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TRABALHO DE CONCLUSSAO DE CURSO

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Universidade de Pernambuco 
Escola Politécnica de Pernambuco 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DOS 
POSTOS DE SAÚDE DA CIDADE DE JABOATÃO DOS 
GUARARAPES 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaella Tenório Lemos 
 
 
 
 
 
Recife, Dezembro 2011 
 
 
 
Universidade de Pernambuco 
Escola Politécnica de Pernambuco 
Graduação em Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
Rafaella Tenório Lemos 
 
 
 
ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DOS 
POSTOS DE SAÚDE DA CIDADE DE JABOATÃO DOS 
GUARARAPES 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª. Dra. Eliana Cristina Barreto Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 Monografia apresentada ao curso de 
Engenharia Civil da Universidade de 
Pernambuco, como parte dos requisitos 
necessários à obtenção dos grau de 
Engenheira Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife, Dezembro 2011 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Ao meu pai, Fernando, por seu amor e compreensão durante todos 
esses anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus que com Sua luz me guia pelos difíceis caminhos da vida. 
A minha mãe Rosângela, por todo apoio e esforço para tornar meus 
sonhos realidade e ao meu filho, Ricardo, uma pessoa especial que me dá uma 
nova perspectiva de vida a cada dia. 
À professora Eliana Cristina Barreto Monteiro, minha orientadora, por ter 
sempre tempo disponível para orientação e grande atenção no 
desenvolvimento deste projeto 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"A imaginação é mais importante que 
 a ciência , porque a ciência é 
limitada, ao passo que a imaginação 
abrange o mundo inteiro." 
 Albert Einstein 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
LEMOS, R. T. Análise das manifestações patológicas dos postos de 
saúde da cidade de Jaboatão dos Guararapes. 2011. Trabalho de 
conclusão de curso. Engenharia civil, UPE, Recife, 2011. 
 
 
 
 
Apesar da crescente preocupação na obtenção da qualidade das 
edificações, ainda têm-se observado um elevado número de edificações 
apresentando manifestações patológicas de diversos tipos. Esse trabalho 
aborda o estudo das principais manifestações patológicas de 08 (oito) postos 
de saúde, localizados na Cidade de Jaboatão dos Guararapes, identificando 
suas prováveis causas. A metodologia utilizada foi baseada no estudo de 
caso das edificações, fazendo uso do check-list da ABECE (2005) e da 
norma NBR 6118 (2007). Desta forma foi possível observar que dentre as 
manifestações patológicas encontradas, as que apresentaram maior 
incidência foram: manchas de umidade, eflorescências, corrosão de 
armaduras, fissuras e descolamento de revestimentos. Essas patologias 
foram, provavelmente, causadas por: má impermeabilização, pouco 
cobrimento da armadura e uso de material inadequado, resultando em 
edificações projetadas de forma pouco eficientes em relação a norma 
vigente. A ausência de manutenção preventiva contribuiu para o surgimento 
dessas patologias. 
 
 
 
Palavras-chave: Edificações, manifestações patológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
LEMOS, R. T. Análise das manifestações patológicas dos postos de 
saúde da cidade de Jaboatão dos Guararapes. 2011. Trabalho de 
conclusão de curso. Engenharia civil, UPE, Recife, 2011. 
 
 
 
 
Despite the growing concern in achieving quality of the buildings have yet 
been observed a large number of buildings featuring various types of 
pathological manifestations. This paper focuses on the study of the main 
pathological manifestations of 08 (eight) clinics, located in the City of 
Jaboatão Guararapes, identifying their probable causes. The methodology 
used was based on case study of the buildings, making use of the checklist 
ABECE (2005) and the NBR 6118 (2007). Thus it was possible to observe 
that among the pathological manifestations encountered, with the highest 
incidence were damp stains, efflorescence, corrosion of reinforcement, 
cracking and detachment of the coatings. These pathologies were probably 
caused by: poor waterproofing, coatings bit of armor and use of inappropriate 
material, resulting in buildings designed so inefficient compared to standard 
practice. The lack of preventive maintenance contributed to the emergence of 
these diseases. 
 
