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Biossegurança do Trabalho

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1 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I 
 
Higiene do Trabalho ................................................................................................. 
 
 
 
02 
 
Capítulo II 
 
Riscos Ocupacionais ................................................................................................ 
 
Medidas preventivas.................................................................................................. 
 
 
 
 
 
09 
 
11 
 
Capítulo III 
 
Normas Regulamentadoras....................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Capítulo IV 
 
Equipamentos de Proteção Individual....................................................................... 
 
Lista de Equipamentos de Proteção Individual......................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
26 
 
Referências Bibliográficas........................................................................................ 
 
 
 
 32 
 
2 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Capítulo I - Higiene do Trabalho 
 
1. Introdução 
 
Desde seu aparecimento na Terra, o homem está exposto a riscos. Como ele não tem controle 
sobre esses riscos, ocorre sobre ele todo tipo de acidente. O homem inventou a roda d’água, os teares 
mecânicos, as máquinas a vapor, a eletricidade e até os computadores. É um longo aprendizado 
tecnológico. No entanto, se por um lado o progresso científico e tecnológico facilita o processo de 
trabalho e produção, por outro trazem novos riscos, sujeitando o homem a acidentes e doenças 
decorrentes desse processo (CAMPOS, 2001). 
Pelo que se sabe, a preocupação com os Acidentes e Doenças decorrentes do trabalho humano 
surgiu na Grécia Antiga, quando Hipócrates (considerado o Pai da Medicina) fez algumas referências 
aos efeitos do chumbo na saúde humana. Posteriormente, outros estudiosos, como Plínio (o Velho) e 
Galeno, descreveriam algumas doenças a que estavam sujeitas as pessoas que trabalhavam com o 
enxofre, o zinco e o chumbo. No Antigo Egito e no mundo greco-romano já existiam estudos 
realizados por leigos e médicos, relacionando saúde e ocupações. Este campo de conhecimento volta a 
progredir após a Revolução Mercantil (século XIV), graças aos estudos de médicos, como Ulrich 
Ellenbog (que detecta a ação tóxica do monóxido de carbono, do mercúrio e do ácido nítrico), 
Paracelso (que estuda as moléstias dos mineiros), George Bauer e Ysbrand Diemerbrock. 
1º Livro: O primeiro livro a abordar a questão surgiu em 1556, da autoria de Georgius 
Agrícola, que publicou seu trabalho De Re Metálica, onde eram estudados diversos problemas 
relacionados à extração e à fundição do ouro e da prata, enfocando, inclusive, os acidentes de trabalho 
e as doenças mais comuns entre os mineiros. 
Porém, a primeira monografia a abordar especificamente a relação trabalho e doença foi 
publicada em 1567, por Paracelso, e versava sobre vários métodos de trabalho e inúmeras substâncias 
manuseadas, dedicando especial atenção às intoxicações ocupacionais por mercúrio. 
No ano de 1700, o italiano Bernardino Ramazzini publica seu livro “De Morbis Artificum Diatriba” 
(As Doenças dos Artesãos), com a descrição de 53 tipos de enfermidades profissionais, sendo que para 
algumas delas eram apresentadas formas de tratamento e até mesmo de prevenção. Por esta obra, 
Ramazzini passou a ser considerado como o Pai da Medicina do Trabalho a estabelecer 
definitivamente a relação entre saúde e trabalho. 
Contudo, apesar dos trabalhos consagrados de Agrícola, Paracelso e Ramazinni, o interesse 
pela proteção do operário no seu ambiente de trabalho só ganharia força e ênfase no século XIX com o 
impacto da Revolução Industrial (MIRANDA, 1998). 
Com o surgimento crescente de inventos mecânicos que multiplicaria consideravelmente a 
produtividade do trabalho, uma nova formação capitalista 
mercantil surgia e dava origem a uma nova classe 
dirigente, interessada na aplicação de capitais em sistemas 
fabris de produção em massa, utilizando a nova tecnologia 
que surgia. A questão da força de trabalho tomava um 
novo enfoque, pois tornava possível e vantajosa a 
conversão de toda a mão-de-obra, inclusive a escrava, em 
força de trabalho assalariado. 
Com o advento da Revolução Industrial e a 
expansão do capitalismo industrial, o número de acidentes do trabalho (quando se fala em acidentes do 
trabalho, normalmente se refere também às doenças decorrentes do trabalho humano) cresceu 
assustadoramente, devido às péssimas condições de trabalho existentes. A situação ficou tão grave, que 
se temeu pela falta de mão–de–obra, tal era a quantidade de trabalhadores mortos ou mutilados 
(RODRIGUES, 1993). 
 
3 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
As fábricas eram instaladas em galpões improvisados, estábulos e velhos armazéns, 
notadamente nas grandes cidades, onde a mão-de-obra era abundante, constituída principalmente de 
mulheres e crianças. A situação era dramática, provocando indignação na opinião pública, o que 
acabou gerando várias comissões de inquérito no Parlamento Inglês. 
1º Lei: Segundo RODRIGUES (1993), nesse ínterim, o conhecimento acumulado até então começou a 
ser utilizado para formação de leis de proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores, numa 
tentativa de preservar o novo modo de produção, como: 
• a “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes” (1802), na Inglaterra, que estabelecia o limite de 12 horas 
de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno e tornava obrigatória a ventilação do ambiente e a 
lavagem das paredes das fábricas duas vezes por ano; 
• a Lei das Fábricas (1833), também na Inglaterra, considerada a primeira norma realmente eficiente 
no campo da proteção ao trabalhador, e que fixava em 9 anos a idade mínima para o trabalho, proibia o 
trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames médicos de todas as crianças trabalhadoras. 
No ano seguinte, em 1834, o governo britânico nomeia o primeiro Inspetor – Médico de 
Fábricas, o Dr. Robert Baker; e em 1842, na Escócia, a direção de uma fábrica têxtil contratou um 
médico que deveria submeter os menores trabalhadores a exames médicos admissionais e periódicos. 
Surgiam, então, as funções específicas do médico de fábrica. 
Portanto, as leis de proteção ao trabalhador surgiram, inicialmente, em 1802 na Inglaterra. Na 
França foi em 1862, com a regulamentação da segurança e higiene do trabalho. Em 1865, na 
Alemanha, e em 1921 nos Estados Unidos (CAMPOS, 2001). 
Já no século XX, em parte decorrente do desenvolvimento da administração científica, a preocupação 
com os acidentes do trabalho passou a ser incorporada pelos gestores dos estabelecimentos industriais, 
que lançaram mão de técnicas de engenharia para a criação de sistemas de prevenção ou controle de 
infortúnios, tais como equipamentos de proteção individual, sistema de ventilação industrial, etc. 
No Brasil, durante os primeiros três séculos de nossa história, as atividades industriais ficaram 
restritas aos engenhos de açúcar e à mineração. 
1ª Fábrica: Em 1840 surgiram os primeiros estabelecimentos fabris no Brasil. A primeira máquina a 
vapor surgiu em 1785 na Inglaterra, enquanto no Brasil surgiu em 1869 na Província de São Paulo, 
numa fábrica de tecidos de Itu, a Fábrica São Luiz. Portanto, 84 anos depois. 
Em 1890 é criado pelo governo o Conselho de Saúde Pública, que começava timidamente a legislar 
sobre as condições de trabalho no Brasil, que já começavam a preocupar. No entanto, desde o fim do 
Império até o ano de 1930, a organização capitalista brasileira era praticamente agroexportadora, 
especialmente de café. A partir de 1930, então, com uma política governamental de substituição das 
importações, portanto, com 145 anos de atraso em relação ao surgimento da primeira máquina a vapor 
no mundo,iniciou-se a passagem do modelo agroexportador para a industrialização, o que se 
consolidou nos anos 50. 
1ª Lei Brasileira: Em 1919 surge a primeira lei de acidentes do trabalho, com o Decreto 
Legislativo nº. 3.724, de 15 de janeiro, como ponto de partida da intervenção do Estado nas condições 
de consumo da força de trabalho industrial em nosso país. Essa lei não considera acidente de trabalho a 
doença profissional atípica (mesopatia). Exige reparação apenas em caso de “moléstia contraída 
exclusivamente pelo exercício do trabalho, quando este for de natureza a só por si causá-la”. Institui o 
pagamento de indenização proporcional à gravidade das seqüelas. Abre, então, a possibilidade de as 
empresas contratarem o SAT, junto às seguradoras da iniciativa privada. O SAT ficaria exclusivo da 
iniciativa privada até 1967, quando passou a ser prerrogativa da Previdência Social, reforçando a 
obrigatoriedade do SAT, que até então estava sob a responsabilidade de seguradoras privadas. 
1º Médico do Trabalho: Em 1920 surge o primeiro médico de empresa brasileira, quando a 
Fiação Maria Zélia, situada no bairro do Tatuapé, na Cidade de São Paulo, contrata um médico para 
dar atenção à saúde dos seus trabalhadores (MIRANDA, 1998). 
Como parte das reformas conduzidas por Carlos Chagas, em 1923, promulga-se o Regulamento 
Sanitário Federal, que inclui as questões de higiene profissional e industrial no âmbito da Saúde 
 
