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NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | ROTEIRO MORFOFUNCIONAL - FISIOLOGIA II 2 PERÍODO - PROF.: Dra. LIDIANE BERNARDES O Papel dos Rins no Controle a Longo Prazo da Pressão Arterial e na Hipertensão: O Sistema Integrado de Regulação da Pressão Arterial Aluna: Naysa Gabrielly Alves de Andrade 1- DESCREVA DE FORMA SUCINTA OS MECANISMOS DE CONCENTRAÇÃO URINÁRIA E ALTERAÇÕES NA OSMOLARIDADE NOS DIFERENTES SEGMENTOS DOS TÚBULOS RENAIS - A osmolaridade é determinada pela quantidade de soluto dividida pelo volume do líquido extracelular - O corpo possui um sistema de feedback que regula a osmolaridade e a concentração do sódio plasmático. Esse mecanismo atua alterando a excreção renal de água, independentemente da excreção de solutos. Um efetor importante desse feedback é o hormônio antidiurético - Quando a osmolaridade dos líquidos corporais aumenta para valores acima do normal, ou seja, os solutos nos líquidos corporais ficam muitos concentrados, a hipófise posterior secreta mais ADH, aumentando a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água. Esse mecanismo aumenta a reabsorção de água e reduz o volume urinário, mas sem alterações acentuadas na excreção renal dos solutos - Quando tem excesso de água no corpo e, logo, diminuição da osmolaridade do líquido extracelular, a secreção do ADH diminui, reduzindo assim a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água, isso leva à excreção de maiores quantidade de urina mais diluída. Resumindo: a secreção do ADH determina, em grande parte, a excreção renal de urina diluída ou concentrada NO TÚBULO PROXIMAL: - Conforme o líquido flui pelo túbulo proximal, os solutos e a água são reabsorvidos em proporções equivalentes, o que leva a uma pequena alteração da osmolaridade - Ou seja, o líquido do túbulo proximal permanece isosmótico ao plasma, com osmolaridade de aproximadamente 300mOsm/L - Quando o líquido chega ao ramo descendente da alça de Henle, a água é reabsorvida por osmose e o líquido tubular atinge o equilíbrio como líquido intersticial adjacente da medula renal que é muito hipertônico – cerca de 2-4x a osmolaridade do filtrado glomerular inicial Resumindo: o líquido tubular fica mais concentrado à medida que flui pela alça de Henle, em direção à medula interna NO RAMO ASCENDENTE DA ALÇA DE HENLE: - No segumento espesso há muita reabsorção de sódio, potássio e cloreto, essa porção do segmento tubular é impermeável à água, mesmo na presença de grande quantidade de ADH NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | Resumindo: O líquido tubular fica mais diluído a medida que flui pelo ramo ascendente da alça de henle até o início do túbulo distal - Independente da presença ou ausência de ADH, o líquido que deixa o segmento tubular distal inicial é hiposmótico, com osmolaridade de 1/3 da osmolaridade do plasma NOS TÚBULOS DISTAIS E COLETORES: - Quando o líquido diluído no túbulo distal inicial passa para o túbulo convoluto distal final, ducto coletor cortical e ducto coletor, ocorre reabsorção adicional de NaCl - Na ausência de ADH, essa porção também é impermeável à água, e a reabsorção extra de solutos faz com que o líquido tubular fique ainda mais diluído, diminuindo sua osmolaridade para valores em torno de 50mOsm/L - A falha na reabsorção de água e de solutos levam à produção de grande volume de urina diluída - A quantidade de água reabsorvida no túbulo coletor cortical é criticamente dependente da concentração plasmática de ADH. Na ausência desse hormônio, esse segmento fica quase impermeável à água e não pode reabsorvê-la, mas continua reabsorvendo solutos, diluindo ainda mais a urina Com a alta concentração de ADH, o túbulo coletor cortical fica muito permeável à água, assim, grande quantidade de água passa a ser reabsorvida do túbulo para o interstício cortical, onde é removida pelos capilares peritubulares com fluxo rápido - A medida que o líquido tubular flui ao longo dos ductos coletores medulares, ocorre reabsorção hídrica adicional do líquido tubular para o interstício, mas a