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Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DOS POSTOS DE SAÚDE DA CIDADE DE JABOATÃO DOS GUARARAPES Rafaella Tenório Lemos Recife, Dezembro 2011 Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco Graduação em Engenharia Civil Rafaella Tenório Lemos ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DOS POSTOS DE SAÚDE DA CIDADE DE JABOATÃO DOS GUARARAPES Orientadora: Profª. Dra. Eliana Cristina Barreto Monteiro Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil da Universidade de Pernambuco, como parte dos requisitos necessários à obtenção dos grau de Engenheira Civil. Recife, Dezembro 2011 DEDICATÓRIA Ao meu pai, Fernando, por seu amor e compreensão durante todos esses anos. AGRADECIMENTOS A Deus que com Sua luz me guia pelos difíceis caminhos da vida. A minha mãe Rosângela, por todo apoio e esforço para tornar meus sonhos realidade e ao meu filho, Ricardo, uma pessoa especial que me dá uma nova perspectiva de vida a cada dia. À professora Eliana Cristina Barreto Monteiro, minha orientadora, por ter sempre tempo disponível para orientação e grande atenção no desenvolvimento deste projeto . "A imaginação é mais importante que a ciência , porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro." Albert Einstein RESUMO LEMOS, R. T. Análise das manifestações patológicas dos postos de saúde da cidade de Jaboatão dos Guararapes. 2011. Trabalho de conclusão de curso. Engenharia civil, UPE, Recife, 2011. Apesar da crescente preocupação na obtenção da qualidade das edificações, ainda têm-se observado um elevado número de edificações apresentando manifestações patológicas de diversos tipos. Esse trabalho aborda o estudo das principais manifestações patológicas de 08 (oito) postos de saúde, localizados na Cidade de Jaboatão dos Guararapes, identificando suas prováveis causas. A metodologia utilizada foi baseada no estudo de caso das edificações, fazendo uso do check-list da ABECE (2005) e da norma NBR 6118 (2007). Desta forma foi possível observar que dentre as manifestações patológicas encontradas, as que apresentaram maior incidência foram: manchas de umidade, eflorescências, corrosão de armaduras, fissuras e descolamento de revestimentos. Essas patologias foram, provavelmente, causadas por: má impermeabilização, pouco cobrimento da armadura e uso de material inadequado, resultando em edificações projetadas de forma pouco eficientes em relação a norma vigente. A ausência de manutenção preventiva contribuiu para o surgimento dessas patologias. Palavras-chave: Edificações, manifestações patológicas. ABSTRACT LEMOS, R. T. Análise das manifestações patológicas dos postos de saúde da cidade de Jaboatão dos Guararapes. 2011. Trabalho de conclusão de curso. Engenharia civil, UPE, Recife, 2011. Despite the growing concern in achieving quality of the buildings have yet been observed a large number of buildings featuring various types of pathological manifestations. This paper focuses on the study of the main pathological manifestations of 08 (eight) clinics, located in the City of Jaboatão Guararapes, identifying their probable causes. The methodology used was based on case study of the buildings, making use of the checklist ABECE (2005) and the NBR 6118 (2007). Thus it was possible to observe that among the pathological manifestations encountered, with the highest incidence were damp stains, efflorescence, corrosion of reinforcement, cracking and detachment of the coatings. These pathologies were probably caused by: poor waterproofing, coatings bit of armor and use of inappropriate material, resulting in buildings designed so inefficient compared to standard practice. The lack of preventive maintenance contributed to the emergence of these diseases. Keywords: Buildings, pathological manifestations. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Lei da evolução dos custos das intervenções (SITTER, 1984)... 12 Figura 2. Vida útil das estruturas de concreto tomando-se por referência o fenômeno da corrosão das armaduras (HELENE, 1993)......................... 14 Figura 3. Tipos de corrosão (CASCUDO, 1997)........................................ 19 Figura 4. Localização dos Postos de Saúde............................................... 25 Figura 5. Falta de cobertura adequada e sujeira........................................ 29 Figura 6. Eflorescência em sala de exames............................................... 29 Figura 7. Manchas de Umidade em banheiro............................................. 