 
 
Keywords: Buildings, pathological manifestations. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Lei da evolução dos custos das intervenções (SITTER, 1984)... 12 
Figura 2. Vida útil das estruturas de concreto tomando-se por referência o 
fenômeno da corrosão das armaduras (HELENE, 1993)......................... 
14 
Figura 3. Tipos de corrosão (CASCUDO, 1997)........................................ 19 
Figura 4. Localização dos Postos de Saúde............................................... 25 
Figura 5. Falta de cobertura adequada e sujeira........................................ 29 
Figura 6. Eflorescência em sala de exames............................................... 29 
Figura 7. Manchas de Umidade em banheiro............................................. 30 
Figura 8. Manchas de umidade em sala de vacinação............................... 30 
Figura 9. Entupimento de tubulação, causador de manchas de umidade.. 30 
Figura 10. Infiltração com manchas de umidade em forro de gesso.......... 31 
Figura 11. Ruptura do pilar causado pela corrosão.................................... 32 
Figura 12. Perda da seção da armadura.................................................... 32 
Figura 13. Cobrimento deficiente e corrosão em viga................................ 33 
Figura 14. Destacamento do cobrimento com exposição da armadura..... 33 
Figura15. Expansão da armadura, com fissuração e descolamento do 
concreto....................................................................................................... 33 
Figura 16. Cobrimento insuficiente e corrosão de armadura...................... 34 
Figura 17. Exposição e oxidação de armaduras em escada...................... 34 
Figura 18. Destacamento do revestimento cerâmico.................................. 35 
Figura 19. Descolamento do revestimento com excesso de argila............. 35 
Figura 20. Descolamento do revestimento de fachada.............................. 36 
Figura 21. Exposição da alvenaria por destacamento do revestimento 
externo......................................................................................................... 36 
Figura 22. Fissura causada pela ausência de verga.................................. 37 
Figura 23. Fissura ocasionada pela movimentação da fundação............... 37 
Figura 24. Fissura causada por movimentações dinâmicas....................... 38 
Figura 25. Fissuras decorrentes da movimentação de materiais............... 38 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1. Processo de deterioração devido às causas naturais (SOUZA e 
RIPPER, 1998).............................................................................................. 17 
Quadro 2. Identificação das patologias........................................................ 27 
Quadro 3. Classes de agressividade ambiental (NBR 6118/2007).............. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução.............................................................................................. 11 
1.1. Importância do Tema.......................................................................... 11 
1.2. Objetivo............................................................................................... 12 
1.3. Escopo do Trabalho............................................................................ 12 
2. Revisão Bibliográfica............................................................................ 13 
 2.1. Vida Útil.............................................................................................13 
2.2. Durabilidade........................................................................................ 15 
2.3. Manifestações Patológicas................................................................. 16 
2.4. Principais Manifestações Patológicas em Estruturas de Concreto.... 18 
2.2.1. Corrosão de Armaduras................................................................ 18 
2.2.2. Fissuração..................................................................................... 20 
2.2.3. Manchas de Umidade e Eflorescência.......................................... 21 
2.2.4. Reação Álcali-Agregado................................................................ 22 
2.2.5. Descolamento do Revestimento.................................................... 23 
3. Estudo de Caso...................................................................................... 25 
3.1. Descrições das Edificações................................................................ 25 
3.2. Metodologia de Inspeção.................................................................... 26 
4. Resultados e Discussão........................................................................ 27 
4.1. Patologias Observadas....................................................................... 27 
4.2. Análise das Patologias....................................................................... 28 
4.2.1. Manchas de Umidade e Eflorescência.......................................... 28 
4.2.2. Corrosão de Armaduras................................................................ 31 
4.2.3. Descolamento do Revestimento.................................................... 34 
4.2.4. Fissuração..................................................................................... 36 
5. Considerações Finais............................................................................ 39 
Referências Bibliográficas................................................................... 40 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Importância do Tema 
De acordo com o crescente número de casos de patologias que vêm se 
apresentando em todo o Brasil, pode-se concluir que nenhum material 
estrutural é um elemento eternamente durável por sua interação com meio 
ambiente. 
Andrade (1997) pesquisou a incidência de manifestações patológicas em 
estruturas de concreto no estado de Pernambuco, chegando a conclusão 
que a corrosão das armaduras é o maior causador da maior parte dos 
danos nas estruturas de concreto, sendo responsável pó aproximadamente 
62% das manifestações patológicas registradas nas edificações. 
De um modo geral, as patologias não têm sua origem concentrada em 
fatores isolados, mas sofrem influência de um conjunto de variáveis, que 
podem ser classificadas de acordo com o processo patológico, com os 
sintomas, com a causa geradora dos problemas ou ainda com a etapa do 
processo produtivo em que ocorrem (COSTA JR., 2001). 
Comumente, os problemas patológicos são evolutivos e tendem a se 
agravar com o passar do tempo. Pode-se afirmar que as correções dos 
problemas provocados pelas manifestações patológicas serão mais 
duráveis, mais fáceis de executar e muito mais econômicos, quanto antes 
elas forem feitas. Sitter (1984), demonstrou esta afirmação através da 
conhecida Lei de Sitter (Figura 1) que prevê um custo crescente das 
intervenções de correções, a uma progressão geométrica razão 5, conforme 
a figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Lei da evolução dos custos das intervenções (SITTER, 1984). 
1.2. Objetivo 
Este trabalho tem como objetivo estudar as manifestações patológicas 
dos postos de saúde na Cidade de Jaboatão dos Guararapes, identificando 
suas prováveis causas. 
1.3. Escopo do Trabalho 
O presente trabalho está dividido em cinco capítulos. 
No Capitulo 2 é apresentada uma revisão bibliográfica que através de 
conceitos promove um melhor entendimento pertinente a área da pesquisa. 
No Capitulo 3 é contemplada a metodologia utilizada e a descrição da 
estrutura em análise. 
O Capitulo 4 apresenta e analisa os resultados das manifestações 
patológicas identificadas na edificação. 
O capitulo 5 apresenta as considerações finais. 
 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1. Vida Útil 
Segundo ASTM E 632 (1982), vida útil é o período de tempo após a 
instalação de um material, componente ou sistema em que as propriedades 
do mesmo ficam acima de valores mínimos aceitáveis. Admite-se que um 
material atingiu o fim de sua vida útil quando suas propriedades, sob dadas 
condições de uso desse material é considerada insegura ou antieconômica. 
A vida útil pode também ser entendida como o período de tempo durante 
o qual a estrutura é capaz de desempenhar bem as funções para as quais 
foi projetada. Podem-se distinguir pelo menos três situações e suas 
correspondentes vidas úteis, apresentadas na Figura 2, que contempla o 
fenômeno da corrosão de armaduras, por ser o mais frequente e mais 
conhecido cientificamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Vida útil das estruturas de concreto tomando-se por referência o 
fenômeno da corrosão das armaduras (HELENE, 1993). 
 
