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PLANO DE ENSINO 1) Apresentação: Este plano de ensino tem como tema “O respeito às diferenças na sala de aula”. Para desenvolvê-lo, iremos considerar questões de gênero, raça, etnia, sexualidade e deficiências físicas e psíquicas. Em 1948, foi aprovada pela ONU a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual diz que todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade. No entanto, a sociedade está longe dessa assertiva, pois sabemos que as discussões a respeito das minorias geram muita polêmica, visto que o preconceito é algo enraizado entre as pessoas. Isso se manifesta de várias formas, e em diferentes âmbitos, nas relações sociais, sobretudo na escola, que não está isenta disso. Ao pensarmos na escola, imaginamos um lugar de acolhimento, de respeito e de formação, no entanto, não raras vezes, ela pode se tornar um lugar de segregação dos indivíduos. A começar pelo abismo que existe entre a educação pública e a privada, assunto sobre o qual caberia uma longa discussão. Mas em suma, é de conhecimento de todos que a realidade das escolas públicas no Brasil é de abandono e de sucateamento; salvo exceções, a maioria é palco de gravíssimos problemas estruturais, o que acaba gerando outros problemas, como a dificuldade de inserção das pessoas com deficiência, que quando não ficam de fora do ambiente escolar, são separadas em escolas “especiais”. Mantoan (2008) defende o ensino especializado mediante a prática da inclusão escolar, a autora diz que: [...] é a que trata o atendimento educacional especializado como apoio e complemento, destinado a oferecer aquilo que há de específico na formação de um aluno com deficiência, sem impedi-lo de frequentar, quando na idade cronológica própria, ambientes comuns de ensino em estabelecimentos oficiais. (p.20) Não adianta apenas fornecer o ensino especializado, é necessário que ele ocorra mediante a inclusão escolar para que, dessa forma, o aluno tenha seu direito de frequentar ambientes coletivos respeitado, além de propiciar o desenvolvimento e a interação social. Para além de questões estruturais, a escola também pode segregar por razões metodológicas e/ou sistemáticas, como por exemplo, o ato de separar meninos de meninas nas atividades escolares desde a primeira infância e de marcar diferenças entre brincadeiras “para meninas” e “para meninos”. Diante disso, vemos que é necessário fugir dessas rotulações, pois se tratam de construções sociais que, em determinado momento, podem atuar como reforço do sexismo, da homofobia e de outras formas de preconceitos. Por isso é necessário entender que as questões de sexualidade e de gênero devem ser analisadas dentro do contexto social e das práticas que o envolvem, e que é preciso “recolocar o debate no campo do social, pois é nele que se constroem e se reproduzem as relações (desiguais) entre os sujeitos” (LOURO, 1997, p.22). É nesse sentido de construção e de identificação social do indivíduo como masculino ou feminino que surge o conceito de identidades de gênero. Esse termo diz respeito tanto à identidade sexual como a de gênero, que apesar de terem uma profunda relação, não são a mesma coisa. De acordo com Louro (1997), “sujeitos masculinos ou femininos podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais (e, ao mesmo tempo, eles também podem ser negros, brancos, ou índios, ricos ou pobres etc)” (p.27). Em resumo, além de nos preocuparmos com o conteúdo que é ensinado, precisamos nos atentar para o modo como ensinamos, para que a prática escolar não seja permeada pelo preconceito. No tocante a essas práticas, Louro (1997) afirma: Currículos, normas, procedimentos de ensino, linguagem, materiais didáticos, processos de avaliação são, seguramente loci das diferenças de gênero, sexualidade, etnia, classe – são constituídos por essas distinções e, ao mesmo tempo, seus produtores. Todas essas dimensões precisam, pois, ser colocados em questão (p.64). Dentro do universo da metodologia, não podemos deixar de citar a grande influência dos livros didáticos no processo de ensino aprendizagem, concomitantemente à inserção de certos