30 Figura 8. Manchas de umidade em sala de vacinação............................... 30 Figura 9. Entupimento de tubulação, causador de manchas de umidade.. 30 Figura 10. Infiltração com manchas de umidade em forro de gesso.......... 31 Figura 11. Ruptura do pilar causado pela corrosão.................................... 32 Figura 12. Perda da seção da armadura.................................................... 32 Figura 13. Cobrimento deficiente e corrosão em viga................................ 33 Figura 14. Destacamento do cobrimento com exposição da armadura..... 33 Figura15. Expansão da armadura, com fissuração e descolamento do concreto....................................................................................................... 33 Figura 16. Cobrimento insuficiente e corrosão de armadura...................... 34 Figura 17. Exposição e oxidação de armaduras em escada...................... 34 Figura 18. Destacamento do revestimento cerâmico.................................. 35 Figura 19. Descolamento do revestimento com excesso de argila............. 35 Figura 20. Descolamento do revestimento de fachada.............................. 36 Figura 21. Exposição da alvenaria por destacamento do revestimento externo......................................................................................................... 36 Figura 22. Fissura causada pela ausência de verga.................................. 37 Figura 23. Fissura ocasionada pela movimentação da fundação............... 37 Figura 24. Fissura causada por movimentações dinâmicas....................... 38 Figura 25. Fissuras decorrentes da movimentação de materiais............... 38 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Processo de deterioração devido às causas naturais (SOUZA e RIPPER, 1998).............................................................................................. 17 Quadro 2. Identificação das patologias........................................................ 27 Quadro 3. Classes de agressividade ambiental (NBR 6118/2007).............. 28 SUMÁRIO 1. Introdução.............................................................................................. 11 1.1. Importância do Tema.......................................................................... 11 1.2. Objetivo............................................................................................... 12 1.3. Escopo do Trabalho............................................................................ 12 2. Revisão Bibliográfica............................................................................ 13 2.1. Vida Útil.............................................................................................13 2.2. Durabilidade........................................................................................ 15 2.3. Manifestações Patológicas................................................................. 16 2.4. Principais Manifestações Patológicas em Estruturas de Concreto.... 18 2.2.1. Corrosão de Armaduras................................................................ 18 2.2.2. Fissuração..................................................................................... 20 2.2.3. Manchas de Umidade e Eflorescência.......................................... 21 2.2.4. Reação Álcali-Agregado................................................................ 22 2.2.5. Descolamento do Revestimento.................................................... 23 3. Estudo de Caso...................................................................................... 25 3.1. Descrições das Edificações................................................................ 25 3.2. Metodologia de Inspeção.................................................................... 26 4. Resultados e Discussão........................................................................ 27 4.1. Patologias Observadas....................................................................... 27 4.2. Análise das Patologias....................................................................... 28 4.2.1. Manchas de Umidade e Eflorescência.......................................... 28 4.2.2. Corrosão de Armaduras................................................................ 31 4.2.3. Descolamento do Revestimento.................................................... 34 4.2.4. Fissuração..................................................................................... 36 5. Considerações Finais............................................................................ 39 Referências Bibliográficas................................................................... 