Através da Figura 2 podem ser definidas as seguintes vidas úteis: 
a) Período de tempo que vai até despassivação da armadura, normalmente 
denominado de período de iniciação. Esse período de tempo pode ser 
associado a chamada vida útil de projeto. Normalmente corresponde ao 
período de tempo necessário para que a frente de carbonatação ou a frente 
de cloretos atinja a armadura. O fato da região carbonatada ou de um certo 
nível de cloretos atingir a armadura e teoricamente despassivá-la, não 
significa que necessariamente a partir desse momento haverá corrosão, 
embora usualmente isso ocorra. 
 
 
 
b) Período de tempo que vai até o momento em que aparecem manchas na 
superfície de concreto, ou fissuras no concreto de cobrimento ou quando há 
o destacamento do concreto de cobrimento. A esse período de tempo 
associa-se a chamada vida útil de serviço ou de utilização. Esse período 
varia de acordo com cada caso, pois, em certos locais é inadmissível que 
uma estrutura de concreto apresente manchas de corrosão ou fissuras. Em 
outros casos somente o início da queda de pedaços de concreto, colocando 
em risco a integridade de pessoas e bens, pode-se definir o momento a 
partir do qual se deve considerar terminada a vida útil de serviço; 
c) Período de tempo que vai até a ruptura ou colapso parcial ou total de 
estrutura. A esse período de tempo associa-se a chamada vida útil ou total. 
Corresponde ao período de tempo no qual há uma redução significativa da 
seção resistente da armadura ou uma perda importante da aderência 
armadura / concreto, acarretando o colapso parcial ou total da estrutura; 
d) Nessa modelagem foi introduzido ainda o conceito de vida útil residual, 
que corresponde ao período de tempo em que a estrutura ainda será capaz 
de desempenhar suas funções, contado nesse caso a partir da data, 
qualquer, de uma vistoria. Essa vistoria e correspondente diagnóstico 
podem ser efetuados a qualquer instante da vida em uso da estrutura. O 
prazo final, nesse caso, tanto pode ser o limite de projeto, o limite das 
condições de serviço quanto o limite de ruptura, dando origem a três tipos 
de vida útil residual; uma mais curta contada até a despassivação da 
armadura, outra até o aparecimento das manchas, fissuras ou 
destacamento do concreto e outra longa contada até a perda significativa da 
capacidade resistente do componente estrutural ou seu eventual colapso. 
2.2. Durabilidade 
Segundo Mehta e Monteiro (2008), a durabilidade do concreto é definida 
como a sua capacidade de resistir à ação das intempéries, ataques 
químicos, abrasão ou qualquer outro processo de deterioração, ou seja, o 
 