discursos e/ou reforço de velhos preconceitos presentes nesses materiais. Muitos autores têm estudado a questão da representação das minorias nos livros didáticos; isso inclui questões étnicas, de gênero, de classe social e raça. Uma autora reconhecida nessa área é Ana Célia da Silva: doutora em educação, é uma figura de referência no Movimento Negro brasileiro. Em sua obra A discriminação do negro no livro didático, a autora analisa a questão da representação dos negros nos livros, conforme a asserção: “[...] ao representarem personagens do mundo infantil, fazem aproximações desses a animais ou seres sobrenaturais, sempre em arranjos que colocam os/as negros/as em situações hierarquicamente inferiores ou subordinadas” (SILVA, 1995, p.56 apud LOURO, 1997, p. 70). Entender o processo de formação da sociedade brasileira é o primeiro passo para quebrar preconceitos étnicos e raciais não só presentes nos livros didáticos, mas muitas vezes imbuídos nos discursos e nas práticas sociais. Na análise do livro didático, Silva (1995) aborda especificamente a questão da representatividade negra, no entanto, podemos alargar essa discussão e incluir todas as outras minorias que, geralmente, são tratadas de maneira inferiorizada nos materiais didáticos, como no caso da mulher, que comumente aparece como doméstica. A respeito da domesticação feminina, Louro (1997) afirma: É preciso notar que essa invisibilidade, produzida a partir de múltiplos discursos que caracterizaram a esfera do privado, o mundo doméstico, como o "verdadeiro" universo da mulher, já vinha sendo gradativamente rompida, por algumas mulheres. Sem dúvida, desde há muito tempo, as mulheres das classes trabalhadoras e camponesas exerciam atividades fora do lar, nas fábricas, nas oficinas e nas lavouras. (p.17) Nesse sentido, o professor atua como um sujeito extremamente importante e que não está ali somente para repassar conhecimento e/ou o que se rotula, comumente, como “cultura”, mas também como o indivíduo que conduz os alunos a refletirem, interpretarem e ampliarem os seus horizontes. Exatamente por exercer esse papel tão crucial na formação dos alunos, o professor precisa atentar-se para o material e para a metodologia abordada em sala de aula, de acordo com a afirmativa: “inicialmente, destaca-se a necessidade de conhecer as condições de formação de uma sociedade que contém em seu bojo, além de outros elementos básicos, uma população ‘mestiça’. ” (IANNI, 1987, p.283). Ora, a existência de uma população mestiça pressupõe uma pluralidade étnico, racial e cultural no contexto dessa sociedade. Sobre essas diversidades no material didático escolar, há uma clara omissão a respeito do pluralismo étnico e cultural, salvo exceções, na maioria “[...] não se percebe uma preocupação em estimular a reflexão a respeito dos processos subjacentes à dinâmica de uma sociedade multicultural” (PINTO, 1985, p.6); principalmente no tocante à representação indígena, que apesar de ser um povo que exerce um papel fundamental no processo de formação de nossa sociedade, sobretudo no que diz respeito à sua influência na cultura Brasileira, fica como uma figura apagada na “história oficial” : Os livros não se referem à história dos povos indígenas, que são mencionados praticamente em função de acontecimentos que afetam o branco e quase que exclusivamente no passado. O que se transmite é a história do branco, em que o “índio” entra como coadjuvante e praticamente nunca como sujeito histórico [...] também a omissão em discutir o processo de dizimação física e cultural dos povos indígenas impede que se tenha uma noção clara do que ocorreu com os “índios”; que se entenda a sua situação e sobretudo que se compreenda a importância da cultura, inclusivepara a preservação física do indivíduo (PINTO, 1985, p.6). Entendemos que as práticas cotidianas, inclusive as escolares, são carregadas de discursos que, muitas vezes, podem vir acompanhados de práticas discriminatórias. No contexto escolar essa questão é ainda mais delicada por ser um lugar de formação, por isso a necessidade de capacitar os professores em sua base acadêmica, trabalhando disciplinas que proporcionem a reflexão a respeito dessas temáticas. Sabemos que além de ser responsável pela sistematização do conhecimento, a escola também é lugar de interação e de formação dos sujeitos, daí a necessidade de que esses temas sejam discutidos em sala de aula, já que influenciam diretamente no contexto da aprendizagem e das relações sociais. 