40 1. INTRODUÇÃO 1.1. Importância do Tema De acordo com o crescente número de casos de patologias que vêm se apresentando em todo o Brasil, pode-se concluir que nenhum material estrutural é um elemento eternamente durável por sua interação com meio ambiente. Andrade (1997) pesquisou a incidência de manifestações patológicas em estruturas de concreto no estado de Pernambuco, chegando a conclusão que a corrosão das armaduras é o maior causador da maior parte dos danos nas estruturas de concreto, sendo responsável pó aproximadamente 62% das manifestações patológicas registradas nas edificações. De um modo geral, as patologias não têm sua origem concentrada em fatores isolados, mas sofrem influência de um conjunto de variáveis, que podem ser classificadas de acordo com o processo patológico, com os sintomas, com a causa geradora dos problemas ou ainda com a etapa do processo produtivo em que ocorrem (COSTA JR., 2001). Comumente, os problemas patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do tempo. Pode-se afirmar que as correções dos problemas provocados pelas manifestações patológicas serão mais duráveis, mais fáceis de executar e muito mais econômicos, quanto antes elas forem feitas. Sitter (1984), demonstrou esta afirmação através da conhecida Lei de Sitter (Figura 1) que prevê um custo crescente das intervenções de correções, a uma progressão geométrica razão 5, conforme a figura a seguir. Figura 1. Lei da evolução dos custos das intervenções (SITTER, 1984). 1.2. Objetivo Este trabalho tem como objetivo estudar as manifestações patológicas dos postos de saúde na Cidade de Jaboatão dos Guararapes, identificando suas prováveis causas. 1.3. Escopo do Trabalho O presente trabalho está dividido em cinco capítulos. No Capitulo 2 é apresentada uma revisão bibliográfica que através de conceitos promove um melhor entendimento pertinente a área da pesquisa. No Capitulo 3 é contemplada a metodologia utilizada e a descrição da estrutura em análise. O Capitulo 4 apresenta e analisa os resultados das manifestações patológicas identificadas na edificação. O capitulo 5 apresenta as considerações finais. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Vida Útil Segundo ASTM E 632 (1982), vida útil é o período de tempo após a instalação de um material, componente ou sistema em que as propriedades do mesmo ficam acima de valores mínimos aceitáveis. Admite-se que um material atingiu o fim de sua vida útil quando suas propriedades, sob dadas condições de uso desse material é considerada insegura ou antieconômica. A vida útil pode também ser entendida como o período de tempo durante o qual a estrutura é capaz de desempenhar bem as funções para as quais foi projetada. Podem-se distinguir pelo menos três situações e suas correspondentes vidas úteis, apresentadas na Figura 2, que contempla o fenômeno da corrosão de armaduras, por ser o mais frequente e mais conhecido cientificamente. Figura 2. Vida útil das estruturas de concreto tomando-se por referência o fenômeno da corrosão das armaduras (HELENE, 1993). Através da Figura 2 podem ser definidas as seguintes vidas úteis: a) Período de tempo que vai até despassivação da armadura, normalmente denominado de período de iniciação. Esse período de tempo pode ser associado a chamada vida útil de projeto. Normalmente corresponde ao período de tempo necessário para que a frente de carbonatação ou a frente de cloretos atinja a armadura. O fato da região carbonatada ou de um certo nível de cloretos atingir a armadura e teoricamente despassivá-la, não significa que necessariamente a partir desse momento haverá corrosão, embora usualmente isso ocorra. b) Período de tempo que vai até o momento em que aparecem manchas na superfície de concreto, ou fissuras no concreto de cobrimento ou quando há o destacamento do concreto de cobrimento. A esse período de tempo associa-se a chamada vida útil de serviço ou de utilização. Esse período varia de acordo com cada caso, pois, em certos locais é inadmissível que uma estrutura de concreto apresente manchas de corrosão ou fissuras. Em outros casos somente o início da queda de pedaços de concreto, colocando em risco a integridade de pessoas e bens, pode-se definir o momento a partir do qual se deve considerar terminada a vida útil de serviço; c) Período de tempo que vai até a ruptura ou colapso parcial ou total de estrutura. A esse período de tempo associa-se a chamada vida útil ou total. Corresponde ao período de tempo no qual há uma redução significativa da seção resistente da armadura ou uma perda