4 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Pública, criando a Inspetoria de Higiene Industrial, órgão regulamentador e fiscalizador das condições 
de trabalho. 
O Decreto n. 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e 
Comércio, passando as questões de saúde ocupacional para o domínio deste ministério, ficando sob sua 
subordinação, até hoje, as ações de higiene e segurança do trabalho. 
Em 1934 surge a segunda lei de acidentes do trabalho, com o decreto nº. 24.637, de 10 de julho, 
que modificou a legislação anterior. É criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, que se 
transformaria ao longo dos anos em Serviço, em Divisão, em Departamento, em Secretaria e, mais 
recentemente, novamente em Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Amplia-se o conceito 
de doença profissional, abrangendo um maior número de doenças até então não consideradas 
relacionadas ao trabalho, mas que passam a sê-lo. É reconhecida como acidente do trabalho a doença 
profissional atípica (mesopatia). 
Vale registrar que em 1941 já foi criada a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes – 
ABPA, que é uma instituição não governamental, criada antes mesmo da implantação da Consolidação 
das Leis do Trabalho. 
O Decreto - Lei n. 5.452, de 1
º 
de abril de 1943, aprovou a CLT, elaborada pelo Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio e que elaborou também o primeiro projeto de Consolidação das Leis da 
Previdência Social. Foi com o advento da CLT, em 1943, que no Brasil as atividades destinadas a 
prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais foram realmente institucionalizadas. 
Em 1944 surge a terceira lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto – Lei 7.036, de 
10 de novembro, que, no seu artigo 82, reformou a legislação sobre o seguro de acidentes do trabalho. 
Foi a primeira lei a tratar especificamente do assunto, quando obrigou as empresas a organizarem 
comissões internas com o objetivo de prevenir acidentes. Determinou que as empresas com mais de 
100 funcionários constituíssem uma comissão interna para representá-los, a fim de estimular o 
interesse pelas questões de prevenção de acidentes. 
Essa Comissão foi então regulamentada, pela primeira vez, pela Portaria 229, baixada pelo 
então Departamento Nacional do Trabalho, de onde recebeu sua denominação utilizada até hoje: 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). 
Normalmente, as empresas que instalavam uma CIPA deixavam-na sob os cuidados do 
Departamento de Pessoal ou da Assistência Social da empresa. O Serviço Social da Indústria - SESI e 
a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes - ABPA destacaram-se em colaborar com as 
empresas na instalação da CIPA e nos seus primeiros passos. 
Ainda sem grandes conhecimentos prevencionistas e quase sempre não bem orientadas, as 
CIPAs cometiam sérios erros administrativos, como o de assumir toda a responsabilidade pela 
prevenção de acidentes nas empresas, deixando gerentes e supervisores comodamente fora da 
responsabilidade pela solução dos problemas de segurança que existissem, o que era inconcebível, pois 
hoje se sabe que uma política de segurança séria deve ter o envolvimento não só da CIPA ou do 
SESMT, mas de toda a empresa, inclusive do seu alto escalão. 
Como era mais difícil atuar na solução de problemas de segurança nas áreas de trabalho, pois 
não havia envolvimento da alta direção das empresas, as CIPAs dedicavam-se mais a alguns tipos de 
treinamento que existiam na época e a divulgar o assunto entre os trabalhadores, por exemplo, por 
ocasião das palestras de integração de novos empregados, realizando concursos, caixa de sugestões e 
outros recursos propostos pela sua regulamentação. 
Por isso, embora cometendo alguns erros, a CIPA tem o mérito de ter sido pioneira na 
integração de novos empregados no trabalho e de levar os empregados a fazerem sugestões para 
melhoria das condições de trabalho, mesmo várias dessas sugestões fugindo de sua alçada pela 
dificuldade de acesso às decisões ocorridas na cúpula das empresas. 
Foi com a atuação da CIPA, embora incipiente, que muitas empresas perceberam a importância 
da prevenção de acidentes, notadamente quando visualizavam a possibilidade de ganhos de 
produtividade e eliminação de perdas. Sentiram a necessidade de ampliar as ações preventivas de 
 
5 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
acidentes, criando a função do inspetor de segurança, que foi o primeiro profissional com tempo 
integral nas empresas que se dedicava à segurança do trabalho. 
Porém, muitos desses profissionais começaram a trabalhar na esteira da CIPA, ou seja, 
cometendo o mesmo erro de assumir toda a responsabilidade pela segurança do trabalho. Mesmo 
assim, as CIPAs que tiveram melhor sucesso foram aquelas cujas empresas contrataram um inspetor de 
segurança ou instalaram uma seção de segurança, dando grande impulso às atividades prevencionistas. 
Em 1944, o empregador fica obrigado a proporcionar máxima higiene e segurança no ambiente 
de trabalho. 
Nos anos 50, com a instalação de fábricas de automóveis e o uso intenso da eletricidade, Álvaro 
Zochio foi o grande líder em segurança no Brasil. Em 1965, surgiu a primeira estatística de acidentes, 
quando se viu que se gastava mais com acidentes do que arrecadava. A prevenção então passou a ser a 
ordem do dia. 
Em 1953, a Portaria nº. 155 regulamenta a atuação das Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes (CIPA) no Brasil. 
Em 1967 surgiu a quarta lei de acidentes do trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº. 293, de 
28 de fevereiro. Teve curta duração, porque foi totalmente revogada pela Lei nº. 5.316, de 14 de 
setembro do mesmo ano. Integrou o seguro de acidentes do trabalho na Previdência Social, retirando-o 
da iniciativa privada. 
A Lei nº. 5.316, de 14 de setembro de 1967, foi a quinta lei de acidentes do trabalho no Brasil. 
Restringiu o conceito de doença do trabalho, excluindo as doenças degenerativas e as inerentes a 
grupos etários. O Decreto nº. 61.784, de 28 de novembro de 1967, aprovou o novo Regulamento do 
Seguro de Acidentes do Trabalho. 
Em 1967, as principais alterações na legislação acidentária brasileira foram: o SAT passou a ser 
prerrogativa da Previdência Social, ou seja, passou a ser estatal, reforçando a obrigatoriedade do SAT 
por parte das empresas, o qual até então estava sob a responsabilidade de seguradoras privadas; 
introduziu o conceito de acidente de trajeto; promoveu a prevençãode acidentes e reabilitação 
profissional. 
O Decreto–Lei n. 564, de 1
o 
de maio de 1969, estendeu a Previdência Social ao trabalhador 
rural. A rigor, o início das ações de Governo, a respeito de Segurança e Saúde no Trabalho, surgiu no 
Brasil a partir de 1970, sob pressão do Banco Mundial, pois o Brasil possuía mais de 1 milhão de 
acidentes por ano. E como exigência para concessão de novos empréstimos, o governo Médici 
começou a criar leis de segurança e saúde do trabalho. 
O Decreto n. 69.014, de 4 de agosto de 1971, estruturou o Ministério do Trabalho e Previdência 
Social – MTPS. 
A Lei n. 5.890, de 11 de dezembro de 1972, incluiu os empregados domésticos na Previdência 
Social. 
Por volta de 1974, com o fim do período de expansão econômica e iniciada a abertura política 
lenta e gradual, novos atores surgem na cena política (movimento sindical, profissionais e intelectuais 
da saúde, etc.), questionando a política social e as demais políticas governamentais. Neste ano, duas 
medidas muito importantes acontecem no campo da saúde: a implementação do Plano de Pronta Ação 
– PPA, com diversas medidas e instrumentos que ampliariam ainda mais a contratação de serviços 
médicos privados, antes de responsabilidade da Previdência Social; e a criação do Fundo de Apoio ao 
desenvolvimento Social – FAS, destinado a financiar subsidiariamente o investimento fixo de setores 
sociais (BRAGA & PAULA, in ANDRADE, 2001). 
Em 1974, a Lei n. 6.195, de 19 de dezembro, estendeu a cobertura especial dos acidentes do 
trabalho ao trabalhador rural. 
Em 1976, 1,25% do FAS fica destinado à prevenção de acidentes. Surge a sexta lei de acidentes 
do trabalho, com a Lei n. 6.367, de 19 de outubro de 1976, que amplia a cobertura previdenciária de 
acidente de trabalho, e o Decreto n. 79.037, de 24 de dezembro de 1976, que aprova o novo 
Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho. Ficam sem proteção especial contra acidentes do 
 