2) Identificação: ESCOLA: X PROFESSOR (AS): XX TURMA: 1º ano do ensino médio FAIXA-ETÁRIA: 15-16 anos NÚMERO DE AULAS: 4 aulas de 45-50 minutos cada 3) Planejamento: ASSUNTO: Respeito às diferenças na sala aula: questões de gênero, raça, sexualidade, etnia e deficiências físicas e psíquicas; FOCO LINGUÍSTICO: habilidades oral e de leitura; OBJETIVO GERAL: desenvolver as habilidades oral e de leitura por meio das discussões sobre “o respeito às diferenças na sala aula”, as quais serão desenvolvidas tendo-se como base o gênero propaganda. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Desenvolver a habilidade oral por meio das discussões/inquietações dos alunos; - Desenvolver a habilidade de leitura por meio das propagandas exibidas; - Orientar os alunos no sentido de perceberem os sentidos das palavras relacionadas à temática em questão; - Instigar os alunos a relacionarem as discussões realizadas em sala de aula com as suas realidades (ou com outras realidades, seja em âmbito municipal, estadual ou nacional). CONTEÚDO: O conteúdo trabalhado em sala de aula será o gênero propaganda e os seus principais aspectos, tais como as funções da linguagem. 4) Metodologia: Etapa 1 Começaremos com um apanhado histórico sobre as lutas travadas pelos grupos minoritários que serão estudados durante o desenvolvimento desse plano de ensino. É importante mostrar como as pessoas pertencentes a esses grupos viveram, por muito tempo (e muitas ainda vivem), às margens da sociedade e como elas foram julgadas, torturadas e marginalizadas. Para esse momento, faremos uma aula expositiva e, além disso, exibiremos vídeos de propagandas que envolvem questões de gênero, raça, sexualidade, etnia e deficiências física e psíquica. Após a aula expositiva sobre o contexto histórico acima referido, exibiremos as seguintes propagandas: 1) Aliados pelo respeito1, produzida pelo Banco Bradesco. Nesse vídeo, pede-se para que determinadas pessoas descrevam uma mulher negra, alguém bem-sucedido nos negócios e um artista de sucesso. As respostas, como esperado, correspondem aos “padrões” que durante tanto tempo foram construídos pela nossa sociedade: para ser negro é preciso que seja sempre “retinto”, com lábios muito carnudos e roxeados; quando se fala em alguém bem-sucedido, logo se tem a ideia de alguém branco, com olhos verdes e do sexo masculino; ainda, quando se pensa em um artista de sucesso, tem-se a imagem de alguém “descolado”, com calça jeans, jaqueta moderna, etc. 2) Tem gesto que não só fala2, canta, produzida pela O Boticário. Essa propaganda aborda a questão da inclusão. Uma professora queria incluir um aluno surdo na apresentação do coral da turma (com alunos predominantemente ouvintes). Para isso, ela adaptou as partituras de modo que o aluno surdo pudesse entendê-las e, assim, ensaiar para se 1 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Un5AJebGt-8 2 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=f6RAFuGMRKU&t=1s https://www.youtube.com/watch?v=Un5AJebGt-8 https://www.youtube.com/watch?v=f6RAFuGMRKU&t=1s apresentar juntamente com a sua turma. Ao final, o aluno, inserido no coral, apresenta a música em Libras. 3) Comercial Omo3, produzida pela marca Omo. Nesse vídeo, tem-se várias crianças brincando e uma criança posta à frente para dividir as demais em grupos. Ao fundo dessas cenas, tem-se a chamada “como você separaria essas crianças em 4 grupos diferentes? ”. A partir daí o responsável por dividir os grupos começa a dividir as crianças por cores. Ao final vemos que, na verdade, elas são separadas conforme as cores de suas roupas, não conforme seus tons de pele. Essa cena traz a seguinte mensagem ao fundo: “a única coisa que deveria ser separada por cor é a roupa na hora de lavar. ” 4) Carro de índio4, produzida pela Toyota. Nesse vídeo, aparece