importante da aderência armadura / concreto, acarretando o colapso parcial ou total da estrutura; d) Nessa modelagem foi introduzido ainda o conceito de vida útil residual, que corresponde ao período de tempo em que a estrutura ainda será capaz de desempenhar suas funções, contado nesse caso a partir da data, qualquer, de uma vistoria. Essa vistoria e correspondente diagnóstico podem ser efetuados a qualquer instante da vida em uso da estrutura. O prazo final, nesse caso, tanto pode ser o limite de projeto, o limite das condições de serviço quanto o limite de ruptura, dando origem a três tipos de vida útil residual; uma mais curta contada até a despassivação da armadura, outra até o aparecimento das manchas, fissuras ou destacamento do concreto e outra longa contada até a perda significativa da capacidade resistente do componente estrutural ou seu eventual colapso. 2.2. Durabilidade Segundo Mehta e Monteiro (2008), a durabilidade do concreto é definida como a sua capacidade de resistir à ação das intempéries, ataques químicos, abrasão ou qualquer outro processo de deterioração, ou seja, o concreto durável conservará a sua forma original, qualidade e capacidadede utilização quando exposto ao meio ambiente. Um conceito de durabilidade bastante difundido e aplicado atualmente é o projeto pelo CEB-FIB MC-90 (1993) que descreve que as estruturas de concreto devem ser projetadas, construídas e operadas de tal forma que sob condições ambientais esperadas, elas mantenham sua segurança, funcionalidade e a aparência aceitável durante em período de tempo implícito ou explícito sem requerer altos custos para manutenção e reparo. De acordo com Helene (2003), o estudo da durabilidade das estruturas de concreto armado tem evoluído graças ao maior conhecimento dos mecanismos de transporte de líquidos e de gases agressivos nos meios porosos como o concreto, que possibilitam associar o tempo aos modelos matemáticos que expressam quantitativamente esses mecanismos. 2.3. Manifestações Patológicas Certas manifestações patológicas têm maior incidência devido à necessidade de cuidados que frequentemente são ignorados, nas diversas etapas do processo construtivo. Durante essas etapas, vários são os fatores que interferem na qualidade final do produto, dentre eles pode-se citar (COSTA JR., 2001): • Planejamento: a definição dos níveis de desempenho desejados; • Projeto: a programação de todas as etapas da obra, os detalhes, as especificações e as descrições das ações; • Materiais: a qualidade e a conformidade com as especificações; • Execução: a qualidade e a conformidade com as especificações; • Uso: o tipo de utilização previsto para o ambiente construído aliada à manutenção. De acordo com Souza e Ripper (1998), além das falhas durante as etapas do processo de construção, utilização de materiais inadequados e ausência de manutenção no período de utilização, as causas de deterioração das edificações são também decorrentes de causas naturais. Estas, intrínsecas aos processos de deterioração estão divididas segundo o Quadro 1. Quadro 1. Processo de deterioração devido às causas naturais (SOUZA e RIPPER, 1998) De acordo com Mehta e Monteiro (2008), os principais efeitos de deterioração são os físicos que influenciam a durabilidade, como a fissuração, o desgaste de superfície, a exposição a temperaturas extremas e alguns efeitos químicos que incluem lixiviação por soluções ácidas, reações expansivas envolvendo ataques por sulfatos, reação álcali- agregado (RAA) e corrosão de armaduras. Estes efeitos podem ser diagnosticados por meio de trincas, fissuras, microfissuras, exsudação de água e desagregação da massa de concreto. 2.4. Principais Manifestações Patológicas em Estruturas de Concreto 2.4.1. Corrosão de Armaduras A corrosão das armaduras é um dos problemas mais críticos das estruturas de concreto, podendo comprometer severamente a sua segurança e capacidade de serviço. Os principais fatores que provocam a corrosão são o meio ambiente, o qual a estrutura está inserida e o cobrimento inadequado de concreto. Desta forma, os profissionais de engenharia, cada vez mais, têm se preocupado com o problema da corrosão nas armaduras das estruturas de concreto armado. Dentre os principais agentes iniciadores do processo corrosivo estão a carbonatação do concreto e a entrada de íons agressivos, tais como os íons cloretos. Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como dentro de estufas ou sob ação de elevadas temperaturas (menor que 80ºC) e em ambientes de baixa umidade relativa (U.R.