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Definição de Inovação

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INOVAÇÃO
Fatores de natureza gerencial, produtiva, comercial, mercadológica, tributária e financeira podem contribuir, a
curto e médio prazo, para que as empresas se insiram de forma mais competitiva no mercado. Contudo, a
sustentação e ampliação dessa capacidade de competir, a médio e longo prazo, dependem cada vez mais de outros
fatores. 
A abertura econômica, o processo de privatização e de internacionalização das empresas fez com que fatores como
a capacitação tecnológica, a atividade de P&D e o grau de inovação tecnológica se tornassem essenciais para as
empresas que quisessem competir no mercado globalizado. 
Conceito de inovação:
Partiu-se da premissa de que seria interessante
abordar a inovação pela ótica da fonte principal de
dados que será utilizada nas análises das questões
complementares desta dissertação. O IBGE, na
PINTEC, define inovação como: 
“(...) a implementação de produtos (bens ou serviços) ou
processos tecnologicamente novos ou substancialmente
aprimorados. A implementação da inovação ocorre quando 69 o
produto é introduzido no mercado ou quando o processo passa a
ser operado pela empresa.” (IBGE, 2003: p.18 )
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, a inovação
tecnológica se refere a um produto ou processo novo ou
substancialmente aprimorado para a empresa, não
sendo, necessariamente, novo para o mercado, podendo
ter sido desenvolvida pela empresa ou por terceiro.
Quanto a divisão entre produto e processo, o IBGE
esclarece que: 
Nesse contexto, a mudança se tornou a regra e não a exceção: são novas demandas, novos clientes, novos produtos,
novos processos, novas técnicas de gestão, novos mercados etc. Tudo remete à mudança, à incorporação do “novo”,
ao ineditismo, à necessidade de se adaptar. Isto fez com que as empresas se agarrassem cada vez mais aos
potenciais da inovação. 
Inovação de produto se refere a um produto cujas características fundamentais - especificações
técnicas, usos pretendidos, software ou outro componente imaterial incorporado - diferem
significativamente de todos os produtos previamente produzidos pela empresa. A inovação de
produto pode ser progressiva, através de um significativo aperfeiçoamento tecnológico de um
produto previamente existente, cujo desempenho foi substancialmente aumentado ou aprimorado.
Inovação de processo pode ser entendida como um processo tecnologicamente novo ou
substancialmente aprimorado, que envolve a introdução de uma nova tecnologia de produção ou
significativamente aperfeiçoada. Estes novos métodos podem envolver mudanças nas máquinas e
equipamentos ou na organização produtiva - desde que acompanhadas de mudanças na tecnologia
de transformação do produto. Esse tipo de inovação tem como objetivo a produção de produtos
tecnologicamente novos ou substancialmente aprimorados que não possam utilizar os processos
previamente existentes, ou, simplesmente aumentar a eficiência da produção dos produtos já
existentes.
Inovação radical: é o desenvolvimento de um novo produto, processo ou forma de organização da
produção inteiramente nova, inédita para a empresa. Tais inovações podem originar novas
empresas, setores, bens e serviços; e ainda significar redução de custos e aperfeiçoamentos em
produtos existentes. Normalmente estão atreladas a um alto incremental de desenvolvimento
tecnológico. 
Inovação incremental: é a introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto, processo ou
na organização da produção, sem alteração substancial na estrutura industrial, podendo gerar
maior eficiência, aumento da produtividade e da qualidade, redução de custos e ampliação das
aplicações de um produto ou processo. 
Além da divisão entre inovação de produto e processo, o IBGE distingue a inovação quanto ao efeito ou impacto
por ela causada: 
Existem outras diversas conceituações sobre inovação na literatura. A ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa,
Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras, por exemplo, define inovação como a aplicação do
conhecimento no desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, ou na melhoria destes, que gere valor
social, econômico ou diferencial competitivo.