6 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
trabalho o empregador doméstico e os presidiários que exercem trabalho não remunerado. Além disso, 
a lei identifica a doença profissional e a doença do trabalho como expressões sinônimas, equiparando-
as a acidente do trabalho somente quando constantes da relação organizada pelo Ministério da 
Previdência e Assistência Social. 
A Lei. n. 6.439, de 1
o 
de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e 
Assistência Social – SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministério da Previdência e 
Assistência Social, responsável “pela proposição da política de previdência e assistência médica, 
farmacêutica e social, bem como pela supervisão dos órgãos que lhe são subordinados” e das entidades 
a ele vinculadas. 
Em 1977, a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro, deu redação ao artigo 200 da CLT, dizendo que o 
Ministro de Estado do Trabalho estabeleceria disposições complementares às normas consolidadas, 
para dar cumprimento às disposições relativas à segurança e saúde no trabalho. Para tanto, o Ministro 
de Estado do Trabalho expediu portaria com as normas regulamentadoras. Essa lei altera o capítulo V 
do título II da CLT, relativo à segurança e medicina do trabalho. O artigo 163 torna obrigatória a 
constituição de CIPA, de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
Em 1978, a Portaria 3.214, de 8 de junho, aprova as Normas Regulamentadoras – NR (28 ao 
todo) do capítulo V do título II da CLT, relativas à segurança e medicina do trabalho. 
Entre as NRs consta a NR-4, que trata de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho–SESMT, e a NR-5, que trata de CIPA, do seu dimensionamento, de suas 
atribuições e do seu funcionamento. 
Embora não sendo obrigatório por lei até o início da década de 70, as seções de segurança do 
trabalho e seus profissionais foram adotados espontaneamente por algumas empresas. Nessa década 
foram criados, por força de lei, os atuais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho–SESMT, e reconhecidos os seus profissionais. Isto veio consagrar a iniciativa 
de muitas empresas e valorizar os profissionais que já vinham se dedicando à prevenção de acidentes e 
doenças ocupacionais. 
Na opinião de alguns profissionais de segurança e medicina do trabalho, e com o qual 
concordamos, a lei que criou o SESMT foi o divisor de águas entre o ontem e o hoje das atividades 
destinadas à segurança e saúde no trabalho em nossa terra. 
Com a globalização, o Brasil, não por opção própria, mas por não poder se omitir junto aos 
seus parceiros comerciais externos, abre suas portas a esse movimento imperioso de competição 
internacional, onde a ênfase dada à segurança e saúde do trabalho é muito grande. 
Pouco antes disso, o Brasil, inicialmente através das empresas multinacionais e depois das empresas 
nacionais, entra na era da qualidade, com a apresentação da “Teoria Z” , da formação dos CCQ – 
Círculos de Controle de Qualidade e das séries de normas para certificação ISO. 
Esse momento histórico causou incertezas à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, 
pois não se sabia se se aproveitava a oportunidade ou se se tratava apenas de mais um modismo. A 
estabilização da economia brasileira, através do controle da inflação, foi definitiva para que as 
empresas de médio e grande porte, impulsionadas pela necessidade de diminuir seus custos, aderissem 
à segurança e saúde do trabalho, conscientizando-se de que isso fazia parte do processo produtivo e 
não era um apêndice indesejável no interior das empresas (PIZA, Conhecendo e eliminando riscos no 
trabalho, 1997). 
Em 1983, a Portaria nº. 33 altera a NR-5, introduzindo a observância dos riscos ambientais. 
Em 1988, a Portaria nº. 3.067, de 12 de abril, aprova as Normas Regulamentadoras Rurais – 
NRR (5 ao todo), relativas à segurança e higiene do trabalho rural. 
Em 1991, a Lei nº. 8.213, de 24 de junho expede o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social. 
Em 1992, o Decreto-Lei nº. 611, de 21 de julho, da Presidência da República, de acordo com a 
Lei nº. 8.213, dá nova redação ao Regulamento dos Benefícios da Previdência Social. A empresa é 
responsável por medidas individuais e coletivas de proteção, sendo contravenção penal, punível com 
multa, a empresa deixar de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho (artigo 173), bem 
 
7 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
como negligenciar as normas-padrão de segurança e higiene do trabalho, indicadas para a proteção 
individual e coletiva dos trabalhadores. O INSS tem o direito de promover ações regressivas contra 
empresas ou pessoas que, pela não observância das normas de segurança, sejam responsáveis por 
acidentes e doenças do trabalho que venham a gerar dispêndios para o INSS (artigo 176). É assegurada 
a estabilidade no emprego ao acidentado por um período mínimo de 12 meses após a cessação do 
auxílio-doença acidentário, independentemente do percebimento de auxílio-acidente (artigo 169). 
O governo, através do Ministério do Trabalho, visando atender às convenções da OIT, passou a 
revisar as Normas Regulamentadoras que foram editadas a partir de 1978, propondo-se a revolucionar 
a área de segurança e saúde do trabalho com discussões de forma tripartite com representantes dos 
empregados, empregadores e governo. 
Com o surgimento da Qualidade do Produto, da era da globalização e da estabilização 
econômica, a área de segurança e saúde do trabalho passou por uma revisão das normas 
regulamentadoras. O início dessa revolução se deu com o advento da NR-7, que trata do Programa de 
Controle Médio de Saúde Ocupacional, e da NR-9, que trata do Programa de prevenção de Riscos 
Ambientais, normas estas que foram editadas em dezembro de 1994. 
Em 1994, pela Portaria nº. 5, de 8 de abril, é feita nova alteração na NR-5, com a implantação 
das metodologias do mapeamento de riscos e da árvore de causas.Essa alteração da NR-5 resultou da 
primeira experiência brasileira de um trabalho tripartite, onde uma comissão formada por 
representantes do governo, empregadores e trabalhadores se sentaram à mesa para propor alterações 
nas normas regulamentadoras. No entanto, essa alteração não chegou a se concretizar, pois o 
Ministério do Trabalho optou por novas rodadas de negociações (CAMPOS, 2001). 
Mas foi principalmente com a publicação da Portaria 393/96, de 09 de abril de 1996, que se 
desencadeou um processo moderno de prevenção de acidentes e doenças e implantação de programas 
de eliminação de riscos nos ambientes de trabalho. Essa portaria, corriqueiramente chamada de NR-
Zero, estabelece metodologia para elaboração de novas Normas Regulamentadoras e revisão das 
existentes. O princípio deste trabalho é a utilização de um sistema tripartite de discussão, 
compreendendo a formação de uma CTPP -Comissão Tripartite Paritária Permanente, com 6 
representantes dos trabalhadores, 6 dos empregadores e 6 do governo. Todas as normas, a partir de 
então, são discutidas a partir desta CTPP. No entanto, mesmo antes da publicação desta norma, quando 
da revisão da NR-18, ocorrida a partir de 10 de junho de 1994, foi criada, em 1995, uma comissão 
tripartite e paritária para conclusão da revisão da NR-18. Este fato contribuiu para a publicação da NR-
Zero. 
Em 1997, o Decreto nº. 2.172, de 5 de março, da Presidência da República, aprova o 
Regulamento de Benefícios da Previdência Social, de acordo com a Lei nº. 8.213. Mantém 
basicamente o texto do Decreto-Lei nº. 611, de 21 de julho de 1992. Estabelece que a empresa deve 
elaborar e manter atualizado um perfil profissiográfico das atividades desenvolvidas pelo trabalhador 
e, quando da rescisão de contrato, a empresa deverá fornecer ao trabalhador cópia autenticada deste 
documento (parágrafo 5º. do artigo 66). A empresa está sujeita a penalidades, caso assim não o 
proceda. 
Em 1997, através da Portaria nº. 53, de 17 de dezembro, é aprovada a NR-29, que trata de 
segurança e saúde do trabalho portuário. 
Em 1998, o parágrafo 10
0 
do art. 201, com redação dada pela Emenda Constitucional n
0 
20, 
estabelece que a lei disciplinará “a cobertura do acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente 
pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado”. 
Portanto, em 1998 iniciou-se, pelo menos teoricamente, o terceiro período da Legislação Brasileira 
relativo ao SAT – Seguro de Acidentes do Trabalho. O primeiro período, o período de 
responsabilidade da iniciativa privada, iniciou-se em 1919 com a criação do SAT e foi até 1967, 
quando o SAT passou a ser de responsabilidade estatal. De 1967 até 1998 ocorreu o segundo período, 
quando a cobertura do acidente do trabalho seria atendida unicamente pelo Estado. Em 1998 
estabeleceu-se um regime misto concorrencial, necessitando de regulamentação pelo Congresso 
 