quantidade total de água é pequena em comparação à adicionada ao interstício cortical - A água reabsorvida é conduzida pelos vasa recta para o sangue venoso - Em altos níveis de ADH, os ductos coletores ficam permeáveis à água, de forma que o líquido no final desses ductos tenha a mesma osmolaridade do líquido intersticial da medula renal Resumo: o mecanismo de formação de urina diluída consiste na reabsorção contínua de solutos, a partir dos segmentos distais do sistema tubular sem reabsorção de água NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | - Em rins saudáveis, o líquido que deixa a alça descendente de henle e o túbulo distal inicial é sempre diluído, independentemente do nível de ADH. Sem esse hormônio ocorre maior diluição da urina no túbulo distal final e nos ductos coletores, e excreção de grande volume de urina diluída - A capacidade dos rins de produzir pequeno volume de urina concentrada minimiza a ingestão de líquido necessária para manter a homeostasia - Quando ocorre déficit hídrico no corpo, os rins geram urina concentrada por continuar excretando solutos, ao mesmo tempo em que aumenta a reabsorção de água, diminuindo o volume de urina GRAVIDADE ESPECÍFICA DA URINA: quando mais concentrada for a urina, maior será sua gravidade específica. É a medida do peso dos solutos, em dado volume de urina, sendo então determinada pelo número de moléculas do soluto em dado volume REQUISITOS PARA EXCREÇÃO DE URINA CONCENTRADA: - Nível alto de ADH aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores de água, permitindo que esses segmentos tubulares reabsorvam água mais intensamente - Alta osmolaridade do líquido intersticial medular renal produz o grandiente osmótico necessário para a reabsorção de água em presença de altos níveis de ADH O interstício renal que circunda os ductos coletores é hiperosmótico, assim, quando os níveis de ADH estão elevados, a água se desloca pela membrana tubular, por osmose para o interstício renal e retorna à circulação sanguínea pelos vasa recta. Assim, a capacidade de concentração urinária é limitada pelo nível de ADH e pelo grau de hiperosmolaridade da medula renal PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE SOLUTOS NA MEDULA RENAL: - Transporte ativo de íons sódio e cotransporte de íons potássio, cloreto e outros íons, do ramo ascendente espesso da alça de Henle para o interstício medular - Transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício medular - Difusão facilitada de grande quantidade de ureia, dos ductos coletores medulares internos para o interstício medular - Difusão de pequena quantidade de água dos túbulos medulares para o interstício medular, em proporção inferior à reabsorção de solutos para o interstício medular NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | RESUMO: TÚBULO PROXIMAL: - 64% dos eletrólitos filtrados são reabsorvidos no túbulo proximal - As membranas tubulares são muito permeáveis à água - Sempre que os solutos são reabsorvidos, a água também se difunde pela membrana tubular por osmose - A difusão de água pelo epitélio tubular proximal é auxiliada pelo canal de água, aquaporina 1 - A osmolaridade do líquido que resta é a mesma da do filtrado glomerular (300mOsm/L) RAMO DESCENDENTE DA ALÇA DE HENLE: - Conforme o líquido flui pelo ramo descendente da alça de Henle, a água é absorvida para o interstício da medula renal - O ramo descendente também possui aquaporina1, é muito permeável à água e menos permeável ao NaCl e à ureia - A osmolaridade do líquido que flui pela alça descendente aumenta de forma gradativa até se tornar próxima à do líquido intersticial adjacente, quando a concentração plasmática de ADH é elevada RAMO ASCENDENTE DELGADO DA ALÇA DE HENLE: - É basicamente impermeável à água, mas reabsorve uma certaquantidade de NaCl - Devido a alta concentração de NaCl no líquido tubular, com a perda de água por osmose no ramo descendente da alça, ocorre uma difusão passiva do NaCl do lúmen do ramo ascendente delgado par ao interstício medular, assim, o líquido tubular fica mais diluído, já que o NaCl se difunde para fora do