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Escolas da Administração
Data: 13 13America/Sao_Paulo setembro 13America/Sao_Paulo 2016Autor: Renata Valera0 Comentários
Administração Geral – 2015 – UA 3
Principais contribuições de cada Escola de Administração
Segue síntese para cada uma das seguintes teorias:
1 – Administração Científica de Taylor;
2 – Escola Clássica de Fayol;
3 – Escola das Relações Humanas de Elton Mayo;
4 – Escola Comportamental;
5 – Escola da Contingência-situação.
De acordo com Idalberto Chiavenato1, o desenvolvimento da Teoria Geral da Administração se deu em um processo gradativo conforme a ênfase que foi dada a alguma necessidade específica de cada contexto histórico-social. Ao longo dos períodos históricos essas necessidades específicas foram mencionadas pelo autor como “variáveis”, que são as seguintes: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade. Nas palavras do autor, “cada uma dessas seis variáveis (…) provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa” 2. Nas palavras do autor:
“A Teoria Geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), por meio da Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Essa, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Mais recentemente, as novas abordagens trouxeram à tona a emergente necessidade de competitividade das organizações em um mundo globalizado e carregado de mudanças e transformações. Assim, cada uma dessas seis variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade – provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas seis variáveis.”
Passeamos a cada uma destas teorias.
1) Administração Científica de Taylor
Este modelo de administração também é conhecido por Taylorismo.
Foi criado por Frederick Taylor (1856-1915), engenheiro norte-americano que publicou, em 1911, a obra Princípios de Administração Científica.
A preocupação básica da Escola da Administração Científica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional3.
Por este modelo, o funcionário exerce sua tarefa no menor tempo possível, não precisando conhecer todo o processo produtivo, tampouco o produto final. Assim, havia a divisão técnica do trabalho e padronização das atividades, que se tornaram simples e repetitivas.
A responsabilidade por todo o processo era de um único funcionário, superior hierárquico, cujo papel também era fiscalizar o tempo e as etapas de produção.
O empresário norte-americano Henry Ford, famoso fundador da “Ford Motor Company”, foi o primeiro a colocar em prática o modelo de Taylor. Assim, iniciou o processo produtivo de montagem em série (“linha de montagem”), que possibilitou a montagem em massa de automóveis em menos tempo com menos custo.
Apesar de utilizar a base taylorista, o método de produção de Ford inovou em alguns aspectos, passando a ser chamado de Fordismo.
Tanto o Taylorismo, quanto o Fordismo foram duas formas de organização da produção industrial que provocaram mudanças muito expressivas no século XX, afetando profundamente a sociedade a partir de então.
Tais modelos possibilitaram, por exemplo, a evolução do capitalismo, o impulsionamento da Segunda Revolução Industrial, o surgimento da sociedade de produção e de consumo de massa, o êxodo rural, a precarização das condições de trabalho (em vista de seu objetivo de ampliar o lucro dos detentores dos meios de produção, sem levar em conta as condições de trabalho) e de vida nas cidades (em razão da piora da saúde dos trabalhadores, tanto física, quanto psíquica; do aumento exacerbado de pessoas vivendo nas cidades, com o aumento da criminalidade, dentre outros aspectos), a mudança do modo de intervenção estatal na economia etc.
A título de exemplo, não se pode deixar de citar o filme “Tempos modernos” de Charles Chaplin, que mostra com precisão o funcionário da fábrica especializado em apenas uma etapa do processo produtivo, repetindo a mesma atividade durante toda sua jornada de trabalho, de forma rápida, cansativa, monótona e alienante. Além disso, o filme também mostra a coisificação dos operários que, a partir da perda de controle de seu tempo e de trabalho, acabavam perdendo a própria identidade e sendo dominados pela indústria e, sobretudo, pelo capitalismo.
Após, o Fordismo foi substituído pelo Toyotismo, modelo japonês de produção, criado pelo japonês Taiichi Ohno e implantado nas fábricas de automóveis Toyota, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Tal modelo modificou ainda mais o sistema de produção.
Em tal modelo os estoques foram reduzidos e o foco tornou-se a qualidade.
No Fordismo, a produção ocorrida em massa, de modo que eram feitos muitos produtos, para depois vender. Assim, era necessário que ocorresse também o consumo em massa, então os trabalhadores deveriam ganhar mais para consumir mais. Desta forma, onde a população não tinha acesso ao consumo dos produtos gerados pela indústria de produção em massa, o Fordismo não se adequaria.
Após a Segunda Guerra Mundial, crise econômica espalhou-se mundialmente. Sendo assim, o Toyotismo acabou ocupando o lugar do Fordismo, com a ideia de produzir somente o que fosse necessário.