um carro do modelo Hilux (que à época da exibição era lançamento da fabricante) em uma espécie de ilha habitada por indígenas. Basicamente, os indígenas são mostrados como “selvagens” que utilizam o carro somente para apanhar cocos. Ou seja, a propaganda passa ao público uma imagem que por muito tempo fora, e ainda é, construída acerca dos indígenas: selvagens, ignorantes, sem noção de tempo/espaço ou do que é certo/errado. As propagandas acima descritas levam em conta (e algumas buscam desconstruir preconceitos) questões de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiência. Para esse momento, no qual faremos uma abordagem mais geral, os referidos vídeos estão adequados, pois são curtos, conativos e comoventes: características próprias do gênero propaganda. Após a exibição dos vídeos, abriremos espaço para discussões. As discussões devem considerar o que foi visto nas propagandas e, partindo-se disso, devem se direcionar para o que é visto (vivido) no dia a dia, isto é, a ideia central da discussão será: “o que você viu nas propagandas corresponde ao que você vê, ou vive, no seu dia a dia? ” Além disso, consideramos relevante mostrar aos alunos as etimologias de algumas palavras, tais como: preconceito, racismo, homofobia, discriminação, etc. Dentro desse mesmo contexto, perguntaremos quais termos eles utilizam, utilizaram ou ouvem alguém utilizar para se referir às pessoas pertencentes aos grupos aqui estudados. 3 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JpUsANv8vEU 4 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ttGnmrPfK7w https://www.youtube.com/watch?v=JpUsANv8vEU Etapa 2 Nessa etapa, falaremos sobre estereótipos (apresentaremos, antes de tudo, a sua etimologia). Em seguida, mostraremos algumas imagens de pessoas pertencentes aos grupos aqui trabalhados. A pergunta que se seguirá será: “que função (atividade, trabalho) você acha que essas pessoas exercem”? O intuito dessa atividade é fazer com que eles percebam, a depender das respostas e de como elas serão desenvolvidas, como os estereótipos podem influenciar e/ou prejudicar o modo como vemos as pessoas e o mundo ao nosso redor. Ao final dessa etapa, tomaremos como base a ideia de Aquino (1998), segundo a qual temos uma “imagem” já pré-concebida (ainda que nunca o tenhamos visto) de um bebê logo quando ele nasce: vermelhinho, com a pele meio enrugadinha, mas fofinha. A partir disso, utilizaremos a imagem de uma cena do filme O curioso caso de Benjamin Button, no qual o protagonista nasce com a aparência de alguém muito idoso, mas com o passar do tempo vai tornando-se mais jovem. O objetivo é fazer com que os alunos digam o que sentiram ao ver que a imagem que tinham de um bebê foi dissolvida, isto é, foi alterada. Em muitos casos, o “apego” (ou a não desconstrução) aos estereótipos leva as pessoas ao extremo, o que pode resultar em infrações penais. Isso ensejará a próxima discussão dessa etapa: o que diz a lei? Levaremos aos alunos os principais artigos de leis, tais como: Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006); Lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor (nº 7.716/1989); Estatuto da pessoacom deficiência (nº 13.146/2015); bem como discussões sobre a criminalização da homofobia no Brasil, infração penal que terá previsão na lei acima exposta: nº7.716/1989. Além desses, poderemos integrar outros textos (CF/88), caso necessário. Para esse momento, que poderá ser em formato de “palestra” (mas dentro em sala de aula), pensamos em mobilizar pessoas da área jurídica a fim de que os alunos consigam tirar todas as suas dúvidas e, assim, o assunto fique bem consolidado. Essa etapa é de grande relevância, uma vez que ações envolvendo discriminação em razão do gênero, sexualidade, etnia, raça, deficiência, etc., preveem punição, também, em âmbito criminal. Os alunos precisam ser conscientizados de que tais atitudes não se tratam apenas de “foi só uma brincadeira”, mas que são, sim, punidas. Além disso, há outras implicações por trás dos atos de discriminação: como essas pessoas que sofreram/sofrem por conta de seu gênero, de sua orientação sexual, identidade de gênero, etnia, raça