8 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Nacional, o que até hoje não foi feito. Permanece, assim, uma única seguradora de acidentes do 
trabalho: o INSS. 
Independentemente se ficará com o setor privado, estatal ou será um misto dos dois regimes, o 
certo é que as empresas continuarão com a obrigatoriedade do SAT. Outra discussão a ser feita é se 
continuará um SAT indenizatório tão somente, uma seja, como uma compensação financeira, ou se 
haverá incentivos ou mesmo isenção para as empresas que conseguirem a redução dos acidentes do 
trabalho. 
Em 1998, a Lei nº. 9.732, de 1 de dezembro, da Presidência da República, altera os dispositivos 
das Leis nº. 8.212/91 e 8.213/91, que dispõem, respectivamente, sobre organização da seguridade 
social, notadamente custeio, e sobre benefícios da Previdência Social. Assim, as empresas que 
oferecem maior risco de exposição ao trabalhador a agentes nocivos terão de pagar um prêmio mais 
alto. 
Em 1998, a Portaria nº. 8, de 23 de fevereiro, da SSST, altera a NR-5, mudando bastante a 
antiga redação. 
Em 1999, através da Portaria nº. 5.051, de 26 de fevereiro, é aprovado o novo formulário de 
CAT. 
Em fevereiro de 1999, a ABNT edita a norma NBR-14.280 – cadastro de acidentes de trabalho: 
procedimento e classificação, em substituição à NB-18 – cadastro de acidentes, de 1975. Estabelece 
uma nítida diferença entre acidente e lesão e entre acidente e acidentado. 
Em 7 de abril de 2000 é publicada no Diário Oficial da União a proposta de alteração da NR-4. 
Até julho de 2001, o grupo tripartite continua a discutir essa alteração. 
Em 2000, através do Decreto nº. 3.597, de 12 de setembro, da Presidência da República, são 
promulgadas a convenção 182 e a Recomendação 190 da OIT, sobre proibição das piores formas de 
trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação, que foram concluídas em Genebra, na Suiça, em 
17 de junho de 1999. 
Em 2000, através da Resolução nº. 176, de 24 de outubro, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária, do Ministério da Saúde, é publicada a “Orientação Técnica sobre Padrões Referenciais de 
Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo”. 
Em 2001, através da Instrução Normativa nº. 42, de 22 de janeiro, do INSS, são disciplinados 
procedimentos a serem adotados quanto ao enquadramento, conversão e comprovação do exercício de 
atividade especial, ou seja, sobre aposentadoria especial. 
Em 2001, através da Portaria nº. 6, de 5 de fevereiro, da Secretaria de Inspeção do trabalho, do 
Ministério do Trabalho e Emprego, é estabelecida a proibição do trabalho do menor de 18 anos nas 
atividades constantes do anexo dessa Portaria. 
Em 16 de maio de 2001, o Ministério da Saúde, através do Gabinete do Ministro, edita a 
Portaria No. 737/GM, que trata da Política Nacional De Redução da Morbimortalidade por Acidentes e 
Violências, a ser seguida pelo setor de saúde. 
A história da proteção legal ao trabalhador contra acidentes e doenças ocupacionais no Brasil é 
mais recente, isto é, em comparação aos países mais desenvolvidos, que possuem uma trajetória de 
industrialização que se iniciou muito antes que no Brasil. Na verdade, no Brasil, ela vem se 
desenvolvendo ao longo dos últimos cinqüenta anos e num ritmo acelerado, em resposta à necessidade 
urgente de diminuição das estatísticas, que são uma verdadeira tragédia nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Capítulo II - Riscos Ocupacionais 
 
1. Introdução 
 
Os riscos profissionais são os que decorrem das condições precárias inerentes ao ambiente ou 
ao próprio processo operacional das diversas atividades profissionais. São, portanto, as condições 
ambientes de insegurança do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem-estar do 
trabalhador. 
 
2. Tabela I (anexo IV) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE 
ACORDO Conforme o estabelecido pela norma NR-05, temos: 
 
GRUPO 1: 
VERDE 
GRUPO 2: 
VERMELHO 
GRUPO 3: 
MARROM 
GRUPO 4: 
AMARELO 
GRUPO 5: 
AZUL 
RISCOS 
FÍSICOS 
RISCOS 
QUÍMICOS 
RISCOS 
BIOLÓGICOS 
RISCOS 
ERGONÔMICOS 
RISCOS DE 
ACIDENTES 
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico 
intenso 
Arranjo físico 
inadequado 
Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e 
transporte 
manual de peso 
Máquinas e 
equipamentos 
sem proteção 
Radiações 
ionizantes 
Névoas Protozoários Exigência de 
postura 
inadequada 
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas 
Radiações não 
ionizantes 
Neblinas Fungos Controle rígido 
de produtividade 
Iluminação 
inadequada 
Frio Gases Parasitas Imposição de 
ritmos excessivos 
Eletricidade 
Calor Vapores Bacilos Trabalho em 
turno e noturno 
Probabilidade de 
incêndio ou 
explosão 
Pressões 
anormais 
Substâncias, 
compostos ou 
produtos 
químicos em 
geral 
Príons 
Culturas de 
células 
Toxinas 
(nr32) 
Jornadas de 
trabalho 
prolongadas 
Armazenamento 
inadequadoUmidade Monotonia e 
repetitividade 
Animais 
peçonhentos 
 Outras situações 
causadoras de 
stress físico e/ou 
psíquico 
Outras situações 
de risco que 
poderão 
contribuir para a 
ocorrência de 
acidentes 
 
2. Riscos Físicos 
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como: 
- Ruído; 
 
10 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
- Vibrações; 
- Calor; 
- Frio. 
- Pressões anormais; 
- Radiações ionizantes e não ionizantes; 
- Umidade; 
 
2.1 Ruído 
 
Ruído por definição é uma sensação sonora desagradável, não desejado ou inútil, podendo ser 
IMPACTO, intermitente ou continuo. Pode ser mensurado através do audiodosimetro ou medidor de 
nível pressão sonora. Máquinas e equipamentos utilizados pelas indústrias produzem ruídos que 
podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à 
saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações 
danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. 
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMA DE AVALIAÇÃO DO AGENTE 
 