 
 
concreto durável conservará a sua forma original, qualidade e capacidadede utilização quando exposto ao meio ambiente. 
Um conceito de durabilidade bastante difundido e aplicado atualmente é 
o projeto pelo CEB-FIB MC-90 (1993) que descreve que as estruturas de 
concreto devem ser projetadas, construídas e operadas de tal forma que 
sob condições ambientais esperadas, elas mantenham sua segurança, 
funcionalidade e a aparência aceitável durante em período de tempo 
implícito ou explícito sem requerer altos custos para manutenção e reparo. 
De acordo com Helene (2003), o estudo da durabilidade das estruturas 
de concreto armado tem evoluído graças ao maior conhecimento dos 
mecanismos de transporte de líquidos e de gases agressivos nos meios 
porosos como o concreto, que possibilitam associar o tempo aos modelos 
matemáticos que expressam quantitativamente esses mecanismos. 
2.3. Manifestações Patológicas 
Certas manifestações patológicas têm maior incidência devido à 
necessidade de cuidados que frequentemente são ignorados, nas diversas 
etapas do processo construtivo. Durante essas etapas, vários são os fatores 
que interferem na qualidade final do produto, dentre eles pode-se citar 
(COSTA JR., 2001): 
• Planejamento: a definição dos níveis de desempenho desejados; 
• Projeto: a programação de todas as etapas da obra, os detalhes, as 
especificações e as descrições das ações; 
• Materiais: a qualidade e a conformidade com as especificações; 
• Execução: a qualidade e a conformidade com as especificações; 
 
 
 
• Uso: o tipo de utilização previsto para o ambiente construído aliada à 
manutenção. 
De acordo com Souza e Ripper (1998), além das falhas durante as 
etapas do processo de construção, utilização de materiais inadequados e 
ausência de manutenção no período de utilização, as causas de 
deterioração das edificações são também decorrentes de causas naturais. 
Estas, intrínsecas aos processos de deterioração estão divididas segundo o 
Quadro 1. 
Quadro 1. Processo de deterioração devido às causas naturais (SOUZA e 
RIPPER, 1998) 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Mehta e Monteiro (2008), os principais efeitos de 
deterioração são os físicos que influenciam a durabilidade, como a 
fissuração, o desgaste de superfície, a exposição a temperaturas extremas 
e alguns efeitos químicos que incluem lixiviação por soluções ácidas, 
reações expansivas envolvendo ataques por sulfatos, reação álcali-
agregado (RAA) e corrosão de armaduras. Estes efeitos podem ser 
diagnosticados por meio de trincas, fissuras, microfissuras, exsudação de 
água e desagregação da massa de concreto. 
 
 
 
 
 
2.4. Principais Manifestações Patológicas em Estruturas de 
Concreto 
2.4.1. Corrosão de Armaduras 
A corrosão das armaduras é um dos problemas mais críticos das 
estruturas de concreto, podendo comprometer severamente a sua 
segurança e capacidade de serviço. Os principais fatores que provocam a 
corrosão são o meio ambiente, o qual a estrutura está inserida e o 
cobrimento inadequado de concreto. Desta forma, os profissionais de 
engenharia, cada vez mais, têm se preocupado com o problema da 
corrosão nas armaduras das estruturas de concreto armado. Dentre os 
principais agentes iniciadores do processo corrosivo estão a carbonatação 
do concreto e a entrada de íons agressivos, tais como os íons cloretos. 
Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza 
preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A 
corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a 
superfície dos fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença 
de umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como 
dentro de estufas ou sob ação de elevadas temperaturas (menor que 80ºC) 
e em ambientes de baixa umidade relativa (U.R.< 50%). 
A qualidade do concreto, a alta relação água cimento (aumento da 
permeabilidade), tipo do cimento, impurezas nos materiais, fissuras em 
superfícies, densidade e espessura do cobrimento, relacionados ao 
ambiente externo suscetível à umidade, oxigênio, temperatura, ataque de 
bactérias e correntes elétricas perdidas, iniciam ou alimentam a corrosão 
(GENTIL, 1996). 
 
 
 
A corrosão em estruturas de concreto podem ser classificadas em três 
tipos: corrosão uniforme, corrosão por pite e corrosão sob tensão fraturante, 
como apresentado na figura a seguir. 
 
