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Concentração e diluição da Urina

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CONCENTRAÇÃO E DILUIÇÃO DA URINA 
Concentração total dos solutos no líquido extracelular 
(osmolaridade): determinada pela quantidade de 
soluto dividida pelo volume de líquido extracelular 
Solutos mais abundantes do líquido extracelular: sódio 
e cloreto- a osmolaridade do líquido extracelular é 
determinada pelas quantidades extracelulares de 
sódio e água 
EXCREÇÃO DE ÁGUA 
Excesso de água 
• Rins são capazes de excretar urina com uma 
osmolaridade baixa (50 mOsm/L) 
 
Deficiência de água 
• Rins capazes de excretar urina com uma 
concentração elevada (1.200 a 1400 mOsm/L) 
 
Rins capazes de excretar um grande volume de urina 
diluída ou um pequeno volume de urina concentrada 
sem que haja mudanças significativas na taxa de 
excreção dos solutos 
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO 
 
Aumento da osmolaridade dos líquidos corporais 
• Secreção de mais ADH 
• Grandes quantidades de água são reabsorvidas 
e o volume de urina diminui sem que ocorra 
mudança acentuada na excreção renal de 
soluto 
 
Excesso de água no corpo 
• Osmolaridade reduzida 
• Secreção de ADH diminui 
• Excreção de grandes quantidades de urina 
diluída 
 
URINA DILUÍDA = DIMINUIÇÃO DE ADH E 
REABSORÇÃO DE ÁGUA 
Filtrado glomerular 
• Osmolaridade é quase igual a do plasma (300 
mOsm/L) 
 
Túbulos proximais 
• Soluto e água reabsorvidos em proporções 
iguais 
• Pouca alteração na osmolaridade 
 
Alça de Henle descendente 
• Água é reabsorvida 
• líquido tubular entra em equilíbrio com líquido 
intersticial circundante que é hipertônico 
(1.200 a 1.400 mOsm/L) 
 
Alça de Henle ascendente 
• Sódio, potássio e cloreto absorvidos 
avidamente 
• Impermeável a água 
• Líquido tubular torna-se mais diluído enquanto 
se dirige para a parte inicial do túbulo distal 
 
Parte inicial do túbulo distal 
• Hipo-osmótico 
• Osmolaridade baixa – 1/3 da osmolaridade do 
plasma 
 
Parte final do túbulo contorcido distal e ductos 
coletores 
• Reabsorção adicional de cloreto de sódio e 
outros solutos 
• Ausência de ADH – impermeável á água e a 
reabsorção extra de soluto deixa o líquido 
tubular ainda mais diluído – osmolaridade cai 
(50mOsm/L) 
EXCREÇÃO DE URINA CONCENTRADA 
Deficiência de água no corpo 
• Elevação na osmolaridade do plasma e nos 
níveis de ADH 
• Urina concentrada 
 
 Requisitos básicos para formar urina concentrada 
• Alto nível de ADH 
• Líquido intersticial da medula renal com 
osmolaridade elevada 
 
Líquido tubular que sai da Alça de Henle 
• Osmolaridade baixa – 100 mOsm/L 
 
Interstício medular que circunda os túbulos coletores 
• Bastante concentrado com sódio e ureia – ação 
do sistema multiplicador de contracorrente 
que depende das características especiais da 
permeabilidade da alça de Henle 
 
