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Tecido Adiposo: Funções e Estrutura

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❖ é um tipo de tecido conjuntivo 
especializado que desempenha 
importante papel na homeostasia 
energética 
 
Para suprir as demandas de energia do 
corpo quando o suprimento de nutrientes 
está baixo, o tecido adiposo armazena de 
maneira eficiente a energia em excesso, no 
qual é armazenado em forma de 
triglicerídeos; este é aumentado quando a 
ingestão de alimentos é maior que o gasto 
energético e utilizado quando o gasto 
energético é maior que o aporte de 
alimentos. A energia armazenada nos 
adipócitos pode ser rapidamente liberada 
para uso em outros locais do corpo. 
❖ Os adipócitos também regulam o 
metabolismo energético por meio 
da secreção de substâncias 
parácrinas e endócrinas. 
 
❖ Predominante em seres humanos 
adultos 
 
❖ Suas funções constituem-se de 
armazenamento de energia, 
isolamento, proteção dos órgãos 
vitais e secreção de hormônios. 
O tecido adiposo branco forma uma 
camada adiposa de fáscia subcutânea 
(superficial), denominada panículo adiposo. 
Como a condutividade térmica do tecido 
adiposo é apenas cerca da metade daquela 
do músculo esquelético, a fáscia 
subcutânea fornece isolamento térmico 
significativo contra o frio, reduzindo a 
velocidade de perda de calor. 
São encontrados concentrações deste 
tecido sob a pele do abdome, das nádega, 
das axilas e das coxas. O que diferencia os 
dois sexos é o contorno corporal nas 
mulheres e nos homens, porem em ambos 
os sexos, o coxim adiposo mamário 
representa um local preferencial de 
acúmulo de tecido adiposo. Sendo que em 
fase de lactação, o panículo adiposo 
mamário é importante para a manutenção 
da função da mama. 
 
❖ O tecido adiposo branco secreta 
vários tipos de moléculas 
TECIDO ADIPOSO 
VISÃO GERAL DO TECIDO 
Os adipócitos são as principais 
células deste tecido 
TIPOS DE TECIDO 
CONJUNTIVO 
TECIDO ADIPOSO BRANCO 
As glândulas mamárias fornecem 
lipídios e energia para a produção de 
leite, mas também constitui um local de 
síntese de diferentes hormônios de 
crescimento, os quais modulam as 
respostas a diferentes esteroides, 
proteínas e hormônios que regulam a 
função da glândula mamaria. 
denominadas adipocinas, que 
incluem hormônios, fatores de 
crescimento e citosinas. 
Por esse motivo, o tecido adiposo é 
considerado um importante elemento na 
homeostasia energética, na adipogênese, 
no metabolismo dos esteroides, na 
angiogênese e nas respostas imunes. 
Um adipocina notável é a leptina, um 
hormônio peptídico que está envolvido na 
regulação da homeostasia energética e é 
secretada basicamente pelos adipócitos. Ela 
inibe a ingestão de alimentos, aumenta a 
taxa metabólica e estimula a perda de peso 
corporal; por conseguinte, preenche os 
critérios de um fator de saciedade 
circulante, que controla a ingestão de 
alimentos quando a reserva corporal de 
energia é suficiente. 
 
 
Algumas adipocinas também são 
sintetizadas em outros tecidos. Por 
exemplo, o AGE é sintetizado no fígado; a 
produção desse peptídeo pelo tecido 
adiposo contribui para a hipertensão 
arterial, que constitui uma complicação 
frequente da obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Os adipócitos brancos diferenciam-
se das células- tronco 
mesenquimatosas sob o controle 
dos fatores de transcrição 
PPARy/RXR. 
 
Durante o desenvolvimento 
embrionário, os adipócitos brancos 
originam-se de células tronco 
mesenquimatosas perivasculares, que 
estão associadas á túnica adventícia das 
pequenas vênulas. Um fator de transcrição, 
denominado receptor ativado do 
proliferador dos peroxissomos gama 
(PPARy), complexado com o receptor de 
retinoide x (RXR), desempenha papel de 
importância critica na diferenciação do 
adipócito e na iniciação do metabolismo dos 
lipídios. Esse complexo induz a maturação 
dos lipoblastos primordiais (adipoblastos) 
em células adiposas maduras do tecido 
adiposo branco. 
 