< 50%). A qualidade do concreto, a alta relação água cimento (aumento da permeabilidade), tipo do cimento, impurezas nos materiais, fissuras em superfícies, densidade e espessura do cobrimento, relacionados ao ambiente externo suscetível à umidade, oxigênio, temperatura, ataque de bactérias e correntes elétricas perdidas, iniciam ou alimentam a corrosão (GENTIL, 1996). A corrosão em estruturas de concreto podem ser classificadas em três tipos: corrosão uniforme, corrosão por pite e corrosão sob tensão fraturante, como apresentado na figura a seguir. Figura 3. Tipos de corrosão (CASCUDO, 1997) A corrosão uniforme ou generalizada, de acordo com Cascudo (1997), ocorre em toda a extensão da superfície, ocasionando perda uniforme de espessura. A perda da passivação da armadura na corrosão generalizada pode ocorrer através da carbonatação do concreto. A corrosão por pite, também conhecida como puntiforme, ocorre em pontos ou pequenas áreas localizadas, Este tipo de corrosão evolui aprofundando-se, podendo causar o rompimento pontual da barra. No início, a formação por pite é lenta, porém uma vez formado, gera um processo autocatalítico que produz condições para um contínuo crescimento (Gentil, 2003). A perda da passivação da armadura na corrosão por pite pode ocorrer através da presença de íons cloreto, rompendo pontualmente a película passiva. A corrosão por tensão fraturante é outro tipo de corrosão localizada que ocorre concomitantemente a uma tensão de tração, podendo ocorrer o início de propagação de fissuras (CASCUDO, 1997). 2.4.2. Fissuração As fissuras podem ter diversas causas, dentre elas, as movimentações provocadas por variações térmicas e de umidade, sobrecarga ou concentração de tensões, deformabilidade excessiva, recalque das fundações, retração e alterações químicas de materiais de construção (THOMAZ, 1989). As fissuras facilitam a entrada de agentes agressivos, como cloretos, que podem despassivar às armaduras presentes no concreto. Além disso, a carbonatação ocorre ao longo das paredes das fissuras, contribuindo para acelerar o surgimento da corrosão das armaduras. Durante a execução do concreto, pode-se iniciar o processo de fissuração desse material. De acordo com Dal Molin (1988), logo após o lançamento do concreto ocorre a sedimentação das partículas sólidas que movimentam bolhas de ar e água aprisionadas da pasta, causando fissuras decorrentes do encontro com obstáculos como agregados, armaduras ou moldes. A retração por secagem é influenciada diretamente pela temperatura do ambiente, variação térmica pela ação do fogo, insolação ou pela liberação de calor de hidratação, como é o caso das barragens. Outras formas de fissuração são consideradas pela corrosão de armaduras, reações expansivas com sulfatos e reações expansivas como a reação álcali-agregado (RAA). A NBR 6118 (2007) limita a abertura de fissuras na superfície do concreto visando garantir a proteção adequada das armaduras quanto a corrosão. Esta limitação de abertura está relacionada, dentre outros fatores, com a agressividade ambiental variando de 0,2 a 0,4 mm. Conforme Helene (1986), o problema dessas medidas é que a vista humana praticamente não distingue uma fissura menor que 0,1mm, além das fissuras serem irregulares e de abertura variável. Existem autores que defendem que as fissuras não interferem significativamente na intensidade da corrosão, apenas antecipam o início do problema (CASCUDO, 1997). 2.4.3. Manchas de Umidade e Eflorescência A umidade na construção civil é um problema de relevância pois gera defeitos graves de difíceis soluções. Ela pode se manifestar em diversos elementos das edificações como paredes, pisos e fachadas e elementos de concreto armado. Dentre as manifestações patológicas mais comuns, encontram-se as manchas de umidade e as eflorescências, gerando consequentemente o desconforto aos usuários, condições de insalubridade podendo afetar a saúde os moradores, danos em equipamentos e bens presentes nos interiores das edificações além da desvalorização do imóvel (prejuízofinanceiro) causada pela alteração do aspecto estético (RIPPER, 1986). A saturação da água nos materiais sujeitos à umidade tem como consequências o aparecimento de manchas características e posterior deterioração desses. Segundo Bauer (2008), as manchas podem se apresentar com colorações diferenciadas, como marrom, verde e preta. Os revestimentos que sofrem ação da umidade e de microorganismos, os quais provocam o surgimento de algas e mofo, apresentam manchas pretas e verdes. A eflorescência é a formação de sais solúveis, que se depositam nas superfícies dos materiais, carregados de seu interior pela umidade que os atravessa, formando manchas brancas ou em outras situações aumentando o volume, na forma de estalactites. Segundo Uemoto (1988), o termo eflorescência tem como significado a formação de depósito salino na superfície da alvenaria, isto sendo resultado da exposição a intempéries. As eflorescências podem alterar a aparência da superfície sobre a qual se depositam e em determinados casos seus sais constituintes podem ser agressivos, causando desagregação profunda. 