Avaliação realizada por meio de audiodosimetro, aparelho que mede o nível de pressão sonora 
sobre o trabalhador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
Seguindo ao preconizado pela NR9 é necessário adotar 
estratégias de controle na seguinte ordem: proteção coletiva, medidas 
administrativas e proteção individual. Para evitar ou diminuir os danos 
provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as 
seguintes medidas: 
a) a prevenção no planejamento (quando da concepção da empresa) 
- fábrica: colocar os postos de trabalho (escritórios) onde se desenvolve 
atividades mentais afastados das fontes de ruído (máquinas); 
- empresa de serviços: postos afastados de janelas que dão para ruas 
movimentadas. 
b) a fonte 
- compra de equipamentos menos ruidosos (dentro do recomendado); 
- manutenção constante (fixação, ajuste dos parafusos e equilíbrio dos aparelhos rotatório); 
- adaptações na tecnologia (troca de peças retas por helicoidais das engrenagens, silenciadores nos 
escapamentos de ar comprimido). 
c) a propagação (direta e indireta - via aérea ou sólida) 
- vibrações: pés anti-vibratórios, pranchas intermediárias, fundações independentes; 
- isolamento interno: usar placas de material absorvente de som no teto e nas paredes (escritórios); 
- gabinetes que cobrem hermeticamente a fonte de ruído. 
d) proteção individual do operador (menos aconselhável) 
- solução paliativa; 
- deve ser adequado ao trabalhador (são geralmente pouco confortáveis); 
- deve ser de qualidade (não deixar passar o som); 
- dificulta a comunicação entre os trabalhadores. 
e) medidas administrativas 
- revezamento no local de trabalho 
- controle médico 
 
2.2 Vibrações 
 
Vibração é qualquer movimento que o corpo executa em torno de 
um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou 
irregular, quando não segue nenhum movimento determinado, como no 
sacolejar de um carro andando em uma estrada de terra. Um corpo é dito 
em vibração quando ele descreve um movimento oscilatório em torno de 
um ponto de referência. O número de vezes de um ciclo completo de um 
movimento durante um período de um segundo é chamado de freqüência 
e é medido em Hertz [Hz]. 
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que 
produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador. 
 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO DO AGENTE 
 
O transdutor universalmente usado na captação de uma vibração é o acelerômetro piezoelétrico. 
Os acelerômetros piezoelétricos são altos geradores de sinal, não necessitando de fonte de potência. 
Além disso, não possuem partes móveis e geram um sinal proporcional à aceleração, que pode ser 
integrado, obtendo-se a velocidade e o deslocamento do sinal. A essência de um acelerômetro 
 
12 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
piezoelétrico é o material piezoelétrico, usualmente uma cerâmica ferro-elétrica artificialmente 
polarizada. Quando ela é mecanicamente tensionada, proporcionalmente à força aplicada, gera uma 
carga elétrica que polariza suas faces. 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
- Fazer manutenção preventiva e corretiva das máquinas. 
- Usar EPIS antivibratórios. 
- Fazer revezamento no local de trabalho 
- Executar o controle médico. 
 
2.3 Calor 
 
Calor é uma forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma 
diferença de temperatura entre os mesmos. É um agente físico presente em uma série de atividades 
como: siderurgia; fundição; indústria do vidro; indústria têxtil, cozinhas, lavanderias, dentre outros. 
O organismo humano, para a manutenção de sua estrutura, consome uma energia "mínima de 
repouso" que se traduz por uma "temperatura interna constante". A fim de manter sua temperatura 
interna constante o homem deve então comunicar-se com seu meio ambiente (Noulin, 1992). 
As trocas de energia se realizam por: 
. Condução: é a propriedade de um corpo transmitir 
energia calorífica a outro, com o qual esteja em 
contato. 
. Convecção: trocas por intermédio de um fluido (ar 
ou água). 
. Radiação: troca de calor entre o organismo e o 
ambiente, que consiste na transmissão de energia por 
meio de ondas eletromagnéticas. 
. Evaporação: é o mecanismo mais importante do 
equilíbrio térmico. Quando as condições de temperatura ambiente atingem um nível tal que a 
dissipação do calor do corpo, tanto por radiação como por condução-convecção, não mais atende às 
necessidades do organismo, entra em ação o processo de evaporação do suor, que resfriará a superfície 
do corpo. 
 
FORMA DE AVALIAÇÃO DO AGENTE 
 
A avaliação do calor é realizado por meio de um medidor de estresse térmico ou usa-se 
termômetro e globo tipo árvore. 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
- Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de calor com materiais refratários. 
- Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental reflexivo, 
luvas especiais, óculos de proteção, botas resistentes ao calor) 
- Medida administrativa: (ex: rodízio dos trabalhadores expostos ao risco, pausas para o repouso.). 
- Medida médica: exames periódicos, fornecimento de bastante água com concentrações de NaCL 
e minerais (0,25l/vez). 
Ventilação natural. Sempre que as condições de conforto térmico não forem atendidas pela 
ventilação natural, recomenda-se a utilização de ventilação artificial.
 
13 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
2.4 Frio 
 
Diversas atividades laborais expõem os trabalhadores aos danos causados pelo frio. 
Destacamos atividades realizadas em câmaras frigoríficas, trabalhos de embalagem de carnes e demais 
alimentos, operação portuária, nas quais se manuseiam as cargas congeladas e outros. O trabalho em 
ambientes extremamente frios se constitui num risco potencial à saúde dos trabalhadores, podendo 
causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes e até mesmo morte, quando o trabalhador fica 
preso acidentalmente em ambientes frios ou imerso em água gelada. Os trabalhadores devem estar 
protegidos contra a exposição ao frio de modo que a temperatura central do corpo não caia abaixo de 
36°C. 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
Usa-se os mesmos aparelhos para avaliação de calor e o anemômetro (medir a exposição ao vento). 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se 
tome medidas: 
- de proteção coletiva: isolamento das fontes de calor/frio. 
- de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental bota, capuz, capotes, meias de proteção, 
luvas especiais para trabalhar no frio, ). 
 
 
- Os locais chamados câmaras frias devem possuir uma antecâmarapara adaptação do calor corpóreo 
do trabalhador ao ambiente externo. 
Outras medidas importantes são: 
a) Evitar o trabalho solitário em ambientes frios. O trabalhador deve estar em constante observação ou 
trabalhar em duplas; 
b) evitar sobrecarga de trabalho de forma a evitar sudorese intensa que possa causar umedecimento da 
vestimenta. Quando da realização de trabalho intenso, devem-se adotar períodos de descanso em 
abrigos aquecidos, com troca por vestimenta seca, sempre que necessário; 
c) devem ser oferecidas bebidas doces e sopas quentes no ambiente de trabalho para aumentar as 
calorias e o volume de líquidos. O café deve ser limitado devido ao seu efeito diurético e sobre a 
circulação sanguínea; 
 
