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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL – PF e PRF 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 5: 
Fala Pessoal, tudo certo?! Infelizmente chegamos à última aula de 
nosso curso... Que pena hein! 
Mas, vamos nos animar, pois o sofrimento está acabando e a vitória 
se aproxima, certo?! E hoje veremos assuntos de extrema 
importância para a prova – a segurança pública e a ordem social!!! 
Vamos nessa? 
Segurança Pública: 
Conceito: Dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.
Objetivo: É exercida para a preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Segundo a Constituição Federal, temos: 
1- Polícia Federal: 
• órgão permanente; 
• organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. 
Competências da PF: 
1. Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em 
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como 
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual 
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se 
dispuser em lei; 
2. Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e 
de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
3. Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras; 
4. Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da 
União. 
2- Polícia Rodoviária Federal: 
• órgão permanente; 
• organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. 
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Competência da PRF: Patrulhamento ostensivo das rodovias 
federais, na forma da lei. 
3- Polícia Ferroviária Federal: 
• órgão permanente; 
• organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. 
Competência da PFF: Patrulhamento ostensivo das ferrovias 
federais, na forma da lei. 
4- Polícia Civil: 
• Dirigida por delegados de polícia de carreira. 
Competência da Polícia Civil: Ressalvada a competência da 
União, possui as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
5- Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar 
• São forças auxiliares e reserva do Exército 
• Subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos 
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Competências da Polícia Militar (PM): Polícia ostensiva e 
preservação da ordem pública; 
Competências do Corpo de Bombeiros Militares (CBM): Além 
das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de 
defesa civil. 
Em relação à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militares 
- Cabe à LEI ESTADUAL ESPECÍFICA dispor sobre ingresso, limites 
de idade, estabilidade, remuneração, inatividade e etc. 
6-Guarda Municipal: 
Competência da guarda municipal: Proteção dos bens dos 
Municípios que a instituírem, serviços e instalações, conforme 
dispuser a lei. 
Questões: 
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1. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Segundo o STF, não há 
subordinação dos organismos policiais civis, que integram a estrutura 
do Estado, ao chefe do Poder Executivo, razão pela qual considera 
constitucional lei estadual que estabeleça autonomia administrativa, 
funcional e financeira à polícia civil. 
Comentários: 
Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que estabeleça 
autonomia administrativa, funcional e financeira à polícia civil, 
justamente porque isso iria contrariar o art. 144 §6º que estabelece a 
subordinação da polícia civil ao Governador. 
Gabarito: Errado. 
2. (CESPE/Promotor-MPE-SE/2010) Com relação à segurança 
pública, à polícia ostensiva e à polícia judiciária, assinale a opção 
correta. 
a) A segurança pública é dever da União e tem como objetivo 
fundamental a preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio. 
b) Os municípios que tiverem mais de vinte mil habitantes podem 
constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações. 
c) Às polícias civis competem, ressalvada a competência da União, as 
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto 
as militares. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre normas de 
organização, efetivos, material bélico e garantias, convocação e 
mobilização das polícias militares e dos corpos de bombeiros 
militares, bem como sobre normas de organização, garantias, direitos 
e deveres das polícias civis. 
e) As polícias militares e os corpos de bombeiros militares 
subordinam-se aos governadores dos estados, com exceção do DF, 
onde a subordinação se dá em relação ao chefe de governo da União. 
Comentários: 
A letra A é bem maldosa. Está errada, pois não se trata de dever da 
União, apenas, mas do Estado como um todo. Veja só no caput do 
art. 144 da Constituição. 
A letra B errou a limitar a faculdade das guardas municipais somente 
aos municípios com mais de 20 mil habitantes. Não há limitação. 
A letra C é a correta. 
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A letra D erra. Polícia civil não é federal, então, por que caberia a 
legislação ser privativa da União? Não faz sentido. legislar sobre a 
organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis é uma 
legislação concorrente (art. 24, XVI). 
A letra E errou ao estabelecer a "exceção do DF". Isso não existe. 
Gabarito: Letra C. 
3. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A Polícia Federal tem competência 
exclusiva para exercer as funções de polícia judiciária da União. 
Comentários: 
Isso mesmo. É o disposto na Constituição em seu art. 144 §1º, IV. A 
competência é exclusiva. 
Gabarito: Correto. 
4. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) A Polícia Federal tem 
competência constitucional para prevenir e reprimir, com 
exclusividade, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
contrabando e o descaminho. 
Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 144 § 1º, II, A polícia federal tem 
competência para prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação 
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de 
competência; 
Gabarito: Errado. 
5. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Caso seja 
praticado crime de estelionato contra instituição privada que integra o 
SUS, a instauração do inquérito policial é atribuição 
constitucionalmente prevista para a Polícia Federal. 
Comentários: 
Não será atribuição da PF, pois não se trata de uma instituição 
pública integrante da União, e sim uma instituição privada. 
Gabarito: Errado. 
6. (CESPE/SEJUS-ES/2009) As polícias militares, os corpos de 
bombeiros militares, as forças auxiliares e a reserva do Exército 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, ao presidente da 
República. 
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Comentários: 
Segundo o art. 144 § 6º da Constituição Federal: as polícias militares 
e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do 
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos 
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Gabarito: Errado. 
7. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) Os municípios podem 
instituir guardas municipais com a função de reforçar a segurança 
pública, em auxílio à polícia civil. 
Comentários: 
A Guarda Municipal não se presta ao auxílio da Polícia Civil, e nem 
exerce atribuição de polícia de segurança e ordem pública. 
Gabarito: Errado. 
8. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Os municípios têm a faculdade de, 
por meio de lei, constituir guardas municipais destinadas à proteção 
de seus bens,serviços e instalações, não lhes cabendo, contudo, o 
exercício da polícia ostensiva. 
Comentários: 
Segundo o art. 144 § 8º: Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
Gabarito: Correto. 
9. (CESPE/Delegado - Polícia Civil - RN/2009) Acerca da 
defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção 
correta. 
a) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive as militares. 
b) A Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, organizado e 
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma 
da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais, estaduais e 
municipais. 
c) Tratando-se de diligência determinada judicialmente para a busca 
e apreensão em residência, a participação da polícia militar não 
contamina o ato, em que pese não exercer a função de polícia 
judiciária. 
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d) Compete à Polícia Federal exercer, com exclusividade, as funções 
de polícia judiciária da União, sendo certo que cabe às polícias civis 
exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. 
e) A organização e o funcionamento dos órgãos federais responsáveis 
pela segurança pública serão disciplinados mediante decreto do 
presidente da República, de maneira a garantir a eficiência de suas 
atividades. 
Comentários: 
A letra A erra, pois seria "exceto as militares". 
A letra B também erra, pois o correto seria o patrulhamento 
ostensivo das rodovias federais, na forma da lei. 