2.4.4. Reação Álcali-Agregado De acordo com Neves (2007), a reação álcali-agregado (RAA) pode ser definida como uma reação química que ocorre dentro da massa de concreto, entre alguns constituintes mineralógicos do agregado e os hidróxidos alcalinos que estão dissolvidos na solução dos poros do concreto. Como resultado da reação e em presença de umidade são formados produtos que se expandem, podendo provocar a fissuração, perda de resistência, aumento da deformação, perda de funcionalidade e interferência na durabilidade da estrutura. As reações ocorrem quando da dissolução dos álcalis da própria água de amassamento do concreto e, posteriormente, na água contida nos poros do concreto. A solução alcalina reagirá com os agregados, dando início à reação álcali-agregado (RAA) e o tempo necessário para que esses danos apareçam pode variar de poucos meses a algumas décadas após a construção. Segundo Cavalcanti et al. (2005), a reação RAA pode ser de três tipos: • Reação Álcali-sílica (RAS): os vários tipos de sílica reativa presentes nos poros do concreto. A sílica reage com os álcalis sódio (Na) e potássio (K) formando um gel silico-alcalino altamente instável. Uma vez formado, o gel começa a absorver água e a expandir-se, ocupando um volume maior que os materiais que originaram a reação. Dentre as formas minerais de sílica mais comuns destacam-se: a opala ou sílica amorfa, a calcedônia, os vidros naturais e artificiais e quartzo; • Reação Álcali-silicato (RASS): consiste na reação entre os álcalis disponíveis e alguns tipos de silicatos eventualmente presentes em certas rochas sedimentares, rochas metamórficas e ígneas. É uma reação que está basicamente relacionada à presença de quartzo tensionado, quartzo microcristalino e minerais expansivos do grupo dos filossilicatos. Apresenta o mesmo mecanismo que a reação álcali-sílica, porém ocorre mais lentamente. É o tipo de RAA mais encontrada em barragens construídas no Brasil e agora em fundações (blocos e sapatas) na Região Metropolitana do Recife; • Reação Álcali-carbonato (RAC): ocorre quando certos calcários dolomíticos são usados como agregado em concreto e são atacados pelos álcalis do cimento, originando uma reação denominada desdolomitização com excessiva expansão. Nesta reação não ocorre a formação do gel e existem consideráveis divergências sobre seu mecanismo. Vários são os fatores que influenciam a reação álcali-agregado tais como temperatura, adições minerais, relação água/cimento, teor de ar incorporado, dentre outros. Entretanto, os fatores indispensáveis para que a reação ocorra em estruturas de concreto são: álcalis em concentração suficiente, sílica reativa do agregado e umidade suficiente (LOPES, 2004). 2.4.5. Descolamento do Revestimento Pode-se dizer que a perda de aderência ou descolamento é um processo onde as tensões geradas através da corrosão de armaduras, que ao oxidarem aumentam de volume em até cinco vezes o seu diâmetro provocando uma força de expansão interna com surgimento de fissuras e consequentemente o descolamento do revestimento. Diversas são as causas que podem determinar o descolamento, entretanto uma das mais importantes é a intensidade com que ocorrem as tensões de compressão no painel de revestimento, devido principalmente a acomodação do conjunto da construção (fluência da estrutura de concreto armado, às variações higrotérmicas e de temperatura) (ESQUIVEL, 2001). Conforme Esquivel (2001) existe outros fatores que, provavelmente, são causadores do descolamento nos revestimentos, tais como, grau de solicitação do revestimento, as características das juntas de assentamento e de movimentação, a deficiência de especificação técnica de execução de serviços, a qualidade de mão de obra utilização de materiais de baixa qualidade. A ausência de juntas de dilatação e falta de manutenção também são fatores que contribuem para essa patologia. 