 
Líquido túbulos distais → túbulos e ductos coletores 
• Reabsorvida até que a osmolaridade do líquido 
tubular se equilibre com a osmolaridade do 
líquido intersticial da medula circundante 
• Urina altamente concentrada (1,200-1.400 
mOsm/L quando os níveis de ADH estão 
presentes 
SISTEMA MULTIPLICADOR DE 
CONTRACORRENTE 
• Para a medula renal aumentar sua 
osmolaridade até 1.200-1.400 mOsm/L, o 
interstício medular precisa acumular mais 
solutos que água 
• A osmolaridade elevada é mantida pelo 
equilíbrio entre a entrada e a saída de solutos 
e água da medula 
Contribuem para o aumento da concentração de 
solutos na medula renal 
• Transporte ativo de íons sódio e cotransporte 
de íons potássio, cloreto e outros íons do 
segmento espesso da alça de Henle 
ascendente para o interstício da medula 
• Transporte ativo de íons dos ductos coletores 
para o interstício da medula 
• Difusão facilitada de grandes quantidades de 
ureia dos ductos coletores da medula interna 
para o interstício medular 
• Difusão apenas de pequenas quantidades de 
água dos túbulos coletores da medula para o 
interstício, em um grau muito menor do que a 
reabsorção de soltos para o interstício 
medular, e praticamente nenhuma difusão de 
água da alça de Henle ascendente para a 
medula 
TROCA POR CONTRACORRENTE NOS VASOS 
RETOS 
Características especiais dos vasos retos que ajudam 
a manter as concentrações de soluto elevadas 
• Fluxo sanguíneo baixo: apenas 1% a 2 % do 
fluxo sanguíneo renal total. Fluxo lento o 
suficiente para suprir as necessidades 
metabólicas dos tecidos e ajuda a minimizar a 
perda de solutos pelo interstício medular 
• Atuam como trocadores de contracorrente 
minimizando a remoção de solutos do 
interstício medular – Forma de U dos capilares 
dos vasos retos 
Conforme o sangue desce para o interior da medula, 
torna-se mais concentrado, porque os capilares dos 
vasos retos são altamente permeáveis a água e aos 
solutos 
A medida que o sangue sobre de volta para o córtex, 
torna-se menos concentrado- os solutos se difundem 
de volta para o interstício medular e a água se desloca 
para dentro dos vasos retos 
A perda efetiva de solutos do líquido intersticial é 
pequena 
QUANTIFICAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO E DA 
DILUIÇÃO RENAIS DA URINA 
Urina 
• Diluída: excreta mais água do que solutos 
• Concentrada: excreta mais solutos do que 
água 
Depuração osmolar (Cosm) 
• Velocidade na qual os solutos são depurados 
no sangue 
• Volume de plasma depurado dos solutos por 
minuto 
𝐶𝑜𝑠𝑚 =
(𝑈𝑜𝑠𝑚 𝑋 𝑉)
𝑃𝑜𝑠𝑚
 
Uosm: osmolaridade da urina 
V: taxa de fluxo urinário 
Posm: osmolaridade do plasma 
 
Depuração de água livre 
• Taxas relativas nas quais os solutos e a água 
são excretados 
• A diferença entre a excreção de água 
(velocidade do fluxo urinário) e a depuração 
osmolar 
Taxa da depuração de água livre 
• Velocidade na qual a água livre de solutos é 
excretada pelos rins 
• Positiva: excesso de água está sendo excretado 
• Negativa: excesso de solutos está sendo 
removido do sangue pelos rins e a água está 
sendo conservada 
 
DISTÚRBIOS DA CAPACIDADE DE 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
• Secreção diminuída de ADH: diabetes 
insípidos central – resulta de lesões da cabeça, 
infecções ou anormalidades congênitas 
• Incapacidade dos rins responder ao ADH: 
diabetes insípidus nefrogênico. Causado por 
uma falha do mecanismo de contracorrente 
em tornar o interstício medular hiperosmótico 
ou pela falha dos túbulos distais e coletores e 
dos ductos coletores em responder ao ADH.A 
diminuição do funcionamento da alça de Henle 
– uso de diuréticos são capazes de 
comprometer a capacidade de concentrar a 
urina. Aumentos acentuados do fluxo 
sanguíneo na medula renal podem lavar alguns 
dos solutos da medula renal e reduzir a 
capacidade máxima de concentração 
• Lítio e teraciclinas- comprometem a 
capacidade dos segmentos distais dos néfrons 
em responder ao ADH 
CONTROLE DA OSMOLARIDADE E DA 
CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO DO LÍQUIDO 
EXTRACELULAR 
Intimamente relacionadas- o sódio é o cátion mais 
abundante do compartimento extracelular. 
Concentração de sódio no plasma: 14-145 mEq/L 
Osmolaridade: 300 mOmsn/L, raramente muda mais 
de 2% a 3% 
Sistema primários envolvidos na regulação da 
concentração de sódio e da osmolaridade 
• Sistema de feedback osmorreceptor - ADH 
• Mecanismo da sede 
SISTEMA DE FEEDBACK OSMORRECEPTOR 
Osmolaridade se eleva 
• Estimular as células osmorreceptoras do 
hipotálamo anterior, próximo aos núcleos 
supraópticos, a enviar sinais retransmitidos 
para a hipófise posterior 
• Potenciais de ação conduzidos para hipófise 
posterior estimulam a liberação de ADH 
• ADH transportado pelo sangue até os rins 
• Aumento da permeabilidade à água dos 
seguimentos ditais do néfron provoca um 
aumento da reabsorção de água e excreção de 
volume pequeno de urina concentrada – 
ocorre diluição dos solutos do líquido 
extracelular- corrige a concentração excessiva 
do líquido extracelular 
ADH 
Hipotálamo 
• Contém dois tipos de neurônios grandes quesintetizam ADH: 
▪ 5/6 sintetizado nos núcleos 
supraópticos 
▪ 1/6 nos núcleos paraventriculares 
• Núcleos possuem prolongamentos axonais que 
alcançam a parte posterior da hipófise 
Secreção 
• Em resposta a um estímulo osmótico – rápida 
• Níveis plasmáticos podem aumentar várias 
vezem em minutos 
ADH E REFLEXOS CARDIOVASCULARES 
• Reflexo barorreceptor arterial 
• Reflexo cardiopulmonar 
Estímulos aferentes – nervos vago e glossofaríngeo→ 
núcleo do trato solitário → núcleos hipotalâmicos 
PA e volume sanguíneo caem 
• Aumento da secreção de ADH provoca um 
aumento da reabsorção de líquido pelos rins – 
restaurar a pressão arterial e volume 
sanguíneo 
OUTROS ESTÍMULOS QUE PROVOCAM A 
SECREÇÃO DE ADH 
 