Como consequências, houve novamente mudanças nas relações de trabalho (com uma maior qualificação dos operários), automatização, organização de trabalho em equipe, controle de qualidade, dentre outros aspectos.
Em suma, conforme ensina Chiavenato, representaram a Escola da Administração Científica, ao longo dos tempos, Frederick Winslow Taylor (1856-1915), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Harrington Emerson (1853-1931) e, por fim, Henry Ford (1863-1947) costuma ser incluído entre eles pela aplicação desses princípios em seus negócios4.
Exemplos da aplicação prática da escola da administração científica de Taylor:
São exemplos, por fim, do modelo de administração científica de Taylor (e também do Fordismo e do Toyotismo), todas as indústrias cujo modo produtivo se faz por trabalhadores que exercem suas tarefas de forma padronizada, simples e repetitiva, no menor tempo possível e sem o conhecimento de todo o processo, que fica à cargo de um superior hierárquico, fiscalizador de todo o trabalho.
2) Escola Clássica de Fayol
A Escola Clássica foi desenvolvida pelo engenheiro francês Jules Henri Fayol (1841-1925).
Segundo Idalberto Chiavenato5, a preocupação da Teoria Clássica era “aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas”.
Neste contexto, a contribuição de Fayol possibilitou que, pela primeira vez, se pudesse falar em administração como disciplina, como ciência e/ou como profissão.
Montando uma “teoria da administração”, Fayol estabeleceu quais seriam as funções de uma empresa, definiu o ato de administrar (ou as funções do administrador) e estabeleceu 14 princípios gerais para a administração, dentre outras contribuições.
Em resumo, quanto às funções de uma empresa, Fayol elaborou a ideia de que toda empresa possui 6 (seis) funções6:
1. Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;
2. Comerciais: relacionadas com as negociações de compra e venda, bem como as de troca;
3. Financeiras: relacionadas com procura e gerência de capitais;
4. Segurança: relacionadas com proteção e preservação dos bens e das pessoas;
5. Contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;e
6. Administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras funções anteriores; elas prevêem, organizam, comandam, coordenam e controlam as demais funções da empresa.
A função administrativa seria a mais importante, pois ela é que é a responsável por programar a ação geral da empresa, coordenando e harmonizando seus esforços para atingir determinado escopo.
Já com relação à definição do ato de administrar (ou as funções do administrador), Fayol afirmou que administrar é “prever” ou “planejar” (visualizar o futuro e traçar o programa de ação), “organizar” (constituir o duplo organismo material e social da empresa), “comandar” (dirigir e orientar a organização), “coordenar” (unir e harmonizar os atos e esforços coletivos) e “controlar” (verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas), de modo que essas seriam, portanto, as funções do administrador7.
Por fim, os 14 (quatorze) princípios gerais da administração, estabelecidos por Fayol, foram:
1. divisão do trabalho (especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência);
2. autoridade (direito de dar ordens e o poder de esperar obediência) e responsabilidade (conseqüência natural da autoridade e significa o dever de prestar contas), que devem estar equilibradas entre si;
3. disciplina (depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos);
4. unidade de comando (cada empregado deve receber ordens de apenas um superior);
5. unidade de direção (uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo);
6. subordinação dos interesses individuais aos gerais;
7. remuneração do pessoal (deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição).
8. centralização (concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização);
9. cadeia escalar (linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando);
10. ordem;
11. equidade (amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal);
12. estabilidade do pessoal (a rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização);
13. iniciativa (capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso); e
14. espírito de equipe.
Essas foram, resumidamente, algumas das bases que Fayol estabeleceu para a teoria geral da administração, para passar a ser vista como disciplina ou ciência.
Exemplos da aplicação prática da escola clássica de Fayol:
Qualquer empresa que aplique os fundamentos básicos de administração desenvolvidos por Fayol pode ser exemplo prático de sua teoria clássica.
Imaginemos uma empresa que deseja realizar um projeto para fabricação de algum produto. Para desenvolver o projeto, primeiro, é necessário antever todos os possíveis problemas e/ou riscos, prevendo o mercado para planejar as vendas. Se esta decisão for favorável, passa-se às próximas decisões administrativas. Para executar o plano, a segunda etapa é organizar os recursos, o dinheiro, o material e o pessoal necessário para executar o trabalho. Após, passa-se à terceira função de Fayol, a direção ou comando do trabalho para executar o projeto. A seguir, a função de direção consiste em influenciar todos os atos e esforços para a consecução das metas traçadas de modo favorável. Em seguida, a coordenação é a penúltima função sugerida por Fayol, que ocorre através da comunicação do administrador com todos. Por fim, passa-se ao controle, ou seja, ao monitoramento da execução dos objetivos dentro dos limites de tempo e de orçamento, agindo para corrigir desvios, medindo as tarefas para saber quando estarão prontas e quanto custarão e adaptando os planos em caso de surgimento de situações inusitadas.