3. ESTUDO DE CASO 3.1. Descrição das Edificações As edificações analisadas foram construídas, em geral nas décadas de 1980 e 1990, em alvenaria, com estrutura em concreto armado, fundação direta tipo sapata corrida, cobertas em telhas auto portante de cimento amianto, tipo calhetão apoiadas em cintas de concreto armado e telhas de barro tipo canal também chamada de colonial, apoiadas em estrutura de madeira, com revestimento externo e interno em massa única (reboco), sendo alguns ambientes revestidos internamente com azulejos (banheiros e salas de procedimentos), revestimento de piso em cerâmica, pintura em tinta PVA. Na figura a seguir pode se observar a localização das unidades de saúde estudadas. Figura 4. Localização dos Postos de Saúde. 3.2. Metodologia de Inspeção A metodologia de inspeção consistiu-se no estudo de caso de oito edificações. Estas funcionam como postos de saúde na Cidade de Jaboatão dos Guararapes que possui um total de 80. Para o estudo foram realizadas vistorias, nas quais foi utilizado um questionário que teve como base o check-list da ABECE (2005), de modo a coletar dados necessários a complementação dos estudos visuais realizados nas edificações para posterior análise de suas patologias. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Patologias Observadas Por meio do estudo visual realizado em cada unidade de saúde escolhida, foi detectada a presença de algumas manifestações patológicas, situadas em vários pontos das edificações. O Quadro 2 apresenta, em síntese as principais patologias observadas em cada posto de saúde. Quadro 2. Identificação das patologias. Foi constatado que as edificações foram construídas, em geral, usando concretos de baixa resistência (aproximadamente 15 MPa) e alta permeabilidade. O cobrimento utilizado nos elementos estruturais não é suficiente, em média 0,5 cm, em alguns trechos de vigas e lajes. Segundo a NBR 6118 (2007) as lajes deveriam ter recobrimento 1,5 cm e os pilares e vigas 2,0 cm. De acordo com a NBR 6118 (2007), as edificações em estudo classificam-se como Classe II e Classe III (Quadro 3), isto é, agressividade moderada e forte, pois as estruturas estão localizadas em ambientes urbano. Para a Classe de Agressividade II, a referida norma recomenda a utilização de concreto para laje com resistência de 25 MPa e para vigas e pilares de 30 MPa, já para a Classe III a norma indica o concreto para laje 35 MPa e para vigas e pilares 40 MPa. Com relação ao recobrimento nominal para as respectivas classes a norma recomenda para lajes, 2,5 cm e 3,5 cm, para pilares e vigas 3,0 cm e 4,0 cm. Quadro 3. Classes de agressividade ambiental(NBR 6118/2007) 4.2. Análise das Patologias 4.2.1. Manchas de Umidade e Eflorescência Os problemas referentes à ação da umidade estão presentes em todas as fases da vida de uma edificação, indo desde o projeto até a manutenção da mesma. É fato concluir que a prevenção é a melhor solução. Corrigir erros na fase de projeto é primordial. Após os estudos visuais foi constatado que as manchas de umidade e eflorescências observadas tiveram como causa ausência de manutenção das edificações, utilização de material de qualidade inferior e falhas de execução de projeto. A cidade de Jaboatão dos Guararapes está situada numa região de alta umidade, seu inverno é uma estação de chuvas rigorosas e fortes ventos. Foi observada falta de limpeza e deslocamento da cobertura, falta de impermeabilização adequada e provável entupimento das tubulações. Na figuras a seguir podem-se observar as patologias citadas, bem como algumas de suas causas. Figura 5. Falta de cobertura adequada e sujeira. Figura 6. Eflorescência em sala de exames. Figura 7. Manchas de Umidade em banheiro. Figura 8. Manchas de umidade em sala de vacinação. Figura 9. Entupimento de tubulação, causador de manchas de umidade. Figura 10. Infiltração com manchas de umidade em forro de gesso. 4.2.2. Corrosão de Armaduras Nas inspeções realizadas foi verificado que as infiltrações nas lajes, pilares, vigas e beiral contribuíram para o surgimento dos problemas de corrosão de armaduras que em decorrência da má qualidade do concreto e pouco recobrimento que acarretou em esfoliação, ferragem exposta com expansão dos produtos de corrosão e perda de seção. Segundo Husni et al. (2003), os fatores de afetam os fenômenos de corrosão das armaduras estão associados essencialmente às características do concreto, ao meio ambiente e a disposição das armaduras nos componentes estruturais. Esse fenômeno é encontrado com frequência em concretos de baixa qualidade assim como em componentes estruturais afetados por umidade ou ciclos de molhagem. Conforme explanado anteriormente, as edificações foram construídas antes da vigência da norma NBR 6118 (2007). Com isto, é provável que o