❖ O tecido adiposo branco começa a 
se formar em meados do período 
de desenvolvimento fetal 
 
Diferenciação dos Adipócitos 
Os lipoblastos desenvolvem-se 
inicialmente a partir das células estromais 
vasculares ao longo dos pequenos vasos 
sanguíneos no feto e não contem lipídios. 
Nesse estágio inicial, essas células já estão 
programadas para se tornarem adipócitos e 
o fazem por meio da expressão dos fatores 
de transcrição. Agrupamentos dessas 
células são algumas vezes denominados 
órgãos adiposos primitivos. Caracterizam-se 
pela existência de lipoblastos em estágio 
inicial e capilares em proliferação. O 
acúmulo de lipídios nos lipoblastos produz a 
morfologia típica dos adipócitos. 
 
❖ Os lipoblastos em estágio inicial de 
desenvolvimento assemelham-se a 
fibroblastos, mas desenvolvem 
pequenas inclusões lipídicas e uma 
lâmina externa fina. 
 
São células alongadas, com múltiplos 
prolongamentos citoplasmáticos, 
abundante reticulo endoplasmático e 
complexo de golgi. Com o início da 
diferenciação lipoblástica, as vesículas 
aumentam em número, enquanto ocorre 
diminuição correspondente do retículo 
endoplasmático rugoso. Surgem pequenas 
inclusões lipídicas em um dos polos do 
citoplasma, além de vesículas pinocitóticas 
e uma lâmina externa. 
 
❖ Os lipoblastos em estagio médio de 
desenvolviemtno tornam-se 
ovoides à medida que o acumulo de 
lipidios modifica suas dimensões 
 
O aspecto mais caracteristico nesse estágio 
consiste em substancial concentração de 
vesiculas e pequenas goticulas lipidicas ao 
redor do núcleo, que se estendem para 
ambos os polos da célula. Surgem particulas 
de glicogenio na periferia das goticulas 
lipidicas, e as pinocitóticas e a lamina basal 
tornam- se mais evidentes . 
 
❖ O adipócito maduro caracteriza-se 
por uma única inclusão lipidica 
grande, circundada por uma borda 
fina de citoplasma 
 
Pequenas goticulas lipidicas coalescem 
para formar uma única goticula lipidica 
grande, que ocupa a porção central do 
citoplasma. O reticulo endoplasmático liso é 
abundante, enquanto o rugoso é menos 
proeminente. Uma vez que essas células 
contem uma única goticula lipidica, são 
denominadas adipocitos unicelulares ou 
limpocitos maduros. 
 
 
 
 
❖ Os adipócitos uniloculares são 
células grandes. 
 
O tecido adiposo é ricamente suprido com 
vasos sanguineos. Os capilares são 
encontrados nos ângulos de rede, em que 
adipócitos adjacentes entram em contato. 
As impregnações por prata mostram que os 
adipócitos são circundados por fibras 
reticulares (colageno do tipo 3), que são 
secretadas pelos adipócitos. Colorações 
especiais também revelam a existência de 
Estrutura dos Adipócitos 
fibras nervosas não mielinizadas e 
numerosos mastócitos. 
 
❖ A massa lipidica no adipócito não é 
envolvida por membrana 
 
 
 
Sinais hormonais e neurais 
interconectados que emanam do tecido 
adiposo, do sistema digestório e do sistema 
nervoso central formam o eixo cérebro-
intestino-tecido adiposo, que regula o 
apetide, a fome, a saciedade e a 
homeostasia energética. 
 