3) Escola das Relações Humanas de Elton Mayo
De acordo com Chiavenato8, a Escola das Relações Humanas (ou Teoria das Relações Humanas) de Elton Mayo, foi um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração de Fayol.
Esta teoria inseriu-se num contexto de desenvolvimento das ciências humanas, de modo que buscou humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica9.
Elton Mayo foi responsável pelo desenvolvimento de uma experiência, entre 1927 e 1932, na fábrica de Hawthorne da Western Electric Company, situada em Chicago, que, em suma, indicou que a eficiência dos operários é afetada por suas condições psicológicas e suas relações humanas.
Assim, a escola das relações humanas se concentrou nos aspectos informais da empresa (e não em aspectos formais, que eram o foco da teoria clássica). Para os humanistas, a empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais10.
Exemplos da aplicação prática da Escola das Relações Humanas de Elton Mayo:
A Teoria Humanista de Mayo iniciou-se em 1927 e, infelizmente, até os dias atuais, existem empresas que ignoram suas proposições. Veja-se, por exemplo, as empresas de telemarketing.
Existem diversas notícias a respeito dos inúmeros problemas que os funcionários do setor enfrentam.
Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, de 05/10/2014, denunciou assédio moral, exploração, humilhações por não cumprir metas (impossíveis de serem cumpridas) e escala para funcionárias engravidarem11.
Há decisões judiciais que condenam empresas por restrição e controle no uso do banheiro, afrontando a dignidade da pessoa humana e a privacidade, com o abuso do poder diretivo do empregador12.
Entretanto, há empresas que primam pela boa convivência e pelos aspectos psicológicos e emocionais de seus funcionários. Dentre elas, podemos citar a empresa Philips que, de acordo com a Revista Exame, proporciona aos seus empregados (e até mesmo estagiários) o direito de trabalhar um dia da semana em casa13. Também podemos citar a Consultoria Accenture (onde, durante o verão, o último dia útil da semana termina às 12h30), a Monsanto (onde o funcionário pode encerrar o expediente às 15 horas toda sexta-feira, desde que trabalhe um pouco mais nos outros dias da semana), Ourofino (a empresa doa a cada um dos funcionários 10 quilos de frutas, verduras e legumes provenientes da fazenda da própria companhia e do Ceasa), Magazine Luiza, Basf, Accenture, Cielo e DuPont (que apresentam benefícios para parceiros do mesmo sexo), dentre outras14.
4) Escola Comportamental
A escola comportamental (ou teoria comportamental) da administração, que surgiu em 194015, também é chamada de teoria behaviorista.
Esta teoria marcou de forma definitiva a transferência do foco da teoria da administração da estrutura organizacional (aspectos estruturais e estáticos da organização) para as pessoas (aspectos comportamentais e dinâmicos)16.
Decorreu da Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo, como se fosse um segundo estágio desta17.
Mas, apesar de ter a Teoria das Relações Humanas como ponto de partida, a Teoria Comportamental Teoria Comportamental rejeita suas “concepções ingênuas e românticas”, como diz Chiavenato18.
Dentre suas principais características, a Teoria Comportamental deu ênfase nas pessoas, preocupou-se com o comportamento organizacional e estudou o comportamento humano, com o enfoque da teoria da motivação humana de Maslow19.
Exemplos da aplicação prática da Escola Comportamental:
A empresa Google, no Brasil, eleita a melhor empresa para se trabalhar em 2013 pelo Guia Você S/A20, pode ser citada como exemplo prático da Escola Comportamental.
De acordo com a Revista Exame, a empresa Google no Brasil:
1. investe em espaços de lazer e descanso para seus funcionários, dedicados ao ócio criativo (ambientes para integração e descontração);
2. possui decoração moderna que incite a inovação e a criatividade;
3. proporciona acesso a uma cota anual de 16 mil reais para fazer cursos de pós-graduação ou extensão (sendo que uma porcentagem deste valor pode ser destinada a cursos que não tenham relação com a profissão);
4. tem pacote de benefícios idêntico para todos os funcionários (de modo que o plano de saúde dopresidente da empresa seja o mesmo dos estagiários);
5. trata todos os funcionários por “googlers”, o que lhes dá uma identidade única, espírito de equipe e favorece o amor pelo grupo e pela empresa;
6. permite que os funcionários (“googlers”) produzam em ambientes de descontração;
7. proporciona alimentos para ficarem disponíveis para o consumo ilimitado dos funcionários, durante todo o dia; e
8. além do convívio na empresa, há uma verba para os funcionários saírem juntos após o trabalho.