túbulo e a água permanece no túbulo - Uma parte da ureia reabsorvida pelo interstício medular a partir dos ductos coletores também se difunde pelo ramos ascendente delgado, retornando a ureia para o sistema tubular e auxiliando na manutenção da medula hiperosmótica por impedir que o interstício medular seja diluído - A reciclagem da ureia é um mecanismo adicional que contribui com a medula renal hiperosmótica RAMO ASCENDENTE ESPE SSO DA ALÇA DE HENLE: - É praticamente impermeável à água, mas grande quantidade de sódio, cloreto, potássio e outros íons é ativamente transportada do túbulo para o interstício medular. Por isso, o líquido no ramo ascendente espesso da alça de Henle se torma muito diluído PORÇÃO INICIAL DO TÚBULO DISTAL: - Tem propriedades similares às do ramo ascendente espesso da alça de Henle - O líquido tubular fica ainda mais diluído enquanto a água permanece no túbulo PORÇÃO FINAL DO TÚBULO DISTAL E TÚBULOS COLETORES CORTICAIS: NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | - A osmolaridade do líquido depende do nível de ADH Com altos níveis, esses túbulos ficam muito permeáveis à água, ocorrendo reabsorção significativa de água. A ureia não é muito permeável nessa parte do néfron, o que resulta no aumento de sua concentração à medida que a água é reabsorvida, isso faz com que a maior parte da ureia, que chega ao túbulo distal e túbulo coletor, passe para os ductos coletores medulares interno, e a partir daí acabe sendo reabsorvida ou excretada na urina Na ausência de ADH, uma pequena quantidade de água é reabsorvida na porção final do túbulo distal e túbulo coletor cortical, por isso a osmolaridade diminui ainda mais, em virtude da reabsorção contínua de íons nesses segmentos DUCTOS COLETORES MEDULARES INTERNOS: - Depende: Do ADH Da osmolaridade do interstício medular que os circundam - Na presença de grande quantidade de ADH, esses ductos ficam muito permeáveis à água, assim, ocorre difusão de água do túbulo para o líquido intersticial até que seja atingiso equilíbrio osmótico e o líquido tubular chegue à concentração semelhante à do interstício medular renal - Quando o ADH está elevado, temos a produção de urina muito concentrada mas com baixo volume - Embora o NaCl seja um dos principais solutos que contribuem para a hiperosmolaridade do interstício medular, o rim pode, quando necessário, excretar urina muito concentrada com pouca quantidade de sal, nessa circunstância, a hiperosmolaridade da urina se deve às altas concentrações de outros solutos, principalmente produtos residuais como a ureia e a creatinina. Uma condição que isso corre é a desidratação, acompanhada por baixa ingestão de sódio (o baixo consumo de sódio, estimula a formação da angiotensina II e da aldosterona, que juntos levam à reabsorção de sódio pelos túbulos, ao mesmo tempo em que não interferem na ureia e nos outros solutos para manter a urina muito concentrada) - Grandes quantidades de urina diluída podem ser excretadas sem aumentar a excreção de sódio, esse efeito é desempenhado pela diminuição da secreção de ADH, o que reduz a reabsorção da água nos segmentos tubulares mais distais, sem alterar a reabsorção de sódio 2- DESCREVA OS FATORES QUE REGULAM A SECREÇÃO DE POTÁSSIO. - A regulação normal da excreção do potássio corre como resultado de variações da secreção de potássio pelas células principais dos túbulos coletores e distais finais A concentração elevada de potássio no líquido extracelular NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | - O aumento na concentração de potássio no LEC estimula a secreção de potássio - O aumento da ingestão de potássio e da concentração de potássio no LEC estimula a secreção de potássio por meio de 4 mecanismos: 1) A concentração de potássio elevada no LEC estimula a bomba sódio-potássio ATPase, aumentando a captação de potássio através da membrana basolateral. Esse aumento na captação de potássio eleva a concentração intracelular dos íons potássio, provocando sua difusão pela membrana luminal para o túbulo 2) O aumento da concentração extracelular de potássio aumenta o gradiente de