ Plexo vascular superior ou superficial: é importante porque a epiderme não é vascularizada. Dos vasos menores é de onde é retirado os nutrientes que se irradiam para a epiderme, coletando CO2 o qual precisa voltar para a circulação. Não existe rupturas no sistema arterial, pois ele é um sistema circulatório fechado. Toda vez que tem vasos sanguíneos chegando no lugar, o sistema arterial realiza as trocas e o sistema venoso pega o sangue que já trocou e devolve para o sistema circulatório. O plexo arterial entra no tecido e o plexo venoso sai do tecido. Um vaso chega, ramifica e sai novamente por apenas um vaso. ➔ Plexo profundo: se ramifica em direção à derme reticular em capilares arteriais que se unem e saem por um único vaso venoso. Se localiza entre a derme reticular e o tecido subcutâneo. ➔ O terceiro plexo se origina de ramificações do plexo superficial e do plexo profundo, sendo constituído apenas de vasos venosos. Em teoria ele ajuda a captar coisas que foram absorvidas pela pele, mas serve para fazer a otimização do trânsito de células que irão facilitar a diapedese. ➔ Geralmente a diapedese acaba ocorrendo em vasos menores. ➔ Vênulas pós capilares: são capilares finos que ajudam a facilitar a diapedese. ➔ O terceiro plexo não traz nutriente nem oxigênio, ele apenas ramifica do plexo de saída superficial para baixo e ramifica do plexo profundo para cima, assim os mais vasos darão possibilidade de captar coisas da corrente sanguínea ou da pele. ➔ A diapedese ocorre apenas em vasos venosos. ➔ O terceiro plexo da mais espaço para que a diapedese aconteça. FIBRAS DO SISTEMA DE COLÁGENO DA DERME: ➔ Fibras de colágeno da derme papilar: são fibras de colágeno I e de colágeno III. A maioria delas não forma feixes. Tal organização gera muito espaço no tecido conjuntivo frouxo, fato que se torna totalmente conveniente para passar o plexo superficial. • Colágeno I: fibra bem grossa, pouco maleável, mas super-resistente. - O bronzeamento da pele por exposição à luz do sol ocorre inicialmente em razão do escurecimento da melanina preexistente e da aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. Em uma segunda etapa a síntese de melanina é aumentada. Epiderme Junção dermoepitelial Derme papilar Derme reticular Plexo superficial Tecido subcutâneo Plexo profundo Aline David ATM 2025/B • Colágeno III: fibra mais fina, extremamente maleável e menos resistente. ➔ A derme reticular é sempre maior (em termos de tamanho) do que a derme papilar. Por esse motivo, a derme reticular é quem dá as características da pele. ➔ Em procedimentos estéticos é olhado para a derme reticular por conta da sua espessura. ➔ É mais fácil passar vascularização na derme papilar do que na derme reticular porque ela tem mais espaços. ➔ Fibras de colágeno da derme reticular: a camada é formada por tecido conjuntivo denso não modelado, portanto, as fibras são organizadas em feixe (como se fosse um barbante). Existe colágeno I e III, sendo o primeiro o mais abundante. Os feixes de fibra não são modelados, ou seja, eles podem apontar para qualquer direção. ➔ Os feixes de fibras têm como vantagem uma maior resistência mecânica, por esse motivo a pele não se esfacela ao ser pressionada. ➔ Os feixes de fibra não são colocados na mesma direção, por esse motivo a pele não sabe a origem ou a direção da força aplicada na pele, por esse motivo precisa ter fibras adaptadas para todos os lados, para evitar que o tecido seja lesionado. ➔ Portanto, a pele é uma capa protetora com barreira física além de ser extremamente resistente a qualquer tipo de força mecânica a qual ela é submetida. FIBRAS DO SISTEMA DE ELASTINA DA DERME: ➔ Essas proteínas não fazem parte do sistema de colágeno, pois elas fazem parte do sistema elástico. ➔ As proteínas do sistema elástico são agrupadas em três tipos, sendo que todas elas são constituídas por elastina. • Oxitalâmica: é um “lego” com pouquinha elastina ligada. Possui menor poder elástico. Se localizam na derme papilar. • Elauninica: é um “lego” com um pouco mais de elastina. Possui poder elástico intermediário. Se localiza na divisa entre a derme papilar e a derme reticular. • Fibra elástica: é um “lego” com o máximo de elastina na estrutura. Possui poder elástico máximo. Se localiza na derme reticular. ➔ O sistema elástico se organiza com as menores fibras (oxitalâmicas) perpendiculares a epiderme, ocupando a derme papilar; as fibras elauninicas se encontram paralelas a epiderme; e as fibras elásticas bem grossas, formando um tipo de “árvore” na sua estrutura (vai até a divisa da derme reticular com a derme papilar). Colocam uma característica elástica bem grande no tecido, pois ao deformar a pele, o poder elástico volta ao estado inicial quando se para de aplicar a força. ➔ A pele de um de bebê tem um monte de colágeno e um monte de elastina. Com o passar da idade a quantidade de colágeno diminui, assim como a interação entre colágeno e elastina. Quanto menos colágeno a pele tem, mais aparência de velha ela apresenta. TIPOS DE CÉLULAS DA DERME: 1) Fibroblastos: são células originais, mas isso não quer dizer que são “residentes”, ou seja, que se localizam no local onde nasceram. Estão randomicamente espalhados, tanto na derme papilar quanto na derme reticular. Eles são responsáveis por sintetizar novas fibras (elásticas e de colágeno). ➔ O colágeno que a gente passa em cremes na pele, ele não é absorvido, pois não é sintetizado pelos fibroblastos. TECIDO SUBCUTÂNEO: ➔ É o responsável por permitir o deslizamento da pele no tecido que vem logo abaixo dele. ➔ É formado por tecido conjuntivo frouxo, ou seja, possui as mesmas características da derme papilar. A única diferença é que ele possui bastante componentes do sistema elástico. ➔ Possui bastante gordura, e em uma camada contínua formam o calículo adiposo.
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