5) Escola da Contingência
Segundo o livro-texto da UA 03, contingente significa eventual, temporário21. Nas palavras de Chiavenato, “a palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circunstâncias”22.
Explica Chiavenato23 que a Teoria da Contingência “é a corrente mais recente que parte do princípio de que a Administração é relativa e situacional, isto é, depende de circunstâncias ambientais e tecnológicas da organização”.
Para o autor, a Teoria da Contingência estabeleceu suas bases definitivas a partir da Teoria do Desenvolvimento Organizacional24, que não segue um procedimento rígido e imutável, mas é, na verdade, situacional e orientado para as contingências, sendo flexível e pragmática, adaptando as ações para adequá-las às necessidades específicas e particulares que forem diagnosticadas25.
Pela abordagem contingencial, a eficácia organizacional não pode ser alcançada seguindo um único modelo de organização, pois não existe uma forma única e melhor para se organizar.
Esta abordagem também contempla as demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional.
Nas palavras de Chiavenato26: “são as características ambientais que condicionam as características organizacionais”.
E, ainda nos ditames do autor27:
“É no ambiente que estão as explicações causais das características das organizações. Assim, não há uma única melhor maneira (the best way) de se organizar. Tudo depende (it depends) das características ambientais relevantes para a organização. As características organizacionais somente podem ser entendidas mediante a análise das características ambientais com as quais se defrontam”.
Desta forma, a Escola da Contingência indica que a organização é um sistema composto de subsistemas, e todas as relações, dentro de cada um dos sistemas e entre os mesmos, devem ser analisadas, por terem natureza variada.
Exemplos da aplicação prática da Escola da Contingência:
De acordo com a Escola da Contingência, a empresa é afetada pelos fenômenos do ambiente externo que a cerca. Esses fenômenos, na maioria das vezes, não podem ser mudados, mas apenas monitorados. A título de exemplo, cita-se a empresa Friboi, que enfrentou queda em suas exportações em virtude da crise sanitária decorrente da febre aftosa no gado do Mato Grosso do Sul. Em vista disso, a direção da empresa realocou sua produção, a fim de não reduzir os abates. Deste modo, a produção do estado do Mato Grosso do Sul foi deslocada para as unidades de Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Sendo assim, apesar da crise, a empresa continuou com sua linha de abates para exportação28.
 
Notas:
1 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 11.
2 Idem, Ibidem.
3 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 48.
4 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 48.
5 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 48.
6 Idem, Ibidem, p. 80.
7 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 81.
8 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 101.
9 Idem, Ibidem, p. 102.
10 Idem, Ibidem, p. 106.
11 Fonte: “Funcionários do setor de telemarketing relatam série de abusos”. Disponível em: <http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/10/funcionarios-do-setor-de-telemarketing-relatam-serie-de-abusos.html>. Acesso em 14/03/2016.
12 Por exemplo: <http://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/144981103/recurso-de-revista-rr-1295005620135130009>. Acesso em 14/03/2016.
13 Fonte: “Benefícios fazem toda diferença nas 150 melhores empresas”. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/18402/noticias/um-pedaco-do-paraiso>. Acesso em 14/03/2016.
14 Fonte: “Benefícios fazem toda diferença nas 150 melhores empresas”. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/18402/noticias/um-pedaco-do-paraiso>. Acesso em 14/03/2016.
15 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 329.
16 Idem, Ibidem, p. 359.
17 Idem, Ibidem, p. 328.
18 Idem, Ibidem.
19 Idem, Ibidem, p. 329.
20 Fonte: “Google é a melhor empresa para trabalhar no Brasil em 2013”. Revista Exame. Matéria online disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/google-e-a-melhor-empresa-para-trabalhar-em-2013>. Acesso em 14/03/2016.
21 Livro-texto da disciplina Administração Geral, Unidade 03, p. 09.
22 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 498.
23 Idem, Ibidem, p. 24.
24 Idem, Ibidem, p. 371.
25 Idem, Ibidem, p. 383.
26 Idem, Ibidem, p. 500.
27 Idem, Ibidem.
28 Fonte: <http://www.iprj.uerj.br/~loyola/teoria_da_contingencia.pdf>. Acesso em 14/03/2016.

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