potássio do líquido intersticial renal para o interior da célula epitelial, isso diminui o extravasamento retrógrado dos íons potássio das células pela membrana basolateral 3) O aumento da ingestão de potássio estimula a síntese dos canais de potássio e a sua translocação desde o citosol para a membrana luminal o que eleva a facilidade de difusão do potássio através da membrana 4) A concentração elevada de potássio estimula a secreção da aldosterona pelo córtex adrenal, que estimula ainda mais a secreção de potássio Os altos níveis da aldosterona - A aldosterona estimula a reabsorção ativa dos íons sódio pelas células principais dos túbulos distais e dos ductos coletores finais - Esse efeito é mediado pela bomba sódio-potássio ATPase, que transporta sódio para fora da célula, pela membrana celular basolateral, para o líquido intersticial renal, ao mesmo tempo em que bombeia potássio para a célula - A aldosterona também aumenta o número de canais de potássio na membrana luminal e a sua permeabilidade para o potássio, elevando ainda mais a eficácia da aldosterona sobre a estimulação da secreção de potássio - O efeito da concentração dos íons potássio na estimulação da secreção de aldosterona faz parre do sistema de feedback para regular a excreção de potássio. Nesse sistema, o aumento da concentração plasmática de potássio estimula a secreção da aldosterona e eleva o nível sanguíneo desse hormônio. A elevação da aldosterona sanguínea provoca aumento acentuado da excreção de potássio pelos rins. Em seguida, essa excreção renal aumentada de potássio reduz a concentração de potássio no líquido extracelular de volta ao normal. Assim, o mecanismo de feedback atua de modo sinérgico com o efeito direto da concentração extracelular elevada do potássio, aumentando a excreção de potássio nos casos de ingestão elevada NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | O aumento do fluxo tubular - A elevação do fluxo tubular distal, como ocorre nos casos de expansão de volume, de ingestão aumentada de sódio ou de terapia com alguns diuréticos, estimula a secreção de potássio - Quando a ingestão de potássio é alta, o fluxo tubular tem efeito muito maior no estímulo da secreção de potássio do que quando a ingestão é baixa - Existem 2 efeitos de um fluxo de grande volume que elevam a secreção de potássio: 1) Quando o potássio é secretado para o líquido tubular sua concentração luminal aumenta, diminuindo a força motriz da difusão de potássio através da membrana luminal. Se o fluxo luminal aumentar, o potássio secretado flui livre e continuamente pelo túbulo, minimizando o aumento de sua concentração tubular e a secreção efetiva de potássio aumenta 2) A velocidade de fluxo tubular elevada também aumenta o número de canais BK na membrana luminal. Os canais BK se tornam ativos em resposta a aumentos na velocidade de fluxo, assim elevando a condutância do potássio através da membrana luminal - O efeito do fluxo tubular aumentado é importante para ajudar a manter a excreção normal de potássio durante as variações da ingestão de sódio - Alta ingestão de sódio ocorre redução da secreção da aldosterona, isso reduz a secreção de potássio e consequentemente reduz a excreção urunária. A ocorrência de fluxo tubular distal aumentado tende a elevar a secreção de potássio, assim, a secreção reduzida de aldosterona e aumento do fluxo tubular, contrabalançam-se mutualmente, resultando empequena alteração na excreção de potássio NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | - O fator que reduz a secreção do potássio é a elevação da concentração dos íons hidrogênio (acidose) 3- DESCREVA OS MECANISMOS QUE REGULAM A EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO E DA SUA CONCENTRAÇÃO NO LÍQUIDO EXTRACELULAR - O cálcio é filtrado e reabsorvido nos rins, mas não é excretaedo - Sua excreção renal é calculada da seguinte forma: Excreção renal de cálcio = cálcio filtrado – cálcio reabsorvido - A excreção de cálcio é ajustada para atender às necessidades do corpo Com o aumento da ingestão de cálcio há elevação da excreção de cálcio, apesar de muito desse