 
SEDE 
• Regula a ingestão de líquidos 
• Junto com o sistema de osmorreceptores – 
ADH mantém um controle rigoroso da 
osmolaridade e da concentração de sódio do 
líquido extracelular 
Estímulos 
• Elevação da osmolaridade do líquido 
extracelular 
• Redução do volume de líquido extracelular e 
da PA 
• Angiotensina II – eleva o volume sanguíneo e a 
PA até níveis normais 
• Provenientes do TGI- duração curta 
 
ADH + SEDE 
Mecanismos de feedback- manter a osmolaridade do 
plasma razoavelmente constante 
Quando um dos mecanismos falha o outro ainda é 
capaz de manter a osmolaridade e a concentração de 
sódio extracelular em níveis constantes, contanto que 
haja ingestão suficiente de líquidos 
Se ambos falharem, nem a concentração de sódio, nem 
a osmolaridade poderão ser controladas de modo 
adequado 
 
ANGIOTENSINA II E ALDOSTERONA 
• Dois reguladores hormonais mais importantes 
da reabsorção tubular renal de sódio 
Não tem um efeito importante sobre a concentração 
de sódio do plasma 
• Ambos aumentam a reabsorção de sódio e 
água pelos túbulos renais → aumento do 
volume do LEC e da quantidade de sódio, mas 
provoca pouca alteração na CONCENTRAÇÃO 
de sódio 
• Qualquer tendência de elevação da 
concentração plasmática de sódio é 
compensada pelo aumento da ingestão de 
água ou da secreção de ADH, o que tende a 
diminuir o líquido extracelular até valores 
normais 
Perda total da secreção de aldosterona 
• Adrenalectomia, doença de Addison 
• Enorme perda de sódio pelos rins → 
diminuição da concentração de sódio no 
plasma 
• Grandes perdas de sódio são acompanhadas 
pela redução drástica de volume e diminuição 
da PA → podem ativar o mecanismo da sede e 
levar a uma diminuição adicional da 
concentração plasmática de sódio, apesar do 
aumento da ingestão de água ajudar a 
minimizar a redução do volume dos líquidos 
corporais 
 
	Concentração e diluição da Urina
	Excreção de água
	Hormônio antidiurético
	Urina diluída = diminuição de AdH e reabsorção de água
	Excreção de urina concentrada
	sistema multiplicador de contracorrente
	Troca por contracorrente nos vasos retos
	Quantificação da concentração e da diluição Renais da urina
	Distúrbios da capacidade de concentração da urina
	Controle da osmolaridade e da concentração de sódio do líquido extracelular
	Sistema de feedback Osmorreceptor
	ADH
	ADH e reflexos cardiovasculares
	Outros estímulos que provocam a secreção de ADH
	Sede
	ADH + sEDE
	Angiotensina II e aldosterona

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