❖ A quantidade de tecido adiposo de 
um individuo é determinada por 
dois sistemas fisiológicos: um 
associado à regulação do peso a 
curto prazo, e outro, à regulação do 
peso a longo prazo 
 
O primeiro sistema, que está associado 
à regulação do peso a curto prazo, controla 
o apetite e o metabolismo diariamente. 
Dois hormônios peptídicos pequenos 
produzidos no sistema digestório – a 
grelina, um estimulante do apetite, e o 
peptídio YY (PYY), um supressor do apetite 
– foram ligados a esse sistema. 
O segundo sistema, que está associado 
à regulação do peso a longo prazo, controla 
o apetite e o metabolismo de modo 
contínuo (durante meses e anos). Dois 
hormônios importantes influenciam esse 
sistema, a leptina e a insulina, junto com 
outros hormônios, incluindo o hormônio 
tireoidiano, os glicocorticoides e os 
hormônios hipofisários❑ A Grelina e o peptídeo YY 
controlam o apetite como parte 
do sistema de controle do peso a 
curto prazo 
 
Grelina: é um pequeno polipeptídio de 28 
aminoácidos produzido pelas células 
epiteliais gástricas. Além de seu papel 
estimulante do apetite, a grelina atua sobre 
o lobo anterior da hipófise (adeno-hipófise) 
para liberar o hormônio do crescimento 
(GH). Nos seres humanos, a grelina atua por 
meio de receptores localizados no 
hipotálamo, aumentando a sensação de 
fome. Por esse motivo, a grelina é 
considerada como um fator “iniciador de 
refeições 
 
Peptídeo YY: um pequeno hormônio 
gastrintestinal é produzido pelo intestino 
delgado e desempenha importante papel 
na promoção da manutenção da perda de 
peso em virtude de sua capacidade de 
induzir maior sensação de plenitude logo 
após uma refeição 
❖ O peptídeo YY, também atua por 
meio de receptores no 
hipotálamo que suprimem a 
apetite. 
 
❖ Hormônios reguladores de peso 
a longo prazo: 
 
Insulina: hormônio pancreático que 
regula os níveis de glicemia, também 
está envolvido na regulação do 
metabolismo do tecido adiposo. 
❖ A insulina aumenta a conversão 
da glicose em triglicerídeos das 
gotículas lipídica pelo adipócito. 
❖ A semelhança da leptina, a 
insulina regula o peso ao atuar 
sobre os centros cerebrais no 
hipotálamo. 
 
Leptina: os adipócitos em indivíduos 
obesos são resistentes a leptina, e a 
administração de leptina não diminui a 
quantidade de tecido adiposo. 
❖ A leptina protege o corpo contra 
a perda de peso em épocas de 
privação alimentar. 
 
O depósito e a mobilização de lipídios 
são influenciados por fatores neurais e 
hormonais. 
Regulação do tecido Adiposo 
❖ Uma das principais funções 
metabólicas do tecido adiposo é 
a captação de ácidos graxos do 
sangue e a sua conversão em 
triglicerídeos dentro do 
adipócito. 
 
Através disso é feito um processo, 
melhor detalhado a seguir: 
 
1. Os triatlo cervídeos são 
armazenados dentro da gotícula 
lipídica da célula. 
2. Quando o tecido adiposo é 
estimulado por mecanismos 
neurais ou hormonais, os tria 
glicerídeo são degradados em 
glicerol e ácido graxo em um 
processo denominado 
mobilização. 
3. Os ácidos graxos atravessam a 
membrana celular do adipócito e 
entram em um capilar. 
4. Nos capilares, estão ligados a 
proteína carregadora, albumina, 
e são transportados para outras 
células, que utilizam os ácidos 
graxos como combustível 
metabólico. 
 
Mobilização neural: importante durante 
períodos de jejum e exposição ao frio 
intenso. 
❖ Nerepinefrina (liberada pelas 
terminações nervosas do sistema 
nervoso simpático) inicia uma série 
de etapas metabólicas que levam à 
ativação da lipase. 
❖ Essa enzima decompõe decompõe 
os triglicerídeos 
 
Mobilizacao hormonal: envolve um 
complexo sistema de hormônios e enzimas 
que controlam a liberação de ácidos graxos 
pelos adipócitos. Incluem a insulina, 
hormônios tireoidianas e esteroides 
suprarrenais. 
❖ A insulina é importante para 
promover a síntese de lipídios ao 
estimular as enzimas da síntese de 
lipídios e que suprime a degradação 
dos lipídios ao inibir a ação da lipase 
sensível a hormônio, loqueanod 
assim, a liberação de ácido graxo. 
❖ O glucagon, outro hormônio 
pancreático, é o hormônio do 
crescimento da hipófise aumentam 
a utilização dos lipídios (lipólise). 
Além disso, níveis elevados do fator 
de necrose tumoral foram 
implicados como fator causador no 
desenvolvimento da resistência a 
insulina associada a obesidade e ao 
diabetes melitus. 
 