aumento na ingestão ser eliminado nas fezes Com a depleção de cálcio, a excreção de cálcio pelos rins diminui como resultado da maior reabsorção tubular REABSORÇÃO TUBULAR PROXIMAL DE CÁLCIO: - Grande parte da reabsorção de cálcio no túbulo proximal acontece pela via paracelular, dissolvido em água e carregado com o líquido reabsorvido à medida que flui entre as células - Cerca de 20% da reabsorção tubular proximal de cálcio ocorrem pela via transcelular, em 2 etapas: 1) Difusão do cálcio do lúmen tubular para a célula, estabelecida pelo gradiente eletroquímico devido à concentração muito maior de cálcio no lúmen tubular, em comparação com o citoplasma da célula epitelial, e porque o interior da célula tem carga negativa em relação ao lúmen tubular 2) O cálcio sai da célula pela membrana basolateral, por meio de uma bomba de cálcio-ATPase e pelo contratrasportador de sódio-cálcio NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | ALÇA DE HENLE E REABSORÇÃO DE CÁLCIO NO TÚBULO DISTAL: - A reabsorção de cálcio é restrita à parte ascendente espessa - 50% da reabsorção de cálcio na porção ascendente espessa ocorrem pela via paracelular por difusão passiva, devido à pequena carga positiva do lúmen tubular em relação ao líquido intersticial - Os outros 50% ocorrem por via transcelular, processo que é estimulado pelo PTH - A vitamina D (calcitriol) e a calcitonina também estimulam a reabsorção de cálcio na parte ascendente espessa da alça de Henle e no túbulo distal, apesar desses hormônios não serem tão importantes quanto a PTH na redução de excreção renal de cálcio FATORES QUE REGULAM A REABSORÇÃO TUBULAR DE CÁLCIO: - Principal controlador da reabsorção tubular renal do cálcio é o PTH níveis elevados desse hormônio estimulam a reabsorção de cálcio nas alças ascendentes espessas de Henle e nos túbulos distais, o que reduz sua excreção urinária - A redução do PTH promove a excreção de cálcio por diminuir sua reabsorção nas alças de Henle e nos túbulos distais - No túbulo proximal, a reabsorção de cálcio se equipara à reabsorção de sódio e água e é independente do PTH. Nos casos de expansão do volume extracelular ou de aumento da PA há também redução da reabsorção do cálcio e elevação da excreção urinária de cálcio. Com a contração do volume extracelular ou queda da pressão sanguínea, a excreção de cálcio diminui em função da reabsorção tubular proximal - A elevação do fosfato plasmático estimula o PTH, o que aumenta a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais e reduz a excreção de cálcio. Se houver redução da concentração plasmática do fosfato ocorre o contrário - A reabsorção de cálcio também é estimulada pela acidose metabólica e inibida pela alcalose metabólica. A acidose tende a aumentar a excreção de cálcio A alcalose tende a reduzir a excreção de cálcio 4- EXPLIQUE O MECANISMO DE FEEDBACK DO RIM-LÍQUIDO CORPORAL PARA O CONTROLE DO VOLUME SANGUÍNEO, DO VOLUME DO LÍQUIDO EXTRACELULAR E DA PRESSÃO ARTERIAL. - Durante as variações da ingestão de sódio e água, o feedback (o mesmo usado para o controle da PA) atua para manter o equilíbrio entre a entrada e a saída de líquido e minimizar as variações do volume sanguíneo, do volume extracelular e da PA da seguinte forma: 1) O aumento da ingestão de líquidos acima do nível do débito urinário provoca acúmulo temporário de líquido no corpo NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | 2) Se a ingestão de líquido for maior que o débito urinário, esse líquido em excesso vai acumular no sangue e nos espaços intersticiais, ocasionando aumento dos volumes de sangue e de LEC 3) O aumento do volume sanguíneo eleva a pressão média de enchimento circulatório 4) A elevação da pressão média de enchimento circulatório aumenta o gradiente de pressão para o retorno venoso 5) O gradiente de pressão elevado aumenta o débito cardíaco 6) O alto débito cardíaco aumenta a pressão arterial 7) O aumento da PA incrementa o débito urinário, por meio da diurese por pressão. 