A letra C é correta. O Supremo em 2 decisões (20081 e 20092), 
decidiu que, embora a polícia militar não seja uma polícia judiciária 
(polícia de investigação e apoio ao Poder Judiciário), mas uma polícia 
ostensiva e de preservação da ordem pública, ela poderá ser usada 
pelo Juiz no cumprimento de busca e apreensão. 
A letra D é errada, pois as funções de polícia marítima, aeroportuária 
e de fronteiras pertencem também à PF! 
A letra E afronta o art. 144 §7º que diz que A LEI disciplinará a 
organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela 
segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas 
atividades. 
Gabarito: Letra C. 
10. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) Os estados devem seguir o 
modelo federal de organização da segurança pública, atendo-se aos 
órgãos que, segundo a CF, são incumbidos da preservação da ordem 
pública, das pessoas e do patrimônio. 
Comentários: 
A Constituição Federal estabeleceu no seu art. 144 as diretrizes da 
segurança pública a ser observada em nível nacional, enumerando os 
órgãos responsáveis por cada parte da segurança pública. 
Gabarito: Correto. 
1 HC 91481 / MG - MINAS GERAIS Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO 
Julgamento: 19/08/2008. 
2 RE 404593 / ES - ESPÍRITO SANTO Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 
18/08/2009 
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11. (CESPE/Polícia Civil - ES/2009) A gestão da segurança 
pública, nos estados, é atribuição privativa dos delegados de polícia 
civil. 
Comentários: 
A segurança pública estadual não é formada somente pela polícia 
civil, teremos também a polícia militar e ainda o corpo de bombeiros 
militar. 
Gabarito: Errado. 
12. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) As 
corporações consideradas forças auxiliares e reserva do Exército 
subordinam-se aos governadores dos estados, do Distrito Federal e 
dos territórios. 
Comentários: 
A questão tira o seu fundamento diretamente da Constituição 
Federal, art. 144, § 6º, que dispõe: as policias militares e corpos de 
bombeiros militares, forcas auxiliares e reserva do Exercito, 
subordinam-se, juntamente com as policias civis, aos governadores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Gabarito: Correto. 
13. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) É permitido a 
um estado da Federação criar instituto geral de perícias estadual e 
inseri-lo no rol constitucional dos órgãos encarregados do exercício da 
segurança pública. 
Comentários: 
A Constituição Federal elencou quais seriam os órgãos responsáveis 
pela segurança pública em seu art. 144. São eles: Polícia Federal, 
Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia Civil, 
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares. Segundo o STF, isso 
não impede que o Estado da Federação crie um instituto geral de 
perícias, apenas impede que este órgão seja incluído como "órgão 
encarregado de segurança pública". Trata-se de uma questão tão 
somente formal. 
Gabarito: Errado. 
14. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Os Órgãos 
apresentados nas alternativas a seguir estão incluídos no art. 144 da 
Constituição como responsáveis pelo exercício da preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, à 
exceção de um. Assinale-o. 
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a) Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. 
b) Polícia Ferroviária Federal. 
c) Polícias Civis. 
d) Forças Armadas. 
e) Polícia Federal. 
Comentários: 
As Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) não são 
responsáveis por segurança pública, mas são, segundo o art. 142 da 
Constituição, instituições permanentes destinadas à defesa da Pátria, 
à garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. 
Gabarito: Letra D. 
15. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Com relação ao 
tema Segurança Pública analise as afirmativas a seguir: 
I. Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à 
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a 
lei. 
II. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
III. A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação 
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de 
competência. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários: 
I - Correto. É a faculdade dada pelo art. 144 § 8º da Constituição. 
II - Correto. Perfeita literalidade do art. 144 § 4º da Constituição. 
III - Correto. Agora combinou-se a literalidade do 144 § 1º da 
Constituição, com seu inciso II. 
Gabarito: Letra E. 
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Ordem Social: 
Disposição Geral: 
A ordem social é o oitavo título da Constituição. Título este que 
engloba: 
- Seguridade social (Conjunto formado pela Saúde + Previdência 
Social + Assistência Social); 
- Educação, Cultura e Desporto; 
- Ciência e tecnologia; 
- Comunicação Social; 
- Meio Ambiente; 
- Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso; e 
- Indios. 
Logo no art. 193 temos uma disposição que deve ser fixada para 
concursos: 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do 
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. 
Assim, é importante que seja fixado: 
• Base da ordem social = Primado do Trabalho. 
• Objetivo da ordem social = bem-estar e justiça social: 
16. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) A ordem social 
tem como base o primadodo trabalho, e como objetivo o bem-estar 
e a justiça sociais. 
Comentários: 
Trata-se da exata disposição do art. 193 da Constituição federal. 
Gabarito: Correto. 
Seguridade social (Disposições Gerais, Saúde, Previdência e 
Assistência Social): 
Este tema é simples, vocês não devem se assustar com ele. Para um 
estudo correto vocês tem que pegar a Constituição Federal, ler o art. 
194, depois ler o 195 (caput), passar o olho nos seus incisos, e após 
isso, decorar TODOS os parágrafos deste artigo. 
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O art. 194, o caput do 195, e os parágrafos do 195 são os mais 
cobrados em concurso. 
Os incisos do 195 trazem as contribuições sociais, em um primeiro 
momento, vocês podem achar meio estranho ficar decorando isso, 
mas nós vamos esquematizar tudo, não se preocupe!!! 
Beleza? Vamos nessa. 
Pelo art. 194 da Constituição: a seguridade social compreende 
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
(Obs. Não confunda seguridade social com "seguro" social, este é 
sinônimo de "previdência social", já a seguridade social é o conjunto 
desses 3 acima). 
17. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A seguridade social tem por 
finalidade assegurar exclusivamente os direitos relativos à saúde, 
mediante um conjunto integrado de ações de iniciativa tanto do poder 
público como da sociedade. 
Comentários: 
Acabamos de ver que segundo o art. 194 da Constituição, a 
seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
Gabarito: Errado. 
18. (FCC/ISS-SP/2007) A seguridade social compreende um 
conjunto de ações: 
a) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
b) dos Poderes Públicos, mas não da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
c) da sociedade, e não dos Poderes Públicos, destinadas a assegurar 
somente os direitos relativos à assistência social. 
SAÚDE PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA SOCIAL+SEGURIDADE
SOCIAL
= +
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d) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social e à 
educação. 
e) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social, à 
educação e à cultura. 
Comentários: 
A questão é simples, só para fixar o conceito de seguridade social, lá 
do art. 194. Seguridade = Saúde + Previdência + Assistência. 
Logo, na letra A, está a resposta correta. 
A letra B está errada pois o art. 194 diz: a seguridade social 
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Gabarito: Letra A. 
Natureza dos serviços: 
Pronto... Já sabemos que a Seguridade Social = Saúde + Previdência 
+ Assistência Social. Com isso 40% das questões de prova estão 
resolvidas. 