Autores consagrados também deram sua contribuição na conceituação do termo. Para Schumpeter (1988) a
inovação é um conjunto de novas funções evolutivas que alteram os métodos de produção, criando novas formas de
organização do trabalho e, ao produzir novas mercadorias, possibilita a abertura de novos mercados através da
criação de novos usos e consumos. Segundo o autor, a inovação pressupõe a entrada de cinco novos fatores: a
introdução de um novo produto, a introdução de um novo método de produção, a abertura de um novo mercado, a
conquista de uma nova fonte de fornecimento de matéria, e a consumação de uma nova forma de organização de
uma indústria . 
Porter (1985), por sua vez, afirma que a inovação: “é um conjunto de melhorias na tecnologia e nos métodos ou
maneiras de fazer as coisas. As principais causas de inovação são as novas tecnologias, as novas necessidades do
comprador, o aparecimento de um novo segmento de indústria, custos ou oportunidades oscilantes de insumo, ou
ainda mudanças nos regulamentos governamentais.” (PORTER, 1985:p. 36) 
E Mytelka (1993) defende que a inovação é um processo pelo qual as empresas incorporam conhecimentos na
produção de bens e serviços que lhes são novos, independentemente de serem novos, ou não, para os seus
competidores domésticos ou estrangeiros. Ferraz (2002) apud Colossi (2004) complementa essa visão afirmando
que o conceito de inovação não se limita ao produto e processo, pois uma empresa pode ser altamente inovadora
sem vender um produto tecnologicamente superior ao de seus concorrentes, pois ela pode inovar na forma como ela
se relaciona com o mercado, bem como a forma dela gerir seus recursos. 
Além do conceito teórico de inovação, é importante observar que a mesma é um fenômeno dinâmico, não estático e
muito importante de ser mapeado como um processo. Segundo Ferraz et al. (1995), o processo de inovação vem
sendo um dos indicadores mais utilizados para avaliar a competitividade, uma vez que seus resultados se encontram
vinculados à capacidade de acompanhar as mudanças e o desenvolvimento do mercado, bem como a criação e
ocupação de novos mercados – processo cada vez mais dinâmico. 
Na visão de Volpanato (2002) o processo de inovação se refere tanto às transformações de caráter tecnológico,
quanto as mudanças de expressão organizacional. Contudo, foram encontrados na literatura, autores que enxergam
o processo apenas pelo lado técnico-científico, como autores que abordam apenas o lado dos agentes econômicos e
sociais. Rocha Neto (1997) apud Volpanato (2002), por exemplo, entende que o processo de inovação é: 
“(...)essencialmente econômico, pois compreende a apropriação comercial de conhecimento técnico-científico
para a introdução de aperfeiçoamento de bens e serviços utilizados pela sociedade (...) compreende a introdução
de produtos ou serviços novos ou modificados no mercado ou a apropriação comercial pioneira de invenções,
conhecimentos, práticas organizacionais, técnicas e processos de produção.”(ROCHA NETO apud
VOLPANATO, 2002: p.82) 
Lemos (2000), diz que independente da abordagem, o processo inovativo contribui tanto para o desenvolvimento de
novos produtos e processos, como para as formas de organização da produção. Será adotada essa percepção na
pesquisa. 
Além da questão da definição do processo, Volpanato (2002) encontrou na bibliografia duas linhas claras de
enxergar o processo de inovação: uma defendendo um modelo linear, e a segunda, mais recente, defendendo o
interativo ou chain-link model. 
PROCESSO de inovação:
A OCDE (1992) apresenta o modelo linear como sendo aquele onde desenvolvimento, produção e comercialização
de novas tecnologias são vistos como uma sequência de tarefas com tempos bem definidos. O modelo linear do
processo de inovação se origina nas atividades de pesquisa, passa-se para o desenvolvimento do produto, depois para
a produção, e porfim a comercialização.
Modelo Linear do Processo de Inovação
Este modelo foi sustentado pelas teorias clássica e neoclássica, mas passou a ser considerado superado por se
apoiar excessivamente na pesquisa científica como fonte de novas tecnologias, além de implicar em uma abordagem
extremamente sequencial. Notou-se também que este modelo implicava em uma abordagem tecnocrática do
processo, uma visão da inovação associada tão somente à construção de artefatos e de desenvolvimento de
conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. 