14 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
d) quando o trabalho a ser realizado for leve e a roupa puder ficar molhada com o trabalho realizado, a 
parte externa desta roupa deve ser de material impermeável; 
e) quando o trabalho é intenso, a parte externa da roupa deve ser de material repelente a água, devendo 
ser trocada sempre que se molhe. A parte externa da roupa deve permitir evaporação de forma a 
diminuir a umidificação causada pela sudorese; 
f) quando o trabalho é realizado em ambientes frios e com temperaturas normais ou quentes, antes de 
adentrar ao ambiente frio o trabalhador deve se certificar de que sua roupa não esteja molhada. Se 
estiver úmida ou molhada deverá ser trocada por uma seca; 
g) os trabalhadores deverão trocar de meia ou palmilhas removíveis sempre que as mesmas estiverem 
umedecidas; 
i) se as roupas oferecidas aos trabalhadores não forem suficientes para prevenir a hipotermia ou 
enregelamento, o trabalho deve ser modificado ou interrompido até que roupas adequadas sejam 
providenciadas; 
j) evitar o umedecimento de partes do corpo ou vestimentas com gasolina, álcool e outros solventes 
devido ao risco adicional de danos pelo frio em extremidades; 
k) não exigir trabalho integral de recém-contratados em ambientes frios. Isto deve ser feito aos poucos 
até que haja a ambientação com as condições de trabalho e das vestimentas; 
l) o local de trabalho deve ser planejado de forma que o trabalhador não passe longos períodos 
parados. Local frio não pode ser utilizado como área de repouso. Não deve existir no ambiente 
assentos metálicos de cadeiras desprotegidos; 
m) antes de assumir os seus postos de trabalho, todos devem ser treinados nos procedimentos de 
segurança e saúde no trabalho, incluindo o seguinte programa: 
1- procedimento adequado de reaquecimento e tratamento de primeiros socorros; 
2- uso adequado de vestimentas; 
3- hábitos adequados de alimentação e ingestão de líquidos; 
4- reconhecimento de iminente enregelamento; 
5- reconhecimento e sinais de hipotermia iminente ou resfriamento excessivo do corpo; 
6- práticas de trabalho seguro; 
n) trabalhadores em tratamento médico ou tomando medicação que possa interferir na regulação da 
temperatura do centro do corpo devem ser excluídos do trabalho exposto ao frio a temperaturas abaixo 
de -1°C; 
o) trabalhos rotineiros a temperaturas inferiores a -24°C com velocidade do vento menor que 8 km/h 
ou temperaturas inferiores a -18°C e velocidade do vento superior a 8 km/h, devem ser realizados por 
trabalhadores com recomendação médica que os declare aptos para tais exposições; 
p) deve sofrer redução dos limites de exposição ocupacional ao frio quando os trabalhadores estão 
expostos à vibração ou a substâncias tóxicas; 
q) os túneis de congelamento só podem ter o sistema de ventilação ligados quando não tiver a 
presença de trabalhadores no local; 
r) as portas de câmaras frigoríficas ou outras dependências refrigeradas onde haja trabalhadores 
operando devem ser dotadas de sistema que permita a abertura das portas internamente, caso os 
trabalhadores ficarem involuntariamente presos; 
s) pessoas idosas, que tenham problemas circulatórios ou sejam alcoólatras, devem ser excluídas no 
exame médico admissional para trabalhos em ambientes extremamente frios; 
t) roupas de proteção: são necessárias para a execução de trabalho realizado a uma temperatura de 4°C 
ou abaixo. As vestimentas devem ser selecionadas de acordo com a intensidade do frio, o tipo de 
atividade e o plano de trabalho. Devem ser usadas roupas compostas de camadas múltiplas, o que 
proporciona maior proteção que o uso de uma única peça grossa. A camada de ar existente na roupa 
fornece isolamento maior do que ela própria. Em condições extremamente frias, nas quais usa-se 
proteção para a face, a proteção dos olhos deve estar separada dos canais de respiração (nariz e boca), 
de maneira a evitar que a umidade exalada embace os óculos. Para o trabalho realizado em condições 
úmidas, a camada externa da roupa deve ser a repelente à água. Se a área de trabalho não puder ser 
 
15 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
protegida contra o vento, deve-se usar uma roupa de couro ou de lã grossa facilmente removível. Em 
condições extremamente frias, devem ser fornecidas vestimentas de proteção aquecidas. As roupas 
devem ser conservadas secas e limpas, visto que a sujeira enche as células de ar nas fibras das roupas, 
destruindo a sua capacidade de circulação do ar. 
 
2.5 Pressões Anormais 
 
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima 
ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos. 
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com 
trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos 
a este risco. 
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em 
trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e 
trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques 
instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do 
interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens. 
 
Medidas Preventivas 
 
Relativas ao meio: Os equipamentos 
utilizados devem estar em perfeitas condições. Em 
locais onde o trabalhador fique exposto a pressões 
elevadas, além do equipamento convencional de 
primeiros socorros, deve haver, também, um 
equipamento de emergência específico; câmara de 
descompressão e máscara de oxigênio. 
Obedecer aos parâmetros solicitados pela 
NR15. 
 
2.6 Radiações 
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das 
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas 
em dois grupos: 
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X, braquiterapia e radioterapia estão 
freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos 
descendentes das pessoas expostas. 
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de 
operação em fornos, ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em 
solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc. 
 
16 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
A) Radiação não Ionizante 
A avaliação é realizada de modo qualitativo. Ou de forma quantitativa através de equipamentos 
específicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medidor de luz ultra-violeta 
 
Obs: A solda elétrica gera radiações não ionizantes conhecidas como infravermelho e ultravioleta. 
Essas radiações causam desde simples aquecimento até sérias queimaduras, principalmente nos olhos. 
Serviços de solda exigem proteções adequadas. 
 
B) Radiação ionizante 
Realizado por meio de dosimetros que avaliam a exposição dos trabalhadores a radiação. Ou 
equipamentos que medem diretamente a radiação.Detector de radiação 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
a) Radiação não ionizante 
A proteção contra a exposição a radiação não ionizante são: 
 use regularmente um filtro solar de proteção 30 ou mais e resistente à água e \á transpiração, 
 use um chapéu de abas largas e a nuca protegida, 
 use roupa de algodão de cor clara, lã (fibras naturais) sem decotes e com mangas, 
 use óculos de sol com filtragem de ultra violetas, 
 beba muitos líquidos ao longo do dia, 
 evite trabalhar ao sol entre as 11 e as 15 horas, 
 certos medicamentos (antibióticos, diuréticos, hipotensores, etc.) associados à exposição ao 
sol, podem desencadear reações alérgicas graves. Se surgir alguma lesão persistente na sua 
pele, por muito inocente que lhe pareça, consulte o médico. 
 
b) Radiação Ionizante 
 
- Fazer uso de EPIS, Óculos de vidro plumbífero; Protetor de tireóide plumbífero; Capa plumbífera; 
Protetor de gônodas plumbífero; Luvas plumbífero; 
 
17 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
- Fazer exames médicos periodicamente (fazer hemograma completo com plaquetas a cada 6 meses – 
conforme NR7) 
- Monitoramento das exposições, procura estimar a dose recebida pelo trabalhador durante as 
suas atividades envolvendo radiação ionizante. As doses equivalentes são determinadas pela utilização 
de um ou vários dosímetros que devem ser usados na posição que forneça uma medida representativa 
da exposição nas partes do corpo expostos à radiação. No caso do trabalhador usar diferentes tipos de 
radiação então diferentes tipos de dosímetros devem ser utilizados: 
* Monitorização da radiação externa; 
* Monitorização da contaminação interna 
* De área - Tem por objetivo a avaliação das condições de trabalho e verificar se há presença 
radioativa. Os resultados das medidas efetuadas com os monitores da área devem ser comparados com 
os limites primários ou derivados, a fim de se tomar ações para garantir a proteção necessária. 
Para finalizar devemos lembrar de alguns requisitos que compõem os procedimentos de 
segurança: 
* delimitação de zonas e áreas (controladas e de vigilância), 
* selagem 
* limitar o acesso 
* utilizar equipamentos de proteção individual 
* proibir a comida e a bebida, o fumar, mascar chicletes, manusear lentes de contato, a 
aplicação de cosméticos e ou produtos de higiene pessoal ou armazenar alimentos para consumo nos 
locais de uso de radiação e áreas adjacentes. 
* lavar as mãos: 
- antes e após a manuseio de materiais radioativos, após a remoção das luvas e antes de saírem do 
laboratório. 
- antes e após o uso de luvas. 
- antes e depois do contato físico com pacientes. 
- antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar. 
- depois de usar o toalete, coçar o nariz, cobrir a boca para espirrar, pentear os cabelos. 
- mãos e antebraços devem ser lavados cuidadosamente (o uso de escovas deverá ser feito com 
atenção). 
- manter líquidos anti-sépticos para uso, caso não exista lavatório no local. 
- evitar o uso de calçados que deixem os artelhos à vista. 
- não usar anéis, pulseiras, relógios e cordões longos, durante as atividades laboratoriais. 
- não colocar objetos na boca. 
- não utilizar a pia do laboratório como lavatório. 
- usar roupa de proteção durante o trabalho. Essas peças de vestuário não devem ser usadas em outros 
espaços que não sejam do laboratório (escritório, biblioteca, salas de estar e refeitório). 
- afixar o símbolo internacional de "Radioatividade" na entrada do laboratório. Neste alerta deve 
constar o nome e número do telefone do pesquisador responsável. 
- presença de kits de primeiros socorros, na área de apoio ao laboratório. 
- o responsável pelo laboratório precisa assegurar a capacitação da equipe em relação às medidas 
de segurança e emergência. 
-providenciar o exame médico periódicos; 
-adoção de cuidados após a exposição à radiação. 
 
 
 
 
 
 
 
18 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
2.7 Umidade 
 
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades 
excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, 
são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas 
por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a 
implantação de medida de controle. 
 