 
 
 
O tecido adiposo pardo, abundante nos 
recém- nascidos, está acentuadamente 
reduzido nos adultos. 
❖ Nos recém nascidos ajuda a 
compensar a extensa perda de 
calor que resulta da elevada 
razão entre superfície e massa 
do recém nascido e evita a 
hipotermia letal. 
❖ Localiza-se na região dorsal, ao 
longo da metade superior da 
coluna vertebral em direção 
aos ombros. 
❖ Durante a primeira década de 
vida , permanece amplamente 
distribuído nas regiões cervical, 
axilar, para vertebral, 
mediastinal, esternal e 
abdominal. 
 
TECIDO ADIPOSO PARDO 
Os adipócitos do tecido adiposo 
multilocular pardo contém numerosas 
gotículas lipídicas. 
❖ Multiloculares: o citoplasma 
contém numerosas gotículas 
lipidicas pequenas (adipócitos 
pardos) 
❖ Uniloculares: contém apenas uma 
grande gotícula lipídica (adipócitos 
brancos) 
 
Os adipócitos pardos diferenciam-se a partir 
de células tronco mesenquimatosas. 
❖ Tecido adiposo pardo origina-se de 
células progenitoras mitogênicas 
esqueléticas comuns encontradas 
nos dermatomiótomos do embrião 
em desenvolvimento. 
 
O metabolismo dos lipídios no tecido 
adiposo pardo gera calor em um processo 
conhecido como termogênese. 
❖ Serve como fonte imediata de 
lipidio; quando oxidado, produz 
calor para aquecer o sangue que flui 
através do tecido adiposo pardo na 
saída da hibernação e na 
manutenção da temperatura 
corporal no frio. Esse tipo de 
produção de calor é conhecido 
como termogênese sem tremor. 
❖ A semelhança da mobilização dos 
lipídios no tecido adiposo branco, o 
lipídio é mobilizado, e o calor é 
gerado pelos adipócitos pardos 
quando são estimulados pelo 
sistema nervoso simpático. 
 
A atividade metabólica do tecido adiposo 
pardo é regulada pelo sistema nervoso 
simpático e está relacionada com a 
temperatura ambiente externa. 
❖ A atividade metabólica é em grande 
parte, regulada pela norepinefrina 
liberada das terminações nervosas 
simpáticas, que estimulam a lipolise 
e a hidrólise dos triglicerídeos e que 
também aumentam a expressão 
mitocondrial e a atividade de 
moléculas de UCP-1. 
❖ O frio estimula a utilização da 
glicose nos adipócitos pardos por 
meio da hiperexpressao de 
transportadores de glicose (Glut-4). 
 
A atividade termogênico do tecido adiposo 
pardo é encontrada na membrana 
mitocondrial interna. 
❖ Expressam uma proteína 
mitocondrial específica, 
denominada proteína de 
desacoplamento ou termogênina, 
que é essencial para o metabolismo 
dos adipócitos pardos. 
❖ O metabolismo dos lipídios no 
tecido adiposo pardo gera calor 
(termogênese) pelo 
desacoplamento, nas mitocôndrias, 
da oxidação dos ácidos graxos da 
produção de ATP. 
 
 
❖ Os adipócitos são capazes de 
sofrer transdiferenciação de 
adipócitos brancos em pardos e 
de adipócitos pardos em 
brancos em resposta as 
necessidades termogênicos do 
organismo. 
❖ A expressão ao frio e a 
atividade física induzem a 
transdiferenciação dos 
adipócitos brancos em 
adipócitos pardos. 
 
Transdiferenciacao do tecido adiposo

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