 
Figura 3. Tipos de corrosão (CASCUDO, 1997) 
A corrosão uniforme ou generalizada, de acordo com Cascudo (1997), 
ocorre em toda a extensão da superfície, ocasionando perda uniforme de 
espessura. A perda da passivação da armadura na corrosão generalizada 
pode ocorrer através da carbonatação do concreto. 
A corrosão por pite, também conhecida como puntiforme, ocorre em 
pontos ou pequenas áreas localizadas, Este tipo de corrosão evolui 
aprofundando-se, podendo causar o rompimento pontual da barra. No 
início, a formação por pite é lenta, porém uma vez formado, gera um 
processo autocatalítico que produz condições para um contínuo 
crescimento (Gentil, 2003). A perda da passivação da armadura na 
corrosão por pite pode ocorrer através da presença de íons cloreto, 
rompendo pontualmente a película passiva. 
 
 
 
A corrosão por tensão fraturante é outro tipo de corrosão localizada que 
ocorre concomitantemente a uma tensão de tração, podendo ocorrer o 
início de propagação de fissuras (CASCUDO, 1997). 
 
2.4.2. Fissuração 
As fissuras podem ter diversas causas, dentre elas, as movimentações 
provocadas por variações térmicas e de umidade, sobrecarga ou 
concentração de tensões, deformabilidade excessiva, recalque das 
fundações, retração e alterações químicas de materiais de construção 
(THOMAZ, 1989). 
As fissuras facilitam a entrada de agentes agressivos, como cloretos, 
que podem despassivar às armaduras presentes no concreto. Além disso, a 
carbonatação ocorre ao longo das paredes das fissuras, contribuindo para 
acelerar o surgimento da corrosão das armaduras. 
Durante a execução do concreto, pode-se iniciar o processo de 
fissuração desse material. De acordo com Dal Molin (1988), logo após o 
lançamento do concreto ocorre a sedimentação das partículas sólidas que 
movimentam bolhas de ar e água aprisionadas da pasta, causando fissuras 
decorrentes do encontro com obstáculos como agregados, armaduras ou 
moldes. 
A retração por secagem é influenciada diretamente pela temperatura do 
ambiente, variação térmica pela ação do fogo, insolação ou pela liberação 
de calor de hidratação, como é o caso das barragens. 
Outras formas de fissuração são consideradas pela corrosão de 
armaduras, reações expansivas com sulfatos e reações expansivas como a 
reação álcali-agregado (RAA). 
 
 
 
A NBR 6118 (2007) limita a abertura de fissuras na superfície do 
concreto visando garantir a proteção adequada das armaduras quanto a 
corrosão. Esta limitação de abertura está relacionada, dentre outros fatores, 
com a agressividade ambiental variando de 0,2 a 0,4 mm. 
Conforme Helene (1986), o problema dessas medidas é que a vista 
humana praticamente não distingue uma fissura menor que 0,1mm, além 
das fissuras serem irregulares e de abertura variável. 
Existem autores que defendem que as fissuras não interferem 
significativamente na intensidade da corrosão, apenas antecipam o início do 
problema (CASCUDO, 1997). 
2.4.3. Manchas de Umidade e Eflorescência 
A umidade na construção civil é um problema de relevância pois gera 
defeitos graves de difíceis soluções. Ela pode se manifestar em diversos 
elementos das edificações como paredes, pisos e fachadas e elementos de 
concreto armado. 
Dentre as manifestações patológicas mais comuns, encontram-se as 
manchas de umidade e as eflorescências, gerando consequentemente o 
desconforto aos usuários, condições de insalubridade podendo afetar a 
saúde os moradores, danos em equipamentos e bens presentes nos 
interiores das edificações além da desvalorização do imóvel (prejuízofinanceiro) causada pela alteração do aspecto estético (RIPPER, 1986). 
A saturação da água nos materiais sujeitos à umidade tem como 
consequências o aparecimento de manchas características e posterior 
deterioração desses. Segundo Bauer (2008), as manchas podem se 
apresentar com colorações diferenciadas, como marrom, verde e preta. Os 
revestimentos que sofrem ação da umidade e de microorganismos, os quais 
provocam o surgimento de algas e mofo, apresentam manchas pretas e 
verdes. 
 