8) A excreção aumentada de líquido contrabalança a maior ingestão, impedindo maior acúmulo de líquido - Assim, o mecanismo do feedback rim-líquidos corporais atua de modo a evitar o acúmulo contínuo de sal e água no corpo, durante a alta ingestão de sal e água - Quando a ingestão de líquidos cai abaixo do normal, ocorre a sequência oposta de eventos. Nesse caso, existe a tendência para a redução dos volumes de sangue e do líquido extracelular, bem como para declínio da pressão arterial 5- COMO OS FATORES NERVOSOS E HORMONAIS AUMENTAM A EFICÁCIA DO CONTROLE POR FEEDBACK DO RIM-LÍQUIDO CORPORAL - Os mecanismos nervosos e hormonais atuam de acordo com os mecanismos da natriurese por pressão e da diurese por pressão, o que os faz mais eficazes na minimização das alterações do volume sanguíneo, do volume do LEC e da PA que ocorrem em resposta aos desafios diários - Como os rins recebem extensa inervação simpática, as alterações da atividade simpática podem modificar a excreção de sódio e água, e a regulação do volume do líquido extracelular sob determinadas condições Exemplo: quando o volume sanguíneo cai devido a uma hemorragia, as pressões nos vasos sanguíneos pulmonares e de outras regiões de baixa pressão do tórax diminuem, provocando ativação reflexa do sistema nervoso simpático. Isso, aumenta a atividade simpática renal, que diminui a excreção de sódio e de água por meio de alguns efeitos: 1) Constrição das arteríolas renais, que reduzem a FG se a ativação simpática for grave 2) Reabsorção tubular elevada de sal e de água 3) Estimulação da liberação de renina e aumento da formação de angiotensina II e de aldosterona, que juntas elevam a reabsorção tubular - Se a redução do volume sanguíneo for intensa a ponto de diminuir a pressão arterial sistêmica, ocorrerá ativação adicional do sistema nervoso simpático devido à redução do estiramento dos barorreceptores arteriais do seio carotídeo e do arco aórtico - Todos esses reflexos em conjunto têm participação importante na rápida restauração do volume sanguíneo perdido em condições agudas, como nas hemorragias - A inibição reflexa da atividade simpática renal pode contribuir para a eliminação rápida do excesso de líquido da circulação, que ocorre após refeição com alto teor de sal e de água 6- DESCREVA O MECANISMO DE DIURESE DE PRESSÃO E NATRIURESE DE PRESSÃO. - A diurese por pressão se refere ao efeito de aumento do débito urinário pela elevação da pressão sanguínea - A natriurese por pressão se aplica ao aumento da excreção de sódio que ocorre pela elevação da pressão sanguínea NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | - A natriusese e diurese por pressão ocorrem juntas - Em casos de elevações crônicas da pressão sanguínea, a eficiência da netriurese por pressão é bastante acentuada, pois a elevação da pressão sanguínea, após curto período de tempo, também impede a liberação da renina e assim diminui a formação da angiotensina II e de aldosterona. Níveis reduzidos desses hormônios inibem a reabsorção do sódio pelos túbulos renais, elevando os efeitos diretos da elevação da pressão sanguínea para aumentar a excreção de sódio e de água Em caso de elevações crônicas da pressão sanguínea, a eficiênciada natriurese por pressão é bastante acentuada, pois a elevação da pressão sanguínea, após curto período de tempo, também impede a liberação da renina e, desse modo, diminui a formação de Ang II e de aldosterona. Os níveis reduzidos desses hormônios inibem a reabsorção do sódio pelos túbulos renais, elevando os efeitos diretos da elevação da pressão sanguínea para aumentar a excreção de sódio e de água. DIURESE DE PRESSÃO - O aumento da ingestão de líquidos (admitindo-se que o sódio acompanhe essa ingestão) acima do nível do débito urinário provoca acúmulo temporário de líquido no corpo. - Se a ingestão de líquido for maior que o débito urinário, esse líquido em excesso se acumulará no sangue e nos espaços intersticiais, ocasionando aumento paralelo dos volumes de sangue e de líquido extracelular. Os aumentos reais dessas variáveis são, usualmente, insignificantes, devido à eficiência desse feedback. - O aumento do volume sanguíneo eleva a pressão média de enchimento circulatório. - A elevação