Vamos agora, diferenciar as linhas gerais de cada um desses 3 
serviços. Cada um dos 3 serviços tem um foco diferente no que 
tange a prestação. Vejamos: 
1- Saúde = Todos, rico, pobre, feio ou bonito, têm direito à saúde. 
Logo, ela é Universal. 
2- Previdência Social = Somente quem contribui para o regime é 
que terá direito aos benefícios da previdência (aposentadoria, auxílio-
doença...). Ela é contributiva. 
3- Assistência Social = Só receberá o benefício aquele que 
realmente precisar, já que ela é uma forma de atender àqueles 
desamparados. Daí dizer que ela é seletiva, pois seleciona quem vai 
receber o benefício. 
19. (FJG/Assistente Social - PM-RJ/2005) A seguridade social 
instituída pela Constituição de 1988, apesar de apresentar caráter 
inovador e intencionar compor um sistema ou um padrão amplo de 
direitos sociais, acabou caracterizando-se por um sistema híbrido, 
constituído das políticas de saúde, previdência social e 
assistência social. Possuindo naturezas diferentes quanto ao 
acesso, essas políticas se caracterizam, respectivamente, como: 
A) contributiva, universal e seletiva 
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B) universal, contributiva e seletiva 
C) seletiva, universal e não contributiva 
D) contributiva, restritiva, e redistributiva 
Comentários: 
A saúde é universal, todos têm direito. 
A previdência é contributiva, só quem contribuir conseguirá ter 
acesso aos benefícios. E a Assistência social é seletiva, pois seleciona 
quem está realmente necessitado para receber o benefício. 
Gabarito: Letra B. 
Objetivos da Seguridade Social: 
ATENÇÃO!!! AGORA É O PONTO MAIS IMPORTANTE DO TEMA!!! 
Questão absurdamente recorrente trata dos objetivos da 
seguridade social. A maioria esmagadora das questões sobre o 
tema cobram os objetivos da seguridade, e a maioria se limita à 
literalidade (embora tenhamos algumas que cobrem os conceitos). 
Assim, é importantíssimo que vocês decorem a literalidade destes 
incisos. É sério! As bancas são maldosas... decore efetivamente a 
literalidade dos nomes: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e 
serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão QUADRIPARTITE, com participação, nos órgãos 
colegiados, dos: 
 Trabalhadores; 
 Empregadores; 
 Aposentados; e 
 Governo. 
Vítor, mas o que significa cada um? Vamos lá: 
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1- universalidade da 
cobertura e do 
atendimento: 
Aqui são 2 princípios: Universalidade da 
cobertura e a universalidade do 
atendimento. A universalidade da cobertura 
quer dizer que a seguridade deve "cobrir" 
todos os problemas sociais que precisem de 
uma atenção especial do Estado: doenças, 
acidentes, reclusão, morte, velhice... Por sua 
vez, a universalidade do atendimento significa 
que todas as pessoas poderão ser acolhidas 
pela Seguridade Social, desde que se 
enquadrem nos requisitos constitucionais. Por 
exemplo: para fazer jus à Previdência Social, 
ela tem que contribuir! Para fazer jus à 
assistência social, não precisa contribuir, mas 
deve ser uma pessoa hipossuficiente, já a 
saúde é direito de todos, independe de 
contribuição ou de poder aquisitivo. 
2- uniformidade e 
equivalência dos 
benefícios e serviços 
às populações 
urbanas e rurais: 
Primeiro, a cobertura das contingências 
(problemas sociais) devem se dar de forma 
igualitária, ou seja, a mesma coisa que se tem 
cobertura na cidade, deve-se ter também para 
à população rural (velhice, doenças...). E, 
segundo, os benefícios devem ser equivalentes 
no que tange ao "valor". 
3- seletividade e 
distributividade na 
prestação dos 
benefícios e serviços: 
Aqui temos 2 princípios: seletividade e 
distributividade. 
Ser seletivo significa que irá se estabelecer 
prioridades (vem de "selecionar"). Mas 
selecionar o que? Selecionar quais "SERVIÇOS 
E BENFICIOS" serão prestados. 
A distributividade significa atender 
prioritariamente as "PESSOAS" que precisam 
mais, como forma de se alcançar o bem-estar 
e a justiça social.A seletividade e distributividade ocorre devido 
à limitada capacidade econômica, devendo 
haver prioridades. Veja que este princípio 
acaba por condicionar e estabelecer limites ao 
princípio da universalidade da cobertura e do 
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atendimento. 
4- irredutibilidade do 
valor dos benefícios: 
Trata-se de uma proibição de que se reduza o 
valor "NOMINAL" dos benefícios... 
Ou seja, se alguém ganhar 100 reais em certo 
benefício, nunca vai poder passar a ganhar 
menos de 100 reais, ou seja, o valor nominal. 
Este princípio, não protege por si só, o 
valor "REAL" (poder de compra), analisado 
considerando a inflação. Assim, se no concurso 
vier dizendo que este princípio impede que 
haja uma redução do valor REAL, estará 
errado! Trata-se apenas de uma proteção ao 
valor nominal (valor de "número", 
independentemente do seu poder de compra). 
5- eqüidade na forma 
de participação no 
custeio: 
Ter equidade é "ser justo", ou seja, a equidade 
na participação do custeio é a justiça no 
momento de contribuir. Deve-se, assim, levar 
em consideração a capacidade contributiva no 
momento de participar do custeio da 
seguridade. Quem tem mais paga mais, quem 
tem menos paga menos. 
6- diversidade da 
base de 
financiamento: 
O financiamento deve ser feito por diversas 
fontes de recursos (várias contribuições sociais 
e recursos orçamentários), além de uma 
diversidade de gente para contribuir (cidadão, 
governo, empresas...). Este princípio é 
expresso na Constituição pelo art. 195: 
A seguridade social será financiada por 
toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante 
recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; e das 
seguintes contribuições sociais
(...). 
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7- caráter 
democrático e 
descentralizado da 
administração, 
mediante gestão 
quadripartite: 
Aqueles que têm interesse na Seguridade, 
devem participar da gestão. Assim, nos órgãos 
colegiados (aqueles que decidem por vontade 
da maioria) da seguridade social, deve haver 
representantes dos trabalhadores, 
empregadores. aposentados e governo. 
20. (CESPE/MPS/2010) Entre as regras gerais estipuladas para 
organizar a seguridade social, consta a possibilidade de redução dos 
valores dos benefícios com o propósito de garantir a universalidade 
da cobertura e do atendimento. 
Comentários: 
A Constituição, em seu art. 194, parágrafo único, traz os objetivos da 
seguridade social. e no seu inciso IV consagra a irredutibilidade do 
valor dos benefícios. 
Gabarito: Errado. 
21. (CESPE/MPS/2010) Entre os objetivos traçados pela CF para 
a organização da seguridade social, consta o caráter democrático e 
descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite. 