 
 
A eflorescência é a formação de sais solúveis, que se depositam nas 
superfícies dos materiais, carregados de seu interior pela umidade que os 
atravessa, formando manchas brancas ou em outras situações aumentando 
o volume, na forma de estalactites. 
Segundo Uemoto (1988), o termo eflorescência tem como significado a 
formação de depósito salino na superfície da alvenaria, isto sendo resultado 
da exposição a intempéries. As eflorescências podem alterar a aparência da 
superfície sobre a qual se depositam e em determinados casos seus sais 
constituintes podem ser agressivos, causando desagregação profunda. 
2.4.4. Reação Álcali-Agregado 
De acordo com Neves (2007), a reação álcali-agregado (RAA) pode ser 
definida como uma reação química que ocorre dentro da massa de 
concreto, entre alguns constituintes mineralógicos do agregado e os 
hidróxidos alcalinos que estão dissolvidos na solução dos poros do 
concreto. Como resultado da reação e em presença de umidade são 
formados produtos que se expandem, podendo provocar a fissuração, 
perda de resistência, aumento da deformação, perda de funcionalidade e 
interferência na durabilidade da estrutura. 
As reações ocorrem quando da dissolução dos álcalis da própria água 
de amassamento do concreto e, posteriormente, na água contida nos poros 
do concreto. A solução alcalina reagirá com os agregados, dando início à 
reação álcali-agregado (RAA) e o tempo necessário para que esses danos 
apareçam pode variar de poucos meses a algumas décadas após a 
construção. 
Segundo Cavalcanti et al. (2005), a reação RAA pode ser de três tipos: 
• Reação Álcali-sílica (RAS): os vários tipos de sílica reativa 
presentes nos poros do concreto. A sílica reage com os álcalis 
sódio (Na) e potássio (K) formando um gel silico-alcalino altamente 
 
 
 
instável. Uma vez formado, o gel começa a absorver água e a 
expandir-se, ocupando um volume maior que os materiais que 
originaram a reação. Dentre as formas minerais de sílica mais 
comuns destacam-se: a opala ou sílica amorfa, a calcedônia, os 
vidros naturais e artificiais e quartzo; 
• Reação Álcali-silicato (RASS): consiste na reação entre os álcalis 
disponíveis e alguns tipos de silicatos eventualmente presentes em 
certas rochas sedimentares, rochas metamórficas e ígneas. É uma 
reação que está basicamente relacionada à presença de quartzo 
tensionado, quartzo microcristalino e minerais expansivos do grupo 
dos filossilicatos. Apresenta o mesmo mecanismo que a reação 
álcali-sílica, porém ocorre mais lentamente. É o tipo de RAA mais 
encontrada em barragens construídas no Brasil e agora em 
fundações (blocos e sapatas) na Região Metropolitana do Recife; 
• Reação Álcali-carbonato (RAC): ocorre quando certos calcários 
dolomíticos são usados como agregado em concreto e são 
atacados pelos álcalis do cimento, originando uma reação 
denominada desdolomitização com excessiva expansão. Nesta 
reação não ocorre a formação do gel e existem consideráveis 
divergências sobre seu mecanismo. 
Vários são os fatores que influenciam a reação álcali-agregado tais 
como temperatura, adições minerais, relação água/cimento, teor de ar 
incorporado, dentre outros. Entretanto, os fatores indispensáveis para que a 
reação ocorra em estruturas de concreto são: álcalis em concentração 
suficiente, sílica reativa do agregado e umidade suficiente (LOPES, 2004). 
2.4.5. Descolamento do Revestimento 
Pode-se dizer que a perda de aderência ou descolamento é um 
processo onde as tensões geradas através da corrosão de armaduras, que 
 
 
 
ao oxidarem aumentam de volume em até cinco vezes o seu diâmetro 
provocando uma força de expansão interna com surgimento de fissuras e 
consequentemente o descolamento do revestimento. 
Diversas são as causas que podem determinar o descolamento, 
entretanto uma das mais importantes é a intensidade com que ocorrem as 
tensões de compressão no painel de revestimento, devido principalmente a 
acomodação do conjunto da construção (fluência da estrutura de concreto 
armado, às variações higrotérmicas e de temperatura) (ESQUIVEL, 2001). 
Conforme Esquivel (2001) existe outros fatores que, provavelmente, são 
causadores do descolamento nos revestimentos, tais como, grau de 
solicitação do revestimento, as características das juntas de assentamento 
e de movimentação, a deficiência de especificação técnica de execução de 
serviços, a qualidade de mão de obra utilização de materiais de baixa 
qualidade. A ausência de juntas de dilatação e falta de manutenção também 
são fatores que contribuem para essa patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ESTUDO DE CASO 
 