Particularmente, o autor desta dissertação critica dois pontos do modelo: o primeiro é o fato dele desprezar outras
atividades que não a P&D , e o segundo é ele considerar a inovação relacionada somente à invenção, produção e
comercialização, ocorrendo tudo dentro da empresa, e não junto a um processo social que envolva outros atores. 
A queda efetiva do modelo, veio pela constatação de que os investimentos em P&D não levavam automaticamente ao
desenvolvimento tecnológico e sucesso econômico do uso da tecnologia. Após tais constatações, surgiram as
abordagens não-lineares e interativas, que procuram enfatizar o relacionamento entre as etapas, os efeitos de
feedbacks e a relação do processo com outros agentes. 
Dosi et al. (1988), representantes da “corrente evolucionista”, afirmam que as formas de relacionamento entre
pesquisa e atividade econômica são múltiplas e que o processo de inovação deve ser percebido como interativo e
multidirecional, não havendo uma etapa apenas - a da invenção, em que o aumento do conhecimento é aproveitado
pelo sistema econômico.
Para os autores, existem diversos momentos do processo de inovação em que o conhecimento científico é
aproveitado pelo sistema econômico. O modelo não linear foi inicialmente proposto por Kline & Rosenberg (1986),
onde a relação entre empresas e a pesquisa pode ocorrer casualmente e pode incidir em diversas etapas do
desenvolvimento.
Modelo Interativo do Processo de Inovação
Central: começando do mercado e tendo como centro a empresa;
Feedback loops: baseado no conceito de learning by use, que permite o surgimento principalmente das
inovações incrementais;
Direto: de e para a pesquisa, de uma necessidade detectada na empresa ou uma pesquisa aproveitada pela
empresa;
Linear: do avanço científico à inovação;
Sinérgico: contribuições do setor manufatureiro para a pesquisa por instrumentos, ferramentas etc., ou
seja, a tecnologia gerando ciência. 
O modelo combina interações do interior da empresas com atores externos e as relações entre a pesquisa e as
etapas do processo segue não somente um, mas vários caminhos. A pesquisa científica pode interferir em diversos
estágios do processo de inovação, dentre os quais, cinco foram identificados:
1.
2.
3.
4.
5.
Essa evolução do modelo linear para o interativo não foi um simples salto, mas uma evolução. Rothwell (1992)
apud D'Ipolitto (2003) identificou cinco gerações nas quais a percepção do processo de inovação foi evoluindo.
Para Pavitt et al. (1997) apud D'Ipolitto (2003), independente da abordagem – linear ou interativa – o processo
de inovação deve ser encarado como uma sequencia de decisões estratégicas dentro da empresa. Para os autores, o
processo de inovação envolve as seguintes etapas:
A Evolução dos Modelos de Processo de Inovação
Etapas no Processo de Inovação
Por fim, o autor da dissertação encontrou em Kandybin (2004) o melhor entendimento para o processo de
inovação. Kandybin (2004) enxerga o processo sobre os conceitos de Teboul (1999) de cadeia de valor. Para ele, o
processo de inovação corre paralelamente aos elos da cadeia de valor da inovação. Ele faz uso da pesquisa ao longo
da cadeia, permite feedbacks, e tem um alto grau de relacionamento com agentes externos à empresa.
 Cadeia de Valor da Inovação
Portanto, será adotado nesta dissertação, que o processo de inovação depende de fatores que transcendem o
departamento de P&D. O autor concorda com Kline & Rosenberg (1986) quanto ao modelo interativo, bem como
enxerga com bons olhos o modelo de Kandybin (2004), por serem modelos com maior possibilidade da criatividade
intervir no processo de inovação.
O autor acredita que o processo de inovação depende tanto de idéias criativas quanto de competências técnicas, e
que ambos estão circundados por fatores críticos como os próprios empregados da empresa, o conhecimento tácito
da empresa, as informações do mercado e os clientes.

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