ou deficiência, sentem-se? Como isso influencia e impacta sua vida no dia a dia? Para Amaral (2007), “é na relação com o mundo que o sujeito se constitui como tal, que se desenvolvem as possibilidades humanas” (p. 07). Assim, a autora enfatiza que são nessas relações que o sujeito vai moldando seu mundo racional e afetivo. Diante disso, podemos levar os alunos a refletirem sobre as perguntas acima expostas. Essa discussão, assim como as demais aqui elencadas, é muitíssimo relevante, pois a escola é um dos principais (se não o principal) ambiente no qual esses problemas são gerados. Disso resulta uma série de outras questões, uma vez que quem sofre qualquer tipo de violência (seja física, psíquica ou moral) fica psicologicamente abalado, ainda que isso não seja manifestado abertamente. Diante dessas situações vemos, diariamente, seja nos jornais, nas redes sociais, ou até mesmo pessoalmente, casos de crianças e jovens (principalmente) que não sentem mais vontade de ir à escola, de participar de atividades em grupo, das aulas de educação física, etc. Desse modo, com base nos temas tratados nas propagandas exibidas, pensamos em orientar as discussões para tais problemáticas. Por exemplo, na propaganda “Tem gesto que não só fala, canta”, se o aluno surdo fosse excluído da atividade que envolvia toda a sua turma, o que ele sentiria? Como isso o marcaria negativamente? Etapa 3 Nesse momento, abordaremos o conteúdo referente ao gênero propaganda e os seus principais aspectos, ou seja, de quais recursos esse gênero se utiliza para atingir seu objetivo. Além disso, faremos uma rápida atividade de reconhecimento do gênero para verificar o que os alunos sabem, ou têm dúvida, acerca da propaganda e de sua estrutura. Em seguida, mostraremos quais os tipos e em quais meios elas podem ser veiculadas, isto é, de quais canais e suportes elas podem se utilizar. Após esse momento de reconhecimento, trabalharemos as funções da linguagem, que são as: apelativa (ou conativa), emotiva, poética, fática, referencial e metalinguística. Esses aspectos estão muito presentes nas propagandas, sobretudo a linguagem apelativa, que por vezes é predominante. Por fim, selecionaremos uma das propagandas exibidas na etapa 1 para desenvolvermos algumas questões referentes às características desse gênero, como: tipo de propaganda (de serviço, de promoção, educacional, etc.), contexto de produção (produtor, destinatário, objetivo, local e época), conteúdo temático (a temática exibida), construção composicional (como está organizada: cores, palavras em destaque, etc.) e estilo (pessoas do discurso e funções utilizadas). Recursos Os recursos utilizados serão: quadro branco, pincel, data show, notebook, caixas de som e textos impressos em papel A4 (trechos das leis que serão discutidas na palestra). Procedimentos avaliativos Os alunos deverão fazer uma pesquisa, preferencialmente em grupo, na qual busquem mostrar imagens, textos, vídeos, etc., de pessoas pertencentes aos grupos minoritários (até aqui estudados) que ocuparam/ocupam cargos de alto poder, ou que desempenham funções de destaque em qualquer âmbito. Cada grupo ficará com uma temática diferente (raça, etnia, gênero, etc.); por exemplo: uma mulher que foi a primeira presidenta negra de uma empresa multinacional, ou que foi a primeira mulher a assumir a presidência de um país. Após, devem pensar em uma possível propaganda envolvendo a temática definida, ou seja, como ela poderia ser elaborada (levando-se em conta seus principais aspectos). Essa atividade deverá ser entregue por escrito e deverá ser apresentada oralmente para toda a turma. 5) Referências AMARAL, Vera Lúcia do. Psicologia da Educação. Natal, RN: EDUFRN, 2007. AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. IANNI, Octavio. Raças e classes sociais no Brasil. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 1997. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis: Vozes, 2008. PINTO, Regina Pahim. A escola e a questão da pluralidade étnica. In: Caderno de pesquisas da Fundação Carlos Chagas, São Paulo, n. 55, p. 3-17, 1985.
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