3.1. Descrição das Edificações 
As edificações analisadas foram construídas, em geral nas décadas de 
1980 e 1990, em alvenaria, com estrutura em concreto armado, fundação 
direta tipo sapata corrida, cobertas em telhas auto portante de cimento 
amianto, tipo calhetão apoiadas em cintas de concreto armado e telhas de 
barro tipo canal também chamada de colonial, apoiadas em estrutura de 
madeira, com revestimento externo e interno em massa única (reboco), 
sendo alguns ambientes revestidos internamente com azulejos (banheiros e 
salas de procedimentos), revestimento de piso em cerâmica, pintura em 
tinta PVA. 
Na figura a seguir pode se observar a localização das unidades de 
saúde estudadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4. Localização dos Postos de Saúde. 
3.2. Metodologia de Inspeção 
A metodologia de inspeção consistiu-se no estudo de caso de oito 
edificações. Estas funcionam como postos de saúde na Cidade de Jaboatão 
dos Guararapes que possui um total de 80. Para o estudo foram realizadas 
vistorias, nas quais foi utilizado um questionário que teve como base o 
check-list da ABECE (2005), de modo a coletar dados necessários a 
complementação dos estudos visuais realizados nas edificações para 
posterior análise de suas patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1. Patologias Observadas 
Por meio do estudo visual realizado em cada unidade de saúde 
escolhida, foi detectada a presença de algumas manifestações patológicas, 
situadas em vários pontos das edificações. O Quadro 2 apresenta, em 
síntese as principais patologias observadas em cada posto de saúde. 
Quadro 2. Identificação das patologias. 
 
Foi constatado que as edificações foram construídas, em geral, usando 
concretos de baixa resistência (aproximadamente 15 MPa) e alta 
permeabilidade. O cobrimento utilizado nos elementos estruturais não é 
suficiente, em média 0,5 cm, em alguns trechos de vigas e lajes. Segundo a 
NBR 6118 (2007) as lajes deveriam ter recobrimento 1,5 cm e os pilares e 
vigas 2,0 cm. 
De acordo com a NBR 6118 (2007), as edificações em estudo 
classificam-se como Classe II e Classe III (Quadro 3), isto é, agressividade 
moderada e forte, pois as estruturas estão localizadas em ambientes 
 
 
 
urbano. Para a Classe de Agressividade II, a referida norma recomenda a 
utilização de concreto para laje com resistência de 25 MPa e para vigas e 
pilares de 30 MPa, já para a Classe III a norma indica o concreto para laje 
35 MPa e para vigas e pilares 40 MPa. Com relação ao recobrimento 
nominal para as respectivas classes a norma recomenda para lajes, 2,5 cm 
e 3,5 cm, para pilares e vigas 3,0 cm e 4,0 cm. 
Quadro 3. Classes de agressividade ambiental(NBR 6118/2007) 
 
4.2. Análise das Patologias 
4.2.1. Manchas de Umidade e Eflorescência 
Os problemas referentes à ação da umidade estão presentes em todas 
as fases da vida de uma edificação, indo desde o projeto até a manutenção 
da mesma. É fato concluir que a prevenção é a melhor solução. Corrigir 
erros na fase de projeto é primordial. 
 
 
 
Após os estudos visuais foi constatado que as manchas de umidade e 
eflorescências observadas tiveram como causa ausência de manutenção 
das edificações, utilização de material de qualidade inferior e falhas de 
execução de projeto. 
A cidade de Jaboatão dos Guararapes está situada numa região de alta 
umidade, seu inverno é uma estação de chuvas rigorosas e fortes ventos. 
Foi observada falta de limpeza e deslocamento da cobertura, falta de 
impermeabilização adequada e provável entupimento das tubulações. 
Na figuras a seguir podem-se observar as patologias citadas, bem como 
algumas de suas causas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5. Falta de cobertura adequada e sujeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 6. Eflorescência em sala de exames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 7. Manchas de Umidade em banheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 8. Manchas de umidade em sala de 
vacinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9. Entupimento de tubulação, 
 causador de manchas de umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 10. Infiltração com manchas de umidade 
 em forro de gesso. 
 