Comentários: 
Exatamente, segundo a Constituição, em seu art. 194, parágrafo 
único, VII, a administração da seguridade social deve possuir um 
caráter democrático e descentralizado, mediante gestão 
quadripartite, com participação de trabalhadores, empregadores, 
aposentados e governo nos órgãos colegiados. 
Gabarito: Correto. 
22. (FCC/AJEM-TRT-15ª/2009) A seguridade social, além de 
outros, tem como objetivos a: 
a) iniquidade na forma de participação no custeio. 
b) distributividade na prestação dos benefícios e serviços. 
c) redutibilidade do valor dos benefícios. 
d) centralização da administração mediante gestão única. 
e) unidade da base de financiamento estatal. 
Comentários: 
Para essa questão, bastava saber os nomes, que como eu disse: 
devem estar decorados!!! 
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Gabarito: Letra B. 
23. (FCC/ACE-TCE-AM/2008) O financiamento da seguridade 
social por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de 
contribuições sociais enumeradas na Constituição da República, 
esteia-se no princípio constitucional da 
a) universalidade da cobertura e do atendimento. 
b) diversidade da base de financiamento. 
c) seletividade e distributividade na prestação de benefícios. 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios. 
e) descentralização da administração, mediante gestão quadripartite. 
Comentários: 
Trata-se da literalidade do art. 195, que nada mais é do que a 
expressão do princípio da diversidade da base de financiamento. 
Ou seja, o financiamento da seguridade deve se dar através de 
diversas fontes diferentes. 
Gabarito: Letra B. 
24. (FCC/DPE-PA/2009) Dentre os princípios da Seguridade 
Social encontra-se o da 
a) universalidade da cobertura e do atendimento, o que significa que 
todas as ações abrangidas pela seguridade social independem de 
contraprestação do beneficiário. 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços entre as 
populações urbanas e rurais, ainda quando o sistema de contribuição 
de cada qual seja distinto. 
c) irredutibilidade do valor dos benefícios, de modo que os índices de 
atualização monetária dos valores das contribuições devem também 
ser aplicados aos valores dos benefícios. 
d) criação, majoração ou extensão de benefício ou serviço da 
seguridade social independentemente de indicação da correspondente 
fonte de custeio total. 
e) diversidade da base de financiamento, de modo que a seguridade 
social seja financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como das 
contribuições previstas na Constituição Federal e legislação com ela 
conforme. 
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Comentários: 
Essa questão nos traz a necessidade de comentários separados, 
vejamos: 
Letra A - está errada, pois universalidade da cobertura e do 
atendimento faz referência à "abrangência" da seguridade social, a 
universalidade das contingências e a universalidade das pessoas 
atendidas. Quando a assertiva fala em "as ações abrangidas pela 
seguridade social independem de contraprestação do beneficiário" ela 
traz algo que é característico apenas da assistência social e da saúde, 
não sendo verdade para fins de previdência social, que é 
necessariamente contributiva. 
Letra B - Não existe essa de "ainda quando o sistema de contribuição 
de cada qual seja distinto", não há essa distinção pelo simples fato de 
ser "urbano" ou "rural". 
Letra C - Errado. O que eu falei? A irredutibilidade não protege valor 
real... somente o nominal, então, não tem nada que falar em "deve 
corrigir monetariamente o benefício". Este princípio não assegura a 
irredutibilidade do "poder de compra", mas tão-somente do valor do 
benefício em termos nominais (número). 
Letra D - Errado. Trata-se de uma disposição constante do art. 195 
§5º: nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser 
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de 
custeio TOTAL. 
Letra E - Essa tá certinha... Foi o que vimos, tá lá no art. 195, 
expressando na Constituição o princípio da diversidade da base de 
financiamento. 
Gabarito: Letra E. 
25. (FCC/Analista - MPU/2007) Analise: 
I. Eqüidade na forma de participação no custeio; 
II. Singularidade da cobertura e do atendimento; 
III. Igualdade da base de financiamento; 
IV. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e 
serviços. 
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, são 
objetivos da seguridade social APENAS os indicados em 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
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e) III e IV. 
Comentários: 
Nessa aqui bastava saber a literalidade. 
O item II está errado, pois a cobertura e atendimento são informados 
pelas "universalidade" e não pela "singularidade", e o item III erra 
pelo fato de a base de financiamento ser "diversificada". 
O I e IV estão corretos. 
Gabarito: Letra B. 
Financiamento da Seguridade Social: 
Sabemos que a seguridade social é informada pela "diversidade da 
base de financiamento". Assim, segundo o art. 195: a seguridade 
social será financiada por toda a sociedade de forma direta e 
indireta. 
Esse financiamento da sociedade se dá através de recursos 
orçamentários (provenientes dos orçamentos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) e de diversas 
contribuições sociais, dispostas no art. 195. 
Lembrem-se que vocês precisam ler os parágrafos do art. 195. Logo 
no primeiro parágrafo traz algo muito importante e cobrado em 
concursos no que se refere ao financiamento da seguridade social 
com recursos orçamentários: 
CF, art. 195 § 1º As receitas dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União. 
Assim, todos os entes da federação devem contribuir para o 
financiamento da seguridade social, mas este financiamento será 
destacado em seu próprio orçamento, e não no orçamento da União. 
Segundo o art. 195, além dos recursos orçamentários, existem várias 
contribuições sociais para financiar a seguridade. Essas contribuições 
sociais são TRIBUTOS, logo devem ser instituídas por LEI (ou 
medida provisória). Elas se dividem basicamente em 4 grupos 
(vide incisos do art. 195): 
*1- Do Empregador (empresa ou entidade equiparada); 
2- Do Trabalhador (e demais segurados); 
3- Dos concursos de prognósticos (loterias e sorteios);
4- Do importador. 
As contribuições sobre o primeiro grupo (empregador, empresa ou 
entidade equiparada) podem incidir em 3 diferentes áreas: 
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*a) Sobre a folha de salários paga (e demais rendimentos 
pagos ou creditados ao trabalhador, ainda que este não tenha 
vínculo empregatício); 
b) Sobre a receita ou o faturamento do empregador; 
c) Sobre o lucro do empregador. 
A Constituição estabelece que essas 3 contribuições incidentes sobre 
o empregador, poderão ter alíquotas ou bases de cálculo 
diferenciadas, em razão da atividade econômica, utilização intensiva 
de mão-de-obra, porte da empresa ou condição estrutural do 
mercado de trabalho (CF, art. 195 §9º); 
*OBS.1 - É importante também que se diga que essas contribuições 
do empregador sobre a folha de salários e a contribuição do 
trabalhador (assinaladas com "*", serão chamadas de Contribuições 
Sociais PREVIDENCIÁRIAS, e só poderão ser usadas para 
financiar os benefícios pagos pelo Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS), não poderão ter nenhum outro 
destino (CF, art. 167, XI). 