FORMA DE AVALIAÇÃO 
 
A avaliação da exposição a umidade é realizada de forma 
qualitativa. 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser 
tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de 
modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e 
medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, jardineiras, 
avental cozinha, limpeza etc), e manutenção de exames periódicos em dia. 
 
3. Riscos Biológicos 
 
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, 
protozoários, fungos e bacilos, somados ao príons, cultura de 
células e toxinas (os três últimos foram determinados pela NR32). 
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, 
em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. 
Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais 
riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza 
pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. 
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por 
microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, 
febre amarela. 
Para que essas doenças possam ser consideradas doenças 
profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos. 
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos 
diversos setores de trabalho sejam adequadas. 
Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação de: 
- Agentes patogênicos selvagens; 
- Agentes patogênicos atenuados; 
- Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação; 
- Amostras biológicas; 
- Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção); 
- Animais. 
Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os manipuladores. As 
principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea 
(com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e 
mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral. 
Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos 
para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função 
do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de 
 
19 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da 
possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes. 
As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os 
agentes em quatro classes: 
- Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem 
para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis); 
- Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há 
sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, 
Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, 
Schistosoma); 
- Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a 
comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: 
bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - 
hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, 
Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosomacruzi); 
- Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a 
comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus 
de febres hemorrágicas). 
Em relação às manipulações genéticas, não existem regras pré-determinadas, mas sabe-se que 
pesquisadores foram capazes de induzir a produção de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência 
simiana em macacos que foram inoculados com o DNA proviral inserido num bacteriófago. Assim, é 
importante que medidas gerais de segurança sejam adotadas na manipulação de DNA recombinante, 
principalmente quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retrovírus, vaccínia). Os plasmídeos 
bacterianos apresentam menor risco que os vetores virais, embora seja importante considerar os genes 
inseridos nesses vetores (em especial, quando se manipula oncogenes). 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
O risco biológico é um tipo de risco que é avaliado inteiramente de modo qualitativo. 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem: 
- Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança, especialmente das Normas de 
Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança e NR32; 
- O conhecimento dos riscos pelo manipulador; 
- A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como 
essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor 
com o qual se trabalha; 
- O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual; 
- Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara e 
óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção 
Individual necessários, 
- Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa após o uso; 
- Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum; 
- Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico. 
- A realização de exames médicos periodicamente para avaliação de infecções. 
- Vacinação dos trabalhadores conforme a NR32 (DT e Hepatite B) e outras vacinas conforme o tipo 
de exposição dos trabalhadores. Ex vacina anti-rábica para trabalhadores que manipulam animais. 
 
4. Risco Químico 
 
Os riscos apresentados pelos produtos químicos estão ligados à sua reatividade. Não é possível 
estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas, 
 
20 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
cujos registros já contabilizam milhões de diferentes produtos. É necessária uma avaliação 
considerando não só as características físico-químicas, a reatividade e a toxicidade, como também as 
condições de manipulação, as possibilidades de exposição do trabalhador e as vias de penetração no 
organismo. Além disso, tem-se que considerar a disposição final do produto químico, sob a forma de 
resíduo, e os impactos que pode causar no meio ambiente. 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
Pela sua diversidade e formas de apresentação e formas de penetração no organismo humano, 
as formas de avaliação do risco químico são diversas: 
Quantitativas - amostragem passiva (monitores passivos), amostragem ativa (bomba gravimétrica, 
tubos colorimétricos, e outros) 
 
 
 
Tubos colorimétricos Bomba gravimétrica Amostradores passivos Detector de gazes 
 
4.1 Riscos de natureza físico-química 
 
Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, inclusive com o 
oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, 
ou então produzindo uma substância tóxica. 
Na avaliação dos riscos devidos à natureza física, devemos considerar os parâmetros de difusão 
(pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade (limites de 
explosividade, ponto de fulgor e ponto de auto-ignição). 
As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica, produzindo calor, 
quanto podem provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem 
simultaneamente. Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos conhecer a 
lista de substâncias químicas incompatíveis de uso corrente em laboratórios a fim de observar 
cuidados na estocagem, manipulação e descarte. 
Exemplos de substâncias químicas incompatíveis: 
Substância Incompatibilidade Reação 
 
Ácidos minerais fortes 
Bases fortes 
Cianetos 
Hipoclorito de sódio 
Neutralização exotérmica 
Liberação de gás cianídrico 
Liberação de cloro 
Àcido nítrico Matéria orgânica Oxidação violenta 
 
Água oxigenada 
Matéria orgânica 
Metais 
Oxidação 
Decomposição 
 
4.2 – Riscos Tóxicos 
 
A toxicidade é a capacidade inerente de uma substância em produzir efeitos nocivos num 
organismo vivo ou ecossistema. O risco tóxico é a probabilidade que o efeito nocivo, ou efeito tóxico, 
ocorra em função das condições de utilização da substância. O risco tóxico associado a uma 
substância química depende de algumas variáveis: propriedades físico-químicas, vias de penetração no 
 
21 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
organismo, dose, alvos biológicos, capacidade metabólica de eliminação e efeitos sinergísticos com 
outros agressores de natureza diversa (física, química ou psíquica). 
Não há uma classificação única dos riscos tóxicos que contemple e esgote todos produtos 
químicos. 
Podemos classificá-los, em função do alvo, como produtos de toxicidade específica ou não 
específica, que está relacionada com o alvo molecular (por exemplo, uma ligação reversível ou não 
com uma molécula de ADN) ou com a grande reatividade, deteriorando indistintamente as estruturas 
vivas com as quais entre em contato (por exemplo, os corrosivos) 
Também podem ser classificados em função do mecanismo de ação como tóxicos diretos ou 
indiretos. No primeiro grupo estão aquelas substâncias que agem sobre os alvos biológicos sem 
ativação metabólica, como os corrosivos ou os agentes alquilantes. E, no segundo, os compostos que 
afetam as estruturas ou as funções celulares somente após a ativação metabólica pelos sistemas 
enzimático ou hospedeiro. 
Algumas substâncias podem ser agrupadas pela sua natureza, como os solventes orgânicos, que 
devido às suas características físico-químicas, facilidade de difusão, baixo ponto de fulgor, etc., são 
facilmente penetráveis no organismo pela via respiratória. Ou então os metais, como o cromo 
hexavalente, comprovadamente cancerígeno, e o mercúrio, neurotóxico importante. 
A classificação também pode ser feita pelo efeito nocivo que o produto acarreta no organismo: 
anestésico, irritante, asfixiante, mutagênico, teratogênico, etc. 
 
Sinalização de segurança 
 
Comburente Inflamável Explosivo Corrosivo Tóxico Nocivo Irritante 
 
No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT através da NBR 7.500 e é a 
mesma adotada pela ONU em convenção internacional da qual o país é signatário. 
 
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 
 
A primeira regra é básica para qualquer trabalho em laboratório: nunca comer, beber, fumar ou 
aplicar cosméticos durante a manipulação de 
substâncias químicas. Nunca se deve pipetá-las com a 
boca, nem tentar identificá-las através do olfato. 
Ao se trabalhar pela primeira vez com uma 
substância, devemos nos familiarizar com as suas 
características através da literatura a respeito. Para 
tanto, devemos exigir do fornecedor a ficha de 
segurança do produto contendo dados sobre: 
identificação do produto e da empresa fornecedora ou 
fabricante; identificação de danos à saúde e ao 
ambiente; medidas de primeiros socorros;medidas de 
combate a incêndios; medidas a serem tomadas em caso de derramamento acidental ou vazamento; 
manuseio e armazenagem; propriedades físico-químicas; informações toxicológicas; informações 
ambientais; etc. Esta exigência encontra respaldo legal no Código de Defesa do Consumidor, que 
assegura no seu artigo sexto os direitos básicos do consumidor, dentre eles a proteção da vida, saúde e 
segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos considerados 
perigosos ou nocivos, e a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos com especificação 
 