4.2.2. Corrosão de Armaduras 
Nas inspeções realizadas foi verificado que as infiltrações nas lajes, 
pilares, vigas e beiral contribuíram para o surgimento dos problemas de 
corrosão de armaduras que em decorrência da má qualidade do concreto e 
pouco recobrimento que acarretou em esfoliação, ferragem exposta com 
expansão dos produtos de corrosão e perda de seção. 
Segundo Husni et al. (2003), os fatores de afetam os fenômenos de 
corrosão das armaduras estão associados essencialmente às 
características do concreto, ao meio ambiente e a disposição das 
armaduras nos componentes estruturais. Esse fenômeno é encontrado com 
frequência em concretos de baixa qualidade assim como em componentes 
estruturais afetados por umidade ou ciclos de molhagem. 
Conforme explanado anteriormente, as edificações foram construídas 
antes da vigência da norma NBR 6118 (2007). Com isto, é provável que o 
concreto usado na época tenha sido preparado a mão, sem o devido 
controle, ocasionando baixa resistência e alta permeabilidade, como 
também favorecendo o surgimento das manifestações patológicas aqui 
abordadas. 
 
 
 
A falta de manutenção contribui para o surgimento e agravamento das 
manifestações patológicas. 
As figuras adiante indicam lajes, vigas e pilares com problemas de 
corrosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11. Ruptura do pilar causado pela corrosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 12. Perda da seção da 
 armadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 13. Cobrimento deficiente e corrosão 
 em viga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 14. Destacamento do cobrimento com 
 exposição da armadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura15. Expansão da armadura, 
 com fissuração e descolamento do 
 concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 16. Cobrimento insuficiente e corrosão 
 de armadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 17. Exposição e oxidação de armaduras 
 em escada. 
 
4.2.3. Descolamento do Revestimento 
Os descolamentos de revestimento observado foram ocasionados 
devido às tensões geradas pelo ataque das armaduras, que ao oxidarem, 
aumentam de volume em até cinco vezes o seu diâmetro, provocando uma 
força de expansão interna com o surgimento de fissuras e 
conseqüentemente descolamento do revestimento. Como podemos 
constatar nas figuras adiante. 
 
 
 
Foi observada a utilização de argila (saibro) na composição da 
argamassa de revestimento que aplicado em camada com espessura 
excessiva compromete à aderência. Como o saibro é elemento higroscópico 
e como tal aumenta de volume em presença de água, pode facilmente 
provocar tensões indesejáveis causando o descolamento do revestimento. 
As elevadas variações de temperatura, principalmente no verão, 
contribuem também para os descolamentos dos revestimentos. Conforme 
Thomaz (1989), as variações de temperatura repercutem numa variação 
dimensional dos materiais de construção e movimentações diferenciadas 
entre elementos de um sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 18. Destacamento do revestimento cerâmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 19. Descolamento do revestimento 
 com excesso de argila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 20. Descolamento do revestimento de 
 fachada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 21. Exposição da alvenaria por destacamento do 
 revestimento externo. 
 
4.2.4. Fissuração 
Foi visualizada considerável quantidade de fissuras nas unidades de 
saúde visitadas. Essas fissuras são decorrentes de movimentação da 
coberta, deformação dos elementos de fundação e falhas executivas tais 
como: 
• A ausência de elementos estruturais como cintas, vergas e contra 
vergas nos vãos de portas e janelas; 
 
 
 
• Amarração mal executada das paredes em alvenaria. 
De acordo com Thomaz (1989), as fissuras são provocadas por tensões 
oriundas de atuação de sobrecargas ou de movimentações de materiais, 
dos componentes ou da obra como um todo. 
As figuram seguintes apresentam as fissuras visualizadas 
 
 
 
 
 
 Figura 22. Fissura causada pela ausência de verga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 23. Fissura ocasionada pela movimentação da fundação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 24. Fissura causada por movimentações 
 dinâmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 25. Fissuras decorrentes 
 da movimentação de materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os estudos realizados mostraram que dentre as patologias identificadas 
nas edificações, as que apresentaram maior incidência foram: as manchas 
de umidade e eflorescências, fissuras, corrosão de armaduras e 
descolamento de revestimentos. 
Diversas foram as causas das manifestações patológicas encontradas, 
destacando-se a má impermeabilização, pouco cobrimento das armaduras, 
uso de material inadequado e concreto de baixa qualidade, resultando 
numa edificação projetada de forma pouco eficiente em relação aos dias 
atuais. 
Com objetivo de evitar danos ainda maiores às edificações e seus 
usuários, faz-se necessário a adoção de procedimentos de reparo em toda 
estrutura. Como, em geral, as edificações possuem idade acima de 10 anos 
de construção, deve ser realizada inspeções nos elementos de fundação 
independente de ter apresentado ou não sintomas na superestrutura para 
verificar a possibilidade de ocorrência da reação álcali-agregado. 
A falta de manutenções preventivas teve grande contribuição no 
surgimento das manifestações patológicas devido a sua importância na 
conservação de uma edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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