OBS.2 - Outra coisa, segundo o art. 195 §11º, é vedada a concessão 
de remissão ou anistia destas contribuições previdenciárias para 
débitos em montante superior ao fixado em Lei Complementar. 
Demais parágrafos do art. 195: 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será 
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis 
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em 
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão 
de seus recursos. 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da 
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá 
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir 
a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido 
o disposto no art. 154, I. 
Essas "outras fontes" são as chamadas "contribuições novas ou 
residuais", que observando o art. 154, I e a jurisprudência do STF, 
devem cumprir os seguintes requisitos: 
• deverão ser instituídas por lei complementar; 
• as contribuições deverão ser não cumulativas; 
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• não poderão ter fato gerador ou base de cálculo idênticos às de 
contribuições já existentes. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social 
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só 
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data 
da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, 
III, “b”. 
Assim, diz-se que as contribuições sociais, embora tributos, não se 
sujeitam à anterioridade anula (CF, art. 150, III) segundo a qual, os 
tributos só poderão ser exigíveis no ano seguinte à publicação da lei 
que os instituiu. As contribuições sociais se sujeitam à "anterioridade 
nonagesimal" sendo exigíveis após um lapso de 90 dias. 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as 
entidades beneficentes de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei. 
STF – Súmula nº 730 → A imunidade conferida a instituições de 
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da CF, 
somente alcançará as entidades fechadas de previdência social se não 
houver contribuição dos beneficiários. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais 
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, 
que exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota 
sobre o resultado da comercialização da produção e farão 
jus aos benefícios nos termos da lei. 
Essa redação foi dada pela EC 20/98 que excluiu os “garimpeiros” da 
relação. 
Esse § 8º relaciona aqueles chamados "segurados especiais" - são 
segurados especiais as pessoas da lista abaixo, bem como seus 
respectivos cônjuges: 
O produtor; 
O parceiro; 
O meeiro; e 
O arrendatário. 
O pescador ARTESANAL 
Rurais Desde que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes.
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Os segurados especiais, são chamados de "especiais" pois eles devem 
contribuir para a seguridade mediante a aplicação de uma alíquota 
sobre o resultado da comercialização da produção e com isso 
eles farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
§ 10 A lei definirá os critérios de transferência de recursos 
para o sistema único de saúde e ações de assistência social 
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos. 
§ 12 A lei definirá os setores de atividade econômica para os 
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; 
e IV do caput, serão não cumulativas. 
Ou seja, a não cumulatividade será definida em lei, para as 
contribuições: 
• sobre a receita/faturamento; e 
• do importador. 
§ 13 Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de 
substituição gradual, total ou parcial, da contribuição 
incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a 
receita ou o faturamento. 
A ideia é que gradativamente se substitua a contribuição incidente 
sobre a folha de salários pela contribuição sobre a 
receita/faturamento e que a não cumulatividade continue sendo 
assegurada para estas. 
Vamos fazer algumas questões para fixar antes que 
enlouqueçamos: 
26. (CESPE/MPS/2010) A CF prevê, expressamente, como fonte 
de financiamento para a seguridade social,a contribuição social da 
empresa incidente sobre o lucro. 
Comentários: 
É isso mesmo, segundo o art. 195, existem várias contribuições 
sociais para financiá-la, dividindo-se em 4 grupos: 
1- Do Empregador (empresa ou entidade equiparada); 
2- Do Trabalhador (e demais segurados); 
3- Dos concursos de prognósticos (loterias e sorteios); 
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4- Do importador. 
As contribuições sobre o primeiro grupo (empregador, empresa ou 
entidade equiparada) podem incidir em 3 diferentes áreas: 
a) Sobre a folha de salários paga (e demais rendimentos pagos 
ou creditados ao trabalhador, ainda que este não tenha vínculo 
empregatício); 
b) Sobre a receita ou o faturamento do empregador; 
c) Sobre o lucro do empregador; 
Gabarito: Correto. 
 
27. (CESPE/MTE/2008) Sobre a receita de concursos de 
prognósticos incide contribuição social destinada a financiar a 
seguridade social. 
Comentários: 
Concurso de prognósticos é qualquer sorteio de números ou símbolos, 
como as loterias. Sobre a receita destes concursos, incidirá 
contribuição a fim de financiar a seguridade social, nos termos do art. 
195, III. 
Gabarito: Correto. 
28. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O pescador artesanal 
que exerça suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, não contribuirá para a seguridade social. 
Comentários: 
O pescador artesanal também está no grupo dos "segurados 
especiais", ou seja, aqueles que devem contribuir para a seguridade 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e assim fazer jus aos benefícios 
nos termos da lei. Desta forma, eles não estão dispensados de 
contribuir. 
Gabarito: Errado. 
29. (CESPE/MPS/2010) A fim de conferir maior estabilidade ao 
sistema atuarial, integram o orçamento da União as receitas dos 
estados, do DF e dos municípios destinadas à seguridade social. 
Comentários: 
Nos termos da Constituição Federal, em seu art. 195, §1º, as receitas 
dos Estados, do DF e dos Municípios, destinadas à seguridade social 
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constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento 
da União. 
Gabarito: Errado. 
30. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Ao dispor sobre a ordem 
social, a CF estabelece que as receitas dos estados, do DF e dos 
municípios, destinadas à seguridade social, constem do respectivo 
orçamento, não integrando o orçamento da União. 
Comentários: 
É a perfeita disposição do art. 195 §1º da Constituição, orientando 
para que as receitas orçamentárias arrecadadas pelos entes para 
serem destinadas à seguridade social permaneçam no orçamento do 
respectivo ente, e não integre assim o orçamento da União. 
Gabarito: Correto. 
31. (FCC/AJEM-TRT-3ª/2009) Em relação à seguridade social, é 
correto afirmar: 
a) As contribuições da seguridade social incidentes em cada situação 
podem ser instituídas por lei ordinária, medida provisória, decreto do 
Chefe do Executivo, vedadas as de portaria ministerial. 
b) Os recursos para o financiamento da seguridade social serão 
provenientes, dentre outros, dos orçamentos dos Municípios e de 
contribuições sociais sobre a receita de concursos de prognósticos. 
c) As contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade 
social, como tributos, só poderão ser exigidas após decorrido um ano 
da lei que as houver instituído, conforme o princípio da anterioridade 
do exercício financeiro. 
d) O parceiro, o meeiro e o pescador artesanal, ainda que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, mas que não tenham moradia própria, são isentos de 
contribuição para a seguridade social. 
e) As contribuições de seguridade social do empregador, da empresa 
e da entidade a ela equiparada não poderão ter alíquotas ou bases de 
cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou de 
condição estrutural do mercado de trabalho. 
Comentários: 
A letra A está incorreta, pois as contribuições sociais são tributos, e 
como tais, só podem ser instituídos por LEI (também vale medida 
provisória), logo, não pode instituir contribuição por decreto 
presidencial. 
