Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
4. Calor e primeira lei da Termodinâmica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Física Teórica e Experimental FIS740 – Física Básica II Prof. Izan Leão Aula 2 Semestre extraordinário - 2020.5 Nesta aula ● 4.3. A primeira lei da Termodinâmica ● Conceitos: diagrama p-V, gás ideal, energia interna, trabalho. ● Fundamentação teórica, apresentação da 1a Lei. ● 4.4. Aplicações da primeira lei ● Capacidade calorífica de um gás. Como transformar calor em trabalho? ● É fato experimental que podemos usar calor para produzir trabalho. ● Exemplos: automóveis, foguetes, aviões, balões de ar quente. w w w .f a b .m il. b r www.dragtimes.com Como quantificar este processo? Fundamento: 1a lei da Termodinâmica Q W? Alguns conceitos importantes ● Grandezas macroscópicas básicas: pressão, volume e temperatura. ● Conhecendo-se duas delas, a outra torna-se conhecida. ● Diagrama p-V: quando um sistema (ex: gás) sofre algum processo (ex: expansão, troca de calor etc), sua pressão e volume (e temperatura) variam. ● Podemos representar essa variação em um diagrama p-V. p V p i , v i O sistema tinha inicialmente pressão p i e volume V i . Um processo mudou a pressão e o volume para p f e V f . p f , v f Energia interna de um sistema ● É a soma de todas as energias envolvidas em todas as partículas do sistema. ● O gás ideal: é um modelo simplificado, de modo que: U=∑ εcinética+∑ ε potencial+ outras Ex: eletromagnéticas, intermoleculares, químicas etcU Gás em um recipiente: tem uma energia interna U. U=∑ εcinética Para o gás ideal Energia interna vs temperatura ● Temperatura: origina-se da média das energias cinéticas de translação das partículas de um sistema. ● Energia interna: soma de todas as energias do sistema. ● Para um gás ideal: todas as energias cinéticas → translação e rotação. Quantificaremos isto no Cap. 5 Para um gás ideal: • U depende somente de T. • U é diretamente proporcional a T. Por enquanto, lembrar que: 4.3. A primeira lei da Termodinâmica ● Sejam dois cilindros ocos encaixados um no outro, com gás confinado no espaço interior: gás Paredes diatérmicas (ex: alumínio) gás Uma pessoa expande o sistema. O que acontece: (1) logo após a expansão; (2) algum tempo depois da expansão? O que acontece: (1) logo após a expansão; (2) algum tempo depois da expansão? T 0 , V 0 T 1 , V 1 T 0 = T amb Qualitativamente (1) Logo após a expansão: suponhamos um processo rápido => sem troca significativa de calor com o meio externo => processo ~ adiabático. (2) Algum tempo depois: equilíbrio térmico com o ambiente. gás Q T 2 Expansão => diminui a temperatura => T 1 < T 0 T 2 = T amb O que aconteceu com o gás microscopicamente?O que aconteceu com o gás microscopicamente? Microscopicamente S ea rs v ol 2 Sistema expande => moléculas PERDEM energia. => DIMINUIÇÃO da energia interna (e da temperatura). Sistema comprime => moléculas GANHAM energia. => AUMENTO da da energia interna (e da temperatura). Logo após a expansão... gás T 1 , V 1 U diminui A energia interna diminuiu. De quanto?De quanto? Trabalho! U1 = U0 – W ● Parte da energia interna foi transformada em outra forma de energia. ● Se realizamos um deslocamento do cilindro, a energia é... Qual?Qual? Trabalho realizado por um gás ● Trabalho mecânico: Para um gás temos: W=∫F⋅dx F= p A gás dx Ap Adx=dV, W=∫ pdV=> Trabalho realizado por um gás Positivo ou negativo? ● Sistema expande: moléculas doam energia para as paredes... => Trabalho positivo. ● Sistema comprime: moléculas ganham energia das paredes... => Trabalho negativo. S ea rs v ol 2O sistema realiza trabalho sobre as paredes. As paredes realizam trabalho sobre o sistema. Resumindo... gás Paredes diatérmicas (ex: alumínio) gás Uma pessoa expande