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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL Trabalho da disciplina: Temas Constitucionais Contemporâneos Brasília/DF 2021 http://portal.estacio.br/ 2 LIMITES EXEGÉTICOS DO ATIVISMO JUDICIAL: POR UMA ESTRATÉGIA HERMENÊUTICA DE PRESERVAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Referência: GÓES, Guilherme Sandoval e RASGA, Mariana de Freitas. limites exegéticos do ativismo judicial: por uma estratégia hermenêutica de preservação do estado democrático de direito. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PG0617/Biblioteca _63768/Biblioteca_63768.pdf. Acesso em: 05 de março de 2021. Inicialmente, o estudo em questão pesquisa os limites exegéticos do ativismo judicial no contexto “neoconstitucionalista” contemporâneo. A pesquisa trata-se de um artigo cientifico de autoria de Guilherme Sandoval Góes e Mariana de Freitas Rasga, o qual analisa o controle do excesso de ativismo judicial nas decisões judiciais brasileiras. Destaca-se que o estudo inicia analisando o conflito entre equilibrar com segurança jurídica, de modo que as decisões judiciais devem superar apenas a aplicação da letra da lei e entender o contexto de cada caso como um todo. Os autores aduzem que a letra da lei não deve ser o único fator a ser levado em consideração em uma decisão judicial, servindo sempre como norte. Alegam que o magistrado deve analisar a norma como parte integrante da decisão, analisando também os fatos, de modo que seja aumentado o horizonte da teoria da eficácia constitucional., como um novo padrão das decisões judiciais. Logo em seguida, a pesquisa demonstra que as normas constitucionais possuem uma dupla estrutura, com um núcleo essencial ligado ao princípio da proporcionalidade, conforme Guerrero. Os autores afirmam que a existência dessa estrutura normativa é um fato no ordenamento jurídico pátrio. Conquanto, também afirmam que devem existir limites exegéticos ao ativismo judicial e para isso 3 propõem uma terceira partição a essa estrutura normativa, que chamam de “parte metajurisdicional”. Nesse sentido, os estudiosos afirmam que essa terceira partição trata-se de uma imposição de limites ao ativismo judicial, de forma que o poder judiciário não deverá operar como legislador positivo, sujeito a pena de afrontar o princípio da separação de poderes. Os autores aduzem sobre o fato de existir um ativismo judicial demasiado no Supremo Tribunal Federal, o qual as vezes assenhora-se do lugar de legislador, que não é seu de direito, para aplicar políticas públicas que não estão na sua competência. Demonstra-se que o ativismo judicial tem uma importância relevante no ambiente jurídico, pois traz eficácia para a norma. Salienta-se a importância do instituto para o avanço da eficácia constitucional, sem a interferência do legislador democrático. Com isso, os autores ponderam a aplicação das três esferas nas decisões judiciais é o desafio do século para os juristas brasileiros, que modo que o impasse está na proporcionalidade da aplicação de cada esfera. Entretanto, alegam que esta é a única forma do magistrado aplicar a norma de maneira isonômica, deixando suas convicções intimas afastadas das decisões judiciais, ponderando o vínculo entre a ética e o direito. Destarte isso, os autores apresentaram um modelo de uma teoria tríade para interpretação da norma constitucional, que aplica a “ eficácia nuclear”, a “eficácia ponderável” e a “eficácia metajurisdicional”, como forma de controle do ativismo judicial, nas decisões jurídicas. Por fim, salienta-se que o artigo é muito relevante na abordagem do tema do controle do ativismo judicial. É imperioso lembrar a importância do ativismo supra para o ordenamento jurídico contemporâneo, pois evita a fossilização das decisões judiciais, que devem andar junto com o seu tempo. Diante disso, a proposta da teoria tríade de análise da norma foi muito adequada para o controle do ativismo social, que apesar de sua relevância, não pode ser um instituto desenfreado. A única infelicidade dos autores é impor a teoria supra como uma fórmula matemática, de modo que essa tese não é uma panaceia 4 para todos os males. O controle subjetivo das decisões judiciais que afrontam o princípio da separação de poderes é necessário e urgente, entretanto não deve ser feito de apenas uma forma.
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