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A Letra B está correta! O art. 195 fala: a seguridade social será 
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e
das seguintes contribuições sociais... (entre elas está a incidente 
sobre a receita de concursos de prognósticos). 
A letra C está errada, pois embora elas sejam realmente tributos, as 
contribuições não se sujeitam à anterioridade anual, mas apenas a 
uma anterioridade "nonagesimal" (90 dias) conforme diz o art. 195 
§6º: As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei 
que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, “b” (O art. 150, III, “b” é justamente a 
anterioridade anual, a qual não se aplica). 
A letra D está errada!!! Eles devem contribuir sim... embora sejam 
"segurados especiais" (ahhh... e não tem essa de "sem moradia 
própria", isso é irrelevante). O que temos que saber é que segundo a 
previsão do art. 195 da Constituição em seu § 8º, os "segurados 
especiais" devem contribuir para a seguridade mediante a aplicação 
de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e com isso eles farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. 
A letra E contraria o disposto no art. 195 § 9º (As contribuições 
sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade 
econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho) conforme 
foi visto no esquema que fizemos! 
Gabarito: Letra B. 
32. (FCC/AJAJ-TRT-15ª/2009) Quanto à seguridade social é 
INCORRETO que 
a) a sua fonte de financiamento abrange os recursos provenientes 
dos orçamentos da União, do Distrito Federal e dos Municípios, além 
de contribuições sociais. 
b) será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
na forma da lei. 
c) os benefícios e os serviços da seguridade social poderão ser 
criados, majorados ou estendidos, na forma da lei, ainda que sem a 
correspondente fonte de custeio. 
d) são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
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e) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, 
não integrando o orçamento da União. 
Comentários: 
A letra A e a letra B se completam, juntas formam o art. 195 da 
Constituição, expressão do princípio da "diversidade da base do 
financiamento". Estão corretas. 
A letra C está errada, pois para se criar ou ampliar benefícios, é 
obrigatório que seja indicada qual será a fonte de custeio TOTAL 
deles (CF, art. 195, §6º). 
A Letra D traz exatamente a "imunidade" a contribuições prevista no 
art. 195 §7º: "são isentas de contribuição para a seguridade social as 
entidades beneficentes de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei". 
A letra E também está correta. Ao se formar o orçamento da 
seguridade social, aquilo que o Estado/DF ou Município estiver 
destinando, será incluído nos próprios orçamentos, não integrará o 
orçamento da União, por força do art.195 §1º. 
Gabarito: Letra C. 
33. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos do disposto na Constituição 
Federal de 1988 a seguridade social será financiada pela União e pelo 
plano gestor dos Estados e Municípios. 
Comentários: 
A seguridade social é financiada nos termos do art. 195 da 
Constituição. Ou seja, mediante orçamento dos entes da federação e 
mediante contribuição sociais. 
Gabarito: Errado. 
34. (ESAF/AFRF/2005) Nenhum benefício da seguridade social 
poderá ser criado ou majorado sem a correspondente fonte de 
custeio total, salvo os de caráter emergencial para atendimento de 
calamidade pública. 
Comentários: 
Pelo art. 195 §5º da Constituição, não existe exceção para “os de 
caráter emergencial para atendimento de calamidade pública”. 
Gabarito: Errado. 
35. (ESAF/MPU/2004) As contribuições sociais destinadas ao 
custeio da seguridade social serão exigíveis noventa dias após a data 
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da promulgação da lei que as houver instituído ou modificado ou no 
primeiro dia do exercício financeiro seguinte, quando a lei for 
promulgada a menos de noventa dias do fim do exercício financeiro. 
Comentários: 
A questão possui dois erros. O primeiro é que as contribuições sociais 
do art. 195 só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da 
data da publicação (CF, art. 195 §6º). Outro erro, é que não existe 
disposição sobre o que o enunciado versa em sua segunda parte: 
“quando a lei for promulgada a menos...”. 
Gabarito: Errado. 
EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO: 
Educação 
Conceito, objetivo e princípios: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e 
da família, será promovida e incentivada com a colaboração 
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais; 
Súmula Vinculante nº 12 → A cobrança de taxa de matrícula nas 
universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da 
Constituição Federal. 
CF, art. 242 → O princípio da gratuidade do ensino público em 
estabelecimentos oficiais não se aplica às instituições educacionais 
oficiais, criadas por lei estadual ou municipal, e existentes na data da 
promulgação da CF, que não sejam total ou preponderantemente 
mantidas com recursos públicos. 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, 
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com 
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e 
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títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela EC 
53/06 que retirou o "piso salarial profissional" do texto, 
porém incluiu o inciso VIII que prevê um piso nacional nos 
termos de lei federal) 
Perceba que o concurso não será de "provas ou provas e títulos", 
mas exclusivamente "provas e títulos". 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais 
da educação escolar pública, nos termos de lei federal. 
(Incluído pela EC 53/06) 
Profissionais da educação básica 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de 
trabalhadores considerados profissionais da educação básica 
e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação 
de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela 
EC 53/06) 
Autonomia e princípio da indissociabilidade 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e 
patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade 
entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, 
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído 
pela EC 11/96) 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de 
pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela EC 11/96) 
Ensino público 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 
17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua 
oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso 
na idade própria; (Redação dada pela EC 59/09) 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
(Redação dada pela EC 14/96) 
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III - atendimento educacional especializado aos portadores 
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças 
até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela EC 53/06 
que reduziu a idade de 6 para 5 anos) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa 
e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da 
educação básica, por meio de programas suplementares de 
material didático escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde. 
(Redação dada pela EC 59/09 que incluiu o atendimento 
para todas as etapas da educação básica - antes se falava 
"no ensino fundamental”) 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito 
público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder 
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da 
autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no 
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos 
pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. 
Ensino privado 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as 
seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Conteúdo curricular 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino 
fundamental, de maneira a assegurar formação básica 
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, 
nacionais e regionais. 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, 
constituirá disciplina dos horários normais das escolas 
públicas de ensino fundamental. 
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§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em 
língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas 
também a utilização de suas línguas maternas e processos 
próprios de aprendizagem. 
Papel de cada um dos entes no ensino 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios organizarão em regime de colaboração seus 
sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos 
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas 
federais e exercerá, em matéria educacional, função 
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização 
de oportunidades educacionais e padrão mínimo de 
qualidade do ensino mediante assistência técnica e 
financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 
(Redação dada pela EC 14/96) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela EC 
14/96) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão 
prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído 
pela EC 14/96)§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão 
formas de colaboração, de modo a assegurar a 
universalização do ensino obrigatório. 