concreto usado na época tenha sido preparado a mão, sem o devido controle, ocasionando baixa resistência e alta permeabilidade, como também favorecendo o surgimento das manifestações patológicas aqui abordadas. A falta de manutenção contribui para o surgimento e agravamento das manifestações patológicas. As figuras adiante indicam lajes, vigas e pilares com problemas de corrosão. Figura 11. Ruptura do pilar causado pela corrosão. Figura 12. Perda da seção da armadura. Figura 13. Cobrimento deficiente e corrosão em viga. Figura 14. Destacamento do cobrimento com exposição da armadura. Figura15. Expansão da armadura, com fissuração e descolamento do concreto. Figura 16. Cobrimento insuficiente e corrosão de armadura. Figura 17. Exposição e oxidação de armaduras em escada. 4.2.3. Descolamento do Revestimento Os descolamentos de revestimento observado foram ocasionados devido às tensões geradas pelo ataque das armaduras, que ao oxidarem, aumentam de volume em até cinco vezes o seu diâmetro, provocando uma força de expansão interna com o surgimento de fissuras e conseqüentemente descolamento do revestimento. Como podemos constatar nas figuras adiante. Foi observada a utilização de argila (saibro) na composição da argamassa de revestimento que aplicado em camada com espessura excessiva compromete à aderência. Como o saibro é elemento higroscópico e como tal aumenta de volume em presença de água, pode facilmente provocar tensões indesejáveis causando o descolamento do revestimento. As elevadas variações de temperatura, principalmente no verão, contribuem também para os descolamentos dos revestimentos. Conforme Thomaz (1989), as variações de temperatura repercutem numa variação dimensional dos materiais de construção e movimentações diferenciadas entre elementos de um sistema. Figura 18. Destacamento do revestimento cerâmico. Figura 19. Descolamento do revestimento com excesso de argila. Figura 20. Descolamento do revestimento de fachada. Figura 21. Exposição da alvenaria por destacamento do revestimento externo. 4.2.4. Fissuração Foi visualizada considerável quantidade de fissuras nas unidades de saúde visitadas. Essas fissuras são decorrentes de movimentação da coberta, deformação dos elementos de fundação e falhas executivas tais como: • A ausência de elementos estruturais como cintas, vergas e contra vergas nos vãos de portas e janelas; • Amarração mal executada das paredes em alvenaria. De acordo com Thomaz (1989), as fissuras são provocadas por tensões oriundas de atuação de sobrecargas ou de movimentações de materiais, dos componentes ou da obra como um todo. As figuram seguintes apresentam as fissuras visualizadas Figura 22. Fissura causada pela ausência de verga. Figura 23. Fissura ocasionada pela movimentação da fundação. Figura 24. Fissura causada por movimentações dinâmicas. Figura 25. Fissuras decorrentes da movimentação de materiais. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos realizados mostraram que dentre as patologias identificadas nas edificações, as que apresentaram maior incidência foram: as manchas de umidade e eflorescências, fissuras, corrosão de armaduras e descolamento de revestimentos. Diversas foram as causas das manifestações patológicas encontradas, destacando-se a má impermeabilização, pouco cobrimento das armaduras, uso de material inadequado e concreto de baixa qualidade, resultando numa edificação projetada de forma pouco eficiente em relação aos dias atuais. Com objetivo de evitar danos ainda maiores às edificações e seus usuários, faz-se necessário a adoção de procedimentos de reparo em toda estrutura. Como, em geral, as edificações possuem idade acima de 10 anos de construção, deve ser realizada inspeções nos elementos de fundação independente de ter apresentado ou não sintomas na superestrutura para verificar a possibilidade de ocorrência da reação álcali-agregado. A falta de manutenções preventivas teve grande contribuição no surgimento das manifestações patológicas devido a sua importância na conservação de uma edificação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICANSOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Standard Recommended Pratice for Developing Short-tem Accelerated Test for Prediction of the Service Life Building Components and Materials. E 632-82. Philadelphia, 1982. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro 2007. ANDRADE, J. J. O. Durabilidade das estruturas de concreto armado: análise das manifestações patológicas nas estruturas no Estado de Pernambuco. 1997. 148p. 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