da pressão média de enchimento circulatório aumenta o gradiente de pressão para o retorno venoso. - O gradiente de pressão elevado aumenta o débito cardíaco. - O alto débito cardíaco, por sua vez, aumenta a pressão arterial. - O aumento da pressão arterial incrementa o débito urinário, por meio da diurese por pressão. O grau de inclinação da relação normal da natriurese por pressão indica a necessidade de apenas ligeira elevação da pressão arterial para aumentar a excreção urinária por muitas vezes. - A excreção aumentada de líquido contrabalança a maior ingestão, impedindo maior acúmulo de líquido NATRIURESE POR PRESSÃO: - É iniciado com o aumento da quantidade de sódio no organismo (TBS) para valores acima do TBS basal, isso faz com que aumente a concentração de sódio plasmático. Isso leva a uma maior reabsorção de água pelo organismo, o que aumenta a volemia. Disso ocorre um aumento do retorno venoso, que por sua vez leva a um aumento da pressão atrial direita e consequente aumento do volume sistólico. Por isso, ocorre um aumento do débito cardíaco, que irá causar aumento da PA. O aumento da PA leva a um aumento na pressão de perfusão renal, que ocasiona um aumento da taxa de FG, através dos seguintes mecanismos: Aumento da pressão de ultra-filtração devido ao aumento da pressão hidrostática do plasma na extremidade arterial aferente do capilar glomerular Aumento do fluxo sanguíneo no capilar através da diminuição da resistência na arteríola aferente do glomérulo ao sofrer ação do mecanismo miogênico, o qual consiste na auto- regulação da arteríola aferente, através da musculatura lisa desses vasos, de acordo com a pressão na arteríola aferente, de maneira a manter um nível mínimo de perfusão glomerular NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | 7- DOIS DETERMINANTES SÃO BÁSICOS NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL A MÉDIO E LONGO PRAZO. QUAIS SÃO E COMO SUAS ALTERAÇÕES PODEM ALTERAR A PRESSÃO ARTERIAL. 1) O grau de desvio da pressão na curva do débito renal de água e de sal 2) O nível de ingestão de água e de sal - É impossível alterar a pressão arterial média a longo prazo sem alterar um ou os dois determinantes básicos da PA a longo prazo - O mecanismo rim-volume sanguíneo de controle de pressão (que é o mesmo mecanismo rim-líquidos corporais para o controle da pressão) necessita de algumas horas antes que comece apresentar respostas significativas - Esse sistema, desenvolve reposta de feedback com ganho infinito para o controle da pressão arterial. Isso significa que esse mecanismo pode produzir o retorno quase total da pressão e não apenas parcial pra o nível que promove a eliminação normal de sal e de água pelos rins - Muitos fatores podem afetar o nível de regulação da pressão pelo mecanismo rim-líquidos corporais, um deles é a aldosterona. - A redução da PA leva ao aumento da secreção de aldosterona, o que ao longo de horas ou dias desempenha papel importante na modificação das características de controle da pressão pelo mecanismo rim-líquido corporal - A interação do sistema renina-angiotensina com a aldosterona e os mecanismos renais de controle do líquido é especialmente importante. - A ingestão de sal pode ser reduzida para 1/10 da normal ou aumentada por 10 a 15x sem que o nível regulado da PA média se altere por mais que poucos mmHg, se o sistema renina-angiotensina- aldosterona estiver plenamente funcional - O controle da PA se inicia com medidas emergenciais pelos mecanismos nervosos, continua com as características de sustentação pelos controles intermediários da pressão e, por fim, é estabilizado pelo mecanismo rim-líquidos corporais no nível da pressão arterial a longo prazo. - Esse mecanismo a longo prazo tem múltiplas interações com o sistema renina-angiotensina- aldosterona, com o sistema nervoso e com muitos fatores que contribuem para o controle da pressão arterial 8- O AUMENTO DO VOLUME DE LÍQUIDO PODE ELEVAR A PRESSÃO ARTERIAL POR AUMENTAR O DÉBITO CARDÍACO OU A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL. EXPLIQUE ESSA FRASE. - Quando o organismo contém líquido