(Incluído pela EC 14/96, porém, com redação atual dada 
pela EC 59/09 que incluiu a "União" e o "DF". Antes se 
falava apenas em "Estados e Municípios") 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao 
ensino regular. (Incluído pela EC 53/06) 
Recursos para o ensino 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de 
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de 
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
Organizando: 
• A União → nunca menos de 18%; e 
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• Os Estados/DF e os Municípios → no mínimo, 25%. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida 
pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é 
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, 
receita do governo que a transferir. 
Exemplo hipotético: A União arrecada 200 mil de impostos e passa 50 
mil para certo Estado que havia arrecadado, por sua vez, 20 mil. A 
base de cálculo para a União será 150 mil e para o Estado 70 mil. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" 
deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino 
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na 
forma do art. 213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará 
prioridade ao atendimento das necessidades do ensino 
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de 
padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano 
nacional de educação. (Redação dada pela EC 59/09 que a 
previu que a prioridade será no que se refere a 
universalização, garantia de padrão de qualidade e 
equidade) 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e 
assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão 
financiados com recursos provenientes de contribuições 
sociais e outros recursos orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de 
financiamento a contribuição social do salário-educação, 
recolhida pelas empresas na forma da lei. 
(Redação dada pela EC 53/06. A contribuição social do 
salário-educação já existe desde o texto original da 
Constituição, porém, a EC 14/96 modificou esse texto 
original, o qual permitia que as empresas deduzissem o que 
aplicassem no ensino fundamental de seus empregados ou 
dependentes, para retirar a possibilidade desta dedução. 
Posteriormente, a EC 53/06 apenas alterou a expressão 
"ensino fundamental público" colocando em seu lugar 
"educação básica pública") 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da 
contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na 
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educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. 
(Incluído pela EC 53/06) 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas 
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, 
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus 
excedentes financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra 
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder 
Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser 
destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e 
médio, na forma da lei, para os que demonstrarem 
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e 
cursos regulares da rede pública na localidade da residência 
do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir 
prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão 
poderão receber apoio financeiro do Poder Público. 
Plano Nacional de Educação 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, 
de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema 
nacional de educação em regime de colaboração e definir 
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação 
para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino 
em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de 
ações integradas dos poderes públicos das diferentes 
esferas federativas que conduzam a: 
(Redação dada pela EC 59/09 que instituiu que o Plano 
Nacional de Educação seria "decenal" - o texto anterior 
falava em "plurianual" -, além de prever que caberia ao 
plano definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias) 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos 
públicos em educação como proporção do produto interno 
bruto. (Incluído pela EC 59/09) 
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Cultura: 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos 
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e 
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das 
manifestações culturais. 
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas 
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros 
grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas 
de alta significação para os diferentes segmentos étnicos 
nacionais. 
§ 3º - A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de 
duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do 
País e à integração das ações do poder público que 
conduzem à: (Parágrafos e incisos incluídos pela EC 48/05) 
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; 
II - produção, promoção e difusão de bens culturais; 
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da 
cultura em suas múltiplas dimensões; 
IV - democratização do acesso aos bens de cultura; 
V - valorização da diversidade étnica e regional. 
Patrimônio cultural Brasileiro 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens 
de natureza material e imaterial, tomados individualmente 
ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira, nos quais se incluem: 
I - as formas de expressão; 
II - os modos de criar, fazer e viver; 
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais 
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, 
ecológico e científico. 
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, 
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por 
meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e 
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desapropriação, e de outras formas de acautelamento e 
preservação. 
Esquematizando, os meios então serão: 
• inventários; 
• registros; 
• vigilância; 
• tombamento; 
• desapropriação; e 
• outras formas de acautelamento e preservação. 
Tombamento – Ato do Poder Público que promove uma restrição ao 
uso de certo bem (móvel ou imóvel) com a finalidade de preservar o 
patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico etc., sem retirar a 
propriedade ou a posse da pessoa ao qual obem pertence. 
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a 
gestão da documentação governamental e as providências 
para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o 
conhecimento de bens e valores culturais. 
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão 
punidos, na forma da lei. 
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios 
detentores de reminiscências históricas dos antigos 
quilombos. 
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a 
fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por 
cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento 
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação 
desses recursos no pagamento de: (Parágrafo e incisos 
incluídos pela EC 42/03) 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada 
diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
Perceba que no art. 204, parágrafo único, temos a mesma disposição 
em se tratando da assistência social. 
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Desporto 
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas 
formais e não-formais, como direito de cada um, 
observados: 
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e 
associações, quanto a sua organização e funcionamento; 
II - a destinação de recursos públicos para a promoção 
prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, 
para a do desporto de alto rendimento; 
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional 
e o não- profissional; 
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas 
de criação nacional. 
Justiça desportiva e a exceção ao princípio da 
inafastabilidade do Poder Judiciário 
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à 
disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se 
as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta 
dias, contados da instauração do processo, para proferir 
decisão final. 
Lazer 
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de 
promoção social. 
Questões: 
36. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A cobrança de matrícula 
como requisito para que o estudante possa cursar universidade 
federal viola disposto da CF, pois, embora configure ato burocrático, 
a matrícula constitui formalidade essencial para que o aluno tenha 
acesso à educação superior. 
Comentários: 
Um candidato a concurso público deve ter muita atenção às questões 
de súmulas, ainda mais as vinculantes. Segundo a Súmula Vinculante 
nº 12, a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas 
viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
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37. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A educação infantil, por 
qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, 
em seu processo de concretização, a avaliações meramente 
discricionárias da administração pública, nem se subordina a razões 
de puro pragmatismo governamental. 
Comentários: 
Segundo o STF, a educação infantil representa prerrogativa 
constitucional indisponível, assegurada às crianças, para efeito de seu 
desenvolvimento integral, e como primeira etapa do processo de 
educação básica. Assim, ocorre a imposição de uma obrigação 
constitucional de criar condições objetivas que possibilitem, de 
maneira concreta o efetivo acesso e atendimento em creches e 
unidades de pré-escola, sob pena de configurar-se inaceitável 
omissão governamental. Desta forma, a educação qualifica-se como 
direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo 
de concretização, a avaliações meramente discricionárias da 
Administração Pública, nem se subordina a razões de puro 
pragmatismo governamental. 
Gabarito: Correto. 
38. (CESPE/SEJUS-ES/2009) De acordo com a CF, os recursos 
públicos serão destinados às escolas públicas, vedando-se a 
destinação desses recursos a escolas filantrópicas. 
Comentários: 
Segundo o art. 213 da Constituição, os recursos públicos serão 
destinados às escolas públicas, e poderão ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei. Essa 
destinação poderá ocorrer desde que estas escolas: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes 
financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola 
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no 
caso de encerramento de suas atividades. 
Gabarito: Errado. 
39. (CESPE/SEDF/2009) O ensino religioso deve ser ministrado 
nos horários normais de aula, sendo de matrícula obrigatória aos 
estudantes do ensino fundamental. 