22 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
correta de quantidade, características, composição e qualidade, bem como sobre os riscos que 
apresentem. Determina, no artigo oitavo, que os produtos colocados no mercado de consumo não 
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e 
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer 
hipótese, a dar informações necessárias e adequadas a seu respeito, e o fabricante a prestar as 
informações que devam acompanhar o produto. A NBR 14.725 detalha o conteúdo da Ficha de 
Segurança de Produto Químico – FISQP. 
Os locais de armazenagem devem ser adequadamente ventilados. Todas as substâncias devem 
ser rotuladas, inclusive os resíduos segregados para descarte apropriado. As substâncias incompatíveis 
não devem ser armazenadas juntas. Os produtos muito tóxicos devem ser guardados em armários 
fechados ou em locais que sejam de acesso restrito. 
Para prevenir reações entre produtos químicos, devemos observar para que não ocorram 
misturas entre substâncias incompatíveis na lavagem de vidrarias ou durante a segregação de resíduos 
para descarte. Observar rigorosamente o tipo de EPI que deverá ser usado para realização de 
atividades com o químico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Capítulo III - Normas Regulamentadoras 
 
1. Considerações Gerais 
 
As normas regulamentadoras são estabelecidas por 
meio da portaria - Portaria 3.214/78. 
• NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS - As NR são de 
observância obrigatória pelas empresas privadas e 
públicas e pelos órgãos públicos de administração 
direta e indireta, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
Trata da: 
• Importância e funções da Secretaria de 
Segurança e Saúde no Trabalho SSST. 
• Funções e competência da Delegacia 
Regional do Trabalho - DRT. 
• NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA - Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá 
solicitar aprovação de suas instalações ao Órgão do Ministério do Trabalho. 
• NR-3 - EMBARGO E INTERDIÇÃO - A SRT, conforme o caso, à vista de laudo técnico do serviço 
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar 
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra. 
• NR-4 - SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA 
DO TRABALHO - Empresas privadas ou públicas, que possuam empregados regidos pela CLT, 
manterão obrigatoriamente Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho, vinculados à graduação do risco da atividade principal e do número total de empregados do 
estabelecimento. 
• NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - As empresas privadas, 
públicas e órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficam obrigados a 
organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA. 
• NR-6 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - Para os fins de aplicação desta NR, 
considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a 
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados gratuitamente. 
• NR-7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - Esta NR estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - 
PCMSO, cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
• NR-8 - EDIFICAÇÕES - Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados 
nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 
• NR-9 – PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - Esta NR estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através 
da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. 
• NR-10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE - Esta NR fixa 
as condições mínimas exigidas para garantir a segurança dos empregados que trabalham em 
instalações elétricas, em suas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e 
ampliação e ainda, a segurança de usuários e terceiros. 
 
24 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
• NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE 
MATERIAIS - Esta norma estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. O armazenamento de materiais deverá 
obedecer aos requisitos de segurança para cada tipo de material. 
• NR-12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos 
locais destinados a máquinas e equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de partida e 
parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem como manutenção e operação. 
• NR-13 - CALDEIRAS E VASOS SOB PRESSÃO - Esta NR estabelece os procedimentos 
obrigatórios nos locais onde se situam as caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, 
acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos 
de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País. 
• NR-14 – FORNOS - Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, 
revestida com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância, 
oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 
• NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES - Esta NR estabelece os procedimentos 
obrigatórios, nas atividades ou operações insalubres que são executadas acima dos limites de 
tolerância previstos na Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho. 
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes químicos, etc... 
• NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS - Esta NR estabelece os procedimentos nas 
atividades exercidas pelos trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos 
químicos, classificados como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e 
manutenção. 
• NR-17 – ERGONOMIA - Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das 
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar 
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
• NR-17 - ANEXO 1 Trabalho dos Operadores de Checkouts. 
• NR-17- ANEXO 2 Trabalho em Tele atendimento / Telemarketing . 
• NR-18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO - Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de 
segurança nos processos, nascondições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 
• NR-19 – EXPLOSIVOS - Esta NR estabelece o fiel cumprimento do procedimento em manusear, 
transportar e armazenar explosivos. 
• NR-19 - ANEXO 1 - Segurança e Saúde na Indústria de Fogos de Artifício e outros Artefatos 
Pirotécnicos. 
• NR-20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS - Esta NR estabelece a definição para 
Líquidos Combustíveis, Líquidos Inflamáveis e Gás Liquefeito de Petróleo, parâmetros para 
armazenar, como transportar e como devem ser manuseados pelos trabalhadores. 
• NR-21 - TRABALHO A CÉU ABERTO - Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços 
realizados a céu aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de 
proteger os trabalhadores contra intempéries. 
• NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração - Esta NR estabelece sobre Segurança e 
Medicina do Trabalho em minas, determinando que a empresa adotará métodos e manterá locais de 
trabalho que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias de Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
• NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS - Esta NR estabelece os procedimentos que todas as 
empresas devam possuir, no tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os 
trabalhadores, equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto. 
• NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO - Esta 
NR estabelece critérios mínimos, para fins de aplicação de aparelhos sanitários, gabinete sanitário, 
 
25 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
banheiro, cujas instalações deverão ser separadas por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e 
alojamentos. 
• NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS - Esta NR estabelece os critérios que deverão ser eliminados 
dos locais de trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar 
riscos à saúde e à segurança do trabalhador. 
• NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA - Esta NR tem por objetivos fixar as cores que devam 
ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo 
contra riscos. 
• NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO 
MTB Esta NR estabelece que o exercício da profissão depende de registro no Ministério do Trabalho, 
efetuado pela SSST, com processo iniciado através das DRT. Revogada pela Portaria GM n.º 262, 
29/05/2008 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB. 
• NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES - Esta NR estabelece que Fiscalização, Embargo, 
Interdição e Penalidades, no cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança 
e saúde do trabalhador, serão efetuados, obedecendo ao disposto nos Decretos Leis. 
• NR-29 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO - Esta NR regulariza a proteção 
obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, alcançando as melhores condições possíveis de 
segurança e saúde aos trabalhadores, que exerçam atividades nos portos organizados e instalações 
portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. 
• NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO - Esta norma aplica-se aos 
trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às de bandeiras 
estrangeiras, no limite do disposto na Convenção da OIT n.º 147 - Normas Mínimas para Marinha 
Mercante, utilizados no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas utilizadas na 
prestação de serviços, seja na navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação 
interior, de apoio marítimo e portuário, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em 
deslocamento. 
• NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA 
SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA - Esta Norma 
Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no 
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das 
atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e 
saúde e meio ambiente do trabalho. 
• NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE - Esta Norma 
Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de 
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como 
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 
• NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS - Esta Norma 
tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o 
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes 
espaços. 
• NR-34 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INSDUTRIA DA 
CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL – Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os 
requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas 
atividades da indústria de construção e reparação naval. 
• NR-35 – NORMA REGULAMENTADORA SOBRE TRABALHO EM ALTURA (sob consulta 
pública) 
 
 
 
 
 
26 BIOSSEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
Capítulo IV - Equipamentos de Proteção Individual 
 
1. Lista de equipamentos de proteção individual 
 
A legislação que trata de EPI no âmbito da segurança e saúde do trabalhador é estabelecida 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A Lei 6514 de dezembro de 1977, que é o Capítulo V da CLT, estabelece a regulamentação de 
segurança e medicina no trabalho. 
A Seção IV desse capítulo define a obrigatoriedade de a empresa fornecer o EPI gratuitamente 
ao trabalhador, e a obrigatoriedade de o EPI possuir o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
“Artigo 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos 
de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e 
danos à saúde dos empregados. 
Artigo 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a 
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho”. 
Após com a portaria 3214/78 fica estabelecida as regras com a NR6 e NR9. 
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - no item relativo às medidas de 
controle, prevê a utilização do EPI como uma dessas medidas. Deve-se lembrar, porém, que o EPI só 
deve ser utilizado após a comprovação da impossibilidade de adoção de medidas de proteção coletiva, 
conforme apresentado a seguir: 
“9.3.5.4 - Medidas de controle 
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de 
proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, 
planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser 
adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: 
medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; 
utilização de Equipamento de Proteção Individual – EPI”. 
 
ANEXO I (NR6) 
 
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
 
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA 
 
A.1 - Capacete 
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos 
sobre o crânio; 
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos; 
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos 
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a 
incêndio. 
 
A.2 - Capuz 
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos 
de origem térmica; 
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço

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