extracelular em quantidade excessiva, ocorrem aumento do volume sanguíneo e elevação da pressão arterial - A elevação da pressão exerce efeito direto sobre os rins, que começam a excretar o excesso de líquido extracelular - O aumento de alguns mmHg pode duplicar a excreção renal de água – diurese por pressão e excreção de sal – natriurese por pressão - Pressão arterial = débito cardíaco x resistência periférica total, isso mostra que caso haja aumento da resistência periférica total, haverá aumento da pressão arterial. Entretanto, quando os rins NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | continuam a funcionar normalmente, a elevação aguda da pressão arterial não é necessariamente mantida. A resposta está no aumento da resistência nos vasos periféricos em todo o corpo, exceto nos rins. Assim, os rins respondem imediatamente ao valor de pressão arterial elevado – diurese e natriurese elevados - Muitas vezes, quando a resistência periférica total aumenta, ocorre aumento da resistência vascular intra-renal, o que altera a função do rim e pode causar hipertensão. O responsável por isso é o aumento da resistência renal e não a resistência periférica total - O mecanismo pelo qual o aumento do volume de líquido extracelular eleva a pressão arterial é apresentado por: 1) Aumento do volume de líquido extracelular 2) Aumento do volume sanguíneo 3) Aumento da pressão média de enchimento circulatório 4) Aumento do retorno venoso ao coração 5) Aumento do débito cardíaco 6) Aumento da pressão arterial 9- EXPLIQUE O PAPEL DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL. - Renina: enzima liberada pelos rins quando a PA cai para níveis excessivamente baixos. Ajuda na correção da pressão NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE | ETAPAS DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA: 1) Renina é sintetizada na forma inativa (pró-renina) nas células justaglomerulares dos rins 2) Quando a PA cai, a ocorrência de reações intrínsecas nos rins faz com que muitas das moléculas de pró-renina nas células JG sejam clivadas, liberando renina. A maior parte da renina vai para o sangue renal e posteriormente para o corpo, porém uma pequena quantidade de renina continua nos rins, dando origem a reações renais 3) A renina atua enzimaticamente sobre o angiotensinogênio, liberando angiotensina I 4) Angiotensina I tem propriedades vasoconstritoras leves. Renina persiste no sangue por 30 min até 1h, e induz formações cada vez maiores de angiotensina I 5) Após a formação de angiotensina I, há a conversão em angiotensina II. Essa conversão ocorre quase totalmente nos pulmões, catalisada pela enzima conversora (ECA) 6) Angiotensina II é vasoconstritor poderoso, porém persiste no sangue por 1 a 2 min – inativado por enzimas sanguíneas e teciduais (angiotensinases) Exerce dois efeitos: - Vasoconstrição - Ação direta sobre os rins, diminuindo a excreção tanto de sal quanto de água - A angiotensina provoca efeitos intra-renais, induzindo retenção de sal e de água pelos rins – constrição das arteríolas renais, diminuindo o fluxo sanguíneo, assim, menor quantidade de líquido é filtrada pelos glomérulos para os túbulos. Além disso, o fluxo sanguíneo lento nos capilares peritubulares reduz sua pressão, permitindo rápida absorção osmótica de líquido a partir dos túbulos. O terceiro efeito é a ação moderada sobre as próprias células tubulares, aumentando a reabsorção tubular de sódio e de água – diminuição do débito urinário - Angiotensina é um dos fatores de controle da aldosterona. Quando o sistema renina-angiotensina é ativado, costuma-se ter maior liberação de aldosterona. Ocorre maior reabsorção de sódio pelos túbulos renais, aumentando o sódio extracelular. Provoca uma retenção de água, aumentando volume extracelular, aumentando ainda mais a PA - O sistema renina-angiotensina é um mecanismo automático de feedback que ajuda a manter a PA em seu nível normal, mesmo quando a ingestão de sal aumenta. Quando a ingestão diminui, ocorrem efeitos opostos NAYSA GABRIELLY A. ANDRADE |
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