Comentários: 
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Segundo a Constituição em seu art. 210 §1º, o ensino religioso é de 
matrícula facultativa e constituirá disciplina dos horários normais 
das escolas públicas de ensino fundamental. 
Gabarito: Errado. 
40. (CESPE/SEDF/2009) O ensino fundamental regular deve ser 
ministrado em língua portuguesa, independentemente do público-
alvo, de modo a garantir a soberania brasileira. 
Comentários: 
A questão até traz uma regra correta, mas generaliza. Segundo a 
Constituição em seu art. 210 §2º, o ensino fundamental regular será 
ministrado em língua portuguesa, porém, é assegurada às 
comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e 
processos próprios de aprendizagem. 
Gabarito: Errado. 
41. (CESPE/SEDF/2009) O plano nacional de educação deve 
conduzir à qualidade do ensino e à universalização do atendimento 
escolar, sem, contudo, abranger a formação para o trabalho. 
Comentários: 
A Constituição em seu art. 214, dispõe sobre o plano nacional de 
educação e traça seus objetivos. Entre estes objetivos, encontramos 
a formação para o trabalho (CF, art. 214, IV). 
Gabarito: Errado. 
42. (CESPE/SEDF/2009) Os sistemas de ensino federal, estadual 
e municipal devem atuar em regime de colaboração, cabendo aos 
estados e ao DF o atendimento prioritário ao ensino fundamental e 
médio. 
Comentários: 
Enquanto os Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil, os Estados e o Distrito Federal 
atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio (CF, art. 211 
§§2ºe3º). 
Gabarito: Correto. 
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43. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional preceito legal 
municipal que inclua nova disciplina escolar nos currículos de ensinos 
fundamental e médio da rede pública do município. 
Comentários: 
Não há qualquer restrição para isto, desde que esteja atuando dentro 
dos limites da educação municipal. 
Gabarito: Errado. 
44. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF 
estabelece que o Estado deve garantir a todos o pleno exercício dos 
direitos culturais e o acesso às fontes de cultura e, nesse sentido, 
estabelece a obrigatoriedade para os estados e o DF de vincularem 
até 0,5% de sua receita tributária líquida a fundo estadual de 
fomento à cultura. 
Comentários: 
Não é uma obrigatoriedade e sim uma faculdade, de acordo com o 
art. 216 §6º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
Ciência e Tecnologia: 
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o 
desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação 
tecnológicas. 
§ 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento 
prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o 
progresso das ciências. 
§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á 
preponderantemente para a solução dos problemas 
brasileirose para o desenvolvimento do sistema produtivo 
nacional e regional. 
§ 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos 
nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos 
que delas se ocupem meios e condições especiais de 
trabalho. 
§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam 
em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, 
formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e 
que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao 
empregado, desvinculada do salário, participação nos 
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ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu 
trabalho. 
§ 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular 
parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de 
fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. 
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e 
será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento 
cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a 
autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal. 
Questões: 
45. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) É 
facultado aos estados e ao DF vincular parcela de sua receita 
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa 
científica e tecnológica. 
Comentários: 
Trata-se da disposição do art. 218 §5º, que faculta aos Estados e ao 
Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a 
entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e 
tecnológica. 
Gabarito: Correto. 
46. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) É admitida a vinculação, 
pelos estados e pelo Distrito Federal, de parcela de sua receita 
orçamentária a entidades privadas e públicas de fomento ao ensino e 
à pesquisa científica e tecnológica. 
Comentários: 
Segundo o art. 218 §5º da Constituição, essa vinculação é admitida 
em se tratando de entidades “públicas”, não para entidades privadas. 
Gabarito: Errado. 
 
47. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) De acordo com a CF, a 
pesquisa científica básica deve receber tratamento prioritário do 
Estado e a pesquisa tecnológica deve voltar-se preponderantemente 
para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento 
dos sistemas produtivos nacional e regional. 
Comentários: 
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É um mandamento do art. 218 §1º da Constituição: a pesquisa 
científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em 
vista o bem público e o progresso das ciências. 
Gabarito: Correto. 
48. (CESPE/Analista – CNPq/2011) O Estado, por meio de lei, 
deve apoiar e estimular as empresas que invistam em pesquisa, 
criação de tecnologia adequada ao país, formação e aperfeiçoamento 
de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração 
que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação 
nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho. 
Comentários: 
Tal disposição pode ser encontrada na Constituição, art. 218 §4º - A 
lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, 
criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento 
de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração 
que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação 
nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho. 
Gabarito: Correto. 
49. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF impõe aos estados e ao 
Distrito Federal o dever de vincular parcela de sua receita 
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa 
científica e tecnológica. 
Comentários: 
Não se trata de uma obrigação, já que o art. 218 § 5º diz ser 
facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua 
receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à 
pesquisa científica e tecnológica. 
Gabarito: Errado. 
Comunicação Social: 
Liberdade de expressão 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a 
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou 
veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o 
disposto nesta Constituição. 
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir 
embaraço à plena liberdade de informação jornalística em 
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qualquer veículo de comunicação social, observado o 
disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
Art. 5º: 
IV → É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato; 
V → Direito de resposta proporcional ao agravo; 
X → Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra, e imagem; e 
indenização por dano material e moral; 
XIII → Liberdade de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações que a lei estabelecer; 
XIV → Direito de informação e o resguardo do sigilo da fonte quando 
necessário ao exercício profissional. 
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza 
política, ideológica e artística. 
Sobre o tema, ainda podemos destacar o § 6º deste artigo, que diz: 
a publicação de veículo impresso de comunicação independe 
de licença de autoridade. 
Competência da lei federal 
§ 3º - Compete à lei federal: 
I - (Classificação indicativa) regular as diversões e 
espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar 
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se 
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se 
mostre inadequada; 
II - (Defesa da família contra abusos na programação) 
estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à 
família a possibilidade de se defenderem de programas ou 
programações de rádio e televisão que contrariem o 
disposto no art. 221, bem como da propaganda de 
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à 
saúde e ao meio ambiente. 
Propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, 
agrotóxicos, medicamentos e terapias 
§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas 
alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará 
sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do 
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parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, 
advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso. 
Vedação ao monopólio 
§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou 
indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio. 
Liberdade: 
§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação 
independe de licença de autoridade. 
Princípios da Programação 
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de 
rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: 
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais 
e informativas; 
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à 
produção independente que objetive sua divulgação; 
III - regionalização da produção cultural, artística e 
jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; 
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da 
família. 
Empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens 
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de 
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou 
de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que 
tenham sede no País. (Redação dada pela EC 36/02) 
Organizando: 
• brasileiros natos; ou 
• naturalizados há mais de 10 anos; ou 
• pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e 
que tenham sede no País. 
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do 
capital total e do capital votante das empresas jornalísticas 
e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá 
pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou

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