o sistema. (0) Início: T 0 = T amb . (1) Expande: T 1 < T 0 . (2) Recebe calor: T 2 = T amb .gás Q Equilíbrio térmico com o ambiente Quanto vale U em (1) e em (2)? Quanto vale U em (1) e em (2)? U 0 U 1 = U 0 – W U 2 = U 1 + Q => U 2 = U 0 + Q – W Perdeu energia interna através de trabalho. Recebeu calor, aumentando a energia interna. Portanto... A energia interna de um sistema pode ser alterada através de realização de trabalho e/ou troca de calor. Temos: U 2 = U 0 + Q – W Variação da energia interna de (0) a (2): U 2 – U 0 = Q – W => ΔU = Q – W Esta é a 1a lei da Termodinâmica A 1a lei da Termodinâmica ● Podemos também fornecer calor ao sistema para fazê-lo realizar trabalho, sendo que parte poderá ficar como energia interna: ● Para transformar calor em trabalho de forma eficiente, é preciso jogar com ΔU, Q e W. ΔU = Q – W W = Q – ΔU dU = dQ – dW Forma linear: Forma infinitesimal: Implicação ● Diagrama p-V: p V i f Q 1 , W 1 Q 2 , W 2 Caminhos diferentes, mesmos pontos inicial e final Q 1 ≠ Q 2 W 1 ≠ W 2 Mas ΔU 1 = ΔU 2 Em qualquer processo termodinâmico de i → f, Q – W tem o mesmo valor = ΔU. Enunciado da 1a lei 4.4. Aplicações da 1a lei ● Capacidade calorífica de um gás ● Tipos de processos termodinâmicos ● Isotérmico (a temperatura constante) ● Adiabático (sem troca de calor com o meio externo) ● Isocórico (a volume constante) ● Isobárico (a pressão constante) Mas antes, mais um conceito importante... Processos básicos para entendermos as máquinas térmicas (3a unidade). Conceito importante: Equação de estado do gás ideal ● Experimentos: encontrar as relações entre as variáveis macroscópicas p, V, T. S e a rs , V o l 2 V p Diferentes gases seguem a mesma relação Volume aumenta com o aumento do número de moles Pressão diminui com o aumento do volume Volume aumenta com o aumento da temperatura Com isso, deduz-se que: pV = nRT Equação de estado de um gás ideal p = pressão, V = volume, n = no de moles, R = constante universal dos gases, T = temperatura. d(pV) = d(nRT) Se p, V, T variam: p dV + V dp = nR dT Como é sua forma diferencial? Como é sua forma diferencial? Foma diferencial Exemplo 3 ● No cilindro da figura, coloca-se oxigênio à temperatura de 20oC e pressão de 15 atm, em um volume de 22 litros. Em seguida, move-se o êmbolo, diminuindo o volume do gás para 16 litros e aumentando a temperatura para 25oC. Supondo que o oxigênio se comporte como um gás ideal sob estas condições, qual é a pressão final do gás? p f = 21 atm Capacidade calorífica ● Vimos: ● Capacidade calorífica molar: ● Para um gás: C = C(V, p) Capacidade calorífica: Calor específico: c '= dQ dT c ' m = dQ mdT C n= c ' n = dQ ndT Como descrever a capacidade calorífica de um gás? Como descrever a capacidade calorífica de um gás? A capacidade calorífica de um gás varia com a variação de volume e/ou pressão. Capacidade calorífica de um gás ● Para um gás: C = C(V, p). ● Definem-se dois tipos: • C V = capacidade calorífica molar a volume constante. • C p = capacidade calorífica molar a pressão constante. CV= dQV ndT Neste processo: ΔV = 0 => W = 0 1a lei => ΔU = Q => (ΔU) V = n C V ΔT. C p= dQ p ndT Neste processo: W > 0 1a lei => ΔU = Q – W , onde Q = n C p ΔT. e ainda: W=∫ pdV = p ΔV Eq. de estado: pV = nRT => p ΔV = nR ΔT => W = nR ΔT => (ΔU) p = n C p ΔT – nR ΔT. cte cte Razão das capacidades caloríficas ● Temos então: ● Define-se: (ΔU) p = n C p ΔT – nR ΔT (ΔU) V = n C V ΔT p V f V f p i T fT i => n C V ΔT = n C p ΔT – nR ΔT => C p = C V + R γ= C p CV Razão das capacidadescaloríficas Para dois processos diferentes. Válidas para qualquer processo com mesmo ΔT. ΔU = n C V ΔT = n C p ΔT – nR ΔT Capacidades caloríficas molares de gases Halliday Vol 2 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23
Compartilhar